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teorico 5 ESTETICA CIRURGICA

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Estética e Cirurgia
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Mestra Paula Carvalho
Revisão Textual:
Prof.ª Esp. Kelciane da Rocha Campos
Cosméticos Reparadores
• Barreira Cutânea e Hidratação;
• Cosméticos Reparadores;
• Bandagens;
• Curativos e Acessórios Pré e Pós-Cirúrgicos.
• Conhecer os ativos mais indicados e associações de protocolos no pré e pós-operatório.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Cosméticos Reparadores
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de 
aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Cosméticos Reparadores
Barreira Cutânea e Hidratação
Até aqui vimos que nas cirurgias plásticas os sistemas linfático e venoso sofrem 
muitas alterações, por isso não podemos nos esquecer de que a epiderme, princi-
palmente a camada córnea, sofre também alterações, como descamação, desidra-
tação e às vezes até o surgimento de acne.
Sendo assim, no pós-operatório podemos também fazer uso de cosméticos re-
paradores, que irão refazer o manto hidrolipídico, melhorar a elasticidade da pele, 
hidratar, contribuindo com o processo de cicatrização.
Não podemos nos esquecer de que enquanto a cicatriz estiver aberta, o uso des-
tes cosméticos é contraindicado e para nossa segurança e segurança do cliente, o 
ideal é sempre esperar a liberação médica.
Para melhor compreensão destes cosméticos, precisamos relembrar a barreira 
cutânea, sua composição e suas funções.
A barreira íntegra é formada pelo estrato córneo, cuja composição é feita prin-
cipalmente de água e óleo. A parte aquosa é aproximadamente 15%, pois a maior 
parte encontra-se na derme. Os corneócitos são células achatadas e envoltas por 
proteínas altamente reticuladas e por lipídeos. Já a parte oleosa é formada por 
grânulos lamelares, que são vesículas transportadoras de lipídeos da camada supra-
basal para a camada córnea (colesterol, ceramidas e fosfolipídeos), onde se forma 
uma bicamada lipídica. Estes lipídeos são referentes a 10% do peso seco do estrato 
córneo. Os desmossomas e corneodesmossomas são proteínas especializadas que 
geram aderência em tecidos estratificados, e ainda temos os grânulos de querato 
hialina, que é a queratina unida por outras proteínas (filagrina) e que forma o NMF.
Existem dois tipos de barreiras que podem trabalhar ou não ao nosso favor: a 
barreira hidrolípica, que é nosso hidratante natural, e a barreira proteica, que é um 
escudo de proteção.
A barreira proteica é firme, constituída essencialmente por queratina. A substân-
cia essencial para a queratinização é a filagrina, que fixa a queratina junto a outras 
proteínas, criando a camada córnea.
A filagrina é produzida pela camada granular, onde se transforma em grânulos 
de querato hialina. Ela é um dos pilares mais importantes da hidratação, mantendo 
os queratinócitos em estado viável para assegurar sua síntese.
A barreira hidrolipídica é formada pelas camadas espinhosa e granular, que 
produzem grânulos ricos em lipídeos, sendo o mais importante a esfingosina. Estes 
lipídeos ocupam 20% do espaço intercelular, eles formam uma barreira semiperme-
ável; assim, cosméticos com os óleos corretos têm mais afinidade com essa região. 
A enzima transglutaminase age como cola, formando este invólucro.
Portanto, o que faz a pele permanecer saudável, macia, com flexibilidade e elas-
ticidade é o equilíbrio que existe no mecanismo de sua hidratação, na capacidade 
8
9
que o organismo tem de promover a renovação celular nas substâncias que com-
põem a epiderme para um bom funcionamento do mecanismo de hidratação; a 
camada córnea deve ser capaz de reter água, de modo que sua taxa de evaporação 
sempre se mantenha em um nível normal.
As funções da barreira epidérmica são:
• TEWL – limita a perda de água e eletrólitos;
• Força mecânica e rigidez à epiderme;
• Barreira antimicrobiana – pH levemente ácido;
• Hidratação – NMF.
• TEWL: perda de água transepidermal.
• NMF: fator natural de hidratação da pele.
• pH: potencial de hidrogênio.
• RLs: radicais livres.
Ex
pl
or
Quanto mais estas funções estiverem equilibradas, melhor será o processo de 
cicatrização e recuperação cicatricial.
