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RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL DOS ANOS INICIAIS JOCIMARA SANTOS ROSANO POLIPPO ITAPEMA (SC) 2022 ESTADO DE SANTA CATARINA SECRETARIA DE ESTADO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL DE ITAJAÍ 17º GERÊNCIA DE EDUCAÇÃO ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA PREFEITO OLEGÁRIO BERNARDES CURSO DE MAGISTÉRIO (Hab. Educ. Infantil e Anos Iniciais) RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA EDUCAÇÃO INFANTIL E NOS ANOS INICIAIS Relatório de Estágio à disciplina de FME - Fundamentos Metodológicos de Estágio Supervisionado em Educação Infantil e nos Anos Iniciais do Curso Profissionalizante de Magistério sob a orientação da Professora Josiane Aparecida Rocha Leite. ITAPEMA (SC) 2022 DEDICATÓRIA Dedico este relatório, ao meu bom Deus, pelo dom que me foi concebido. E um agradecimento mais que especial, ao Cristiano, por ser um esposo, companheiro inabalável e o grande amor da minha vida. Gratidão aos meus mestres e professores, pela sabedoria, generosidade e rigor. AGRADECIMENTOS Agradeço a oportunidade que a Escola Prefeito Olegário Bernardes pelo excelente curso e profissionais, que nos auxiliaram nessa jornada de estudo. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................................... 1 2. TEMA E PROBLEMA .................................................................................................................2 3. JUSTIFICATIVA ......................................................................................................................... 3 4. OBJETIVOS ...............................................................................................................................4 5. HISTÓRIA DE VIDA ...................................................................................................................5 6. DESENVOLVIMENTO............................................................................................................... 6 6.1 ESTÁGIO REALIZADO NO CMEI RITA MARIA DE JESUS RABELO ........................................6 6.2 Estágio de Observação ...................................................................................................... 8 6.3 ESCOLA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA JOAQUIM VICENTE DE OLIVEIRA .............. 10 6.4 Estágio de Observação na Escola Municipal de Educação Básica Joaquim Vicente de Oliveira ...................................................................................................................................12 7. EIXO TEMÁTICO: A INCLUSÃO E O PAPEL DO PROFESSOR AUXILIA. .................................... 15 8. CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................................... 22 9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................................23 10. ANEXOS ...............................................................................................................................24 1 1. INTRODUÇÃO Objetivo deste trabalho foi propor reflexões sobre a prática dos professores auxiliares de apoio ao Educando e contribuir para que eles, juntamente com os professores se sintam como agentes mediadores nos processos de aprendizagem da criança com deficiência. A inclusão de alunos com deficiência está cada vez mais presente nas escolas brasileiras, no entanto, as escolas precisam se adequar tanto estruturalmente, quanto nos seus recursos humanos, para atender e acompanhar melhor esses alunos. Observação de estágio na educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental, observando a prática desses profissionais em sala de aula. O papel da auxiliar de apoio ao educando vem se tornado um papel fundamental, as auxiliares necessitam de capacitação para fomentar suas práticas, sejam elas de assistência ao professor ou ao educando. 2 2. TEMA E PROBLEMA TEMA: A INCLUSÃO E O PAPEL DO PROFESSOR AUXILIAR. PROBLEMA: Ao refletir sobre este assunto sobre qual é o papel da auxiliar de classe nas salas de aula, perante uma demanda alta que atualmente é a questão da inclusão social, algo novo e que precisa ser explorado. Desse modo a proposta de pesquisa realizada definiu como problemática geradora a seguinte interrogação: quem é o professor auxiliar de sala? 3 3. JUSTIFICATIVA O desejo de investigar esse tema surgiu a partir de vivências e do cotidiano, e de que maneira podemos contribuir positivamente para a inclusão já que os números aumentaram elevadamente nesses últimos anos. Ressaltando a escolha pelo tema por perceber, dentro das escolas, a dificuldade de identificar a função do auxiliar de ensino da educação especial (professor auxiliar). Portanto, estabelece-se aqui uma reflexão: a de que o professor auxiliar de sala não é aquele que se senta ao lado do aluno com deficiência e ali permanece adaptando atividades e possibilitando um atendimento especial, mas é um professor também para toda a turma. Com quem se trabalha de forma integrada, atrelando-se a todas as crianças, afinal a educação tem de ser de inclusão e não de inserção. 