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Processo do Trabalho Resumo Esquematizado - Memorex Jurídico 4 0 - para OAB e Concurso

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4.0
julho/2023
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P á g i n a 1 
 
 
SUMÁRIO 
PRINCÍPIOS ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 5 
Princípios específicos do Processo do Trabalho ..................................................................................................................................................................................................................... 5 
Outros princípios ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 10 
Aplicação subsidiária do CPC ............................................................................................................................................................................................................................................................................................. 11 
ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO ...........................................................................................................................................................................................................................12 
Órgãos ..................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................12 
Varas do Trabalho ....................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................12 
Tribunais Regionais do Trabalho .................................................................................................................................................................................................................................................................................13 
Tribunal Superior do Trabalho ...................................................................................................................................................................................................................................................................................... 16 
Serviços auxiliares da Justiça do Trabalho..................................................................................................................................................................................................................................... 18 
Ministério Público do Trabalho .................................................................................................................................................................................................................................................................................... 20 
COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO........................................................................................................................................................................................................................... 24 
Competência material ...................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 24 
Competência territorial ............................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 26 
Exceção de incompetência.................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 27 
PARTES E PROCURADORES ................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 29 
Partes ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 29 
Advogado .................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 32 
Gratuidade ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 35 
ATOS, PRAZOS E NULIDADES........................................................................................................................................................................................................................................................................................ 37 
Introdução................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 37 
Atos processuais ...................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 40 
Despesas processuais .................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 42 
Nulidades processuais ...................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 44 
COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA ................................................................................................................................................................................................................................................46 
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P á g i n a 2 
 
 
Âmbito das empresas ...................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 46 
Âmbito dos sindicatos ...................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 46 
Procedimento ..................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 46 
PETIÇÃO INICIAL .......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 47 
Modalidades ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 47 
Interrupção da prescrição .................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 47 
Requisitos da petição inicial .................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 48 
Emenda e aditamento da petição inicial .................................................................................................................................................................................................................................................. 48 
Indeferimento da petição inicial ................................................................................................................................................................................................................................................................................ 48 
AUDIÊNCIA...................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 49 
Publicidade ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 49 
Designação ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 49 
Horário e local.................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 49 
Atraso das partes e do juiz ............................................................................................................................................................................................................................................................................................ 49 
Comparecimento das partes ......................................................................................................................................................................................................................................................................................... 50 
Consequências da ausência ............................................................................................................................................................................................................................................................................................... 50 
Procedimento ....................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 51 
Conciliação .................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 51 
DEFESA DO RECLAMADO.......................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 52 
Apresentação.................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 52 
Contestação ......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 52 
Exceções ..................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 54 
Reconvenção ....................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 55 
Revelia ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................55 
PROVAS .................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 57 
Objeto de prova.......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 57 
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P á g i n a 3 
 
 
Comunhão das provas ..................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 57 
Distribuição do ônus da prova ....................................................................................................................................................................................................................................................................................... 57 
Provas em espécie ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 59 
SENTENÇA E COISA JULGADA .................................................................................................................................................................................................................................................................................. 63 
Sentença ...................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 63 
Coisa julgada ......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 63 
DISSÍDIOS INDIVIDUAIS - RESUMO ........................................................................................................................................................................................................................................................... 64 
PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA ...................................................................................................................................................................................................................................................................................... 65 
Conceitos ..................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 65 
Prescrição .................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 65 
Decadência ..............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................68 
RECURSOS TRABALHISTAS .................................................................................................................................................................................................................................................................................................69 
Peculiaridades dos recursos trabalhistas ..........................................................................................................................................................................................................................................69 
Juízo de admissibilidade e juízo de mérito ....................................................................................................................................................................................................................................... 70 
Recurso adesivo .......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 73 
Visão geral dos recursos ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 73 
Recursos em espécie ...................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 75 
LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA ............................................................................................................................................................................................................................................................................................80 
Cabimento..................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................80 
Modalidades ..........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................80 
Juros e correção ....................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................80 
PROCESSO DE EXECUÇÃO ......................................................................................................................................................................................................................................................................................................81 
Introdução.................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 81 
Títulos executivos...................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 82 
Execução definitiva ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 82 
Execução contra a Fazenda Pública ............................................................................................................................................................................................................................................................86 
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P á g i n a 4 
 
 
Execução contra a massa falida e empresa em recuperação judicial ............................................................................................................................88 
Embargos de terceiro..................................................................................................................................................................................................................................................................................................................90 
PROCEDIMENTOS ESPECIAIS ....................................................................................................................................................................................................................................................................................... 91 
Procedimentos tipicamente trabalhistas ............................................................................................................................................................................................................................................... 91 
Ações de natureza constitucional...................................................................................................................................................................................................................................................................... 94 
Ações de natureza civil ..............................................................................................................................................................................................................................................................................................................96 
 
 
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NORMA MAIS FAVORÁVEL Utilizado em caso de conflito entre 2 ou mais NORMAS
IN DUBIO PRO OPERARIO Utilizado em caso de conflito entre 2 ou mais INTERPRETAÇÕES
CONDIÇÃO MAIS BENÉFICA Utilizado em caso de conflito entre 2 ou mais SITUAÇÕES CONCRETAS
PRINCÍPIOS 
Princípios específicos do Processo do Trabalho 
Princípio da proteção 
Consiste no tratamento diferenciado entre o empregado e o empregador, de forma a proteger e 
facilitar a prática dos atos processuais pelo primeiro, que é a parte hipossuficiente. O princípio da proteção é 
subdividido em 3 subprincípios, que são mais bem detalhados na disciplina Direito do Trabalho: 
 
 
 
 
Em relação ao subprincípio in dubio pro operario, entende-se que ele abrange tanto a interpretação da 
norma quanto a interpretação da situação fática. Nesse sentido, para Sérgio Pinto Martins, o referido 
subprincípio não tem aplicação integral no Processo do Trabalho, de modo que, em caso de dúvida quanto ao 
caso concreto, deve-se verificar a quem pertence o ônus da prova (art. 818 da CLT). 
São exemplos da aplicação do princípio da proteção ao Processo do Trabalho: 
ART. 844 DA CLT 
Ausência das partes à audiência: 
o Se ausente o reclamante, o processo é arquivado. 
o Se ausente o reclamado, será aplicada a revelia. 
Assim, a consequência para o reclamado é mais gravosa. Entretanto, a Reforma 
Trabalhista mitigou essa proteção, ao prever que, em caso de ausência do reclamante 
sem motivo legalmente justificável, este será condenado ao pagamento das custas AINDA 
QUE beneficiário da justiça gratuita (previsão declarada constitucional – ADI 5766). 
ART. 14 DA LEI N. 
5.584/70 
Na Justiça do Trabalho, a assistência judiciária gratuita será prestada pelo sindicato da 
categoria profissional a que pertencer o trabalhador, sendo devida: 
o A todo aquele que perceber salário igual ou inferior ao dobro do mínimo legal. 
o Ao trabalhador de maior salário, uma vez provado que sua situação econômica 
não lhe permite demandar sem prejuízo do sustento próprio ou da família. 
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P á g i n a 6 
 
 
ART. 790, §§ 3º E 4º, 
DA CLT 
Concessão de benefício da justiça gratuita: 
o Àqueles que perceberem salário igual ou inferior a 40% do teto da previdência. 
o Àqueles que, mesmo com um salário maior, comprovarem insuficiência de recursos. 
Entretanto, após a Reforma Trabalhista, NÃO é mais possível que essa comprovação seja 
feita mediante simples declaração subscrita pelo interessado. 
Vale mencionar, contudo, que parte da doutrina entende que a extinção dessa 
possibilidade de comprovação deixou uma lacuna na CLT, que pode ser preenchida com a 
previsão do art. 99, § 3º, do CPC, que estabelece a presunção de veracidade da alegação 
de insuficiência de recursos deduzida exclusivamente por pessoa natural. 
ART. 651 DA CLT 
Fixação da competência territorial, em regra, no local da prestação dos serviços. Além 
disso, caso a prestação do serviço ocorra em local diverso do local da contratação, 
a escolha entre um dos dois lugares cabe ao empregado. 
Entretanto, após a Reforma Trabalhista, apresentada exceção de incompetência 
territorial pela parte reclamada e sendo necessária a produção de prova oral, o juízo 
deve designar audiência, por carta precatória, no juízo indicado como competente. 
Nesse caso, a reclamante terá que suportar o ônus do deslocamento para este juízo. 
Princípio da final idade social 
Em consonância com o princípio da proteção, o princípio da finalidade social permite que o juiz, na condução 
do processo, atue ativamente auxiliando o empregado. Nesse sentido, o art. 5º da LINDB estabelece que, na 
aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum. 
Princípio da busca da verdade real 
No Processo do Trabalho, os Juízos e Tribunais do Trabalho terão ampla liberdade na direção do 
processo e velarão pelo andamento rápido das causas, podendo determinar QUALQUER diligência necessária 
ao esclarecimento delas (com a finalidade de perquirir a verdade dos fatos). 
Princípio da indisponibi l idade 
O princípio da indisponibilidade refere-se à finalidade do Processo do Trabalho, que é a garantia dos 
direitos indisponíveis do trabalhador, relacionando-se, assim, ao princípio de mesmo nome do direito material. 
 
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P á g i n a 7 
 
 
Princípio do jus postulandi 
Trata-se da possibilidade de as partes ajuizarem e acompanharem as suas ações sem a necessidade de 
um advogado. Nesse sentido, a CLT dispõe que os empregados e os empregadores poderão reclamar 
pessoalmente perante a Justiça do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final. Entretanto, existem 
exceções ao jus postulandi, situações nas quais o advogado é indispensável ↴ 
MACETE: MARAH 
De acordocom a Súmula 425 do TST, o advogado é indispensável nas seguintes situações: 
M Mandado de segurança. 
A Ação rescisória. 
R Recursos dirigidos ao TST (ex.: Recurso de Revista). 
A Ação cautelar (que existia até o CPC de 1973). 
H Homologação de acordo extrajudicial (Reforma Trabalhista). 
Acerca da aplicação do jus postulandi às relações de trabalho em sentido amplo, há duas correntes: 
1ª CORRENTE 
O jus postulandi É aplicável às relações de trabalho lato sensu, uma vez que a 
competência da Justiça do Trabalho abrange essas relações. 
2ª CORRENTE 
O jus postulandi é NÃO aplicável às relações de trabalho lato sensu, uma vez que o 
instituto foi concebido apenas para as relações de emprego, o que pode ser inferido 
até mesmo pela interpretação do art. 791 da CLT. É a posição do TST (IN 27/2005). 
Princípio da conci l iação 
A conciliação é a base do processo do trabalho, não havendo a possibilidade de dispensá-la desde a 
petição inicial, como no processo civil. Nesse sentido, o art. 764 da CLT estabelece que os dissídios individuais ou 
coletivos submetidos à apreciação da Justiça do Trabalho serão SEMPRE sujeitos à conciliação. Na prática, as 
tentativas de conciliação ocorrem nos seguintes momentos ↴ 
 
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P á g i n a 8 
 
 
PROCEDIMENTO 
ORDINÁRIO 
Duas tentativas: 
o Na abertura da audiência inicial, antes da apresentação da defesa. 
o Após as razões finais, antes da sentença. 
PROCEDIMENTO 
SUMARÍSSIMO 
Logo na abertura da audiência, o juiz esclarecerá as partes presentes sobre as 
vantagens da conciliação e usará os meios adequados de persuasão para a solução 
conciliatória do litígio, em qualquer fase da audiência. 
Havendo conciliação, NÃO há a obrigatoriedade de homologação pelo magistrado, que pode se negar a 
homologar o acordo com base, por exemplo, no princípio da proteção. Nesse sentido: 
SÚMULA 418 DO TST 
A homologação de acordo constitui faculdade do juiz, inexistindo direito líquido e certo tutelável pela via do 
mandado de segurança. 
Já a decisão que homologa o acordo, conforme o art. 831, parágrafo único, da CLT: 
1 É IRRECORRÍVEL para as partes. 
2 É RECORRÍVEL para a União em relação às verbas previdenciárias. 
Por fim, caso a parte queira desconstituir a coisa julgada formada pela homologação do acordo, ela terá 
que fazê-lo por meio de ação rescisória, conforme a Súmula 259 do TST. 
Princípio da concentração dos atos processuais em audiência 
A audiência trabalhista é UNA, concentrando diversos atos (tentativas de conciliação, defesa, réplica, 
instrução, razões finais e sentença). Se não for possível, por força maior, concluí-la no mesmo dia, o juiz ou 
presidente marcará a sua continuação para a primeira desimpedida, independentemente de nova notificação. 
Na prática, a audiência trabalhista é dividida em mais de uma sessão, EXCETO no procedimento sumaríssimo. 
 
 
 
 
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P á g i n a 9 
 
 
Princípio da oral idade 
Na Justiça do Trabalho, há a prevalência da palavra oral sobre a escrita, de modo que muitos dos atos 
processuais podem ser realizados oralmente, como, por exemplo: 
ATOS PROCESSUAIS ORAIS 
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA 
Pode ser escrita ou oral (reduzida a termo no prazo de 5 dias, sob pena 
de perempção), por opção do reclamante. 
DEFESA Ocorrerá em audiência, por até 20 minutos. 
RAZÕES FINAIS Na audiência, cada parte terá 10 minutos. 
PROTESTO EM AUDIÊNCIA Demonstração de inconformismo com a decisão interlocutória. 
Princípio da irrecorribi l idade imediata das interlocutórias 
São incabíveis recursos de decisões proferidas no curso do processo (decisões interlocutórias), devendo 
a parte prejudicada aguardar ser proferida decisão final para dela recorrer. Assim, deve haver o seguinte: 
RECORRIBILIDADE IMEDIATA Não é possível. 
RECORRIBILIDADE MEDIATA 
É possível. Nesse caso, a parte deverá consignar o protesto da decisão 
na ata de audiência (o protesto antipreclusivo), sendo essa a condição 
para a alegação do inconformismo na impugnação da decisão definitiva. 
Se a decisão violar direito líquido e certo, cabe mandado de segurança. 
Contudo, a Súmula 214 do TST elenca as seguintes exceções: 
1 Decisão interlocutória proferida pelo TRT em desacordo com súmula ou OJ do TST. 
2 Decisão de tribunal da qual cabe recurso interno (recurso para o mesmo tribunal). 
3 
Decisão que decide a alegação de incompetência territorial e determina a remessa dos autos para 
Vara do Trabalho vinculada a outro TRT. 
Essas decisões são recorríveis imediatamente. 
 
 
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P á g i n a 10 
 
 
Princípio da normatização coletiva 
Prevista pelo art. 114, § 2º, da CRFB/88, a função normativa da Justiça do Trabalho é o poder de criação 
de normas gerais e abstratas que irão reger as relações de trabalho dos integrantes da categoria profissional 
representada pelo sindicato que ajuizou o dissídio coletivo (é proferida a chamada sentença normativa). 
Esse princípio NÃO é absoluto, encontrando limites na Constituição Federal, em normas de ordem pública ou 
em negociações coletivas. 
Outros princípios 
Além dos princípios específicos aplicáveis ao Processo do Trabalho, são aplicáveis ainda os princípios gerais 
do processo e alguns princípios do Processo Civil. Dentre eles, merecem considerações os seguintes: 
DUPLO GRAU DE 
JURISDIÇÃO 
Possui previsão no Pacto de São José da Costa Rica, além de ser um princípio 
constitucional implícito, uma vez que a CRFB/88 prevê diversos órgãos do Poder 
Judiciário, além de recursos (RE e REsp) e suas hipóteses de cabimento. 
Consiste no direito ao reexame da decisão judicial por um órgão superior. No Processo 
do Trabalho, NÃO caberá recurso das sentenças proferidas no procedimento sumário, 
a não ser que haja violação de norma da Constituição Federal. 
DISPOSITIVO E 
INQUISITIVO 
O processo começa por iniciativa da parte (princípio dispositivo) e se desenvolve por 
impulso oficial (princípio inquisitivo), SALVO as exceções previstas em lei. 
A Reforma Trabalhista restringiu o princípio inquisitivo, prevendo que a execução 
definitiva somente será iniciada de ofício se a parte estiver exercendo o jus postulandi, 
ou seja, se não estiver sendo representada por advogado (art. 878 da CLT). 
Outro exemplo de aplicação do princípio inquisitivo no Processo do Trabalho é a 
possibilidade de instauração do dissídio coletivo de ofício pelo tribunal (art. 856 da CLT). 
 
 
 
 
 
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P á g i n a 1 1 
 
 
OMISSÃO COMPATIBILIDADE
APLICA-SE O 
CPC
Aplicação subsidiária do CPC 
O art. 769 da CLT estabelece que, nos casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária 
do direito processual do trabalho, EXCETO naquilo em que for incompatível. Já o CPC determina, em seu art. 
15, a aplicação supletiva e subsidiária de suas normas quando da ausência de normas que regulem processos 
trabalhistas. Assim, são requisitos para a aplicação do CPC: 
 
 
 
 
 
EXEMPLOS 
RECURSO ADESIVO 
De acordo com a Súmula 283 do TST, o recurso adesivo é aplicável ao processo 
trabalhista. Entretanto, considerando que não há previsão na CLT, aplica-se o 
disposto no CPC (art. 997, § 2º). 
RECONVENÇÃO 
Da mesma forma, a reconvenção é aplicável ao processo trabalhista, ainda que 
não haja normatização pela CLT. Aplica-se, portanto, o art. 343 do CPC. 
Vale observar que o CPC permite tanto a aplicação subsidiária (que ocorre em caso de lacuna), quanto 
a supletiva (= complementar, não sendo necessária a omissão – é o caso dos embargos de declaração). 
Ressalte-se que, em caso de incompatibilidade do CPC com as normas trabalhistas, É INCABÍVEL a sua 
aplicação subsidiária ou supletiva. É por esse motivo, por exemplo, que a OJ 310, da SDI-1, do TST, estabelece 
a inaplicabilidade do prazo em dobro para litisconsortes com procuradores distintos e de escritórios de advocacia 
distintos (art. 229 do CPC), uma vez que a celeridade é inerente ao processo trabalhista.Por fim, em caso de omissão normativa na FASE DA EXECUÇÃO, aplica-se, primeiramente, a Lei de 
Execução Fiscal. Persistindo a omissão, utiliza-se, então, o CPC. Assim ↴ 
OMISSA A CLT Aplica-se a LEF. 
OMISSAS A CLT E A LEF Aplica-se o CPC. 
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P á g i n a 1 2 
 
 
TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO - TST
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO - TRT
JUÍZES DO TRABALHO - VARAS DO TRABALHO
ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO 
Órgãos 
São órgãos da Justiça do Trabalho: 
 
 
 
 
 
 
 
Os juízes de direito (investidos da jurisdição trabalhista) que atuam nas comarcas não abrangidas pela 
Justiça do Trabalho NÃO estão incluídos nessa estrutura. 
Varas do Trabalho 
Introdução 
A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua jurisdição, 
atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo TRT. Entretanto, conforme a Súmula 10 do STJ: 
SÚMULA 10 DO STJ 
Instalada a Junta de Conciliação e Julgamento, cessa a competência do Juiz de Direito em matéria 
trabalhista, inclusive para execução das sentenças por ele proferidas (antes da EC 24/99, as Varas do 
Trabalho eram chamadas de Juntas de Conciliação e Julgamento). 
Assim, os processos serão transferidos para a vara do trabalho no estado em que se encontrarem. 
Funcionamento 
A jurisdição na Vara do Trabalho é exercida por um juiz singular, sendo o julgamento monocrático 
(sentença de primeiro grau, da qual caberá Recurso Ordinário ao TRT competente). 
 
