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Desenvolvimento e dificuldade respiratória 1 2 3 4 Conhecer os marcos do desenvolvimento até os 6 anos ( aprofundar até 3 anos , fatores que influenciam.) Compreender as afecções respiratórias mais frequentes na infância das vias aéreas superiores e inferiores ( definição , causa , manifestação clínica) Conhecer crise de sibilância ( tipos, causas e doenças associadas) Entender as medidas de prevenção das afecções respiratórias ( ambiente , medicamentoso ) Klênya Maria- p3 Objetivos : O crescimento do corpo e do cérebro , as capacidades sensoriais , as habilidades motoras e a saúde fazem parte do desenvolvimento físico . Aprendizagem , atenção , memória , linguagem , pensamento raciocício e criatividade compõem o desenvolvimento cognitivo . Emoções , personalidade e relações sociais são aspectos do desenvolvimento psicossocial. 1 Conhecer os marcos do desenvolvimento até os 6 anos ( aprofundar até 3 anos , fatores que influenciam.) 2 Compreender as afecções respiratórias mais frequentes na infância das vias aéreas superiores e inferiores ( definição , causa , manifestação clínica) DOENÇAS INFECCIOSAS AGUDAS DAS VIAS AÉREAS SUPERIORES NA INFÂNCIA Resfriado comum É quase que exclusivamente causada por vírus, sendo os mais frequentes os rinovírus, coronavírus, vírus respiratório sincicial (VRS), parainfluenza, influenza, e adenovírus. A transmissão/ causa ocorre por meio de gotículas produzidas pela tosse ou espirros, ou pelo contato de mãos contaminadas. O período de incubação é de dois a cinco dias. Sinais e sintomas: dor de garganta, coriza, obstrução nasal, espirros, tosse seca e febre. Alguns tipos de vírus podem causar diarreia. Os lactentes podem evoluir com inquietação, choro fácil, recusa alimentar, vômitos, alteração do sono e dificuldade respiratória por obstrução nasal. Em crianças maiores pode ocorrer cefaleia, mialgia e calafrios. Gripe A gripe caracteriza-se por quadro de IVAS com maior repercussão clínica causada por três tipos de vírus influenza: Tipo A, Tipo B e o Tipo C Os vírus Tipo A (conhecida por Gripe A ou gripe das aves), cujos hospedeiros naturais são as aves aquáticas selvagens, pode dar origem a surtos entre as aves ou sofrer pequenas mutações que o fazem “saltar” para outras espécies, dando origem a pandemias. Destes destacam-se pela sua gravidade em termos de taxa de letalidade: H1N1 causador da Pneumónica ou gripe Espanhola em 1918/19 e a Gripe Suína em 2009; H2N2 causador da Gripe asiática em 1957/58 e a gripe Russa em 1989/90; H3N2 causadora da gripe de Hong-Kong em 1968/69. Os vírus tipo B atinge essencialmente a espécie humana e é menos comum que o tipo A. Este tipo de vírus sofre menos mutações e consequentemente adquire mais imunidade nas populações, reduzindo o seu potencial para causar pandemias. Os vírus tipo C, é uma forma menos comum, infeta seres humanos, cães e porcos e por vezes provoca formas graves e surtos locais. repercussão clínica- febre alta, prostração, mialgia, calafrios, diarreia, vômitos e dor abdominal. Tosse e fadiga podem durar várias semanas. Laringite viral aguda (Crupe viral) A laringite viral ocorre em 85% dos casos de laringite. É a inflamação da porção subglótica da laringe, que ocorre durante uma infecção por vírus respiratórios. pode ser causada por infecção por vírus, fungos, bactérias ou parasitas, ou ter causa não infecciosa, sendo consequência de alergias, refluxo ou tensão vocal, por exemplo. Atinge geralmente as crianças de 6 meses a 6 anos de idade, com pico aos 2 anos. Quadro clínico: inicialmente coriza, congestão nasal, espirros com ou sem febre. Depois evolui para tosse, estridor, rouquidão e, em casos graves, aumento da frequência cardíaca, insuficiência respiratória, com taquipneia, retrações claviculares, esternais