4 4. OBJETIVOS OBJETIVO GERAL O objetivo desse trabalho é a reflexão sobre a construção da ideia qual é o papel do auxiliar de sala, pensando em quais são as propostas a respeito dessa função, tendo em vista a necessidade de regulamentação da profissão para uma melhor compreensão desta função e a necessidade urgente de formação destes profissionais. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Compreender qual o papel do auxiliar de sala; Reconhecer quem são os professores auxiliares de educação especial/segundo professor e divulgar suas reais atribuições. Investigar o que se deve esperar da profissão. 5 5. HISTÓRIA DE VIDA Me chamo Jocimara, nascida no dia 31 de julho de 1976, na cidade de Passo Fundo Rio Grande do Sul. Filha de Moasir motorista de táxi e Jaqueline, tive uma infância tranquila, meu pai era extremamente enérgico por isso tive poucos amigos. Tenho um irmão que se chama Gilmar, e uma irmã chamada Guacira. O tempo passou e na época de escola nunca fui aluna que se destacou, mas sempre me esforcei. Tenho uma filha, lutei muito para dar o melhor para ela, consegui com muita garra construir nossa casa que era um dos meus sonhos. Com o passar do tempo conheci meu atual esposo e no qual estamos juntos a dez anos. Em maio de 2021 largamos nossa terra natal e viemos morar nesse paraíso chamada de Itapema, não foi fácil o primeiro ano. Resolvi voltar a estudar ter uma profissão, hoje me encontrei na pedagogia principalmente na educação infantil. Nossa vida é uma luta diária e graças a Deus tudo está dando certo, fiz muitas amizades gosto de novos desafios, porém tenho muito o que aprender. 6 6. DESENVOLVIMENTO 6.1 ESTÁGIO REALIZADO NO CMEI RITA MARIA DE JESUS RABELO O CMEI Rita Maria de Jesus Rabelo começou como:Tio Patinhas no ano de 1988 em uma casa na rua 616, número 40. O grupo era formado por 10 alunos que foram atendidas por três profissionais: as professoras Salete Edir Nunes, Roseli Soletti do Nascimento e uma auxiliar de apoio, Igorete Maria dos Santos. Com poucos recursos materiais e o espaço físico muito pequeno e muita boa vontade daqueles profissionais, o número de alunos foi crescendo e, dois anos mais tarde, mudou-se para uma cancha de bocha na rua 624 contando com mais uma professora, Joice Neves. Em 1994, a unidade se estabeleceu no prédio atual localizado na rua 612, número 96, próximo a rodoviária da cidade. Nesta época contava com seis profissionais, sendo quatro professores e duas auxiliares de apoio. Em 2012, o CMEI Tio Patinhas recebeu um novo nome em homenagem à moradora mais antiga do bairro, a senhora Rita Maria de Jesus Rebelo. No ano de 2016, no mês de março foi inaugurado um novo prédio, onde foi possível melhor atender as 240 crianças na idade de seis meses a cinco anos, regularmente matriculados. O CMEI estava sob direção da professora ElaineCristina Régis Vauquelin que contava com uma equipe de quarenta e três profissionais (43) empenhados em atender as turmas com jornada matutina, vespertina e integral nos níveis de berçário 1, berçário 2, maternal 1, maternal 2, jardim e pré. A Unidade é um Centro Municipal de Educação Infantil que atende 19 turmas (3 integrais e 8 de meio período) em 11 salas com uma metragem aproximada de 16 metros quadrados distribuídas ao longo de um único corredor sem saída de apenas 1 metro de largura. Com que distribuídas em jornadas de 4 e 11 horas compartilham: 1 parque multiuso (dividido entre brinquedos e área da educação física) e 1 refeitório com 5 mesas muito próximas umas das outras e a área de recepção das famílias. Duas das três salas que atendem turmas integrais contam com um trocador/lavatório conjunto. Todas as outras crianças precisam dividir 2 banheiros (feminino e masculino) com quatro cubas e quatro vasos cada. Quando um banho é 7 necessário no horário do sono dos integrais (quando crianças menores de 5 anos têm dor de barriga é comum escapar) é preciso passar com a criança por dentro da sala de intervalo e planejamento dos professores, onde muitas vezes se encontram alimentos dispostos, para poder chegar ao banheiro que tem chuveiro FILOSOFIA DO CMEI Mais do que nunca, ainda nesse momento é necessário refletir sobre nossa missão neste contexto de pandemia. Acolher as crianças de forma segura e a auxiliar