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P á g i n a 1 3 
 
 
Tribunais Regionais do Trabalho 
Composição 
Os TRT’s são compostos por: 
7 DESEMBARGADORES 
(NO MÍNIMO) 
o Brasileiros (natos ou naturalizados). 
o Com mais de 30 e menos de 70 anos – EC 122/2022. 
o Nomeados pelo Presidente da República (sem participação do 
Senado). 
SENDO 
1/5 dentre: 
o Advogados com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional. 
o Membros do MPT com mais de 10 anos de efetivo exercício. 
Os demais mediante promoção de juízes do trabalho por antiguidade e 
merecimento, alternadamente. 
Indicação 
A indicação, pelo TRT, de membros do Ministério Público do Trabalho e advogados, para comporem o 
Tribunal, far-se-á em LISTA TRÍPLICE, sendo que no caso da vaga destinada a: 
ADVOGADOS 
O TRT dá ciência ao Conselho Seccional da OAB, que forma uma lista sêxtupla 
e encaminha ao mesmo Tribunal para que este forme a lista tríplice a ser 
encaminhada ao Presidente da República através do TST. Assim: 
TRT → OAB (lista sêxtupla) → TRT (lista tríplice) → PR (nomeia) 
MEMBROS DO MPT 
O TRT dá ciência ao Ministério Público do Trabalho, que forma uma lista 
sêxtupla e encaminha ao mesmo Tribunal para que este forme a lista tríplice 
a ser encaminhada ao Presidente da República através do TST. Assim: 
TRT → MPT (lista sêxtupla) → TRT (lista tríplice) → PR (nomeia) 
 
 
 
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P á g i n a 1 4 
 
 
Organização 
Os tribunais regionais maiores poderão se organizar em: 
TURMAS As turmas exercem a competência recursal ordinária. 
SEÇÕES 
As seções são grupos de turmas que exercem a competência originária para 
algumas ações, sendo que pelo menos uma delas terá competência para julgar 
os dissídios coletivos (art. 6º da Lei n. 7.701/88). 
Divisão 
A segunda instância da Justiça do Trabalho é dividida em 24 TRT’s, distribuídos por todo o território 
nacional. O estado de São Paulo possui dois TRT’s: o da 2ª Região, com sede na capital e o da 15ª Região, com 
sede em Campinas. Além disso, Tocantins, Acre, Roraima e Amapá não possuem TRT, ficando da seguinte forma: 
TRT JURISDIÇÃO SEDE 
TRT 1 RJ Rio de Janeiro 
TRT 2 Grande São Paulo e Santos São Paulo 
TRT 3 MG Belo Horizonte 
TRT 4 RS Porto Alegre 
TRT 5 BA Salvador 
TRT 6 PE Recife 
TRT 7 CE Fortaleza 
TRT 8 PA e AP Belém 
TRT 9 PR Curitiba 
TRT 10 DF e TO Brasília 
TRT 11 AM e RR Manaus 
TRT 12 SC Florianópolis 
TRT 13 PB João Pessoa 
TRT 14 RO e AC Porto Velho 
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P á g i n a 1 5 
 
 
TRT 15 
São Paulo, exceto grande São 
Paulo e Santos 
Campinas 
TRT 16 MA São Luís 
TRT 17 ES Vitória 
TRT 18 GO Goiânia 
TRT 19 AL Maceió 
TRT 20 SE Aracaju 
TRT 21 RN Natal 
TRT 22 PI Teresina 
TRT 23 MT Cuiabá 
TRT 24 MS Campo Grande 
Justiça it inerante 
Os TRT’s instalarão a justiça itinerante, com a realização de audiências e demais funções de atividade 
jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários. 
Câmaras regionais 
Os TRT’s poderão funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar 
o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Tribunal Superior do Trabalho 
Composição 
O TST, com sede na Capital Federal e jurisdição em todo o território nacional, é composto por: 
27 MINISTROS 
o Brasileiros (natos ou naturalizados). 
o Com mais de 35 e menos de 70 anos – EC 122/2022. 
o De notável saber jurídico e reputação ilibada. 
o Nomeados pelo Presidente da República + aprovação por maioria 
absoluta do Senado Federal (após sabatina). 
MACETE → Trinta Sem Três = TST → 27 ministros (exatamente 27). 
SENDO 
1/5 dentre: 
o Advogados com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional. 
o Membros do MPT com mais de 10 anos de efetivo exercício. 
Os demais dentre juízes (desembargadores) dos TRT’s, oriundos da 
magistratura da carreira, indicados pelo próprio TST. 
Indicação 
A indicação, pelo TST, de Desembargadores do Trabalho, membros do Ministério Público do Trabalho e 
advogados, para comporem o Tribunal, far-se-á em LISTA TRÍPLICE, sendo que no caso da vaga destinada a: 
DESEMBARGADORES DO TRT O TST forma a lista tríplice a ser encaminhada ao Presidente da República. 
ADVOGADOS 
O TST dá ciência ao Conselho Federal da OAB, que forma uma lista sêxtupla 
e encaminha ao mesmo Tribunal para que este forme a lista tríplice a ser 
encaminhada ao Presidente da República. Assim: 
TST → OAB (lista sêxtupla) → TST (lista tríplice) → PR (nomeia) 
MEMBROS DO MPT 
O TST dá ciência ao Ministério Público do Trabalho, que forma uma lista 
sêxtupla e encaminha ao mesmo Tribunal para que este forme a lista tríplice 
a ser encaminhada ao Presidente da República. Assim: 
TST → MPT (lista sêxtupla) → TST (lista tríplice) → PR (nomeia) 
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P á g i n a 1 7 
 
 
Órgãos 
São órgãos do Tribunal Superior do Trabalho: 
TRIBUNAL PLENO 
Constituído pela totalidade dos ministros que integram o TST (27 ministros), sendo 
necessária a presença de, no mínimo, 14 ministros para o seu funcionamento. 
ÓRGÃO ESPECIAL 
Composto por 14 membros, sendo 7 por antiguidade e 7 por eleição, e 3 suplentes. 
Integram o Órgão Especial o Presidente, o Vice-Presidente do TST e o Corregedor-
Geral da Justiça do Trabalho, junto aos demais ministros mais antigos e eleitos. 
SDC 
Integram a Seção Especializada em Dissídios Coletivos o Presidente e o Vice-
Presidente do TST, o Corregedor-Geral da Justiça do Trabalho e mais 6 ministros. 
Total = 9 ministros. 
SDI 
Integram a Seção Especializada em Dissídios Individuais o Presidente e o Vice-
Presidente do TST, o Corregedor-Geral da Justiça do Trabalho e mais 18 ministros. 
Total = 21 ministros, divididos em duas subseções: 
o SDI-1 → 14 ministros. 
o SDI-2 → 10 ministros. 
Em ambas as subseções estão o Presidente e o Vice-Presidente do Tribunal e o 
Corregedor-Geral da Justiça do Trabalho. 
TURMAS 
As 8 Turmas são constituídas, cada uma, por 3 ministros. 
Funcionam apenas com quórum integral. 
Além disso, funcionarão junto ao Tribunal Superior do Trabalho: 
1 
A Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho, cabendo-lhe, dentre 
outras funções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira. 
2 
O Conselho Superior da Justiça do Trabalho, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a supervisãoadministrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do Trabalho de primeiro e segundo 
graus, como órgão central do sistema, cujas decisões terão efeito vinculante. 
 
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Serviços auxi l iares da Justiça do Trabalho 
Secretarias 
As secretarias são dirigidas pelo diretor de secretaria e são compostas pelos seguintes membros: 
1 Diretor de secretaria 
2 Assistente de diretor (que substitui o diretor em suas ausências). 
3 Assistente de juiz (que auxilia o juiz diretamente). 
4 Secretário de audiências (que secretaria as audiências e digita as atas). 
5 Assistente de cálculos (que auxilia o juiz na elaboração e conferência dos cálculos de liquidação). 
6 Oficial de justiça avaliador (que realiza o cumprimento de mandados e diligências solicitados pelo juiz). 
7 Demais funcionários que ingressaram mediante concurso público (analistas e técnicos judiciários). 
Compete à secretaria: 
1 
O recebimento, a autuação, o andamento, a guarda e a conservação dos processos e outros papéis que 
lhe forem encaminhados. 
2 A manutenção do protocolo de entrada e saída dos processos e demais papéis. 
3 O registro das decisões. 
4 
A informação, às partes interessadas e seus procuradores, do andamento dos respectivos processos, 
cuja consulta lhes facilitará. 
5 A abertura de vista dos processos às partes, na própria secretaria. 
6 A contagem das custas devidas pelas partes, nos respectivos processos (IMPORTANTE). 
7 O fornecimento de certidões sobre o que constar dos livros ou do arquivamento da secretaria. 
8 A realização das penhoras e demais diligências processuais (IMPORTANTE). 
9 
O desempenho dos demais trabalhos que lhe forem cometidos pelo Presidente, para melhor execução dos 
serviços que lhe estão afetos. 
Os serventuários que, sem motivo justificado, não realizarem os atos, dentro dos prazos fixados, serão 
descontados em seus vencimentos, em tantos dias quantos os do excesso. 
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Distribuidores 
Haverá distribuidor: 
1 Nas localidades em que houver mais de uma Vara do Trabalho. 
2 Nos Tribunais onde existir mais de uma turma. 
Compete ao distribuidor: 
1 
A distribuição, pela ordem rigorosa de entrada, e sucessivamente a cada Vara, dos feitos que, para 
esse fim, lhe forem apresentados pelos interessados. 
2 O fornecimento, aos interessados, do recibo correspondente a cada feito distribuído. 
3 
A manutenção de 2 fichários dos feitos distribuídos, sendo um organizado pelos nomes dos reclamantes 
e o outro dos reclamados, ambos por ordem alfabética. 
4 
O fornecimento a qualquer pessoa que o solicite, verbalmente ou por certidão, de informações sobre 
os feitos distribuídos. 
5 
A baixa na distribuição dos feitos, quando isto lhe for determinado pelos Presidentes, formando, com 
as fichas correspondentes, fichários à parte, cujos dados poderão ser consultados pelos interessados, 
mas não serão mencionados em certidões. 
Os distribuidores são designados pelo Presidente do Tribunal Regional dentre os funcionários das Varas 
e do Tribunal Regional, existentes na mesma localidade, e subordinados esse Presidente. 
Oficia is de justiça 
Incumbe aos Oficiais de Justiça e Oficiais de Justiça Avaliadores da Justiça do Trabalho a realização 
dos atos decorrentes da execução dos julgados das Varas do Trabalho e dos Tribunais Regionais do Trabalho, 
que lhes forem cometidos pelos respectivos Presidentes. 
 
 
 
 
 
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MINISTÉRIO PÚBLICO
MP DA UNIÃO - MPU
MP FEDERAL - MPF
MP DO TRABALHO - MPT
MP MILITAR - MPM
MP DO DF E TERRITÓRIOS - MPDFT
MP DOS ESTADOS - MPE
Ministério Público do Trabalho 
Introdução 
O MP é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa: 
1 Da ordem jurídica. 
2 Do regime democrático. 
3 Dos interesses sociais e individuais indisponíveis. 
Essa instituição é organizada da seguinte forma: 
 
 
 
 
 
 
 
Perceba, então, que o Ministério Público do Trabalho integra o MPU. 
Órgãos 
São órgãos do Ministério Público do Trabalho: 
1 
O Procurador-Geral do Trabalho. 
o Nomeado pelo PGR, dentre integrantes da instituição, com mais de 35 anos de idade e de 5 
anos na carreira, integrante de lista tríplice escolhida pelo Colégio de Procuradores para um 
mandato de 2 anos, permitida uma recondução, observado o mesmo processo. 
2 O Colégio de Procuradores do Trabalho. 
3 O Conselho Superior do Ministério Público do Trabalho. 
4 A Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público do Trabalho. 
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5 A Corregedoria do Ministério Público do Trabalho. 
6 Os Subprocuradores-Gerais do Trabalho (atuam junto ao TST). A carreira do MPT será constituída por 
esses cargos, sendo o Procurador do 
Trabalho o cargo inicial e o Subprocurador-
Geral do Trabalho o último nível da carreira. 
7 Os Procuradores Regionais do Trabalho (atuam junto aos TRT’s). 
8 Os Procuradores do Trabalho. 
Função judicial 
Compete ao MPT o exercício das seguintes atribuições junto aos órgãos da Justiça do Trabalho: 
1 Promover as ações que lhe sejam atribuídas pela Constituição Federal e pelas leis trabalhistas. 
2 
Manifestar-se em qualquer fase do processo trabalhista, acolhendo solicitação do juiz ou por sua 
iniciativa, quando entender existente interesse público que justifique a intervenção. 
3 
Promover a ação civil pública no âmbito da Justiça do Trabalho, para defesa de interesses coletivos, 
quando desrespeitados os direitos sociais constitucionalmente garantidos. 
4 
Propor as ações cabíveis para declaração de nulidade de cláusula de contrato ou negociação coletiva 
que viole as liberdades individuais ou coletivas ou os direitos individuais indisponíveis dos trabalhadores. 
5 
Propor as ações necessárias à defesa dos direitos e interesses dos menores, incapazes e indígenas, 
decorrentes das relações de trabalho. 
6 
Recorrer das decisões da Justiça do Trabalho, quando entender necessário, tanto nos processos em 
que for parte, como naqueles em que oficiar como fiscal da lei, bem como pedir revisão dos Enunciados 
da Súmula de Jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho. 
7 
Funcionar nas sessões dos Tribunais Trabalhistas, manifestando-se verbalmente sobre a matéria em 
debate, sempre que entender necessário, sendo-lhe assegurado o direito de vista dos processos em 
julgamento, podendo solicitar as requisições e diligências que julgar convenientes. 
8 
Instaurar dissídio coletivo em caso de greve, quando a defesa da ordem jurídica ou o interesse público 
assim o exigir. 
9 
Promover ou participar da instrução e conciliação em dissídios decorrentes da paralisação de serviços 
de qualquer natureza, oficiando obrigatoriamente nos processos, manifestando sua concordância ou 
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P á g i n a 22 
 
 
discordância, em eventuais acordos firmados antes da homologação, resguardado o direito de 
recorrer em caso de violação à lei e à Constituição Federal. 
10 Promover mandado de injunção, quando a competência for da Justiça do Trabalho. 
11 Atuar como árbitro, se solicitado pelas partes, nos dissídios de competência da Justiça do Trabalho. 
12 
Requerer as diligências que julgar convenientes para o correto andamento dos processos e para a 
melhor solução das lides trabalhistas. 
13 
Intervir obrigatoriamente em todos os feitos nos segundo e terceiro graus de jurisdição da Justiça 
do Trabalho, quando a parte for PJ de Direito Público, Estado estrangeiro ou organismo internacional. 
o OJ 130, DA SDI-1, DO TST → Ao exarar o parecer na remessa de ofício, na qualidade de 
“custos legis”, o Ministério Público NÃO tem legitimidade para arguir a prescrição em favor de 
entidade de direito público, em matéria de direito patrimonial. 
o OJ 237, DA SDI-1, DO TST ↴ 
✓ I - O MPT NÃO tem legitimidade para recorrer na defesa de interesse patrimonial 
privado, ainda que deempresas públicas e sociedades de economia mista. 
✓ II – HÁ legitimidade do MPT para recorrer de decisão que declara a existência de 
vínculo empregatício com sociedade de economia mista ou empresa pública, após a 
CRFB/88, sem a prévia aprovação em concurso público, pois é matéria de ordem pública. 
o OJ 350, DA SDI-1, DO TST → O MPT PODE arguir, em parecer, na primeira vez que tenha 
de se manifestar no processo, a NULIDADE do contrato de trabalho em favor de ente 
público, ainda que a parte não a tenha suscitado, a qual será apreciada, sendo vedada, no 
entanto, qualquer dilação probatória. 
Função institucional 
Incumbe ao MPT, no âmbito das suas atribuições, exercer suas funções institucionais, especialmente: 
1 
Integrar os órgãos colegiados previstos no § 1º do art. 6º, que lhes sejam pertinentes. 
o Art. 6º, § 1º, da LC 75/93 → Será assegurada a participação do Ministério Público da União, 
como instituição observadora, na forma e nas condições estabelecidas em ato do Procurador-
Geral da República, em qualquer órgão da administração pública direta, indireta ou fundacional 
da União, que tenha atribuições correlatas às funções da Instituição. 
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2 
Instaurar inquérito civil e outros procedimentos administrativos, sempre que cabíveis, para assegurar 
a observância dos direitos sociais dos trabalhadores. 
o Para Mauro Schiavi, o esse inquérito consiste em um “procedimento extrajudicial de natureza 
inquisitória, em que o Ministério Público do Trabalho busca provas e dados para propor eventual 
ação civil pública ou tentar firmar um termo de ajuste de conduta”. 
3 
Requisitar à autoridade administrativa federal competente, dos órgãos de proteção ao trabalho, a 
instauração de procedimentos administrativos, podendo acompanhá-los e produzir provas. 
4 
Ser cientificado pessoalmente das decisões proferidas pela Justiça do Trabalho, nas causas em que 
o órgão tenha intervido ou emitido parecer escrito. 
5 Exercer outras atribuições que lhe forem conferidas por lei, desde que compatíveis com sua finalidade. 
 
