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BNCC Introdução, Fundamentos e Estrutura 12 Unidades 1 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX Onde Chegar • Conhecer a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), sua estrutura e finalidade. • Compreender a importância da BNCC e sua relação com a formação integral do aluno. • Reconhecer a BNCC como balizadora da qualidade da educação ofertada no país. O que Aprender • O que é a Base Nacional Comum Curricular e sua importância; • A finalidade e estrutura da BNCC; • BNCC como balizadora da qualidade da educação. AULA 01 Conhecendo a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e sua finalidade BNCC – Introdução, Fundamentos e Estrutura 2 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX Desenvolvimento A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento criado em 2015, com a finalidade de orientar a elaboração dos currículos de todas as escolas do país, públicas e privadas, de modo a garantir que os conhecimentos, habilidades e competências necessários para a formação integral do aluno fossem desenvolvidos ao longo da Educação Básica. A aprendizagem de qualidade é uma meta que o País deve perseguir incansavelmente, e a BNCC é uma peça central nessa direção. [...] Elaborada por especialistas de todas as áreas do conhecimento, a Base é um documento completo e contemporâneo, que corresponde às demandas do estudante desta época, preparando-o para o futuro. (BNCC, 2018, p.5) A Base é um documento “de caráter normativo que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver” no decorrer de sua jornada acadêmica. (BNCC, 2018, p.9) Vamos entender cada uma das características apresentadas nessa definição: a)Normativo: é o documento que direciona, apresenta as regras, as diretrizes. b)Orgânico: documento que tem sua origem em ações articuladas visando um objetivo final, gerando um resultado em que as partes são inter-relacionadas de modo a fornecer o sentido do conjunto. c)Progressivo: documento que se desenvolve em etapas, que avança, que evolui gradativamente. Dessa forma, conseguimos compreender como a BNCC está estruturada e qual é a sua importância como garantia para que todos os alunos tenham acesso a uma educação de qualidade. Mais do que acesso, precisamos garantir que esse aluno permaneça na escola, atuando como sujeito ativo e co-responsável no processo de ensino-aprendizagem. Com a Base, vamos garantir o conjunto de aprendizagens essenciais aos estudantes brasileiros, seu desenvolvimento integral por meio das dez competências gerais para a Educação Básica, apoiando as escolhas necessárias para a concretização dos seus projetos de vida e a continuidade dos estudos”. (BNCC, 2018, p. 9) 3 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX A BNCC apresenta os conteúdos, as habilidades e competências a serem desenvolvidos em cada etapa da Educação Básica. Dessa forma, o documento está organizado em: Educação Infantil, Ensino Fundamental (anos iniciais e anos finais) e Ensino Médio. Para cada etapa, são apresentados os componentes curriculares e os respectivos conhecimentos a serem desenvolvidos. Além desses tópicos, o documento apresenta um texto introdutório – relatando a importância, a finalidade, o processo de elaboração e a estrutura da BNCC. No site http://basenacionalcomum.mec.gov.br/ você encontra o documento disponibilizado em 3 formatos: para navegação no próprio site, na versão em pdf (o que possibilita fazer o download ou imprimir o arquivo) e em planilha, o que facilita a seleção de componentes curriculares e seus respectivos conteúdos de acordo com cada etapa escolar. http://basenacionalcomum.mec.gov.br/ 4 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX Fonte: BNCC (2018, p.24) A Base foi elaborada tendo como principal fundamento a formação humana integral, isto é, objetivando a formação de um aluno crítico, criativo, competente, consciente e atuante na construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva, baseada nos princípios éticos, políticos e estéticos. Desta forma, espera-se que as escolas reformulem os seus Projetos Pedagógicos fundamentando a elaboração ou revisão do currículo com base nas orientações propostas pela BNCC. 5 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX A BNCC integra a política nacional da Educação Básica e vai contribuir para o alinhamento de outras políticas e ações, em âmbito federal, estadual e municipal, referentes à formação de professores, à avaliação, à elaboração de conteúdos educacionais e aos critérios para a oferta de infraestrutura adequada para o pleno desenvolvimento da educação. (BNCC, 2018, p. 9) Vá mais Longe Capítulo Norteador: Para essa unidade, é importante que você acesse o próprio documento da Base Nacional Comum Curricular – BNCC para poder se familiarizar com sua estrutura e as orientações propostas por ele. Acesse o site: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/a-base e escolha um dos formatos (BNCC para navegação, BNCC em pdf, ou BNCC em planilha) ofertados e leia o capítulo da Introdução. Agora é sua Vez! Interação Nesse momento, é importante conhecer a realidade escolar próxima a nós. Escolha uma instituição de ensino (pública ou privada) e agende um horário para conversar com o Coordenador Pedagógico. Elabore, previamente, algumas perguntas sobre como foi a implementação da BNCC nessa instituição, como foi o processo de revisão do Projeto Pedagógico e as maiores dificuldades encontradas pela equipe. Após a entrevista, poste no Fórum da Disciplina um pequeno texto (até 15 linhas) relatando sucintamente as respostas obtidas à sua entrevista. Não é necessário identificar a Instituição entrevistada. http://basenacionalcomum.mec.gov.br/a-base 6 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX Questão para Simulado 1 – Leia e analise as sentenças a seguir quanto à estrutura e finalidade da Base Nacional Comum Curricular – BNCC: I – A BNCC é um documento normativo que orienta quanto aos conteúdos, habilidades e competências que devem ser desenvolvidos durante a formação escolar objetivando a formação integral do aluno. II – A BNCC apresenta orientações em relação aos conhecimentos, habilidades e competências a serem desenvolvidos. Dessa forma, esse documento pode substituir o Projeto Pedagógico da instituição de ensino. III - Pode-se afirmar que são objetivos da BNCC, dentre outros: a superação da fragmentação das políticas educacionais, ao ensejar o fortalecimento do regime de colaboração entre as três esferas de governo (Federal, Estadual e Municipal) e ser balizadora da qualidade da educação ofertada em todo o país, ao garantir que as aprendizagens essenciais sejam ofertadas a todos os alunos. Estão corretas as sentenças: a) I, II e III. b) Somente a I e II. c) Somente a II e III. d) Apenas a II. e) Somente a I e III. Resposta: Letra E Comentário: A BNCC é referência nacional para a formulação dos currículos dos sistemas e das redes escolares dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e das propostas pedagógicas das instituições escolares. De acordo com as orientações apresentadas na BNCC, as instituições de ensino devem revisar e/ou reformular seus Projetos Pedagógicos. A BNCC não substitui o Projeto Pedagógico da escola. "Organize-se: 6 horas semanais – mínimo sugerido para autoestudo" 7 NEAD – Núcleo de Educação a DistânciaROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Brasília, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/. Acesso em: 12 jun. 2021. 1 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX Onde Chegar • Conhecer o processo de elaboração da Base Nacional Comum Curricular. • Reconhecer os documentos legais que preveem a implementação da BNCC. • Compreender a necessidade de uma base nacional curricular como balizadora da qualidade da educação. O que Aprender • A importância da Base nacional curricular como balizadora da qualidade da educação; • Processo de elaboração da BNCC; • Documentos legais que antecedem a BNCC. AULA 02 Histórico do processo de elaboração da Base Nacional Comum Curricular - BNCC BNCC – Introdução, Fundamentos e Estrutura 2 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX Desenvolvimento Em 2015, tivemos o início da elaboração da Base Nacional Comum Curricular – BNCC. Entretanto, a ideia de uma base nacional curricular já era prevista na Constituição de 1988, (artigo 210), na Lei de Diretrizes e Bases – LDB 9.394/96 (artigo 26) e em outros documentos legais. “Além disso, a lei de 2014 que instituiu o PNE cita diretamente a BNCC como estratégia para o cumprimento das metas 2, 3 e 7 do Plano. Portanto, a elaboração da BNCC, determinada já na carta constitucional, encontra-se amplamente amparada pela legislação educacional do País”. (BNCC, 2021, s.p.) A partir de 1997, tivemos o lançamento dos Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN’s. Eram 10 volumes, trazendo as orientações sobre os conteúdos que deveriam ser desenvolvidos em cada disciplina da 1ª a 4ª série do Ensino Fundamental. A finalidade dos PCN’s era auxiliar na elaboração do currículo escolar, respeitando as diversidades e especificidades de cada instituição escolar. No ano seguinte, 1998, foram lançados os 10 volumes dos PCN’s referentes aos conteúdos a serem desenvolvidos nos anos finais do Ensino Fundamental (5ª a 8ª série). Em 2000, foram lançados os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (PCNEM), em quatro volumes, “com o objetivo de cumprir o duplo papel de difundir os princípios da reforma curricular e orientar o professor, na busca de novas abordagens e metodologias”. (BNCC, 2021, s.p.) Em 2010, tivemos a publicação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica (DCN’s). O objetivo desse documento era orientar o planejamento curricular das escolas, norteando a elaboração dos currículos e definindo os conteúdos mínimos a serem desenvolvidos. Na sequência, em 2011, tivemos as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental (9anos) e em 2012, as Diretrizes para o Ensino Médio. Em 2014, tivemos o segundo Plano Nacional de Educação (PNE 2014 – 2024). O Plano tem 20 metas para a melhoria da qualidade da Educação Básica e 4 (quatro) delas falam sobre a Base Nacional Comum Curricular (BNC). No mesmo ano, entre 19 e 23 de novembro é realizada a 2ª Conferência Nacional pela Educação (Conae), organizada pelo Fórum Nacional de Educação (FNE) que resultou em um documento 3 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX sobre as propostas e reflexões para a Educação brasileira e é um importante referencial para o processo de mobilização para a Base Nacional Comum Curricular. (BNCC, 2021, s.p.) Em setembro de 2015, foi lançada a primeira versão do documento da BNCC. Com o objetivo de promover o debate e a participação de gestores e demais profissionais da equipe pedagógica, em dezembro de 2015 houve uma mobilização das escolas de todo o Brasil para a discussão do documento preliminar da BNCC. Em maio de 2016, foi disponibilizada a segunda versão da BNCC. “De 23 de junho a 10 de agosto de 2016 aconteceram 27 Seminários Estaduais com professores, gestores e especialistas para debater a segunda versão da BNCC. O Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) promoveram esses seminários”. (BNCC, 2021, s.p.) A partir de agosto, com base nessas reflexões e debates, começou a ser redigida a terceira versão da BNCC (documento que está em vigência até os dias atuais). Em dezembro de 2017, o Conselho Nacional de Educação apresenta a RESOLUÇÃO CNE/CP Nº 2, de 22 de dezembro de 2017 que institui e orienta a implementação da Base Nacional Comum Curricular. Em 06 de março de 2018, educadores do Brasil inteiro se debruçaram sobre a Base Nacional Comum Curricular, com foco na parte homologada do documento, correspondente às etapas da Educação Infantil e Ensino Fundamental, com o objetivo de compreender sua implementação e impactos na educação básica brasileira. Em 02 de abril de 2018 o Ministério da Educação entregou ao Conselho Nacional de Educação (CNE) a 3ª versão da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) do Ensino Médio. A partir daí o CNE iniciou um processo de audiências públicas para debatê-la. (BNCC, 2021, s.p.) Em dezembro de 2018, a BNCC contemplando a etapa do Ensino Médio foi homologada. A partir de então, as instituições escolares da Educação Básica tiveram um documento nacional que apresenta as diretrizes para as aprendizagens, conhecimentos, habilidades 4 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX e competências que devem ser desenvolvidas durante o período escolar (Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio). A finalidade da BNCC é nortear a elaboração dos currículos de todas as escolas (públicas e privadas) do país, em todos os níveis de ensino, Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio. Com isso, espera-se que tenhamos uma forma de garantir que todos os alunos possam desenvolver as habilidades e competências necessárias para uma formação acadêmica de qualidade, formando cidadãos competentes, críticos e atuantes na sociedade em que vivem, buscando construir uma sociedade mais justa, democrática e inclusiva. Vá mais Longe Capítulo Norteador: Para essa unidade, é importante que você acesse o próprio documento da Base Nacional Comum Curricular – BNCC para poder se familiarizar com sua estrutura e as orientações propostas por ele. Acesse o site: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/a-base e leia o tópico referente ao Histórico da elaboração da BNCC. Acesse o site http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.p df e leia o capítulo 1 Introdução (p. 7 a 12) Agora é sua Vez! Interação Acesse o site http://basenacionalcomum.mec.gov.br/ , leia os documentos postados, os vídeos com as explicações sobre os componentes curriculares, e acesse o material de apoio. Com base nessas informações, opine no Fórum da Disciplina sobre como foi o processo de elaboração e implementação da BNCC. Na sua opinião, quais foram os pontos positivos e negativos desse processo? http://basenacionalcomum.mec.gov.br/a-base http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf http://basenacionalcomum.mec.gov.br/ 5 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX Questão para Simulado 1 – A Base Nacional Comum Curricular tem alguns marcos legais que embasam a sua elaboração e implementação. Dentre eles temos: I - A Constituição Federal de 1988, que no artigo 210 reconhece a necessidade de que sejam “fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, demaneira a assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais”. II - A Lei de Diretrizes e Bases LDB 9.394/96, que no artigo 9º afirma que cabe à União estabelecer, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, competências e diretrizes para a Educação Infantil, o Ensino Fundamental e o Ensino Médio, que nortearão os currículos e seus conteúdos mínimos, de modo a assegurar formação básica comum. III - A Lei nº 13.005/2014 (Plano Nacional de Educação - PNE), que determina a importância e a necessidade de se estabelecer e implantar diretrizes pedagógicas para a educação básica e a base nacional comum dos currículos, com direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento dos(as) alunos(as) para cada ano do Ensino Fundamental e Médio, respeitadas as diversidades regional, estadual e local. Estão corretas as sentenças: a) I, II e III. b) Somente a I e II. c) Somente a II e III. d) Apenas a II. e) Nenhuma das alternativas Resposta: Letra A Comentário: A Constituição de 1988, a Lei de Diretrizes e Bases 9.394/96, o Plano Nacional de Educação (2014 – 2024) já mencionavam em seus textos a importância da elaboração e implementação de uma base comum curricular de forma a garantir a qualidade da educação ofertada em todo o país. "Organize-se: 6 horas semanais – mínimo sugerido para autoestudo" 6 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Brasília, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/. Acesso em: 12 jun. 2021. 