a organização cotidiana de suas famílias não era tão importante desde as primeiras creches quando essas tinham função assistencial para mães pobres e trabalhadoras. Não se trata de retroceder sobre as funções das políticas públicas conquistadas a tanto custo, mas de reafirmar nosso compromisso social com a comunidade, nosso caráter político e ético de acolhimento e a importância enorme de nossas intervenções pedagógicas para a construção de novas práticas e vivências de higiene junto às crianças para o momento em que vivemos. MISSÃO DO CMEI Nossa missão ainda é contribuir para constantes melhorias das condições de interação da criança, visando assegurar uma educação de qualidade em um ambiente de experiências, criativo, inovador e respeitoso, bem como, para a formação de cidadãos críticos e atuantes na sociedade. Atuar numa visão crítica e pedagógica com objetivo de criar motivos e necessidade nas crianças, para que se envolvam nas ações do seu cotidiano, promovendo propostas educativas/sustentáveis que contemplem a comunidade escolar, proporcionado um ambiente acolhedor, seguro e de vivências significativas, aproximando as crianças do conhecimento científico e histórico social para construção do saber de forma democrática e humanizada. 8 6.2 Estágio de Observação Turma: Maternal I Professora: Silvana Quantidade de crianças: 14 alunos SEGUNDA-FEIRA 17/11/2022 Hoje iniciei meu estágio de observação, na educação infantil. Nesse primeiro momento foi observado a rotina da entrada das crianças. A professora me apresentou para as crianças, que me recepcionaram muito bem. Hoje estavam presentes 14crianças, entre eles 5 meninos e 9 meninas. Observei que a professora é formada em pedagogia, e apresenta um bom domínio de turma, pois as crianças são educadas e organizadas. A sala do maternal é totalmente decorada, muitos detalhes que chamam a atenção. Após me apresentar a professora iniciou o dia com acolhimento das crianças, e uma contação de histórias dos três porquinhos, onde todos prestaram atenção. No momento do recreio, as crianças se organizam em fila e vão para o refeitório tomar o café da manhã, observo que eles são muito inteligentes e avançados para a idade de 2 e 3 anos. Na sala do maternal tem uma criança com laudo de autismo necessitando de uma auxiliar e a outra crianças ainda está em investigação de um possível transtorno. O objeto de estudo da semana como proposta pedagógica foi :FOLHAS, FRUTOS E FLORES. A estratégia tinha como objetivo de identificar as frutas, as cores e o cheiro. Seguimos a manhã com atividades e no final da manhã foram brincar no parque, almoçar e tirar um soninho pois eles são uma turma do integral. TERÇA-FEIRA 18/11/2022 9 Rotina diária de acolhimento dos alunos, com a história dos três porquinhos. Momento do recreio, organizar a fila para o café a professora acompanha até o refeitório. A professora conduz muito bem a aula, é entusiasmada e gosta daquilo que faz. Na proposta pedagógica a atividade foi sobre os diferentes tipos de folhas, formas cores e textura. Após realizar a proposta pedagógica, a professora organizou a sala e as crianças foram brincar com o lego. Organizar a fila para ir para o almoço, sempre após as refeições é feita a higiene bucal e a professora organiza a sala para o soninho. QUARTA-FEIRA 18/11/2022 Momento de entrada e interação, as crianças brincam com os brinquedos disponiveis em sala. Após a interação as crianças se organizam em fila, e acompanhados da professora vão para o refeitório para o café da manhã. Retornamos para a sala, e como proposta pedagógica a professora realiza uma atividade a partir de uma contação de história. Final da manhã as crianças brincam com brinquedos não estruturados e massinha de modelar. Fila para o almoço no refeitório acompanhados pela professora e auxiliares de sala, após as crianças comerem é realizada a higiene bucal, troca de roupas e fraldas e todos para cama fazer um soninho. QUINTA-FEIRA 19/11/2022 Rotina diária do momento de acolhimento, hoje a professora organizou a sala e os acolheu com desenho na televisão. Após o desenho a professora organizou a fila para o café da manhã. Hoje as crianças tiveram aula da educação física com a professora Nathalia. Foram para o pátio coberto e lá a professora brincou de jogar bola, pular e correr. 