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Resumo Cardio

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Resumo P1 CARDIO 
Aula 1 Anatomia e Fisiologia 
O sistema cardiovascular é formado pelos vasos sanguíneos, artérias, veias, capilares e pelo 
coração, sendo responsável pela circulação do sangue, transportando nutrientes e oxigênio por 
todo o corpo. 
Coração → Serve como bomba, que estabelece o gradiente de pressão necessária para enviar 
o fluxo de sangue para os tecidos 
pesa aproximadamente 250 gramas na mulher adulta e 300 gramas no homem adulto 
➢ nos primeiros sete anos de vida cresce muito rapidamente 
➢ cerca de 2/3 da massa cardíaca ficam à esquerda da linha média do 
corpo 
- situado no tórax entre os dois pulmões, ocupando juntamente com os vasos que dele partem 
e nele chegam o mediastino médio 
Vasos sanguíneos → Canais por onde o sangue é distribuído do coração a todas as partes do 
corpo 
 
 
➢ A extremidade pontuda do coração é o ápice, dirigida para frente, para baixo e para a 
esquerda. A porção mais larga do coração, oposta ao ápice, é a base, dirigida para trás, para 
cima e para a direita. 
O coração realiza dois movimentos básicos: sístole (contração) e diástole (relaxamento), de 
acordo com a despolarização e repolarização de suas cargas elétricas intra e extracelulares, 
estimuladas por íons como: sódio, potássio, magnésio, cálcio 
Cavidades do coração são subdivididas em 4 câmaras: 2 átrios (superiores) 2 ventrículos 
(inferiores) localizados à direita e à esquerda Valva atrioventricular direita (tricúspide): Fornece 
comunicação de fluxo entre o átrio D e ventrículo D 
Valva atrioventricular esquerda (mitral): Estrutura que fornece comunicacao de fluxo entre o átrio 
E e ventrículo E 
Internamente os átrios separam-se dos ventrículos através das 
2 válvulas atrioventriculares direita e esquerda: 
Tricúspide (Atrioventricular): separa AD do VD 
Bicúspide (Mitral): separa AE do VE 
 
 
PERICÁRDIO: Membrana que reveste o coração, é pouco complacente, rígido, não expande 
agudamente 
 
 
É revestido externamente pelo epicárdio e internamente pelo 
endocárdio. 
Parede cardíaca esquerda é mais espessa que a direita, porque 
enfrenta maiores pressões (manda sangue para toda circulação sistêmica) e possui 
ductos menos complacentes, menos distensíveis, oferecendo maior resistência 
 
Epicárdio: 
▪ camada externa do coração 
▪ delgada lâmina de tecido seroso 
Miocárdio: 
▪ camada média e mais espessa do coração 
▪ composto de músculo estriado cardíaco (músculo que 
permite que o coração se contraia e, portanto, impulsione 
sangue, ou o force para o interior dos vasos sangüíneos) 
Endocárdio: 
▪ camada mais interna do coração 
▪ fina camada de tecido composto por epitélio pavimentoso simples sobre uma camada de 
tecido conjuntivo 
▪ a superfície lisa e brilhante permite que o sangue corra facilmente sobre ela 
▪ também reveste as valvas e é contínuo com o revestimento dos vasos sangüíneos que 
entram e saem do coração 
 
- O coração é dividido em 2 metades pelo septo cardíaco (de natureza 
músculo-membranácea): 
- metade direita (coração venoso): circula o sg sem oxigênio 
- metade esquerda (coração arterial): circula o sg oxigenado 
 
Cada metade do coração é dividida em 2 cavidades: átrio e 
ventrículo (direito e esquerdo) 
 
Funções dos átrios: 
1. Receber sangue (o AE recebe da circulação pulmonar 
através das veias pulmonares e o AD da circulação 
sistêmica através das veias cava superior e inferior) 
2. Bombear sangue para ventrículos 
Funções dos ventrículos: 
1.Receber sangue dos átrios 
2.Bombear sangue para fora do coração (do VE o 
sangue oxigenado é bombeado através da aorta para a 
circulação sistêmica e do VD o sangue desoxigenado é 
bombeado através do tronco pulmonar para a 
circulação pulmonar) 
 
- ÁTRIO DIREITO (AD) 
Vai receber o fluxo do sangue venoso, pelas veias cavas inferior e superior. 
 
