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OS BENEFÍCIOS DA LEITURA PARA O PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM DA EDUCAÇÃO INAFANTIL Autor(a)1: Mariana Francisco Cerissa Instituição: Centro Universitário Maurício de Nassau-Uninassau E-mail: maricfacul@gmail.com Orientador(a)2: Neilton Limeira Florentino Instituição: Centro Universitário Maurício de Nassau-Uninassau E-mail: neilton.lima@sereducacional.com Resumo Neste artigo foi abordado uma reflexão sobre a leitura na educação infantil, a fim de como se dá o desenvolvimento e o incentivo apropriado da leitura, e o que têm que ser feito para despertar o interesse e o hábito da leitura. Portanto foi realizado uma pesquisa bibliográfica embasada por autores que expõem seus pensamentos sobre a leitura, e como resultado, verificou-se que a leitura é sem dúvida a maior ferramenta para formar futuros cidadãos que saibam de fato ler e escrever corretamente. Com o domínio da leitura, terá maior facilidade de compreensão e interpretação, assim podendo se destacar dos demais que não tiveram o devido estímulo. A família tem um papel de grande importância na introdução da leitura na primeira fase de vida da criança, e quando inserida na fase escolar, já leva consigo uma bagagem de conhecimento das letras, dos sons, da imaginação, das emoções e com isso só contribui para o seu aprimoramento. Podendo assim analisar de fato como a leitura na educação infantil contribui para o desenvolvimento intelectual e cognitivo da criança. Palavras-chave: Leitura 1. Educação Infantil 2. Desenvolvimento 3. Estímulo 4. 1 INTRODUÇÃO Nosso país infelizmente tem um desenvolvimento precário em questão da leitura, existem muitos alunos de classe menos favorecidas que não têm o contato com o livro, e as classes médias, altas que têm os livros, mas não tem o incentivo adequado para a leitura. “A leitura transmite raciocínios, faz germinar ideias, ensina silenciosamente a escrever e falar com clareza estimula a imaginação, amadurece a sensibilidade.” PERISSÉ (1998, p.10). 1 Autor(a): estudante de pedagogia-licenciatura pela uninassau. 2 Mestre em Letras (UFPE, 2007); Professor Executor do GRUPO SER, atuante nos Cursos na EAD de Pedagogia e Letras; Revisor Textual; Escritor Membro da UBE; Sócio correspondente do IHO; Crítico literário e colunista no site www.domingocompoesia.com.br Se a leitura é um instrumento imprescindível na educação e traz tantos benefícios, porque ainda temos problemas com a falta de incentivo, com esse enfoque que nos faremos esta pergunta: Qual a importância da leitura para o desenvolvimento da criança na educação infantil? Foi com essa indagação que o artigo no TCC II, envolto em um tema tão importante que é a leitura na educação infantil, a importância do estímulo das crianças ainda na primeira fase da educação, antes até de iniciarem na escola, o hábito da leitura é abundante para o desenvolvimento da oralidade e os aspectos físico, motor, social, cognitivo e emocional. A contação de história pode ser feita pelos pais, mesmo as crianças que ainda não forem alfabetizadas, já conseguem usar sua imaginação para compreenderem a história que estão escutando, e quando entrarem na jornada escolar, já estarão familiarizadas com alguns sons, porém a oralidade estará presente para as crianças que recebem esse estímulo desde pequenos. Hoje no Brasil o analfabetismo funcional é um problema muito grande, e o simples fato de estimular o interesse da criança por um livro, poderia mudar muita coisa no futuro do país. De acordo com Villardi, “Há de se desenvolver o gosto pela leitura, a fim de que possamos formar um leitor para toda vida. Ouvir histórias desperta na criança esse gosto e paixão pela leitura.” (VILLARDI, 1999, p.11). Na educação infantil a ludicidade é um instrumento que tem a habilidade de provocar nas crianças interesse e concentração, porém as crianças têm uma maneira diferente de enxergar as coisas, fazendo uma gostosa mistura do real com a fantasia no seu mundo imaginário. Como já foi exposto, os pais têm um papel