 
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COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO 
Competência material 
Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: 
1 
As ações oriundas da RELAÇÃO DE TRABALHO (≠ EMPREGO), abrangidos os entes de direito público externo 
(Estados estrangeiros e Organismos internacionais) e da administração pública direta e indireta da União, dos 
Estados, do DF e dos Municípios. Nesse sentido, é importante destacar o seguinte ↴ 
A) São EXCLUÍDAS da competência da Justiça do Trabalho ↴ 
o As ações ajuizadas por servidores estatutários ou outros regimes jurídicos administrativos (ADI 3395) 
– assim, somente os servidores CELETISTAS são da competência da Justiça Trabalho.. 
o As ações de cobrança de honorários de profissionais liberais (SÚMULA 363 DO STJ). 
B) De acordo com a OJ 416, da SDI-1, do TST ↴ 
o Estados estrangeiros → em relação aos atos de gestão (dentre eles a contratação de 
trabalhadores), não há imunidade de jurisdição. Já em relação aos atos de império (que dizem respeito 
à soberania do país), a imunidade é absoluta. Por isso é possível, por exemplo, obter o reconhecimento 
dos direitos trabalhistas (por meio de ação judicial), mas não é possível a execução das verbas, sendo 
necessária, para tanto, a expedição de carta rogatória. 
o Organismos internacionais → estes organismos são criados por normas internacionais (ex.: ONU, OTAN, 
OIT, UNESCO), sendo a existência (ou não) de imunidade regida por essas normas. 
2 
As ações que envolvam exercício do direito de GREVE. 
SÚMULA VINCULANTE 23 → A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar AÇÃO 
POSSESSÓRIA ajuizada em decorrência do exercício do direito de greve pelos trabalhadores da 
INICIATIVA PRIVADA. 
3 
As ações sobre REPRESENTAÇÃO SINDICAL: 
o Entre sindicatos. 
o Entre sindicatos e trabalhadores. 
o Entre sindicatos e empregadores. 
4 
Os mandados de segurança – MS, habeas corpus – HC (apenas ações de caráter cível – a Justiça do Trabalho 
não é competente para processar e julgar crimes – ADI 3684) e habeas data – HD, quando o ato questionado 
envolver matéria sujeita à sua jurisdição. 
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P á g i n a 25 
 
 
5 
Os CONFLITOS DE COMPETÊNCIA entre órgãos com jurisdição trabalhista. Assim, o conflito entre: 
o ÓRGÃOS DA JUSTIÇA DO TRABALHO DA MESMA REGIÃO → quem resolve é o TRT. 
o ÓRGÃOS DA JUSTIÇA DO TRABALHO DE REGIÕES DIFERENTES → quem resolve é o TST. 
o ÓRGÃOS DA JUSTIÇA DO TRABALHO E DA JUSTIÇA COMUM → quem resolve é o STJ. 
o ÓRGÃOS DO TST E DO STJ → quem resolve é o STF. 
Além disso, segundo a Súmula 420 do TST, não há conflito de competência entre Tribunal Regional do Trabalho 
e Vara do Trabalho a ele vinculada. Da mesma forma, infere-se que não existe conflito de competência entre 
um TRT e o TST, devido à hierarquia entre os tribunais. 
6 
As ações de indenização por DANO MORAL OU PATRIMONIAL, decorrentes da relação de trabalho. 
SÚMULA 366 DO STJ (CANCELADA) → Compete à Justiça estadual processar e julgar ação indenizatória 
proposta por viúva e filhos de empregado falecido em acidente de trabalho. 
o ATENÇÃO! Com o cancelamento da Súmula, tanto a ação indenizatória proposta pelo empregado, 
quanto a proposta por seus sucessores são de competência da Justiça do Trabalho. 
SÚMULA 392 DO TST → a Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ações de indenização 
por dano moral e material decorrentes da relação de trabalho, inclusive as oriundas de acidente de trabalho 
e doenças a ele equiparadas, ainda que propostas pelos dependentes ou sucessores do trabalhador falecido. 
SÚMULA VINCULANTE 22 → A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações de 
indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente de trabalho propostas por empregado 
contra empregador, inclusive aquelas que ainda não possuíam sentença de mérito em primeiro grau quando da 
promulgação da Emenda Constitucional 45/2004. 
7 
A execução, DE OFÍCIO, das contribuições SOCIAIS. 
Somente as sentenças condenatórias em pecúnia e homologatórias de acordo é que geram contribuições de 
competência trabalhista (Súmula Vinculante 53; Súmula 368, I, do TST; art. 876, parágrafo único, da CLT). Assim, 
a Justiça do Trabalho NÃO possui competência para executar contribuições decorrentes de período de 
trabalho reconhecido por sentença, sendo essa competência da Justiça Comum. 
Além disso, de acordo com a Súmula 454 do TST, compete à Justiça do Trabalho a execução, DE OFÍCIO, da 
contribuição referente ao Seguro de Acidente de Trabalho (SAT), que tem natureza de contribuição para a 
seguridade social, pois se destina ao financiamento de benefícios relativos à incapacidade do empregado 
decorrente de infortúnio no trabalho. 
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P á g i n a 26 
 
 
O empregado está subordinado à sede ou a filial 
da empresa?
SIM
A ação será ajuizada neste local.
NÃO
A ação será ajuizada no domicílio do empregado 
ou na localidade mais próxima.
8 
As ações relativas às PENALIDADES ADMINISTRATIVAS impostas aos empregadores pelos órgãos de 
fiscalização das relações de trabalho. 
Nesse contexto, vale mencionar que, em face de imposição de penalidade administrativa, o empregador pode: 
o Realizar o pagamento. 
o Recorrer à VIA ADMINISTRATIVA, sendo inexigível o depósito prévio do valor da multa para a 
admissibilidade do recurso administrativo (SÚMULA VINCULANTE 21). 
o Recorrer à VIA JUDICIAL (ação anulatória do auto de infração), sendo, também, inexigível o depósito 
prévio do valor da multa para a admissibilidade da ação (SÚMULA VINCULANTE 28). 
o Quedar-se inerte, caso em que a multa será inscrita em dívida ativa, cuja execução se dará perante 
a Justiça do Trabalho. 
9 
Outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei. Por exemplo: 
o Inquérito para apuração de falta grave.o Dissídios resultantes do contrato de empreitada. 
o Ações entre trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o Órgão Gestor de Mão de 
Obra – OGMO decorrentes da relação de trabalho. 
Competência territorial 
Regra geral 
A ação trabalhista será ajuizada no local da prestação dos serviços. Caso o empregado tenha sido 
transferido, a ação será ajuizada no último local da prestação dos serviços. 
Exceções 
1) Agente ou viajante comercial → surgem duas situações: 
 
 
 
 
 
 
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P á g i n a 27 
 
 
AJUIZAMENTO 
DA AÇÃO
DISTRIBUIÇÃO 
PARA A VARA
NOTIFICAÇÃO 
PARA AUDIÊNCIA
EXCEÇÃO DE 
INCOMPETÊNCIA
JUÍZO DEPRECANTE 
("MANDANTE")
DESIGNA AUDIÊNCIA 
POR PRECATÓRIA
JUÍZO DEPRECADO 
("MANDADO")
REALIZA A 
AUDIÊNCIA
2) Empregado que trabalha para empresa que promove a realização de atividades fora do lugar do 
contrato de trabalho → a ação será ajuizada no local da contratação OU no local da prestação de serviços. 
3) Empregado brasileiro que trabalha no exterior → poderá ajuizar ação no Brasil, DESDE QUE não haja 
convenção internacional em sentido contrário. 
Exceção de incompetência 
Objetivo 
A exceção de incompetência possui o objetivo de arguir a incompetência territorial, sendo aquela que: 
1 Ocorre quando o juiz NÃO É o do local da prestação dos serviços, OU 
2 Quando o juiz NÃO É o do local da contratação. 
Vale mencionar que, enquanto no Processo Civil a incompetência é alegada em preliminar de contestação, 
no Processo do Trabalho, deve-se alegar a incompetência territorial por petição de exceção de incompetência. 
Trâmite 
Ajuizada a ação, ela será distribuída para uma das varas e o servidor notificará a reclamada para a 
audiência. No prazo de 5 dias, a contar da notificação, a reclamada poderá apresentar a exceção de 
incompetência. Com isso, será SUSPENSO o processo e NÃO se realizará a audiência. Assim ↴ 
 
 
 
Os autos serão imediatamente conclusos ao juiz, que intimará o reclamante e, se existentes, os 
litisconsortes, para manifestação no prazo comum de 5 dias. 
Se entender necessária a produção de prova oral (para comprovar a incompetência), o juízo (deprecante) 
designará audiência, garantindo o direito de o excipiente (reclamado) e de suas testemunhas serem ouvidos, por 
carta precatória, no juízo (deprecado) que este houver indicado como competente. Dessa forma ↴ 
 
 
 
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P á g i n a 28 
 
 
Após, o juízo originário proferirá decisão interlocutória: 
COM RECONHECIMENTO DE SUA 
COMPETÊNCIA 
Caso em que designará audiência para a apresentação 
de defesa e a instrução processual. 
COM RECONHECIMENTO DE SUA 
INCOMPETÊNCIA 
Caso em que determinará a remessa dos autos ao juízo 
competente. 
No último caso, de acordo com a Súmula 214, c, do TST, cabe Recurso Ordinário da decisão interlocutória 
que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para um TRT diferente. 
 OU SEJA 
Apenas cabe RO quando a remessa for para OUTRO TRT (lembre-se que, em regra, as decisões 
interlocutórias na Justiça do Trabalho são irrecorríveis de forma imediata). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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P á g i n a 29 
 
 
CAPACIDADE PROCESSUAL 
EM SENTIDO AMPLO
CAPACIDADE DE SER PARTE
Relaciona-se à personalidade 
jurídica
CAPACIDADE PROCESSUAL EM 
SENTIDO ESTRITO
Relaciona-se à capacidade 
jurídica
CAPACIDADE POSTULATÓRIA
É a capacidade de postular 
perante o Judiciário
PARTES E PROCURADORES 
Partes 
Conceito 
De forma resumida, são partes do processo: 
1 Quem pede (autor). 
2 Contra quem se pede (réu). 
No Processo do Trabalho, costuma-se dar ao autor a denominação “reclamante” e ao réu a denominação 
“reclamado”. 
Capacidade processual 
Visão geral 
A capacidade processual das partes possui as seguintes ramificações: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capacidade de ser parte 
Tem capacidade de ser parte quem tem a possibilidade de ser titular de direitos, ou seja, QUALQUER 
PESSOA, física ou jurídica. Assim, em regra, a capacidade de ser parte se confunde com a personalidade jurídica. 
Excepcionalmente, ENTES DESPERSONALIZADOS, podem atuar no processo. Ex.: condomínio, massa 
falida, espólio, herança jacente, herança vacante e sociedade sem personalidade. 
 
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P á g i n a 30 
 
 
Capacidade processual em sentido estrito 
É a aptidão para atuar no processo PESSOALMENTE, sem necessidade de assistência ou 
representação. Assim, confunde-se com a capacidade jurídica, sendo que os incapazes serão: 
REPRESENTADOS Se absolutamente incapazes. 
ASSISTIDOS Se relativamente incapazes. 
No Direito do Trabalho, é PROIBIDO qualquer trabalho ao menor de 16 anos (SALVO na condição de 
aprendiz, a partir dos 14). Assim, no Processo do Trabalho, aquele tiver trabalhado antes dos 16 anos (de forma 
regular ou não) e precisar ajuizar reclamação trabalhista, necessitará de representação. Já no caso do 
trabalhador que tiver entre 16 e 18, será necessária a assistência. 
Nesse sentido, o art. 793 da CLT prevê que a reclamação trabalhista do menor de 18 anos será feita: 
1 Por seus representantes legais (pais, mães ou tutores). 
2 Pelo Ministério Público do Trabalho. 
3 Por Diretor de sindicato. 
4 Pelo Ministério Público Estadual. 
5 Curador nomeado pelo juiz. 
Essa ordem é OBRIGATÓRIA, de modo que, na falta do primeiro, chama-se o segundo, e assim sucessivamente. 
As pessoas jurídicas se farão presentes por intermédio dos seus representantes (serão presentadas). 
Já os entes sem personalidade jurídica serão representados pela pessoa indicada na lei. Assim: 
PESSOAS JURÍDICAS 
o União → AGU 
o Estados e DF → seus procuradores 
o Municípios → seu prefeito, procurador ou Associação de Representação 
de Municípios, quando expressamente autorizada. 
o Autarquia e fundação de direito público → quem a lei do ente designar. 
o Pessoa jurídica → quem os respectivos atos constitutivos designarem ou, 
não havendo essa designação, seus diretores. 
o Pessoa jurídica estrangeira → gerente, representante ou administrador 
de sua filial, agência ou sucursal aberta ou instalada no Brasil. 
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P á g i n a 3 1 
 
 
ENTES DESPERSONALIZADOS 
o Massa falida → administrador judicial. 
o Herança jacente ou vacante → seu curador. 
o Espólio → inventariante. 
o Sociedade e associação irregulares e outros entes organizados sem PJ 
→ pela pessoa a quem couber a administração de seus bens. 
o Condomínio → administrador ou síndico. 
Capacidade postulatória 
É a capacidade de POSTULAR perante o Judiciário. O advogado é o titular da capacidade postulatória, 
que lhe é outorgada por meio da procuração. Entretanto, no Processo do Trabalho, por aplicação princípio do 
jus postulandi, há a possibilidade de as partes postularem em juízo PESSOALMENTE. 
Todavia, conforme vimos, o jus postulandi restringe-se às varas e aos TRT’s, sendo que, de acordo com 
a Súmula 425 do TST, o advogado é indispensável nas seguintes situações: 
M Mandado de segurança. 
A Ação rescisória. 
R Recursos dirigidos ao TST (ex.: Recurso de Revista). 
A Ação cautelar (que existia até o CPC de 1973). 
H Homologação de acordo extrajudicial (Reforma Trabalhista). 
MACETE → MARAH 
Legitimidade da parte 
Para ser parte em processo, a parte deve ter legitimidade, que pode ser de 2 tipos: 
LEGITIMIDADE ORDINÁRIA A parte demanda em nome próprio defendendo direito próprio. 
LEGITIMIDADE EXTRAORDINÁRIA 
(SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL) 
A parte demanda em nome próprio defendendo direito alheio. 
Ex.: sindicato como substituto processual na ação de cumprimento 
(para fazer cumprir negociação coletiva ou sentença normativa). 
Ou seja, diferentemente do representante/assistente (que demanda em nome alheio defendendo direito 
alheio), o substituto processual é parte no processo. 
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Advogado 
Constituição 
Nos dissídios individuais, os empregados e empregadorespoderão fazer-se representar por intermédio 
de advogado, devidamente inscrito na OAB. A constituição do procurador poderá ser feita mediante: 
1 
Procuração. 
o O advogado atuará no processo do trabalho por meio da procuração com poderes ad judicia 
(poderes gerais do processo). Para atuar com poderes especiais, estes devem constar 
expressamente da procuração. 
o OJ 349, da SDI-1, do TST → a juntada de nova procuração aos autos, sem ressalva de 
poderes conferidos ao antigo patrono, implica revogação tácita do mandato anterior. 
o OJ 255, da SDI-1, do TST → é DESNECESSÁRIA a exibição dos estatutos da empresa em 
juízo como condição de validade do instrumento de mandato outorgado ao seu procurador, 
SALVO se houver impugnação da parte contrária. 
2 
Simples registro em ata de audiência, sendo necessários: 
o Requerimento verbal do advogado interessado + anuência da parte representada. 
Em relação à Fazenda Pública (U, E, M, DF e suas autarquias e fundações públicas), quando representada 
em juízo por seu procurador, dispensa-se a juntada da procuração e de comprovação do ato de nomeação, sendo 
necessário, contudo, que o signatário se declare exercente do cargo de procurador (Súmula 436 do TST). 
Mandato com prazo 
De acordo com a Súmula 395 do TST, É VÁLIDA a procuração com prazo determinado que, apesar 
disso, contenha cláusula estabelecendo poderes para atuar até o final da demanda (ainda que ultrapasse o 
referido prazo). Além disso, a mesma súmula estabelece que: 
1 Se a procuração previr prazo para sua juntada, o mandato só tem validade se este for respeitado. 
2 Há direito ao substabelecimento, DESDE QUE este seja posterior à procuração. 
Descumpridas essas determinações, juiz deve suspender o processo e designar prazo razoável para que 
seja sanado o vício, ainda que em instância recursal. 
 
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Irregularidade 
De acordo com a Súmula 456 do TST, é INVÁLIDO o instrumento de mandato firmado em nome de 
pessoa jurídica que não contenha, PELO MENOS, o nome do outorgante e do signatário da procuração, pois 
estes dados constituem elementos que os individualizam. Verificada a irregularidade, observa-se o seguinte: 
IRREGULARIDADE DA REPRESENTAÇÃO 
NA INSTÂNCIA 
ORIGINÁRIA 
Juiz designa prazo de 5 dias para sanar o vício. Descumprida a determinação: 
o Pelo reclamante → o processo é extinto sem resolução do mérito. 
o Pelo reclamado → ocorre a revelia + confissão quanto às matérias de fato. 
NA FASE 
RECURSAL 
Juiz designa prazo de 5 dias para sanar o vício. Descumprida a determinação: 
o Pelo recorrente → o recurso não é recebido. 
o Pelo recorrido → as contrarrazões são desentranhadas (excluídas do processo). 
Plural idade de advogados 
De acordo com a Súmula 427 do TST, havendo pedido expresso de que as intimações e publicações 
sejam realizadas exclusivamente em nome de determinado advogado, é NULA a comunicação em nome de outro 
profissional constituído nos autos, SALVO se constatada a inexistência de prejuízo. 
Honorários advocatícios 
A prestação de serviço profissional assegura aos inscritos na OAB o direito: 
1 Aos honorários convencionados (honorários contratuais). 
2 Aos fixados por arbitramento judicial (honorários arbitrados). 
3 Aos de sucumbência (honorários sucumbenciais). 
Nesse sentido: 
HONORÁRIOS 
CONTRATUAIS 
O advogado pode trabalhar como: 
o Empregado → caso em que recebe salário (a ser executado na Justiça do Trabalho). 
o Profissional liberal → caso em que recebe os honorários contratuais de seus clientes 
(a serem executados na Justiça Comum). 
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P á g i n a 34 
 
 
HONORÁRIOS 
SUCUMBENCIAIS 
Os honorários sucumbenciais são pagos ao advogado da parte vencedora, ainda que ele 
atue em causa própria. Eles devem ser fixados entre o mínimo de 5% e o máximo de 
15% sobre o resultado da liquidação, o proveito econômico ou o valor atualizado da causa. 
Ao fixar os honorários, o juízo observará: 
o O grau de zelo do profissional. 
o O lugar de prestação do serviço. 
o A natureza e a importância da causa. 
o O trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço. 
Em caso de procedência parcial, serão devidos honorários de sucumbência recíproca, 
VEDADA a compensação (veja: os honorários pertencem aos advogados e não às partes). 
Os honorários são devidos também nas ações contra a Fazenda Pública e nas ações em 
que a parte estiver assistida ou substituída pelo sindicato de sua categoria. 
Ainda em relação aos honorários sucumbenciais, é importante mencionar a ADI 5766, que declarou 
INCONSTITUCIONAL a parte do §4º do art. 791-A da CLT, que dispõe que o beneficiário da justiça gratuita 
será condenado ao pagamento dos honorários de sucumbência com os créditos que obtiver em juízo – ainda 
que em outro processo. Vejamos a transcrição do artigo: 
Vencido o beneficiário da justiça gratuita, desde que não tenha obtido em juízo, ainda que em outro processo, 
créditos capazes de suportar a despesa (trecho declarado inconstitucional), as obrigações decorrentes de 
sua sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser executadas se, nos 
dois anos subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que as certificou, o credor demonstrar que deixou 
de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-se, 
passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário. 
Assim, o beneficiário da justiça gratuita não paga os honorários sucumbenciais com créditos obtidos em 
juízo, mas a obrigação FICARÁ SUSPENSA, podendo o exequente cobrar a quantia caso demonstre que, nos 
2 anos seguintes ao trânsito em julgado, não há mais a situação que ensejou o deferimento da justiça gratuita. 
 
 
 
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Gratuidade 
Assistência judiciária gratuita 
O sindicato atuará na representação da categoria em juízo. Independentemente de o trabalhador ser 
ou não filiado ao sindicato, o ente deve prestar a assistência judiciária gratuita a todo aquele que: 
1 Perceber salário igual ou inferior ao dobro do mínimo legal. 
2 
Perceber remuneração superior ao dobro do mínimo legal, mas que NÃO possa demandar em juízo 
sem prejuízo do sustento próprio ou da família. 
Justiça gratuita 
Diferentemente da assistência judiciária gratuita, prestada exclusivamente pelo sindicato, o benefício da 
justiça gratuita é prestado para aqueles que, mesmo representados por advogado particular ou que estejam 
se valendo do jus postulandi, não tenham condições de arcar com as custas do processo. O benefício da justiça 
gratuita será concedido apenas à parte (empregado ou empregador) que: 
1 Receber salário igual ou inferior a 40% do teto do INSS, OU 
2 Comprovar insuficiência de recursos para pagamento das custas do processo. 
A situação econômica é verificada no momento da propositura da reclamação. 
O benefício pode ser concedido DE OFÍCIO ou a requerimento, além de poder ser requerido em qualquer 
tempo ou grau de jurisdição, DESDE QUE no prazo do recurso (OJ 269, da SDI-1, do TST). 
O beneficiário da justiça gratuita é isento: 
1 Dos honorários periciais (detalhes no próximo tópico). 
2 Dos honorários sucumbenciais (lembre-se da ADI 5766). 
3 Das despesas de intérprete. 
4 Do depósito recursal. 
5 Das custas (exceção → não comparecimento injustificado do reclamante em audiência). 
 