Sai no AD: seio coronário que conduz o sangue venoso da musculatura própria do coração. 
AD separado do AE pelo septo cardíaco (septo interatrial) 
➢O AD comunica-se com VD através do óstio atrioventricular 
limitado por um anel fibroso, que dá sustentação à valva tricúspide 
função: permite a passagem do sangue para o ventrículo e impede 
seu refluxo para o átrio. 
 
ÁTRIO DIREITO: 
RECEBE SANGUE ARTERIAL, ATRAVÉS DAS VEIAS PULMONARES 
 
Recebe 4 veias pulmonares (2 D e 2 E), que ao contrário das 
demais veias do organismo, conduzem sangue arterial vindo dos 
pulmões após a hematose 
➢ O sangue passa do AE para o VE, através da valva bicúspide 
(mitral) 
 
VENTRÍCULO DIREITO 
 
Recebe o sangue venoso, vindo do atrio direito e bombea para os pulmões através das artérias 
pulmonares 
 
Internamente sua superfície apresenta relevos musculares 
chamados trabéculas cárneas (músculos papilares representam um 
tipo de trabéculas cárneas de forma cônica) 
 O VD separa-se do VE através do septo interventricular 
IMPORTANTE: 
➢ Do VD partem: tronco pulmonar, que após curto trajeto, divide-se 
em artéria pulmonar D e E 
No início do tronco pulmonar fica a valva pulmonar que vai permitir a 
 passagem do sangue para as aa. pulmonares na contração do 
ventrículo e impede que o sangue volte ao ventrículo durante o seu 
relaxamento. 
VENTRÍCULO ESQUERDO: 
 
recebe o sangue arterial, vindo do átrio esquerdo, e bombeia para a aórta 
É a partir do VE que o sangue arterial é impulsionado para todo o 
organismo 
➢ No VE situam-se as cúspides anterior e posterior da valva mitral que 
se inserem nos músculos papilares através das cordas tendíneas 
(estrutura encontrada nos dois ventrículos) 
Nasce no VE a artéria aorta - (válvula aórtica, constituída por 3 
válvulas semilunares - posterior, direita e esquerda) 
➢ O espaço compreendido entre a parede da aorta e as válvulas 
semilunares chama-se seio aórtico(aorta 
emite seus primeiros ramos, as artérias coronárias direita e 
esquerda, que vão nutrir o músculo cardíaco 
 
 
 
ÁRTERIAS 
Parede das artérias é + espessa e + elástica do que a das veias 
p/ suportar a alta pressão a que são submetidas pelo sg. 
VEIAS: 
Todas as veias do corpo confluem para formar 3 grandes troncos 
que desembocam no AD: veia cava superior, veia cava inferior, seio 
coronário 
 
veias superficiais: se distribuem pelo corpo e são facilmente notadas 
nos MMSS, MMII, pescoço; 
veias profundas: acompanham as artérias, sendo duas para cada artéria e recebem o nome da 
artéria 
NÃO ESQUECER: ▪ Existem veias que entram no lado esquerdo do coração: veias 
pulmonares - vem do pulmão e chegam ricas em oxigênio - são 
as únicas veias com sangue arterial. 
▪ Existe uma artéria que sai do lado direito do coração: artéria 
pulmonar - a única artéria do corpo que carrega sangue venoso 
 
- PEQUENA E GRANDE CIRCULAÇÃO 
 
Trajeto da circulação sistêmica (grande circulação): 
Coração → Sistemas corporais → Coração 
1. Inicia-se quando o sangue sai do ventrículo esquerdo pela artéria aorta. Dessa artéria, 
partem ramos que irrigam o corpo todo. Nos capilares sanguíneos, o sangue faz trocas 
gasosas com as células do tecido e tornam-se rico em gás carbônico. 
2. Após as trocas gasosas, o sangue é coletado pelas vênulas que levam o sangue até as veias 
cavas superior e inferior. As veias cavas levam o sangue para o coração, desembocando no átrio 
direito. 
Trajeto da circulação pulmonar (pequena circulação): Coração → Pulmão → Coração 
Inicia-se quando o sangue sai do ventrículo direito pela artéria pulmonar que se ramifica em 
direção aos pulmões. Nos alvéolos, ocorrem as trocas gasosas (hematose), e após esse 
processo, o sangue segue pelas vênulas e, posteriormente, para as veias pulmonares, que são 
responsáveis por levar o sangue oxigenado para o coração (chega a esse órgão pelo átrio 
esquerdo) 
Circulação pulmonar: 
VD → artéria pulmonar → pulmões→ veias pulmonares → AE 
Circulação sistêmica: 
VE → artéria aorta→ sistemas corporais→ veias cavas→ AD 
 