1 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX Onde Chegar • Compreender os fundamentos que embasam as propostas da BNCC. • Conhecer a estrutura da BNCC. • Compreender a concepção de aprendizagem por competências. O que Aprender • Fundamentos da BNCC; • Estrutura da BNCC; • Formação integral do aluno; • Aprendizagem por competências. AULA 03 Fundamentos e Estrutura da BNCC: Pressupostos Pedagógicos BNCC – Introdução, Fundamentos e Estrutura 2 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX Desenvolvimento Já vimos nas unidades anteriores que a finalidade da Base Nacional Comum Curricular é garantir que conhecimentos, habilidades e competências sejam desenvolvidos ao longo das etapas da Educação Básica de forma a garantir a equidade e qualidade da educação. “[..] para além da garantia de acesso e permanência na escola, é necessário que sistemas, redes e escolas garantam um patamar comum de aprendizagens a todos os estudantes, tarefa para a qual a BNCC é instrumento fundamental”. (BNCC, 2018, p. 10) Perceba que, recorrentemente, falamos em desenvolvimento de competências. Segundo a BNCC (2018, p.10) “competência é a mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho”. A BNCC propõe o desenvolvimento de 10 competências gerais na Educação Básica. “Ao definir essas competências, a BNCC reconhece que a educação deve afirmar valores e estimular ações que contribuam para a transformação da sociedade, tornando-a mais humana, socialmente justa e, também, voltada para a preservação da natureza.” (BNCC, 2018, p. 10) Na Lei de Diretrizes e Bases, LDB 9.394/96, encontramos 2 conceitos que são fundamentais na BNCC. O primeiro, também presente na Constituição de 1988, apresenta a relação entre o que é básico-comum (competências e diretrizes) e o que é diverso (currículos). Dessa forma, podemos afirmar que os conteúdos curriculares estão a serviço do desenvolvimento de competências. “A LDB orienta a definição das aprendizagens essenciais, e não apenas dos conteúdos mínimos a ser ensinados. Essas são duas noções fundantes da BNCC”. (BNCC, 2018, p. 11) [...] os currículos da Educação Infantil, do Ensino Fundamental e do Ensino Médio devem ter base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e em cada estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e dos educandos. (LDB 9.394/96, art. 26) Vale destacar alguns pontos importantes aqui: a BNCC não substitui o Projeto Pedagógico das instituições escolares, ela orienta sobre as aprendizagens essenciais a que todos os 3 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX alunos devem ter acesso durante a Educação Básica. O conceito de aprendizagem por competência não é apresentado apenas agora pela BNCC, ele já estava presente nos artigos 32 e 35 da LDB 9.394/96. O desenvolvimento de competências é um tema que vem sendo discutido desde as décadas finais do século XX. Ao adotar esse enfoque, a BNCC indica que as decisões pedagógicas devem estar orientadas para o desenvolvimento de competências. Por meio da indicação clara do que os alunos devem “saber” (considerando a constituição de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores) e, sobretudo, do que devem “saber fazer” (considerando a mobilização desses conhecimentos, habilidades, atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho), a explicitação das competências oferece referências para o fortalecimento de ações que assegurem as aprendizagens essenciais definidas na BNCC. (BNCC, 2018, p. 13) Outro fundamento da BNCC é a educação integral. Cada vez mais precisamos, enquanto educadores, nos questionar a respeito do processo educativo: o que aprender/o que ensinar; para que aprender; como ensinar; e como avaliar a aprendizagem. Essas questões devem permear o cotidiano do professor, desde o momento de planejar a sua aula, na sua prática docente, ao realizar a avaliação da aprendizagem e analisar os resultados obtidos. A partir dessa reflexão, deve-se buscar a formação integral do aluno. Quais são as aprendizagens essenciais que devem ser desenvolvidas na escola? Como devem ser desenvolvidas? Como avaliá-las? [...] a Educação Básica deve visar à formação e ao desenvolvimento humano global, o que implica compreender a complexidade e a não linearidade desse desenvolvimento, rompendo com visões reducionistas que privilegiam ou a dimensão intelectual (cognitiva) ou a dimensão afetiva. Significa, ainda, assumir uma visão plural, singular e integral da criança, do adolescente, do jovem e do adulto – considerando-os como sujeitos de aprendizagem – e promover uma educação voltada ao seu acolhimento, reconhecimento e desenvolvimento pleno, nas suas 4 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX singularidades e diversidades. Além disso, a escola, como espaço de aprendizagem e de democracia inclusiva, deve se fortalecer na prática coercitiva de não discriminação, não preconceito e respeito às diferenças e diversidades. (BNCC, 2018, p.14) A nossa sociedade mudou, evoluiu! Disso não temos dúvidas. A formação que foi ofertada aos nossos pais e avós já não atende mais as demandas da sociedade atual. Hoje, precisamos aprender a aprender, vivemos na sociedade do conhecimento. Temos acesso fácil a muitas informações, mas devemos aprender a selecioná-las, analisá-las e, principalmente, transformá-las em conhecimento. A BNCC traz ainda em seu texto 3 conceitos importantes que devem ser observados na elaboração dos Projetos Pedagógicos das escolas: igualdade,equidade e diversidade. A BNCC explicita as aprendizagens essenciais que todos os estudantes devem desenvolver e expressa, portanto, a igualdade educacional sobre a qual as singularidades devem ser consideradas e atendidas. Essa igualdade deve valer também para as oportunidades de ingresso e permanência em uma escola de Educação Básica, sem o que o direito de aprender não se concretiza. [...] As decisões curriculares e didático-pedagógicas das Secretarias de Educação, o planejamento do trabalho anual das instituições escolares e as rotinas e os eventos do cotidiano escolar devem levar em consideração a necessidade de superação das desigualdades [acesso e permanência na escola, aprendizado, etc]. Para isso, os sistemas e redes de ensino e as instituições escolares devem se planejar com um claro foco na equidade, que pressupõe reconhecer que as necessidades dos estudantes são diferentes. (BNCC, 2018, p. 15) O conceito de diversidade é trazido no texto da BNCC em diversos momentos, quando apresenta a diversidade cultural existente nas várias regiões brasileiras; a cultura dos grupos marginalizados (indígenas, quilombolas e afrodescendentes), pessoas que não puderam estudar na idade própria, alunos com deficiência, etc. 5 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX Quanto à estrutura da BNCC, como já vimos nas unidades anteriores, o documento está organizado em relação às três etapas da Educação Básica: Educação Infantil, Ensino Fundamental (anos iniciais e anos finais) e Ensino Médio. Além disso, apresenta como as aprendizagens estão organizadas em cada uma dessas etapas e explica a composição dos códigos alfanuméricos criados para identificar tais aprendizagens. Vá mais Longe Capítulo Norteador: Para essa unidade, é importante que você acesse o próprio documento da Base Nacional Comum Curricular – BNCC para poder se familiarizar com sua estrutura e as orientações propostas por ele. Acesse o site: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.p df e leia o capítulo 1 - referente à Introdução (p. 13 a 21), e o capítulo 2 - Estrutura da BNCC (p. 23 a 34) Agora é sua Vez! Interação Um dos fundamentos da BNCC é desenvolver as aprendizagens essenciais por meio das competências gerais da Educação Básica, com base nos princípios da igualdade, equidade e diversidade. O livro ‘BNCC no chão da sala de aula: o que as escolas podem aprender a fazer com as 10 competências?’ de Paulo Henrique de Souza, disponível na Biblioteca Virtual, traz diversas propostas de como desenvolver as competências propostas na BNCC. Sugiro a leitura desse material. Com base no que foi desenvolvido nessa unidade e nas leituras realizadas, poste um texto no Fórum da Disciplina comentando sobre uma prática docente (atividade/projeto) que desenvolva uma dessas competências. http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf 6 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX Questão para Simulado 1 – Em relação ao texto da Base Nacional Comum Curricular referente aos fundamentos pedagógicos, é correto afirmar: I – A BNCC tem como um de seus objetivos determinar os conteúdos mínimos que devem ser desenvolvidos nas instituições escolares, em cada etapa da Educação Básica. II – O conceito de aprendizagem por competência pode ser considerado relativamente recente, sendo a BNCC o primeiro documento oficial brasileiro a apresentar essa proposta. III – Um dos fundamentos da BNCC é garantir a formação integral do aluno, assumindo uma visão plural, singular e integral do aluno, considerando-o como sujeito ativo e co- responsável do processo de ensino-aprendizagem. Está(ão) correta(s) a(s) seguinte(s) sentença(s): a) I, II e III b) Somente a I c) Somente a III d) Somente a I e II e) Somente a II e III Resposta: Letra C Comentário: A BNCC orienta a definição das aprendizagens essenciais, e não apenas dos conteúdos mínimos a ser ensinados. O conceito de aprendizagem por competência não é apresentado apenas agora pela BNCC, ela já estava presente nos artigos 32 e 35 da LDB 9.394/96. O desenvolvimento de competências é um tema que vem sendo discutido desde as décadas finais do século XX. "Organize-se: 6 horas semanais – mínimo sugerido para autoestudo" 7 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Brasília, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/. Acesso em: 12 jun. 2021. BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases n. 9.394/96. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 12 jun. 2021. SOUZA, Paulo Henrique de. BNCC no chão da sala de aula: o que as escolas podem aprender a fazer com as 10 competências? Belo Horizonte: Conhecimento Editora, 2020. Biblioteca Virtual. 1 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX Onde Chegar • Compreender o que é o Projeto Pedagógico e sua relação com o processo ensino- aprendizagem. • Conhecer os conteúdos que compõem o Projeto Pedagógico. • Reconhecer a necessidade da reformulação dos Projetos Pedagógicos tendo como parâmetro os fundamentos e orientações da BNCC. O que Aprender • Conceito e importância do Projeto Pedagógico; • Conteúdos que compõem o Projeto Pedagógico; • Reformulação do Projeto Pedagógico de acordo com a BNCC. AULA 04 (Re)Elaboração dos Projetos Pedagógicos (PP’s) BNCC – Introdução, Fundamentos e Estrutura 2 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX Desenvolvimento A Base Nacional Comum Curricular trouxe alguns princípios do processo educativo que devem ser atendidos desde o planejamento até a prática pedagógica. Ao entendermos que a BNCC não estabelece apenas conteúdos mínimos a serem trabalhados, mas sim, aprendizagens essenciais, habilidades e competências que devem ser desenvolvidas ao longo da Educação Básica, já temos um novo olhar para o processo de ensino- aprendizagem. Colocamos o ato de aprender no centro do processo, o aluno como sujeito ativo, crítico e co-responsável por sua aprendizagem. Desta forma, torna-se necessária a reformulação dos Projetos Pedagógicos das instituições escolares. Antevendo essa situação, foram disponibilizados diversos materiais de apoio para gestores, professores e demais interessados quanto ao processo de reformulação de tal documento no próprio site da BNCC (http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/implementacao/1._Material_complem entar_para_a_reelabora%C3%A7%C3%A3o_dos_curr%C3%ADculos.pdf; http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/implementacao/orientacoes_projeto_p edagogico.pdf) Primeiramente, vamos entender o que é o Projeto Pedagógico de uma instituição escolar. O PP é um documento central, pois fortalece a identidade da escola, esclarece sua organização, define objetivos para a aprendizagem dos alunos e, principalmente, define como a escola irá trabalhar para atingi-los, através de um plano de ação. Esse plano traz as concepções e metodologias de ensino e de avaliação que deverão nortear o trabalho dos professores com os alunos, bem como a formação docente. (ORIENTAÇÕES PARA REVISÃO...., 2018, p.1) O Projeto Pedagógico deve identificar cada instituição escolar, apresentando suas especificidades, metas, contexto social, marcos conceituais, etc. Para a elaboraçãodo PP podemos seguir a seguinte estrutura: Contextualização histórica e caracterização; diagnóstico de indicadores educacionais; missão, visão e princípios; fundamentação teórica e bases legais; e plano de ação. Segundo Vasconcelos (2004, p. 169), o Projeto Pedagógico http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/implementacao/1._Material_complementar_para_a_reelabora%C3%A7%C3%A3o_dos_curr%C3%ADculos.pdf http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/implementacao/1._Material_complementar_para_a_reelabora%C3%A7%C3%A3o_dos_curr%C3%ADculos.pdf http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/implementacao/orientacoes_projeto_pedagogico.pdf http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/implementacao/orientacoes_projeto_pedagogico.pdf 3 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX É o plano global da instituição. Pode ser entendido como a sistematização, nunca definitiva, de um processo de Planejamento Participativo, que se aperfeiçoa e se concretiza na caminhada, que define claramente o tipo de ação educativa que ser quer realizar. É um instrumento teórico- pedagógico para a intervenção e mudança da realidade. É um elemento de organização e integração da atividade prática da instituição neste processo de transformação. A ideia de que cada instituição deveria elaborar o seu Projeto Pedagógico teve início com a promulgação da LDB 9.394/96. O projeto deve ser construindo coletivamente, contando com a participação de gestores e professores, tendo como base as demandas trazidas por alunos e comunidade em geral. Com isso, busca-se construir um documento que retrate a identidade da escola, apresente seus princípios pedagógicos, suas metas e objetivos, alcançando, assim, sua autonomia. O PP é um processo permanente de reflexão e discussão sobre os problemas da escola, possibilitando a vivência democrática, já que conta com a participação de todos os membros da comunidade escolar. Ele busca organizar o trabalho pedagógico, superando conflitos no interior da escola e diminuindo os efeitos da divisão do trabalho, que reforça as diferenças e hierarquiza os poderes de decisão. (SANTOS, 2013, p.19) Vá mais Longe Capítulo Norteador: SILVA, Vandré Gomes da. Projeto Pedagógico e qualidade do ensino público: algumas categorias de análise. Cadernos de Pesquisa, v.42, n.245, p. 204-225, jan./abr. 2012. Disponível em: https://www.scielo.br/j/cp/a/MqfkcH5zYhG36qd9xfXrCmL/?lang=pt&format=pdf. Acesso em: 13 jun. 2021. 