 
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Honorários periciais 
Os honorários periciais são pagos pela parte sucumbente NO PEDIDO que levou a produção da prova 
pericial (não confunda com a sucumbência NA PERÍCIA). Isso significa que a perícia pode ter sido positiva para 
a parte, mas se o juiz decidir pela improcedência do pedido (e ele pode fazê-lo por não estar adstrito ao laudo 
pericial), essa parte deverá arcar com os honorários (mesmo que a perícia tenha sido positiva). 
Em relação aos honorários periciais, o STF também declarou,na ADI 5766, a 
INCONSTITUCIONALIDADE de parte do artigo modificado pela Reforma Trabalhista. Vejamos: 
Art. 790-B. A responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte sucumbente na pretensão 
objeto da perícia, ainda que beneficiária da justiça gratuita (trecho declarado inconstitucional). 
[...] 
§ 4º. Somente no caso em que o beneficiário da justiça gratuita não tenha obtido em juízo créditos capazes 
de suportar a despesa referida no caput, ainda que em outro processo, a União responderá pelo encargo 
(dispositivo declarado inconstitucional). 
Assim, os honorários periciais do beneficiário da justiça gratuita serão pagos pela União. 
 IMPORTANTE 
O juízo não poderá exigir adiantamento de valores para realização de perícias. 
Já em relação aos honorários do assistente técnico, há o seguinte entendimento sumulado: 
SÚMULA 341 DO TST 
A indicação do perito assistente é faculdade da parte, a qual deve responder pelos respectivos honorários, 
AINDA QUE vencedora no objeto da perícia. 
 
 
 
 
 
 
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ATOS, PRAZOS E NULIDADES 
Introdução 
Processo e Procedimento 
PROCESSO é o instrumento da jurisdição, sendo resultado de uma relação jurídica entre autor, juiz, réu, 
e um PROCEDIMENTO (conjunto de atos ordenados e ligados entre si para a obtenção de um resultado). 
Procedimentos trabalhistas 
No Processo do Trabalho, há 4 procedimentos (ou ritos) ↴ 
Procedimento ordinário 
REGULAMENTAÇÃO CLT e legislação esparsa. 
APLICAÇÃO Aplica-se aos dissídios individuais cujo valor da causa seja superior a 40 salários-mínimos. 
TESTEMUNHAS Cada parte pode arrolar até 3 testemunhas. 
É o rito mais completo e suas regras aplicam-se subsidiariamente aos demais ritos. 
Procedimento sumário – dissídio de alçada 
REGULAMENTAÇÃO Lei n. 5584/70 (art. 2º, §§ 3º e 4º). 
APLICAÇÃO 
Aplica-se aos dissídios individuais cujo valor da causa seja até 2 salários-mínimos. 
o De acordo com a Súmula 356 do TST, É LÍCITA a fixação do valor da alçada 
com base no salário-mínimo. 
TESTEMUNHAS Cada parte pode arrolar até 3 testemunhas. 
RECURSO 
Nesse procedimento, não caberá recurso das sentenças, a não ser que haja violação 
da Constituição Federal, hipótese em que caberá recurso para o STF: 
o 1ª CORRENTE → recurso inominado, uma vez que não há previsão legal. 
o 2ª CORRENTE → recurso ordinário (do art. 895 da CLT), no prazo de 8 dias. 
o 3ª CORRENTE (majoritária) → recurso extraordinário, no prazo de 15 dias. 
É dispensável o resumo dos depoimentos, devendo constar na ata a conclusão da vara quanto à matéria de fato. 
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Procedimento sumaríssimo 
REGULAMENTAÇÃO CLT (arts. 852-A a 852-I). 
APLICAÇÃO 
Aplica-se às ações de até 40 salários-mínimos, salvo: 
o Dissídio coletivo. 
o Ação Civil Pública. 
o Se forem partes a Administração Pública direta, autárquica e fundacional (não 
inclui empresa pública e sociedade de economia mista). 
Em relação aos Correios (empresa pública), há a seguinte controvérsia: 
o 1ª CORRENTE → aplica-se o rito sumaríssimo, por interpretação da CLT. 
o 2ª CORRENTE → não se aplica o rito sumaríssimo, uma vez que os Correios 
gozam de prerrogativas e vantagens processuais que são conferidas à 
Fazenda Pública (OJ 247, da SDI-1, do TST). 
TESTEMUNHAS 
Cada parte pode arrolar até 2 testemunhas. 
o Comparecerão em audiência INDEPENDENTEMENTE de intimação. 
o Somente será deferida a intimação da testemunha se, tendo sido 
COMPROVADAMENTE convidada pela parte, não comparecer em juízo. 
o A prova do convite NÃO pode ser por WhatsApp, SALVO ata notarial. 
PETIÇÃO INICIAL 
Além dos requisitos ordinários, há, ainda, os seguintes: 
o O pedido deve ser certo (refere-se ao bem da vida pretendido – ex.: 
pagamento das horas extras) e determinado (refere-se à quantidade ou 
qualidade do referido bem – ex.: 2 horas extras por dia). 
o Indicação do nome e endereço corretos do reclamado, uma vez que NÃO há 
citação por edital nesse procedimento (em caso de descumprimento, há o 
arquivamento da reclamação e condenação em custas – na prática, os juízes 
determinam a emenda da petição inicial). 
AUDIÊNCIA 
Será realizada no prazo máximo de 15 dias do ajuizamento da ação (prazo impróprio 
– “para o juiz” – sem consequência em caso de descumprimento), em sessão única 
(audiência una), devendo ser produzidas todas as provas nesta audiência. 
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PROVAS 
Em relação às provas, há as seguintes peculiaridades: 
o São produzidas em audiência INDEPENDENTEMENTE de requerimento, 
SALVO prova documental, pericial e inspeção judicial. 
o Em caso de apresentação de prova documental, deve-se dar à outra parte 
a oportunidade de manifestação imediata, sem interrupções, salvo 
impossibilidade (ex.: documento muito extenso). 
o Em relação à prova testemunhal, o número mínimo de 2 testemunhas vale 
inclusive em caso de litisconsórcio ativo. Já em caso de litisconsórcio passivo, 
o número mínimo é contado para cada litisconsorte. 
o Em relação à prova pericial, ela só é cabível caso a prova do fato exigir OU 
quando for legalmente imposta (apresentado o laudo, as partes serão 
intimadas para manifestação no prazo comum de 5 dias). 
SENTENÇA É publicada em audiência e dispensa relatório (tem apenas fundamentação e dispositivo). 
RECURSOS 
Restrições: 
o Recurso ordinário → não terá revisor e o MPT proferirá parecer oral. 
o Recurso de revista → possibilidade de alegação apenas de violação de norma 
da Constituição Federal, Súmula Vinculante e Súmula do TST. 
Procedimentos especiais 
Os procedimentos especiais são criados para o atendimento de situações específicas, podendo ser: 
TIPICAMENTE 
TRABALHISTAS 
Por exemplo: 
o Dissídio coletivo. 
o Ação de cumprimento. 
o Inquérito judicial para apuração de falta grave. 
CONSTITUCIONAIS 
E CÍVEIS 
Por exemplo: 
o Mandado de segurança, ação civil pública, habeas corpus e habeas data. 
o Consignação em pagamento, ação monitória, ação rescisória. 
 
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Atos processuais 
Características 
Ato processual é uma espécie de ato jurídico que visa à criação, à modificação ou à extinção da relação 
jurídica processual. No Processo do Trabalho, os atos processuais possuem as seguintes características: 
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Os atos processuais serão públicos SALVO quando o contrário determinar o interesse social. 
o Art. 5º, LX, da CRFB/88 → os atos processuais serão públicos salvo quando o 
contrário determinar o interesse social. 
TEMPO 
Os atos processuais são realizados das 6h às 20h dos dias ÚTEIS, podendo a penhora ser 
realizada fora desses parâmetros, quando houver autorização expressa do juiz ou 
presidente, sob pena de nulidade do ato. 
As audiências seguem horários diferenciados, pois serão realizadas das 8h às 18h, nos dias 
ÚTEIS, NÃO podendo ultrapassar 5 horas seguidas, SALVO se for matéria urgente. 
No processo eletrônico, considera-se praticado o ato no dia e hora de envio ao sistema, 
fornecendo-se protocolo eletrônico. Se o ato for praticado para cumprimento de prazo, 
considera-se tempestivo o ato praticado até as 24 horas do último dia. 
PRAZOS 
Os prazos processuais trabalhistas são contados: 
1) Em dias ÚTEIS, excluindo: 
o Sábado. 
o Domingo. 
o Feriados. 
o Dias declarados oficialmente sem expediente forense. 
2) Excluindo o dia do início (dia da notificação – “dia do susto” ) 
3) Incluindo o dia do vencimento (último dia do prazo). 
Os prazos podem ser prorrogados, pelo tempo estritamente necessário: 
o Quando o juízo entender necessário. 
o Em virtude de força maior, devidamente comprovada. 
 
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Comunicação dos atos processuais 
Terminologia 
No Processo Civil há a diferenciação entre citação e intimação, mas no Processo do Trabalho as duas formas de 
comunicação dos atos processuais recebem a denominação única denotificação. 
Notificação postal do reclamado 
No Processo do Trabalho, a notificação do reclamado é automática, devendo o servidor, dentro de 48 horas do 
recebimento da reclamação, notificar o reclamado para comparecimento em audiência. 
Além disso, de acordo com a Súmula 16 do TST, presume-se recebida a notificação 48 horas depois de sua 
postagem, sendo que o não recebimento ou a entrega após esse prazo é ônus de prova do destinatário. 
Entre o recebimento da notificação e a audiência deve haver um prazo MÍNIMO de 5 dias. Contudo, se o 
reclamado for a Fazenda Pública (administração direta, autárquica e fundacional), o prazo é em quádruplo (ou seja, 
20 dias), de acordo com o Decreto-lei n. 779/69. 
Resumindo ↴ 
 
 
 
 
 
 
 
Notificação editalícia do reclamado 
A notificação postal com aviso de recebimento (AR) é a regra. Entretanto, se o reclamado criar embaraços ao 
seu recebimento ou não for encontrado, far-se-á a notificação por edital, inserto no jornal oficial ou no que publicar o 
expediente forense, ou, na falta, afixado na sede do Juízo. 
Notificação do reclamante 
O reclamante será notificado no ato da apresentação da reclamação trabalhista ou nas formas anteriores 
(notificação postal com AR ou por edital). 
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P á g i n a 42 
 
 
Despesas processuais 
Custas e emolumentos 
As custas e emolumentos são despesas processuais que se diferenciam no seguinte sentido. 
CUSTAS 
Possuem natureza de taxa (espécie do gênero tributo) e decorrem da 
prestação de um serviço público específico (a prestação jurisdicional). Para 
Carlos H. Bezerra Leite, o melhor termo para custas seria “taxa judiciária”. 
EMOLUMENTOS 
Também podem ser considerados taxas, mas possuem caráter de 
ressarcimento de despesas efetuadas pelos órgãos da Justiça do Trabalho 
(ex.: autenticação de traslado, fotocópia de peças, certidões etc.). 
Custas 
Base de cálculo 
As custas relativas ao processo de conhecimento incidirão à base de 2% sobre: 
O VALOR DO ACORDO OU 
DA CONDENAÇÃO 
Quando houver acordo ou condenação. 
O VALOR DA CAUSA 
o Quando houver extinção do processo, sem julgamento do mérito, ou 
for julgado totalmente improcedente o pedido. 
o No caso de procedência do pedido formulado em ação declaratória 
e em ação constitutiva. 
O QUE O JUIZ FIXAR Quando o valor for indeterminado. 
Limites 
O valor das custas deve observar os seguintes limites: 
MÍNIMO R$ 10,64 
MÁXIMO 4x o teto do INSS 
 
 
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P á g i n a 43 
 
 
Pagamento 
No processo de conhecimento, as custas serão pagas pelo vencido ↴ 
APÓS O TRÂNSITO EM JULGADO Se não houver recurso. 
DENTRO DO PRAZO RECURSAL 
Se houver recurso. 
o Se o valor for insuficiente, deve ser aberto o prazo de 5 
dias para complementação (OJ 140, da SDI-1, do TST). 
Havendo acordo, as custas serão divididas (se de outra forma não for convencionado). 
Nos DISSÍDIOS COLETIVOS, as partes vencidas responderão SOLIDARIAMENTE pelo pagamento das 
custas, calculadas sobre o valor arbitrado na decisão, ou pelo Presidente do Tribunal. 
No processo de execução são devidas custas, sempre de responsabilidade do executado e pagas ao 
final, de conformidade a tabela trazida pela CLT (art. 789-A). 
O não pagamento das custas ensejará execução da respectiva importância. 
Isenção 
São isentos do pagamento das custas processuais: 
1 
Beneficiários da justiça gratuita (aqueles que receberem salário igual ou inferior a 40% do teto do 
INSS, OU que comprovarem insuficiência de recursos). 
2 
U, E, M, DF + autarquias e fundações públicas que não explorem atividade econômica. 
o Essa isenção NÃO alcança as entidades fiscalizadoras do exercício profissional. 
o Se vencida, a Fazenda Pública RESSARCIRÁ o valor das despesas feitas pela parte contrária. 
o São devidos, ainda, os honorários sucumbenciais (art. 791-A, § 1º, da CLT). 
3 Ministério Público do Trabalho. 
Em relação à massa falida, a jurisprudência pacífica entende não caracterizar deserção o não pagamento 
das custas (Súmula 86 do TST). Esse benefício, contudo, NÃO se aplica à empresa em recuperação judicial. 
 
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NULIDADE 
PROCESSUAL
ERRO DE 
FORMA
PREJUÍZO
Outras despesas 
Além das custas e emolumentos, há, ainda as seguintes despesas: 
1 Honorários advocatícios. Vide tópico “Partes e Procuradores”, subtópicos 
“Honorários advocatícios” e “Honorários periciais”. 2 Honorários periciais e do assistente técnico 
3 Indenizações de viagens. 
4 Diárias de testemunhas. 
5 Multas impostas pelo juiz. 
ETC. 
Nulidades processuais 
Conceito 
Entende-se que a nulidade processual deve conter o seguinte: 
 
 
 
 
 
 
Classificação dos vícios processuais 
INEXISTÊNCIA 
Ausência de requisitos mínimos para a viabilidade do ato processual. Ex.: sentença 
prolatada por quem não seja investido de jurisdição. 
NULIDADE ABSOLUTA 
Violação de normas processuais de ordem pública. Pode ser reconhecida de ofício. 
Ex.: competência material (do foro trabalhista – art. 795, § 1º, da CLT). 
NULIDADE RELATIVA 
Violação de normas processuais de interesse privado ou das partes. Deve ser arguida 
pelas partes na 1ª oportunidade que tiverem. Ex.: competência territorial. 
IRREGULARIDADE Vício processual de menor importância. Ex.: erro de cálculo. 
 
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P á g i n a 45 
 
 
Princípios relacionados às nul idades processuais 
TRANSCENDÊNCIA OU 
PREJUÍZO 
Somente haverá nulidade quando se verificar o prejuízo. 
o Nas nulidades absolutas o prejuízo é presumido. 
CONVALIDAÇÃO OU 
PRECLUSÃO 
A nulidade deverá ser alegada na primeira oportunidade, sob pena de preclusão. 
o Aplica-se apenas às nulidades relativas. 
ECONOMIA 
PROCESSUAL 
A nulidade não será reconhecida se for possível suprir a falta ou repetir o ato. 
INTERESSE Não poderá alegar a nulidade aquele que lhe deu causa. 
UTILIDADE OU 
APROVEITAMENTO 
Caso algum ato processual posterior à nulidade não tenha sido atingido por ele, será 
mantido íntegro, por ainda se mostrar útil. 
INSTRUMENTALIDADE 
DAS FORMAS 
Não haverá nulidade se o ato processual, apesar do vício de forma, cumprir a sua 
finalidade essencial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA 
Âmbito das empresas 
As comissões criadas no âmbito das empresas devem seguir algumas regras, tais como: 
1 Número mínimo de 2 e máximo de 10 membros. 
2 
Representação paritária, ou seja, igual número de representantes eleitos pelos empregados e 
indicados pelos empregadores, sendo que os primeiros, por representarem os empregados, possuem 
estabilidade provisória até 1 ano após o término do mandato. 
Âmbito dos sindicatos 
Já as comissões criadas no âmbito dos sindicatos devem observar as regras previstas na negociação 
coletiva (convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho). 
Procedimento 
1 
Uma vez provocada a comissão, deverá a sessão de conciliação ser realizada dentro do prazo de 10 
dias, sendo que nesse período a prescrição estará suspensa. 
2 
Sendo realizada a sessão e havendo acordo, este será homologado e assinado pelas partes e seus 
representantes, gerando um título executivo extrajudicial. 
3 
Não havendo acordo ou não sendo a sessão realizada no prazo de 10 dias, estará o empregado 
liberado desde já para o ajuizamento de ação judicial perante a Justiça do Trabalho. 
Em relação ao condicionamento do ajuizamento da ação à submissão à CCP, a ministra Cármen Lúcia, na 
ADI 2237, esclarece: “contrariaria a Constituição a interpretação do artigo 625-D da CLT se reconhecesse a 
submissão da pretensão da Comissão de Conciliação Prévia como requisito obrigatório para ajuizamento de 
reclamação trabalhista, a revelar óbice ao imediato acesso ao Poder Judiciário por escolha do próprio cidadão” . 
Assim, segundo essa interpretação, o empregado possui, desde logo, duas opções: 
1 Submissão da pretensão à Comissão de ConciliaçãoPrévia. 
2 Ajuizamento de Reclamação Trabalhista (sem necessidade de prévia submissão à CCP). 
 
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1º PASSO
• A reclamação será distribuída a uma das varas.
2º PASSO
• O reclamante deverá comparecer na secretaria no prazo de 5 dias para reduzir a 
reclamação a termo, sob pena de perempção.
PETIÇÃO INICIAL 
Modalidades 
A petição inicial (reclamação trabalhista) poderá ser oral ou escrita, conforme opção do autor, com 
exceção do dissídio coletivo e do inquérito para apuração de falta grave, que devem ser escritos. Assim: 
REGRA A reclamação poderá ser oral ou escrita, por escolha do reclamante. 
EXCEÇÃO 
A reclamação será necessariamente escrita nos seguintes casos: 
o Dissídio coletivo. 
o Inquérito para apuração de falta grave. 
Sendo oral a reclamação, deve ser observado o seguinte procedimento: 
 
 
 
 
 
 
No Processo do Trabalho, a perempção impede o reclamante de ajuizar novamente a reclamação 
trabalhista pelo período de 6 meses. Além dessa hipótese de perempção, há ainda a situação de o reclamante 
causar 2 arquivamentos seguidos, pelo não comparecimento à audiência. Assim: 
PEREMPÇÃO NO PROCESSO DO TRABALHO 
1 Não comparecimento da parte para reduzir a reclamação a termo em 5 dias da distribuição. 
2 2 arquivamentos seguidos pelo não comparecimento injustificado à audiência. 
Durante o período de 6 meses, o prazo prescricional continua correndo. 
Interrupção da prescrição 
O ajuizamento da reclamação trabalhista, mesmo que em juízo incompetente, interrompe a prescrição 
(zera o prazo) uma única vez (art. 202 do CC/02) e em relação a pedidos idênticos (Súmula 268 do TST). 
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Requisitos da petição inicial 
São requisitos da reclamação trabalhista escrita: 
1 Endereçamento (indicação do juízo competente – em regra, o do local da prestação dos serviços). 
2 A qualificação das partes. 
3 Breve exposição dos fatos. 
4 
Pedido CERTO, DETERMINADO E COM INDICAÇÃO DE SEU VALOR. 
o Sem esse requisito, haverá a extinção do processo sem resolução do mérito. 
5 Data e assinatura do reclamante ou de seu representante. 
Emenda e aditamento da petição inicial 
Em relação à emenda e ao aditamento: 
EMENDA 
É a correção da inicial (ocorre quando há vícios processuais sanáveis). 
o O juiz determinará a emenda no prazo de 15 dias (Súmula 263 do TST). 
ADITAMENTO 
É o acréscimo/complementação, que é possível: 
o Independentemente da anuência da reclamada → até a apresentação da defesa em audiência. 
o Com a anuência da reclamada → após a apresentação da defesa em audiência. 
Indeferimento da petição inicial 
Ocorre quando há vícios que não podem ser corrigidos, que geram a extinção do processo sem resolução 
do mérito, como, por exemplo, a ausência de condições da ação, a não realização da emenda no prazo legal, a 
ausência de pedido ou causa de pedir, o pedido indeterminado, dentre outros. 
Ao indeferir a petição inicial, o juiz proferirá uma sentença de extinção do processo, contra a qual o 
autor poderá interpor recurso ordinário no prazo de 8 dias, cabendo o juízo de retratação no prazo de 5 dias. 
 