Figura 1 – Padrão brick & mortar do estrato córneo (barreira cutânea)
Fonte: ADDOR & AOKI, 2010
Estrutura de hidratação da pele, formada por uma parte celular e proteica e 
por uma parte lipídica.
A hidratação ocorre por osmose, que é a passagem espontânea de um solvente 
por uma membrana semipermeável, indo de uma solução menos concentrada (ou 
um solvente puro) para uma solução mais concentrada (menos diluída).
Os tipos são: 
• Emolientes: capazes de “preencher as fendas” entre os corneócitos, retendo 
água nesta camada, por aumentar a coesão celular;
• Reparadores proteicos: reparam estruturas proteicas dérmicas danificadas ou 
estimulam a produção das mesmas;
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UNIDADE Cosméticos Reparadores
• Umectantes: retêm água na camada córnea, seja por atraí-la da derme, seja 
por atraí-la do meio externo;
• Oclusivos: retardam a evaporação e perda d’água epidérmica através da for-
mação de um filme hidrofóbico.
Eles são os que mais atendem às necessidades de reparação, pois tornam a pele 
íntegra para uma ótima recuperação e também podem ser aplicados nas cicatrizes, 
caso o médico libere.
Cosméticos Reparadores
No processo de recuperação do tecido, algumas classes de cosméticos são 
fundamentais. Entre elas, podemos citar os antioxidantes, hidratantes, vitaminas 
e fatores de crescimento. Já no pós-tardio, dependendo da cirurgia, podemos ob-
servar flacidez cutânea, como, por exemplo, na lipoaspiração, e também cicatriz 
hipercrômica. Nestes casos, ainda podemos recorrer ao auxílio dos cosméticos 
firmantes e clareadores.
Os princípios ativos estão ligados diretamente à ação principal do cosmético, 
definindo e direcionando o tratamento estético.
Ativos antioxidantes – precisamos nos lembrar aqui dos Radicais Livres, que são 
moléculas instáveis pelo fato de seus átomos terem um número ímpar de elétrons. 
Para que estas moléculas fiquem estáveis, elas reagem com as células que encon-
tram para roubarem o elétron que está faltando, gerando, assim, uma reação em 
cadeia, pois ao retirar o elétron da célula, esta se tornará outro radical livre. Esse 
processo fica exacerbado em situações de estresse comouma cirurgia. Todo pro-
cesso inflamatório desencadeia um aumento na produção de RLs.
O corpo produz antioxidantes para combatê-los, mas o problema é quando a 
produção dos antioxidantes é menor do que a de RLs. E então eles geram a oxida-
ção dos lipídios das membranas celulares, dificultando o metabolismo e desacele-
rando o processo de reparação tecidual, no caso das cirurgias plásticas.
Esquema de formação de Radicais Livres (RLs): http://bit.ly/2OGcTlw
Ex
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or
Aprenda mais sobre os radicais livres: https://youtu.be/9mdhfRfZoYI
Ex
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Os ativos antioxidantes, também chamados de antirradicais livres, são substân-
cias capazes de neutralizar um radical livre, doando o elétron de que eles precisam.
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Vejamos alguns:
• Coenzima Q10: capta os RLs e é estimulante do sistema imunológico. Encon-
trada na sardinha e amendoim;
• Extrato de chá verde: além de antioxidante, também é um anti-inflamatório e 
protege a pele contra a ação carcinogênica do UVB;
• Ginkgo biloba: antioxidante, atua no sistema circulatório e no metabolis-
mo celular. Excelente no pós-operatório para acelerar a evolução do edema 
e equimose;
• Extrato de semente de uva: antioxidante natural, protege a pele das ações 
da radiação solar;
• Idebenona: derivada da Coenzima Q10, tem peso molecular baixo e consegue 
atravessar até a derme, neutralizando os RLs.
Os ativos hidratantes garantem quantidade adequada de água em todas as cama-
das da pele e a recuperação da mesma, principalmente nos processos cicatriciais. 
A pele tem mecanismos de hidratação natural, como a secreção das glândulas sebá-
ceas e sudoríparas, que formam o manto hidrolipídico, nosso hidratante natural. A 
hidratação natural da pele pode ser influenciada pela quantidade de água ingerida, 
pela umidade do meio e pela capacidade do estrato córneo de manter essa água.
