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26/03/2024, 15:57 Bases da química para ciências https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Xu0G0vr88uPiy%2fSaGIUq7Q%3d%3d&l=xXzLtCPcMC9PGim%2b1CW6Hw%3d%3d&cd=… 1/23 Autoria: Fábio de Pádua Ferreira - Revisão técnica: Vinicius Mendes Souza Carneiro Bases da química para ciências UNIDADE 4 - PROPOSTAS E METODOLOGIAS PARA O ENSINO DE QUÍMICA NAS AULAS DE CIÊNCIAS E BIOLOGIA 26/03/2024, 15:57 Bases da química para ciências https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Xu0G0vr88uPiy%2fSaGIUq7Q%3d%3d&l=xXzLtCPcMC9PGim%2b1CW6Hw%3d%3d&cd=… 2/23 Todos os organismos vivos são formados por um conjunto de moléculas que apresenta grande diversidade. Algumas delas são complexas, mas, ainda assim, são moléculas, ou seja, possuem características químicas e físicas regidas pelas mesmas leis que atuam sobre os compostos inanimados. As interações e reações de moléculas biológicas fazem parte de equilíbrios químicos que ocorrem nos seres vivos. Podemos entender melhor sobre nós mesmos ao estudar os mecanismos que regem os processos bioquímicos, por exemplo. Nesse contexto, um desafio do ensino tem sido abordar temas da química nas ciências. Assim, muitas pesquisas têm se dedicado a propor diferentes recursos didáticos para melhorar a compreensão e fixação dos conteúdos abordados, promovendo melhorias na qualidade do ensino. As diferentes propostas pedagógicas nos convidam a tornar as aulas mais dinâmicas e a executar estratégias para despertar o interesse nos estudantes, envolvendo-os no processo de ensino e os possibilitando de melhorar seu desempenho. Contudo, quais são os principais recursos pedagógicos que podem ser utilizados para ensinar química nas aulas de ciências? É possível abordar a biologia e a química de forma interdisciplinar e contextualizada? Quais são as contribuições e os desafios de se propor aulas práticas e experimentais no ensino regular? Ao longo desta última unidade, exploraremos ferramentas e metodologias para abordar tópicos de química no ensino de ciências, como a contextualização no ensino de química, as atividades experimentais e práticas, o uso de jogos e recursos lúdicos para promover o ensino, a química ambiental e as contribuições pedagógicas dessas estratégias para ensino de ciências. Além disso, discutiremos quanto às abordagens interdisciplinares entre química e biologia, bem como a forma de explorar os fenômenos biológicos e bioquímicos em diferentes etapas do ensino. Bons estudos! Introdução 4.1 Perspectivas e metodologias para o ensino de química 26/03/2024, 15:57 Bases da química para ciências https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Xu0G0vr88uPiy%2fSaGIUq7Q%3d%3d&l=xXzLtCPcMC9PGim%2b1CW6Hw%3d%3d&cd=… 3/23 Um ponto de vista constantemente abordado e amplamente debatido por pesquisadores das áreas de ensino e educação é referente à dificuldade que os estudantes do Ensino Médio enfrentam no processo de aprendizagem dos conteúdos relacionados ao tópico de química. De acordo com Carvalho, Batista e Ribeiro (2007), os métodos de ensino e abordagem dos temas no ensino regular, muitas vezes, não desperta o interesse dos educandos, mesmo em se tratando de um conteúdo vasto e presente no cotidiano. A falta de interesse por parte desse público pode ser atribuída a diversos fatores, sejam eles internos, sejam eles externos. Um está relacionado à falta de aulas práticas e recursos para executar as atividades. Também temos a falta de exploração de bibliotecas e recursos multimidias, a ausência de programas e plataformas de aprendizado on-line, assim como outros métodos interativos. Importante mencionar que atividades práticas são recursos interessantes para abordar fenômenos descritos em sala de aula. Muitos pesquisadores têm sugerido aos professores aliar a teoria à prática, sendo que, de fato, é uma estratégia de grande utilidade para o ensino de química, pois envolve os estudantes em atividades cooperativas, trabalhando outras habilidades. A proposta de pirâmides de aprendizagem, atribuída a William Glasser, pode ser usada para ilustrar as vantagens das aulas práticas. Segundo seu desenvolvedor, certas práticas pedagógicas podem ser consideradas mais eficientes para o ensino e a aprendizagem do que outras abordagens. Nessas pirâmides, no topo, temos as atividades menos efetivas, como ler e ver. Na base, como atividades mais efetivas, estão as atividades práticas e o ensinar (SILVA; MUZARDO, 2018). #PraCegoVer: na figura, temos um infográfico na forma de pirâmide. Há diferentes estágios ativos e passivos de aprendizagem. De cima para baixo, das atividades passivas às ativas, encontramos leitura, audiovisual, demonstração, discussão, atividades práticas e ensinar. Ao lado esquerdo da pirâmide, existe um índice vertical indicando maior ou menor passividade/atividade. Lima (2012) nos explica que um número reduzido de escolas do ensino regular brasileiro têm enfatizado as aulas práticas em química. As possíveis causas dessa situação estão associadas e atribuídas à falta de preparo, de atualização constante dos docentes e de motivação dos professores devido a salários pouco Figura 1 - Pirâmide de aprendizagem Fonte: VectorMine, Shutterstock, 2020. 26/03/2024, 15:57 Bases da química para ciências https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Xu0G0vr88uPiy%2fSaGIUq7Q%3d%3d&l=xXzLtCPcMC9PGim%2b1CW6Hw%3d%3d&cd=… 4/23 atrativos. Além disso, também pode ser relacionada aos baixos investimentos em condições e materiais na maioria das escolas. Para uma construção de conhecimento sólido e consistente sobre química, é preciso compreender como ocorre sua aquisição. Carvalho, Batista e Ribeiro (2007), utilizando como referencial as teorias sociointerativistas de construção do conhecimento, enfatizam que ela parte da formação ou aquisição de conceitos. Com isso, muito além do conhecimento teórico, a prática dinâmico-interativa de ensino pode ser aplicada ao estudo da química no ensino regular. #PraCegoVer: na figura, temos uma fotografia com três estudantes realizando um experimento em sala de aula. Todas estão segurando tubos de ensaio com soluções de diferentes cores. Na frente dos educandos, há uma mesa de madeira com lápis, estojos e equipamentos. No fundo, pode ser observado um quadro negro com equações matemáticas e rabiscos. Para que tudo isso seja possível, precisamos utilizar ferramentas e métodos que auxiliem no aprendizado. Estudaremos a respeito do assunto a partir de agora! 