- Suprimento sanguíneo do coração❖ O coração é suprido pelas artérias coronárias D e E que se 
ramificam para a aorta logo que ela emerge do coração. 
❖ O sangue é suprido para o coração principalmente durante a 
diástole 
O ciclo cardíaco 
Sequência de eventos que ocorre durante um único 
batimento do coração (o coração bate cerca de 70- 
75 vezes por minuto) 
Sistema condutor do Coração 
 
Bomba Cardiáca: Gerar e conduzir impulsos elétricos 
❖ nodos - responsáveis pela origem desses impulsos, 
capazes de promover a contração de forma rítmica do 
músculo cardíaco 
❖ feixes e vias - especializados em conduzir os impulsos 
para todo o coração 
nó sinoatrial (nó/ nodo sinusal): localiza-se no AD próximo à 
entrada da veia cava superior - conhecido como marca-passo 
Produz seu próprio potencial de ação (estímulo elétrico) 
- Do nodo sinoatrial o impulso passa para baixo através do tecido do 
músculo atrial para o nodo atrioventricular 
➢ O impulso é transmitido desse nodo AV para o ventrículo pelo feixe 
atrioventricular - Feixe de His (tecido muscular especializado 
conhecido como fibras de Purkinje) 
 
* CONTROLE NERVOSO DO CORAÇÃO 
O sistema nervoso é conectado com o coração através de 
dois grupos diferentes de nervos do sistema nervoso 
autônomo: parassimpáticos e simpáticos 
 
 
 
- AULA 2: AVALIAÇÃO EM CARDIOLOGIA 
 
Anamnese... 
 
DOR 
O sistema cardiovascular pode ter afecções que se 
manifestam por dor 
Dor de causa isquêmica 
➢ Isquemia coronariana - aterosclerose atinge um grau crítico de gravidade e o lúmen das 
artérias coronárias torna-se suficientemente estreito produzindo assim isquemia do músculo 
cardíaco 
➢ Está relacionada ao esforço e é aliviada pelo repouso 
➢ Também conhecida como angina 
Descrita como: aperto, constrição, pontada, facada, nó, peso, desconforto, queimação, 
formigamento 
➢ Desencadeada por: esforço físico, situação de estresse, variações climáticas, refeições 
exageradas 
➢ Início da dor: esternal e precordial; membros superiores; face cervical esquerda; ombro; 
mandíbula 
➢ Pode ser acompanhada por: palidez, plenitude gástrica, sudorese, vômitos, tontura, dispnéia 
Sinal de Levine 
Cerrar os punhos na frente do esterno durante a descrição da dor é fortemente indicativo de 
coronariopatia 
 
DISPNÉIA 
desconforto e esforço para respirar. 
pacientes cardiopatas a dispnéia recebe a designação de "cansaço", "canseira", "falta de ar", 
"fôlego curto", "fadiga" ou "respiração difícil". 
 
 
Dispnéia de esforço 
• É a dificuldade respiratória que surge ao exercício 
• Movimentos respiratórios curtos e rápidos, 
melhorando com repouso 
Ortopnéia 
• É a dispnéia que ocorre quando o indivíduo deita 
(posição horizontal), melhorando o sintoma ao sentar-se 
 
CIANOSE 
É a coloração azulada da pele e membranas mucosas, 
resultado do excesso de concentração de hemoglobina 
reduzida 
 