 
 
 
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AUDIÊNCIA 
Public idade 
As audiências trabalhistas são públicas (qualquer pessoa pode ter acesso à sala), SALVO quando se 
tratar de segredo de justiça, caso em que o acesso fica limitado às partes e seus advogados. 
Designação 
Entre o recebimento da notificação pelo reclamado e a audiência deve haver um prazo MÍNIMO de 5 dias. 
Contudo, se o reclamado for a Fazenda Pública (administração direta, autárquica e fundacional), o prazo é em quádruplo 
(ou seja, 20 dias), de acordo com o Decreto-lei n. 779/69. 
Horário e local 
Em relação à realização da audiência, deve-se observar o seguinte: 
HORÁRIO 
Dias ÚTEIS, das 8h às 18h. 
o Não pode ultrapassar mais de 5 horas seguidas, SALVO matéria urgente 
(prevalece que esse limite se aplica à pauta inteira de audiências e não à 
audiência individualmente considerada). 
LOCAL 
A audiência deverá ocorrer na sede do juízo, SALVO situações excepcionais, em que 
poderá ser designado outro local com a antecedência mínima de 24 horas. 
Atraso das partes e do juiz 
Havendo atraso das partes ou do juiz, observa-se o seguinte: 
ATRASO DAS PARTES As partes não podem se atrasar (OJ 245, da SDI-1, do TST). 
ATRASO DO JUIZ 
O juiz pode se atrasar por até 15 minutos, devendo as partes aguardá-lo dentro 
desse período. Ultrapassado o limite, elas podem se retirar. 
Contudo, se o atraso decorrer da prática de algum outro ato processual, não se 
aplicará a regra, devendo a parte esperar o tempo que for necessário. 
 
 
 
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Comparecimento das partes 
Em regra, o comparecimento deve ser pessoal, sendo que a presença apenas do advogado acarretará 
as consequências pela ausência da parte, uma vez que o advogado, em regra, é facultativo. 
EXCEÇÕES 
1 
Nas ações plúrimas e nas ações de cumprimento, em que as partes podem ser representadas pelo 
sindicato, dispensando a presença de todos os autores. 
2 O empregador pode ser representado por um preposto, que não precisa ser seu empregado. 
3 
O reclamante pode ser representado por outro empregado da mesma profissão ou pelo sindicato, caso 
não possa comparecer ao ato por doença ou alguma outra justificativa séria. Nesse caso, o representante 
tão somente justificará a ausência do reclamante. 
Consequências da ausência 
A CLT prevê diferentes consequências para a ausência das partes em audiência: 
AUSÊNCIA DO RECLAMANTE 
O processo será arquivado (extinto 
sem resolução do mérito). 
Poderá o reclamante, no prazo de 
15 dias, justificar a ausência. 
AUSÊNCIA DO RECLAMADO 
Será considerado revel, presumindo-se verdadeiros os fatos alegados 
na inicial. Nesse caso, presente o advogado na audiência, serão aceitos 
a contestação e os documentos eventualmente apresentados. 
AUSÊNCIA DE AMBOS O processo será arquivado. 
Após o arquivamento, o reclamante poderá ingressar com um novo processo. Entretanto, conforme 
vimos, se ocorrer um novo arquivamento, o reclamante só poderá ingressar com uma terceira ação após 6 
meses. Trata-se da perempção (2 arquivamentos pelo não comparecimento injustificado à audiência). 
 RELEMBRANDO 
Após a Reforma Trabalhista, o reclamante passa a arcar com custas processuais em caso de arquivamento por 
ausência injustificada à audiência, mesmo se beneficiário da justiça gratuita, sendo o pagamento condição para a 
propositura de nova demanda. 
Conforme a Súmula 9 do TST, a ausência do reclamante, quando adiada a instrução após contestada a 
ação em audiência, NÃO importa arquivamento do processo. 
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P á g i n a 5 1 
 
 
Procedimento 
Em regra, a audiência trabalhista deve ser UNA, mas é possível que haja a seguinte divisão: 
AUDIÊNCIA 
INICIAL 
Na qual ocorre: 
o O pregão (ato formal que dá publicidade à audiência). 
o A 1ª tentativa de conciliação. 
o A apresentação da defesa escrita ou oral (no prazo de 20 minutos) – a 
Reforma Trabalhista inseriu a possibilidade de se protocolar a defesa 
eletronicamente ATÉ a audiência. 
AUDIÊNCIA DE 
INSTRUÇÃO 
Na qual ocorre: 
o O pregão (ato formal que dá publicidade à audiência). 
o A produção de provas (depoimentos, prova testemunhal, prova pericial etc.). 
o A apresentação das razões finais orais, no prazo de 10 minutos para cada parte 
(com a reiteração de nulidades e o balanço das provas). 
o A 2ª tentativa de conciliação. 
AUDIÊNCIA DE 
JULGAMENTO 
Na qual ocorre: 
o O pregão (ato formal que dá publicidade à audiência). 
o A prolação da sentença. 
Conci l iação 
Conforme vimos, no caso da audiência una, a tentativa de conciliação é obrigatória no início e no final da 
audiência. Caso ela seja desmembrada, é feita uma tentativa na audiência inicial e outra na de instrução. 
Havendo conciliação, o termo que for lavradovalerá como decisão irrecorrível, SALVO para a Previdência 
Social quanto às contribuições que lhe forem devidas. 
 
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DEFESA DO RECLAMADO 
Apresentação 
A apresentação da defesa pode se dar de forma: 
ORAL Em 20 minutos, na audiência. 
ESCRITA Apresentada em audiência ou pelo PJe (até a audiência). 
Contestação 
Princípios 
Princípio da impugnação específica 
Trata-se da necessidade de se impugnar especificamente cada fato alegado pelo reclamante, sob pena 
de presunção relativa de veracidade do fato não impugnado. Essa é a regra, que comporta exceções: 
 EXCEÇÕES 
EXCEÇÕES 
SUBJETIVAS 
O art. 342 do CPC prevê a possibilidade de contestação por negativa geral: 
o Pelo advogado dativo. 
o Pelo curador especial. 
o Pelo defensor público. 
No Processo do Trabalho, tem-se a figura do curador especial como a última 
possibilidade de representação/assistência do menor de 18 anos (art. 793 da CLT). 
EXCEÇÕES 
OBJETIVAS 
O art. 342 do CPC também prevê fatos que, mesmo não impugnados especificamente, 
não geram presunção de veracidade: 
o Se o fato não impugnado especificadamente não admitir a confissão (direitos 
indisponíveis – ex.: normas de higiene, saúde e segurança no trabalho). 
o Se a petição inicial não estiver acompanhada de documento indispensável à 
substância do ato (ex.: reclamação desacompanhada do instrumento coletivo). 
o Se o fato não impugnado especificadamente estiver em contradição com a 
defesa considerada em seu conjunto. 
 
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P á g i n a 53 
 
 
Princípio da eventualidade 
Trata-se da necessidade de se alegar, na contestação, toda a matéria de defesa (processual e de 
mérito), sob pena de preclusão (ressalvado fato/direito superveniente ou matéria de ordem pública). 
Espécies de defesa 
Visão geral 
A contestação pode ter duas espécies de defesa: 
1 Defesa processual. 
2 Defesa de mérito. 
Com a Reforma Trabalhista, após ofertada a contestação, ainda que eletronicamente, o autor NÃO poderá 
desistir da ação SEM O CONSENTIMENTO do réu. 
Defesa processual. 
É a alegação de vícios processuais que impedem a análise do mérito ou que dilatam o procedimento. 
CLASSIFICAÇÃO DAS DEFESAS PROCESSUAIS 
PEREMPTÓRIAS 
Impedem a análise do mérito, determinando a extinção do processo. 
o Ex.: carência da ação (falta de alguma das condições da ação). 
DILATÓRIAS 
Dilatam o procedimento, fazendo com que outra consequência seja percebida, como a 
concessão de prazo para a parte ou a remessa dos autos para outro juízo. 
o Ex.: exceção de incompetência relativa. 
Defesa de mérito 
A) Defesa indireta de mérito → reconhece o fato constitutivo do direito do reclamante, mas alega a 
existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo desse direito. Por exemplo: 
FATO IMPEDITIVO Inexistência de algum dos requisitos para equiparação salarial. 
FATO MODIFICATIVO Reconhecimento da prestação de serviços não como empregado, mas como trabalhador. 
FATO EXTINTIVO Pagamento das verbas, prescrição ou decadência. 
B) Defesa direta de mérito → visa atacar diretamente as alegações do reclamante. 
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P á g i n a 54 
 
 
Exceções 
Introdução 
Nas causas da jurisdição da Justiça do Trabalho, somente podem ser opostas, com SUSPENSÃO do 
feito, as exceções de suspeição ou incompetência. As demais exceções serão alegadas como matéria de defesa. 
Exceção de suspeição 
O juiz é obrigado a dar-se por suspeito, e pode ser recusado, por algum dos seguintes motivos: 
1 Inimizade pessoal. 
2 Amizade íntima. 
3 Parentesco por consanguinidade ou afinidade até o 3º grau civil. 
4 Interesse particular na causa. 
Em relação a qualquer das partes. 
A suspeição não será admitida: 
1 
Se o recusante houver praticado algum ato pelo qual haja consentido na pessoa do juiz, salvo 
sobrevindo novo motivo. 
2 
Se do processo constar que: 
o O recusante deixou de alegá-la anteriormente, quando já a conhecia. 
o Depois de conhecida, aceitou o juiz recusado. 
o O recusante procurou de propósito o motivo de que ela se originou. 
Apresentada a exceção de suspeição, o juiz ou Tribunal designará audiência dentro de 48 horas, para 
instrução e julgamento da exceção. Nas Varas e nos TRT’s, julgada procedente a exceção, será logo convocado 
o suplente do membro suspeito, o qual continuará a funcionar no feito até decisão final. 
Exceção de incompetência 
Conforme vimos, após a Reforma Trabalhista a incompetência territorial deve ser alegada por meio de 
exceção. Vide tópico “Competência da Justiça do Trabalho” e subtópico “Exceção de incompetência”. 
 
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P á g i n a 55 
 
 
Reconvenção 
É cabível no Processo do Trabalho, com aplicação subsidiária do CPC, e ocorre quando o réu apresenta 
uma pretensão em face do autor (“ação dentro da ação”), sendo apresentada na própria contestação. 
Contudo, NÃO há obrigatoriedade de que o réu apresente defesa para poder reconvir. Trata-se da 
chamada autonomia da reconvenção em relação à ação, que possui as seguintes consequências: 
1 O pedido de desistência de um não importa em desistência do outro. 
2 A extinção da ação não gera a extinção da reconvenção. 
3 A inadmissão de uma não importa em inadmissão da outra. 
Na Justiça do Trabalho, se apresentada a reconvenção em audiência, será designada nova data, para 
que, nessa segunda audiência, o autor possa apresentar defesa à reconvenção. 
 IMPORTANTE 
Prevalece o entendimento de que NÃO cabe reconvenção nos procedimentos trabalhistas sumário e 
sumaríssimo. 
Revelia 
Conceito 
No Processo do Trabalho, há 2 correntes que conceituam a revelia: 
1ª CORRENTE É a ausência de contestação (mesmo conceito do Processo Civil). 
2ª CORRENTE 
É a ausência da parte reclamada em audiência (una ou inicial). 
o SÚMULA 9 DO TST → A ausência do reclamante, quando adiada a instrução 
após contestada a ação em audiência, não importa arquivamento do processo 
(ou seja, a revelia só ocorre com a ausência na audiência una ou inicial, não 
ocorrendo em caso de ausência na audiência de instrução ou de julgamento). 
o A Reforma Trabalhista passou a prever que, ainda que ausente o reclamado, 
presente o advogado na audiência, serão aceitos a contestação e os 
documentos eventualmente apresentados. 
 
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P á g i n a 56 
 
 
Efeitos da revelia 
A revelia gera os seguintes efeitos: 
1 Confissão ficta (presunção relativa de veracidade dos fatos alegados pelo reclamante). 
2 Possibilidade de julgamento antecipado da lide. 
3 
Fluência dos prazos independentemente de intimação, havendo, entretanto, a necessidade de: 
o Notificação da parte no caso de jus postulandi. 
o Notificação do teor da sentença. 
Exceções à confissão ficta 
A revelia não produz o efeito da confissão ficta se: 
1 
Havendo pluralidade de reclamados, algum deles contestar a ação. 
o Ex.: grupo econômico (Súmula 129 do TST). 
2 
O litígio versar sobre direitos indisponíveis. 
o Ex.: direitos extrapatrimoniais. 
3 
A inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considere indispensável à prova do ato. 
o Ex.: reclamação desacompanhada do instrumento da negociação coletiva (ACT e CCT). 
4 
As alegações de fato formuladas pelo reclamante forem inverossímeis ou estiverem em contradição 
com prova constante dos autos. 
 
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P á g i n a 57 
 
 
PROVAS 
Objeto de prova 
Quanto ao objeto de prova, temos o seguinte: 
REGRA 
Devem ser provados os FATOS controvertidos (e não o DIREITO), excluindo-se: 
o Fatos notórios (de conhecimento comum dos litigantes). 
o Fatos confessados (alegados por uma parte e confirmados pela outra). 
o Fatos incontroversos (alegados por uma parte e não negados pela outra). 
o Fatos presumidos (que gozam de presunção legal de existência ou veracidade). 
o Fatos irrelevantes (sem relação com o litígio). 
EXCEÇÕES 
Deve ser provado o DIREITO: 
o Estrangeiro. 
o Municipal. 
oEstadual. 
o Distrital. 
o Consuetudinário. 
Comunhão das provas 
Pelo princípio da comunhão das provas (ou da aquisição processual), entende-se que as provas pertencem 
ao processo e não às partes. Assim, o juiz apreciará a prova constante dos autos, INDEPENDENTEMENTE do 
sujeito que a tiver promovido, e indicará na decisão as razões da formação de seu convencimento. 
Distribuição do ônus da prova 
Preliminarmente 
As regras de distribuição do ônus da prova são dirigidas: 
ÀS PARTES 
Que arcam com as consequências da decisão desfavorável caso não consigam se 
desincumbir do ônus probatório. 
AO JUIZ 
Que julgará de acordo com a distribuição do ônus (se nada tiver sido comprovado, ele 
deverá verificar de quem era o ônus). 
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P á g i n a 58 
 
 
Regras de distribuição 
O ônus da prova incumbe: 
AO RECLAMANTE 
Quanto ao fato constitutivo de seu direito (o que gera o direito? – ex.: cumprimento 
dos requisitos para a equiparação salarial). 
AO RECLAMADO 
Quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do reclamante 
(ex.: o reclamado confirma o alegado pelo reclamante, mas alega prescrição. Há também 
a possibilidade de o reclamado negar os fatos, devendo comprovar suas alegações). 
Inversão do ônus 
Poderá o juízo atribuir o ônus da prova de modo diverso nas seguintes hipóteses: 
1 Impossibilidade de cumprir o encargo. 
2 Excessiva dificuldade de cumprir o encargo. 
3 
Maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário. 
o Ex.: o empregador com mais de 20 empregados deve apresentar o controle de ponto, sob pena 
de presunção relativa de veracidade da jornada de trabalho (Súmula 338 do TST). 
Para que isso ocorra, são necessários os seguintes requisitos: 
1 A decisão deve ser fundamentada. 
2 Deve-se dar a oportunidade para que a parte se desincumba do ônus. 
3 Deve-se dar a oportunidade para que a parte solicite o adiamento da audiência. 
4 A inversão, no Processo do Trabalho, deve se dar até o início da audiência de instrução. 
5 A inversão NÃO pode gerar para a parte uma impossibilidade ou excessiva dificuldade de comprovação. 
Súmulas e orientações jurisprudenciais 
Sobre regras de distribuição do ônus da prova, é importante mencionar os seguintes entendimentos: 
SÚMULA 212 DO 
TST 
O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de 
serviço e o despedimento, é do EMPREGADOR, pois o princípio da continuidade da relação 
de emprego constitui presunção favorável ao empregado. 
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P á g i n a 59 
 
 
SÚMULA 338 DO 
TST 
I - É ônus do EMPREGADOR que conta com mais de 20 empregados (em consonância com 
a Reforma Trabalhista) o registro da jornada de trabalho na forma do art. 74, § 2º, da 
CLT. A não-apresentação injustificada dos controles de frequência gera presunção relativa 
de veracidade da jornada de trabalho, a qual pode ser elidida por prova em contrário. 
II - A presunção de veracidade da jornada de trabalho, ainda que prevista em instrumento 
normativo, pode ser elidida por prova em contrário. 
III - Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e saída uniformes são 
inválidos como meio de prova, invertendo-se o ônus da prova, relativo às horas extras, que 
passa a ser do EMPREGADOR, prevalecendo a jornada da inicial se dele não se desincumbir. 
SÚMULA 460 DO 
TST 
É do EMPREGADOR o ônus de comprovar que o empregado não satisfaz os requisitos 
indispensáveis para a concessão do vale-transporte ou não pretenda usar o benefício. 
SÚMULA 461 DO 
TST 
É do EMPREGADOR o ônus da prova em relação à regularidade dos depósitos do FGTS, 
pois o pagamento é fato extintivo do direito do autor. 
SÚMULA 6, VIII, 
DO TST 
É do EMPREGADOR o ônus da prova do fato impeditivo, modificativo ou extintivo da 
equiparação salarial. 
Provas em espécie 
Prova documental 
Em regra, os documentos deverão ser apresentados na petição inicial pelo autor e na defesa pelo réu. 
Em grau recursal, é admitida a juntada de forma excepcional: 
SÚMULA 8 DO TST 
A juntada de documentos na fase recursal só se justifica quando provado o justo impedimento para sua 
oportuna apresentação ou se referir a fato posterior à sentença. 
O documento em cópia pode ser declarado autêntico pelo próprio advogado, sob sua responsabilidade 
pessoal. Impugnada a autenticidade da cópia, a parte que a produziu será intimada para apresentar as cópias 
devidamente autenticadas ou o original, cabendo ao serventuário competente proceder à conferência e 
certificar a conformidade entre esses documentos. 
 