Quanto mais hidratada antes da cirurgia a pele estiver, melhor será para a realiza-
ção das incisões cirúrgicas, e no pós-operatório mais rápido ocorrerá a recuperação 
do tecido. A hidratação também garante a saúde da pele, visto que a pele desidratada 
se comporta como uma pele sensível, que apresenta prurido, descamação, vermelhi-
dão e fissuras, que atrapalham no resultado final das intervenções estéticas.
Vejamos as características de alguns ativos hidratantes:
• Aquaxyl: harmoniza o fluxo hídrico da pele, melhorando as reservas de água 
e diminuindo a perda de água transepidérmica;
• Alantoína: derivada do confrei, possui ação hidratante e cicatrizante. Ótima 
para recuperar ferimentos;
• Aloe vera: hidratante, calmante, anti-inflamatória e protetora. Quando asso-
ciada a filtros solares, tem ação regeneradora;
• Aquaporine active: aumenta a produção dos canais de aquaporina, restau-
rando o fluxo natural de água na pele;
• Ácido hialurônico: com baixo peso molecular, tem também poder preenche-
dor e com alto peso molecular forma um filme de hidratação na pele.
Importante!
As aquaporinas são proteínas transmembranáceas que permitem o transporte de mo-
léculas de água através da membrana plasmática das células. São expressas tanto nas 
células epiteliais como endoteliais.
Você Sabia?
11
UNIDADE Cosméticos Reparadores
E para que a pele possa se refazer e se recuperar, ela precisa também de subsí-
dios, pois todo o metabolismo estará acelerado, principalmente nos primeiros 21 
dias, em que a fibrinogênese está ocorrendo para reparar o tecido. As vitaminas 
são muito importantes nesse processo, pois medeiam várias reações enzimáticas 
importantes para a fisiologia celular. Elas possuem ação regenerativa, antioxidantes 
e hidratante.
• Vitamina E: antioxidante natural que protege a membrana celular;
• Vitamina C: neutraliza os RLs, ajuda a conservar a vitamina E, estimula a pro-
dução de colágeno e dependendo da concentração, ainda pode clarear a pele;
• Vitamina B3: nicotinamida, realiza a síntese de coenzimas, regula a produção 
de lipídios;
• Vitamina B1: tiamina, essencial para o metabolismo celular;
• Vitamina B2: riboflavina, atua nas reações de respiração celular, envolvidas 
no metabolismo energético;
• Vitamina B5: pantenol, auxilia nos processos de regeneração epidérmica e 
cicatrização;
Podemos citar ainda o Óleo de girassol, que é um excelente hidratante, re-
generador e cicatrizante, ideal para ser utilizado em cicatrizes, quando liberado 
pelo médico.
Fatores de Crescimento (FC) são moléculas biologicamente ativas, que regulam 
direta e externamente o ciclo celular. Essas proteínas atuam em nível de membrana 
celular, provocando uma cascata bioquímica que leva à sua ação direta no núcleo 
da célula, promovendo a gênica. Diversas células epidermais e epiteliais produzem 
essas moléculas, tais como os macrófagos, fibroblastos e queratinócitos, que além 
de produzirem os fatores também são ativadas por eles. Vimos, lá no capítulo que 
trata sobre cicatrização, que os FC estão presentes e também podemos contar com 
eles no uso tópico para acelerar o processo. Existem vários fatores de crescimento, 
dentre eles podemos citar:
• PDGF: atua na proliferação de fibroblastos;
• EGF: um estudo in vitro realizado em porcos acarretou um aumento dose-
-dependente da espessura do tecido de granulação e a reepitelização de feridas 
de espessura parcial;
• aFGF e bFGF (fator de crescimento fibroblástico ácido e básico, respecti-
vamente): possuem importante função no processo de reparo, principalmente 
estimulando a angiogênese;
• TGFβ (fator transformador do crescimento): reparo, principalmente na mi-
gração de células inflamatórias para o sítio da lesão, na diferenciação de fi-
broblastos em miofibroblastos e no processo de angiogênese pela indução da 
expressão de proteínas da matriz extracelular.
12
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Em suma, os fatores de crescimento atuam em vários processos fisiológicos, 
destacando-se no processo de cicatrização com consequente reepitelização a partir 
da substituição das estruturas desorganizadas do colágeno tipo III e elastina por 
moléculas mais resistentes e estruturadas, o que auxilia no processo de reparação, 
podendo ser aplicados concomitantemente ao uso de eletroterapia estética.