4.1.1 Ferramentas para abordar química no ensino regular Para que a aprendizagem de conteúdos relacionados à química seja o mais eficiente possível, são necessárias modificações e adaptações estruturais nos métodos e no currículo. Coelho e Marques (2007) descrevem que a evocação de mudanças nas práticas de ensino de química têm sido um objetivo presente nas mais recentes orientações curriculares. Estas, por sua vez, estão verificando anualmente a necessidade de melhorias no ensino de química. Ademais, outras habilidades e competências podem ser trabalhadas, como o exercício da cidadania e a consciência ambiental. Os métodos para ensinar química têm evoluído constantemente. Novas abordagens sobre os fenômenos químicos vêm sendo propostas. Nesse contexto, a criatividade humana tem influenciado significativamente na construção de tal conhecimento. No entanto, Carvalho, Batista e Ribeiro (2007) afirmam que a experimentação é uma ferramenta, por isso, não deve ser vista como uma declaração reducionista. As aulas experimentais se apresentam como método de valorização e estímulo ao aprendizado. Figura 2 - Realizar experimentos e atividades práticas pode ser uma ótima estratégia de aprendizado Fonte: Just dance, Shutterstock, 2020. 26/03/2024, 15:57 Bases da química para ciências https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Xu0G0vr88uPiy%2fSaGIUq7Q%3d%3d&l=xXzLtCPcMC9PGim%2b1CW6Hw%3d%3d&cd=… 5/23 Aulas práticas e experimentais utilizando materiais de baixo custo são consideradas uma ferramenta de grande utilidade pedagógica, especialmente para gerar interessee estímulos positivos nos estudantes do ensino regular. Os materiais alternativos tornam viáveis experimentos, além de serem menos perigosos. Rahmeier et al. (2013), por exemplo, propuseram uma atividade prática para abordar os temas água e microrganismos, visando trabalhar assuntos como saúde e meio ambiente por meio de um experimento com materiais alternativos. A prática consistia em analisar a cultura de bactérias em amostras de água consideradas contaminadas da cidade, comparando com amostras de água tratada. Ambas foram incubadas em gelatinas incolores, dentro de vasos plásticos, em temperatura ambiente. Pela prática, foi possível visualizar a formação de colônias de bactérias e fungos de amostras coletadas de águas de arroios da região. O experimento apresentou baixo custo e fácil manipulação, mostrando-se como uma estratégia para ensinar diferentes eixos temáticos, a exemplo de meio ambiente, microbiologia, geografia e outros. O modo como o ensino de química está sendo conduzido no ensino regular, fazendo uso frequente de leis e fórmulas, acaba se distanciando do ambiente vivido e compartilhado pelos discentes. Outros fatores estão relacionados às dificuldades socioeconômicas e aos problemas familiares. Estes podem ser contornados ou minimizados a partir de um acompanhamento tutorial dos estudantes. Temos, também, que autores acreditam que a falta ou ausência de atividades práticas pode estar relacionada à falta de preparo técnico e de interesse do docente, assim como a falta de contextualização. Afinal, as atividades contextualizadas que apresentam coesão e relação com fenômenos observados na realidade do educando são ferramentas valiosas para ensinar química (CARVALHO; BATISTA; RIBEIRO, 2007). Considerando esse contexto, segundo Antunes (2011), jogos e atividades lúdicas podem trazer inúmeros benefícios para ensinar química. Tais atividades se apresentam como ferramentas pedagógicas que podem auxiliar na construção dos conceitos e incentivar a prática regular. Seu desenvolvimento e sua implementação possibilitam desenvolver diferentes competências, incentivando a interação entre elas. Inclusive, estudantes ao redor do mundo têm indicado que aprovam e incentivam essas práticas de ensino. 4.1.2 Metodologias ativas aplicadas ao ensino de química Nos dias atuais, os métodos de ensino têm sido considerados tão importantes quanto os próprios conteúdos de aprendizagem. Dessa forma, novas técnicas e metodologias de ensino estão sendo aplicadas para melhorar a aprendizagem. De acordo com Paiva et al. (2016), as metodologias ativas — diferentemente do modelo tradicional de memorização — se fundamentam em uma proposta problematizadora, em que o educando é estimulado a ser protagonista e assumir uma postura ativa no processo de aprendizado. Nesse sentido, é estimulado a aprender de forma autônoma, fazendo com que a aprendizagem seja significativa. Caso 26/03/2024, 15:57 Bases da química para ciências https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Xu0G0vr88uPiy%2fSaGIUq7Q%3d%3d&l=xXzLtCPcMC9PGim%2b1CW6Hw%3d%3d&cd=… 6/23 Santos, Pessoa Neto e Fragoso (2018) enfatizam que, no Brasil, as teorias interacionistas estão fortemente presentes em debates sobre métodos de ensino. Segundo elas, a aprendizagem ocorre de forma muito mais eficiente por meio da participação ativa do estudante e de suas experiências. Criando situações que possibilitam o aprendizado a partir de experiências pessoais, reflexões e interações, o professor pode promover um processo de ensino e aprendizagem mais eficiente do que a interação instrutiva das aulas expositivas. As metodologias ativas são aquelas que fazem uso de atividades dinâmicas e diversificadas. Um dos principais benefícios consiste em tornar os estudantes mais comunicativos e proativos. Entre os principais exemplos, podem ser citados os trabalhos em equipe, o estudo de situações-problemas, o desenvolvimento e a apresentação de projetos, a sala de aula invertida e muitos outros. Pensando a respeito desse assunto, vamos realizar uma atividade antes de seguirmos com nosso conteúdo? Acompanhe a seguir! A implementação desses tipos de ferramentas pedagógicas pode trazer benefícios até para o professor, possibilitando tornar o processo de ensino−aprendizagem mais prazeroso e agradável. Os jogos, por exemplo, fazem parte do nosso cotidiano em praticamente todas as fases da vida. O ato de brincar é um processo importante no desenvolvimento