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Cardiotônicos 
Cardiotônicos ou digitálicos são medicamentos utilizados no tratamento de insuficiência cardíaca congestiva (ICC) – DC 
é inadequado para fornecer O2/nutrientes para os tecidos/órgãos, uma doença crônica caracterizada pela 
incapacidade do coração de bombear sangue suficiente para suprir as necessidades do organismo. Os cardiotônicos 
agem aumentando a força e a eficácia da contração cardíaca, melhorando a circulação sanguínea. 
O principal representante da classe de cardiotônicos é a digoxina, um medicamento obtido a partir da planta digitalis. 
A digoxina atua inibindo a bomba de sódio e potássio na membrana celular das células cardíacas, aumentando a 
concentração intracelular de cálcio e melhorando a força das contrações cardíacas. 
↑ força de contração ↑ DC 
Inotrópico (+) Cronotrópico (-) 
Inotropismo é a propriedade cardíaca relacionada com a força de contração muscular. Os agentes inotrópicos 
aumentam a contratilidade miocárdica. Atingem esse objetivo promovendo elevação da concentração e da 
disponibilidade de cálcio intracelular ou aumentando a sensibilidade dos miofilamentos ao cálcio. 
Os efeitos observados são: 
✓ Estímulo vagal resultando em bradicardia; 
✓ Aumento da força e velocidade de contração ventricular; 
✓ Aumento do débito cardíaco, melhorando a circulação e reduzindo a congestão venosa e edema, também por 
promover a diurese 
Reações Adversas 
Os cardiotônicos podem causar efeitos colaterais, como náuseas, vômitos, diarreia, confusão mental, alterações visuais 
e arritmias cardíacas. Além disso, eles podem interagir com outros medicamentos, e seu uso deve ser orientado por 
um profissional de saúde. 
1. Digitálicos: Digoxina 
A digoxina atua inibindo a bomba Na + /K+ ATPase ancorada na membrana celular. A ligação do glicosídio ocorre na 
subunidade a da bomba, no local de ligação do K+ . A inibição é reversível e competitiva, podendo ser influenciada pela 
concentração de K+. A ação primária da digoxina é, especificamente, inibir a adenosina trifosfato nas células do 
miocárdio e, dessa maneira, inibir também a bomba de sódio e potássio. O aumento de Na (sódio) intracelular leva a 
uma elevação da troca de Na por Ca (Cálcio), aumentando as concentrações de Ca dentro do miócito. Isso melhora a 
contração miocárdica e a função sistólica global do coração. 
 
 
 