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P á g i n a 60 
 
 
1º
•As testemunhas comparecerão em audiência INDEPENDENTEMENTE de notificação (comparecimento espontâneo).
2º
•Não comparecendo espontaneamente, o juiz adiará a audiência e determinará a INTIMAÇÃO.
3º
•Não comparecendo espontaneamente, novamente, o juiz adiará a audiência determinará a CONDUÇÃO COERCITIVA.
Prova testemunhal 
Capacidade para testemunhar 
Para ser testemunha, a pessoa deve ser: 
1 Capaz (art. 447, § 1º, do CPC). 
2 Não impedida – hipóteses objetivas (art. 447, § 2º, do CPC). 
3 
Não suspeita – hipóteses subjetivas (art. 447, § 3º, do CPC). 
o SÚMULA 357 DO TST → Não torna suspeita a testemunha o simples fato de estar litigando 
ou de ter litigado contra o mesmo empregador. 
A testemunha impedida ou suspeita não prestará compromisso, e seu depoimento valerá como simples 
informação (tem-se, aqui, a figura do informante). 
Número de testemunhas 
A depender do rito, há um número máximo de testemunhas para cada parte: 
RITOS ORDINÁRIO E SUMÁRIO 3 testemunhas 
RITO SUMARÍSSIMO 2 testemunhas 
INQUÉRITO PARA APURAÇÃO DE FALTA GRAVE 6 testemunhas 
Comparecimento em audiência 
Quanto ao comparecimento das testemunhas em audiência, deve-se observar o seguinte procedimento: 
 
 
 
 
 
No procedimento sumaríssimo, só será deferida intimação da testemunha se a parte COMPROVAR que 
a convidou. Não comparecendo a testemunha intimada, o juiz poderá determinar sua imediata condução coercitiva. 
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P á g i n a 6 1 
 
 
Outras regras 
Além das regras anteriores, devem ser observadas as seguintes: 
1 
O juiz ou presidente providenciará para que o depoimento de uma testemunha não seja ouvido pelas 
demais que tenham de depor no processo. 
2 
As testemunhas NÃO poderão sofrer qualquer desconto pelas faltas ao serviço, ocasionadas pelo 
seu comparecimento para depor, quando devidamente arroladas ou convocadas. 
3 
Se a testemunha for funcionário civil ou militar, e tiver de depor em hora de serviço, será requisitada 
ao chefe da repartição para comparecer à audiência marcada. 
4 
Aplica-se a multa por litigância de má-fé à testemunha que intencionalmente alterar a verdade dos 
fatos ou omitir fatos essenciais ao julgamento da causa. 
o IN 41/2018 do TST → deve-se observar o contraditório, além de ser possível a retratação. 
Prova pericial 
A perícia é a prova técnica, sendo necessária quando: 
1 
A lei determinar (ex.: adicional de insalubridade e periculosidade). 
o SÚMULA 293 DO TST → A verificação mediante perícia de prestação de serviços em 
condições nocivas, considerado agente insalubre diverso do apontado na inicial, não prejudica o 
pedido de adicional de insalubridade. 
2 For necessária para a prova do fato (ex.: doença do trabalho). 
Nessas hipóteses: 
O JUIZ 
o Nomeia o perito. 
o Determina prazo para a apresentação do laudo. 
AS PARTES 
o Podem contratar assistente técnico. 
o Podem apresentar quesitos. 
Em relação aos honorários, vide tópico “Gratuidade”, subtópico “Honorários periciais”. 
 
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P á g i n a 62 
 
 
Depoimento pessoal 
É a oitiva da parte sobre os fatos descritos no processo, mediante requerimento da parte contrária. 
Inspeção judicial 
Realizada pelo juiz sobre pessoas e coisas, visando esclarecer dúvidas sobre o que consta nos autos. 
 
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P á g i n a 63SENTENÇA E COISA JULGADA 
Sentença 
TIPOS 
As sentenças podem ser de 2 tipos: 
o DEFINITIVAS → Extinção do processo COM resolução do mérito. 
o TERMINATIVAS → Extinção do processo SEM resolução do mérito. 
REQUISITOS 
A sentença deve conter os seguintes requisitos: 
o RELATÓRIO → é o resumo dos principais elementos do processo 
(no procedimento sumaríssimo, o relatório é dispensado). 
o FUNDAMENTAÇÃO → é a motivação da decisão. 
o DISPOSITIVO → é a decisão propriamente dita. 
Além disso, no Processo do Trabalho, a sentença deve conter: 
o A discriminação da natureza das verbas (salariais ou indenizatórias), 
para fins de recolhimento previdenciário. 
o A intimação da União para recorrer da parte previdenciária. 
VÍCIOS 
A sentença é considerada viciada nos seguintes casos: 
o Sentença citra petita (aquém do pedido). 
o Sentença ultra petita (além do pedido). 
o Sentença extra petita (diversa do pedido). 
REMESSA NECESSÁRIA 
A remessa necessária é uma condição de eficácia da sentença condenatória 
em face da Administração Pública e é aplicável ao Processo do Trabalho 
por força da IN 39/2016 do TST e da Súmula 303 do TST. 
Coisa julgada 
COISA JULGADA FORMAL 
Ocorre quando NÃO HÁ resolução do mérito, podendo ser discutida 
novamente em outro processo. 
COISA JULGADA MATERIAL 
Ocorre quando HÁ resolução do mérito, não podendo ser discutida 
novamente em outro processo. 
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P á g i n a 64 
 
 
DISSÍDIOS INDIVIDUAIS - RESUMO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RECLAMAÇÃO 
FRUTÍFERA 
NOTIFICAÇÃO DO RECLAMADO 
AUDIÊNCIA INICIAL 
TENTATIVA DE CONCILIAÇÃO 
INFRUTÍFERA 
FIM 
APRESENTAÇÃO DA 
DEFESA 
AUDIÊNCIA DE 
INSTRUÇÃO 
PRODUÇÃO DE PROVAS 
- Documentos. 
- Depoimentos pessoais. 
- Testemunhas. 
- Perícias. 
- Inspeção judicial. 
APRESENTAÇÃO DAS 
ALEGAÇÕES FINAIS 
TENTATIVA DE 
CONCILIAÇÃO 
AUDIÊNCIA DE 
JULGAMENTO 
SENTENÇA 
NÃO COMPARECE
RECLAMANTE
ARQUIVA
RECLAMADO
REVELIA
AMBOS
ARQUIVA
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P á g i n a 65 
 
 
PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA 
Conceitos 
Em síntese, pode-se conceituar prescrição e decadência da seguinte forma: 
PRESCRIÇÃO 
É a perda da pretensão em virtude da inércia do titular do direito ou daquele 
que possui autorização para exigir o direito, sendo que essa inércia ocorre 
durante o tempo previsto em lei. 
DECADÊNCIA 
É a perda do direito em virtude da inércia do titular do direito ou daquele que 
possui autorização para exercer o direito, sendo que essa inércia ocorre 
durante o tempo previsto em lei, contrato, norma coletiva, regulamento etc. 
Prescrição 
Noções gerais 
A prescrição trabalhista é prevista pelo art. 7º, XXIX, da CRFB/88, que diz: 
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição 
social: [..] XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de 5 
anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de 2 anos após a extinção do contrato de trabalho; 
A CLT dispõe no mesmo sentido, no caput do artigo 11: 
Art. 11. A pretensão quanto a créditos resultantes das relações de trabalho prescreve em 5 anos para os 
trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de 2 anos após a extinção do contrato de trabalho. 
Assim, o trabalhador pode ajuizar a ação trabalhista no prazo de 2 anos do término do contrato de 
trabalho (prescrição bienal), mas só poderá cobrar os últimos 5 anos (prescrição quinquenal). 
 ATENÇÃO 
Quanto mais rápido a ação for ajuizada, mais o trabalhador vai receber. 
NÃO corre nenhum prazo prescricional contra o menor de 18 anos. 
 
 
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P á g i n a 66 
 
 
Prescrição bienal 
A reclamação trabalhista deverá ser ajuizada no prazo de 2 anos, contados do término do contrato de 
trabalho. Se a reclamação for ajuizada após esse prazo, o reclamado poderá alegar prescrição bienal e o juiz 
extinguirá o processo COM resolução do mérito. 
Prescrição quinquenal 
A prescrição quinquenal se refere às pretensões (verbas) imediatamente anteriores a 5 anos, contados 
da data do ajuizamento da reclamação (5 anos do ajuizamento “para trás”). 
No mesmo sentido, a Súmula 362 do TST estabelece que é quinquenal a prescrição do direito de reclamar 
contra o não-recolhimento do FGTS, observado o prazo de 2 anos após o término do contrato. 
Prescrição total 
A situação que pode ensejar a prescrição total é a seguinte: 
1 
Prestação sucessiva não prevista em lei. Ex.: pagamento mensal de academia para os empregados. 
o OBS.: o pagamento é espontâneo, por mera liberalidade do empregador. 
2 Supressão ou alteração (prejudicial) da prestação. 
Nessa situação, o empregado tem o prazo de 5 anos, contados da supressão ou alteração, para ajuizar 
a reclamação (5 anos da supressão/alteração “para frente”). 
Prescrição intercorrente 
Normatizada pela Reforma Trabalhista, a prescrição intercorrente ocorre quando o EXEQUENTE deixa 
de cumprir determinação judicial por mais de 2 anos. Pode ser reconhecida de ofício pelo juiz. 
Momento para a a legação 
No Processo do Trabalho, a prescrição NÃO pode ser reconhecida de ofício (salvo a intercorrente), 
devendo, portanto, ser alegada pela parte. Nesse sentido, há o seguinte entendimento sumulado: 
SÚMULA 153 DO TST 
NÃO se conhece de prescrição não arguida na instância ordinária. 
Isso significa que a prescrição (em qualquer de suas espécies) deve ser arguida em instância ordinária 
(no âmbito das Varas e dos TRT’s), sob pena de não ser possível alegar em instância extraordinária (TST e STF). 
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P á g i n a 67 
 
 
1 ANO 1 ANO 1 ANO 1 ANO 1 ANO 1 ANO 1 ANO 1 ANO 1 ANO
Interrupção do prazo 
O ajuizamento da reclamação trabalhista, mesmo que em juízo incompetente, interrompe a prescrição 
(zera o prazo) uma única vez (art. 202 do CC/02) e em relação a pedidos idênticos (Súmula 268 do TST). 
Pedidos imprescrit íveis 
Os pedidos meramente declaratórios são imprescritíveis. Por esse motivo, não prescreve o pedido de 
reconhecimento de vínculo de emprego para fins de fazer prova junto à Previdência Social. 
Linha do tempo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resumindo. . . 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A ação só pode pleitear 
os últimos 5 anos 
2 anos para 
propor a ação 
PRESCRIÇÃO QUINQUENAL PRESCRIÇÃO BIENAL 
Fim do 
contrato 
Ajuizamento 
da ação 
Determinação judicial na execução 
Inércia do exequente 
PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE 
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P á g i n a 68 
 
 
Decadência 
No Processo do Trabalho, temos os seguintes prazos decadenciais: 
MANDADO DE SEGURANÇA 120 dias, contados da ciência do ato ou do fato. 
AÇÃO RESCISÍRIA 
2 anos, contados do trânsito em julgado da última decisão 
proferida na causa (de mérito ou não). 
INQUÉRITO JUDICIAL PARA APURAÇÃO DE 
FALTA GRAVE 
30 dias, contados da data da suspensão do empregado. 
 
 
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P á g i n a 69 
 
 
RECURSOS TRABALHISTAS 
Pecul iaridades dos recursos trabalhistas 
Irrecorribi l idade imediata das decisões interlocutórias 
Decisão interlocutória é aquela com conteúdo decisório, mas que NÃO põe fim ao processo. Conforme 
já estudamos, são incabíveis recursos de decisões interlocutórias, devendo a parte prejudicada aguardar ser 
proferida decisão final para dela recorrer. Nesse caso, observa-se o seguinte: 
RECORRIBILIDADE IMEDIATA Não é possível. 
RECORRIBILIDADE MEDIATA 
É possível. Nesse caso, a parte deverá consignar o protesto da decisão 
na ata de audiência (o protesto antipreclusivo), sendo essa a condição 
para a alegação do inconformismo na impugnação da decisão definitiva. 
Se a decisão violar direito líquido e certo, cabe mandado de segurança. 
Contudo, a Súmula 214 do TST elenca as seguintes exceções: 
1 Decisão interlocutória proferida pelo TRT em desacordo com súmula ou OJ do TST. 
2 Decisão de tribunal da qual cabe recurso interno (recurso para o mesmo tribunal). 
3Decisão que decide a alegação de incompetência territorial e determina a remessa dos autos para 
Vara do Trabalho vinculada a outro TRT. 
Essas decisões são recorríveis imediatamente. 
Inexigibi l idade de fundamentação 
Os recursos trabalhistas serão interpostos por simples petição. 
 IMPORTANTE 
Essa peculiaridade foi relativizada pela Súmula 422 do TST, que passou a exigir a fundamentação nos 
recursos interpostos perante o TST, não havendo necessidade de fundamentação para o recurso ordinário 
de competência do TRT. 
 
 
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P á g i n a 70 
 
 
Efeitos dos recursos trabalhistas 
DEVOLUTIVO O recurso devolve a apreciação da matéria ao Poder Judiciário. 
SUSPENSIVO 
A interposição de um recurso trabalhista NÃO possui efeito suspensivo, 
não impedindo o início da execução (provisória – que vai somente até a 
penhora, chegando aos atos de constrição, mas não aos de expropriação). 
EXCEPCIONALMENTE pode-se conseguir o efeito suspensivo através de 
pedido formulado pelo recorrente. 
TRANSLATIVO 
Possibilidade de reconhecimento, pelo Tribunal, das normas de ordem 
pública, sem necessidade de alegação ou requerimento das partes. 
REGRESSIVO Possibilidade do magistrado prolator da decisão impugnada de retratar-se. 
SUBSTITUTIVO 
O julgamento de mérito do recurso gera a substituição da decisão 
recorrida pela decisão proferida no recurso. 
Juízo de admissibi l idade e juízo de mérito 
Conceitos 
JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE São analisados os pressupostos para a utilização do recurso. 
JUÍZO DE MÉRITO Presentes os pressupostos, parte-se para a análise do pedido. 
Pressupostos de admissibi lidade 
Informação preliminar 
No Processo do Trabalho, há 2 juízos de admissibilidade: 
1 Primeiro pelo juízo a quo (juiz). 
2 Depois pelo juízo ad quem (relator). 
Pressupostos intrínsecos 
São pressupostos subjetivos (relacionados à parte): 
LEGITIMIDADE Parte vencida, 3º prejudicado e MP que tenha atuado como parte ou fiscal da lei. 
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P á g i n a 71 
 
 
INTERESSE Situação desfavorável, criada pela decisão, a determinada parte. 
CAPACIDADE O recorrente deve ser capaz, caso contrário, deverá ser representado ou assistido. 
Pressupostos extrínsecos 
São pressupostos objetivos: 
CABIMENTO 
Análise sobre a recorribilidade do ato. Na seara trabalhista, são IRRECORRÍVEIS: 
o Despachos de mero expediente. 
o Decisões interlocutórias (ressalvadas as exceções já estudadas). 
o Sentenças no procedimento sumário que não violem a Constituição. 
ADEQUAÇÃO Para cada ato judicial recorrível existe um recurso adequado. 
TEMPESTIVIDADE 
Os recursos devem ser interpostos no prazo previsto em lei. Nesse sentido: 
o O prazo recursal é de 8 dias, SALVO os embargos de declaração (5 dias) e 
o recurso extraordinário (15 dias) – lembre-se que a contagem é em dias úteis! 
o NÃO se aplica o prazo em dobro para litisconsortes com procuradores 
distintos e de escritórios de advocacia distintos (OJ 310, da SDI-1, do TST). 
o O prazo para a Fazenda Pública e o MPT é contado em dobro. 
o O recurso prematuro (interposto entes da publicação do acordão) é 
considerado tempestivo. 
PREPARO 
O preparo recursal abrange: 
o As custas – vide tópico “Atos, prazos e nulidades”, subtópico “Custas”. 
o O depósito recursal, pago pelo empregador não beneficiário da justiça gratuita, 
possuindo natureza jurídica de garantia do juízo – vide próximo tópico. 
O depósito recursal não será mais realizado na conta vinculada ao FGTS, devendo ser 
realizado em conta vinculada ao juízo, podendo ainda ser substituído por fiança 
bancária ou seguro garantia judicial (alteração promovida pela Reforma Trabalhista). 
REGULARIDADE DE 
REPRESENTAÇÃO 
O recurso deve ser interposto por advogado com procuração nos autos: 
o Quando a parte não se tenha valido do jus postulandi. 
o Quando se tratar das exceções ao jus postulandi. 
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P á g i n a 72 
 
 
Depósito recursal 
O depósito recursal é calculado da seguinte forma: 
RECURSO INTERPOSTO CÁLCULO 
o Recurso ordinário – RO. 
o Recurso de revista – RR. 
o Embargos ao TST – ETST. 
o Recurso ordinário em Ação Rescisória – ROAR. 
o Recurso extraordinário – RE. 
O valor da condenação ainda não depositado até o 
limite estabelecido pelo TST. 
o Agravo de instrumento – AI. 
O valor da condenação ainda não depositado até 
50% do depósito do recurso trancado. 
NÃO é exigido depósito no agravo de petição e no recurso ordinário em dissídio coletivo. 
Quanto à necessidade do depósito, temos as seguintes situações: 
RECORRENTE CONDENAÇÃO EM PECÚNIA NECESSIDADE DE DEPÓSITO 
Reclamante ------------------------------------ NUNCA 
Reclamado NÃO NÃO 
Reclamado SIM SIM 
Fazenda Pública SIM NÃO 
Empresa Pública e Sociedade de 
Economia Mista 
SIM 
SIM 
(Súmula 170 do TST) 
Empregador doméstico, ME, EPP, 
MEI, entidade sem fins lucrativos 
SIM 
SIM 
(Pela metade) 
Beneficiário da justiça gratuita, massa 
falida, empresa em recuperação 
judicial, entidades filantrópicas 
SIM NÃO 
Empresa em liquidação extrajudicial SIM 
SIM 
(Súmula 86 do TST) 
 
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P á g i n a 73 
 
 
Recurso adesivo 
O recurso adesivo NÃO possui previsão na CLT, mas é aplicável subsidiariamente no Processo do Trabalho 
por força da Súmula 283 do TST, podendo ser interposto nos seguintes recursos: 
1 Recurso ordinário. 
2 Agravo de petição. 
3 Recurso de revista. 
4 Embargos ao TST. 
Para tanto, deverão ser observadas as seguintes regras: 
1 Deve haver sucumbência recíproca + recurso de uma das partes. 
2 A interposição deverá ocorrer no prazo das contrarrazões (8 dias). 
3 Deve ser recolhido o preparo (quando cabível). 
A matéria discutida não precisa ser a mesma do recurso principal. 
O recurso adesivo não será conhecido se: 
1 Houver desistência do recurso principal. 
2 O recurso principal não for conhecido. 
Visão geral dos recursos 
Introdução 
Antes de passar ao estudo dos recursos em espécie, apresentaremos uma visão geral dos recursos 
para a melhor compreensão do itinerário da fase recursal. Primeiro, vamos às legendas das siglas utilizadas: 
RO Recurso ordinário. 
AP Agravo de petição. 
RR Recurso de revista. 
ETST Embargos ao TST. 
RE Recurso extraordinário. 
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P á g i n a 74 
 