humano. Eles são explicitamente recreativos, mas também podem ser de natureza pedagógica quando seu objetivo principal é estimular a aprendizagem significativa. A emoção, a atenção e a concentração envolvidas nessas atividades podem facilitar a construção de memórias de longo prazo, que estão intimamente ligadas a aprendizagens significativas. De acordo com Antunes (2011), os jogos podem ser considerados educacionais quando desenvolvem habilidades cognitivas e operacionais, como a resolução de problemas, a percepção, a criatividade e o raciocínio, importantes para a construção do conhecimento. As habilidades cognitivas estão ligadas à competência em discriminar objetos, eventos ou estímulos, assim como identificar e classificar conceitos, aplicar regras e resolver problemas. Dessa maneira, a utilização de jogos educativos em sala de aula possibilita criar um ambiente mais informal, o qual pode facilitar e beneficiar o desenvolvimento do conhecimento cientifico por parte do estudante. Teste seus conhecimentos (Atividade não pontuada) 26/03/2024, 15:57 Bases da química para ciências https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Xu0G0vr88uPiy%2fSaGIUq7Q%3d%3d&l=xXzLtCPcMC9PGim%2b1CW6Hw%3d%3d&cd=… 7/23 #PraCegoVer: na figura, temos uma fotografia com cinco estudantes ao redor de uma mesa. Um deles está de pé no canto esquerdo da foto. Todos estão jogando um jogo de tabuleiro, que está disposto em cima da mesa. Ao lado do estudante que está de pé, quase no centro da foto, temos uma professora também de pé, observando os educandos em sua atividade. Ao fundo, temos uma parede branca com uma espécie de quadro branco do lado direito. O uso de jogos educativos, principalmente por parte dos estudantes do Ensino Médio, é frequentemente relatado na literatura. Isso porque uma extensa lista de jogos que podem ser preparados e utilizados em aulas de química geral e orgânica são facilmente encontrados. Alguns autores sugerem que o uso de quebra-cabeças simples pode estimular o educando a interagir e aumentar seu interesse pelo conteúdo, como os elementos químicos da tabela periódica. Ademais, observa-se adaptações de jogos consagrados para o ensino de química, como bingo, dominó, cartas e palavras cruzadas (ANTUNES; PACHECO; GIOVANELA, 2012). Figura 3 - Jogos de tabuleiro em sala de aula são uma ótima alternativa Fonte: Iakov Filimonov, Shutterstock, 2020. Os jogos têm sido utilizados cada vez mais como ferramentas para abordar tópicos relacionados à química, mas o uso desse recurso deve ser pensado e planejado dentro de uma proposta pedagógica consistente. Para saber mais sobre os aspectos pedagógicos que devem ser levados em consideração quando se pretende utilizar o recurso em sala de aula, sugerimos a leitura do artigo Jogos no Ensino de Química: Considerações Teóricas para sua Utilização em Sala de Aula, de Marcia Borin da Cunha. Vale tirar um tempo para a leitura, que está disponível clicando no botão abaixo. Não deixe de conferir! Acesse (http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc34_2/07-PE-53- 11.pdf) Você quer ler? http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc34_2/07-PE-53-11.pdf http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc34_2/07-PE-53-11.pdf 26/03/2024, 15:57 Bases da química para ciências https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Xu0G0vr88uPiy%2fSaGIUq7Q%3d%3d&l=xXzLtCPcMC9PGim%2b1CW6Hw%3d%3d&cd=… 8/23 Paiva et al. (2016) complementam que as metodologias ativas de ensino e aprendizagem não são uniformes, por isso, diferentes modelos e estratégias para sua implementação podem ser propostos, constituindo alternativas parao processo, com diversos benefícios e desafios nos diferentes níveis educacionais. A relevância e importância das atividades práticas no ensino das ciências é praticamente inquestionável. O ensino de tópicos relacionados à química pode ser ligado a experiências visuais e investigação. Assim sendo, vamos colocar em prática seus conhecimentos sobre metodologias ativas? Proponha uma atividade investigativa prática para abordar um tema de sua preferência na grade de ciências do ensino regular. Uma dica é pesquisar na literatura práticas investigativas voltadas para as aulas de ciências. Depois, compartilhe com seus colegas e debata sobre a temática! Vamos Praticar! 4.2 Contextualização no ensino de química A abordagem contextualizada no ensino de química e de outras disciplinas é bastante enfatizada e recomendada nos documentos oficiais curriculares, considerando que o aprendizado se torna mais significativo se tiver exemplos relevantes, seja a nível local, seja a nível global. Dessa forma, apresentar e abordar fenômenos do cotidiano dos estudantes são táticas interessantes para auxiliar no processo de ensino e aprendizagem. Coelho e Marques (2007) indicam que os educandos estão, em grande parte, imersos na realidade que vivenciam. Além disso, é inegável a influência dos conhecimentos adquiridos fora do ambiente escolar para o aprendizado. A contextualização possibilita discutir o papel de estudantes e professores como agentes transformadores da sociedade. Nessa perspectiva, um ensino de química voltado à cidadania possibilita ao ensino de química atuar como transformador de contradições sociais. De acordo com Lima (2012), o ensino de química deve ser problematizador, desafiador e estimulante, sendo que seu objetivo deve ser conduzir o educando à construção do conhecimento científico. O ensino baseado em questões pré-concebidas e com respostas prontas pode não ser suficiente. Faz-se importante, então, fornecer ferramentas para que o educando possa interagir de forma ativa em seu meio, reconhecendo seu papel e suas oportunidades. 