e do diafragma, batimento das asas do nariz. Em casos extremos: cianose, agitação, torpor, palidez, cianose convulsões e apneia. A evolução natural, na maioria dos casos, é a persistência do padrão obstrutivo da via aérea por 2-3 dias e regressão no final de 5 dias. Otite média aguda (OMA) é a inflamação e acúmulo de líquido no ouvido médio, habitualmente causados por infecções virais do trato respiratório, como resfriados ou gripe. Possíveis causas: A otite média normalmente acontece como consequência de uma gripe, resfriado ou crise de sinusite e, por isso, é causada principalmente por vírus e bactérias. Os principais vírus relacionados com a otite média são Influenza, vírus sincicial respiratório e o rinovírus, enquanto que as bactérias mais frequentes são Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae e Moraxella catarrhalis. Sintomas de otite média: Os principais sintomas de otite média são: Secreção ou acúmulo de líquido no ouvido; Diminuição da audição; Dor no ouvido; Febre; irritabilidade; Vermelhidão; Perfuração do tímpano, em alguns casos, sendo notada a presença de pus; . Sinusite aguda A sinusite aguda é uma inflamação da mucosa que reveste os seios da face e que ficam ao redor do nariz. Causas: Na maioria das vezes, a sinusite aguda acontece por uma infecção viral ou reação alérgica, sendo poucos os casos e que há infecção por bactérias. Sinais e sintomas: o início pode ser lento ou súbito. Geralmente se caracteriza por “resfriado que não cura", com persistência da sintomatologia após 10 a 14 dias do início do quadro ou, após melhora clínica, há persistência ou retorno dos sintomas nasais (obstrução e secreção nasal purulenta), tendo como principais sintomas a tosse diurna com piora à noite, rinorreia, com halitose e febre em alguns casos. Em casos moderados ou graves, ou em crianças maiores, os sintomas podem ser mais intensos, podendo ocorrer edema palpebral, cefaleia, prostração, desconforto ou dor, espontâneos ou provocados, no local dos seios afetados e dor dentária. Ao exame, congestão da mucosa nasal e presença de secreção purulenta no meato médio. Na orofaringe pode haver gota purulenta pós-nasal. Faringite, amigdalite e faringoamigdalite (faringotonsilite) A faringite aguda é o acometimento infecto inflamatório da parede posterior da orofaringe, ao passo que amigdalite ou tonsilite aguda é o acometimento infecto inflamatório das amígdalas, que são estruturas pares localizadas lateralmente nas paredes da orofaringe. Assim, por mais que compartilhem várias similaridades, são doenças distintas. Causas: A faringoamigdalite pode ser causada por infecções bacterianas ou virais. A maioria dos casos é de origem viral. Vários tipos de vírus podem levar à faringite e/ou amigdalite. A gripe é um exemplo comum de dor de garganta de origem viral. As faringites virais são processos benignos que se resolvem espontaneamente, ao contrário das faringites ou amigdalites bacterianas, que podem levar a complicações, como abscessos e febre reumática. Tanto a faringite bacteriana quanto a viral podem ser transmitidas para outras pessoas. Em geral, as dores de garganta provocadas por viroses são altamente contagiosas, enquanto as provocadas por bactérias só são transmitidas para pessoas com contato próximo e prolongado, como familiares ou amigos muito próximos. DOENÇAS INFECCIOSAS DAS VIAS AÉREAS INFERIORES NA INFÂNCIA A partir da traqueia em direção distal, se encontram as vias aéreas inferiores e pulmões, incluindo os brônquios, bronquíolos, bronquíolos respiratórios, sacos alveolares e alvéolos. As infecções agudas de maior importância são as pneumonias e a bronquiolite. Bronquiolite Viral Aguda A bronquiolite é uma doença caracterizada pela inflamação e obstrução das vias aéreas inferiores em nível de bronquíolos, causada