 
SENTENÇA
RO
(AO TRT)
RR
(AO TST - TURMA)
ETST
(AO TST - SDI)
RE
(AO STF)
SENTENÇA
AP
(AO TRT)
RR
(AO TST - TURMA)
ETST
(AO TST - SDI)
RE
(AO STF)
Processo de conhecimento 
 
 
 
 
Processo de execução 
 
 
 
 
Agravo de instrumento 
 
RECURSO ORDINÁRIO 
JUÍZO QUE PROFERIU A SENTENÇA 
(VERIFICA PRESSUPOSTOS DE 
ADMISSIBILIDADE) 
PRESENTES OS 
PRESSUPOSTOS
 
Juiz recebe o RO, abre vista para 
contrarrazões e encaminha tudo ao TRT 
AUSENTES OS 
PRESSUPOSTOS
 
Juiz não recebe o RO (recurso trancado) 
A parte interpõe AGRAVO DE 
INSTRUMENTO pra “transportar” recurso 
ao TRT (destrancar recurso) 
 
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P á g i n a 75 
 
 
Agravo interno 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Recursos em espécie 
Recurso ordinário 
CABIMENTO 
O recurso ordinário é cabível contra: 
o Sentenças (terminativas ou definitivas). 
o Decisão do TRT em ação de competência originária. Ex.: mandado de 
segurança (Súmula 201 do TST) e ação rescisória (Súmula 158 do TST). 
PRAZO 8 dias (úteis) – para razões e contrarrazões. 
PROCEDIMENTO 
SUMARÍSSIMO 
No procedimento sumaríssimo, o recurso ordinário possui as seguintes peculiaridades: 
o NÃO possui revisor (apenas relator). 
o O relator deve liberar o recurso para julgamento no prazo de 10 dias. 
o O MPT profere parecer oral, se necessário. 
RO ENCAMINHADO AO TRT 
RELATOR 
(VERIFICA PRESSUPOSTOS DE 
ADMISSIBILIDADE) 
PRESENTES OS 
PRESSUPOSTOS
 
Relator conhece o RO e envia para uma 
turma do TRT (se não for caso de julgamento 
monocrático), que dá/nega provimento ao RO 
AUSENTES OS 
PRESSUPOSTOS
 
Relator não conhece oRO (recurso 
trancado) – decisão monocrática 
A parte interpõe AGRAVO INTERNO 
para que o RO seja analisado pelo 
colegiado 
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P á g i n a 76 
 
 
Recurso de revista 
CABIMENTO 
O recurso de revista é cabível contra: 
o Decisão do TRT em recurso ordinário. 
o Decisão do TRT em agravo de petição. 
PRAZO 8 dias (úteis) – para razões e contrarrazões. 
REQUISITOS 
Para a interposição do recurso de revista, são necessários os seguintes requisitos: 
o Versar sobre questão de direito (e não de fato) – Súmula 126 do TST. 
o Cumprir requisitos específicos para cada procedimento (veremos a seguir). 
o Prequestionamento. 
o Transcendência. 
REQUISITOS 
ESPECÍFICOS 
No procedimento ordinário, a decisão deve contrariar: 
o Decisão de outro TRT, acórdão ou OJ da SDI. 
o Súmula do TST e Súmula Vinculante. 
o A Constituição Federal ou lei federal. 
No procedimento sumaríssimo, a decisão deve contrariar: 
o Súmula do TST e Súmula Vinculante. 
o A Constituição Federal. 
Na fase de execução, a decisão deve contrariar: 
o REGRA: apenas a Constituição Federal. 
o EXCEÇÕES: execução fiscal ou certidão negativa de débito trabalhista 
(mesmos requisitos específicos do procedimento ordinário) 
PREQUESTIONAMENTO 
A matéria deve ter sido tratada no acórdão impugnado. É possível o 
prequestionamento por meio de embargos de declaração (Súmula 297 do TST). 
TRANSCENDÊNCIA 
A questão deve ter reflexos de natureza: 
o Econômica (valor elevado da causa). 
o Política (violação a Súmula do TST ou do STF). 
o Social (versa sobre direitos sociais). 
o Jurídica (nova interpretação de lei federal). 
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P á g i n a 77 
 
 
Embargos ao TST 
CABIMENTO 
1) São cabíveis embargos ao TST de decisão de turma do TST que: 
o Contrariar decisão de outra turma. 
o Contrariar acórdão de SDI. 
o Contrariar OJ do TST. 
o Contrariar Súmula do TST e Súmula Vinculante. 
2) São cabíveis embargos ao TST de decisão não unânime do TST em dissídio coletivo. 
OBS.: no primeiro caso, os embargos são julgados pela SDI; no segundo caso, os 
embargos são julgados pela SDC. 
PRAZO 8 dias (úteis). 
DECISÃO 
DENEGATÓRIA 
O Ministro Relator denegará seguimento aos embargos: 
o Se a decisão recorrida tiver em consonância com Súmula do TST ou do STF 
ou jurisprudência (iterativa, notória e atual) do TST. 
o Nas hipóteses de intempestividade, deserção, irregularidade de representação 
ou de ausência de qualquer outro pressuposto extrínseco de admissibilidade. 
Dessa decisão caberá agravo, no prazo de 8 dias (úteis). 
Agravo de instrumento 
CABIMENTO 
O agravo de instrumento é cabível contra decisão que nega seguimento ao recurso 
(de um tribunal para outro – se for no mesmo tribunal, cabe agravo interno). Diz-
se que o agravo de instrumento serve para “destrancar” o recurso. 
o OBS.: o agravo de instrumento para destrancar agravo de petição NÃO 
suspende a execução! 
PRAZO 8 dias (úteis). 
JUÍZO DE 
RETRATAÇÃO 
O juiz pode retratar-se da decisão (efeito regressivo), mas, caso NÃO o faça, ele 
deve abrir vista para a outra parte apresentar a contraminuta de agravo e as 
contrarrazões do recurso, devendo encaminhar tudo ao tribunal. 
JULGAMENTO O julgamento é feito pelo tribunal competente para julgar o recurso. 
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P á g i n a 78 
 
 
Embargos de declaração 
CABIMENTO 
Os embargos de declaração são cabíveis contra decisões que contenham: 
o Omissão. 
o Obscuridade. 
o Contradição. 
o Manifesto equívoco no exame dos pressupostos extrínsecos do recurso. 
o Correção de erro material. 
Aqui, o CPC é aplicado supletivamente (para complementar a CLT). 
PRAZO 5 dias (úteis) ou 10 dias (úteis) para a Fazenda Pública (OJ 192, da SDI-1, do TST). 
INTERRUPÇÃO DO 
PRAZO 
Quando tempestivos, os embargos de declaração interrompem, para ambas as 
partes, o prazo para outros recursos. 
MANIFESTAÇÃO DA 
OUTRA PARTE 
Em regra, não há manifestação da outra parte. Excepcionalmente, caso o juiz 
vislumbre efeitos modificativos nos embargos, deve ser concedida vista à outra 
parte, para que esta se manifeste no prazo de 5 dias (OJ 142, da SDI-1, do TST). 
MULTA 
Quando manifestamente protelatórios os embargos de declaração, o juiz ou o 
tribunal, em decisão fundamentada, condenará o embargante a pagar ao 
embargado multa não excedente a 2% sobre o valor atualizado da causa. 
Na reiteração, a multa poderá ser elevada a 10% sobre o valor atualizado da 
causa, sendo que a interposição de outro recurso ficará condicionada ao depósito 
prévio desse valor, SALVO beneficiário da justiça gratuita e a Fazenda Pública que 
recolherão o valor ao final. 
Recurso extraordinário 
CABIMENTO 
Cabe recurso extraordinário para o STF contra decisão que: 
o Contrariar dispositivo da Constituição. 
o Declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal. 
o Julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição. 
o Julgar válida lei local contestada em face de lei federal. 
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P á g i n a 79 
 
 
PRESSUPOSTOS 
ESPECÍFICOS 
Além dos pressupostos objetivos e subjetivos genéricos, há, ainda, os seguintes: 
o Discussão de matéria de direito (e não de fato). 
o Prequestionamento. 
o Repercussão geral da questão constitucional. 
PRAZO 15 dias (úteis) – para razões e contrarrazões. 
Agravo de petição 
CABIMENTO Cabe agravo de petição das decisões do Juiz ou Presidente, nas execuções. 
PRAZO 8 dias (úteis). 
PRESSUPOSTO 
ESPECÍFICO 
O recurso só será recebido quando o agravante delimitar, justificadamente, as 
matérias e os valores impugnados, permitida a execução imediata da parte 
remanescente até o final, nos próprios autos ou por carta de sentença. 
PREPARO 
Em relação ao preparo: 
o Custas → são pagas pelo executado ao final, assim, o agravo de petição 
independe do pagamento das custas. 
o Depósito recursal → uma vez garantido o juízo de execução, descabe a 
exigência de depósito recursal. 
Observação final 
Sugerimos que, tendo estudado as especificidades de cada recurso, você volte aos esquemas do tópico 
“Visão geral dos recursos” para uma melhor fixação do conteúdo. 
 
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P á g i n a 80 
 
 
LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA 
Cabimento 
Na hipótese de sentença ILÍQUIDA, esta deve ser objeto de LIQUIDAÇÃO, para se apurar o quantum 
debeatur. Trata-se de uma fase preparatória para a execução. 
Modalidades 
Por cálculos 
Cabível quando a fixação do valor da condenação depender apenas de cálculos aritméticos, apresentados: 
1 Pelas partes. 
2 Pelos órgãos auxiliares da Justiça do Trabalho. 
3 Pelo perito (quando envolver cálculos complexos). 
O juiz escolhe. 
Após, o juiz deve permitir a manifestação: 
ÀS PARTES Prazo comum de 8 dias (úteis). 
À UNIÃO Prazo de 10 dias (úteis) – manifestação quanto aos créditos previdenciários. 
Por arbitramento 
Nesse caso, há a necessidade de realização de perícia para se apurar o valor da condenação quando 
determinado por sentença, quando convencionado entre as partes e quando a natureza do objeto exigir. 
Por artigos (pelo procedimento comum) 
Aqui, há a necessidade de se provar fatos novos (que serão objeto de conhecimento e prova). 
Juros e correção 
De acordo com a Súmula 211 do TST, os juros de mora e a correção monetária INCLUEM-SE na 
liquidação, AINDA QUE omisso o pedido inicial ou a condenação. 
 
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P á g i n a 8 1 
 
 
PROCESSO DE EXECUÇÃO 
Introdução 
Conceito 
É a fase do processo em que se busca a efetivação da decisão (fase satisfativa). 
Lacuna na CLT 
Conforme já estudado, em caso de omissão normativa na FASE DA EXECUÇÃO, aplica-se, primeiramente, a Lei 
de Execução Fiscal. Persistindo a omissão, utiliza-se, então, o CPC. Assim ↴ 
OMISSA A CLT Aplica-se a LEF. 
OMISSAS A CLT E A LEF Aplica-se o CPC. 
Espécies de execução 
Há duas formas de execução, quais sejam: 
EXECUÇÃO PROVISÓRIA EXECUÇÃO DEFINITIVA 
Ocorre quando há recursopendente. Ocorre após o trânsito em julgado da sentença. 
Busca a satisfação do exequente e a execução menos 
gravosa para o executado. 
Busca a satisfação do exequente. 
Há penhora em dinheiro (Súmula 417, I, do TST), SALVO 
se o executado indicar meios + eficazes e - onerosos 
(ex.: carta de fiança bancária ou seguro-fiança judicial). 
Há penhora em dinheiro 
Além disso, a execução PROVISÓRIA depende de requerimento das partes e vai apenas até a penhora (ou seja, 
vai até os atos de constrição, não abrangendo atos de expropriação). 
Execução de prestações sucessivas 
As prestações sucessivas podem ser: 
POR PRAZO DETERMINADO Caso em que a execução de uma parcela abrange todas as demais. 
POR PRAZO INDETERMINADO 
Caso em que a execução de uma parcela abrange todas as devidas até o início 
da execução (parcelas em atraso). É o que acontece, por exemplo, quando o 
empregado postula verbas no curso do contrato de trabalho. 
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P á g i n a 82 
 
 
Títulos executivos 
Títulos executivos judiciais 
1 Decisão com trânsito em julgado → execução definitiva. 
2 Decisão objeto de recurso sem efeito suspensivo → execução provisória. 
3 Acordo não cumprido → execução definitiva. 
Títulos executivos extrajudicia is 
1 Termos de Ajustamento de Conduta – TAC → firmados com o MPT. 
2 Termos de conciliação da Comissão de Conciliação Prévia. 
3 Cheque e nota promissória emitidos em reconhecimento de dívida trabalhista (IN 39/2016 do TST). 
4 Multas administrativas. 
Execução definit iva 
Início 
A execução definitiva será iniciada: 
1 A REQUERIMENTO das partes. 
2 
DE OFÍCIO pelo juiz ou pelo Presidente do Tribunal quando as partes não estiverem se valendo do 
jus postulandi (mudança trazida pela Reforma Trabalhista). 
Procedimento 
Sentença de liquidação 
Liquidada a sentença, é expedido o mandado de citação, penhora e avaliação (MCPA), por oficial de 
justiça e dirigida ao próprio executado (citação pessoal), para que este ↴ 
1 Realize o pagamento, OU 
No prazo de 48 horas. 
2 
Garanta o juízo (com dinheiro, bens ou seguro-garantia judicial). 
o OBS.: entidades filantrópicas não garantem o juízo. 
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P á g i n a 83 
 
 
Garantido o juízo, no prazo de 5 dias: 
1 
O executado apresenta embargos à execução. 
o Podem ser alegados o cumprimento da decisão ou do 
acordo, a quitação ou a prescrição da dívida. 
o É possível arrolar testemunhas (podendo ser realizada 
audiência dentro de 5 dias). 
Que são julgados na mesma sentença 
(sentença de execução), da qual cabe 
agravo de petição. 
2 O exequente apresenta impugnação à sentença de liquidação. 
NÃO realizado o pagamento ou NÃO garantido o juízo, seguir-se-á penhora dos bens, tantos quantos 
bastem ao pagamento da importância da condenação. Além disso, a decisão poderá ser levada a protesto, gerar 
inscrição do nome do executado em órgãos de proteção ao crédito ou no Banco Nacional de Devedores 
Trabalhistas (BNDT), após transcorridos 45 dias da citação. 
Resumindo... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SENTENÇA DE LIQUIDAÇÃO 
(trata-se, na verdade, de decisão interlocutória) 
MCPA - MANDADO DE CITAÇÃO, PENHORA E AVALIAÇÃO 
(Por oficial de justiça e dirigida ao próprio executado – citação pessoal) 
 
PARA 
PAGAR 
GARANTIR O JUÍZO 
(dinheiro, bens, seguro-garantia judicial) 
GARANTIDO O JUÍZO 
NÃO REALIZADO O PAGAMENTO 
OU NÃO GARANTIDO O JUÍZO 
O executado pode oferecer embargos à execução 
O exequente pode impugnar a sentença de liquidação 
5 dias 
Julgados na mesma 
sentença, da qual cabe 
agravo de petição 
Seguir-se-á penhora dos bens, tantos quantos 
bastem ao pagamento da quantia. 
48h 
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P á g i n a 84 
 
 
SENTENÇA
AP
(AO TRT)
RR
(AO TST - TURMA)
ETST
(AO TST - SDI)
RE
(AO STF)
Sentença de execução 
A partir da sentença de execução, segue-se o percurso já estudado: 
 
 
 
 
Garantia do juízo 
Ordem de penhora 
Nos termos do art. 882 da CLT, para a penhora de bens, deve-se observar a ordem do art. 835 do 
CPC. Assim, a LEF NÃO é utilizada de forma subsidiária nesse caso porque NÃO há lacuna na CLT. 
Dessa forma, a penhora observará, preferencialmente, a seguinte ordem: 
1 Dinheiro, em espécie ou em depósito ou aplicação em instituição financeira. 
2 Títulos da dívida pública da União, dos Estados e do Distrito Federal com cotação em mercado. 
3 Títulos e valores mobiliários com cotação em mercado. 
4 Veículos de via terrestre. 
5 Bens imóveis. 
6 Bens móveis em geral. 
7 Semoventes. 
8 Navios e aeronaves. 
9 Ações e quotas de sociedades simples e empresárias. 
10 Percentual do faturamento de empresa devedora. 
11 Pedras e metais preciosos. 
12 Direitos aquisitivos derivados de promessa de compra e venda e de alienação fiduciária em garantia. 
13 Outros direitos. 
 
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P á g i n a 85 
 
 
Bens impenhoráveis 
De acordo com o art. 833 do CPC são impenhoráveis, dentre outros: 
1 O bem de família. 
2 Os utensílios domésticos. 
SALVO se de elevado valor! 3 As vestimentas. 
4 As ferramentas de trabalho. 
5 O salário (e afins). ATENÇÃO 
A impenhorabilidade NÃO se aplica em caso de débitos 
alimentares (os créditos trabalhistas têm natureza alimentar). 
6 
A caderneta de poupança até 
40 salários-mínimos. 
Desconsideração da PJ 
Início 
Não havendo garantia do juízo e não sendo encontrados bens à penhora, é possível a instauração de 
incidente de desconsideração da personalidade jurídica: 
1 A requerimento do interessado. 
2 De ofício (apenas se a parte estiver se valendo do jus postulandi – IN 41/2018 do TST). 
Citação 
Devem ser citados para se manifestar no prazo de 15 dias: 
OS SÓCIOS E A PJ No caso de desconsideração DIRETA (para alcançar os bens dos sócios). 
A PESSOA JURÍDICA No caso de desconsideração INVERSA (para alcançar os bens da empresa). 
Recursos 
A decisão que resolve o incidente é interlocutória, logo, se proferida: 
NO PROCESSO DE CONHECIMENTO É irrecorrível. 
NA FASE DE EXECUÇÃO Cabe agravo de petição, sem garantia do juízo. 
NO TRIBUNAL, PELO RELATOR Cabe agravo interno. 
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1
•União, Estados, Municípios, Distrito Federal.
2
•Autarquias (incluindo as Agências Reguladoras) e fundações públicas.
1
•As empresas públicas (exceto os Correios, que gozam das prerrogativas da Fazenda Pública).
2
•As sociedades de economia mista.
Atos de encerramento da execução 
Transitada em julgado a sentença de execução, tendo sido garantido o juízo: 
EM DINHEIRO O juiz manda liberar a quantia. 
EM BENS 
Passa-se aos seguintes atos (macete → ALA): 
o AVALIAÇÃO – no prazo de 10 dias. 
o LEILÃO – cujo edital deverá ser publicado com antecedência mínima de 
20 dias (devendo ser publicado em jornal local e afixado na sede do juízo). 
o ARREMATAÇÃO – vencendo o maior lance, SALVO preço vil (menor que 
50% do valor de avaliação). 
O arrematante deverá realizar o pagamento: 
DO SINAL 20% do valor, imediatamente. 
DO RESTANTE No prazo de 24 horas. 
Entretanto, possuem preferência sobre a arrematação, nesta ordem: 
A REMISSÃO Ocorre quando o executado fica com o bem. 
A ADJUDICAÇÃO Ocorre quando o exequente fica com o bem. 
Execução contra a Fazenda Pública 
Abrangência 
A execução contra a Fazenda Pública abrange: 
 
 
 
Assim, NÃO estão abrangidas: 
 
 
 
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1
•Precatório
2
•Requisição de pequeno valor - RPV
Procedimento 
Liquidada a sentença, é expedido mandado de citação (e não MCPA, uma vez que NÃO há constrição e 
expropriação de bens públicos) para que a Fazenda, querendo, apresente embargos no prazo de 30 dias. 
Da sentença que julgar os embargos, CABE agravo de petição. Se desfavorável à Fazenda Pública, NÃO 
CABE reexame necessário. 
Transitada em julgado a sentença, passa-se ao pagamento, que se dará por: 
 
