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MARIANA FRANCISCO CERISSA-01322581- TCC II final pronto

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OS BENEFÍCIOS DA LEITURA PARA O PROCESSO DE ENSINO
APRENDIZAGEM DA EDUCAÇÃO INAFANTIL
Autor(a)1: Mariana Francisco Cerissa 
Instituição: Centro Universitário Maurício de Nassau-Uninassau 
E-mail: maricfacul@gmail.com
Orientador(a)2: Neilton Limeira Florentino 
Instituição: Centro Universitário Maurício de Nassau-Uninassau 
E-mail: neilton.lima@sereducacional.com
Resumo 
Neste artigo foi abordado uma reflexão sobre a leitura na educação infantil, a fim de como se dá o
desenvolvimento e o incentivo apropriado da leitura, e o que têm que ser feito para despertar o
interesse e o hábito da leitura. Portanto foi realizado uma pesquisa bibliográfica embasada por autores
que expõem seus pensamentos sobre a leitura, e como resultado, verificou-se que a leitura é sem
dúvida a maior ferramenta para formar futuros cidadãos que saibam de fato ler e escrever
corretamente. Com o domínio da leitura, terá maior facilidade de compreensão e interpretação, assim
podendo se destacar dos demais que não tiveram o devido estímulo. A família tem um papel de grande
importância na introdução da leitura na primeira fase de vida da criança, e quando inserida na fase
escolar, já leva consigo uma bagagem de conhecimento das letras, dos sons, da imaginação, das
emoções e com isso só contribui para o seu aprimoramento. Podendo assim analisar de fato como a
leitura na educação infantil contribui para o desenvolvimento intelectual e cognitivo da criança.
Palavras-chave: Leitura 1. Educação Infantil 2. Desenvolvimento 3. Estímulo 4.
1 INTRODUÇÃO 
Nosso país infelizmente tem um desenvolvimento precário em questão da leitura,
existem muitos alunos de classe menos favorecidas que não têm o contato com o livro, e as
classes médias, altas que têm os livros, mas não tem o incentivo adequado para a leitura. “A
leitura transmite raciocínios, faz germinar ideias, ensina silenciosamente a escrever e falar
com clareza estimula a imaginação, amadurece a sensibilidade.” PERISSÉ (1998, p.10).
1 Autor(a): estudante de pedagogia-licenciatura pela uninassau.
2 Mestre em Letras (UFPE, 2007); Professor Executor do GRUPO SER, atuante nos Cursos na EAD de 
Pedagogia e Letras; Revisor Textual; Escritor Membro da UBE; Sócio correspondente do IHO; Crítico literário e
colunista no site www.domingocompoesia.com.br
Se a leitura é um instrumento imprescindível na educação e traz tantos benefícios,
porque ainda temos problemas com a falta de incentivo, com esse enfoque que nos faremos
esta pergunta: Qual a importância da leitura para o desenvolvimento da criança na educação
infantil?
Foi com essa indagação que o artigo no TCC II, envolto em um tema tão importante
que é a leitura na educação infantil, a importância do estímulo das crianças ainda na primeira
fase da educação, antes até de iniciarem na escola, o hábito da leitura é abundante para o
desenvolvimento da oralidade e os aspectos físico, motor, social, cognitivo e emocional.
A contação de história pode ser feita pelos pais, mesmo as crianças que ainda não
forem alfabetizadas, já conseguem usar sua imaginação para compreenderem a história que
estão escutando, e quando entrarem na jornada escolar, já estarão familiarizadas com alguns
sons, porém a oralidade estará presente para as crianças que recebem esse estímulo desde
pequenos.
Hoje no Brasil o analfabetismo funcional é um problema muito grande, e o simples
fato de estimular o interesse da criança por um livro, poderia mudar muita coisa no futuro do
país.
De acordo com Villardi, “Há de se desenvolver o gosto pela leitura, a fim de que
possamos formar um leitor para toda vida. Ouvir histórias desperta na criança esse gosto e
paixão pela leitura.” (VILLARDI, 1999, p.11).
