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5 Senso comum e conhecimento científico 1. O que é conhecimento sintético a priori? A. Conhecimento universal e necessário. O conhecimento sintético a priori é aquele universal e necessário e independe da experiência. 2. O que é metafísica? A. Conhecimento epistemológico. Ramo da filosofia que trata da realidade, natureza, espaço e aspecto cognitivo. 3.Qual a relação dos conceitos de "a priori" e senso comum? B. Conhecimento prévio. O conhecimento prévio é composto de conceitos anteriores ao conhecimento empírico. 4. O que são perspectivas, na teoria de Kant? E. Visão individual. A visão individual é o conhecimento que cada sujeito tem. 5. O que são faculdades ativas? B. Entendimento. É a compreensão cognitiva. 6. Instrumentos do Saber 1. Há diversas versões do dualismo, diferindo entre si em importantes aspectos. Na versão mais direta e historicamente proeminente, os estados mentais são estados de uma coisa, entidade ou substância: a mente. Os estados físicos ou materiais, por sua vez, são estados de uma coisa, entidade ou substância separada: o corpo. Qual é o nome dessa versão do dualismo? E. Dualismo de substância. Na versão dualista da substância, o ser humano é um tipo de parelha composta por dois elementos separados, operando (ou aparentemente operando) em conjunto. 2. Na versão dualista da substância, a mais direta e historicamente proeminente, o ser humano é um tipo de parelha composta de dois elementos separados, operando - ou aparentemente operando - em conjunto. Qual é o filósofo que defendeu essa dualidade do ser humano? D. René Descartes. René Descartes é defensor da versão dualista da substância, segundo a qual os estados mentais são estados de uma coisa, entidade ou substância: a mente. Os estados físicos ou materiais são estados de uma coisa, entidade ou substância separada: o corpo. 3. O dualismo de atributo é a visão segundo a qual existem dois tipos fundamentalmente diferentes de atributos, propriedades ou características no ser humano, quer dizer, os atributos mentais ou espirituais e os materiais ou físicos - todos eles são atributos da mesma coisa ou substância subjacente. Essa substância é aquilo a que nos referimos como corpo, ou, mais provavelmente, uma parte do corpo, isto é, o cérebro. Para os defensores dessa tese, a substância em questão não é puramente material nem puramente mental, uma vez que apresenta ambas as propriedades. Quem são os pensadores que defendem essa tese? C. Frank Jackson e David Chalmers. Pensadores como Frank Jackson e David Chalmers optaram pela versão do dualismo de atributo ou propriedade, em função das dúvidas a respeito de haver uma concepção clara do que seria uma substância mental ou espiritual como distinta de seus estados e propriedades. 4. Como é denominada a concepção de que não há atributos que não sejam os materiais, de modo que a mente e seus estados mentais são, em certo sentido, inteiramente redutíveis aos corpos e aos estados materiais? B. Materialismo. O materialismo se opõe ao dualismo, ou seja, argumenta que não existe mente independente do corpo. 5. Os estados e processos mentais nada mais são do que os estados e processos neurofisiológicos do cérebro. Que teoria essa afirmação está revelando? A. Teoria da identidade. A teoria da identidade é uma teoria de cunho materialista também conhecida como materialismo do estado central. 7 A Condição humana 1. Para Kant, o que é a razão empiricamente condicionada? A. A razão agindo a serviço de desejos não racionais. A razão do homem não é tão forte quanto suas emoções e seus sentimentos. 2. O que são inclinações naturais das pessoas? B. São ações voltadas a fundamentar a moral e a ética. Não é razão empiricamente condicionada, pois a condição do homem está ligada à racionalidade. 3. Qual o conceito de metafísica dos costumes? E. Princípios morais válidos a priori para todo o ser racional. Todos os princípios são para todos os seres humanos, não pode haver “exceções”. 4. Qual o valor fundamental para Kant nas relações de conduta do homem? D. A dignidade humana. Respeito aos valores e às condições do ser humano. 5. O que significa, na teoria de Kant, a antropologia prática? B. Estudo empírico da natureza humana. Estudo comprovado ao qual os princípios da natureza humana são aplicados. 8. A ideologia na escola 1. No século XX, diversos autores se dispuseram a compreender as ideologias e seus efeitos sociais e políticos, considerando as diferentes formas de influência, da coerção à propaganda via comunicação de massa. Considerando essas informações, assinale a alternativa que indica os três autores que produziram críticas referentes às questões associadas à distribuição de conhecimento e à criação de desigualdade citados por Michel Apple. A. Bourdieu, Bernstein, Young. Bourdieu, Bernstein e Young são os três autores conhecidos por suas críticas aos sistemas ideológicos que não permitem acesso igualitário aos conhecimentos científicos. Já Paulo Freire, embora tenha tecido críticas aos sistemas ideológicos nas escolas, não é citado por Michel Apple. Brandão e Rubem Alves são também sérios críticos da ideologia. No entanto, também não são citados por Michel Apple. Freud, por sua vez, foi psicanalista e não se ocupou com questões ideológicas nas escolas. 