 
 
Precatório 
O sistema de precatórios funciona como uma “fila de espera” e observa o seguinteprocedimento: 
1 O juiz elabora o precatório e encaminha ao Tribunal. 
2 O precatório é autuado e numerado em ordem de chegada pelo Presidente do Tribunal. 
3 
O Presidente do Tribunal analisa os aspectos formais do precatório, podendo corrigir cálculos de ofício 
ou a requerimento (no último caso, a parte deve apontar o erro/inexatidão – OJ 2 do Tribunal Pleno). 
Dessa decisão (administrativa) NÃO CABE recurso (nem mesmo o RE – Súmula 733 do STF) e NÃO 
CABE remessa necessária, mas CABE mandado de segurança (OJ’s 8 e 10 do Tribunal Pleno). 
4 
Finalizados os trâmites administrativos, o Presidente do Tribunal encaminha o precatório ao Poder 
Executivo, que deverá incluí-lo no orçamento por ordem de chegada. Nesse contexto: 
o Os precatórios enviados ATÉ 2 de abril serão incluídos no orçamento seguinte. 
o Os precatórios enviados APÓS 2 de abril serão incluídos no orçamento posterior. 
Além de observar a ordem cronológica de “chegada” dos precatórios, deve ser observada, ainda, a 
seguinte ordem preferencial para pagamento: 
1 
Idosos (60 anos ou mais), pessoa com deficiência ou portador 
de doença grave – “superpreferência”. 
Até 3x o valor da RPV. 
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2 Créditos alimentares (incluindo os trabalhistas). 
3 Créditos comuns. 
Em caso de: 
1 Quebra da ordem cronológica e preferencial → cabe ordem de sequestro. 
2 Não pagamento → cabe intervenção no ente federativo. 
Requisição de pequeno valor 
Requisição de pequeno valor – RPV, até que venha uma lei específica, é o débito não superior a: 
60 SALÁRIOS-MÍNIMOS No caso da União. 
40 SALÁRIOS-MÍNIMOS No caso dos Estados. 
30 SALÁRIOS-MÍNIMOS No caso dos Municípios. 
Após o recebimento da ordem do juiz, o ente deve realizar o pagamento no prazo de 60 dias, sob pena 
de sequestro (independentemente de requerimento). 
Execução contra a massa fal ida e empresa em recuperação judicial 
EFEITOS 
A decretação da falência ou o deferimento da recuperação judicial implica: 
o SUSPENSÃO do curso da prescrição das obrigações do devedor. 
o SUSPENSÃO das execuções ajuizadas contra o devedor. 
o PROIBIÇÃO de qualquer forma de retenção, arresto, penhora, sequestro, busca 
e apreensão e constrição judicial ou extrajudicial sobre os bens do devedor, 
oriunda de demandas judiciais ou extrajudiciais cujos créditos ou obrigações 
sujeitem-se à recuperação judicial ou à falência. 
RECUPERAÇÃO 
JUDICIAL 
Deferido o plano de recuperação, deverão ser suspensos por 180 dias os processos (de 
execução) em face da empresa em recuperação. Decorrido o prazo, a execução volta 
a fluir (para a jurisprudência, se o plano de recuperação judicial estiver sendo cumprido, 
a execução deve permanecer suspensa mesmo após esse prazo). 
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FALÊNCIA 
- Apurado o valor pela Justiça do Trabalho, esta deve expedir certidão de habilitação de crédito, 
a qual deverá ser habilitada pelo reclamante no juízo universal da falência. 
- Em caso de penhora: 
o Se a arrematação ocorrer APÓS a decretação da falência, a venda é realizada pela 
Justiça do Trabalho, mas o montante vai para o juízo falimentar. 
o Se a arrematação ocorrer ANTES da decretação da falência, os valores serão 
entregues ao credor trabalhista. 
DEPÓSITO 
RECURSAL 
Em relação ao depósito recursal: 
o Ocorrido APÓS a decretação da falência ou do deferimento da recuperação judicial, o 
valor vai para o juízo falimentar. 
o Ocorrido ANTES da decretação da falência ou do deferimento da recuperação judicial, 
o valor já pertence ao exequente. 
PREFERÊNCIAS 
Na recuperação judicial (RJ): 
o O prazo para pagamento dos créditos trabalhistas NÃO pode ser superior a 1 ano. 
o Em caso de crédito estritamente salarial, vencido nos últimos 3 meses, limitado a 5 
salários-mínimos, o pagamento deverá ocorrer em até 30 dias. 
Na falência: 
o Há a preferência no pagamento do crédito trabalhista limitado a 150 salários-mínimos, 
sendo considerado crédito quirografário o que ultrapassar. 
o Em caso de créditos estritamente salariais, limitados a 5 salários-mínimos, vencidos nos 
últimos 3 meses, o pagamento deve ocorrer tão logo haja disponibilidade de caixa. 
SUCESSÃO 
- Aquisição da massa falida: o objeto da alienação estará livre de qualquer ônus e não haverá 
sucessão do arrematante nas obrigações do devedor, INCLUSIVE as derivadas da legislação 
do trabalho e as decorrentes de acidentes de trabalho. 
- Aquisição de empresa em RJ: nesse caso, há 2 correntes: 
o 1ª corrente: há sucessão dos créditos trabalhistas, uma vez que a lei deu à RJ 
tratamento diverso da falência, além de os arts. 10 e 448, da CLT, proibirem que o 
empregado seja prejudicado por alteração da estrutura da empresa. 
o 2ª corrente: não há sucessão, uma vez que a lei menciona que a alienação é livre de 
qualquer ônus, apesar que não mencionar expressamente os créditos trabalhistas. É a 
corrente adotada pelo STF. 
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P á g i n a 90 
 
 
Embargos de terceiro 
CABIMENTO 
Os embargos de terceiro são cabíveis em caso de: 
o Ameaça de constrição. 
o Constrição. 
▪ ▪ ▪ de bem de terceiro (que não é parte no processo). 
Nesse sentido, são considerados terceiros: 
o O cônjuge do executado, para a defesa de sua meação (Súmula 134 do STJ). 
o O sócio não intimado na desconsideração da personalidade jurídica. 
MOMENTO 
Os embargos deverão ser opostos: 
o Na fase de conhecimento → a qualquer tempo, antes do trânsito em julgado – 
da sentença cabe recurso ordinário. 
o Na fase de execução → até 5 dias depois da adjudicação, da alienação por um 
particular ou da arrematação – da sentença cabe agravo de petição. 
CONTESTAÇÃO A parte contrária será intimada para contestar no prazo de 15 dias. 
COMPETÊNCIA 
REGRA → a competência é do juízo que ordenou a apreensão. 
EXCEÇÃO → na execução por carta precatória, os embargos de terceiro serão 
oferecidos no juízo deprecado (“mandado”), SALVO se o bem constrito tiver sido indicado 
pelo juízo deprecante (“mandante”) OU se já devolvida a carta (Súmula 419 do TST). 
 
 
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P á g i n a 9 1 
 
 
1
• PETIÇÃO INICIAL
• O acordo deve ser apresentado por PETIÇÃO CONJUNTA 🤝 pelos advogados das partes
(necessariamente ADVOGADOS DIFERENTES para cada parte). NÃO se aplica o jus postulandi❗
2
• AUDIÊNCIA
• O juiz, no prazo de 15 dias, a partir da distribuição da petição inicial, analisará o acordo, podendo
designar audiência se entender necessário.
3
• DECISÃO
• A decisão QUE HOMOLOGA o acordo é IRRECORRÍVEL e a QUE NÃO HOMOLOGA é PASSÍVEL
DE RECURSO ORDINÁRIO (não confunda com o acordo JUDICIAL, que, quando não homologado, é
irrecorrível, por se tratar de decisão interlocutória).
PROCEDIMENTOS ESPECIAIS 
Procedimentos tipicamente trabalhistas 
Homologação de acordo extrajudicial 
A homologação de acordo extrajudicial é um procedimento de jurisdição voluntária trazido pela Reforma 
Trabalhista, que deve observar as seguintes regras: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Importante mencionar que a homologação de acordo extrajudicial NÃO EXCLUI a multa pela não 
observância do prazo de 10 dias para o pagamento das verbas rescisórias. 
 IMPORTANTE 
O procedimento de homologação de acordo extrajudicial SUSPENDE o curso do prazo prescricional (o 
prazo volta a correr pelo que resta – no dia útil seguinte ao trânsito em julgado). 
Dissídio coletivo e ação de cumprimento 
Conceito 
O dissídio coletivo é a forma jurisdicional de solução de conflitos coletivos de trabalho. 
Classificação 
O dissídio coletivo pode ser classificado da seguinte forma: 
NATUREZA ECONÔMICA Destina-se a criar novas condições de trabalho (mediante sentença normativa). 
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P á g i n a 92 
 
 
NATUREZA JURÍDICA 
Destina-se a interpretar as normas coletivas vigentes. 
o OJ 7, da SDC, do TST → Não se presta o dissídio coletivo de natureza 
jurídica à interpretação de normas de caráter genérico. 
DE GREVE Destina-se a resolversobre a procedência (ou não) das reivindicações. 
Além disso, o dissídio pode ser: 
ORIGINÁRIO Ocorre quando NÃO existem normas anteriores. 
DE REVISÃO Ocorre quando HÁ normas anteriores que se tornaram injustas ou ineficazes. 
Competência 
A competência para apreciar o dissídio coletivo é originária dos tribunais trabalhistas (TRT’s e TST), 
variando conforme a abrangência territorial do conflito. Assim, a competência será: 
DO TRT Quando o conflito abranger uma única região. 
DO TST Quando o conflito ultrapassar o limite de uma região. 
Legitimidade ativa 
Possuem legitimidade para ajuizar dissídio coletivo: 
DE NATUREZA 
ECONÔMICA E JURÍDICA 
Sindicato de categoria profissional. 
DE GREVE 
o Nas atividades não essenciais → o sindicato de categoria econômica ou 
o empregador. 
o Nas atividades essenciais → legitimidade concorrente entre o 
Ministério Público do Trabalho e o empregador. 
OBS.: as partes, no dissídio coletivo, são chamadas de suscitante e suscitado. 
Petição inicial 
A petição inicial deve ser NECESSARIAMENTE ESCRITA e dirigida ao presidente do Tribunal (que 
designará audiência de conciliação, no prazo de 10 dias, contados da distribuição). 
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P á g i n a 93 
 
 
SENTENÇA 
NORMATIVA
DÍSSIDO DE 
NATUREZA 
ECONÔMICA
COMUM 
ACORDO
Sentença normativa 
Conforme o art. 114, § 2º, da CRFB/88, recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à 
arbitragem, é facultado às mesmas, DE COMUM ACORDO (exigência declarada constitucional pelo STF – TEMA 
841 – RG), ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito. 
A sentença proferida pela Justiça do Trabalho é denominada sentença normativa, uma vez que ela 
estabelece normas gerais e abstratas com regras de condutas para as relações de trabalho discutidas. Assim, 
sentença normativa é decisão proferida no dissídio coletivo de natureza econômica que materializa a função 
normativa da Justiça do Trabalho (função atípica). Dessa forma: 
 
 
 
Recursos 
Das sentenças proferidas pelo: 
TRT Cabe recurso ordinário para o TST. 
TST Cabe embargos ao TST, em caso de decisão não unânime (são julgados pela SDC). 
Ação de cumprimento 
Cabe ajuizamento da ação de cumprimento para fazer cumprir: 
1 Negociação coletiva (ACT e CCT). 
2 Sentença normativa. 
A competência para o julgamento é do juiz do trabalho. 
SÚMULA 246 DO TST 
É DISPENSÁVEL o trânsito em julgado da sentença normativa para a propositura da ação de cumprimento. 
De acordo com a Súmula 397 do TST, reformada a sentença normativa, a decisão proferida na ação de 
cumprimento deve ser atacada por simples petição (exceção de pré-executividade) e, em caso de 
descumprimento, é cabível mandado de segurança. Assim, NÃO cabe ação rescisória. 
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P á g i n a 94 
 
 
Inquérito para apuração de falta grave 
CABIMENTO 
O inquérito para apuração de falta grave é cabível para a apuração de falta cometida 
por empregado detentor de estabilidade. 
EMPREGADOS 
Demanda inquérito a demissão dos seguintes empregados: 
o Estável decenal. 
o Dirigente sindical. 
o Representante dos empregados no CNPS. 
o Diretor eleito em sociedade cooperativa de empregados. 
Os demais empregados estáveis – ex.: gestante, acidentado e representante dos 
empregados na CIPA – demandam apenas justa causa, sem inquérito. 
SUSPENSÃO A suspensão do empregado é uma FACULDADE do empregador. 
REQUISITOS 
O inquérito deve ser ajuizado: 
o No prazo de 30 dias, contados da suspensão. 
o Em petição necessariamente escrita. 
TESTEMUNHAS É possível arrolar 6 testemunhas para cada parte. 
CARÁTER DÚPLICE 
O inquérito tem natureza dúplice. Assim: 
o Em caso de procedência → há a dispensa por justa causa. 
o Em caso de improcedência → o empregador será condenado a reintegrar o 
empregado e a pagar seu salário e demais vantagens. 
Ações de natureza constitucional 
Mandado de segurança 
PREVISÃO 
CONSTITUCIONAL 
Art. 5º, LXIX, da CRFB/88 → conceder-se-á mandado de segurança para proteger 
direito líquido e certo, não amparado por "habeas-corpus" ou "habeas-data", quando o 
responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de 
pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público. 
Regulamentado pela Lei n. 12.016/09. 
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P á g i n a 95 
 
 
ÂMBITO 
TRABALHISTA 
No âmbito trabalhista, o art. 114, IV, da CRFB/88, prevê a competência da Justiça do 
Trabalho para processar e julgar mandados de segurança, quando o ato questionado 
envolver matéria sujeita à sua jurisdição. 
COMPETÊNCIA 
A competência varia conforme a autoridade coatora: 
o Auditor fiscal do trabalho, superintendente regional do trabalho, membro do 
MPT → quem julga é o juiz do trabalho. 
o Juiz → quem julga é o TRT. 
o TRT → quem julga é o próprio TRT. 
o TST → quem julga é o próprio TST. 
PRAZO 
O prazo decadencial é de 120 dias da ciência do ato. 
o SÚMULA 632 DO STF → É constitucional lei que fixa o prazo de decadência 
para a impetração do mandado de segurança. 
HONORÁRIOS 
Quanto aos honorários, há as seguintes súmulas: 
o SÚMULA 512 DO STF → NÃO cabe condenação em honorários de advogado 
na ação de mandado de segurança. 
o SÚMULA 105 DO STJ → Na ação de mandado de segurança NÃO se admite 
condenação em honorários advocatícios. 
RECURSO 
De acordo com a Súmula 201 do TST, da decisão de TRT em mandado de segurança 
cabe recurso ordinário, no prazo de 8 dias, para o TST, e igual dilação para o recorrido 
e interessados apresentarem razões de contrariedade. 
TUTELA 
PROVISÓRIA 
De acordo com a Súmula 414 do TST, se a tutela provisória for concedida: 
o Antes da sentença → cabe MS, pois não há recurso próprio. 
o Na sentença → não cabe MS. 
Ação civi l públ ica 
REGULAMENTAÇÃO 
A Lei n. 7.347/85, em seu art. 1º, IV, dispõe que a ACP poderá ser utilizada para a 
responsabilização por danos causados a qualquer outro interesse difuso ou coletivo. 
Esse é o fundamento para utilização do instrumento em âmbito trabalhista. 
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P á g i n a 96 
 
 
LEGITIMIDADE 
Têm legitimidade para propor a ação principal e a ação cautelar: 
1) O Ministério Público (do Trabalho). 
2) A Defensoria Pública. 
3) A União, os Estados, o DF e os Municípios. 
4) A autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista. 
5) A associação que, concomitantemente: 
o Esteja constituída há pelo menos 1 ano nos termos da lei civil. 
o Inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao patrimônio público e 
social, ao meio ambiente, ao consumidor, à ordem econômica, à livre 
concorrência, aos direitos de grupos raciais, étnicos ou religiosos ou ao 
patrimônio artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico. 
ATUAÇÃO DO MP O Ministério Público do Trabalho atuará como parte ou fiscal da lei. 
ORIGEM 
A ACP pode se originar: 
o De reclamação administrativa. 
o De denúncia. 
o De prova emprestada de processo judicial. 
o De investigação do MPT (inquérito civil). 
Ações de natureza civi l 
Consignação em pagamento 
CABIMENTO 
De acordo com o art. 335 do CC/02, a consignação tem lugar: 
o Se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou 
dar quitação na devida forma. 
o Se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição devidos. 
o Se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado ausente, ou 
residir em lugar incerto ou de acesso perigoso. 
o Se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto da obrigação. 
o Se pender litígio sobre o objeto do pagamento. 
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P á g i n a 97 
 
 
ÂMBITO 
TRABALHISTA 
No âmbito trabalhista, a hipótese mais comum é a proposta de consignação em 
pagamento pelo empregador em face dos dependentes do empregado falecido. 
COMPETÊNCIA A competência para processar e julgar a ação é do juízo trabalhista de 1º grau. 
Ação monitória 
CABIMENTOTrata-se de ação de conhecimento proposta por quem, com base em prova escrita 
sem eficácia de título executivo, tiver direito de exigir do devedor capaz o pagamento: 
o De quantia em dinheiro. 
o A entrega de coisa fungível ou infungível ou de bem móvel ou imóvel. 
o O adimplemento de obrigação de fazer ou de não fazer. 
ÂMBITO 
TRABALHISTA 
De acordo com a doutrina e a jurisprudência, se a controvérsia for oriunda da relação 
de trabalho, é cabível a ação monitória perante a Justiça do Trabalho. 
COMPETÊNCIA A competência para processar e julgar a ação é do juízo trabalhista de 1º grau. 
Ação rescisória 
APLICAÇÃO DO 
CPC 
Aplica-se o CPC, EXCETO quanto ao depósito prévio, que será de 20% do valor do 
recurso, SALVO miserabilidade jurídica. 
CABIMENTO 
A decisão de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida quando: 
o Se verificar que foi proferida com prevaricação, concussão ou corrupção do juiz. 
o For proferida por juiz impedido ou por juízo absolutamente incompetente. 
o Resultar de dolo ou coação do vencedor em detrimento do vencido ou, ainda, de 
simulação ou colusão entre as partes, a fim de fraudar a lei (proposta pelo MPT). 
o Ofender a coisa julgada. 
o Violar manifestamente norma jurídica. 
o For fundada em prova cuja falsidade tenha sido apurada em processo criminal ou 
venha a ser demonstrada na própria ação rescisória. 
o Obtiver o autor, posteriormente ao trânsito em julgado, prova nova cuja existência 
ignorava ou de que não pôde fazer uso, capaz, por si só, de lhe assegurar 
pronunciamento favorável. 
o For fundada em erro de fato verificável do exame dos autos. 
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P á g i n a 98 
 
 
PRAZO A ação rescisória deverá ser proposta no prazo decadencial de 2 anos. 
COMPETÊNCIA 
A competência para processar e julgar a ação é do: 
o TRT → para desconstituir sentença proferida por juiz do trabalho. 
o TRT → para desconstituir acórdão do próprio TRT. 
o TST → para desconstituir acórdão do próprio TST. 
RECURSO Ação rescisória no TRT → cabe RO para o TST. 
 
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