Na educação infantil a ludicidade é um instrumento que tem a habilidade de provocar
nas crianças interesse e concentração, porém as crianças têm uma maneira diferente de
enxergar as coisas, fazendo uma gostosa mistura do real com a fantasia no seu mundo
imaginário.
Como já foi exposto, os pais têm um papel essencial na formação dos futuros leitores,
mas infelizmente não é isso que vem acontecendo, pois muitas vezes é mais prático dar um
celular como jogos do que se sentar com seu filho e ler uma boa história para eles.
E cada vez mais as escolas têm assumido esse papel na vida das crianças, estimulando
a criança o gosto pela leitura, e quando a criança escuta uma história ela se transporta para o
seu mundo da imaginação e muitas vezes ela também pode associar a história com o seu
cotidiano.
De acordo com o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (1998,
v.3, p.143.) “a leitura de histórias é um instrumento para que a criança possa conhecer a forma
de viver, pensar, agir e o universo de valores, costumes e comportamentos de outras culturas
situadas em outros tempos e lugares que não o seu.”
Partindo desta conjuntura é cem porcento garantido que a leitura na primeira fase
escolar só traz benefícios há curto e longo prazo, com isso o objetivo geral desta pesquisa é
analisar como a leitura na educação infantil contribui para o desenvolvimento intelectual e
cognitivo da criança, e os objetivos específico são: compreender quais os benefícios da leitura
para a criança da educação infantil; investigar como os livros físicos contribuem para o
desenvolvimento cognitivo das crianças: analisar como a relação das crianças com os livros
colaboram para a construção do vocabulário escrita e interpretação de texto desde a primeira
infância. 
Esta pesquisa contou com o aporte teórico de vários autores do campo da linguística
(VILLARDI, 1997, 1999; REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A
EDUCAÇÃO INFANTIL, 1998, 2001; PERISSÉ, 1998; MATOS 2010; VYGOTSKY, 2000;
VANIA DOHM, 2000; ABRAMOVICH, 1993, 1997; BIBLIOTECA VIVA; LIPPI E FINK,
2012; MINISTERIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA; FONSECA, 2012).
Com base nesses teóricos, conseguimos construir essa pesquisa a fim de avivar a
importância da leitura para a formação das crianças na fase da educação infantil, e seus
inúmeros benefícios em todos os aspectos.
Este trabalho foi organizado da seguinte forma, com essa Introdução que expõe o que
o artigo TCC II se trata, e quais os objetivos a serem alcançados, e divididos nas seguintes
sessões: Referencial teórico, Metodologia, que serão entregues nesta primeira etapa e
futuramente em mais algumas sessões que são: Análise de dados e interpretação dos
resultados, Considerações Finais e Referências. 
2 REFERENCIAL TEÓRICO 
Fonseca destaca que:
“Ler nos oferece independência e autonomia, os motivos para ler podem ser vários:
prazer, necessidade, obter informações, a pessoa que lê, em todos esses casos realiza sua
tarefa com mais qualidade.” (FONSECA, 2012, p. 16). A seguir vamos aperfeiçoar nosso
conhecimento através da fundamentação teórica, onde renomados autores, para embasar esse
artigo.
2.1 Infância, Leitura, Benefícios 
Desde o período que a criança se encontra no útero da mãe, a leitura já traz benefícios
para ela, quando a mãe insere essa rotina de ler para o feto ela através da oralidade consegue
que seu bebê se sinta protegido e consegue acalmá-lo, quando o pai faz a leitura ou conversa
com o bebê, ele consegue cria laços mais fortes com o seu filho, pois a mãe por estar gerando
já tem uma ligação forte.
Ao nascer o hábito de ler para a criança não pode parar, mesmo ela não tendo o
entendimento da história, ela consegue imaginar tudo o que está escutando, é importante
também que durante a leitura a criança segure o livro para os pais fazerem a leitura, para
despertar a curiosidade e a imaginação, o ideal é que o livro seja bem ilustrado, porque a
criança também está recebendo estímulo visual.