Um dos possíveis acontecimentos do pós-operatório tardio é a flacidez tissular 
e hipercromia. No caso da flacidez, ela é mais comum quando se realiza lipoas-
piração, pois sabemos que o tecido adiposo também faz a sustentação do tecido 
epitelial. Já as hipercromias podem ocorrer nas cicatrizes, o que é mais comum em 
fototipos altos e também quando o cliente não segue a recomendação de utilização 
de filtro solar.
Para a flacidez tissular, podemos recorrer aos ativos firmantes, que atuam da 
seguinte forma: restaurando o colágeno e a elastina, reduzindo a atividade das 
metaloproteinases, melhorando a comunicação dermoepidérmica, promovendo 
efeito tensor, estimulando o aumento da quantidade de fibroblastos e propiciando 
a manutenção da integridade da matriz extracelular. Vejamos aqui alguns destes 
ativos utilizados:
• Densiskin: atua na matriz extracelular, estimulando a produção de colágeno, 
elastina e glicosaminoglicanas. Auxilia na reestruturação da membrana celular 
e tem ação inibidora das metaloproteinases da matriz;
• Rafermine: obtido do extrato hidrolisado da soja, tem a capacidade de forta-
lecer a estrutura molecular da derme, aumentando a firmeza e a tonicidade, 
e estimula os fibroblastos a retrair e inibir as metaloproteinases, impedindo a 
degradação das fibras de colágeno e elastina;
• Easy lift: tensor instantâneo que forma um filme sobre a pele, deixando-a 
mais lisa, diminuindo a profundidade de rugas.
Figura 2 – Flacidez tissular
Fonte: Getty Images
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UNIDADE Cosméticos Reparadores
Já os ativos clareadores agem na maioria das vezes na inibição da tirosinase, 
inibindo a produção da melanina, ou também podem agir na melanina já formada. 
Além de clarear as hipercromias já existentes, também impedem ou minimizam a 
formação de novas manchas.
Figura 3 – Cicatriz hipercrômica
Fonte: Getty Images
Estas “manchas escuras”podem surgir no pós-operatório por vários motivos. 
Dentre eles, ressaltamos a exposição solar, a predisposição genética, a cicatriza-
ção e as reações orgânicas do período pós-inflamatório. Podemos citar algumas 
substâncias despigmentantes utilizadas em cosméticos para tratar ou amenizar as 
hipercromias:
• Ácido kójico: inibe a tirosinase, não é fotossensível e pode ser aplicado em 
todos os fototipos;
Você sabe o que é fototipo? Acesse: http://bit.ly/2M4efnQ
Ex
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• Algowhite: atua inibindo a tirosinase e a comunicação melanócito-queratinócito.
• Vitamina C: em sua forma pura e estabilizada, tem ação antioxidante; depen-
dendo da concentração, age como clareadora e também estimula a produção 
de colágeno.
E um outro cosmético que deve ser utilizado é o Filtro solar, que evitará as hiper-
cromias e também a sensibilização da área, principalmente nas equimoses.
Os filtros são divididos em orgânicos e inorgânicos, sendo que os orgânicos 
ou físicos formam uma camada protetora sobre a pele, que reflete e dispersa a 
radiação solar. Já os inorgânicos ou químicos atuam por absorção da radiação UV. 
Algumas substâncias orgânicas têm a propriedade de ao mesmo tempo absorver, 
dispersar e refletir o UV.
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Figura 4 – Diferença entre a ação dos fi ltros orgânicos ou químicos e dos fi ltros inorgânicos ou químicos
Fonte: UFC
Bandagens
Considera-se bandagem o recurso externo flexível para auxílio no corpo hu-
mano, podendo ser dividida em inelástica ou rígida e elástica. As elásticas podem 
estirar-se e voltam ao seu tamanho original. As rígidas são as de gesso, esparadra-
po ou micropore, e as elásticas são o taping ou bandagem terapêutica elástica.
São sensíveis ao calor, possuem textura e espessura similares à pele e as linhas 
de distribuição do adesivo em S simulam os diferentes sentidos da elasticidade da 
pele humana. Ela permite e auxilia o fluxo linfático, permanecendo no local por 
até 10 dias.
