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Tutoria 3 Prob 3

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Tutoria 3 Prob 3
Mod 2
1- Definir o carcinoma de células escamosas e relacionar ao tabagismo e etilismo?
· O carcinoma de células escamosas (CEE) é uma neoplasia maligna, com origem no epitélio de revestimento da boca, sendo responsável por cerca de 95% das lesões malignas nesta região. No Brasil, a boca representa a quinta localização de maior incidência de câncer em homens e a sétima em mulheres. Este trabalho teve como objetivo analisar as variáveis: perfil (gênero, cor, idade, ocupação e escolaridade), fatores etiológicos (tabagismo, etilismo e exposição ao sol), com o estadiamento clínico (sistema TNM) e, conseqüentemente, o tratamento indicado. Foram incluídos 75 artigos. Verificou-se um predomínio das lesões na língua (32,7%), seguido pelo assoalho bucal (23,3%). A lesão foi predominantemente encontrada em feodermas, entre a 5ª e a 7ª décadas de vida. No momento do diagnóstico, a maioria dos pacientes se encontrava em estádio avançado da lesão (III ou IV). Os fatores mais associados ao desenvolvimento do CCE bucal foram: tabagismo, etilismo e radiação solar, considerando-se que estes podem complicar seu curso e prognóstico. Verificou-se que quanto maior o nível do estadiamento clínico, mais complexo foi o tratamento indicado.
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2- Examinar tipos de lesões cancerígenas na cavidade bucal?
Os principais sinais que devem ser observados são: lesões na cavidade oral ou nos lábios que não cicatrizam por mais de 15 dias
Manchas/placas vermelhas ou esbranquiçadas na língua, gengivas, palato (céu da boca), mucosa jugal (bochecha); Nódulos (caroços) no pescoço; Rouquidão persistente.
Os 3 tipos de câncer de boca mais comuns
· Carcinoma de Células Escamosas. Mais de 90% dos casos de câncer de boca são Carcinomas de Células Escamosas, também conhecimentos como Carcinomas Espinocelulares. ...
· Carcinoma Verrucoso. ... é uma rara e indolente forma do carcinoma espinocelular descrita por Ackerman em 1948. Sua localização preferencial é a cavidade oral. Clinicamente manifesta-se como lesão verrucosa, de progressivo e lento crescimento e bom prognóstico.
· Carcinoma de Glândulas Salivares. é o câncer mais comum de glândulas salivares, acometendo tipicamente pessoas entre 20 e 50 anos. Ele pode manifestar-se em qualquer glândula salivar, mais comumente na glândula parótida, mas também na glândula submandibular ou glândula salivar menor do palato.
Maligno Os principais tipos de tumores malignos são os carcinomas mucoepidermoides e carcinomas adenoide-císticos.
Benigno O Adenoma Pleomórfico é considerado como o tumor benigno mais comum de glândulas salivares, podendo representar até 50% dos casos. Costuma se manifestar nas glândulas salivares maiores, como as parótidas. Esse tumor é solitário, ou seja, consiste em formação única. 
3- Conhecer Neoplasia 
Neoplasia, também denominada de tumor, é um crescimento desordenado de células no organismo. Esse crescimento desordenado leva à formação de uma massa anormal de tecido. A maioria das células dos tecidos estão em constante multiplicação, até mesmo porque essa é uma forma de repor as células mortas. No entanto, esse crescimento é controlado por diversos fatores. Nas neoplasias, as células sofrem alterações e a sua proliferação passa a ser desordenada.
Nas neoplasias, as células sofrem alterações e a sua proliferação passa a ser desordenada.
As neoplasias apresentam dois componentes básicos: um parênquima, composto por células em proliferação, as quais determinam o comportamento e as consequências da doença, e um estroma, formado por tecido conjuntivo e vasos sanguíneos, os quais definem o crescimento e a evolução da neoplasia. É importante destacar aqui que nem toda neoplasia é um câncer. O termo câncer é utilizado para se referir às neoplasias malignas, como veremos mais adiante.
Tipos de neoplasia
As neoplasias podem ser de dois tipos, benigna ou maligna, como podemos ver a seguir.