“Porque para formar grandes leitores, leitores críticos, não basta ensinar a ler. É
preciso ensinar a gostar de ler. [...] com prazer, isto é possível, e maisfácil do que parece”
(VILLARDI, 1997, p. 2).
É com esse pensamento que podemos dizer que a leitura traz benefícios como
enriquecimento social, cultural, e auxilia para o desenvolvimento cognitivo e psicológico.
A leitura deve ser uma atividade diária na educação, ler para que possam ouvir
histórias é essencial, assim como o contato pessoal com o livro é fundamental. 
Segundo a BNCC (Base Nacional Comum Curricular):
Desde cedo, a criança manifesta curiosidade com relação à cultura e escrita:
ao ouvir e acompanhar a leitura de texto, ao observar os muitos textos que
circulam no contexto familiar, comunitário e escolar, ela construindo sua
concepção de língua escrita, reconhecendo diferentes usos sociais da escrita,
dos gêneros, suportes e portadores. Na Educação Infantil, a imersão na
cultura escrita deve partir do que as crianças conhecem e das curiosidades
que deixam transparecer. As expectativas com a leitura infantil, proposta
pelo educador, mediador entre os textos e as crianças, contribui para o
desenvolvimento do gosto pela leitura, do estimulo da imaginação, da
ampliação do conhecimento de mundo. Além disso, o contato com histórias,
contos, fabulas, poemas, cordéis etc. proporciona familiaridade com livros,
com diferentes gêneros literários, a diferenciação entre ilustração e escrita, a
aprendizagem da direção da escrita e as formas corretas de manipulação de
livros. Nesse convívio contextos escritos, as crianças vão construindo
hipóteses sobre a escrita que se revelam, inicialmente, em rabiscos e
garatujas e, à medida que vão conhecendo letras, em escritas espontâneas,
não convencionais, mas já indicativas da compreensão da escrita como
sistema de representação da língua. (BRASIL, 2017). 
No ambiente escolar é onde a criança aprimora o processo da leitura, onde a
leitura certa, conivente com as atividades corretas, acarreta resultados extraordinários, mas é
um grande desafio para o professor fazer atividades desse conceito, mas não devemos
desistir.
Para Mattos, (2010, p. 14)
[...] o ambiente escolar é o lugar de construção da leitura e nas séries iniciais
é o momento da inserção do aluno ao mundo letrado e consequentemente da
leitura. Será através das práticas leitoras durante essa fase que o aluno
poderá ser capaz de inserir-se na sociedade enquanto sujeito reflexivo, uma
vez que a leitura proporciona questionamentos e aquisições de
conhecimentos.
O incentivo à leitura na educação infantil tem que partir da família em primeira
instância, pois é com a família que a criança tem o primeiro contato com a leitura, e esse
contato e estímulo deve ser de forma natural, proporcionado uma experiencia gostosa, um
momento de ligação com a família, espera-se que cada folha do livro possa ser uma
experiência inexplicável para a criança e para os pais.
Na visão de Vygotsky, (2000, p. 58):
 O estímulo à leitura deve ocorrer não somente na sala de aula, como
também no contexto familiar, uma vez que a família é a base para a
formação do ser humano. A criança aprende e se desenvolve com o meio em
que está inserido, caso não haja interesse pelos pais, os filhos também terão
dificuldades em despertar interesse pelos livros.
 A leitura é uma das principais formas de comunicação, fazendo com que o
aprendizado aconteça dentro e fora do espaço escolar, e quando se fala em leitura, não
estamos nos referindo somente à literatura, mas também há revistas, jornais, internet e gibi,
que são instrumentos relevantes para a formação do sujeito.
