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Doenças da mangueira Magifera indica 1. Mancha angular – Xanthomonas campestris pv. mangiferae indicae 2. Antracnose – Glomerella cingulata (Colletotrichum gloeosporioides) 3. Oídio – Erysiphe polygoni (Oidium mangiferae) 4. Morte descendente – Botryosphaeria rhodina (Lasiodiplodia theobromae) 5. Seca da mangueira – Ceratocystis fimbriata 1. Mancha angular – Xanthomonas campestris pv. mangiferae indicae � Folhas � Manchas angulares, limitadas pelas nervuras – 3 a 4 mm, coloração pardo escura � Halo amarelo ao redor das lesões � Redor das lesões aspectos encharcados – em condições de alta umidade, � Tecido necrosado cai – orifícios na folha Sintomas 1. Mancha angular – Xanthomonas campestris pv. mangiferae indicae Sintomas 1. Mancha angular – Xanthomonas campestris pv. mangiferae indicae � Inflorescência � Lesões negras, profundas e alongadas nos eixos primários e secundários, � Queda das flores � Frutos � Lesões circulares verde escura – que leva rachadura dos frutos em desenvolvimento � Lesões � Exsudação bacteriana - goma Sintomas 1. Mancha angular – Xanthomonas campestris pv. mangiferae indicae � Ramos � Murcha e seca da porção terminal Sintomas 1. Mancha angular – Xanthomonas campestris pv. mangiferae indicae � Xanthomonas campestris pv. mangiferae indicae � 2 estirpes colônias de coloração: � branca – mais patogênica – SP � Amarela – NE � Alta umidade e alta temperatura � Chuvas de pedra, ventos fortes – danifiquem a superfície da planta � Favorece a penetração � Disseminação � Mudas doentes, � Ventos , � Chuvas e insetos Etiologia 1. Mancha angular – Xanthomonas campestris pv. mangiferae indicae � Escolha do local do pomar, � Evitar áreas sob influência de grandes massas de água � Represas das hidroelétricas � Mudas sadias, � Produção de mudas, antes da exertia � Desinfestação do material de propagação, � Hipoclorito de sódio ou de cálcio a 0,35% / 5 min � Proteção pomar – quebra-ventos � Evita ferimentos atritos das folhas, � Impede partículas de areia causem micro-ferimentos Controle 1. Mancha angular – Xanthomonas campestris pv. mangiferae indicae � Pulverizações fungicidas � Cúpricos (oxicloreto, hidróxido ou óxido) em mistura com mancozeb 0,16% � Fazer a mistura em 30 L de água, deixar descansar por 1h – reagir entre si, depois colocados no tanque do pulverizador � Quinzenais –período chuvoso, � Mensais – período seco � Uso de variedades resistentes � Carabao, Sensation, Early Gold, Carrie, Nam Dok Mai e Groszman � Tommy Atkins – extremamente sensível � Haden – certo grau de resistência Controle 2. Antracnose – Glomerella cingulata (Colletotrichum gloeosporioides) � Folhas � Manchas salientes, arredondadas ou irregulares, tamanho variável, coloração marrom, � Lesões ápice, margem e centro limbo foliar � Coalescência – deformação da folha, necrosada e crestadas Sintomas 2. Antracnose – Glomerella cingulata (Colletotrichum gloeosporioides) � Destruição flores � Quebram com facilidade � Queda dos frutos Sintomas Raque da inflorescência � Manchas de coloração marrom- escura, profundas e secas, no sentido longitudinal, 2. Antracnose – Glomerella cingulata (Colletotrichum gloeosporioides) � Ramos � Manchas necróticas escuras, � seguida seca da ponta para a base , � desfolha Sintomas 2. Antracnose – Glomerella cingulata (Colletotrichum gloeosporioides) � Frutos � Se infecção ocorrer no início da formação dos frutinhos – queda � Patógeno pode ficar latente - frutos