4 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX ORIENTAÇÕES PARA REVISÃO DOS PROJETOS PEDAGÓGICOS (PPS). 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/implementacao/orientacoes_projeto_p edagogico.pdf. Acesso em: 13 jun. 2021. Agora é sua Vez! Interação Vamos conhecer um pouco mais as instituições escolares da nossa comunidade. Escolha uma escola e solicite ao Coordenador Pedagógico do Projeto Pedagógico da escola. Se possível, converse com ele e com alguns professores sobre o processo de elaboração desse documento. Procure saber com que frequência esse documento é revisado e/ou atualizado, quem participa desse processo, quem tem acesso a esse material, etc. Poste no Fórum da Disciplina um pequeno texto (até 15 linhas) comentando sobre os resultados obtidos com sua entrevista. Questão para Simulado 1 – Segundo Gadotti (2000, s.p.) “Planejar é um processo político-pedagógico que implica diagnosticar uma situação e tomar decisões em função de um determinado fim. O planejamento na escola é um processo permanente que implica ainda a avaliação constante de seu desenvolvimento. Planeja-se para alcançar objetivos que ainda não foram alcançados ou para garantir que eles continuem sendo alcançados. Na escola, para que ele seja eficaz ele precisa ser coletivo. Ele é coletivo quando inclui a participação de todos os envolvidos dentro de suas funções e atribuições”. Gadotti, ao apresentar esse conceito, se refere a qual documento? a) Lei de Diretrizes e Bases b) Currículo escolar c) Diretrizes Curriculares Nacionais 5 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX d) Projeto Pedagógico e) Base Nacional Comum Curricular Resposta: Letra D Comentário: O Projeto Pedagógico é o documento que apresenta a identidade da instituição, seus marcos teóricos, metas e objetivos. "Organize-se: 6 horas semanais – mínimo sugerido para autoestudo" REFERÊNCIAS ORIENTAÇÕES PARA REVISÃO DOS PROJETOS PEDAGÓGICOS (PPS). 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/implementacao/orientacoes_projeto_p edagogico.pdf. Acesso em: 13 jun. 2021. SANTOS, Julia Gabrieli Schmidt. O projeto político pedagógico como ferramenta da gestão escolar democrática. Monografia (especialização em Gestão Escolar) – Universidade Federal de Santa Maria – RS, 2013. Disponível em: https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/830/Santos_Julia_Gabrieli_Schmidt.pd f?sequence=1#:~:text=%C3%89%20um%20planejamento%20que%20prev%C3%AA,a%2 0escola%20e%20a%20comunidade. Acesso em: 13 jun. 2021. SILVA, Vandré Gomes da. Projeto Pedagógico e qualidade do ensino público: algumas categorias de análise. Cadernos de Pesquisa, v.42, n.245, p. 204-225, jan./abr. 2012. Disponível em: https://www.scielo.br/j/cp/a/MqfkcH5zYhG36qd9xfXrCmL/?lang=pt&format=pdf. Acesso em: 13 jun. 2021. VASCONCELOS, Celso dos Santos. Coordenação do trabalho pedagógico: do projeto político-pedagógico ao cotidiano da sala de aula. São Paulo: Libertad, 2004. 1 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX Onde Chegar • Diferenciar os conceitos: habilidade e competência. • Identificar as 10 competências propostas pela BNCC para a Educação Básica. • Compreender os princípios do ensino baseado no desenvolvimento das habilidades e competências. O que Aprender • Conceito de habilidade e competência; • As 10 competências propostas pela BNCC; • O ensino baseado no desenvolvimento de habilidades e competências. AULA 05 Ensino baseado no desenvolvimento de habilidades e competências BNCC – Introdução, Fundamentos e Estrutura 2 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX Desenvolvimento Como temos visto nas aulas anteriores, dois dos principais fundamentos da BNCC são: a formação integral do educando e a garantia da qualidade da educação ofertada em todas as escolas brasileiras. Ao pensarmos na formação integral do aluno, precisamos retomar alguns conceitos e princípios do processo educativo. O ensino centrado no professor, priorizando a transmissão de conteúdos já não atende mais às demandas do mundo do trabalho e nem da sociedade atual. Portanto, é fundamental repensar a prática docente, o papel do aluno como sujeito corresponsável por sua aprendizagem, os métodos de ensino, a avaliação escolar e, consequentemente, a proposta pedagógica da instituição escolar. À sociedade já não interessam profissionais formados em nível superior que não sejam criativos e emocionalmente centrados, cidadãos conscientes da prática social ampla e especialistas capazes de atualização constante na sua área. Tais profissionais, numa época de mudanças aceleradas, sem precedentes na História, não podem ser formados numa instituição cujo trabalho ainda esteja pautado no culto exclusivo do intelecto. (BEHRENS, 2000, p. 09) Assim, percebemos que o foco do processo educativo deve ser a construção de conhecimento. A escola deve privilegiar momentos de pesquisa em sala de aula, pois assim o aluno aprende a buscar, selecionar, analisar as informações que teve acesso, transformando-as emconhecimento. Como consequência desse processo, possibilitamos a formação de um aluno ativo, pesquisador, crítico, criativo, reflexivo, autônomo e consciente. Ao propor o desenvolvimento de competências na Educação Básica, a BNCC direciona o trabalho pedagógico para a formação integral do aluno, enfatizando a necessidade de aliar a teoria à prática. E então, surgem algumas dúvidas: o que é competência e habilidade? Como se direciona um trabalho pedagógico que busca o desenvolvimento de habilidades e competências? De acordo com Azevedo e Rowell (2009, s.p.), competência é a capacidade, desenvolvida pelo sujeito conhecedor, de mobilizar, articular e aplicar intencionalmente conhecimentos (sensoriais, conceituais), habilidades, atitudes e valores na solução pertinente, viável e eficaz de situações 3 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX que se configurem problemas para ele. Já habilidade é um saber fazer, um conhecimento operacional, procedimental, uma sequência de modos operatórios, de analogias, de intuições, induções, deduções, aplicações, transposições. Dessa forma, uma mesma habilidade pode contribuir para o desenvolvimento de várias competências. E, por outro lado, uma competência pressupõe o desenvolvimento de várias habilidades, inclusive de habilidades com graus de complexidade diferentes. (grifos dos autores) Hamze (2020, s.p.) amplia essa afirmação, apresentando que “o conceito de competência está intimamente relacionado à ideia de laboralidade e aumenta a responsabilidade das instituições de ensino na organização dos currículos e das metodologias que propiciam a ampliação de capacidades como resolver problemas novos, comunicar ideias, e tomar decisões”. O ensino por competências deve ser pautado na contextualização e na interdisciplinaridade, com conteúdos pertinentes à realidade do aluno. Nesse sentido, Ramos (2002, p.221) defende que No plano pedagógico testemunha-se a organização e a legitimação da passagem de um ensino centrado em saberes disciplinares a um ensino definido pela produção de competências verificáveis em situações e tarefas específicas. Essas competências devem ser definidas com referência às situações que os alunos deverão ser capazes de compreender e dominar. Em síntese, em vez de se partir de um corpo de conteúdos disciplinares existentes, com base no qual se efetuam escolhas para cobrir os conhecimentos considerados mais importantes, parte-se das situações concretas, recorrendo-se às disciplinas na medida das necessidades requeridas por essas situações. Muito se tem discutido, no meio acadêmico, sobre a formação do aluno, lhe possibilitando ser autor e autônomo de seu processo de aprendizagem. Assim, os objetivos pedagógicos passam a visar a mobilização de conhecimentos e não apenas a recepção e memorização de informações. “O processo de desenvolvimento e aprendizagem sublinha o progresso do conhecimento e da personalidade através da vivência de experiências significativas e de atividades pedagógicas cuidadosamente concebidas e planejadas”. (DIAS, 2010, p. 75-76) 4 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX A BNCC propõe o desenvolvimento de 10 competências ao longo da Educação Básica, são elas: “1 -Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. 2 - Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas. 3 - Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural. 4 - Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo. 5 - Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva. 6 - Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade. 7 - Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta. 8 - Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo- se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas. 9 - Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e 5 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza. 10 - Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários”. (BNCC, 2018, p. 9-10) Vá mais Longe Capítulo Norteador: MELLO, Cleyson de Moraes; ALMEIDA NETO, José Rogerio Moura de; PETRILLO, Regina Pentagna. Ensino por competências: eficiência no processo de ensino e aprendizagem. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 2019. p. 1-10. Biblioteca Virtual. Sugestão de Leitura: DIAS, Isabel Simões. Competências em educação: conceito e significado pedagógico. Revista Sem. Da Assoc. Bras. de Psicologia Escolar e Educacional, São Paulo, v.14, n.01, jan./jun. 2010. P. 73-78. Disponível em: https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=282321831008. Acesso em: 23 jun. 2021. Agora é sua Vez! Interação A BNCC propõe o desenvolvimento de 10 competências ao longo da Educação Básica (Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio). Escolha uma dessas competências e proponha uma atividade que auxilie no desenvolvimento dessa competência. Poste no Fórum da Disciplina um pequeno texto (até 15 linhas) explicando essa atividade. Não esqueça de identificar à qual etapa do ensino essa atividade se adequa. 6 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX Questão para Simulado 1 – Sobre o ensino baseado no desenvolvimento de habilidades e competências, analise as sentenças a seguir, classificando-as como verdadeiras (V) ou falsas (F): ( ) A noção de competências vem servindo como paradigma para a definição depolíticas educacionais e estratégias curriculares. ( ) Competência é a mobilização de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho. ( ) O processo de ensino-aprendizagem baseado no desenvolvimento de habilidades e competências deve privilegiar a participação ativa do aluno. Assinale a alternativa que corresponde à sua análise: a) F, V, V. b) V, F, V. c) V, V, V. d) F, V, F. e) V, F, F. Resposta: Letra C Comentário: O ensino baseado no desenvolvimento de habilidades e competências prevê a participação ativa do aluno nas atividades propostas, possibilitando-o a resolver problemas, propor soluções, trabalhar em equipe de modo a mobilizar conhecimentos e habilidades. "Organize-se: 6 horas semanais – mínimo sugerido para autoestudo" 7 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX REFERÊNCIAS AZEVEDO, T. M.; ROWELL, Vania Morales. Competências e habilidades no processo de aprendizagem. Caxias do Sul, 2009. BEHRENS, Marilda Aparecida. O paradigma emergente e a prática pedagógica. Curitiba: Champagnat, 2000. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Brasília, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/. Acesso em: 12 jun. 2021. DIAS, Isabel Simões. Competências em educação: conceito e significado pedagógico. Revista Sem. Da Assoc. Bras. de Psicologia Escolar e Educacional, São Paulo, v.14, n.01, jan./jun. 2010. P. 73-78. Disponível em: https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=282321831008. Acesso em: 23 jun. 2021. HAMZE, Amelia. O contexto, as competências e habilidades. Brasil Escola. 2020. Disponível em: https://educador.brasilescola.uol.com.br/gestao-educacional/contexto- competencias-habilidades.htm. Acesso em: 23 jun. 2021. MELLO, Cleyson de Moraes; ALMEIDA NETO, José Rogerio Moura de; PETRILLO, Regina Pentagna. Ensino por competências: eficiência no processo de ensino e aprendizagem. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 2019. p. 1-10. Biblioteca Virtual. RAMOS, Marise Nogueira. A pedagogia das competências: autonomia ou adaptação? 2.ed. São Paulo: Cortez, 2002. 