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Qual Tipo de Tomografia utilizamos na avaliação do paciente com quadro agudo de AVC? Quais as três perguntas que devemos ter em mente antes de utilizar trombólise IV? Na avaliação de um paciente com quadro agudo de AVC (Acidente Vascular Cerebral), a tomografia computadorizada (TC) sem contraste desempenha um papel fundamental na determinação do tipo de AVC e na tomada de decisões terapêuticas. A modalidade de imagem mais comumente usada nesse cenário é a Tomografia Computadorizada de Crânio (TC de Crânio). A TC de Crânio é rápida e amplamente disponível, o que a torna uma escolha valiosa no contexto de AVC agudo. A TC de Crânio é usada principalmente para distinguir entre dois tipos principais de AVC: AVC Isquêmico: Esta é a forma mais comum de AVC e ocorre quando há uma interrupção do fluxo sanguíneo para uma área do cérebro devido a um coágulo sanguíneo (trombo) que bloqueia uma artéria. Na TC de Crânio, um AVC isquêmico pode aparecer como uma área de baixa densidade (mais escura) no cérebro, conhecida como infarto cerebral. AVC Hemorrágico: Este tipo de AVC ocorre quando há sangramento no cérebro, geralmente devido à ruptura de um vaso sanguíneo. Na TC de Crânio, um AVC hemorrágico é identificado pela presença de sangue extravasado, que aparece como manchas brancas. A trombólise não é indicada para pacientes com AVC hemorrágico, pois pode piorar o sangramento, por isso é importante Tarefa de TIC Nome: Ieza Cristina Muniz Martins Tema da Semana: " AVC ” Data: 05/09/23 confirmar se não há sinais de hemorragia intracraniana antes de considerar a terapia de trombólise. As três perguntas gerais que os médicos devem considerar antes de usar trombólise IV em um paciente com AVC isquêmico agudo, com base em diretrizes da neurologia, incluem: 1) Janela de tempo: O tratamento com trombólise IV é mais eficaz quando administrado dentro de um período específico após o início dos sintomas do AVC. Isso é conhecido como a "janela terapêutica". As diretrizes geralmente indicam um limite de tempo, como 4,5 horas a partir do início dos sintomas, mas esse limite pode variar. A primeira pergunta é se “ o paciente está dentro dessa janela de tempo para a trombólise? ” ou “ Qual é o horário do início dos sintomas?” 2) Exclusão de AVC Hemorrágico: É essencial garantir que o paciente não tenha um AVC hemorrágico, pois a trombólise é contraindicada nesse caso. A segunda pergunta é se “ a TC de Crânio do paciente demonstrou que não há sangramento intracraniano? ” ou “A TC de Crânio excluiu um AVC hemorrágico?” 3) Avaliação de riscos e benefícios: A trombólise IV é uma terapia potencialmente arriscada e deve ser cuidadosamente ponderada em relação aos benefícios esperados. A terceira pergunta envolve a avaliação dos riscos individuais do paciente, como risco de sangramento e outros problemas médicos, em comparação com os benefícios potenciais da terapia. A terceira pergunta é se “tem risco de sangramento?” ou “Qual é o perfil de risco-benefício do paciente?’’ REFERÊNCIAS: FIGUEIREDO, Ana Rita Gonçalves de; PEREIRA, Alexandre; MATEUS, Sónia. Acidente vascular cerebral isquémico vs hemorrágico: taxa de sobrevivência. HIGEIA: Revista Científica da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias , 2020. ROXA, Gabriela Nunes et al. Perfil epidemiológico dos pacientes acometidos com AVC isquêmico submetidos a terapia trombolítica: uma revisão integrativa. Brazilian Journal of Development , v. 7, n. 1, p. 7341-7351, 2021. CONCEIÇÃO, Daiana Lopez et al. Tomografia computadorizada no acidente vascular cerebral isquêmico. Brazilian Journal of Health Review , v. 6, n. 2, p. 6329-6333, 2023. DA SILVA CORADINI, Julia et al. Protocolo clínico para acidente vascular cerebral: desenvolvimento de um instrumento informativo. Research, Society and Development , v. 9, n. 6, p. e16963211-e16963211, 2020.
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