 
 PALPITAÇÃO 
▪ Percepção incômoda dos batimentos cardíacos. São relatadas 
como "disparos", "batimentos mais fortes", "falhas", "arrancos", 
"paradas", "tremor no coração", "o coração deixa de bater", "o 
coração pula" 
▪ Devem ser analisadas quanto à freqüência, ritmo, horário de 
aparecimento, modo de instalação e desaparecimento 
▪ Perguntar ao paciente sobre alimentos e bebidas, cigarros e 
medicamentos. 
Palpitações de esforço: surgem durante a execução de 
esforços físicos e desaparecem com o repouso 
▪ Palpitações decorrentes de alterações no ritmo cardíaco: 
relato de "falhas" , "arrancos”, “coração para de bater” – 
extra-sístole, FA 
▪ Palpitações em pacientes com transtornos emocionais: 
síndromes psíquicas, cuja origem reside nas agressões 
emocionais sofridas nos primeiros anos de vida (castigo, 
medo, ameaças) ou nas dificuldades e desajustes ocorridos 
na vida adulta (carência afetiva, desajuste conjugal, 
problemas econômicos, insatisfação sexual 
 
EDEMA: 
Refere-se a um acúmulo anormal de líquido no espaço 
intersticial devido ao desequilíbrio entre a pressão 
hidrostática e osmótica. 
Expressão usada pelo paciente: “inchaço” 
❖ Localiza-se primeiramente nos MMII (ação da 
gravidade), iniciando-se em torno dos maléolos e 
progredindo para pernas e coxas 
❖Edema cardíaco: 
- aumenta com o decorrer do dia, atingindo máxima 
intensidade à tarde (edema maleolar vespertino) 
- diminui ou desaparece com o repouso noturno 
- agravamento da função do VD o edema atinge o corpo 
todo, inclusive o rosto (anasarca) 
 
 
SINAIS VITAIS: 
➢ Frequência cardíaca 
➢ Frequência respiratória 
➢ Pressão arterial 
➢ SpO2 
Frequência cardíaca 
Normal: 60 a 90 bpm (adulto) 
Bradicardia: abaixo de 60 bpm 
Taquicardia: acima de 90 bpm 
Recém-nascido: 120 a 140 bpm 
Idoso: 50 a 80 bpm 
✓ Contar os batimentos na a. radial durante um minuto. 
Frequência respiratória 
Normal (eupnéico): 12 a 20 rpm 
Bradipnéia: abaixo de 12 rpm 
Taquipnéia: acima de 20 bpm 
✓ Contar os ciclos respiratórios por um minuto 
 
- AFERIR PRESSÃO ARTERIAL 
 
 
VERIFICAÇÃO CORRETA 
Colocar o manguito sem deixar folgas, 2 a 3 cm acima da linha 
que divide o braço do antebraço 
▪ Centralizar o meio da parte compressiva do manguito sobre a 
artéria braquial 
Palpar a artéria braquial e colocar o estetoscópio sem 
apertar intensamente 
1. Inflar rapidamente e proceder a deflação lentamente 
2. Determinar a pressão sistólica pela ausculta do 
primeiro som 
3. Determinar a pressão diastólica pelo desaparecimento 
dos sons 
4. Informar valores obtidos 
5. Anotar valores sem arredondar e o braço em que foi 
feita a medida 
 
 
 
 
- Os ruídos cardíacos normais são produzidos pelo 
fechamento das válvulas cardíacas. 
Primeira bulha cardíaca (S1): produzida pelo fechamento 
das válvulas AV (mitral e tricúspide) durante a contração 
dos ventrículos. 
Segunda bulha cardíaca (S2): quando a sístole termina, os 
ventrículos relaxam e as válvulas semilunares (aórtica e 
pulmonar) se fecham 
 
Sons cardíacos acessórios: 
Terceira bulha cardíaca (S3): é normal em crianças 
pequenas porém patológico em adultos (indicativo de ICC). 
Ela pode ser ouvida durante a diástole e acredita-se que 
seja em decorrência do enchimento ventricular rápido 
imediatamente após a sístole, o que provoca vibração nas 
paredes ventriculares e conseqüentemente um ruído de 
baixa intensidade 
Quarta bulha cardíaca (S4): raro, audível em estado 
patológico quando existe falha no VE 
sopro = ruído produzido pela passagem do fluxo 
sanguíneo nas estruturas cardíacas. 
 normal – fluxo laminar 
 anormal – fluxo turbulento 
SOM CARDIÁCO: 
Primeiro "tum” (B1): produzido pelo fechamento da mitral e da 
tricúspide que impedem o retorno do sangue aos átrios 
enquanto os ventrículos se contraem. 
Segundo "tum” (B2): ocorre pelo fechamento das válvulas 
aórtica e pulmonar, impedindo que o sangue que já foi lançado 
em direção as artérias retorne aos ventrículos. 
Enquanto a mitral e a tricúspide estão fechadas, a aórtica e 
pulmonar estão abertas e vice-versa. 
 SOM DO SOPRO: 
Sopros sistólicos: causados por estenoses das válvulas aórtica ou 
pulmonar, ou por insuficiência das válvulas mitral ou tricúspide. 
Sopros diastólicos: ocorrem por estenoses das válvulas mitral ou 
tricúspide, ou por insuficiência das válvulas aórtica ou pulmonar 
 