essencial na formação dos futuros leitores, mas infelizmente não é isso que vem acontecendo, pois muitas vezes é mais prático dar um celular como jogos do que se sentar com seu filho e ler uma boa história para eles. E cada vez mais as escolas têm assumido esse papel na vida das crianças, estimulando a criança o gosto pela leitura, e quando a criança escuta uma história ela se transporta para o seu mundo da imaginação e muitas vezes ela também pode associar a história com o seu cotidiano. De acordo com o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (1998, v.3, p.143.) “a leitura de histórias é um instrumento para que a criança possa conhecer a forma de viver, pensar, agir e o universo de valores, costumes e comportamentos de outras culturas situadas em outros tempos e lugares que não o seu.” Partindo desta conjuntura é cem porcento garantido que a leitura na primeira fase escolar só traz benefícios há curto e longo prazo, com isso o objetivo geral desta pesquisa é analisar como a leitura na educação infantil contribui para o desenvolvimento intelectual e cognitivo da criança, e os objetivos específico são: compreender quais os benefícios da leitura para a criança da educação infantil; investigar como os livros físicos contribuem para o desenvolvimento cognitivo das crianças: analisar como a relação das crianças com os livros colaboram para a construção do vocabulário escrita e interpretação de texto desde a primeira infância. Esta pesquisa contou com o aporte teórico de vários autores do campo da linguística (VILLARDI, 1997, 1999; REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL, 1998, 2001; PERISSÉ, 1998; MATOS 2010; VYGOTSKY, 2000; VANIA DOHM, 2000; ABRAMOVICH, 1993, 1997; BIBLIOTECA VIVA; LIPPI E FINK, 2012; MINISTERIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA; FONSECA, 2012). Com base nesses teóricos, conseguimos construir essa pesquisa a fim de avivar a importância da leitura para a formação das crianças na fase da educação infantil, e seus inúmeros benefícios em todos os aspectos. Este trabalho foi organizado da seguinte forma, com essa Introdução que expõe o que o artigo TCC II se trata, e quais os objetivos a serem alcançados, e divididos nas seguintes sessões: Referencial teórico, Metodologia, que serão entregues nesta primeira etapa e futuramente em mais algumas sessões que são: Análise de dados e interpretação dos resultados, Considerações Finais e Referências. 2 REFERENCIAL TEÓRICO Fonseca destaca que: “Ler nos oferece independência e autonomia, os motivos para ler podem ser vários: prazer, necessidade, obter informações, a pessoa que lê, em todos esses casos realiza sua tarefa com mais qualidade.” (FONSECA, 2012, p. 16). A seguir vamos aperfeiçoar nosso conhecimento através da fundamentação teórica, onde renomados autores, para embasar esse artigo. 2.1 Infância, Leitura, Benefícios Desde o período que a criança se encontra no útero da mãe, a leitura já traz benefícios para ela, quando a mãe insere essa rotina de ler para o feto ela através da oralidade consegue que seu bebê se sinta protegido e consegue acalmá-lo, quando o pai faz a leitura ou conversa com o bebê, ele consegue cria laços mais fortes com o seu filho, pois a mãe por estar gerando já tem uma ligação forte. Ao nascer o hábito de ler para a criança não pode parar, mesmo ela não tendo o entendimento da história, ela consegue imaginar tudo o que está escutando, é importante também que durante a leitura a criança segure o livro para os pais fazerem a leitura, para despertar a curiosidade e a imaginação, o ideal é que o livro seja bem ilustrado, porque a criança também está recebendo estímulo visual. “Porque para formar grandes leitores, leitores críticos, não basta ensinar a ler. É preciso ensinar a gostar de ler. [...] com prazer, isto é possível, e maisfácil do que parece” (VILLARDI, 1997, p. 2). É com esse pensamento que podemos dizer que a leitura traz benefícios como enriquecimento social, cultural, e auxilia para o desenvolvimento cognitivo e psicológico. A leitura deve ser uma