Hoje vivemos num mundo de conhecimentos diversificado e com tanta informação,
que é notório que ler, interpretar, e compreender textos é fundamental, pois se o sujeito não
tiver o domínio da leitura fica muito difícil se ajustar ao mundo, em que tudo requer um bom
vocabulário, escrita impecável e interpretação adequada, deste modo é na educação infantil
que temos que criar raízes coma leitura, com o contato da criança com o livro e roda de
leitura, onde o(a) professor(a) lê para os alunos.
Dito isso devemos deixar sempre a mostra livros, gibis, e outro, para as crianças, mas
nunca podemos pressionar a criança, temos que deixá-las livres para suas referências.
Devemos sim explorar ao máximo os inúmeros benefício que o hábito de ler nos
proporciona, os livros ajuda a criança experimentar também as sensações, como o medo,
empatia, raiva, alegria e compaixão, com isso as crianças vão conseguir compreender seus
próprios sentimentos e conseguir construir sua identidade, sem falar que a leitura
proporciona muita diversão, com ela tempos um mundo inteiro que cabe na imaginação, e é
exatamente isso que estamos precisando, porque as crianças estão esquecendo da essência da
leitura. 
A partir do momento em que se compreende os benefícios da leitura, e aguaça o
interesse por livros, fica mais claro ver o processo de desenvolvimento que de uma criança
que teve esse estímulo desde a primeira fase da educação, e da criança que por algum motivo
triste não teve esse mesmo estímulo.
No Brasil há um alto índice de analfabetismo funcional, que se trata de pessoas que
sabem reconhecer letra e números, mas que diante de textos simples não consegue interpretar
o seu conteúdo de nenhum gênero textual. Por isso que o incentivo à leitura deve acontecer
desde a primeira infância, que além de formar leitores, e contribuímos para o índice do
analfabetismo funcional diminuir, também age direto ao desenvolvimento cognitivo da
criança.
O Ministério da Educação e Cultura (MEC) desenvolveu o (PNBE) Programa
Nacional Biblioteca na Escola, que desde 1997 está em vigor contribuído com obras
literárias, e com o incentivo à leitura, atendendo escolas públicas de forma gratuita.
2.2 Contação de Histórias
No livro Técnicas de Contar Histórias (2017), da especialista em contação de história,
Vania Dohme, nos orienta que não é apenas ler de qualquer jeito uma história, temos que nos
atentar a tirar a maior vantagem da voz, temos que usar corretamente a dicção, a velocidade
em que lemos, a tonalidade quem entoamos, o volume, e o vocabulário, temos que reproduzir
cada palavra da forma mais clara possível, é importante também que demos um espaço entre
as palavras pronunciadas.
Devemos sempre apropriar o uso da voz de acordo com o personagem, por exemplo,
as fadas têm uma voz mais adocicada, enquanto as bruxas têm uma voz mais estridente, e o
professor quando conta a história deve fazer todas as entonações de acordo com cada
personagem, para história fica mais emocionante e atraente.
A seleção do repertório também é importante para a contação de história na educação
infantil, é de bom tom que o professor saiba qual o estágio emocional que encontra-se esta
faixa etária, para que seja uma leitura que desperte total envolvimento dos alunos. 
Quando o aluno escuta as histórias contada pelo professor, automaticamente ele
começa associar várias coisas, oralidade e sonoridade da palavra é uma delas, e isso só
acrescenta quando eles entrarem na fase da alfabetização.
Segundo Abramovich,
A literatura também é uma forma de aprendizagem através do lúdico, pois a
literatura infantil é um caminho que leva a criança a desenvolver a
imaginação, emoções e sentimentos de forma prazerosa e significativa,
ampliando o seu repertorio linguístico e cultural, possibilitando uma outra
compreensão da realidade. (ABRAMOVICH, 1997, p. 21).
A falta de estímulo na educação infantil do desenvolvimento da leitura é um problema
muito sério, que afeta diretamente o futuro de um indivíduo, pois estão rodeadas de
tecnologia, inserir livros na vida acadêmica de uma criança, fica cada vez mais difícil.