→ Neoplasia benigna
A neoplasia benigna, também chamada de tumor benigno, caracteriza-se por apresentar células bem semelhantes às do tecido original, ou seja, apresentam diferenciação; crescem de forma lenta; são bem vascularizadas; comprimem os tecidos vizinhos, no entanto, não os infiltram. A migração dessas células só ocorre em caso de lesão ou rompimento do tecido.
Embora seja denominada de benigna, essa neoplasia também pode gerar complicações, pois comprime órgãos e vasos, além de poder causar a secreção em excesso de algumas substâncias, o que pode ser prejudicial. Um exemplo de neoplasia benigna que pode causar complicações severas são as pancreáticas, pois podem desencadear uma secreção excessiva de insulina, podendo levar a uma hipoglicemia fatal.
→ Neoplasia maligna
A neoplasia maligna, também chamada de tumor maligno ou câncer, caracteriza-se por um crescimento mais rápido do que a benigna e suas células são menos diferenciadas, o que faz com que muitas percam a sua função no tecido original. Como essas células apresentam uma redução das estruturas juncionais e moléculas de adesão, elas apresentam maior mobilidade, invadindo os tecidos adjacentes.
Além de serem agressivas localmente, as neoplasias malignas podem também se propagar pelo organismo em um processo denominado de metástase, em que há a formação de uma nova massa tumoral a partir de uma primeira sem que haja, no entanto, continuidade entre elas. Isso ocorre porque as células da massa tumoral primária podem desprender-se e entrar na corrente sanguínea ou vasos linfáticos, deslocando-se pelo organismo e fixando-se em outro local, no qual dará origem a um novo tumor.
Nas neoplasias malignas, as células podem invadir tecidos adjacentes.
Causas de neoplasia
As neoplasias apresentam inúmeras causas, podendo ser desencadeadas por fatores genéticos ou ambientais. Esses fatores causam alterações em genes e proteínas, o que ocasiona proliferação, bem como a perda da diferenciação celular. As neoplasias benignas estão mais relacionadas com fatores genéticos.
Dentre os fatores ambientais que podem desencadear neoplasias, principalmente as malignas, podemos destacar algumas substâncias químicas, como os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos presentes no cigarro, um dos principais causadores de câncer no pulmão; vírus, como o Papiloma Vírus Humano (HPV), causador de uma infecção sexualmente transmissível e um dos principais responsáveis pelo desenvolvimento de câncer de colo de útero; além de radiações, como a ultravioleta, que pode desencadear o câncer de pele, quando ocorre uma exposição excessiva a ela.
A exposição aos raios ultravioletas sem a devida proteção pode desencadear o câncer de pele.
Alguns hábitos alimentares não saudáveis, consumo de álcool e uso de determinados medicamentos devem ser observados, pois também podem desencadear o desenvolvimento de neoplasias.
Acesse também: Efeitos nocivos do Sol
Sintomas e diagnóstico de neoplasia
Os sintomas variam conforme a região onde está localizado o tumor. Em casos de tumores no sistema digestório, por exemplo, é comum grande perda de peso sem motivo aparente. Já no sistema respiratório, a fadiga pode ser um sinal. Assim, mediante o surgimento de sintomas, exames serão solicitados para realizar o diagnóstico, como tomografia, ressonância magnética e biópsia.
O diagnóstico também pode ser realizado por meio do rastreamento, que é a realização de exames em pessoas assintomáticas com o objetivo de diagnosticar precocemente o desenvolvimento de um tumor. Atualmente, o rastreamento é indicado para o câncer de mama e o de colo de útero. O diagnóstico precoce é um grande aliado no tratamento das neoplasias.
Prevenção da neoplasia
Alguns fatores de risco podem contribuir para o desenvolvimento de neoplasias, principalmente as malignas, como o tabagismo, o alcoolismo e a obesidade. Assim, alguns cuidados podem auxiliar na prevenção de alguns tipos de tumor, como:
· Não fumar;
· Evitar a ingestão de bebidas alcoólicas;
· Alimentar-se de forma saudável;
· Realizar atividades físicas diariamente;
· Manter o peso corporal adequado;
· Evitar exposição ao Sol, sem proteção,entre as 10 e 16 horas;
· Amamentar (A amamentação exclusiva até os 6 meses de idade do bebê pode contribuir na prevenção da mãe contra o câncer de mama.);
· Realizar periodicamente exame preventivo ginecológico (Mulheres, conversem com seu médico!);
· Vacinar contra o HPV as meninas de 9 a 14 anos e os meninos de 11 a 14 anos.