1 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX Onde Chegar • Conhecer a proposta da BNCC para a Educação Infantil. • Conhecer os princípios do processo educativo na Educação Infantil. O que Aprender • Proposta da BNCC para a Educação Infantil; • Os 6 direitos de aprendizagem e desenvolvimento assegurados pela BNCC; • Os 5 campos de experiências para o desenvolvimento da aprendizagem na Educação Infantil. AULA 06 A Educação Infantil na Base Nacional Comum Curricular BNCC – Introdução, Fundamentos e Estrutura 2 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX Desenvolvimento A Base Nacional Comum Curricular prevê o desenvolvimento de 10 competências ao longo da Educação Básica, sendo a Educação Infantil a primeira etapa desse processo. Assim, de acordo com os eixos estruturantes (interações e brincadeira), devem ser assegurados 6 direitos de aprendizagem e desenvolvimento. As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil apresentam, no artigo 9º que: os eixos estruturantes das práticas pedagógicas dessa etapa da Educação Básica são as interações e a brincadeira, experiências nas quais as crianças podem construir e apropriar-se de conhecimentos por meio de suas ações e interações com seus pares e com os adultos, o que possibilita aprendizagens, desenvolvimento e socialização. A interação durante o brincar caracteriza o cotidiano da infância, trazendo consigo muitas aprendizagens e potenciais para o desenvolvimento integral das crianças. Ao observar as interações e a brincadeira entre as crianças e delas com os adultos, é possível identificar, por exemplo, a expressão dos afetos, a mediação das frustrações, a resolução de conflitos e a regulação das emoções. (BNCC, 2018, p. 37) De acordo com a BNCC, os 6 direitos de aprendizagem e desenvolvimento assegurados na Educação Infantil são: • Conviver com outras crianças e adultos, em pequenos e grandes grupos, utilizando diferentes linguagens, ampliando o conhecimento de si e do outro, o respeito em relação à cultura e às diferenças entre as pessoas. • Brincar cotidianamente de diversas formas, em diferentes espaços e tempos, com diferentes parceiros (crianças e adultos), ampliando e diversificando seu acesso a produções culturais, seus conhecimentos, sua imaginação, sua criatividade, suas experiências emocionais, corporais, sensoriais, expressivas, cognitivas, sociais e relacionais. • Participar ativamente, com adultos e outras crianças, tanto do planejamento da gestão da escola e das atividades propostas pelo educador quanto da realização das atividades da vida cotidiana, tais como a escolha das brincadeiras, dos materiais e dos ambientes, 3 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX desenvolvendo diferentes linguagens e elaborando conhecimentos, decidindo e se posicionando. • Explorar movimentos, gestos, sons, formas, texturas, cores, palavras, emoções, transformações, relacionamentos, histórias, objetos, elementos da natureza, na escola e fora dela, ampliando seus saberes sobre a cultura, em suas diversas modalidades: as artes, a escrita, a ciência e a tecnologia. • Expressar, como sujeito dialógico, criativo e sensível, suas necessidades, emoções, sentimentos, dúvidas, hipóteses, descobertas, opiniões, questionamentos, por meio de diferentes linguagens. • Conhecer-se e construir sua identidade pessoal, social e cultural, constituindo uma imagem positiva de si e de seus grupos de pertencimento, nas diversas experiências de cuidados, interações, brincadeiras e linguagens vivenciadas na instituição escolar e em seu contexto familiar e comunitário. (BNCC, 2018, p. 38) Com base nesses direitos, podemos perceber que cabe à escola a oferta de atividades que possibilitem a vivência de diversas situações para que as crianças possam desempenhar um papel ativo no processo educativo, resolvendo desafios, construindo e reconstruindo conhecimentos e seus significados, para assim, desenvolver as competências propostas nesses documentos (DCNEI e BNCC). Essa concepção de criança como ser que observa, questiona, levanta hipóteses, conclui, faz julgamentos e assimila valores e que constrói conhecimentos e se apropria do conhecimento sistematizado por meio da ação e nas interações com o mundo físico e social não deve resultar no confinamento dessas aprendizagens a um processo de desenvolvimento natural ou espontâneo. Ao contrário, impõe a necessidade de imprimir intencionalidade educativa às práticas pedagógicas na Educação Infantil, tanto na creche quanto na pré-escola. (BNCC, 2018, p. 38, grifo do autor) Ao conceber o processo educativo, tomando como princípios norteadores as diretrizes da BNCC, cabe ao professor selecionar, organizar, mediar e monitorar as atividades a serem desenvolvidas em sala de aula, de modo a garantir o desenvolvimento integral de seus alunos. Quanto à avaliação da aprendizagem, é necessário que haja um acompanhamento individual (observar o desenvolvimento de cada aluno) e do grupo como um todo (suas conquistas, avanços e dificuldades). Torna-se fundamental o registro 4 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX desse desenvolvimento, que poderá ser realizado por meio de relatórios, portfólios, fotografias, desenhos, textos, etc. [...] é possível evidenciara progressão ocorrida durante o período observado, sem intenção de seleção, promoção ou classificação de crianças em “aptas” e “não aptas”, “prontas” ou “não prontas”, “maduras” ou “imaturas”. Trata-se de reunir elementos para reorganizar tempos, espaços e situações que garantam os direitos de aprendizagem de todas as crianças. (BNCC, 2018, p. 39) Para que os 6 direitos de aprendizagem e desenvolvimento sejam assegurados, a Educação Infantil tem sua organização curricular organizada em 5 campos de experiência: • O eu, o outro e o nós; • Corpo, gestos e movimentos; • Traços, sons, cores e formas; • Escuta, fala, pensamento e imaginação; • Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações. De acordo com a BNCC (2018, p. 43) “Os campos de experiências constituem um arranjo curricular que acolhe as situações e as experiências concretas da vida cotidiana das crianças e seus saberes, entrelaçando-os aos conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural”. Ao finalizar o capítulo específico com as diretrizes para a Educação Infantil, a BNCC traz alguns cuidados que a instituição deve ter com a transição do aluno entre a Educação Infantil e o Ensino Fundamental. Orienta-se que haja equilíbrio nas mudanças introduzidas na rotina escolar, de forma a garantir a integração e continuidade dos processos de aprendizagem das crianças. Torna-se necessário estabelecer estratégias de acolhimento e adaptação tanto para as crianças quanto para os docentes, de modo que a nova etapa se construa com base no que a criança sabe e é capaz de fazer, em uma perspectiva de continuidade de seu percurso educativo. (BNCC, 2018, p. 53) 5 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX Vá mais Longe Capítulo Norteador: BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Brasília, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/. Acesso em: 12 jun. 2021. p.35 – 55. Sugestão de Leitura: PINHO, Fernanda. Por que planejar na Educação Infantil. Nova Escola. Disponível em: https://novaescola.org.br/bncc/conteudo/50/por-que-planejar-na-educacao-infantil. Acesso em: 28 jun. 2021. TREVISAN, Rita. O que diferencia a BNCC para a Educação Infantil do DCNEI e do RCNEI? Nova Escola. Disponível em: https://novaescola.org.br/bncc/conteudo/57/o-que- diferencia-a-bncc-para-a-educacao-infantil-do-dcnei-e-do-rcnei. Acesso em: 28 jun. 2021. Agora é sua Vez! Interação De acordo com as diretrizes da BNCC, a Educação Infantil deve assegurar o desenvolvimento de 6 direitos de aprendizagem que serão trabalhados nos 5 campos de experiências, respeitando as especificidades de cada um dos 3 grupos organizados por faixa etária. Analise o quadro a seguir, que apresenta os objetivos a serem trabalhados no Campo de Experiências: Traços, sons, cores e formas. Escolha um desses objetivos, a faixa etária que será trabalhada e poste no Fórum da Disciplina uma atividade que contribua no desenvolvimento desse objetivo. 6 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX Fonte: BNCC (2018, p. 48) Questão para Simulado 1 – Sobre a estrutura curricular da Educação Infantil, atendendo às orientações da BNCC, é correto afirmar que: I - Os eixos estruturantes das práticas pedagógicas da Educação Infantil são as interações e a brincadeira, experiências nas quais as crianças podem construir e apropriar-se de conhecimentos por meio de suas ações e interações com seus pares e com os adultos, o que possibilita aprendizagens, desenvolvimento e socialização. II – São assegurados 6 direitos de aprendizagem e desenvolvimento, sendo eles: conviver, brincar, participar, explorar, expressar e conhecer-se. 7 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX III – Ao propor um processo educativo que prioriza a participação ativa da criança nas atividades a serem realizadas, buscando desenvolver a observação, o questionamento, e construção e reconstrução do conhecimento, espera-se que o professor proponha um processo de desenvolvimento natural ou espontâneo, sem a intencionalidade educativa. Está correto o que se afirma nas sentenças: a) I, II e III. b) Somente I. c) II e III. d) Somente II. e) I e II. Resposta: Letra E Comentário: De acordo com a BNCC, impõe-se a necessidade de imprimir intencionalidade educativa às práticas pedagógicas na Educação Infantil, tanto na creche quanto na pré-escola. "Organize-se: 6 horas semanais – mínimo sugerido para autoestudo" REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Brasília, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/. Acesso em: 12 jun. 2021. PINHO, Fernanda. Por que planejar na Educação Infantil. Nova Escola. Disponível em: https://novaescola.org.br/bncc/conteudo/50/por-que-planejar-na-educacao-infantil. Acesso em: 28 jun. 2021. TREVISAN, Rita. O que diferencia a BNCC para a Educação Infantil do DCNEI e do RCNEI? Nova Escola. Disponível em: https://novaescola.org.br/bncc/conteudo/57/o-que- diferencia-a-bncc-para-a-educacao-infantil-do-dcnei-e-do-rcnei. Acesso em: 28 jun. 2021. 1 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX Onde Chegar • Conhecer a proposta da BNCC para o Ensino Fundamental (anos iniciais). • Conhecer os princípios do processo educativo no Ensino Fundamental (anos iniciais). O que Aprender • Proposta da BNCC para o Ensino Fundamental; • Áreas do conhecimento e componentes curriculares do Ensino Fundamental (anos iniciais); • Competências específicas, objetos de conhecimento e habilidades a serem desenvolvidas no Ensino Fundamental (anos iniciais). AULA 07 O Ensino Fundamental (anos iniciais) na Base Nacional Comum Curricular BNCC – Introdução, Fundamentos e Estrutura 2 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX Desenvolvimento A etapa do Ensino Fundamental está dividida em 2 fases: anos iniciais (1º ao 5º ano) e anos finais (6º ao 9º ano), atendendo estudantes entre 6 a 14 anos de idade. Essa é a etapa mais longa da Educação Básica. Por envolver crianças e adolescentes que, ao longo desse período, passam por significativas mudanças relacionadas a aspectos físicos, cognitivos, afetivos, sociais e emocionais, essa etapa merece especial atenção por parte dos educadores. É fundamental que haja a interação e integração na transição dos alunos entre a Educação Infantil e o Ensino Fundamental, assim como entre as fases do Ensino Fundamental (anos iniciais e finais). Nesse período da vida, as crianças estão vivendo mudanças importantes em seu processo de desenvolvimento que repercutem em suas relações consigo mesmas, com os outros e com o mundo. Como destacam as DCN, a maior desenvoltura e a maior autonomia nos movimentos e deslocamentos ampliam suas interações com o espaço; a relação com múltiplas linguagens, incluindo os usos sociais da escrita e da matemática, permite a participação no mundo letrado e a construção de novas aprendizagens, na escola e para além dela; a afirmação de sua identidade em relação ao coletivo no qual se inserem resulta em formas mais ativas de se relacionarem com esse coletivo e com as normas que regem as relações entre as pessoas dentro e fora da escola, pelo reconhecimento de suas potencialidades e pelo acolhimento e pela valorização das diferenças. (BNCC, 2018, p. 58) A BNCC enfatiza a importância de que o trabalho escolar seja organizado considerando os interesses manifestados pelos alunos, assim como suas experiências pessoais, para que possamrelacionar o conteúdo a ser aprendido com os conhecimentos já internalizados, possibilitando assim uma aprendizagem significativa. O estímulo ao pensamento criativo, lógico e crítico, por meio da construção e do fortalecimento da capacidade de fazer perguntas e de avaliar respostas, de argumentar, de interagir com diversas produções culturais, de fazer uso de tecnologias de informação e comunicação, possibilita aos alunos ampliar 3 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX sua compreensão de si mesmos, do mundo natural e social, das relações dos seres humanos entre si e com a natureza. (BNCC, 2018, p. 58) A alfabetização deve ser o foco do processo educativo nos dois primeiros anos do Ensino Fundamental, garantindo que os alunos se “apropriem do sistema de escrita alfabética de modo articulado ao desenvolvimento de outras habilidades de leitura e de escrita e ao seu envolvimento em práticas diversificadas de letramentos”. (BNCC, 2018, p. 59) Ao longo do Ensino Fundamental – Anos Iniciais, a progressão do conhecimento ocorre pela consolidação das aprendizagens anteriores e pela ampliação das práticas de linguagem e da experiência estética e intercultural das crianças, considerando tanto seus interesses e suas expectativas quanto o que ainda precisam aprender. Ampliam-se a autonomia intelectual, a compreensão de normas e os interesses pela vida social, o que lhes possibilita lidar com sistemas mais amplos, que dizem respeito às relações dos sujeitos entre si, com a natureza, com a história, com a cultura, com as tecnologias e com o ambiente. (BNCC, 2018, p. 59) As áreas de conhecimento a serem desenvolvidas no Ensino Fundamental (anos iniciais) são: Linguagens, Matemática, Ciências da natureza, Ciências Humanas e Ensino religioso. Os componentes curriculares estão organizados de acordo com as áreas de conhecimento. Cada área do conhecimento apresenta as competências específicas a serem desenvolvidas, assim como cada componente curricular define as competências e habilidades a serem trabalhadas ao longo do processo educativo. Os componentes curriculares são compostos por unidades temáticas, objetos de conhecimento e habilidades, sendo organizados de acordo com cada fase do Ensino Fundamental (anos iniciais e finais). Observe o esquema a seguir com a organização das áreas de conhecimento e seus respectivos componentes curriculares: 4 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX Fonte: BNCC (2018, p. 27) Quanto ao Ensino Religioso, vale destacar que: Estabelecido como componente curricular de oferta obrigatória nas escolas públicas de Ensino Fundamental, com matrícula facultativa, em diferentes regiões do país, foram elaborados propostas curriculares, cursos de formação inicial e continuada e materiais didático-pedagógicos que contribuíram para a construção da área do Ensino Religioso, cujas natureza e finalidades pedagógicas são distintas da confessionalidade. (BNCC, 2018, p. 435) 5 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX Vá mais Longe Capítulo Norteador: BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Brasília, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/. Acesso em: 12 jun. 2021. Etapa do Ensino Fundamental. Sugestão de Leitura: ORNELLAS, J. F. de; SILVA, L. C. O ENSINO FUNDAMENTAL DA BNCC: proposta de um currículo na contramão do conhecimento. Revista Espaço do Currículo, v. 12, n. 2, p. 309–325, 2019. DOI: 10.22478/ufpb.1983-1579.2019v12n2.43516. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/index.php/rec/article/view/ufpb.1983- 1579.2019v12n2.43516. Acesso em: 26 jun. 2021. Agora é sua Vez! Interação Leia o seguinte trecho extraído da BNCC sobre o processo de alfabetização: “Embora, desde que nasce e na Educação Infantil, a criança esteja cercada e participe de diferentes práticas letradas, é nos anos iniciais (1º e 2º anos) do Ensino Fundamental que se espera que ela se alfabetize. Isso significa que a alfabetização deve ser o foco da ação pedagógica. Nesse processo, é preciso que os estudantes conheçam o alfabeto e a mecânica da escrita/leitura – processos que visam a que alguém (se) torne alfabetizado, ou seja, consiga “codificar e decodificar” os sons da língua (fonemas) em material gráfico (grafemas ou letras), o que envolve o desenvolvimento de uma consciência fonológica (dos fonemas do português do Brasil e de sua organização em segmentos sonoros maiores como sílabas e palavras) e o conhecimento do alfabeto do português do Brasil em seus vários formatos (letras imprensa e cursiva, maiúsculas e minúsculas), além do estabelecimento de relações grafofônicas entre esses dois sistemas de materialização da língua. Dominar o sistema de escrita do português do Brasil não é uma tarefa tão simples: trata- se de um processo de construção de habilidades e capacidades de análise e de transcodificação linguística. Um dos fatos que frequentemente se esquece é que estamos tratando de uma nova forma ou modo (gráfico) de representar o português do Brasil, ou 6 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX seja, estamos tratando de uma língua com suas variedades de fala regionais, sociais, com seus alofones, e não de fonemas neutralizados e despidos de sua vida na língua falada local. De certa maneira, é o alfabeto que neutraliza essas variações na escrita”. (BNCC, 2018, p. 89-90) Com base nessa concepção de alfabetização, proponha uma atividade para desenvolver a alfabetização com alunos do 1º ano do Ensino Fundamental. Poste a sua proposta de atividade no Fórum da Disciplina. Questão para Simulado 1 – A BNCC propõe a estrutura curricular do Ensino Fundamental em áreas de conhecimento e componentes curriculares. De acordo com o que é proposto por esse documento, os componentes curriculares que compõem a área de Linguagens são: I - Língua Portuguesa e Língua Inglesa II – Arte III – Educação Física IV – Música e Dança Estão corretas as sentenças: a) I, II e III b) I, II, III e IV c) I e II d) I e III e) I, III e IV Resposta: Letra A Comentário: De acordo com a BNCC, os componentes curriculares que compõem a área de Linguagens são: Língua Portuguesa, Língua Inglesa, Arte e Educação Física. "Organize-se: 6 horas semanais – mínimo sugerido para autoestudo" 7 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Brasília, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/. Acesso em: 12 jun. 2021. ORNELLAS, J. F. de; SILVA, L. C. O ENSINO FUNDAMENTAL DA BNCC: proposta de um currículo na contramão do conhecimento. Revista Espaço do Currículo, v. 12, n. 2, p. 309–325, 2019. DOI: 10.22478/ufpb.1983-1579.2019v12n2.43516. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/index.php/rec/article/view/ufpb.1983- 1579.2019v12n2.43516. Acesso em: 26 jun. 2021. 1 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX Onde Chegar • Conhecer a proposta da BNCC para o Ensino Fundamental (anos finais). • Conhecer os princípios do processo educativo no Ensino Fundamental (anos finais). O que Aprender • Proposta da BNCC para o Ensino Fundamental; • Áreas do conhecimento e componentes curriculares do Ensino Fundamental (anos finais); • Competências específicas, objetos de conhecimento e habilidades a serem desenvolvidas no Ensino Fundamental (anos finais). AULA 08 O Ensino Fundamental(anos finais) na Base Nacional Comum Curricular BNCC – Introdução, Fundamentos e Estrutura 2 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX Desenvolvimento Nessa aula, abordaremos algumas orientações específicas, trazidas pela BNCC, para a 2ª fase do Ensino Fundamental. O documento enfatiza a importância de haver uma integração entre as 2 fases: anos iniciais (1º ao 5º ano) e anos finais (6º ao 9º ano), evitando uma ruptura no processo de aprendizagem. Ao longo do Ensino Fundamental – Anos Finais, os estudantes se deparam com desafios de maior complexidade, sobretudo devido à necessidade de se apropriarem das diferentes lógicas de organização dos conhecimentos relacionados às áreas. Tendo em vista essa maior especialização, é importante, nos vários componentes curriculares, retomar e ressignificar as aprendizagens do Ensino Fundamental – Anos Iniciais no contexto das diferentes áreas, visando ao aprofundamento e à ampliação de repertórios dos estudantes. (BNCC, 2018, p. 60) Ao falarmos sobre os estudantes do Ensino Fundamental, anos finais, estamos falando de pré-adolescentes e adolescentes. Essa fase é marcada por mudanças significativas, principalmente em relação às transformações biológicas e sociais. Os estudantes dessa fase inserem-se em uma faixa etária que corresponde à transição entre infância e adolescência, marcada por intensas mudanças decorrentes de transformações biológicas, psicológicas, sociais e emocionais. Nesse período de vida, como bem aponta o Parecer CNE/CEB nº 11/2010, ampliam-se os vínculos sociais e os laços afetivos, as possibilidades intelectuais e a capacidade de raciocínios mais abstratos. Os estudantes tornam-se mais capazes de ver e avaliar os fatos pelo ponto de vista do outro, exercendo a capacidade de descentração, “importante na construção da autonomia e na aquisição de valores morais e éticos”. (BNCC, 2018, p. 60) Na área de conhecimento de Linguagens, temos a inserção do componente curricular da Língua Inglesa. Nesse segmento do ensino, os alunos são capazes de maior aprofundamento e reflexão crítica a cerca dos conteúdos trabalhados. Vale também 3 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX destacar a importância de se discutir sobre o uso das novas tecnologias pelos estudantes e o uso desse material como recurso de aprendizagem. É importante que a instituição escolar preserve seu compromisso de estimular a reflexão e a análise aprofundada e contribua para o desenvolvimento, no estudante, de uma atitude crítica em relação ao conteúdo e à multiplicidade de ofertas midiáticas e digitais. Contudo, também é imprescindível que a escola compreenda e incorpore mais as novas linguagens e seus modos de funcionamento, desvendando possibilidades de comunicação (e também de manipulação), e que eduque para usos mais democráticos das tecnologias e para uma participação mais consciente na cultura digital. Ao aproveitar o potencial de comunicação do universo digital, a escola pode instituir novos modos de promover a aprendizagem, a interação e o compartilhamento de significados entre professores e estudantes. (BNCC, 2018, p. 61) Sobre a inserção da Língua Inglesa como componente curricular a partir do 6º ano, a BNCC explica que: [...] o estudo da língua inglesa pode possibilitar a todos o acesso aos saberes linguísticos necessários para engajamento e participação, contribuindo para o agenciamento crítico dos estudantes e para o exercício da cidadania ativa, além de ampliar as possibilidades de interação e mobilidade, abrindo novos percursos de construção de conhecimentos e de continuidade nos estudos. É esse caráter formativo que inscreve a aprendizagem de inglês em uma perspectiva de educação linguística, consciente e crítica, na qual as dimensões pedagógicas e políticas estão intrinsecamente ligadas. (BNCC, 2018, p. 241) Quanto ao ensino do componente curricular Arte, a BNCC orienta que, nos anos finais do Ensino Fundamental, os alunos tenham maior contato com manifestações artísticas e culturais, nacionais e internacionais, de épocas e contextos diversificados. “O diferencial dessa fase está na maior sistematização dos conhecimentos e na proposição de experiências mais diversificadas em relação a cada linguagem, considerando as culturas juvenis”. (BNCC, 2018, p. 205) Na área da Matemática, a BNCC afirma a importância da continuidade do trabalho desenvolvido na primeira fase do Ensino Fundamental, salientando que é fundamental 4 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX considerar as experiências e os conhecimentos já adquiridos pelos alunos, propondo atividades para observar, analisar e estabelecer relações com o que é aprendido na escola e o que vivenciado fora dela. O documento tece alguns comentários sobre os recursos que devem ser utilizados para o ensino da Matemática. Além dos diferentes recursos didáticos e materiais, como malhas quadriculadas, ábacos, jogos, calculadoras, planilhas eletrônicas e softwares de geometria dinâmica, é importante incluir a história da Matemática como recurso que pode despertar interesse e representar um contexto significativo para aprender e ensinar Matemática. Entretanto, esses recursos e materiais precisam estar integrados a situações que propiciem a reflexão, contribuindo para a sistematização e a formalização dos conceitos matemáticos. (BNCC, 2018, p. 298) Na área de Ciências Humanas, que engloba os componentes curriculares História e Geografia, percebemos que o foco a ser estudado se amplia gradativamente. Enquanto que, nos anos iniciais, é trabalhada a percepção e reconhecimento do “Eu, do outro e do nós”, nos anos finais, é possível analisar os indivíduos como atores inseridos em um mundo em constante movimento de objetos e populações e com exigência de constante comunicação. Nesse contexto, faz-se necessário o desenvolvimento de habilidades voltadas para o uso concomitante de diferentes linguagens (oral, escrita, cartográfica, estética, técnica etc.). Por meio delas, torna-se possível o diálogo, a comunicação e a socialização dos indivíduos, condição necessária tanto para a resolução de conflitos quanto para um convívio equilibrado entre diferentes povos e culturas. O desafio é grande, exigindo capacidade para responder de maneira crítica, propositiva e ética aos conflitos impostos pela história. [...] o ensino favorece uma ampliação das perspectivas e, portanto, de variáveis, tanto do ponto de vista espacial quanto temporal. Isso permite aos alunos identificar, comparar e conhecer o mundo, os espaços e as paisagens com mais detalhes, complexidade e espírito crítico, criando condições adequadas para o conhecimento de outros lugares, sociedades e temporalidades históricas. (BNCC, 2018, p. 356) Fica claro, ao longo de todo o documento da BNCC, a preocupação com a continuidade do processo educativo. Frequentemente é abordada a necessidade de relacionar os 5 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX conteúdos novos a serem desenvolvidos com o que já foi apreendido pelo aluno. Da mesma forma, como se destaca a necessidade de preparar o aluno para a próxima etapa da Educação Básica, nesse caso, preparar os alunos do 9º ano para o Ensino Médio. Nessa direção, no Ensino Fundamental – Anos Finais, a escola pode contribuir para o delineamento do projeto de vida dos estudantes, ao estabelecer uma articulação não somente com os anseios desses jovens em relação ao seu futuro, como também com a continuidade dos estudos no Ensino Médio. Esse processo de reflexão sobre o que cada jovem quer ser no futuro, e de planejamento de ações para construiresse futuro, pode representar mais uma possibilidade de desenvolvimento pessoal e social. (BNCC, 2018, p. 62) Vá mais Longe Capítulo Norteador: BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Brasília, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/. Acesso em: 12 jun. 2021. Etapa do Ensino Fundamental. Agora é sua Vez! Interação O documento da BNCC traz, em diversos trechos, a importância da transição dos alunos do 5º para o 6º ano, para se evitar uma ruptura no processo educativo. Supondo que você atue com os alunos do 5º ano, que estratégias você utilizaria para facilitar essa transição para o 6º ano? Poste a sua proposta de atividade no Fórum da Disciplina. Questão para Simulado 6 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX 1 – Quanto à área de Ensino Religioso, de acordo com o que é proposto pela BNCC, é correto afirmar que: I – O componente curricular de Ensino Religioso é obrigatório nas escolas públicas de Ensino Fundamental, com matrícula facultativa. II – A natureza e a finalidade pedagógica do componente curricular Ensino Religioso são distintas da confessionalidade. III – Deve-se tratar os conhecimentos religiosos a partir de pressupostos éticos e científicos, sem privilégio de nenhuma crença ou convicção. Está correto o que se afirma nas sentenças: a) Somente I e II b) Somente II e III c) I, II e III d) Somente III e) Somente II Resposta: Letra C Comentário: De acordo com a BNCC, o componente curricular de Ensino Religioso não deve ter caráter de confessionalidade, devendo respeitar os pressupostos éticos e científicos. "Organize-se: 6 horas semanais – mínimo sugerido para autoestudo" REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Brasília, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/. Acesso em: 12 jun. 2021. 