atividade diária na educação, ler para que possam ouvir histórias é essencial, assim como o contato pessoal com o livro é fundamental. Segundo a BNCC (Base Nacional Comum Curricular): Desde cedo, a criança manifesta curiosidade com relação à cultura e escrita: ao ouvir e acompanhar a leitura de texto, ao observar os muitos textos que circulam no contexto familiar, comunitário e escolar, ela construindo sua concepção de língua escrita, reconhecendo diferentes usos sociais da escrita, dos gêneros, suportes e portadores. Na Educação Infantil, a imersão na cultura escrita deve partir do que as crianças conhecem e das curiosidades que deixam transparecer. As expectativas com a leitura infantil, proposta pelo educador, mediador entre os textos e as crianças, contribui para o desenvolvimento do gosto pela leitura, do estimulo da imaginação, da ampliação do conhecimento de mundo. Além disso, o contato com histórias, contos, fabulas, poemas, cordéis etc. proporciona familiaridade com livros, com diferentes gêneros literários, a diferenciação entre ilustração e escrita, a aprendizagem da direção da escrita e as formas corretas de manipulação de livros. Nesse convívio contextos escritos, as crianças vão construindo hipóteses sobre a escrita que se revelam, inicialmente, em rabiscos e garatujas e, à medida que vão conhecendo letras, em escritas espontâneas, não convencionais, mas já indicativas da compreensão da escrita como sistema de representação da língua. (BRASIL, 2017). No ambiente escolar é onde a criança aprimora o processo da leitura, onde a leitura certa, conivente com as atividades corretas, acarreta resultados extraordinários, mas é um grande desafio para o professor fazer atividades desse conceito, mas não devemos desistir. Para Mattos, (2010, p. 14) [...] o ambiente escolar é o lugar de construção da leitura e nas séries iniciais é o momento da inserção do aluno ao mundo letrado e consequentemente da leitura. Será através das práticas leitoras durante essa fase que o aluno poderá ser capaz de inserir-se na sociedade enquanto sujeito reflexivo, uma vez que a leitura proporciona questionamentos e aquisições de conhecimentos. O incentivo à leitura na educação infantil tem que partir da família em primeira instância, pois é com a família que a criança tem o primeiro contato com a leitura, e esse contato e estímulo deve ser de forma natural, proporcionado uma experiencia gostosa, um momento de ligação com a família, espera-se que cada folha do livro possa ser uma experiência inexplicável para a criança e para os pais. Na visão de Vygotsky, (2000, p. 58): O estímulo à leitura deve ocorrer não somente na sala de aula, como também no contexto familiar, uma vez que a família é a base para a formação do ser humano. A criança aprende e se desenvolve com o meio em que está inserido, caso não haja interesse pelos pais, os filhos também terão dificuldades em despertar interesse pelos livros. A leitura é uma das principais formas de comunicação, fazendo com que o aprendizado aconteça dentro e fora do espaço escolar, e quando se fala em leitura, não estamos nos referindo somente à literatura, mas também há revistas, jornais, internet e gibi, que são instrumentos relevantes para a formação do sujeito. Hoje vivemos num mundo de conhecimentos diversificado e com tanta informação, que é notório que ler, interpretar, e compreender textos é fundamental, pois se o sujeito não tiver o domínio da leitura fica muito difícil se ajustar ao mundo, em que tudo requer um bom vocabulário, escrita impecável e interpretação adequada, deste modo é na educação infantil que temos que criar raízes coma leitura, com o contato da criança com o livro e roda de leitura, onde o(a) professor(a) lê para os alunos. Dito isso devemos deixar sempre a mostra livros, gibis, e outro, para as crianças, mas nunca podemos pressionar a criança, temos que deixá-las livres para suas referências. Devemos sim explorar ao máximo os inúmeros benefício que o hábito de ler nos proporciona, os livros ajuda a criança experimentar também as