Tratamento da neoplasia
O tratamento das neoplasias varia conforme o tipo detectado. Geralmente, as neoplasias benignas não requerem tratamento, devendo ser apenas realizado o acompanhamento médico. No entanto, em alguns casos, como quando ocorre a compressão de determinados órgãos, uma cirurgia pode ser realizada.
As neoplasias malignas podem ser tratadas por meio da realização de cirurgia, quimioterapia, radioterapia e, até mesmo, transplante, como o de medula óssea. O médico avaliará qual a melhor forma de tratamento, mediante o tipo de neoplasia, e o estado clínico do paciente, podendo, inclusive, fazer uso de mais de uma forma de tratamento. Todos esses tratamentos são oferecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
4- Classificar o tecido epitelial de revestimento e diferenciar do tecido conjuntivo subjacente? O tecido epitelial é derivado dos 3 folhetos germinativos (ectoderme, mesoderme e endoderme).  A ectoderme origina a epiderme e o seus anexos  (pelos e glândulas mucosas) e o epitélio de revestimento das cavidades nasais, bucal e anal; a mesoderme origina o epitélio de revestimento dos vasos sanguíneos e do sistema urogenital; e a endoderme da origem ao epitélio de revestimento e glândulas do trato digestório, com exceção da cavidade oral e anal.
.........Quanto à sua organização, o tecido epitelial é constituído por células poliédricas justapostas com pouca matriz extracelular. As células epiteliais se aderem firmemente umas às outras por meio de junções intercelulares (zona de oclusão, de adesão, desmossomo), possibilitando a formação de folhetos. Essa organização celular proporciona ao tecido o revestimento de superfícies externas e das cavidades do corpo. Entretanto, muitos epitélios apresentam funções associadas, como absorção de moléculas, secreção, percepção de estímulos e contração.
.........Os epitélios são avasculares e, assim, são nutridos por difusão dos vasos sanguíneos do tecido conjuntivo subjacente. Quase sempre, os epitélios e seus derivados estão separados dos tecidos conjuntivos por uma delgada camada acelular, a membrana basal. Os epitélios apresentam alta capacidade regenerativa e, como geralmente não se distingue os limites entre as células epiteliais por meio de microscopia de luz, a forma dos seus núcleos dá, indiretamente, uma ideia da forma das células. As formas e posições ocupadas pelos núcleos celulares orientam, ainda,  a classificação morfológica dos diferentes tipos de epitélios.
.........Didaticamente, os epitélios são divididos em epitélios de revestimento e epitélios glandulares, porém essa divisão é arbitrária, pois há epitélios de revestimento nos quais todas as células secretam (estômago), ou epitélios com células glandulares espalhadas entre as células de revestimento (células mucosas no intestino e traqueia).
5- Discutir as consequências do rompimento da membrana basal?
Etapas da cicatrização
O processo cicatricial se inicia, quando ocorre um trauma ou ferimento, independente da forma que causou.  Quando isso acontece, ocorre um evento celular no nosso organismo, uma cascata sequenciada. Essa sequência foi descrita em 1910, sendo dividida em cinco elementos principais: inflamação, proliferação celular, formação do tecido de granulação, contração e remodelação da ferida. 
Recentemente, o autor que escreveu essa sequência (Carrel A. The treatment of wounds. JAMA. 1910) reclassificou esse processo em três fases, divididas em: fase inflamatória, fase de proliferação ou de granulação e fase de remodelamento ou de maturação.
Então, quando falamos em lesão tecidual podemos especificar como um corte na pele, um rompimento tendíneo, um estiramento ligamentar, uma fratura. Enfim, todos são tecidos, e quando lesionados, sofrem esse processo natural de cicatrização.