4.2.1 Propostas experimentais e uso de laboratório 26/03/2024, 15:57 Bases da química para ciências https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Xu0G0vr88uPiy%2fSaGIUq7Q%3d%3d&l=xXzLtCPcMC9PGim%2b1CW6Hw%3d%3d&cd=… 9/23 As propostas experimentais não necessariamente devem apresentar aspecto lúdico. Nem sempre um bom experimento será fantástico. Pode-se entender como um bom experimento aquele que resulta em aprendizagens importantes e significativas. Os jogos e as atividades práticas com potencial pedagógico podem despertar interesse e fascinação, mas é importante salientar que as contribuições não residem apenas em sua beleza estética, e sim em sua habilidade de problematizar fenômenos, criar questionamentos, explorar o uso de dados e fazer relações do conteúdo com o cotidiano. De acordo com Souza et al. (2013), a experimentação didática pode fornecer numerosos benefícios, como ajudar na compreensão e construção de conceitos científicos. Tal conhecimento é construído por meio de reflexões, debates e embates entre os estudantes. Dessa forma, é preciso estabelecer previamente quais são os propósitos das atividades experimentais nas aulas de química, visando à conduzi-las da maneira mais adequada possível. Uma aula experimental pode despertar o engajamento dos estudantes, tanto manual quanto intelectual. Experimentos nem sempre devem utilizar vidrarias e reagentes dispendiosos, mas, antes de tudo, lidar com ideias, problemas, dados, hipóteses e teorias. Assim, o que se espera quando são propostas atividades experimentais é uma participação ativa dos educandos. No caso, algumas escolas contam com espaço físico para a realização das práticas. Tais ambientes são, geralmente, laboratórios de ensino, os quais apresentam equipamentos e bancadas que viabilizam a implementação de práticas. Nesses laboratórios, é importante realizar atividades com segurança, supervisionando os experimentos e tendo atenção quando estes podem envolvem riscos. #PraCegoVer: na figura, temos uma fotografia de três estudantes realizando uma atividade experimental em um laboratório. Eles estão posicionados levemente virados para a direita, vestidos com um jaleco branco e utilizando óculos de proteção. O primeiro está à esquerda da foto, usando um conta-gotas para analisar uma solução. O segundo, no centro, do lado esquerdo do primeiro educando, está anotando informações em uma folha. O último estudante, mais ao fundo da foto, do lado direito, está realizando o mesmo processo do primeiro. Na frente deles, há uma bancada com soluções e equipamentos para experimentação. Atrás deles, há uma parede branca com cartazes colados. Conforme nos explicam Moreira e Diniz (2003), independentemente do espaço em que essas atividades são desenvolvidas, deve-se priorizar por condições de trabalho que resultem em um aprendizado significativo. Figura 4 - Experimentos em laboratório é uma prática interessante Fonte: sirtravelalot, Shutterstock, 2020. 26/03/2024, 15:57 Bases da química para ciências https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Xu0G0vr88uPiy%2fSaGIUq7Q%3d%3d&l=xXzLtCPcMC9PGim%2b1CW6Hw%3d%3d&cd… 10/23 Caso a instituição de ensino tenha um laboratório de ensino, alguns cuidados devem ser tomados. Os locais precisam ser muito bem administrados e limpos, bem como devem ser realizados estudos para verificar os riscos da realização de experimentos no espaço, especialmente se forem manipulados produtos químicos com propriedades perigosas. Utilizar equipamentos de segurança e trazer as boas práticas laboratoriais também são ações necessárias. As práticas laboratoriais também têm sido utilizadas com sucesso para abordar temas referentes ao meio ambiente, possibilitando contribuir significativamente para o aprendizado de química ambiental e outros subtópicos interdisciplinares. 4.2.2 Química ambiental O estudante de hoje pode se surpreender ao saber que a preocupação com o meio ambiente nem sempre existiu. De fato, as questões ambientais se tornaram uma questão de preocupação pública apenas nos últimos 50 anos ou mais. Ela começou a ser levada em consideração somente no final da década de 1960 e início de 1970, sendo que, antes desse período, apenas colocações sobre o crescimento desordenado, bem como riscos à saúde e ao meio ambiente eram tidas como necessárias para o progresso (POTT; ESTRELA, 2018). Alguns incidentes ambientais levaram cientistas e legisladores a aprovarem leis, buscando minimizar os impactos de atividades antropogênicas poluidoras do meio ambiente. Isso levou à criação de agências de regulamentação e monitoramento da qualidade ambiental. A poluição proveniente das indústrias, por exemplo, contribui para problemas ambientais, como o aquecimento global e a chuva ácida. #PraCegoVer: na figura, temos uma fotografia que traz a poluição do ar proveniente da emissão de gases e fumaça de uma fábrica sobre o pôr do sol. Abaixo, na foto, temos o contorno de uma indústria com suas torres de fumaça. Segundo Mozeto e Jardim (2002), existem duas razões principais pelas quais a química ambiental só floresceu como disciplina recentemente. Vamos conhecê-las melhor clicando nos itens a seguir! Figura 5 - A poluição do ar proveniente da atividade industrial é uma das mais evidentes Fonte: homydesign, Shutterstock, 2020. 26/03/2024, 15:57 Bases da química para ciências https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Xu0G0vr88uPiy%2fSaGIUq7Q%3d%3d&l=xXzLtCPcMC9PGim%2b1CW6Hw%3d%3d&cd… 11/23 A química ambiental é considerada um ótimo exemplo de como a química pode se relacionar de forma interdisciplinar com outras ciências. Ela aborda questões referentes a processos naturais e afetados por ações antrópicas, englobando atmosfera, hidrosfera e geosfera de modo holístico e integrado. Dentro desse contexto, Uhmann et al. (2017) mencionam que a educação ambiental é um tema transversal que possibilita trabalhar desde aspectos subjetivos das interações individuais e coletivas até desenvolvernos estudantes habilidades e a conscientização sobre seu papel na sociedade. Uma proposta interessante para essa abordagem consiste em promover a participação dos educandos em fóruns de discussões que contextualizem questões ambientais modernas, bem como verificar os pontos de vista sob cada contexto. Além disso, não basta apenas conscientizar, é importante envolver os estudantes para que se sintam pertencentes do meio, praticando ações sustentáveis visando preservar a integridade biológica do meio ambiente. Agora que você já conhece algumas propostas pedagógicas para abordar o tema química ambiental no ensino regular, vamos colocar em prática seus conhecimentos sobre metodologias ativas e aulas práticas? Para tanto, disserte sobre como as metodologias ativas podem ser empregadas para Vamos Praticar! O assunto não era percebido como importante. Antes, acreditava-se que a composição química ambiental era relativamente invariante ao longo do tempo. Contudo, não é isso que observamos na prática, mas, sim, que a composição tem se alterado e que as mudanças podem trazer consequências para a humanidade. Dessa maneira, a relevância se torna óbvia. Por exemplo, a ideia de que usar um aerossol em sua casa pode danificar a estratosfera, embora óbvia, aumentara a credulidade de alguém que não está acostumado com o conceito. spray A taxa de avanço foi, em muitos casos, limitada pela tecnologia disponível. Primeira razão Segunda razão 26/03/2024, 15:57 Bases da química para ciências https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Xu0G0vr88uPiy%2fSaGIUq7Q%3d%3d&l=xXzLtCPcMC9PGim%2b1CW6Hw%3d%3d&cd… 12/23 trabalhar o tema em sala de aula. Você pode descrever estratégias que foram bem-sucedidas, suas características, suas contribuições e seus desafios. Tente! 