10 Após a educação física foi a hora do almoço, observei que todos comem muito bem com exceção de 2 ou 3 que comem pouco. Hora de fazer a higiene bucal, pessoal e tirar um soninho. SEXTA-FEIRA 20/11/2022 Rotina diária do momento de acolhimento, hoje a professora disponibilizou os brinqudeos da sala para as crianças brincarem. Após a interação foi o momento do café da manhã. Retronando para a sala a professora organizou as crianças em roda para o momento da interação e conversa. Proposta pedagógica de hoje foi produzir com o grupo um painel com flores e frutos, usando imagens de revistas e jornais, durante a semana a professora trabalhou com as crianças sobre esse tema, e hoje para finalizar confeccionaram um painel para expor. As crianças brincaram com peças de encaixe. Logo após foram para o almoço, higiene bucal e pessoal e se organizar para dormir um soninho. 6.3 ESCOLA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA JOAQUIM VICENTE DE OLIVEIRA Endereço: Rua 612 Nº64 - Bairro Tabuleiro- Itapema /SC Código da Escola (INEP): 42070767 CNPJ:00.662.746/0001-60 Fone: (47)3267-1435 email: emjvicente@itapema.sc.gov.br Diretora: Cláudia Patrícia Piza HISTÓRICO DA UNIDADE ESCOLAR A Escola Municipal Joaquim Vicente de Oliveira foi fundada no dia 09 abril de 1980, tendo como doador do 1º terreno o Senhor Joaquim Vicente de Oliveira em 11 sua homenagem denominou-se o nome da escola. teve como 1ª professora a Sra. Neusa Jaques, com uma sala de aula multisseriada. Até meados de 2014 a escola esteve situada na rua 622, s/n , Bairro Tabuleiro. Em sua edificação possuía 6 salas de aula, 1 sala para a direção, 1 sala de orientação e supervisão escolar, 1 sala de professores, 1 sala informatizada para alunos, 1 sala de apoio pedagógico/caminhar, dependências para Projeto Rádio- Recreio, área livre coberta, área de recreação e educação física. No dia 18 de agosto de 2014, a atual sede foi inaugurada, a qual situa-se à Rua 612 nº64, Bairro Tabuleiro. FILOSOFIA DA ESCOLA Consciente dos acontecimentos sociais culturais e políticos da nossa sociedade, a equipe pedagógica e docente desta unidade escolar , contribui para a formação do ser humano, voltando parauma proposta metodológica inovadora, visando uma sociedade justa e participativa no sentido da realização pessoal, afetiva e social. ESTRUTURA FÍSICA Esta instituição conta com uma edificação de dois pavimentos, que comporta com mais qualidade a demanda atendida pela escola. Piso Inferior Rampa de quesso; Hall de entrada; secretaria; sala da direção; sala de arquivos; sala informatizada; Biblioteca; sala de manutenção para serviços gerais; sala Programa Caminhar; sala orientação e supervisão; , sala cedida para serviços de UAB - Universidade Aberta do Brasil em Santa Catarina; Sala de educação física; laboratório de ciências e matemática; sala de arte; elevador; cozinha; depósito de alimentos; lavanderia; refeitório; área aberta para recreação e jogos dos alunos, sanitário masculino e feminino. Piso Superior Sala de aula cedida para UAB; sala dos professores; 9 salas de aula , sanitário masculino e feminino. Área Externa 12 Parque; Quadra de esportes coberta; bicicletário; Espaço fisico para convivência dos alunos; Espaço Coberto p/ receber a comunidade. 6.4 Estágio de Observação na Escola Municipal de Educação Básica Joaquim Vicente de Oliveira TURMA: 2°ANO II PROFESSORA: AUREA QUANTIDADES DE CRIANÇAS: 17 ALUNOS. SEGUNDA- FEIRA 30/10/2022 Hoje iniciei novamente meu estágio de observação, nós anos iniciais. No primeiro momento foi observada a rotina da entrada das crianças. A professora me apresentou para as crianças, que me recepcionaram com muito carinho. Hoje estavam presentes 14 crianças, entre elas 4 meninas e 8 meninos. Observei que a sala de aula é bem ampla, com boa luminosidade com referências nas paredes para os alunos do segundo ano. As nove horas e 15 minutos todos fazem fila e vão para o lanche e depois quinze minutos no pátio para então retornarem para a sala de aula. Temos em sala de aula um aluno autista que necessita de uma auxiliar, percebi que na escola o uniforme é obrigatório para os alunos. Algo que me chamou a atenção foi o cantinho da leitura um lugar na própria sala, criativo bem decorado e com muitos livros. Muitos alunos com dificuldades para fazer a leitura, em alguns momentos a turma fica agitada e dispersa. Hoje tive a oportunidade de auxiliar o Gabriel pois sua auxiliar não estava presente. Tive também a oportunidade de auxiliar a turma pois no final da aula teve prova. SEGUNDA-FEIRA 21/11/2022 13 Rotina diária de acolhimento dos alunos, turma iniciou a semana a semana agitada, logo o professor aplicou a atividade de colagem com papel colorido, caça palavras e pintura. Logo foi conversado sobre o quanto é importante a reciclagem do lixo, sobre como preservar o meio ambiente, todos interagiram hora do lanche e de ir um pouco no pátio brincar um pouco. Voltando do intervalo a professora fez a brincadeira do bingo da copa, todos interagiram com muita alegria. TERÇA-FEIRA 22/11/2022 Momento de entrada e