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2 - Leishmaniose Tegumentar Americana

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Leishmaniose 
Tegumentar 
Americana
Centro Universitário do Rio São Francisco – UniRios
Curso Superior de Bacharelado em Enfermagem
Parasitologia Humana
Prof. Esp. Nicole Ribeiro.
Paulo Afonso, 2024.
introdução
Enfermidades causadas por protozoários da família
Trypanosomatidae, gênero Leishmania, que acometem pele
e mucosas do homem e de diferentes animais.
São transmitidas pela picada de diversas espécies de
flebótomos (Lutzomya e Psychodopygus)
A infecção se caracteriza pelo parasitismo das células do
sistema fagocítico mononuclear (SFM) da derme e das
mucosas (Monócitos, Histiócitos e Macrófagos).
histórico
Era conhecida pelos viajantes
como “botão-do-oriente”
Em 1908, durante a
construção da Estrada de
Ferro Noroeste do Brasil, em
São Paulo, ocorreram
numerosos casos,
principalmente na cidade de
Bauru, ficando conhecida
como úlcera de Bauru.
importância
A incidência da leishmaniose tegumentar no mundo tem em
torno de 1,5 milhão de casos novos a cada ano.
Os 10 países com maior número de casos são:
Afeganistão Argélia Brasil Colômbia Costa Rica
Etiópia Irã Peru Sudão Síria
Agente etiológico
A Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) é uma doença
causada por diferentes espécies de parasitos do gênero
Leishmania, pertencentes aos subgêneros:
Protozoário com ciclo heteroxeno, sendo hospedeiro um
invertebrado e outro vertebrado.
Viannia Leishamania
Agente etiológico
Espécies que provocam a leishmaniose tegumentar em
humanos, particularmente as que ocorrem no Brasil:
▪ Leishmania (Viannia) braziliensis
▪ Leishmania (Viannia) guyanensis
▪ Leishmania (Viannia) lainsoni
▪ Leishmania (Viannia) shawi
▪ Leishmania (Viannia) naiffi
▪ Leishmania (Leishmania) amazonensis
morfologia
Amastigosta Promastigota
hospedeiros
Hospedeiro Invertebrado
• Insetos da ordem Diptera, família
Psychodidae, subfamília
Phlebotominae, gênero Lutzomyia.
• Conhecido como: mosquito-palha
Flebotomíneos contaminados
hospedeiros
Hospedeiros Vertebrados
• Roedores;
• Edentados (tatu, tamanduá,
preguiça);
• Marsupiais (gambá);
• Canídeos;
• Humanos.
Ciclo biológico
patogenia
• As formas promastigostas são inoculadas na derme durante o
repasto sanguíneo do flebotomíneo.
• Células fagocitárias são atraídas para o local;
• Promastigotas se transformam em amastigostas e têm divisão
binária, atraindo mais macrófagos onde se fixam na derme e
são infectados;
• A lesão inicial é principalmente de linfócitos e de macrófagos
na derme.
Período de incubação
• Tempo entre a picada e o aparecimento de lesão inicial, varia
entre 2 semanas e 3 meses.
Formas clínicas
Leishmaniose cutânea (LC)
Leishmaniose cutaneomucosa (LCM)
Leishmaniose cutânea difusa (LCD)
Formas clínicas
Leishmaniose Cutânea (LC)
Caracterizada pela formação de úlceras únicas ou múltiplas confinadas na derme
com a epiderme ulcerada. A densidade de parasitos nos bordos da úlcera formada
é grande na fase inicial.
Formas clínicas
Leishmaniose Cutaneomucosa (LCM)
Esta forma é conhecida por espúndia e nariuz de tapir ou de anta. Trata-se de um
processo lento de curso crônico. As regiões mais comuns afetadas são nariz,
faringe, a boca e a laringe. O primeiro sinal de comprometimento mucoso
manifesta-se por eritema e discreto infiltrado inflamatório no septo nasal,
resultando em coriza e posteriormente em um processo ulcerativo.
Formas clínicas
Leishmaniose Cutânea Difusa (LCD)
Caracteriza-se pela formação de lesões difusas não ulceradas por toda a pele,
contendo grande número de amastigotas. Envolve amplas áreas da pele,
particularmente extremidadese e outras partes expostas, onde numerosas
erupções papulares ou nodulares são vistas.
Formas clínicas Resumo
diagnóstico
Em base nas caracteristicas da lesão que o paciente apresente.
▪ Lesão papulosa, arredondada, no local da picada
▪ Lesões disseminadas, de bordas elevadas e eritematosas
▪ Úlceras geralmente indolores
▪ Pápulas inflamadas e enduração subcutânea
▪ Ocasionalmente exsudato amarelado
▪ Ainda: apresentações verrucosas, framboesóide, tuberosa, nodular-
hipodérmica, pápulo-folicular.
Clínico
diagnóstico Laboratorial
Pesquisa do parasito
▪ Exame direto de esfregaços
corados;
▪ Exame histopatológico;
▪ Cultura;
▪ Inóculo em animais.
Pesquisa do DNA 
do parasito
Métodos imunológicos
Métodos para a avaliação da
Resposta Celular:
▪ Teste de Montenegro
Métodos para a avaliação da
Resposta Humoral
▪ Reação de Imunofluorescência
Indireta (RIFI)
tratamento
▪ Antimoniais Pentavalentes: Antimoniato de N-metilglucamina
Em casos de resistência ao tratamento, situações que o antimonial é contra
indicado e em casos de coinfecção com o vírus HIV, podem-se utilizar o:
• Isotianato de pentamidina
• Anfotericina B desoxicolato ou Anfotericina B lipossomal
▪ Imunoterapia - alternativa
Obrigada!

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