sensações, como o medo, empatia, raiva, alegria e compaixão, com isso as crianças vão conseguir compreender seus próprios sentimentos e conseguir construir sua identidade, sem falar que a leitura proporciona muita diversão, com ela tempos um mundo inteiro que cabe na imaginação, e é exatamente isso que estamos precisando, porque as crianças estão esquecendo da essência da leitura. A partir do momento em que se compreende os benefícios da leitura, e aguaça o interesse por livros, fica mais claro ver o processo de desenvolvimento que de uma criança que teve esse estímulo desde a primeira fase da educação, e da criança que por algum motivo triste não teve esse mesmo estímulo. No Brasil há um alto índice de analfabetismo funcional, que se trata de pessoas que sabem reconhecer letra e números, mas que diante de textos simples não consegue interpretar o seu conteúdo de nenhum gênero textual. Por isso que o incentivo à leitura deve acontecer desde a primeira infância, que além de formar leitores, e contribuímos para o índice do analfabetismo funcional diminuir, também age direto ao desenvolvimento cognitivo da criança. O Ministério da Educação e Cultura (MEC) desenvolveu o (PNBE) Programa Nacional Biblioteca na Escola, que desde 1997 está em vigor contribuído com obras literárias, e com o incentivo à leitura, atendendo escolas públicas de forma gratuita. 2.2 Contação de Histórias No livro Técnicas de Contar Histórias (2017), da especialista em contação de história, Vania Dohme, nos orienta que não é apenas ler de qualquer jeito uma história, temos que nos atentar a tirar a maior vantagem da voz, temos que usar corretamente a dicção, a velocidade em que lemos, a tonalidade quem entoamos, o volume, e o vocabulário, temos que reproduzir cada palavra da forma mais clara possível, é importante também que demos um espaço entre as palavras pronunciadas. Devemos sempre apropriar o uso da voz de acordo com o personagem, por exemplo, as fadas têm uma voz mais adocicada, enquanto as bruxas têm uma voz mais estridente, e o professor quando conta a história deve fazer todas as entonações de acordo com cada personagem, para história fica mais emocionante e atraente. A seleção do repertório também é importante para a contação de história na educação infantil, é de bom tom que o professor saiba qual o estágio emocional que encontra-se esta faixa etária, para que seja uma leitura que desperte total envolvimento dos alunos. Quando o aluno escuta as histórias contada pelo professor, automaticamente ele começa associar várias coisas, oralidade e sonoridade da palavra é uma delas, e isso só acrescenta quando eles entrarem na fase da alfabetização. Segundo Abramovich, A literatura também é uma forma de aprendizagem através do lúdico, pois a literatura infantil é um caminho que leva a criança a desenvolver a imaginação, emoções e sentimentos de forma prazerosa e significativa, ampliando o seu repertorio linguístico e cultural, possibilitando uma outra compreensão da realidade. (ABRAMOVICH, 1997, p. 21). A falta de estímulo na educação infantil do desenvolvimento da leitura é um problema muito sério, que afeta diretamente o futuro de um indivíduo, pois estão rodeadas de tecnologia, inserir livros na vida acadêmica de uma criança, fica cada vez mais difícil. De acordo com a Biblioteca Viva, O Brasil está hoje entre os países com maior índice de desigualdade socialdo mundo e, para reverter essa situação, é necessário que a população se torne leitora, com competência para compreender e mudar essa realidade. (BIBLIOTECA VIVA, p. 36). Podemos observar nesta citação que a falta de incentivo, não está em um único lugar, onde poderia facilmente ser solucionado este problema de desigualdade social, para o Brasil reverte essa situação, deve-se começar desde quando o aluno ainda está na educação infantil, incentivando a ler bons livros, Lippi e Fink (2012) sinalizam que: A literatura infantil deveria estar presente na vida da criança como está o leite em sua mamadeira. Ambos contribuem para o seu desenvolvimento. Um, para o