maiores, � Infecções latentes tornam ativas com amadurecimento dos frutos – apodrecimento Sintomas � Manchas negras, irregulares e deprimidas, coalescem envolvendo todo fruto 2. Antracnose – Glomerella cingulata (Colletotrichum gloeosporioides) � Glomerella cingulata – ascomiceto � Peritécios rostrados, subesféricos e agrupados em um estroma, � ascósporos � Colletotrichum gloeosporioides – anamórfico � Acérvulos subepidérmicos, � Conídios liberados dos acérvulos através da massa viscosa de coloração rosada, pela água das chuvas � Períodos de chuva, principalmente no final da tarde � Orvalho no período noturno Etiologia 2. Antracnose – Glomerella cingulata (Colletotrichum gloeosporioides) � Maior espaçamento favorecendo a ventilação e insolação entre plantas, � Podas leves abrindo a copa para penetração dos raios solares, � Podas de limpeza reduzindo fonte de inóculo � Instalação de pomares em locais mais secos, � Fungicidas � Calda bordalesa, óxido cuproso, oxicloreto de cobre, sulfato básico de cobre, � Zineb, maneb e captan – pulverizações semanais durante o florescimento � Benomyl, tiofanato metílico – pulverizações quinzenais, � Mancozeb - pulverizações semanais � Frutos para exportação � Imersão em solução fungicida (benomyl 0,2% ou procloraz 0,045%) + espalhante adesivo ou detergente 0,1% - a 55º C/5min � Palmer – imersão fungicida temperatura ambiente/2 mim � Tommy Atkins – certo nível de resistência, � Haden e Borbom – extremamente suscetíveis Controle 3. Oídio – Erysiphe polygoni (Oidium mangiferae) � Recobertas por crescimento pulverulento branco-acinzentado – estrutura do patógeno � Deformação das folhas novas – manchas irregulares Sintomas Folhas 3. Oídio – Erysiphe polygoni (Oidium mangiferae) � Patógeno abafa as flores, impedindo sua abertura, levando a queda, � Pedúnculos finos e quebradiços – queda dos frutos Sintomas Inflorescência 3. Oídio – Erysiphe polygoni (Oidium mangiferae) � Erysiphe polygoni – ascomiceto � Cleistotécios – corpo de frutificação � Oidium mangiferae – anamórfico � Conidióforo e conídios � Parasita obrigatório � Penetração � Favorecida pela perda de turgescência dos tecidos da planta, � Condições de forte calor, redução da umidade e ambiente seco Etiologia 3. Oídio – Erysiphe polygoni (Oidium mangiferae) � Pulverizações quinzenais antes da abertura das flores até o início da frutificação � Quinometionato 0,018% � Enxofre 0,4% - evitar aplicar nas horas mais quente do dia � Tebuconazole, fenarimol, triadimenol, procloraz, benomyl, pirazofos, tiofanato metílico, triforine � Variedades resistentes � Brasil, Carlota, Espada, Imperial, Oliveira Neto, Coquinho, Tommy Atkins e Keitt Controle 4. Morte descendente – Botryosphaeria rhodina (Lasiodiplodia theobromae) � Extremidade do ramo novo, formação de lesão escura e seca � Que progride da casca para o lenho � Folhas secam e retorcidas � Desfolha Sintomas 4. Morte descendente – Botryosphaeria rhodina (Lasiodiplodia theobromae) � Ponteiros secam – na parte lateral e baixa da copa � Seca lenta descendente – atinge os ramos, chegando a tronco, levando a morte da planta � Viveiro – fungo ataca o ponto de enxertia – lesão escura na área enxertada Sintomas 4. Morte descendente – Botryosphaeria rhodina (Lasiodiplodia theobromae) � Frutos � Manchas de coloração escura com bordos definidos � Casca do fruto apresenta rachaduras expondo a polpa que fica mole Sintomas Penetração no fruto •Pedúnculo ou ferimentos •No centro das lesões dos frutos - picnídios 4. Morte descendente – Botryosphaeria rhodina (Lasiodiplodia theobromae) 4. Morte descendente – Botryosphaeria rhodina (Lasiodiplodia theobromae) � Botryosphaeria rhodina � Lasiodiplodia theobromae – anamórfico � Picnídios � Conídios – hialinos jovens, escuros maturidade � Septo transversal � Liberados do picnídio através do ostíolo � Mais de 500 hospedeiros � Cajueiro, coqueiro, goiabeira, gravioleira, mamoeiro, seringueira, videira, etc. � Lesões causadas por outros patógenos (Colletotrichum sp., Oidium sp., Xanthomonas sp. favorecem a penetração de Lasiodiplodia, � Temperatura 27-32º C, UR 80-85% � Disseminação � Vento, insetos e ferramentas de poda � Mudas contaminadas Etiologia 4. Morte descendente – Botryosphaeria rhodina (Lasiodiplodia theobromae) � Uso de mudas sadias sem sinais de lesões ou cancro na região da enxertia, � Podas de limpeza do pomar, � Queima de galhos e inflorescênciassecas ou doentes, � Após as podas – ferimentos cobertos com pasta cúprica e pulverização imediata do pomar com benomyl ou tiabendazole, � Ferramentas de podas devem ser desinfestadas – hipoclorito de sódio 2%, � Controle de insetos, � Os mesmos tratamentos para o controle da antracnose, � Variedade resistente � Manguito Controle 5. Seca da mangueira – Ceratocystis fimbriata � Perda da coloração verde-escura da folhagem em alguns setores da copa, folhas murcham, � Seca das folhas � Galho desfolhado e seco Sintomas 5. Seca da mangueira – Ceratocystis fimbriata � Ramos � Orifícios 1 mm Ø, onde escorre uma resina ou serragem devido ao ataque das brocas � Corte transversal do ramo � Estrias cinzas no lenho – colonização do patógeno � Ataque do vetor e colonização do fungo ocorre de cima para baixo, atingindo outros galhos � Entre a casca e lenho observa-se adultos, pupas do inseto vetor � Morte da planta – quando o patógeno atingue o tronco Sintomas 5. Seca da mangueira – Ceratocystis fimbriata � 2 tipos de seca no campo � Inicia pelo ramos finos da copa e progredindo em direção ao tronco, matando a árvore lentamente, � Inicia pelas raízes e planta morre repentinamente Sintomas 5. Seca da mangueira – Ceratocystis fimbriata � Ceratocystis fimbriata – ascomiceto � Peritécios – corpo de frutificação � Gotas amareladas - ascósporos � Penetração � Ferimentos na parte aérea � raízes � Disseminação � Mudas contaminadas � Culturas de C. fimbriata exalam odor de fruta madura � Atrativo para inseto vetor � Gama de hospedeiros � Batata-doce, cacaueiro, cafeeiro, figueira, pessegueiro, carvalho, fumo, mamoneira, abacateiro, etc. � 2 raças - 1 patogênica var. Jasmim a outra não Etiologia 5. Seca da mangueira – Ceratocystis fimbriata � Inseto vetor - broca – Hypocryphalus mangiferae � Amplamente distribuído em todas as regiões onde se cultiva a mangueira � A broca sozinha não causa problemas graves à mangueira � O inseto é atraído por culturas do fungo, onde dele se alimenta. Etiologia 5. Seca da mangueira – Ceratocystis fimbriata � Depende dos tipos de infecção através: � Copa � Raízes � Não é interessante controlar o vetor, pois ele é pouco eficiente em transmitir o patógeno, � O fungo ocorre em algumas plantas do pomar, � Vetor está disseminado em toda a plantação � É mais fácil controlar o fungo eliminando os galhos doentes, � Infecção nas raízes � Usar porta enxerto resistentes � Manga d’água, Pico, IAC 101, IAC 102, Carabao - às 2 raças do patógeno � Rosa, Sabina, São Quirino, Oliveira Neto, Keitt, Sensation, Kent, Irwin e Tommy