4.3 Química aplicada no ensino de ciências e biologia Mesmo com muitas mudanças observadas nos métodos de ensino, ainda se analisa que diversos docentes mantém as características de um ensino tradicional, o qual considera os estudantes indivíduos passivos no processo do ensino. Contudo, quando os recursos de quadro e giz são utilizados com muita frequência, os educandos podem perder o interesse de participar da aula. Essa situação é observada, também, nas aulas de ciências e biologia, em que poucas estratégias são adotadas para tornar a aula mais atrativa ou que motive o estudante a aprender e construir seu próprio conhecimento (NICOLA; PANIZ, 2016). Silva Jr. e Barbosa (2009) citam que, nos dias de hoje, um número cada vez maior de descobertas científicas vem ganhando forma, sendo que diversas delas englobam o campo da biologia. Com isso, os professores da área e de disciplinas relacionadas estão encarregados de se atualizar continuamente. Percebe-se que a ordenação de conteúdos pode ser uma útil ferramenta para facilitar o ensino, considerando que certos conteúdos dependem de outros, assim como determinadas noções devem ser fornecidas por outras disciplinas, tornando-as interdependentes. Dessa maneira, os conteúdos de química podem ser adaptados para serem utilizados em diferentes etapas do ensino, muitas vezes na forma problematizadora e envolvendo propostas modernas (SILVA JR.; BARBOSA, 2009). 4.3.1 Química no ensino de ciências para o Ensino Fundamental Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) são diretrizes que fazem parte da reforma curricular que ocorreu no final da década de 1990, com a proposta de solucionar problemas na educação brasileira. Com eles, ficou estabelecido um currículo de base comum nacional que visava à formação do educando como um indivíduo autônomo, consciente e com pensamento crítico, tecnicamente preparado para ingressar no mercado de trabalho ou dar continuidade aos seus estudos (NASCIMENTO; SOUZA; CARNEIRO, 2011). Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) estão relacionados a um conjunto de documentos normativos que devem ser usados como base para elaborar aulas de ciências para o Ensino Fundamental. No vídeo Resumo PCN Ciências Naturais – Anos Iniciais, produzido pela Educação Futuro, podemos observar de Você quer ver? 26/03/2024, 15:57 Bases da química para ciências https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Xu0G0vr88uPiy%2fSaGIUq7Q%3d%3d&l=xXzLtCPcMC9PGim%2b1CW6Hw%3d%3d&cd… 13/23 Pavão e Freitas (2008) nos explicam que os PCN propõem uma abordagem quanto aos conhecimentos sobre ciências naturais no Ensino Fundamental, dividida em quatro eixo temáticos, em função de sua importância e relevância: vida e ambiente, tecnologia e sociedade, ser humano e saúde, terra e universo. Embora o ensino de ciências no nível fundamental — da maneira como está presente nos livros pedagógicos — esteja marcado por apresentar um enfoque biológico, inclui conceitos de física e química. A combinação desses conteúdos contribui para uma abordagem dos eixos temáticos mais efetiva. Temos, ainda, que a organização em eixos temáticos implica em sistemas mais articulados, com contribuições de outras ciências, justamente para promover um ensino mais eficiente e com informações de relevância para os estudantes. Em muitos casos, observa-se conceitos de biologia que podem ser explicados e abordados em termos da química, como a reação da fotossíntese, a composição da água e o destino do lixo (PAVÃO; FREITAS, 2008). Nesse sentido, torna-se imprescindível que o professor de ciências reconheça que a química se faz presente no currículo do Ensino Fundamental em praticamente todos os ciclos, geralmente associada à exploração de fatos, conceitos, estudo dos materiais, substâncias e transformações, implícita e explicitamente. Os autores também nos trazem que a abordagem cientifica no nível fundamental requer uma forte apresentação de fatos macroscópicos, sendo adequado abordar temas de relevância e com significado, de modo contextualizado e interrelacionado (PAVÃO; FREITAS, 2008). O Ensino Fundamental deve ser uma etapa que prepara os educandos para receberem conceitos científicos mais complexos. É consenso que alguns conceitos químicos podem ser considerados difíceis de contextualizar, porém podem ser utilizados diferentes recursos para ensinar o conteúdo. Entre alguns exemplos de ferramentas para ensinar química no Ensino Fundamental, podemos citar a experimentação, os debates e a discussão, as especulações, as analogias e as atividades lúdicas e motivadoras. Conhecer bem os tópicos de química é um grande diferencial para o professor no ensino de ciências, especialmente na educação básica. Além disso, é essencial que o docente proponha atividades com os recursos disponíveis à sua realidade, visando promover constantes melhorias no ensino e na aprendizagem. Podem ser observadas na literatura propostas de aulas práticas para todas as etapas do ensino, assim como tem sido dada maior atenção ao desenvolvimento de atividades com materiais simples e que podem ser encontrados dentro de casa. Estes, normalmente, apresentam menores riscos quando comparados a reagentes com maior pureza encontrados em laboratórios, por exemplo. 