desenvolvimento biológico: outro, para o psicológico, nas suas dimensões afetivas e intelectuais. A literatura infantil tem uma magia e um encantamento capazes de despertar no leitor todo um potencial criativo. É uma força capaz de transformar a realidade quando trabalhada adequadamente com o educando (OLIVEIRA, 1996 apud LIPPI e FINK, 2012). Refletindo um pouco mais sobre a importância de estimular a leitura desde cedo, devemos valorizar muito a contação de história, esta prática é uma ferramenta norteadora do ensino-aprendizagem, favorecendo a contextualização com o conteúdo escolar, cabe ao professor ampliar os conhecimentos dos alunos para com a leitura apresentando diferentes tipos de leitura como as não verbais (desenhos, charges, etc.) e as verbais (fábulas, contos, etc.), é dever da escola formar leitores críticos. A criança que ainda não sabe ler convencionalmente pode fazê-lo por meio da leitura do professor, ainda que não possa decifrar todas e cada uma das palavras. Ouvir um texto já é uma forma de leitura. A leitura de histórias é uma rica fonte de aprendizado de novos vocabulários. (RCNEI, 2001, p. 141-145). A citação do RCNEI (Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil), reafirma que a leitura é uma prática com inúmeros benefícios, que para a criança que não sabe ler é de extrema importância a contação de história e podemos ver a importância da leitura para a formação social da criança. Como caracteriza o Ministério da Educação e Cultura, O ato de ouvir histórias é valioso para o desenvolvimento pessoal, auxilia na compreensão do mundo e a de si mesmo, expande referencias e a capacidade de comunicação, estimula a criatividade e faz a imaginação fluir, emociona e causa impacto. (BRASIL, 2013) Ah, como é importante para a formação de qualquer criança ouvir muitas, muitas histórias. Escuta-las é o início do aprendizado para ser um leitor, e ser um leitor é ter carinho absolutamente infinito de descobertas e compreensão do mundo. (ABRAMOVICH, 1993, p. 16). As rodas de leitura é uma das práticas pedagógicas que auxilia o professor na contação de história, ela contempla o desenvolvimento de aptidões emocionais, sociais e cognitivas, as histórias são de um valor educacional imensurável. A roda de leitura traz para a criança a oportunidade de se relacionarem com os outros. Explorando assim os cinco campos de experiências da BNCC (Base Nacional Comum Curricular), no qual a quais são definidos os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento. Na conjunção dos cinco campos, I o eu, o outro, e o nós, que é a interação com os outros e descobertas de modos diferentes; II corpo, gesto, e movimentos, onde exploram o mundo e o espaço e os objetos ao seu redor, por meio da linguagem; III traços, sons, cores e formas, convivendo com manifestações artísticas vivencias de diversas formas de expressão; IV escuta, fala, pensamento e imaginação, é onde a leitura domina, e é onde elas podem falar e ouvir potencializando sua cultura oral; V espaços, tempos, quantidades, relações e transformações, onde a escola cria oportunidades para que as crianças ampliem ser conhecimentos. 3 METODOLOGIA 3.1 Natureza da pesquisa Esta pesquisa é de natureza qualitativa, de fundamentação bibliográfica, ela está comprometida com a compreensão a partir da perspectiva do autor, construída através de informações obtidas em livros, artigos e afins, isso possibilitou vasto conhecimento acerca do tema, a fim de permitir reflexão, discussão de modo a representar resultados obtidos. Para Gil (2002, p. 45) “a principal vantagem da pesquisa bibliográfica reside no fato de permitir ao investigador a cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla do que poderia pesquisar diretamente”. Como caracteriza Goldenberg (1998, p. 53), “[...] os dados qualitativos consistem em descrições detalhadas de situações com o objetivo de compreender os indivíduos em seus próprios termos.” 