interação com as crianças, iniciamos a manhã com atividades no quadro e correção do tema da última aula. Alunos concentrados nas aulas foi aplicado um ditado ilustrativo, a professora se ausentou por um tempo e a auxiliar que tomou frente das atividades, e aplicou atividades, porém é difícil de trabalhar com alguns alunos pois se recusam a copiar e fazer a tarefa. Muitos com dificuldades de ler e escrever. Logo fomos para a aula de educação física e o professor me falou algo que me chamou a atenção ““Deixo-os brincarem á vontade, pois são crianças e precisam se socializar brincarem juntos.” Presenciei uma cena triste uma criança autista que é considerado severo teve um surto na hora do intervalo, a professora tentou contê-lo, porém ele deu muitos chutes e socos na professora, momento tenso até conseguir acalmá-lo. QUARTA-FEIRA 23/11/2022 Rotina diária, correção do dever de casa e logo em seguida contação de história. Tenho monstrinhos na barriga, um tema muito engraço e que prende a atenção dos alunos, a professora me relatou que essa turma que devido a pandemia está turma praticamente não teve aula do primeiro ano por isso a dificuldade de ler e 14 escrever e no aprendizado e muitos deles a família não acompanha principalmente se tratando do dever de casa. Foi aplicada a atividade do alfabeto móvel, onde o aluno deveria escrever palavras referente a copa do mundo. QUINTA-FEIRA 24/11/2022 Iniciamos com a correção do dever de casa, logo é passado tarefa no quadro e atividades para colorir, é uma turma que exige bastante da professora, pois, existe muita conversa e os alunos se dispersam com facilidade e as atividades acabam demorando muito para ser concluída. Hora do lanche e de brincar, voltar para a sala e aplicar atividades de leitura, muitos com muitas dificuldades para ler mas são crianças esforçadas e a professora muito dedicada e atenciosa. 15 7. EIXO TEMÁTICO: A INCLUSÃO E O PAPEL DO PROFESSOR AUXILIA. O processo de inclusão na escola comum está caminhando a passos curtos, podemos perceber isso ao ver o despreparo da escola em relação aos alunos deficientes. Os professores na sua maioria, não têm formação para trabalhar com essa demanda, poucos são os professores auxiliares da educação especial que possuem formação adequada para trabalhar com esses alunos, assim como os professores regentes. Foi em 1994 que vários países reuniram-se por um mesmo objetivo em Salamanca, na Espanha, propondo uma nova visão e um novo conceito de educação - Educação para todos -, pensando em todas as pessoas, sem exclusão, e propondo uma escola inclusiva com maior eficácia educativa, onde todos pudessem ter acesso a um ensino de qualidade, e que proporcionasse aos estudantes apoio às necessidades individuais em busca de superação com diferentes formas de aprendizagem. O propósito da escola inclusiva é que todos os participantes da comunidade escolar sejam incluídos, tanto os que carecem de uma atenção especial, em razão de dificuldades físicas ou mentais, quanto os que são entendidos como normais, mas que aprenderão a conviver e a acolher aos demais. Num mundo plural e com tantas diversidades se faz necessário repensar métodos para que seja possível orientar os estudantes para uma educação mais respeitosa, e para uma convivência social em que cada cidadão tenha o respeito e o direito de ocupar os mesmos espaços sem discriminação. Como diz a Declaração de Salamanca: O direito de todas as crianças à educação está proclamado na Declaração Universal dos Direitos Humanos e foi reafirmado com veemência pela Declaração sobre Educação para Todos. Todas as pessoas com deficiência têm o direito de expressar os seus desejos em relação à sua educação. Os pais têm o direito inerente de ser consultados sobre a forma de educação que melhor se adapte às necessidades, circunstâncias e aspirações dos seus filhos (DECLARAÇÃO DE SALAMANCA, 1994, p.5,6). 16 Mais do que nunca é necessário um processo de inclusão, utilizando-se leis e pessoas que acreditem e percebam o quanto a inclusão faz a diferença na vida dos alunos. Esta atitude induz todos a olharem com um olhar diferenciado, porém não preconceituoso para os alunos com deficiências, mostrando que todas as pessoas tem o direito de pertencer a uma comunidade e de estar incluído socialmente em todos os espaços. As políticas públicas de inclusão social têm como objetivo desenvolver ações para combater qualquer desigualdade, exclusão ou restrição feita com o propósito de impedir ou impossibilitar o reconhecimento de que todos possam usufruir e exercer seus direitos em igualdade de condições, valorizando e estimulando o protagonismo e as escolhas de cada pessoa. Conforme as Diretrizes