1 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX Onde Chegar • Conhecer a proposta da BNCC para o Ensino Médio. • Conhecer os princípios do processo educativo no Ensino Médio. O que Aprender • Proposta da BNCC para o Ensino Médio; • Áreas do conhecimento, componentes curriculares, itinerários formativos e projeto de vida; • Proposta de currículo para o Ensino Médio. AULA 09 O Ensino Médio na Base Nacional Comum Curricular BNCC – Introdução, Fundamentos e Estrutura 2 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX Desenvolvimento Nessa aula, analisaremos as orientações trazidas pela BNCC para a última etapa da Educação Básica – o Ensino Médio. Devemos considerar a heterogeneidade presente nessa etapa. Segundo as Diretrizes Nacionais para o Ensino Médio, devemos reconhecer a juventude como: “condição sócio-histórico-cultural de uma categoria de sujeitos que necessita ser considerada em suas múltiplas dimensões, com especificidades próprias que não estão restritas às dimensões biológica e etária, mas que se encontram articuladas com uma multiplicidade de atravessamentos sociais e culturais, produzindo múltiplas culturas juvenis ou muitas juventudes”. Tendo como base essa concepção de público do Ensino Médio, é que precisamos de estratégias para garantir o acesso, a permanência e a aprendizagem dos estudantes dessa etapa. Considerar que há muitas juventudes implica organizar uma escola que acolha as diversidades, promovendo, de modo intencional e permanente, o respeito à pessoa humana e aos seus direitos. E mais, que garanta aos estudantes ser protagonistas de seu próprio processo de escolarização, reconhecendo-os como interlocutores legítimos sobre currículo, ensino e aprendizagem. Significa, nesse sentido, assegurar- -lhes uma formação que, em sintonia com seus percursos e histórias, permita-lhes definir seu projeto de vida, tanto no que diz respeito ao estudo e ao trabalho como também no que concerne às escolhas de estilos de vida saudáveis, sustentáveis e éticos. (BNCC, 2018, p. 463) Para o Ensino Médio, a BNCC apresenta alguns princípios fundamentais que devem ser desenvolvidos. O primeiro deles, como já falamos, é reconhecer os interesses e necessidades dos alunos. O segundo, refere-se à educação integral e a construção do projeto de vida, preparando o aluno para a cidadania e para o mundo do trabalho. 3 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX Além de possibilitar o prosseguimento dos estudos a todos aqueles que assim o desejarem, o Ensino Médio deve atender às necessidades de formação geral indispensáveis ao exercício da cidadania e construir aprendizagens sintonizadas com as necessidades, as possibilidades e os interesses dos estudantes e, também, com os desafios da sociedade contemporânea. (BNCC, 2018, p. 14) Assim, o texto da BNCC apresenta como uma das finalidades do Ensino Médio o desenvolvimento de competências que possibilitem aos estudantes inserir-se de forma ativa, crítica, criativa e responsável em um mundo do trabalho cada vez mais complexo e imprevisível, criando possibilidades para viabilizar seu projeto de vida e continuar aprendendo, de modo a ser capazes de se adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores. (2018, p. 465-466) O currículo tradicional do Ensino Médio não consegue atender a todas as demandas aqui apresentadas. Assim, foi fundamental repensar a organização curricular, substituindo a proposta que apresentava “[...] excesso de componentes curriculares e abordagens pedagógicas distantes das culturas juvenis, do mundo do trabalho e das dinâmicas e questões sociais contemporâneas”. (BNCC, 2018, p. 467) Assim, a Lei n. 13.415/2017 alterou o texto da LDB (Lei n. 9.394/96) e estabeleceu que o currículo do Ensino Médio deve ser composto pela BNCC e por itinerários formativos, sendo eles: I – linguagens e suas tecnologias; II – matemática e suas tecnologias; III – ciências da natureza e suas tecnologias; IV – ciências humanas e sociais aplicadas; V – formação técnica e profissional (LDB, Art. 36). Essa estrutura adota a flexibilidade como princípio de organização curricular, o que permite a construção de currículos e propostas pedagógicas que atendam mais adequadamente às especificidades locais e à multiplicidade de interesses dos estudantes, estimulando o exercício do protagonismo juvenil e fortalecendo o desenvolvimento de seus projetos de vida. (BNCC, 2018, p. 468) 4 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX O esquema a seguir apresenta a estrutura da BNCC para o Ensino Médio, tendo como base as 10 competências a serem desenvolvidas ao longo da Educação Básica: Fonte: BNCC (2018, p. 469) Observa-se, nessa estrutura, que as áreas do conhecimento têm por finalidade integrar dois ou mais componentes curriculares, de forma a possibilitar um trabalho interdisciplinar. Além disso, “as competências e habilidades da BNCC constituem a formação geral básica. Os currículos do Ensino Médio são compostos pela formação geral básica, articulada aos itinerários formativos como um todo indissociável, nos termos das DCNEM/2018”. (BNCC, 2018, p. 469) De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, “os itinerários formativos podem ser estruturados com foco em uma área do conhecimento, na formação técnica e profissional ou, também, na mobilização de competências e habilidades de diferentes áreas, compondo itinerários integrados”. (DCNEM, 2018, s.p.) [...] a oferta de diferentes itinerários formativos pelas escolas deve considerara realidade local, os anseios da comunidade escolar e os recursos físicos, materiais e humanos das redes e instituições escolares de forma a propiciar aos estudantes 5 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX possibilidades efetivas para construir e desenvolver seus projetos de vida e se integrar de forma consciente e autônoma na vida cidadã e no mundo do trabalho. Para tanto, os itinerários devem garantir a apropriação de procedimentos cognitivos e o uso de metodologias que favoreçam o protagonismo juvenil, e organizar-se em torno de um ou mais dos seguintes eixos estruturantes: I – investigação científica: supõe o aprofundamento de conceitos fundantes das ciências para a interpretação de ideias, fenômenos e processos para serem utilizados em procedimentos de investigação voltados ao enfrentamento de situações cotidianas e demandas locais e coletivas, e a proposição de intervenções que considerem o desenvolvimento local e a melhoria da qualidade de vida da comunidade; II – processos criativos: supõem o uso e o aprofundamento do conhecimento científico na construção e criação de experimentos, modelos, protótipos para a criação de processos ou produtos que atendam a demandas para a resolução de problemas identificados na sociedade; III – mediação e intervenção sociocultural: supõem a mobilização de conhecimentos de uma ou mais áreas para mediar conflitos, promover entendimento e implementar soluções para questões e problemas identificados na comunidade; IV – empreendedorismo: supõe a mobilização de conhecimentos de diferentes áreas para a formação de organizações com variadas missões voltadas ao desenvolvimento de produtos ou prestação de serviços inovadores com o uso das tecnologias. (BNCC, 2018, p. 478- 479) Podemos perceber que a flexibilidade do currículo é fundamental para que a proposta da BNCC seja colocada em prática no Ensino Médio. Apesar de ter recebido diversas críticas por parte de especialistas e educadores, podemos afirmar que a preocupação com o acesso, a permanência e a aprendizagem significativa, nessa etapa da Educação Básica, já representam um grande avanço para a sociedade. Para formar esses jovens como sujeitos críticos, criativos, autônomos e responsáveis, cabe às escolas de Ensino Médio 6 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX proporcionar experiências e processos que lhes garantam as aprendizagens necessárias para a leitura da realidade, o enfrentamento dos novos desafios da contemporaneidade (sociais, econômicos e ambientais) e a tomada de decisões éticas e fundamentadas. O mundo deve lhes ser apresentado como campo aberto para investigação e intervenção quanto a seus aspectos políticos, sociais, produtivos, ambientais e culturais, de modo que se sintam estimulados a equacionar e resolver questões legadas pelas gerações anteriores – e que se refletem nos contextos atuais –, abrindo-se criativamente para o novo. (BNCC, 2018, p. 463) Vá mais Longe Capítulo Norteador: BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Brasília, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/. Acesso em: 12 jun. 2021. Etapa do Ensino Médio. Sugestão de Leitura: COSTA, Marilda de Oliveira; SILVA, Leonardo Almeida da. Educação e democracia: Base Nacional Comum Curricular e novo ensino médio sob a ótica de entidades acadêmicas da área educacional. Revista Brasileira de Educação, v. 24, 2019. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbedu/a/ML8XWMp3zGw4ygSGNvbmN4p/?lang=pt&format=p df. Acesso em: 03 jul. 2021. Sugestão de Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=-t_QkKzC1L4 Agora é sua Vez! https://www.youtube.com/watch?v=-t_QkKzC1L4 7 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX Interação Nessa aula, conhecemos a proposta da BNCC para o Ensino Médio. Tal proposta recebeu diversas críticas por parte de especialistas e educadores. O artigo sugerido traz à tona essa análise. Com base na leitura desse material, poste no Fórum da Disciplina um pequeno texto (até 15 linhas) comentando uma das críticas apresentadas à proposta da BNCC para o Ensino Médio. COSTA, Marilda de Oliveira; SILVA, Leonardo Almeida da. Educação e democracia: Base Nacional Comum Curricular e novo ensino médio sob a ótica de entidades acadêmicas da área educacional. Revista Brasileira de Educação, v. 24, 2019. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbedu/a/ML8XWMp3zGw4ygSGNvbmN4p/?lang=pt&format=p df. Acesso em: 03 jul. 2021. Questão para Simulado 1 – Considerando a proposta da BNCC para o Ensino Médio, é correto afirmar que é função da escola: I - Valorizar os papéis sociais desempenhados pelos jovens, para além de sua condição de estudante, e qualificar os processos de construção de sua(s) identidade(s) e de seu projeto de vida. II - Garantir a participação ativa do aluno no processo de aprendizagem e o desenvolvimento de suas capacidades de abstração, reflexão, interpretação, proposição e ação, essenciais à sua autonomia pessoal, profissional, intelectual e política. III - Promover a aprendizagem colaborativa, possibilitando aos alunos que aprendam a trabalhar em equipe. Entretanto, deve-se priorizar as atividades individuais para que os alunos possam desenvolver suas potencialidades. Está correto o que se afirma nas sentenças: a) Somente I e II b) Somente II e III c) I, II e III d) Somente I e) Somente II Resposta: Letra A 8 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX Comentário: De acordo com a BNCC, a escola deve promover a aprendizagem colaborativa, desenvolvendo nos estudantes a capacidade de trabalharem em equipe e aprenderem com seus pares. "Organize-se: 6 horas semanais – mínimo sugerido para autoestudo" REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Brasília, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/. Acesso em: 12 jun. 2021. BRASIL. Conselho Nacional de Educação; Câmara de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/docman/novembro-2018-pdf/102481-rceb003-18/file. Acesso em: 03 jul. 2021. BRASIL. Lei nº 13.415, de 16 de fevereiro de 2017. Altera as Leis nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, e nº 11.494, de 20 de junho de 2007, que regulamenta o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, a Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e pelo Decreto-Lei nº 236, de 28 de fevereiro de 1967; revoga a Lei nº 11.161, de 5 de agosto de 2005; e institui a Política de Fomento à Implementação de Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/l13415.htm. Acesso em: 03 jul. 2021. COSTA, Marilda de Oliveira; SILVA, Leonardo Almeida da. Educação e democracia: Base Nacional Comum Curricular e novo ensino médio sob a ótica de entidades acadêmicas da área educacional. Revista Brasileira de Educação, v. 24, 2019. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbedu/a/ML8XWMp3zGw4ygSGNvbmN4p/?lang=pt&format=p df. Acesso em: 03 jul. 2021. 1 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX Onde Chegar • Conhecer os Temas Contemporâneos Transversais (TCTs) propostos pela BNCC. • Compreender como os temas contemporâneos devem ser desenvolvidos na prática pedagógica. • Conhecer os conceitos de interdisciplinaridade, transdisciplinaridade e transversalidade.O que Aprender • Temas Contemporâneos propostos pela BNCC; • Interdisciplinaridade, transdisciplinaridade e transversalidade. AULA 10 Temas Contemporâneos Transversais BNCC – Introdução, Fundamentos e Estrutura 2 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX Desenvolvimento Nós já vimos nas aulas anteriores que um dos fundamentos da BNCC é garantir a formação integral do aluno. Para tanto, o documento propõe o desenvolvimento de competências, habilidades e conhecimentos ao longo da Educação Básica. Como forma de organizar essas aprendizagens, foram definidas áreas de conhecimento e seus respectivos componentes curriculares. Além dos conhecimentos que devem ser desenvolvidos em cada componente curricular, a BNCC propõe o desenvolvimento dos Temas Contemporâneos Transversais (TCTs). Eles não pertencem a um componente curricular específico, mas devem ser trabalhados de forma a integrar o conteúdo, estabelecendo integração e significação. Cabe à instituição escolar e, principalmente, ao professor organizar os momentos em que esses temas serão trabalhados e como serão integrados ao conteúdo proposto. Esse trabalho transversal, onde todos os componentes curriculares são responsáveis pelo desenvolvimento dos temas contemporâneos, integrando-os aos conteúdos propostos, contribui de forma significativa para a formação integral do aluno. Percebe-se, assim, que os temas contemporâneos estão diretamente relacionados às 10 competências e às aprendizagens essenciais propostas pela BNCC. A abordagem da contemporaneidade é uma busca pela melhoria da aprendizagem. Ao contextualizar o que é ensinado em sala de aula juntamente com os temas contemporâneos, espera-se aumentar o interesse dos estudantes durante o processo e despertar a relevância desses temas no seu desenvolvimento como cidadão. O maior objetivo dessa abordagem é que o estudante conclua a sua educação formal reconhecendo e aprendendo sobre os temas que são relevantes para sua atuação na sociedade. Assim, espera-se que a abordagem dos Temas Contemporâneos Transversais (TCTs) permita ao estudante compreender questões diversas, tais como cuidar do planeta, a partir do território em que vive; administrar o seu dinheiro; cuidar de sua saúde; usar as novas tecnologias digitais; entender e respeitar aqueles que são diferentes e quais são seus direitos e deveres como cidadão, contribuindo para a formação integral do estudante como ser humano, sendo essa uma das funções sociais da