De acordo com a Biblioteca Viva, 
O Brasil está hoje entre os países com maior índice de desigualdade socialdo mundo e, para reverter essa situação, é necessário que a população se
torne leitora, com competência para compreender e mudar essa realidade.
(BIBLIOTECA VIVA, p. 36).
Podemos observar nesta citação que a falta de incentivo, não está em um único lugar,
onde poderia facilmente ser solucionado este problema de desigualdade social, para o Brasil
reverte essa situação, deve-se começar desde quando o aluno ainda está na educação infantil,
incentivando a ler bons livros, Lippi e Fink (2012) sinalizam que:
 A literatura infantil deveria estar presente na vida da criança como está o
leite em sua mamadeira. Ambos contribuem para o seu desenvolvimento.
Um, para o desenvolvimento biológico: outro, para o psicológico, nas suas
dimensões afetivas e intelectuais. A literatura infantil tem uma magia e um
encantamento capazes de despertar no leitor todo um potencial criativo. É
uma força capaz de transformar a realidade quando trabalhada
adequadamente com o educando (OLIVEIRA, 1996 apud LIPPI e FINK,
2012).
Refletindo um pouco mais sobre a importância de estimular a leitura desde cedo,
devemos valorizar muito a contação de história, esta prática é uma ferramenta norteadora do
ensino-aprendizagem, favorecendo a contextualização com o conteúdo escolar, cabe ao
professor ampliar os conhecimentos dos alunos para com a leitura apresentando diferentes
tipos de leitura como as não verbais (desenhos, charges, etc.) e as verbais (fábulas, contos,
etc.), é dever da escola formar leitores críticos. 
A criança que ainda não sabe ler convencionalmente pode fazê-lo por meio
da leitura do professor, ainda que não possa decifrar todas e cada uma das
palavras. Ouvir um texto já é uma forma de leitura. A leitura de histórias é
uma rica fonte de aprendizado de novos vocabulários. (RCNEI, 2001, p.
141-145).
A citação do RCNEI (Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil),
reafirma que a leitura é uma prática com inúmeros benefícios, que para a criança que não sabe
ler é de extrema importância a contação de história e podemos ver a importância da leitura
para a formação social da criança. Como caracteriza o Ministério da Educação e Cultura, O
ato de ouvir histórias é valioso para o desenvolvimento pessoal, auxilia na compreensão do
mundo e a de si mesmo, expande referencias e a capacidade de comunicação, estimula a
criatividade e faz a imaginação fluir, emociona e causa impacto. (BRASIL, 2013)
Ah, como é importante para a formação de qualquer criança ouvir muitas,
muitas histórias. Escuta-las é o início do aprendizado para ser um leitor, e
ser um leitor é ter carinho absolutamente infinito de descobertas e
compreensão do mundo. (ABRAMOVICH, 1993, p. 16).
As rodas de leitura é uma das práticas pedagógicas que auxilia o professor na
contação de história, ela contempla o desenvolvimento de aptidões emocionais, sociais e
cognitivas, as histórias são de um valor educacional imensurável. A roda de leitura traz para a
criança a oportunidade de se relacionarem com os outros.
Explorando assim os cinco campos de experiências da BNCC (Base Nacional Comum
Curricular), no qual a quais são definidos os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento.
Na conjunção dos cinco campos, I o eu, o outro, e o nós, que é a interação com os
outros e descobertas de modos diferentes; II corpo, gesto, e movimentos, onde exploram o
mundo e o espaço e os objetos ao seu redor, por meio da linguagem; III traços, sons, cores e
formas, convivendo com manifestações artísticas vivencias de diversas formas de expressão;
IV escuta, fala, pensamento e imaginação, é onde a leitura domina, e é onde elas podem falar
e ouvir potencializando sua cultura oral; V espaços, tempos, quantidades, relações e
transformações, onde a escola cria oportunidades para que as crianças ampliem ser
conhecimentos. 