por infecção viral, com maior incidência em lactentes (primeiros dois anos de vida). Em sua fisiopatologia, a obstrução das vias aéreas inferiores é ocasionada por edema da mucosa e submucosa, necrose de células do epitélio respiratório, aumento da secreção de muco e função de clearance muco ciliar prejudicada. Esse processo obstrutivo aumenta a resistência das vias aéreas e reduz a pressãoparcial de oxigênio nos alvéolos, resultando em hipoxemia. Geralmente, os sintomas de obstrução de vias aéreas inferiores se instalam após cerca de dois ou três dias de coriza, congestão nasal, tosse seca e febre baixa. Ocorre piora da tosse, surgem sibilância, taquipneia e dispneia com esforço respiratório variável, dependendo da gravidade da obstrução. Pneumonia Adquirida na Comunidade Pneumonia é uma doença caracterizada por inflamação aguda de tecidos pulmonares, causada principalmente por agentes infecciosos, como bactérias, vírus, entre outros microrganismos. As áreas pulmonares acometidas pela pneumonia, apresentam infiltrados de células inflamatórias nos espaços alveolares e intersticiais. O acúmulo de exsudato inflamatório nos alvéolos resulta na consolidação alveolar com consequente prejuízo nas trocas gasosas. O termo “Pneumonia adquirida na comunidade" é usado quando a pneumonia ocorre em crianças que se encontram em seu ambiente social (familiar, escolar e comunitário) e não estiveram internadas em hospital nos últimos 30 dias (portanto não há possibilidade de estarem colonizadas por germes hospitalares). Entre os principais achados clínicos, o paciente pode apresentar febre, tosse (geralmente produtiva), taquipneia, esforço respiratório (tiragem intercostal e subcostal, batimento de aletas nasais, gemência), hipoxemia, dor torácica, dor abdominal, astenia, prostração, sinais de toxemia. O Consenso PRACTALL, documento conjunto elaborado por especialistas das Academias Européia e Americana de Asma, Alergia e Imunologia, recentemente publicado, descreve quatro padrões distintos de sibilância durante a infância assim como sua evolução. São eles: a) sibilância transitória (sibilos durante os dois e três primeiros anos de vida e não mais após essa idade) b) sibilância não-atópica (sibilância desencadeada principalmente por vírus que tende a desaparecer com o avançar da idade) c) asma persistente, caracterizada por sibilância associada a um dos seguintes itens: manifestações clínicas de atopia: eczema; rinite e conjuntivite; alergia alimentar; eosinofilia e/ou níveis séricos elevados de imunoglobulina E (IgE) total sensibilização comprovada pela presença de IgE específica a alimentos na infância precoce e a seguir IgE específica a aeroalérgenos sensibilização a aero alérgenos antes dos três anos de idade especialmente se exposto a níveis elevados de alérgenos perenes no domicílio(10) ter pai e/ou mãe com asma(18) d) sibilância intermitente grave (episódios pouco freqüentes de sibilância aguda associados a poucos sintomas fora dos quadros agudos e com a presença de características de atopia: eczema; sensibilização alérgica; e eosinofilia em sangue periférico) 3 Conhecer crise de sibilância ( tipos, causas e doenças associadas) O sibilo é um ruído de assobio relativamente agudo produzido pelo movimento do ar em vias respiratórias de pequeno calibre estreitadas ou comprimidas. CAUSAS: É comum nos primeiros anos de vida e é normalmente causado por asma ou infecção viral do trato respiratório, mas outras possíveis causas incluem irritantes ou alérgenos inalados, refluxo esofágico e insuficiência cardíaca. Em algumas crianças, episódios recorrentes de sibilos são as manifestações iniciais da asma, e essas crianças continuarão a ter sibilos mais tarde na infância ou adolescência. Em outras crianças, episódios de sibilos cessam aos 6 anos a 10 anos de