Nacionais para Educação Especial na Educação Básica: A educação é o principal alicerce da vida social. Ela transmite e amplia a cultura, estende a cidadania, constrói saberes para o trabalho. Mais do que isso, ela é capaz de ampliar as margens da liberdade humana, á medida que a relação pedagógica adote, como compromissoe horizonte ético-político, a solidariedade e a emancipação (BRASIL, 2001, p.5). A inclusão escolar está vinculada à inclusão social que se condiciona a uma série de fatores que compreendem desde a mudança de perspectiva das Diretrizes Nacionais para a Educação Especial, adotando uma flexibilidade no atendimento e nas singularidades da apropriação do conhecimento pelos estudantes, até a implantação de uma rede de apoios e serviços especializados juntamente com uma equipe pedagógica especializada. A inclusão não deve ser um processo que uniformize procedimentos metodológicos aplicáveis a um modo contínuo e homogêneo de necessidades educacionais especiais, pois a crença da singularidade do ser humano não pode prescindir do reconhecimento e da valorização das diferenças dos sujeitos no contexto escolar. De acordo com a Declaração de Salamanca, pode-se afirmar que: 17 A pedagogia inclusiva é a melhor forma de promover a solidariedade entre os alunos com necessidades educativas especiais e os seus colegas. A colocação de crianças em escolas especiais – ou em aulas ou seções especiais dentro duma escola, de forma permanente – deve considerar-se como medida excepcional, indicada unicamente para aqueles casos em que fique claramente demonstrado que a educação nas aulas regulares é incapaz de satisfazer as necessidades pedagógicas e sociais do aluno, ou para aqueles em que tal seja indispensável ao bem- estar da criança deficiente ou das restantes crianças (DECALARAÇÃO DE SALAMANCA, 1994, p. 12). Quando a escola aceita em seu ambiente, alunos com dificuldades de aprendizagem não significa que ela está garantindo aos mesmos o real acesso ao conhecimento. Em outras palavras, a inclusão na prática é diferente da que está descrita nos documentos. Inseri-los na sala de aula porque existe a lei não é suficiente. A escola precisa entender que a partir do momento em que recebe uma criança com deficiência, todos, do porteiro ao diretor, têm de participar do processo de inclusão. A diferença deve ser aceita com naturalidade, lembrando que, em casa, toda criança é reflexo dos valores familiares. Podemos perceber o despreparo do professor a partir de diferentes estudos realizados, entre eles destacamos o trabalho de Pimentel e Martins (2012), quando os próprios professores se denominam incapazes de lecionar para alunos deficientes, mostrando que no processo formativo não há um devido cuidado, um olhar para com a educação especial. Aliada a essa dificuldade, apesar de ter suma importância nesse processo de inclusão, não é pré-requisito que o professor auxiliar de educação especial, tenha formação ou especialização em educação especial. Diferente do professor do AEE, que de acordo com a Politica Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva (2007) o professor do AEE, “deve ter como base da sua formação, inicial e continuada, conhecimentos gerais para o exercício da docência e conhecimento específicos da área”. Desta forma os professores que se aprimoram na área da educação especial acabam por exercer a docência no AEE. 18 Conforme a Politica Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva (2007) cabe ao sistema de ensino: [...] organizar a educação especial na perspectiva da educação inclusiva, disponibilizar as funções de instrutor, tradutor/interprete de Libras e guia-intérprete, bem como de monitor ou cuidador dos alunos com necessidades de apoio nas atividades de higiene, alimentação, locomoção, entre outras, que exijam auxilio constante no cotidiano escolar. (PNEEPEI, 2007 S/N) Ao monitor ou auxiliar citado a cima, são as mesmas responsabilidades que encontramos nos editais para os professores auxiliares de educação especial, segundo professor, auxiliar de ensino educação especial, como exemplo podemos analisar a portaria Nº007/2014 de Florianópolis que tem por atribuições ao professor auxiliar de educação especial as seguintes finalidades. Fica sobre responsabilidade do professor auxiliar da educação especial: I.Realizar atividades de locomoção, cuidados pessoais e alimentação dos estudantes com deficiência em articulação com as atividades escolares e pedagógicas, garantindo a participação desses estudantes com os demais colegas; III. Auxiliar os estudantes com deficiência ou com transtorno do espectro autista na resolução de tarefas funcionais, ampliando suas habilidades em busca de uma