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Ainda para Oliveira (2014), na etapa de controle são adotadas as medidas necessárias para eliminar, minimizar ou o controlar os riscos ambientais que possam causar acidentes ou doenças ocupacionais. Portanto, eles podem ser caracterizados da seguinte forma: os riscos identificados na etapa de antecipação; os riscos evidentes na etapa de reconhecimento; os riscos caracterizados pelos resultados das avaliações quantitativas, de acordo com a NR 15 (BRASIL, 1978d); os riscos cujos valores excedem os limites de exposição previstos na ACGIH; os riscos estabelecidos em Convenções Coletivas de Trabalho, desde que mais rigorosos do que os previstos na NR 15 (BRASIL, 1978d) ou na ACGIH; quando caracterizado, por meio do controle médico, o nexo de causalidade entre os danos à saúde e à atividade realizada pelo trabalhador; quando ocorrer uma situação grave e iminente de risco (neste último caso, o trabalho deverá ser interrompido). Essas medidas podem ser corretivas ou preventivas: são consideradas medidas corretivas quando é evidenciado, nas análises quantitativas, que o trabalhador está exercendo suas atividades em um ambiente que esteja acima dos limites de tolerância permitidos ou quando ocorrer uma situação grave e eminente de risco, que demandam de medidas urgentes. Tirando estes pontos, todas as medidas são preventivas, as quais devem ser tomadas a partir do “Nível de ação é definido como o valor acima do qual devem ser iniciadas ações preventivas de forma a minimizar a probabilidade de que as exposições a agentes ambientais ultrapassem os limites previstos” (OLIVEIRA, 2014, s/p). Esse nível de ruído está definido na NR 15 (BRASIL, 1978d). As medidas de proteção devem obedecer à hierarquia de priorização definida na NR 9 (BRASIL, 1978b), conforme apresentada no esquema a seguir. De acordo com a NR 9 (BRASIL, 1978b, s/p), o PPRA deve obedecer a uma estrutura mínima: planejamento anual com estabelecimento de metas, prioridades e cronograma (com prazo para o cumprimento de cada meta); estratégia e metodologia de ação; forma do registro, manutenção e divulgação dos dados; periodicidade e forma de avaliação do desenvolvimento do PPRA. Elaborado o PPRA, este serve de material-base para a elaboração do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), previsto na NR 7 (BRASIL, 1978e). Este programa deverá ser elaborado por um médico do trabalho, devidamente competente e habilitado, sendo uma ferramenta de análise da eficácia da implementação do PPRA. Bernardino Ramazzini (1633-1714) foi um médico nascido em Capri, na Itália, e é conhecido como o pai da Medicina do Trabalho (MT), dada a sua contribuição no ramo. Ele escreveu o livro “As doenças dos trabalhadores”, publicado em 1700, no qual relaciona 54 profissões e os principais problemas de saúde apresentados pelos trabalhadores. Quadro 2 - Hierarquia das medidas de prevenção dos riscos de saúde e segurança no trabalho. Fonte: Elaborada pela autora, 2018, adaptado de BRASIL, 1978b. VOCÊ O CONHECE? Também deverá ser realizado o monitoramento das medidas de controle a um dado risco, visando modificar as medidas de controle quando necessário. O PPRA, os documentos do pessoal que o elaborou e outros documentos de natureza técnica ou administrativa relacionados deverão ser mantidos pelo período mínimo de 20 anos nas empresas. 3.3.2 Laudo Técnico das Condições de Ambiente e Trabalho (LTCAT) De acordo com a Lei n. 8.213 (BRASIL, 1991), aposentadoria especial é um benefício garantido legalmente e permite que um profissional que trabalhou, no mínimo, por 180 meses exposto a agentes nocivos à saúde, em níveis acima dos limites estabelecidos pela legislação, a se aposentar com 15, 20 ou 25 anos de contribuição, com 100% do valor do salário. São agentes nocivos os riscos químicos, físicos, biológicos ou a associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física. Cabe ao profissional interessado na aposentadoria especial comprovar ao INSS que cumpre todas as exigências necessárias para dar entrada no pedido de aposentadoria especial, sendo o LTCAT o documento que comprovará a exposição do trabalhador a agentes nocivos, sendo elaborado pelo médico do trabalho ou engenheiro do trabalho, devidamente habilitado. Este documento é instituído pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS); portanto, não substitui nenhum outro documento, como o PPRA, o Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) ou o PCMSO, exigido pelas Normas Regulamentares de Segurança do Trabalho. De acordo com o art. 247 da Instrução Normativa INSS n. 45 (BRASIL, 2010), o LTCAT deverá constar: I - se individual ou coletivo; II - identificação da empresa; III - identificação do setor e da função; IV - descrição da atividade; V - identificação de agente nocivo capaz de causar dano à saúde e integridade física, arrolado na Legislação Previdenciária; VI - localização das possíveis fontes geradoras; VII - via e periodicidade de exposição ao agente nocivo;
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