3 METODOLOGIA 
3.1 Natureza da pesquisa
Esta pesquisa é de natureza qualitativa, de fundamentação bibliográfica, ela está
comprometida com a compreensão a partir da perspectiva do autor, construída através de
informações obtidas em livros, artigos e afins, isso possibilitou vasto conhecimento acerca do
tema, a fim de permitir reflexão, discussão de modo a representar resultados obtidos. Para Gil
(2002, p. 45) “a principal vantagem da pesquisa bibliográfica reside no fato de permitir ao
investigador a cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla do que poderia
pesquisar diretamente”.
Como caracteriza Goldenberg (1998, p. 53), “[...] os dados qualitativos consistem em
descrições detalhadas de situações com o objetivo de compreender os indivíduos em seus
próprios termos.” 
3.2 Fontes de busca da pesquisa
Para realizar essa pesquisa foi utilizada uma pesquisa bibliográfica e documental,
utilizando-se de uma revisão literária, com o auxílio de livros, periódicos e documentos
diversos, para dar qualidade e enriquecer a pesquisa. Sendo assim, o trabalho se pauta em
pesquisas de artigos acadêmicos buscados na base SCIELO, Google acadêmico, livros e
revistas científicas sobre o tema em questão, e para busca de tais materiais utilizei de palavras
chaves como: leitura, educação infantil, desenvolvimento cognitivo. 
4 ANÁLISE DOS DADOS E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS 
Abaixo uma breve contextualização dos teóricos com os dados analisados, na
interpretação dos resultados. 
4.1 Conceituando nas visões dos teóricos
Villardi diz que ouvir histórias traz para a criança o gosto e paixão pelo ato de ler, que
a escolha do livro também tem que ser algo que vai despertar o interesse do ouvinte e isso se
correlaciona com o que diz o Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil, que a
leitura é um instrumento que as crianças têm para poder conhecer novas culturas, novos jeitos
de ver e entender o mundo, de como agir, e como isso tudo acarreta os benefícios de uma
iniciação tenra das crianças.
Fonseca ainda destaca que ler nos oferece autonomia e independência, e têm mas
qualidade em seus conteúdos. Não basta ensinar a criança a ler e escrever, temos que ensinar a
gostar de fazê-los, pois é assim que iremos torná-los leitores críticos e desenvolvidos
cognitivamente.
 De acordo com o problema deste artigo, qual a importância da leitura para o
desenvolvimento da criança na educação infantil, os autores nos direcionam a pensar que o
quanto antes a criança for estimulada a ouvir e ler as histórias, mais fácil vai ser a iniciação
dela no ambiente escolar, isso é um trabalho em conjunto, entre as famílias e a escola.
Infelizmente hoje em dia o ato de ler um bom livro está cada vez mais escasso, a
tecnologia, a falta de incentivo no núcleo familiar e tantos outros fatores com a Pandemia
COVID-19, que instalou o caos na educação, só agravou mais a falta de interesse pela leitura.
Esses fatores causaram consequências, muitas das vezes irreversíveis, como vocabulário
precário, dificuldade de interpretação, compreensão e erros ortográficos.
O Brasil tem atualmente cerca de 16 milhões de analfabetos e metade deste número
está concentrada em menos de 10% dos municípios do país. Para o MEC, apesar de não serem
inéditos, os dados do "Mapa do Analfabetismo" são "alarmantes". No Brasil existem 16,295
milhões de pessoas incapazes de ler e escrever pelo menos um bilhete simples. Levando-se
em conta o conceito de "analfabeto funcional", que inclui as pessoas com menos de quatro
séries de estudo concluídas, o número salta para 33 milhões.
Como tantas informações, a leitura tem grande valia desde o ventre da mãe até na mais
longevidade de um ancião.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Ante todos os estudos, orientações e aulas, observei durante todo o Artigo, em que nos
cheguemos à conclusão que, o estímulo desde pequenos é a maior ferramenta para formar
leitores assíduos.