ANTROPOMETRIA 
 
 
Medida da circunferência abdominal 
▪ Reflete o conteúdo de gordura visceral e se associa 
com a gordura corporal total 
▪ Posicione a fita métrica acima da cicatriz umbilical 
Risco: 
>102 cm para homens e >88 cm para mulheres 
Relação Cintura/quadril 
▪ É um dos critérios para caracterizar a Síndrome metabólica 
e pode estar associada a risco de comorbidades 
▪ Cintura: posicione a fita abaixo da última costela 
▪ Quadril: posicione a fita na região do glúteo 
Risco 
>0.9 para homens e >0.85 para mulheres 
 
- ESCALA DE BORG 
 
O indivíduo utiliza a escala para apontar a sua própria 
percepção de esforço, a respostado seu organismo 
frente ao estímulo aplicado 
▪ Importante para verificar o quanto um determinado tipo 
de treino/exercício atingiu o objetivo da sessão 
 
AULA 3- EXAMES 
 
 
 
 
ECG: ELETROCARDIOGRAMA 
Definição: exame que registra a variação dos potenciais elétricos 
gerados pela atividade elétrica do coração 
Indicação: análise de doenças cardíacas, em especial as arritmias 
cardíacas e diagnóstico de infarto (exame de escolha nas emergências 
junto com dosagem das enzimas cardíacas) 
▪ Eletrodos sensíveis colocados em pontos específicos do corpo registram esta 
diferença elétrica. 
▪ O aparelho registra as alterações de potencial elétrico entre dois pontos do corpo. 
▪ Estes potenciais são gerados a partir da despolarização e repolarização das células 
cardíacas. 
A atividade elétrica cardíaca se inicia no nodo sinusal (células autorítmicas) que induz a 
despolarização dos átrios e dos ventrículos. 
▪ Esse registro mostra a variação do potencial elétrico no tempo, que gera uma imagem linear, 
em ondas. 
▪Estas ondas seguem um padrão rítmico 
Procedimentos: 
▪ Médico deve explicar ao paciente como é feito o exame 
▪ Ambiente deve estar com temperatura agradável 
▪ Paciente descansado há pelo menos 10’, sem ter fumado há pelo menos 40’, deve estar 
calmo 
▪ Tricotomia (homens) 
▪ Investigar uso de medicamentos 
Com o paciente em decúbito dorsal, palmas viradas para cima, o técnico determina a posição 
das derivações precordiais (V1 a V6) corretas 
➢ Colocado gel de condução nos locais pré-determinados, como sendo a zona precordial, e 
membros, são conectados aos eletrodos do eletrocardiógrafo 
➢ É então registrado o eletrocardiograma de repouso 
➢ Os sinais elétricos serão registrados em papel quadriculado 
 
 
 V1: 4° espaço intercostal, à direita do esterno 
V2: 4° espaço intercostal, à esquerda do esterno 
V3: 5° espaço intercostal, entre V2 e V4 
V4: 5° espaço intercostal, na linha médio clavicular 
V5: 5° espaço intercostal, na linha anterior axilar 
V6: 5° espaço intercostal, na linha média axilar 
Derivações monopolares 
Só um pólo positivo (+) de registro sobre a pele 
AVR: braço direito 
AVL: braço esquerdo 
AVF: perna esquerda 
Derivações Bipolares 
DI, DII, DIII: triângulo de Einthoven – a corrente elétrica corre entre os pólos 
de registro, um positivo e outro negativo 
DI: braço direito e braço esquerdo 
DII: braço direito e perna esquerda 
DIII: braço esquerdo e perna esquerda 
 
 
 