4.3.2 Química em biologia para o Ensino Médio e modalidades especiais do ensino As últimas décadas foram marcadas pelo surgimento e aprimoramento de inúmeros programas curriculares, desenvolvidos para melhorar o ensino de ciências no ensino regular. Entretanto, a grande maioria desses esforços promoveram poucas atualizações no que diz respeito ao desempenho dos estudantes. Segundo Cavaglier e Messeder (2014), diversos problemas precisam ser trabalhados e resolvidos. Certos professores, tantas vezes preocupados em cumprir o conteúdo curricular, acabam tornando suas aulas maçantes e sem relação com a vida dos estudantes. Assim, educadores especialistas no ensino de ciências têm reportado fatores que podem contribuir para o fraco desempenho na disciplina. Distintas iniciativas estão em andamento para resolver tais problemas, fornecendo estratégias específicas para enfrentar dificuldades e melhorar a performance dos estudantes e professores em sala de aula. No que se refere ao ensino de ciências, além dos problemastradicionais já citados, podemos observar outros desafios. A pesquisa em teorias de construtivismo e desenvolvimento corrobora com a ideia de que os educandos utilizam conhecimentos anteriores para formularem sua própria compreensão dos fenômenos. Com forma resumida as principais características desse documento e como deixar suas aulas de ciências mais interessantes. Confira o vídeo completo clicando no botão abaixo! Acesse (https://www.youtube.com/watch?v=sqp08D2J_K4) https://www.youtube.com/watch?v=sqp08D2J_K4 26/03/2024, 15:57 Bases da química para ciências https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Xu0G0vr88uPiy%2fSaGIUq7Q%3d%3d&l=xXzLtCPcMC9PGim%2b1CW6Hw%3d%3d&cd… 14/23 isso, as práticas de ensino voltadas para despertar o interesse podem ajudar a motivar os estudantes a aprenderem e, consequentemente, melhorarem seu desempenho (AGUIAR JR., 1998). No caso da disciplina de biologia para o Ensino Médio, tem-se como objetivo fazer o estudante compreender e participar ativamente dos debates contemporâneos. No entanto, frequentemente são observadas limitações no sistema de ensino que prejudicam a formação de indivíduos críticos e atuantes. No Brasil, o ensino de biologia ainda se encontra distanciado da realidade do educando. Com isso, a relação da disciplina com o cotidiano se apresenta como uma proposta pedagógica a ser explorada. Nesse sentido, a química do cotidiano é uma ferramenta a ser utilizada nas aulas de biologia, possibilitando trabalhar diversos aspectos e inúmeras competências, garantindo um aprendizado mais efetivo e significativo — o que é extremamente relevante! De acordo com Viecheneski, Lorenzetti e Carletto (2012), utilizar elementos da realidade do estudante contribui significativamente para propor práticas e aulas temáticas no ensino regular, tornando os indivíduos mais críticos e conscientes, possibilitando que ele compreenda e enxergue novas possibilidades. De fato, consegue-se promover o ensino e a aprendizagem. Outra dificuldade referente ao ensino de biologia e química está no conceito de que grande parte das escolas não apresenta espaços destinados à realização de atividades práticas. É claro que diversas atividades podem ser feitas dentro de sala, porém, instituições de ensino com laboratório de ciências e aulas práticas estão à frente na qualidade do ensino. A pesquisa sobre práticas com materiais de baixo custo é um campo de pesquisa que deve se desenvolver nos próximos anos. Castro e Araújo (2012) mencionam que, ao utilizar materiais alternativos, é possível propor aulas diversificadas e uma aprendizagem mais significativa, além de outros benefícios. A visão limitada de que, sem um laboratório, não é possível realizar aulas práticas, precisa ser abolida. Com os experimentos alternativos, os educandos podem analisar — e não apenas imaginar — a situação apresentada durante as aulas. Além disso, a utilização de materiais do cotidiano agrega na experiência. As problemáticas observadas no Ensino Médio são ainda mais aprofundadas em se tratando da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Tal modalidade de ensino é voltada para quem não pôde ou conseguiu concluir o ensino regular na idade adequada. Assim, as diretrizes curriculares nacionais referentes ao EJA têm enfatizado com frequência a importância de se considerar que, para esses estudantes, as atividades devem ser adaptadas ou desenvolvidas levando em consideração as diferentes faixas etárias e o tempo que viveram afastados das instituições de ensino. Portanto, uma estratégia específica deve ser estabelecida após reconhecer o perfil dos envolvidos (CAVAGLIER; MESSEDER, 2014). Jean Piaget (1896-1980) foi um cientista suíço que revolucionou o modo de encarar a educação infantil ao demostrar que as crianças não pensam como os adultos, construindo o próprio aprendizado. Trata-se de um nome de grande influência no campo da educação durante a segunda metade do século XX. De acordo com as ideias de Piaget, o ato de educar deve provocar a atividade, ou seja, estimular a procura do conhecimento (FERRARI, 2008). Vale se aprofundar! Você o conhece? 26/03/2024, 15:57 Bases da química para ciências https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Xu0G0vr88uPiy%2fSaGIUq7Q%3d%3d&l=xXzLtCPcMC9PGim%2b1CW6Hw%3d%3d&cd… 15/23 O ensino de química é ligado a experiências visuais em muitos sentidos. No entanto, como seria propor atividades experimentais para estudantes com deficiência visual? Para respondermos a esse questionamento e entendermos como funciona, desenvolva um projeto que sugira alguma atividade prática para abordar um tópico de química para educandos com deficiência visual. Você pode pesquisar temas já propostos na literatura ou desenvolvê-los. Vamos tentar?! Vamos Praticar! 