3.2 Fontes de busca da pesquisa Para realizar essa pesquisa foi utilizada uma pesquisa bibliográfica e documental, utilizando-se de uma revisão literária, com o auxílio de livros, periódicos e documentos diversos, para dar qualidade e enriquecer a pesquisa. Sendo assim, o trabalho se pauta em pesquisas de artigos acadêmicos buscados na base SCIELO, Google acadêmico, livros e revistas científicas sobre o tema em questão, e para busca de tais materiais utilizei de palavras chaves como: leitura, educação infantil, desenvolvimento cognitivo. 4 ANÁLISE DOS DADOS E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS Abaixo uma breve contextualização dos teóricos com os dados analisados, na interpretação dos resultados. 4.1 Conceituando nas visões dos teóricos Villardi diz que ouvir histórias traz para a criança o gosto e paixão pelo ato de ler, que a escolha do livro também tem que ser algo que vai despertar o interesse do ouvinte e isso se correlaciona com o que diz o Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil, que a leitura é um instrumento que as crianças têm para poder conhecer novas culturas, novos jeitos de ver e entender o mundo, de como agir, e como isso tudo acarreta os benefícios de uma iniciação tenra das crianças. Fonseca ainda destaca que ler nos oferece autonomia e independência, e têm mas qualidade em seus conteúdos. Não basta ensinar a criança a ler e escrever, temos que ensinar a gostar de fazê-los, pois é assim que iremos torná-los leitores críticos e desenvolvidos cognitivamente. De acordo com o problema deste artigo, qual a importância da leitura para o desenvolvimento da criança na educação infantil, os autores nos direcionam a pensar que o quanto antes a criança for estimulada a ouvir e ler as histórias, mais fácil vai ser a iniciação dela no ambiente escolar, isso é um trabalho em conjunto, entre as famílias e a escola. Infelizmente hoje em dia o ato de ler um bom livro está cada vez mais escasso, a tecnologia, a falta de incentivo no núcleo familiar e tantos outros fatores com a Pandemia COVID-19, que instalou o caos na educação, só agravou mais a falta de interesse pela leitura. Esses fatores causaram consequências, muitas das vezes irreversíveis, como vocabulário precário, dificuldade de interpretação, compreensão e erros ortográficos. O Brasil tem atualmente cerca de 16 milhões de analfabetos e metade deste número está concentrada em menos de 10% dos municípios do país. Para o MEC, apesar de não serem inéditos, os dados do "Mapa do Analfabetismo" são "alarmantes". No Brasil existem 16,295 milhões de pessoas incapazes de ler e escrever pelo menos um bilhete simples. Levando-se em conta o conceito de "analfabeto funcional", que inclui as pessoas com menos de quatro séries de estudo concluídas, o número salta para 33 milhões. Como tantas informações, a leitura tem grande valia desde o ventre da mãe até na mais longevidade de um ancião. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Ante todos os estudos, orientações e aulas, observei durante todo o Artigo, em que nos cheguemos à conclusão que, o estímulo desde pequenos é a maior ferramenta para formar leitores assíduos. Concluímos também que quando a criança na primeirafase da infância é exposta à contação de história, ela tem um melhor desenvolvimento em todos os aspectos, físico, motor, social, cognitivo e emocional. Os educadores também têm que gostar de ler, pois assim torna os momentos de leitura mais prazerosos, contando as histórias com emoção e conseguindo despertar a curiosidade dos pequenos leitores. Infelizmente hoje em dia a leitura não ocupa um espaço pedagógico significativo, deveria existir mais projetos de qualificação na área da leitura. Sem mais delongas, ler estimula o raciocínio, ativa o cérebro, melhora o vocabulário, combate o estresse, desenvolve o pensamento crítico, e o leitor transforma sua escrita. Conforme Paulo Freire (1984, p. 11): “A leitura do Mundo Precede a Leitura da Palavra”. REFERÊNCIAS ABRAMOVICH, Fani. Literatura infantil: gostosuras e bobices. São Paulo: Scipione, 1997. BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. BRASIL. 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