Concluímos também que quando a criança na primeirafase da infância é exposta à
contação de história, ela tem um melhor desenvolvimento em todos os aspectos, físico, motor,
social, cognitivo e emocional.
Os educadores também têm que gostar de ler, pois assim torna os momentos de leitura
mais prazerosos, contando as histórias com emoção e conseguindo despertar a curiosidade dos
pequenos leitores.
Infelizmente hoje em dia a leitura não ocupa um espaço pedagógico significativo,
deveria existir mais projetos de qualificação na área da leitura.
Sem mais delongas, ler estimula o raciocínio, ativa o cérebro, melhora o vocabulário,
combate o estresse, desenvolve o pensamento crítico, e o leitor transforma sua escrita. 
 Conforme Paulo Freire (1984, p. 11): “A leitura do Mundo Precede a Leitura da
Palavra”.
REFERÊNCIAS 
ABRAMOVICH, Fani. Literatura infantil: gostosuras e bobices. São Paulo: Scipione, 1997.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. 
BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Base Nacional Comum Curricular: escuta, fala,
pensamento e imaginação. 2017. Campos de experiencias. Disponível em: 
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/#infantil/os-campos-de-experiencias. Acesso em:
06 abr. 2022.
BRASIL TEM 16 MILHÕES DE ANALFABETOS. ANALFABETISMO. Disponível em: 
https://educacaobasicanobrasil.blogspot.com/2011/09/brasil-tem-16-milhoes-de-
analfabetos.html Acesso em: 25 out. 2022.
CARVALHO, Cintia et al. Biblioteca viva: fazendo história com livros e leitura. São Paulo: 
Fundação Abrinq, 2004.
DOHME, Vania D'Angelo. Técnicas de contar histórias: Um guia para desenvolver as suas 
habilidades e obter sucesso na apresentação de uma história. 2017. Editora vozes. Disponível 
em: books.google.com.br/books?hl=pt-
R&lr=&id=qYowDwAAQBAJ&oi=fnd&pg=PT39&dq=“Técnicas+de+Contar+Histórias”+
+de+vania+dohme&ots=Sb0SDSMqXL&sig=MI6uzJBo0MPCMQyDvEk0llbVPg4#v=onepa
ge&q=“Técnicas%20de%20Contar%20Histórias”%20%20de%20vania%20dohme&f=false. 
Acesso em: 18 set. 2022.
EDUCAÇÃO, Ministério da. Base Nacional Comum Curricular. Campos de experiencias. 
Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/#infantil/os-campos-de-
experiencias. Acesso em: 10 set. 2022.
https://educacaobasicanobrasil.blogspot.com/2011/09/brasil-tem-16-milhoes-de-analfabetos.html
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FONSECA, Edi. Interações: com olhos de ler, apontamentos sobre a leitura para a prática
do professor de educação infantil. São Paulo: Blucher, 2012
FREIRE, Paulo. A Importância do Ato de Ler. São Paulo: Cortez, 1984.
GOLDENBERG, Mirian. A arte de pesquisar: como fazer pesquisa qualitativa em 
ciências sociais. Rio de Janeiro: Record, 1998.
LIPPI Elisiane Andréia; FINK Alessandra Tiburski. A arte de contar histórias: perspectivas
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Acesso em 09/09/2022
MATOS, Josimere da Silva. A leitura da escola e a leitura na escola: um estudo de caso 
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Juazeiro do Norte, CE. 2010. Universidade Federal do Ceará, Juazeiro do Norte, CE, 2010.
PERISSÉ, Gabriel. Ler, Pensar e Escrever. São Paulo-SP, 1998.
Referencial curricular nacional para a Educação Infantil. Brasília: MEC/ SEF, 1998
.
VILLARDI, Raquel. Ensinando a gostar de ler: formando leitores para a vida inteira. Rio de
Janeiro: Qualitymark, 1997.
VILLARDI, Raquel. Ensinando a gostar de ler e formando leitores para a vida inteira. 
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Fontes: 2000.
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