ECOCARDIOGRAMA: 
❖ Método de diagnóstico da estrutura e do funcionamento do coração 
baseado no uso de ultra-som - ondas acústicas com freqüência de mais 
de 20 mil Hz (ciclos por segundo) 
Vantagens: Boa correspondência anatômica; fácil execução; baixo custo; ausência de radiação 
ionizante; boa reprodutibilidade 
O ecocardiograma apresenta três modalidades principais: ecocardiograma de repouso, 
ecocardiograma de estresse e o ecocardiograma transesofágico. 
Através do mapeamento de fluxos em cores pela técnica Doppler, podemos identificar a 
direção e velocidade do fluxo sanguíneo no interior das cavidades cardíacas. 
Parâmetros ecocardiográficos: 
- volume diastólico final do VE 
- volume sistólico final do VE 
- fração de ejeção 
- Diâmetro sistólico do VE 
- Diâmetro diastólico do VE 
- Diâmetro átrio esquerdo 
- Diâmetro da Aorta 
- Alteração Cinesia 
Efeito Doppler 
Primeiramente estudado pelo físico austríaco Johann Christian Andreas 
Doppler (29 de Novembro de 1803 – 17 de Março de 1853). 
Doppler pulsado: analisa a velocidade do fluxo sanguíneo em um 
determinado ponto específico do coração, com um espectro de 
velocidade limitado. 
Doppler contínuo: analisa o somatório das velocidades de todos os 
fluxos em uma determinada faixa do coração onde é posicionado o 
cursor, e permite registrar o fluxo em altas velocidades. 
Doppler colorido ou Mapeamento de fluxo a cores: analisa o fluxo 
sanguíneo em duas dimensões e as cores determinam a sua direção 
dentro das cavidades cardíacas. 
 
AULA 4- Doença Arterial Coronariana - DAC 
Caracterizado pelo dano das artérias do coração que provoca redução ou bloqueio 
súbito do fluxo sanguíneo (processo inflamatório) 
Fator causal → Aterosclerose 
Fatores de risco cardíaco: Sexo masculino; Sedentarismo;Tabagismo; Diabetes ; Obesidade / 
Dislipidemia; Hipertensão arterial sistêmica ;Níveis elevados de colesterol e triglicerídeos 
Uso de contraceptivo oral por mulheres 
Incidência aumenta depois de 30 anos 
Períodos prolongados de tensão, 
frustação ou hostilidade 
- Limitação de fluxo sanguíneo para o musculo cardíaco 
1. Trombo → Formado sobre a placa 
aterosclerótica vulnerável que se rompeu 
2. Espasmo coronário ou vasoconstricção 
3. Progressão da placa aterosclerótica 
(aumenta até obstruir a artéria) 
4. Desequilíbrio oferta/consumo de O2 → 
Consumo de O2 do miocárdio aumentado, e 
oferta de O2 de fluxo sanguíneo para o 
miocárdio baixo 
 
Aterosclerose é quando ocorre uma lesão endotelial da 
artéria, com a deposição de colesterol (LDL) na parede do 
vaso, formando uma placa de gordura que limita o fluxo 
sanguíneo → Macrófagos e células espumosas agem 
para tentar reverter o processo de formação da 
placa de gordura 
DAC divididas em: 
▪ Assintomática 
▪ Angina crônica ou estável 
▪ Angina instável 
▪ Infarto Agudo do Miocárdio 
▪ Insuficiência cardíaca 
▪ Arritmias cardíacas ou defeitos de condução 
ventricular 
▪ Morte Súbita 
 
 - TIPOS DE PLACAS DE ATEROMA 
Placas instáveis → Maior propensão a ruptura por ter maior quantidade de LDL, sustentada por 
uma capa fibrosa fina. A ruptura é determinada pela intensidade do processo inflamatório 
(colesterol aumenta a reação inflamatória sistêmica) Placas estáveis → Menos propensão a 
ruptura (capa fibrosa é + espessa) 
Fisiopatologia 
➢ Colesterol no sangue: transportado na forma de estruturas complexas = lipoproteínas 
➢ Colesterol ingerido na dieta é incorporado nos complexos lipoprotéicos no fígado, permitindo 
que eles sejam transportados pelo sangue 
 