4.4 Abordagens interdisciplinares entre química e biologia Ferreira (2012) nos traz que a interdisciplinaridade é caracterizada por ser um conceito complexo. Ela é proveniente de uma filosofia, a qual sugere: para que um conhecimento seja melhor efetivado e mais amplo, é preciso superar a abordagem tradicional, que enxerga cada disciplina de forma isolada. Desse modo, podemos dizer que a interdisciplinaridade engloba um modelo de ensino que privilegia e promove a articulação entre diferentes ciências, como biologia, química, física, história e outras. Assim, estabelece um ambiente amplo, em que mais fenômenos podem ser abordados, analisados e entendidos como fatos e eventos conectados, estudados de forma conjunta. Contudo, para se utilizar o recurso da interdisciplinaridade, deve-se ter um olhar multidisciplinar, em que os eixos integradores do ensino são um conjunto em comum. Os quadrinhos, por exemplo, dizem respeito a um tipo de arte e recurso a serem utilizados como instrumentos na área educacional. Segundo Santos, Silva e Acioli (2012), mesmo reconhecendo a importância e utilidade dos quadrinhos no ensino e na aprendizagem das ciências da natureza no ensino regular, o número de pesquisas relacionados ao tema é muito baixo. A pouca adesão pode estar relacionada a diferentes fatores, como a ideia de que os quadrinhos são infantilizados, não podendo ser utilizados em etapas posteriores do ensino. Entretanto, trata-se de um raciocínio equivocado. 26/03/2024, 15:57 Bases da química para ciências https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Xu0G0vr88uPiy%2fSaGIUq7Q%3d%3d&l=xXzLtCPcMC9PGim%2b1CW6Hw%3d%3d&cd… 16/23 #PraCegoVer: na figura, temos duas ilustrações digitais caracterizadas por desenhos em quadrinhos. Na primeira, do lado esquerdo, encontramos um cientista segurando com a mão esquerda um balão volumétrico com uma solução vermelha dentro, incluindo dois balões de texto em branco, um direcionado ao líquido e outro ao personagem. Este está no canto direito da figura, aparecendo dos ombros para cima, olhando para o lado esquerdo, para o balão volumétrico. Na segunda ilustração, do lado direito, observa-se um cientista segurando um microscópio com a mão direita e uma pasta com papéis debaixo do braço esquerdo, como se estivesse “quebrando a parede”. Há pedaços de rochas ao seu redor. Ele está indo da esquerda para a direita, como se estivesse correndo. A preocupação com a interdisciplinaridade na educação básica nacional é uma consequência de um conjunto de estudos e propostas de intervenções, as quais vêm sendo estudadas e propostas em todo o mundo. Os professores do ensino básico têm sugerido projetos multidisciplinares em vez de interdisciplinares. A multidisciplinaridade, por sua vez, é vista quando os projetos escolares são pautados pela escolha de um tema comum a várias disciplinas. Entretanto, de maneira isolada, apresenta pouca relação com diferentes matérias. Já a filosofia interdisciplinar pressupõe uma inter-relação dos conceitos de diferentes disciplinas, possibilitando aprofundar o conhecimento de determinado tema ou eixo temático (MOZENA; OSTERMANN, 2014). Com base nesse contexto, antes de seguirmos, vamos realizar outra atividade para fixar nossos conhecimentos? Acompanhe a proposta na sequência!Mozena e Ostermann (2014) enfatizam que os professores apresentam dificuldades para trabalhar de modo interdisciplinar por um conjunto de razões. Vamos conhecer algumas delas? Clique nos itens a seguir! Figura 6 - Os quadrinhos podem ser utilizados para trabalhar química e ciências Fonte: studiostoks, Shutterstock, 2020. Teste seus conhecimentos (Atividade não pontuada) Os professores não tiveram esse tipo de educação durante sua formação. Razão 1 26/03/2024, 15:57 Bases da química para ciências https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Xu0G0vr88uPiy%2fSaGIUq7Q%3d%3d&l=xXzLtCPcMC9PGim%2b1CW6Hw%3d%3d&cd… 17/23 Dessa forma, a implementação da interdisciplinaridade no ensino de ciências de nível médio ainda precisa ser melhor trabalhada, mais propostas e pesquisas devem ser realizadas e incentivadas nos próximos anos, visando obter mais benefícios da ferramenta e, tornando mais frequente seu uso entre os educadores. Um exemplo de abordagem interdisciplinar que possibilita trabalhar as disciplinas biologia e química com maestria é a bioquímica, tema de grande utilidade para propor atividades interdisciplinares e contextualizadas, social e experimentalmente. 4.4.1 Bioquímica A maior parte dos compostos observados ao nosso redor são moléculas orgânicas. O estudo da química orgânica abrange a química de todos os compostos contendo ligações carbono-carbono e carbono-hidrogênio. Em contraste com as moléculas orgânicas, as biomoléculas mantêm um vínculo com a vida e os seres vivos, afinal, uma biomolécula é qualquer molécula produzida por um organismo vivo. Essa definição abrange classes de moléculas de grande importância, como proteínas, carboidratos, lipídios e ácidos nucléicos, além de grupos menores, a exemplo de moléculas que resultam de processos bioquímicos, como o metabolismo. Nesse sentido, a bioquímica é o estudo dos processos químicos que ocorrem nos organismos vivos, com foco na compreensão de como as biomoléculas participam das reações das células vivas. Tratam-se de moléculas orgânicas que compõem o nosso corpo e o de outros organismos com os quais compartilhamos o planeta, bem como nos alimentos que comemos e nos medicamentos que tomamos. Conforme Marzzoco e Torres (2020), muitas dessas moléculas são grandes e complexas, mas nosso conhecimento do comportamento de pequenas moléculas pode servir como uma estrutura para a compreensão das funções e reações desses compostos em sistemas vivos. A bioquímica descreve em termos moleculares as estruturas, os mecanismos e os processos químicos compartilhados por todos os organismos, fornecendo princípios organizadores que fundamentam a vida em todas as suas formas, aos quais nos referimos coletivamente como a lógica molecular da vida. Embora a bioquímica forneça importantes explicações e aplicações práticas na medicina, agricultura, nutrição e indústria, sua preocupação principal é estudar processos biológicos (NELSON; COX, 2019). A figura a seguir apresenta como exemplo as hemácias, células sanguíneas que contém hemoglobina, a principal molécula associada ao transporte de oxigênio e gás carbônico. Observe atentamente! Ausência de programas de aprimoramento fornecidos pela instituição de ensino. Complexidade em propor tais atividades. Necessidade de adequação e articulação da escola, sendo preciso haver uma boa relação entre o grupo. Razão 2 Razão 3 Razão 4 26/03/2024, 15:57 Bases da química para ciências https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Xu0G0vr88uPiy%2fSaGIUq7Q%3d%3d&l=xXzLtCPcMC9PGim%2b1CW6Hw%3d%3d&cd… 18/23 #PraCegoVer: na figura, temos a representação esquemática das hemácias, da hemoglobina e do grupo heme, uma ao lado da outra. Do lado esquerdo, temos um glóbulo vermelho retratado por um círculo em vermelho. No centro, encontramos a molécula hemoglobina, com uma estrutura terciária formada por quatro cadeias, cada uma apresentando um grupo heme. Este, por sua vez, é ilustrado do lado direito e consiste em uma molécula orgânica com átomos de carbono, hidrogênio e nitrogênio, bem como um átomo de ferro no centro. O estudo da bioquímica discute e descreve como as moléculas orgânicas presentes nos organismos vivos interagem para manter e perpetuar a vida. Por isso, professores de ciências e biologia podem abordar conceitos de bioquímica no ensino regular para trabalhar diferentes tópicos e eixos temáticos. 