2. A análise do desempenho escolar pode, em si, ser modulada pelo enviesamento ideológico sobre a funcionalidade da educação e do conhecimento — afinal, o conhecimento transmitido nas escolas deverá funcionar para emancipar os sujeitos ou conformá-los segundo as estruturas de poder vigentes. Considerando a análise proposta por Terry Eagleton na obra Ideologia: uma introdução (1997), assinale a alternativa que identifica três fatores que afetam o desempenho escolar. B. A condição social originária dos estudantes (poder aquisitivo, raça/etnia, sexo/gênero, etc.); a dificuldade em propiciar um conjunto de recursos necessários ao bom desempenho escolar; e um sistema de ensino que beneficia quem tem mais recursos e prejudica quem tem menos recursos. A condição social originária dos estudantes (poder aquisitivo, raça/etnia, sexo/gênero, etc.) pode ser considerada um fator determinante para o desempenho escolar, mas o Estado pode também influenciar esse desempenho quando há a dificuldade em propiciar um conjunto de recursos necessários ao bom desempenho escolar. Por fim, a desigualdade social pode se refletir no sistema de ensino que beneficia quem tem mais recursos e prejudica quem tem menos recursos. A falta de esforço dos estudantes não pode ser considerada como causa, mas como sintoma de um conjunto de fatores que influenciam o desempenho escolar. De acordo com Eagleton, o esforço dos estudantes e as possibilidades de privatização não se refletem no desempenho de estudantes de forma direta. 3. Os espaços de poder são ocupados por representantes do poder hegemônico, que detêm os privilégios ou buscam a formação de um novo sistema de privilégios. De acordo com Michael Young, na obra Teoria do currículo: o que é e por que é importante (2014), aqueles que estão em situação de poder buscam definir o que pode ser legitimado como conhecimento e quais os grupos sociais poderão acessar tal conhecimento. De acordo com a proposta de Young, a escola: E. atua na reprodução de ideologias. A afirmação feita por Michael F. D. Young (2014) aponta para a função ideológica da escola como reprodutora do status do sistema vigente, especialmente na definição e na compartimentação dos elementos e conceitos a serem oferecidos como essenciais aos estudantes para a inserção e a navegabilidade na sociedade. A escola, portanto, não estaria isenta das ideologias dominantes, mas as sustentaria. Desse modo, não pode ser descrita como um espaço ideológico neutro. Por outro lado, não pode ser considerada como espaço que corrobora com a opressão de grupos sociais marginalizados porque suas estruturase ferramentas podem ser orientadas para a emancipação social. Dessa forma, a escola tem aptidão para a ruptura com os padrões ideológicos de dominação quando orientada para tal. 4. A função da escola e a definição de suas práticas podem ser a origem de questionamento por pensadores que desejam compreender seu papel na produção e na reprodução de sistemas hegemônicos de poder. Michael Apple, na obra Ideologia e currículo (2006), questiona por que as escolas fazem o que fazem, isto é, por que continuam reproduzindo ideologicamente um sistema econômico, social e político desigual e voltado essencialmente para a formação qualificada e potente da técnica. Considerando essas informações, marque a alternativa correta. C. De acordo com o autor, é devido às formas políticas e econômicas que agora estão estabelecidos os princípios sobre os quais a vida diária é organizada. Esse processo reprodutivo se tornou uma necessidade “lógica” para a manutenção de uma ordem social desigual. De acordo com Michael Apple (2006), o sistema vigente (econômico, político e social) da nossa sociedade, da forma que foi organizado e estruturado, fez com que fosse quase impossível alterá-lo. Portanto, tornou-se uma necessidade “lógica” manter uma ordem social desigual. Segundo o autor, os educadores não sabem como lidar com problemas sociais. Ele ressalta a necessidade de os professores levarem mais a sério os compromissos políticos e econômicos que guiam os teóricos da reprodução. Apple (2006) não cogita a estabilidades das ações da escola como exposta na questão para a concepção ideológica nesse campo, ele menciona que uma das causas poderia ser a relação de forças, mas que ele prefere ver por outro viés. O autor até menciona a possibilidade de uma análise educacional séria que pudesse exigir uma teoria coerente por parte do sistema governamental do qual se faz parte, mas não com a responsabilização integral apenas das ações do governo, como em políticas públicas, porque a escola também cumpre este papel. Apple faz menção ao pensamento de Raymond Williams no segundo capítulo do livro Ideologia e currículo (2006), porém, salientando o quanto a educação e a cultura estão atreladas e submissas a questões políticas, sociais e econômicas. 5. As regras sociais e econômicas constitutivas ou subjacentes fazem com que seja essencial que os currículos centrados em disciplinas sejam ensinados e que o status de alto nível seja dado ao conhecimento técnico. Isso ocorre em grande parte pela função seletiva do ensino. Desse modo, é mais fácil estratificar os indivíduos de acordo com “critérios acadêmicos” quando se usa o conhecimento técnico. Tal estratificação ou agrupamento é, em parte, importante, pois nem todos os indivíduos são vistos como detentores da capacidade de contribuir para a geração da forma exigida de conhecimento. Assim, segundo Michael Apple na obra Ideologia e currículo (2006), o conteúdo cultural (conhecimento legítimo ou de alto status) é utilizado como: D. um mecanismo ou filtro para a estratificação econômica. Michael Apple (2006) argumenta que a escola reproduz de forma sutil as desigualdades econômicas vigentes e, por isso, se torna um mecanismo para a estratificação social. Para o autor, a escola apenas forma uma classe trabalhadora que servirá de forma alienada aos interesses da classe dominante, ao passo que a estrutura da escola não consegue propiciar plena formação a todos os estudantes. O autor não se refere à escola como formadora de cientistas, mas como um agente que reproduz as desigualdades.