escola. (BRASIL, 2019a, p. 4) 3 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX Os temas transversais não são recentes no Brasil. Foram propostos com a implementação dos Parâmetros Curriculares Nacionais, em 1997. Tinha-se como premissa que eles deveriam manter as disciplinas curriculares tradicionais como eixos longitudinais, devendo girar em torno delas. Na época, foram propostos 5 temas transversais para os anos iniciais do Ensino Fundamental, e 6 temas para os anos finais do Ensino Fundamental. Atualmente, a BNCC propõe o desenvolvimento de 15 temas contemporâneos, organizados em 6 macroáreas, conforme mostra a figura a seguir: Fonte: Brasil (2019a, p. 7) Vale salientar que os temas podem ser trabalhados tanto em um ou mais componentes de forma intradisciplinar, interdisciplinar ou transdisciplinar, mas sempre transversalmente às áreas de conhecimento. Como forma de auxiliar o trabalho de gestores e professores na reformulação do currículo escolar, atendendo às orientações da BNCC, foram elaborados 2 documentos 4 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX sobre os Temas Contemporâneos Transversais. De acordo com esses documentos, o trabalho com os temas contemporâneos deve estar embasado em 4 pilares: Fonte: Brasil (2019a, p. 8) O objetivo [desses documentos] é favorecer e estimular a criação de estratégias que relacionem os diferentes componentes curriculares e os TCTs, de forma que o estudante ressignifique a informação procedente desses diferentes saberes disciplinares e transversais, integrando-os a um contexto social amplo, identificando-os como conhecimentos próprios. Para tanto, sugere-se formas de organização dos componentes curriculares que, respeitando a competência pedagógica das equipes escolares, estimulem estratégias dinâmicas, interativas e colaborativas em relação à gestão de suas práticas pedagógicas (BNCC, 2018, p.12). Diversas são as possibilidades didático pedagógicas para a abordagem dos temas contemporâneos. Sugere-se que sejam trabalhados em 3 níveis de complexidade: intradisciplinar, interdisciplinar e transdisciplinar, mas sempre priorizando a transversalidade. A transversalidade orienta para a necessidade de se instituir, na prática educativa, uma analogia entre aprender conhecimentos teoricamente sistematizados (aprender sobre 5 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX a realidade) e as questões da vida real (aprender na realidade e da realidade). Dentro de uma compreensão interdisciplinar do conhecimento, a transversalidade tem significado, sendo uma proposta didática que possibilita o tratamento dos conhecimentos escolares de forma integrada. Assim, nessa abordagem, a gestão do conhecimento parte do pressuposto de que os sujeitos são agentes da arte de problematizar e interrogar, e buscam procedimentos interdisciplinares capazes de acender a chama do diálogo entre diferentes sujeitos, ciências, saberes e temas (CNE/CEB, 2010, p. 24). O trabalho intradisciplinar propõe o desenvolvimento dos temas contemporâneos relacionando-os, de forma integrada, aos conteúdos de cada componente curricular. A interdisciplinaridade pressupõe a existência de um diálogo entre os campos dos saberes, “[...] em que cada componente acolhe as contribuições dos outros, ou seja, há uma interação entre eles. Nesse pressuposto, um TCT pode ser trabalhado envolvendo dois ou mais componentes curriculares”. (BRASIL, 2019b, p.18) A abordagem transdisciplinar contribui para que o conhecimento construído extrapole o conteúdo escolar, uma vez que favorece a flexibilização das barreiras que possam existir entre as diversas áreas do conhecimento, possibilitando a abertura para a articulação entre elas. Essa abordagem contribui para reduzir a fragmentação do conhecimento ao mesmo tempo em que busca compreender os múltiplos e complexos elementos da realidade que afetam a vida em sociedade. (BRASIL, 2019b, p.18-19) Como dito anteriormente, espera-se que os temas contemporâneos sejam desenvolvidos nos 3 níveis de complexidade – intradisciplinar, interdisciplinar e transdisciplinar – de modo transversal, envolvendo todos os componentes curriculares, ao longo da Educação Básica. “A transversalidade é um princípio que desencadeia metodologias modificadoras da prática pedagógica, integrando diversos conhecimentos e ultrapassando uma concepção fragmentada, em direção a uma visão sistêmica”. (BRASIL, 2019a, p. 14) 6 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX Percebemos, dessa forma, que é fundamental superar a fragmentação do processo pedagógico, no qual nem as disciplinas e nem os conteúdos se relacionam, não se integram e não interagem entre si. Os Temas Contemporâneos Transversais são uma ferramenta valiosa para a superação da fragmentação do conhecimento e formação integral do ser humano com o desenvolvimento de uma visão ampla de mundo. Contudo, é preciso enfrentar o desafio de traçar caminhos para se trabalhar com equidade - busca da igualdade sem eliminar as diferenças -, ética, solidariedadee respeito ao ser humano, ao pluralismo de ideias e de culturas. Essa (trans)formação se faz possível por meio de uma abordagem pedagógica que valorize a construção de conhecimentos de forma integrada e contextualizada. (BRASIL, 2019a, p. 24) Vá mais Longe Capítulo Norteador: BRASIL. Ministério da Educação. Temas Contemporâneos Transversais na BNCC: propostas de práticas de implementação. Brasília, 2019. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/implementacao/guia_pratico_temas_c ontemporaneos.pdf. Acesso em: 03 jul. 2021. Sugestão de Leitura: BRASIL. Ministério da Educação. Temas Contemporâneos Transversais na BNCC: contexto histórico e pressupostos pedagógicos. Brasília, 2019b. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/implementacao/contextualizacao_tema s_contemporaneos.pdf. Acesso em: 03 jul. 2021. Sugestão de Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=_UyNrBGU2w4 7 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX Agora é sua Vez! Interação Nessa aula, conversamos sobre os Temas Contemporâneos Transversais. A BNCC propõe o desenvolvimento de 15 temas que devem ser trabalhados, ao longo da Educação Básica, de forma transversal. Isso significa que todos os componentes curriculares devem ser responsáveis pelo trabalho com os temas, relacionando-os aos conteúdos previstos, assim como integrando-os aos demais componentes curriculares, possibilitando um trabalho interdisciplinar. Poste um pequeno texto (até 15 linhas) no Fórum da Disciplina comentando sobre a importância dos temas contemporâneos na formação integral do aluno. Questão para Simulado 1 – Leia a seguinte afirmação: “Os Temas Contemporâneos Transversais (TCTs) têm a condição de explicitar a ligação entre os diferentes componentes curriculares de forma integrada, bem como de fazer sua conexão com situações vivenciadas pelos estudantes em suas realidades, contribuindo para trazer contexto e contemporaneidade aos objetos do conhecimento descritos na BNCC”. (BRASIL, 2019b, p. 5) Sobre os temas contemporâneos, propostos pela BNCC, é correto afirmar: I – Os temas contemporâneos propostos pela BNCC são temas atuais e de interesse dos estudantes. Contribuem, de forma significativa, para o seu desenvolvimento como cidadão. II – Um dos objetivos dos temas contemporâneos é possibilitar a formação integral do aluno, de forma que este não tenha acesso apenas a conteúdos abstratos e descontextualizados, mas que também reconheça e aprenda sobre os temas que são relevantes para sua atuação na sociedade. 8 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX III – Cabe às instituições escolares definirem quais temas contemporâneos serão desenvolvidos em cada componente curricular, de modo a organizar o currículo e o Projeto Pedagógico da escola, facilitando a atuação docente. Está correto o que se afirma nas sentenças: a) Somente I e II b) Somente II e III c) I, II e III d) Somente I e) Somente II Resposta: Letra A Comentário: Além dos conhecimentos que devem ser desenvolvidos em cada componente curricular, a BNCC propõe o desenvolvimento dos Temas Contemporâneos Transversais (TCTs). Eles não pertencem a um componente curricular específico, mas devem ser trabalhados de forma a integrar o conteúdo, estabelecendo uma integração e significação. Cabe à instituição escolar e, principalmente, ao professor organizar os momentos em que esses temas serão trabalhados e como serão integrados ao conteúdo proposto. "Organize-se: 6 horas semanais – mínimo sugerido para autoestudo" REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Brasília, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/. Acesso em: 12 jun. 2021. BRASIL. Ministério da Educação. Temas Contemporâneos Transversais na BNCC: propostas de práticas de implementação. Brasília, 2019a. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/implementacao/guia_pratico_temas_c ontemporaneos.pdf. Acesso em: 03 jul. 2021. 9 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX BRASIL. Ministério da Educação. Temas Contemporâneos Transversais na BNCC: contexto histórico e pressupostos pedagógicos. Brasília, 2019b. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/implementacao/contextualizacao_tema s_contemporaneos.pdf. Acesso em: 03 jul. 2021. BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação; Câmara de Educação Básica. Resolução nº 7, de 14 de dezembro de 2010. Fixa Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos. Diário Oficial da União, Brasília, 15 de dezembro de 2010, Seção 1, p. 34. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/rceb007_10.pdf. Acesso em: 03 jul. 2021. 1 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX Onde Chegar • Identificar as mudanças trazidas com a implementação da BNCC. • Reconhecer as diferenças entre a abordagem tradicional e a proposta pedagógica da BNCC. • Perceber a importância da atuação docente para a implementação da BNCC. O que Aprender • O que muda com a BNCC; • Superação da Abordagem Tradicional; • Atuação docente. AULA 11 Principais mudanças trazidas pela BNCC BNCC – Introdução, Fundamentos e Estrutura 2 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX Desenvolvimento Como já vimos, a BNCC foi elaborada com o intuito de balizar a qualidade da educação ofertada nas escolas brasileiras, públicas e privadas, visando a formação integral do aluno. Esse não foi o primeiro documento implantado com o objetivo de definir um currículo mínimo comum para todos os alunos. Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), implantados a partir de 1997, já apresentavam essa proposta. Uma das mudanças trazidas pela BNCC é o ensino por competências. Aqui, a preocupação não é definir os conteúdos a serem trabalhados em cada etapa da educação, mas estabelecer as aprendizagens essenciais a que todos os alunos devem ter acesso. Muito mais do que simplesmente definir quais conteúdos devem ser abordados em cada período, as escolas, especialmente seus professores e profissionais da gestão pedagógica, carregam desafios como desenvolver habilidades sociais, emocionais, valores e atitudes adequadas para o exercício pleno da cidadania de cada estudante. A Base Nacional Curricular Comum (BNCC) é o documento norteador para essa gestão no Brasil, um guia com o objetivo de balizar a educação básica e estabelecer patamares de aprendizagem e conhecimentos essenciais que precisam ser garantidos a todos os brasileiros. (OBSERVATÓRIO DE EDUCAÇÃO, 2020, s.p.) Com a implementação da BNCC, busca-se também romper com o paradigma tradicional da educação. A abordagem tradicional pressupõe o professor como centro do processo educativo e o aluno assume um papel passivo na aprendizagem. A ele cabe receber as informações passadas pelo professor e reproduzi-las nos momentos de avaliação. Não há preocupação, nessa abordagem, com a formação integral do aluno, tão pouco com a formação de um cidadão crítico, criativo, consciente e ativo na sociedade em que convive. 3 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX Ao propor um currículo baseado no desenvolvimento de competências, o aluno passa a ser visto como um sujeito ativo e corresponsável pelo processo de ensino-aprendizagem. Enfatiza-se a necessidade de relacionar a teoria à prática, pois só colocando em prática o que foi aprendido em sala de aula é que se pode verificarquais competências foram desenvolvidas. Durante muito tempo, o conceito predominante de currículo escolar era de um conjunto de disciplinas e conteúdos pré- estabelecidos que deveriam simplesmente serem repassados aos alunos em um processo de aprendizagem vertical. Neste contexto, o Estado tinha o papel de decidir e distribuir esses conteúdos aos alunos, que atuavam como receptores desse conhecimento previamente construído. (OBSERVATÓRIO DE EDUCAÇÃO, 2020, s.p.) Ao propor uma participação mais ativa do aluno no processo de aprendizagem, é fundamental que os professores repensem a sua prática pedagógica. Aulas expositivas e realização de atividades para a fixação do conteúdo não são mais suficientes. Não é preciso abandonar essas práticas, mas incorporar novas metodologias que possibilitem uma atuação mais significativa do aluno em sala de aula. Com a formalização da proposta pedagógica de incluir o estudante como agente ativo na construção do conhecimento e não apenas como receptor de informações, a BNCC propõe [...] um ensino mais dialógico e maleável, capaz de se adaptar às demandas dos alunos e tornando-os melhor preparados para lidar com os desafios da atualidade. (OBSERVATÓRIO DE EDUCAÇÃO, 2020, s.p.) Ao pensarmos em uma nova prática docente, atendendo as orientações trazidas pela BNCC, que privilegie a participação ativa do aluno, precisamos repensar a avaliação da aprendizagem. Se queremos desenvolver habilidades e competências, talvez a prova (em sua forma tradicional, como conhecemos) não seja o instrumento mais adequado para essa análise. A BNCC propõe a construção e aplicação de “procedimentos de avaliação formativa de processo ou de resultado que levem em conta os contextos e as condições 4 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX de aprendizagem, tomando tais registros como referência para melhorar o desempenho da escola, dos professores e dos alunos”. (BNCC, 2018, p. 17) Outra mudança trazida pela BNCC é concepção de utilização da tecnologia na sala de aula, tanto como recurso de aprendizagem como conteúdo a ser desenvolvido com os alunos. Uma das competências a ser desenvolvida ao longo da Educação Básica traz a seguinte proposta: Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva. (BNCC, 2018, p. 09) Quanto ao trabalho pedagógico a ser desenvolvido em