ANGINA PECTORIS 
É a dor produzida por isquemia miocárdica 
É atribuída a um desequilíbrio entre a oferta e o 
consumo de O2 pelo miocárdio (MVO2) 
▪ Causa + freqüente: obstrução aterosclerótica de uma 
artéria coronária, acarretando limitação do fluxo e 
pressão de perfusão mais baixa 
Angina estável: paciente apresenta dor ou mal-estar, 
sempre com o mesmo estresse físico ou emocional, 
havendo uma estabilidade do quadro durante semanas, 
meses ou anos. 
Angina instável ou progressiva: paciente apresenta dor 
com níveis cada vez menores de sobrecarga física ou 
emocional 
Consumo de O2 miocárdico (MVO2): 
➢ É em média 60 a 90 ml/min para 100 gramas de miocárdio 
➢ Está sujeito a modificações conforme as condições de 
trabalho cardíaco 
➢ Está relacionado com 3 fatores: FC, tensão desenvolvida, 
contratilidade miocárdica 
FATORES DE RISCO 
Objetivos de combater fatores de risco: 
Prevenir piora da aterosclerose 
Obter sua regressão 
Diminuir o ritmo de sua progressão 
COLESTEROL: 
•Quanto mais baixo o nível de colesterol no sangue, 
menor o risco de doença coronária aterosclerótica 
HDL (colesterol bom) - High Density Lipoproteins 
Atua impedindo o depósito de gordura nas artérias e, por 
isso, deve ser encontrado em boas concentrações no 
organismo 
HDL alto: mesmo quando é encontrado em grandes 
quantidades, não traz malefícios ao organismo, 
contribuindo para a proteção do coração. 
HDL baixo (menor que 40mg/dl): risco de doença 
cardiovascular aumenta, devido ao acúmulo de placas de 
gordura nas artérias. 
➢ Não produz sintomas e, por isso, é considerado 
silencioso. 
➢ O indivíduo pode suspeitar estar com os níveis de 
colesterol bom (HDL) baixos se tiver obesidade 
abdominal, ser sedentário e ter uma alimentação rica em 
gorduras e açúcares. 
AULA 4 INFARTO 
 
Bloqueio do fluxo sanguíneo para o músculo cardíaco 
Processo evolutivo e sua progressãodepende 
do tipo de obstrução 
Fases: Isquemia → Lesão → Necrose 
Sintomas: sensação de aperto ou dor no peito, no pescoço, nas costas ou nos braços, fadiga, 
tontura, ansiedade e batimento cardíaco anormal 
Alterações no eletrocardiograma identifica em qual fase a lesão se encontra: 
Isquemia 
Lesão 
Necrose 
 
Teoria dos 3 III’s (tempo de progressão do infarto) 
Isquemia, Injuria ou lesão e Infarto (obstrução do fluxo sanguíneo que gera necrose no músculo 
cardíaco) 
 