Atkins � Fungo e vetor contaminado podem ser disseminados � Mudas ou solos contaminados � Uso de mudas sadias Controle 6. Malformação floral e vegetativa – Fusarium moniliforme var. subglutinans � Malformação floral � Redução no comprimento do eixo primário, � Ramificações secundárias da panícula – inflorescência aspecto de cacho – boneca de pelúcia – embonecamento � Panículas murcham, tornam-se negras permanecem na árvore – fonte de inóculo Sintomas 6. Malformação floral e vegetativa – Fusarium moniliforme var. subglutinans � Malformação floral � Gema floral pode transformar em gema vegetativa – aparecendo grande número de pequenas folhas e ramos com internódios reduzidos Sintomas � Malformação vegetativa � Produção de um grande número de brotos vegetativos originados das gemas axilares dos ramos principais – vassoura-de- bruxa 6. Malformação floral e vegetativa – Fusarium moniliforme var. subglutinans � Gibberella fujikuroi var. subglutinas - ascomiceto � Fusarium moniliforme var. subglutinans - anamórfico � Disseminação � Ácaro das gemas – Eriophyes mangifera � Severidade da doença � Plantas com até 10 anos de idade e temperaturas amenas na época da emissão das panículas Etiologia 6. Malformação floral e vegetativa – Fusarium moniliforme var. subglutinans � Eliminação periódica de brotos e inflorescência malformadas � Poda deve ser feita 20 cm abaixo da panícula malformada � Panículas malformadas devem ser eliminadas logo que apresentem os sintomas, � Uso de mudas sadias � Exame visual das plantas mostra facilmente aquelas com malformação vegetativa, � Variedades � Tommy Atkins mais sensível malformação floral � Keitt mais sensível malformação vegetativa, � Hadem e Palmer – mais tolerantes ao 2 tipos de malformação Controle 7. Verrugose – Elsinoe mangiferae (Sphaceloma mangiferae) � Importância secundária � Elsinoe mangiferae - ascomiceto � Sphaceloma mangiferae – anamórfica � Folhas manchas circulares escuras, � Centro da lesão desintegras – pequenos orifícios na folha � Frutos lesões aspecto corticoso � Controle � Os mesmos utilizados para o controle da antracnose 8. Podridões pedunculares � Condições de chuvas e temperaturas elevadas na época da colheita favorecem as podridões que afetam o pedúnculo e a porção basal da fruta � Vários fungos: � Botryodiplodia theobromae, Diplodia sp., Diaporthe citri, Colletotrichum gloeosporioides, Pestalotia mangiferae, Aspergillus flavus, Dothiorella ribis, Penicillium cyclopium, Phomopsis mangiferae � Penetração – ferimentos na colheita � Podridão � Ápice do fruto, � Base do pedúnculo, � Podridão mole 8. Podridões pedunculares � Manusear os frutos com cuidado para evitar ferimentos, � Logo após a colheita devem ser levados para as câmaras de maturação e armazenamento em ambiente ventiladao � Evitar quebrar os pedicelos e protegê-los com fungicida � As mesmas pulverizações recomendadas para o controle da antracnose Controle Bibliografia � AGRIOS, G.N. Plant Pathology. 5th ed. 2005. 922p. � AMORIM, L., REZENDE, J.A.M., BERGAMIN FILHO, A. Manual de Fitopatologia: princípios e controle. Vol 1. Ed. Ed. Agronômica Ceres, São Paulo, 2011. 704 p. � BERGAMIN FILHO, A., KIMATI, H. & AMORIM, L. (Eds.). Manual de Fitopatologia. Vol.1. Ed. Agronômica Ceres, São Paulo, 1995. 919 p. � KIMATI, H., AMORIM, L., REZENDE, J.A.M.,BERGAMIN FILHO, A.; CAMARGO, L.E.A.. Manual de Fitopatologia, Vol. II - Doenças das Plantas Cultivadas. 4. Edição. Editora Agronômica Ceres Ltda, São Paulo. 2005. 663p.