idade e não são considerados asma. Em lactentes e crianças pequenas, sibilos com doenças virais, particularmente as causadas por vírus sincicial respiratório e rinovírus humano, estão associados a maior risco de desenvolver asma infantil (1, 2). Um futuro diagnóstico de asma é mais provável em crianças com sintomas atópicos, episódios mais graves de sibilos e/ou história familiar de atopia ou asma. Sinais e sintomas Sibilos frequentemente são acompanhados de tosse recorrente seca ou produtiva. Outros sintomas dependem da etiologia e podem incluir febre, coriza (infecção viral) e dificuldades de alimentação (p. ex., devido à insuficiência cardíaca ou disfagia). Ao exame, os sibilos se manifestam principalmente na expiração, a menos que o estreitamento das vias respiratórias seja grave, caso em que os sibilos podem ser ouvidos na inspiração. Outros achados presentes na doença mais grave podem incluir taquipneia, batimento de asa de nariz, retrações intercostal e/ou subcostal e cianose. Crianças com infecções respiratórias podem ter febre. Tratamento Para episódios agudos de sibilos, broncodilatadores inaláveis e, se justificáveis, corticoides sistêmicos Para crianças com episódios de sibilância graves e frequentes, uma tentativa com terapia de manutenção (p. ex. corticoides inaláveis) como usado para a asma Lactentes e crianças maiores com sibilância aguda recebem broncodilatadores inaláveis e, se a crise de sibilância é grave, corticoides sistêmicos (ver Tratamento das agudizações da asma). Crianças com pouca probabilidade de desenvolver asma persistente, como crianças sem atopia ou história familiar de atopia ou asma, e cujos sibilos são relativamente leves e pouco frequentes, geralmente podem ser tratadas apenas com broncodilatadores intermitentes inaláveis utilizados conforme necessário. A maioria das crianças com episódios de sibilos mais frequentes e/ou graves se beneficiam da terapia de manutenção com broncodilatadores e anti-inflamatórios (p. ex., corticoides inaláveis) como utilizado para a asma (Tratamento). Entretanto, embora o uso crônico de um modificador de leucotrienos ou corticoide inalável em baixa dose diminua a gravidade e a frequência dos episódios de sibilância, ele não altera o curso natural da doença. https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/infec%C3%A7%C3%B5es-virais-comuns-em-beb%C3%AAs-e-crian%C3%A7as/v%C3%ADrus-sincicial-respirat%C3%B3rio-vsr-e-infec%C3%A7%C3%B5es-humanas-por-metapneumov%C3%ADrus https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/v%C3%ADrus-respirat%C3%B3rios/resfriado-comum https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/dist%C3%BArbios-respirat%C3%B3rios-em-crian%C3%A7as-pequenas/sibilos-e-asma-em-rec%C3%A9m-nascidos-e-crian%C3%A7as-pequenas#v28364341_pt https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/dist%C3%BArbios-respirat%C3%B3rios-em-crian%C3%A7as-pequenas/sibilos-e-asma-em-rec%C3%A9m-nascidos-e-crian%C3%A7as-pequenas#v28364341_pt Asma em crianças A asma é um distúrbio pulmonar inflamatório recorrente no qual certos estímulos (fatores desencadeantes) inflamam as vias respiratórias e fazem com que elas se estreitem temporariamente, o que resulta em dificuldades para respirar. Os fatores desencadeantes da asma incluem infecções virais, fumaça, perfumes, pólen, mofo , ácaros e a maioria das crianças com asma também têm pais e irmãos ou outros parentes com asma, o que é evidência de que os genes são relevantes na asma. sinais e sintomas: Dificuldade em respirar Tosse frequente Sibilos e chiado no peito Respiração encurtada Congestão no peito Fadiga constante Dor no peito, principalmente em crianças menores. 4 Entender as medidas de prevenção das afecções respiratórias ( ambiente , medicamentos )
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