vida independente e autônoma; V. Conduzir o estudante, juntamente com o professor de Educação Física e a turma, para as aulas de Educação Física de modo a envolve-lo nas atividades coletivas, planejadas pelo professor de Educação Física. VI. Trabalhar em parceria e de forma articulada com o professor de sala de aula multimeios, sem que assuma atividades de Escolarização ou de Atendimento Educacional Especializado. (Portaria Nº 007/2014, S/N). Conforme indica Schreiber (2012), podemos perceber que é com suporte do professor auxiliar de educação especial que a ponte da inclusão nas salas de aula é feita, mas segundo a autora “se pode perceber que o trabalho docente articulado com a Educação Especial ainda é um objeto de estudo pouco explorado”. 19 Tanto na área da pesquisa, quanto na sala de aula, ou seja, ainda não há uma ligação entre professor regente e professor auxiliar de educação especial, os dois profissionais estão trabalhando juntos, com as mesmas crianças, dentro da mesma sala de aula, mas com propostas diferentes. Nas escolas a educação dos alunos deficientes não está recebendo a devida atenção, o que acontece na maioria das vezes é o professor auxiliar elaborar diferentes atividades para o aluno em questão. Quanto à formação de professores, as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica (2001) estabelecem que “[...] o corpo docente, e não cada professor, deverá partilhar a responsabilidade do ensino ministrado a criança com necessidades especiais”, ou seja, não é dever do professor auxiliar da educação especial, do segundo professor nem tampouco do professor do AEE a exclusividade do ensino desses alunos, mas da escola, do corpo docente como um todo. Acredita-se que o espaço escolar deve de ser heterogêneo, conseguindo atender e ofertar uma educação de qualidade para todos, independente de suas dificuldades, afinal “quem quer, arranja maneiras; quem não quer, arranja desculpas”. De acordo com Martins (2012) a inclusão se trata de um processo complicado, e deve de ser respeitado, atendido e não reduzido. No relato de Schreiber (2012) é possível perceber que alguns professores regentes não veem os alunos com deficiência como seus alunos, mas alunos dos segundos professores. “Uma das situações presenciadas durante os estágios ocorreu numa sala de aula de uma escola pública municipal que contava com um aluno diagnosticado com Síndrome de Down e outro com a mesma síndrome e deficiência mental associada. Para este, o professor regente e o auxiliar de ensino de Educação Especial apresentavam propostas de atividades que se diferenciavam daquelas realizadas com os demais integrantes da classe. Enquanto o aluno da modalidade Educação Especial se limitava à execução de atividades envolvendo desenho e pintura, os outros copiavam os exercícios repassados no quadro.” (SCHREIBER. 2012, p.33) Percebe-se assim que os planejamentos dos professores regentes não são para os alunos deficientes, assim, quando o segundo professor falta, o professor 20 regente fica “desnorteado”, sem saber como atender aquele aluno. Nesses casos é nítida a falta de informação dos professores perante a educação inclusiva. A maneira precária como são ofertadas as disciplinas de educação especial inclusiva é alarmante, os professores carecem de formação específica, que lhes propiciem observar as problemáticas que seus alunos apresentam. A ausência de conhecimento sobre as características das deficiências acabam levando o processo de educação a uma grande barreira na inclusão, assimcomo afirma Pimentel: [...] O não reconhecimento das potencialidades destes estudantes e a não flexibilização do currículo podem ser considerados fatores determinantes para barreiras atitudinais, práticas pedagógicas distanciadas das necessidades reais dos educandos e resistência com relação à inclusão. (PIMENTEL. 2012, p.139). A inclusão em classes comuns requer que a escolar se disponha a conceder oportunidades objetivas de aprendizagem a todos os alunos, especialmente aos alunos deficientes. Mas a inexperiência e a falta de informação dos professores para com a inclusão nos leva ao que Pimentel (2012 p.140) chama de “o esquecimento do aluno deficiente nas classes escolares”, quando não há “interação que possibilite avanço cognitivo e o desenvolvimento desse sujeito”. Os professores optam por “abandoná-los”. Acredita-se que o abandono aconteça por falta de informação dos professores, de “impotência” por não saberem como exercer a docência, como fazer um planejamento, diante de uma criança deficiente. Portanto é importante frisar que o professor tem de se atentar à sua turma para que consiga elaborar um planejamento inclusivo, independente de