4.4.2 Química aplicada ao estudo de sistemas biológicos A interface entre a química inorgânica e a biologia tem contribuído significativamente para o estudo de sistemas biológicos. Atualmente, tal campo é referido como química bioinorgânica, concentrado-se no estudo de sítios metálicos em metaloproteínas e metaloenzimas. A bioinorgânica também abrange o papel de minerais em plantas, transporte e estocagem de oxigênio, funções biológicas de elementos de transição, toxicidade de metais pesados, desenvolvimento de fármacos e outros assuntos relacionados. O uso de pequenas moléculas para estudar biologia também se aplica a complexos inorgânicos. De fato, estes foram e continuam sendo utilizados para investigar e influenciar processos biológicos. Essas abordagens remontam aos primeiros tempos de mistura de química e biologia. Claramente, independentemente do rótulo usado, a pesquisa sobre a interface entre química inorgânica e biologia continua a prosperar. Figura 7 - Representação esquemática das hemácias, da hemoglobina e do grupo heme Fonte: N.Vinoth Narasingam, Shutterstock, 2020.th Narasingam, Shutterstock, 2020. De acordo com Ferreira e Justi (2004), as pesquisas em genética e engenharia genética têm se desenvolvido rapidamente nos últimos 20 anos, atraindo o interesse de um número maior de pesquisadores. Esses temas englobam uma Você sabia? 26/03/2024, 15:57 Bases da química para ciências https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Xu0G0vr88uPiy%2fSaGIUq7Q%3d%3d&l=xXzLtCPcMC9PGim%2b1CW6Hw%3d%3d&cd… 19/23 Nos dias atuais, podemos observar o desenvolvimento e a aplicação de complexos metálicos e agentes organometálicos com atividades anticâncer, por exemplo. O DNA continua sendo o alvo mais relevante para drogas anticâncer baseadas em metais. Estimuladas pelo sucesso clínico da cisplatina, foram desenvolvidas estratégias de distribuição direcionada e ativação de pró-drogas de complexos de platina. Uma família de complexos de rutênio e ósmio também vem apresentando propriedades anticâncer promissoras, o que permite mais ajuste de ligante do que os complexos de platina (DAVID; MEGGERS, 2008). Temos, ainda, que as proteínas estão ganhando importância como alvos não tradicionais para complexos metálicos, seja pelo uso do metal como suporte estrutural, seja pela exploração da reatividade dos compostos de coordenação em relação aos alvos anticâncer de proteínas (DAVID; MEGGERS, 2008). Em conclusão, embora só tenha sido possível destacar uma fração do incrível trabalho dos cientistas na área, percebemos que, ao pensar em química biológica, os papéis potenciais dos metais e complexos inorgânicos não podem ser esquecidos. grande diversidade de conhecimentos científicos, como genética, bioquímica e biologia molecular. Tratam-se de alguns dos assuntos científicos mais comentados pela mídia em todo o mundo, em função de suas importantes aplicações e contribuições em diversos campos da ciência, como medicina, biotecnologia, indústria química e farmacêutica, além da agricultura. Em abril de 2003, celebrou-se 50 anos da descoberta da estrutura de DNA. Desde então, a molécula tem sido discutida e estudada ao redor do mundo (FERREIRA; JUSTI, 2004). A temática pode ser abordada no ensino regular utilizando exemplos como projeto genoma, testes de paternidade, avanços da biotecnologia, alimentos transgênicos e clonagem. Nesse contexto, disserte sobre como a química e a biologia podem ser trabalhadas de forma conjunta para promover um aprendizado mais efetivo no que diz respeito ao DNA. Verifique na literatura como o conteúdo tem sido abordado nas escolas e quais as maiores dificuldades dosestudantes. A partir daí, faça sua proposta! Vamos Praticar! Chegamos ao fim da última unidade da disciplina de Bases da Química para Ciências. Aqui, pudemos discutir as perspectivas e metodologias para o ensino de ciências, enfatizando as principais ferramentas para abordar tópicos relacionados à química e biologia no ensino regular e nas modalidades especiais de ensino. Além Conclusão 26/03/2024, 15:57 Bases da química para ciências https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Xu0G0vr88uPiy%2fSaGIUq7Q%3d%3d&l=xXzLtCPcMC9PGim%2b1CW6Hw%3d%3d&cd… 20/23 disso, pudemos aprofundar nosso conhecimento sobre os parâmetros curriculares e eixos temáticos, verificando abordagens interdisciplinares e contextualizadas de biologia e química, por meio do estudo das químicas ambiental e genética. Nesta unidade, você teve a oportunidade de: identificar as principais dificuldades dos estudantes ao estudar temas da química no Ensino Fundamental, no Ensino Médio e na Educação de Jovens e Adultos (EJA); verificar diferentes métodos para abordar temas relacionados à química no ensino regular; entender como elaborar aulas práticas utilizando documentos de referência, como os parâmetros curriculares básicos e as metodologias ativas; conhecer a contribuição de jogos e atividades lúdicas para propor práticas integrativas e despertar a atenção dos estudantes; compreender a importância da experimentação para o ensino de ciências e como devem ser desenvolvidas as atividades; estudar mais detalhadamente tópicos interdisciplinares da química e biologia, como química ambiental, bioquímica e química biológica; verificar como elaborar aulas que conectem os temas de forma eficiente, possibilitando ao educando se tornar mais crítico e consciente. AGUIAR JR., O. 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