Manifestações Clínicas: Dor; Palidez: Sudorese; 
Dispneia; Náuseas; Palpitação; Vômitos; Síncope 
Características da dor 
Qualidade → constritiva, aperto, peso, opressão, 
desconforto, queimação e pontadas 
Localização → precordial, retroesternal, 
ombro, epigástrico, cervical e hemitórax 
Irradiação → membros superiores (direito, esquerdo ou 
ambos), ombro, mandíbula, pescoço e região epigástrica 
Duração → segundos, minutos, horas e/ou dias 
Fatores desencadeantes → esforço físico, atividade 
sexual, posição, alimentação, respiração, componente 
emocional 
Fatores para alivio → repouso, nitrato sublingual, 
analgésico, alimentação, antiácido, posição corporal 
Sintomas associados → sudorese, náusea, vômito, palidez, 
dispneia, hemoptise (expectoração de sangue), 
tosse seca, pré-síncope e síncope 
DIAGNÓSTICO: 
Eletrocardiograma 
- Onda Q profunda de maior duração (lesão) 
- Supra desnivelamento do Segmento ST (necrose) 
- Negatividade da Onda T (isquemia) 
Enzimas cardíacas 
➢ Os marcadores de necrose miocárdica têm 
dupla função na avaliação do IAM: efeito 
diagnóstico e avaliação prognóstica 
➢ Em decorrência da isquemia prolongada a 
membrana celular perde sua integridade 
permitindo a saída para o meio extracelular de 
macromoléculas - possibilitando a dosagem 
sérica das mesmas 
• Aumento CPK (creatino fosfo-quinase)- Esta enzima eleva-se 
quando ocorre isquemia em um determinada região do miocárdio 
• Aumento CKMB – aumento 4-6 horas e permancece aumentado 
por 24 horas 
• Aumento Transquinase glutâmico-oxalacética (TGO) - está 
ligado à necrose de células miocárdicas. 
• Aumento DLH (desidrogenase láctica), – tem pico de 48 a 72 
horas 
ECOCARDIOGRAMA: 
• Evidencia comprometimento miocárdico segmentar 
(um segmento do coração não contrai devidamente) 
Cintilografia de perfusão miocárdica 
▪ Permite a avaliação da circulação sanguínea nas 
coronárias, sendo um método não invasivo de alta 
sensibilidade e especificidade no diagnóstico de isquemia 
miocárdica. 
▪ Método capaz de demonstrar de forma precoce e com 
elevada acurácia, as anormalidades de perfusão 
miocárdica, cuja extensão e intensidade têm importante 
associação com eventos adversos (morte cardíaca e infarto 
agudo do miocárdio) 
COMPLICAÇÕES: Arritmia 
Parada cardiorrespiratória Insuficiência cardíaca e choque cardiogênico (falência circulatória) 
Ruptura do musculo papilar e/ou corda tendinea Edema agudo de pulmão (comprometimento 
de saída do fluxo sanguíneo do ventrículo esquerdo) 
prógnóstico: 
É bom quando: 
-indivíduo tem circulação colateral 
-infarto é de pequena evolução 
Circulação Colateral 
São vasos sanguíneos que surgem no coração, ou em 
outros órgãos, para tentar suprir a falta de irrigação 
(isquemia tecidual) causada por uma artéria totalmente 
obstruída (oclusão arterial crônica), devido ao processo de 
aterosclerose 
Circulação Colateral cardíaca 
✓ Se desenvolve fisiologicamente de um vaso para outro 
como forma de suprir a falta de irrigação sanguínea para 
uma determinada região do miocárdio. 
✓ Em geral, o estímulo para o desenvolvimento do arco de 
vasos colaterais é a existência de um vaso ocluído ou 
pelo menos com uma obstrução de gravidade severa 
TRATAMENTO: 
características da dor 
- antecedentes de doença cardiovascular 
- idade 
- fatores de risco na determinação da conduta inicial do 
paciente ao serviço médico 
- ECG 
- Marcadores séricos de necrose 
 
MEDIDAS BASICAS: obtenção dos sinais vitais 
• oxigenação por catéter ou máscara 
• obtenção de acesso venoso 
• monitorização cardíaca 
• saturação de O2 
• administração de 200mg de aspirina por via oral 
• administração de nitrato sublingual 5mg 
• obtenção de ECG 
• administração endovenosa de morfina (dor intensa) 
UTI: - Reperfusão das coronárias: 
Até 6 hs existe uma quantidade de células 
cardiacas que podem voltar a atividade se for 
oferecido O2 
✓ estudo das coronárias precoce em até 24 hs 
FISIOTERAPIA: 
Vasodilatação → Nitratos sublinguais e bloqueadores dos canais de Ca2+ Inibidores da enzima 
conversora de angiotensina para evitar o remodelamento cardíaco (perda da forma de cone) 
Repouso nas primeiras 12 horas, controle da PA e beta bloqueador (diminui o consumo 
miocárdico) 
Prevenir trombose → Antiagregante plaquetário 
Reperfusão miocárdica (casos de oclusão total) → Deve ser feita em até 4 horas, ofertando 
agentes trombolíticos, angioplastia ou revascularização miocárdica 
Revascularização miocárdica: Bypass → Desseca a veia safena da perna e cria um novo 
circuito para possibilitar o refluxo de sangue da coronária 
Angioplastia e CATE (exame diagnostico de cateterismo cardíaco é feito com o paciente 
deitado e introduzido um cateter pela artéria braquial até a óstio da coronária na aorta 
ascendente do coração (avaliando a coronária direita e esquerda), o médico introduz contraste 
na circulação e identifica se há déficit de contração) 
Em casos de presença da placa de ateroma, o cateter é insuflado para esmagar a placa, 
desobstruindo a artéria e mantendo livre com um stent

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