 
Reações Adversas 
A digoxina pode afetar outros tecidos excitáveis, como o músculo liso e o SNC. Os efeitos adversos incluem anorexia, 
náuseas, vômitos e diarreia; em idosos, podem ocorrer alucinações, desorientação e distúrbios visuais. Em 
concentrações altas, a digoxina pode aumentar a atividade simpática. Assim, a elevação do Ca 2+ intracelular e do 
tônus simpático pode levar ao aparecimento de arritmias ventriculares graves, incluindo até mesmo uma fibrilação 
ventricular. Entretanto, a digoxina em doses mais baixas pode aumentar o tônus vagal e reduzir a atividade simpática. 
Esses efeitos podem causar bradicardia ou parada do nó sinuatrial e até mesmo um bloqueio da condução 
atrioventricular. Por outro lado, a ação da digoxina no tônus vagal também pode ser benéfica. 
A digoxina exerce seu efeito inotrópico positivo através da inibição da bomba de Na+/K+ nos 
miócitos cardíacos. Para isso, liga-se na porção extracelular da subunidade da Na+/K+ -ATPase, 
inibindo-a. Essa alteração modifica as concentrações de Na+, que resulta num aumento 
transitório de Ca+, provavelmente decorrente dos depósitos intracelulares. O Ca+em excesso 
resulta num aumento da tensão de contração cardíaca. 
https://bularioenfermagem.com.br/digoxina/
Intoxicação Digitálica 
ATENÇÃO: a margem de segurança é reduzida entre a dose terapêutica e o aparecimento dos sinais de toxicidade. 
-Menor risco: concentrações de digoxina no sangue: 0,8 ng/mL (1,02 nmol/L) a 2,0 ng/mL (2,56 nmol/L). 
-Maior risco: acima 3,0 ng/mL (3,84 nmol/L). 
Manifestações de intoxicação digitálica: 
• gastrintestinais: anorexia, náuseas e vômitos; 
• neurológicas: alteração na percepção das cores, cefaleia, tontura, irritabilidade, inquietação, fadiga; 
• cardiovasculares: extra-sístoles. 
Cuidados de Enfermagem sob Digoxina 
• Verificar FC: antes da administração dos digitálicos - bradicardia. 
• Comunicar se FC ≤ 60 bpm (antes de administrar o medicamento); 
• Administrar se possível, no período da manhã: irritabilidade e insônia, diurese aumentada; 
• Comunicar qualquer sinal ou sintoma de intoxicação digitálica; 
• Ao utilizar via EV: administrar lentamente, monitorização s/n; 
• Manter o paciente em repouso no leito em casos de intoxicação digitálica. 
• Se atentar a agentes que causem deficiência de potássio pois podem ocasionar aumento de sensibilidade a digoxina. 
• Observar as interações medicamentos (como: suxametônio, amiodarona, flecainida, prazosina, propafenona, 
quinidina, entre outros) 
• Verificar a dose da medicação para não causar intoxicação, já que os sintomas de intoxicação são similares com as 
arritmias para as quais a droga está sendo indicada/utilizada. 
• Monitorar pacientes idosos e que possuem algum tipo de comprometimento na função renal. 
• A administração de digoxina em pacientes com doença da tireoide requer cuidado já que no caso de hipotireoidismo 
a dose deve ser reduzida e no hipertireoidismo pode ser necessário o aumento da dose. 
• Orientar o paciente a não dirigir veículos e operar máquinas durante o período que está tomando o medicamento. 
2. Dobutamina 
Atua diretamente nos receptores beta-1 do coração, aumentando a força de contração do músculo cardíaco (efeito 
inotrópico positivo). Melhora o fluxo sanguíneo coronariano e o consumo de oxigênio pelo miocárdio. É indicado para 
insuficiência cardíaca aguda, insuficiência cardíaca congestiva e choque cardiogênico. 
Reações Adversas 
Em virtude de sua ação agonista β1, a dobutamina pode causar taquicardia excessiva e arritmias, o que pode exigir 
redução da dose. Pode ocorrer tolerância após uso prolongado. Em pacientes que fazem uso de betabloqueadores, a 
resposta inicial à dobutamina pode ser reduzida. 
As reações mais comuns são: náusea, cefaleia, dor torácica inespecífica, palpitações, respiração curta e erupção 
cutânea. Também pode produzir leve redução das concentrações séricas de potássio. 
Cuidados de Enfermagem sob Dobutamina 
• Durante a administração do medicamento é necessário o monitoramento da pressão arterial, a frequência cardíaca 
e a taxa de infusão. 
• A dobutamina pode causar um aumento pronunciado na frequência cardíaca e na pressão arterial, dessa forma, é 
necessário cautela e monitoramento de pacientes que possuem hipertensão pré-existente ou fibrilação atrial, pois a 
resposta ao medicamento pode ser exagerada. (Avaliar a necessidade de redução da dose nesses casos) 
• O uso do medicamento em casos de infarto do miocárdio não é recomendado, já que pode aumentar a área do 
infarto por intensificação da isquemia. 
• Monitorar as concentrações de potássico sérico durante o tratamento. 
• Atentar-se ao uso em pacientes idosos, normalmente a dose deve ser alterada.

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