possuir ou não um aluno deficiente. Existe também uma barreira limitadora advinda dos aspectos legais e não existe lei especifica que trate da necessidade do auxiliar. A única orientação que algumas secretarias de educação seguem vem do artigo 58 da LDB que afirma que “haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender às peculiaridades da clientela de Educação Especial”. Porém é possível perceber um comprometimento sério na questão do segundo Professor, quando se constata que estão sendo contratados para exercer 21 este papel, estagiário (as) para dar suporte ao professor em sala de aula, sem curso de capacitação e alguns apenas com Ensino Médio. É preocupante porque nem todos têm formação específica para trabalhar com estudantes com alguma deficiência, nem mesmo experiências anteriores. Não há dúvidas que é fundamental saber lidar com diferentes situações que acontecerão nos espaços escolares e, considerando que a inclusão é fato concreto, é preciso que o Projeto Político Pedagógico das escolas contemplem as diferentes realidades e reforcem a existência do segundo professor com preparação acadêmica adequada. Analisando a história da auxiliar de sala, percebemos que essa caminhada foi muito importante para chegarmos aonde estamos. Entretanto, sabemos o quanto ainda precisamos avançar. 22 8. CONSIDERAÇÕES FINAIS O objetivo desse trabalho é a reflexão sobre a construção da ideia qual é o papel da auxiliar de sala, pensando em quais são as propostas a respeito dessa função. Os professores precisam estar preparados para acolher e ensinar quem vier para a escola, indiferente de ter ou não algum tipo de deficiência, já que ensinar é muito mais do que transmitir um determinado conteúdo, é saber criar situações de aprendizagem para todos, e achar soluções para que isso aconteça. É comum, devido às salas de aulas serem cheias e por necessitarem apoio o tempo todo, que sejam deixados com as estagiárias, não participando, portanto, das situações regulares de sala de aula. O Professor auxiliar de inclusão, deve conhecer a sua realidade dos alunos inclusos e desenvolver métodos necessários para planejar suas ações juntamente com o professor responsável pela classe para que haja a construção do conhecimento. Durante o estágio de observação na educação infantil, pude observar o quanto é importante o papel do professor auxiliar, pois além de atender as necessidades da criança, ajuda o professor regente á direcionar o atendimento e dar suporte para todos. Na sala que observei havia uma criança com laudo de TEA com uma professora auxiliar vejo como é difícil alguns momentos, presenciei um surto de um aluno autista, onde os profissionais precisaram ter calma e cautela, para não deixar o aluno se machucar e o acalmar. Percebe-se a necessidade de pessoas capazes e capacitadas para atender e auxiliar da melhor forma os alunos com necessidades especiais. 23 9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. São Paulo. Editora Atlas. 14ª. Ed. 1988. BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei Federal nº 8069, de 13 de julho de 1990. BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, lei nº. 9.394, de 20 de dez de 1996. BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Nacionais para Educação Especial na Educação Básica/Secretaria da Educação Especial – MEC; SEESP, 2001. MORESI, Eduardo (Org.). Metodologia da Pesquisa. Universidade Católica de Brasília. Programa de pós-graduação stricto sensu em educação. Disponível em: <http://www.inf.ufes.br/~falbo/files/MetodologiaPesquisa-Moresi2003.pdf>. Acesso em nov. 2022. SANTA CATARINA, Secretaria de Estado de Educação. Fundação Catarinense de Educação Especial. Programa Pedagógico. – São José, SC: FCEE, 2009. SANTA CATARINA, Secretaria de Estado de Educação. Fundação Catarinense de Educação Especial. Política de Educação Especial do Estado de Santa Catarina: Coordenador Sergio Otavio Bassetti – São José, SC: FCEE, 2006. SOUSA MATOS, Marta Maria. A Aplicação da LDB na Realidade Brasileira: Um olhar sobre a educação de jovens e adultos, educação profissional e educação especial. 2010 24 10. ANEXOS ESTÁGIO NA EDUCAÇÃO INFANTIL 25 ESTÁGIO ENSINO FUNDAMENTAL 1.INTRODUÇÃO 2.TEMA E PROBLEMA 3.JUSTIFICATIVA 4.OBJETIVOS 5.HISTÓRIA DE VIDA 6.DESENVOLVIMENTO 6.1ESTÁGIO REALIZADO NO CMEI RITA MARIA DE JESUS RABE 6.2Estágio de Observação 6.3ESCOLA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA JOAQUIM VICENT 6.4Estágio de Observação na Escola Municipal de Educa 7.EIXO TEMÁTICO: A INCLUSÃO E O PAPEL DO PROFESSOR A 8.CONSIDERAÇÕES FINAIS 9.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 10.ANEXOS
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