A aplicação da bandagem está relacionada com a direção e também com a ten-
são, que pode ser maior ou menor, dependendo do objetivo, lembrando-se aqui de 
que o objetivo estético no pós-operatório é a diminuição do edema somente, o que 
minimiza quadros álgicos.
A maior parte das aplicações utiliza aplicações com tensões abaixo de 50%. A 
colocação é realizada por dois pontos fixos ou âncoras, sem tensão, e zonas tera-
pêuticas que receberão a tensão.
15
UNIDADE Cosméticos Reparadores
• Bandagem no pós-operatório de lipoaspiração para minimizar edema e equimose. 
Disponível em: http://bit.ly/2yCU0oE
• Bandagem em cicatriz hipertrófica: http://bit.ly/2yEGxwD
Ex
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Figura 5 – Bandagem em pós-operatório imediato
Fonte: CHI, et. al; 2018
Figura 6 – Cores e tamanhos de bandagens
Fonte: Divulgação
Os objetivos são diminuir a pressão nos tecidos lesados, canalizando ou dirigindo 
o exsudato aos linfonodos.
Deve-se observar a integridade da pele, sensibilidade e também o fototipo, por 
conta de possíveis reações e sensibilizações. Para remoção das faixas, deve-se ume-
decê-las com óleo, aguardar 15 minutos, estirando a pele e removendo as faixas 
com cuidado. São necessários cursos de aperfeiçoamento e também liberação do 
médico para aplicação.
A pressão ocasionada pela bandagem atua como canais que direcionam o ex-
sudato para o ducto linfático mais próximo. A fita é aplicada com a base próxima 
ao nódulo linfático a ser dirigido o exsudato, sendo aplicada com um padrão de 0 
- 15% de tensão. O mecanismo de bombeamento necessita da contração muscular, 
então para que a técnica apresente os benefícios de forma satisfatória, é necessário 
que ocorra movimentação livre das articulações.
Existem várias possibilidades de aplicação da bandagem para o linfedema. Uma 
delas consiste na aplicação da base e âncora, ambas de aproximadamente 3 cm - sem 
tensionamento, e caso isto ocorra deverá ser o mínimo possível. A técnica deverá ser 
aplicada de proximal para distal, contra a direção do fluido linfático. São utilizadas 
tiras finas recortadas da fita original, aplicadas na técnica em “leque”, as tiras podem 
ser sobrepostas ou aplicadas no sentido do segmento do membro a ser tratado.
Existem diferentes tipos de corte e aplicações, dependendo da ação desejada. 
Para edema, o mais utilizado é em leque, chamado também de “fan”, como pode-
mos observar na imagem a seguir.
16
17
Bandagem funcional para redução do edema: http://bit.ly/2OPNBSa
Ex
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Curativos e Acessórios Pré e Pós-Cirúrgicos
Os curativos são de competência da equipe de enfermagem, mas o conheci-
mento é necessário, visto que muitos profissionais de estética irão trabalhar em 
equipes multidisciplinares. Além dos curativos, o cliente pode estar com o dreno, 
principalmente na abdominoplastia. Os atendimentos podem ser realizados com os 
curativos e/ou dreno, desde que o médico tenha liberado.
Figura 7 – Faixa de silicone para curativo na cicatriz
Fonte: Divulgação
Curativo de silicone
O curativo de silicone é utilizado para deixar a cicatriz plana e com aspecto na-
tural. Também pode ser indicado para cicatrizes hipertróficas.
Figura 8
Fonte: Divulgação
17
UNIDADE Cosméticos Reparadores
Órtese umbilical
A órtese umbilical é utilizada para reposicionamento após abdominoplastia, para 
que o umbigo fique o mais próximo do formato anatômico.
Curativo de micropore em cicatriz recente: http://bit.ly/2OFMvIi
Ex
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Curativo com micropore
A higienização e troca devem ser feitas pela enfermagem ou pelo próprio pa-
ciente, conforme a orientação médica. Em algumas clínicas, o primeiro banho pós-
-cirurgia também é realizado pela enfermagem, na própria clínica.
O tratamento da ferida operatória é controverso na literatura e varia desde não 
usar curativo, mantê-lo por 24 a 48 horas ou mantê-lo até a retirada das suturas. 