relação à utilização de tecnologias em aula, a BNCC traz a seguinte reflexão: Há que se considerar, ainda, que a cultura digital tem promovido mudanças sociais significativas nas sociedades contemporâneas. Em decorrência do avanço e da multiplicação das tecnologias de informação e comunicação e do crescente acesso a elas pela maior disponibilidade de computadores, telefones celulares, tablets e afins, os estudantes estão dinamicamente inseridos nessa cultura, não somente como consumidores. Os jovens têm se engajado cada vez mais como protagonistas da cultura digital, envolvendo-se diretamente em novas formas de interação multimidiática e multimodal e de atuação social em rede, que se realizam de modo cada vez mais ágil. Por sua vez, essa cultura também apresenta forte apelo emocional e induz ao imediatismo de respostas e à efemeridade das informações, privilegiando análises superficiais e o uso de imagens e formas de expressão mais sintéticas, diferentes dos modos de dizer e argumentar característicos da vida escolar. (BNCC, 2018, p. 61) É fundamental que todas essas questões sejam abordadas com os alunos. O acesso à informação está cada vez mais fácil, entretanto, é necessário analisar as fontes e a 5 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX veracidade dessas informações. Cada vez mais se fala em fake news e como essa prática está enraizada nas redes sociais. Outras questões que devem ser abordadas com os alunos referem-se ao cancelamento em redes sociais, bullying virtual, exposição pessoal em redes sociais, falta de empatia com os demais, etc. “É importante que a instituição escolar preserve seu compromisso de estimular a reflexão e a análise aprofundada e contribua para o desenvolvimento, no estudante, de uma atitude crítica em relação ao conteúdo e à multiplicidade de ofertas midiáticas e digitais”. (BNCC, 2018, p. 61) Outra mudança trazida pela BNCC foi a necessidade de reformulação dos Projetos Pedagógicos. Ao mudar o objetivo e as metodologias do processo de ensino- aprendizagem, gerou-se uma incompatibilidade com as propostas pedagógicas em vigência nas escolas. Assim, diversos documentos foram elaborados para auxiliar os gestores na reformulação dos Projetos Pedagógicos, de forma que estes estejam em concordância com o que é proposto pela BNCC. Nesse sentido, o Ensino Médio foi a etapa que sofreu a maior alteração em sua matriz curricular. A BNCC propõe uma flexibilização no currículo de modo a enfatizar o trabalho com os itinerários formativos e o projeto de vida. De modo geral, essas são as principais mudanças trazidas com a implementação da BNCC. Agora, para que essas propostas sejam realmente aplicadas de forma eficaz, é preciso pensar na formação continuada dos professores. São eles que estarão realmente aplicando e desenvolvendo os conteúdos visando o desenvolvimento das competências básicas e, consequentemente, a formação integral do aluno. Vá mais Longe Capítulo Norteador: OBSERVATÓRIO DE EDUCAÇÃO. BNCC: objetivos e desafios para a sua implementação. 2020. Disponível em: https://observatoriodeeducacao.institutounibanco.org.br/em- debate/bncc-desafios-para- 6 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX implementacao?utm_source=google&utm_medium=cpc&utm_campaign=1135818397 4&utm_content=114499843858&utm_term=bncc%20atualizada&gclid=Cj0KCQjwxdSH BhCdARIsAG6zhlVm0m1FBwsOGye1pGmnUnEWCgwmOyMbW6CgB- hfFVe1wJLJvHOE5ngaAq6BEALw_wcB. Acesso em: 15 jul. 2021. Sugestão de Leitura: SILVA, Maria Valnice da; SANTOS, Jean Mac Cole Tavares. A BNCC e as implicações para o currículo da Educação Básica. CONADIS, 2018. Disponível em: https://editorarealize.com.br/editora/anais/conadis/2018/TRABALHO_EV116_MD1_SA 13_ID786_08102018110158.pdf. Acesso em: 15 jul. 2021. Sugestão de Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=d2sfoDDvPYQ Agora é sua Vez! Interação A implementação da BNCC trouxe algumas mudanças para a prática docente e para a rotina escolar, de maneira geral. Selecione uma dessas mudanças e escreva um pequeno texto (até 15 linhas) sobre como essa questão impacta a rotina escolar. Poste o seu texto no Fórum da Disciplina. Questão para Simulado 1 – Sobre a implementação da BNCC, seus princípios e fundamentos, é correto afirmar: I - Na BNCC a educação integral, independentemente da jornada escolar, é concebida como construção intencional de processos educativos que promovam aprendizagens sintonizadas com as necessidades, as possibilidades e os interesses dos estudantes e, também, com os desafios da sociedade contemporânea. 7 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX II – O ensino por competências visa a fragmentação do conteúdo, de forma a aliar a teoria à prática, permitindo ao aluno atribuir significado e contexto ao conteúdo que está sendo apreendido. III - A presença de tecnologias na sala de aula pressupõe novos espaços sociais e novos espaços de aprendizagem. Os professores podem aprimorar sua prática pedagógica, pautando suasaulas em fundamentos interacionistas e tecnológicos visando ampliar as competências comunicativas de seus alunos. Está correto o que se afirma nas sentenças: a) Somente I e II b) Somente I e III c) I, II e III d) Somente I e) Somente II Resposta: Letra B Comentário: A proposta pedagógica trazida pela BNCC visa a superação da fragmentação do conteúdo. Propõe um processo educativo baseado na construção do conhecimento. "Organize-se: 6 horas semanais – mínimo sugerido para autoestudo" REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Brasília, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/. Acesso em: 12 jun. 2021. OBSERVATÓRIO DE EDUCAÇÃO. BNCC: objetivos e desafios para a sua implementação. 2020. Disponível em: https://observatoriodeeducacao.institutounibanco.org.br/em- debate/bncc-desafios-para- implementacao?utm_source=google&utm_medium=cpc&utm_campaign=1135818397 4&utm_content=114499843858&utm_term=bncc%20atualizada&gclid=Cj0KCQjwxdSH 8 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX BhCdARIsAG6zhlVm0m1FBwsOGye1pGmnUnEWCgwmOyMbW6CgB- hfFVe1wJLJvHOE5ngaAq6BEALw_wcB. Acesso em: 15 jul. 2021. SILVA, Maria Valnice da; SANTOS, Jean Mac Cole Tavares. A BNCC e as implicações para o currículo da Educação Básica. CONADIS, 2018. Disponível em: https://editorarealize.com.br/editora/anais/conadis/2018/TRABALHO_EV116_MD1_SA 13_ID786_08102018110158.pdf. Acesso em: 15 jul. 2021. 1 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX Onde Chegar • Compreender a concepção do processo avaliativo apresentado pela BNCC. • Compreender os princípios da avaliação diagnóstica, formativa e somativa. O que Aprender • Avaliação da aprendizagem escolar; • Avaliação diagnóstica; • Avaliação formativa; • Avaliação somativa. AULA 12 Avaliação da aprendizagem e o seu alinhamento à BNCC BNCC – Introdução, Fundamentos e Estrutura 2 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX Desenvolvimento A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento orientador para a elaboração dos currículos das instituições de ensino. Ao estabelecer como princípio a formação integral do aluno e o desenvolvimento de habilidades e competências, a BNCC rompe com diversas práticas tradicionais que ainda estavam presentes na escola. A abordagem Tradicional pressupõe a transmissão do conhecimento, onde o professor é visto como detentor da informação e, assim, ocupa o centro do processo de ensino- aprendizagem. Nessa concepção de ensino, o aluno é passivo, cabendo a ele receber as informações passadas e repeti-las nas avaliações. Ao propor o desenvolvimento de competências ao longo da Educação Básica, a BNCC traz uma nova concepção de prática pedagógica. O aluno torna-se autor do seu processo de aprendizagem, e o professor atua como mediador. Busca-se, assim, a construção do conhecimento por meio da pesquisa. Ao mudar a concepção e as finalidades do processo de ensino-aprendizagem, altera-se também a forma de avaliar. Enquanto na abordagem tradicional a avaliação centrava-se na aplicação de testes e provas, na memorização e na reprodução do conhecimento transmitido; no ensino baseado no desenvolvimento de competências busca-se verificar como o aluno consegue mobilizar e aplicar as habilidades e conhecimentos adquiridos. A prova pela BNCC tem o objetivo de fazer uma análise global e integral do estudante. Assim, podemos recorrer aos princípios da avaliação diagnóstica, formativa e somativa. A avaliação da aprendizagem pode ocorrer antes, durante ou depois das atividades de ensino. Para cada caso, ela receberá, respectivamente, o nome de diagnóstica, formativa ou somativa, de acordo com o uso que será feito de seus resultados relativos ao desempenho dos estudantes. No entanto, esses diferentes tipos de avaliação têm um objetivo em comum: verificar se os estudantes adquiriram os aprendizados e a capacidade de mobilizá-los para enfrentar os problemas que enfrentarão ao longo de suas vidas. (GUIA DA AÇÃO AVALIATIVA, 2020, p. 10) 3 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX A avaliação diagnóstica deve ser realizada antes da introdução de um novo conteúdo. Os alunos e professores, a partir da avaliação diagnóstica de forma integrada, reajustarão seus planos de ação. Esta avaliação deverá ocorrer no início de cada ciclo de estudos, pois a variável tempo pode favorecer ou prejudicar as trajetórias subsequentes, caso não se faça uma reflexão constante, crítica e participativa. A referida função diagnóstica da avaliação obriga a uma tomada de decisão posterior em favor do ensino, estando a serviço de uma pedagogia que visa à transformação social. (SANTOS; VARELA, 2007, s.p.) A avaliação formativa deve ser realizada durante o processo de ensino-aprendizagem, possibilitando a readequação da ação docente, se for necessária. Avaliação formativa é realizada com o propósito de informar o professor e o aluno sobre o resultado da aprendizagem, durante o desenvolvimento das atividades escolares. Localiza a deficiência na organização do ensino-aprendizagem, de modo a possibilitar reformulações no mesmo e assegurar o alcance dos objetivos. (SANTOS; VARELA, 2007, s.p.) “Realizada durante o processo de ensino, a avaliação formativa merece destaque, pois trata-se de avaliação PARA a aprendizagem e não apenas DA aprendizagem. Só através da formativa é possível avaliar todos os objetivos de aprendizagem de uma proposta pedagógica”. (GUIA DA AÇÃO AVALIATIVA, 2020, p. 10) A figura a seguir apresenta as etapas da avaliação formativa: 4 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX Fonte: GUIA DA AÇÃO AVALIATIVA, 2020, p. 11 A avaliação somativa tem como função indicar, ao final de determinado período, o que foi aprendido pelo aluno. “A avaliação somativa tem como função classificar os alunos ao final da unidade, semestre ou ano letivo, segundo níveis de aproveitamento apresentados. O objetivo da avaliação somativa é classificar o aluno para determinar se ele será aprovado ou reprovado”. (SANTOS; VARELA, 2007, s.p.) Podemos perceber a importância de repensar e ressignificar a prática da avaliação escolar nas instituições de ensino. As avaliações são essenciais para a garantia da aprendizagem dos estudantes. Permitem tanto mensurar o que foi, de fato, aprendido, como fornecem insumos para o próprio processo de aprendizagem. Afinal, a ideia é desenvolver o estudante em suas mais diversas dimensões, como física, intelectual, 5 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX cultural e emocional. Para chegar a esse patamar, é necessário modificar as rotinas educacionais e as práticas exercidas em sala de aula. Somente dessa forma será possível incorporar as modificações exigidas pela BNCC nos mais diferentes âmbitos escolares. (GUIA DA AÇÃO AVALIATIVA, 2020, p. 13) Vá mais Longe Capítulo Norteador: FARIA, Camila Grassi Mendes de. Avaliação da aprendizagem escolar. Curitiba: Contentus, 2020. p. 24-30. Biblioteca Virtual. Sugestão de Leitura: SANTOS, Monalize Rigon dos; VARELA, Simone. A avaliação como um instrumento diagnóstico da construção do conhecimento nas séries iniciais do Ensino Fundamental. Revista Eletrônica de Educação, ano 1, n. 01, ago./dez. 2007. Disponível em: https://web.unifil.br/docs/revista_eletronica/educacao/Artigo_04.pdf. Acesso em: 03 jul. 2021. Sugestão de vídeo: https://youtu.be/FmUQpsWOjis Agora é sua Vez! InteraçãoNessa aula, conversamos sobre a importância de se repensar a prática pedagógica, e, consequentemente o processo de avaliação da aprendizagem. Foram apresentadas 3 concepções de avaliação: diagnóstica, formativa e somativa. Escolha uma dessas concepções e elabore um pequeno texto (até 10 linhas) sobre a importância dessa avalição para o processo de ensino-aprendizagem. Poste o seu texto no Fórum da Disciplina. https://youtu.be/FmUQpsWOjis 6 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX Questão para Simulado 1 – Sobre a avaliação formativa é correto afirmar que: I – Deve ser realizada no início de cada ciclo de estudos, quando um conteúdo novo será desenvolvido. II - Tem como função informar o aluno e o professor sobre os resultados que estão sendo alcançados durante o desenvolvimento das atividades. III – Seu objetivo é informar, alunos e professores, ao final de um determinado período, os resultados alcançados pelos alunos. Sua função é classificatória. Está correto o que se afirma em: a) Somente I e II b) Somente III c) I, II e III d) Somente I e) Somente II Resposta: Letra E Comentário: Segundo Santos e Varela (2007) Avaliação formativa é realizada com o propósito de informar o professor e o aluno sobre o resultado da aprendizagem, durante o desenvolvimento das atividades escolares. Localiza a deficiência na organização do ensino-aprendizagem, de modo a possibilitar reformulações no mesmo e assegurar o alcance dos objetivos. "Organize-se: 6 horas semanais – mínimo sugerido para autoestudo" 7 NEAD – Núcleo de Educação a Distância ROTAS DE APRENDIZAGEM Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX REFERÊNCIAS FARIA, Camila Grassi Mendes de. Avaliação da aprendizagem escolar. Curitiba: Contentus, 2020. p. 24-30. Biblioteca Virtual. GUIA DA AÇÃO AVALIATIVA: Estratégias de avaliação diagnóstica e formativa para uso durante as aulas. 2020. Disponível em: https://movimentopelabase.org.br/wp- content/uploads/2021/02/guia-da-av-interativo.pdf. Acesso em: 03 jul. 2021. SANTOS, Monalize Rigon dos; VARELA, Simone. A avaliação como um instrumento diagnóstico da construção do conhecimento nas séries iniciais do Ensino Fundamental. Revista Eletrônica de Educação, ano 1, n. 01, ago./dez. 2007. Disponível em: https://web.unifil.br/docs/revista_eletronica/educacao/Artigo_04.pdf. Acesso em: 03 jul. 2021.