Após a  lesão tecidual ocorre o início do processo de cicatrização –   Elementos sangüíneos em contato com o colágeno e outras substâncias da matriz extracelular provocam degranulação de plaquetas e ativação das cascatas de coagulação que são a formação de tampão da lesão. Com isso, há liberação de vários mediadores importantes que garantem e conduzem o processo cicatricial. 
Fase inflamatória
A primeira fase é a Fase Inflamatória: inicia imediatamente após a lesão, com a liberação de substâncias vasoconstritoras (diminuição dos vasos), pelas membranas celulares. O endotélio lesado e as plaquetas estimulam a cascata da coagulação (barreira protetora para evitar entrada de microorganismos). Visando a hemostasia (diminuindo do fluxo sanguíneo), essa cascata é iniciada e grânulos são liberados das plaquetas, as quais contêm fator de crescimento de transformação. O coágulo é formado por colágeno, plaquetas e trombina, que servem de reservatório protéico para síntese de citocinas e fatores de crescimento, aumentando seus efeitos (formação de novas células protetoras). Desta forma, a resposta inflamatória se inicia com vasodilatação e aumento da permeabilidade vascular, promovendo a quimiotaxia (migração de neutrófilos para a ferida).
Neutrófilos são as primeiras células a chegar à ferida, nos quais produzem radicais livres que auxiliam na destruição de bactérias, apresentam maior concentração 24 horas após a lesão. Os neutrófilos aderem à parede do endotélio (pele) e logo são gradativamente substituídos por macrófagos (células imunológicas) que irão combater microorganismos externos, ajudam na prevenção de infecção.
Os macrófagos migram para a ferida após 48 – 96 horas da lesão, e são as principais células antes dos fibroblastos migrarem e iniciarem a replicação.
Fase proliferativa
A fase proliferativa é constituída por quatro etapas fundamentais: epitelização, angiogênese (formação de pele), formação de tecido de granulação e deposição de colágeno (fechamento da ferida com tecido mais resistente). 
Esta fase tem início do 4º dia após a lesão e se estende aproximadamente até o término da segunda semana. A epitelização ocorre quando as células epiteliais (novas células teciduais) migram em direção superior das camadas normais da pele e são restauradas em três dias. Se a membrana basal (a primeira linha de pele nova) for lesada, as células epiteliais das bordas da ferida começam a proliferar na tentativa de restabelecer a barreira protetora.
A parte final da fase proliferativa é a formação de tecido de granulação (junção de células teciduais). Os fibroblastos, que são células fortes que ajudam na formação de tecido e pele, mais as células endoteliais são as principais células da fase proliferativa. Os fibroblastos dos tecidos vizinhos migram para a ferida, porém precisam ser ativados para sair de seu estado de quiescencia (estado estático sem ativação
Fase de maturação ou remodelamento
A característica mais importante desta fase é a deposição de colágeno de maneira organizada (fechamento mais resistente da ferida). O colágeno produzido inicialmente é mais fino do que o colágeno presente na pele normal. Com o tempo, o colágeno inicial (colágeno tipo III) é reabsorvido e um colágeno mais espesso é produzido e organizado ao longo das linhas de tensão (nova pele formada após a lesão). Estas mudanças se refletem em aumento da força tênsil da ferida. A reorganização da nova matriz é um processo importante da cicatrização. Nessa fase é importante ter o tratamento cicatricial, onde podemos deformar esse tecido novo, nesta fase do processo cicatricial os tecidos de colágenos se formam de forma embaralhada, como um novelo de lã, formando uma cicatriz hipertrófica, onde cada camada de tecido podem colabar ou grudar uma na outra. Quando isso ocorre a pele fica com retração, prejudicando a elasticidade normal, no qual pode até ter prejuizo de função manual. 
A Terapia da Mãotem recursos terapêuticos e técnicas nas quais ajudam nessa deformação cicatricial em todas as fases da cicatrização, evitando e prevenindo assim, retrações cicatriciais e aderências que podem causar limitação na amplitude de movimento, hipersensibilidade, entre outros e ainda ajuda a deixar a cicatriz esteticamente melhor

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