Caso o médico libere o paciente para atendimento, mesmo o cliente estando com 
curativo, devemos observar se o ferimento está limpo, sem secreção purulenta, se 
está com odor fétido, se a região circundante está quente e ou avermelhada, Caso 
estes sinais sejam positivos, podem ser indícios de processo inflamatório agudo 
ou infeccioso, não devemos atender. Nesse caso, deve-se orientar o cliente a que 
procure o médico.
Meias elásticas
O uso de meias elásticas com pressão 
graduada é recomendado para os pacien-
tes com história prévia de insuficiência ve-
nosa ou de fenômenos tromboembólicos e 
também para profilaxia de tais alterações 
circulatórias. Essas meias são largamente 
usadas em Cirurgia Geral, Neurocirurgia e 
em pacientes internados em Terapia Inten-
siva. O seu uso deve ser prolongado por 
alguns dias, principalmente quando a ci-
rurgia envolve membros inferiores, como 
no caso das lipoaspirações e implantes de 
próteses. Não são um curativo, mas em al-
guns casos o paciente estará com elas no 
momento do atendimento, principalmente 
no pós-operatório imediato.
Figura 9 – Meia elástica para prevenção de trombose 
Fonte: Divulgação
18
19
Dreno pós-abdominoplastia
 Figura 10 – Dreno abdominal no pós operatório de abdominoplastia 
Fonte: ARANTES, et. al; 2009
O uso do dreno pode ser considerado, por alguns autores, uma das formas de 
prevenção de seroma. Mas um grande fator predisponente ao aparecimento do se-
roma é o amplo descolamento do retalho abdominal, que além de gerar uma maior 
área descolada para localização de coleções líquidas, desvasculariza sobremaneira 
o retalho abdominal, com maior lesão de vasos linfáticos, propiciando a ocorrência 
de seromas e necrose.
Cinta
A cinta deverá ser utilizada no pós-operatório 
imediato e até no mínimo 60 dias após, ou conforme 
orientação médica. Ela diminui o edema por fazer 
uma contenção e também auxilia na modelagem, já 
que o tecido necessita aderir novamente. Seu uso 
também proporciona conforto ao cliente.
No momento do atendimento, o profissional de 
estética deverá auxiliar a retirada e posterior colo-
cação da mesma. Por isso é importante conhecer 
uma cinta, para se familiarizar. Todos estes cuidadosfazem do atendimento um momento de bem-estar, 
com responsabilidade, e também propiciam seguran-
ça ao cliente.
Figura 11 – Cinta pós-lipoaspiração
Fonte: Divulgação
19
UNIDADE Cosméticos Reparadores
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Vídeos
Hidratação da pele
https://youtu.be/VMK5QVBoAgM
 Leitura
Mecanismos de hidratação da pele
http://bit.ly/2M4KuUc
Radicais livres: conceitos, doenças relacionadas, sistema de defesa e estresse oxidativo
FERREIRA, A. L. A.; MATSUBARA, L. S. Radicais livres: conceitos, doenças 
relacionadas, sistema de defesa e estresse oxidativo. Rev. Assoc. Med. Bras., vol. 43, 
n. 1, São Paulo, jan./mar. 1997.
http://bit.ly/2M5yKRc
Prevenção e tratamento de esquimose, edema e fibrose no pré, trans e pós-operatório de cirurgias plásticas
CHI, Anny et al. Prevenção e tratamento de esquimose, edema e fibrose no pré, trans 
e pós-operatório de cirurgias plásticas. Revista Brasileira de Cirurgia Plástica, vol. 
33, n. 3, 2018.
http://bit.ly/2M2Jvnm
20
21
Referências
AFORNALI, V. I. H. et al. Análise prévia da eficácia da hidratação utilizando 
diferentes formulações contendo ácido hialurônico. Disponível em: <https:// 
tcconline.utp.br/media/tcc/2017/05/ANALISE-PREVIA-DA-EFICACIA-DA-
HIDRATACAO.pdf>. Acesso em: 22 mai. 20119. 
ANGER, J.; BARUZZI, C. A; Knobel, E. Um protocolo de prevenção de trombose 
venosa profunda em cirurgia plástica. Revista Brasileira de Cirurgia Plástica, vol. 
18, n. 1, 2003, São Paulo. Disponível em: <http://www.rbcp.org.br/details/351/
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