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Anemia Infecciosa Equina FMU 2013 Considerações Gerais Doença viral crônica Equídeos Relevância econômica considerável Gera embargos ao trânsito de equídeos Interfere com eventos esportivos equestres, Agente Etiológico Hemotrópico Família: Retroviridae Gênero: Lentivirus latim lentus = lento. causam doenças com longo P.I. e curso fastidioso Envelopados, de 80-100nm de diâmetro Estrutura única de tripla camada: Mais interna: o complexo de nucleoproteínas genômicas 30 moléculas de transcriptase reversa Capsídeo icosaédrico Envelope Epidemiologia Hospedeiros naturais: equinos, asininos e muares Reservatórios: portadores inaparentes Outras espécies: não há relatos Vias de transmissão Vetor mecânico: tabanídeos (Tabanus sp.) e moscas dos estábulos (Stomoxys calcitrans) – tempo de sobrevivência Fômites Via transplacentária Colostral A transmissão é mais comum nas épocas mais quentes do ano e em regiões úmidas e pantanosas. Epidemiologia Distribuição mundial: exceto continente Antártico Áreas endêmicas: a prevalência pode atingir 70% dos animais adultos Em geral: os níveis de prevalência são moderados a altos em regiões com populações numerosas e permanentes dos insetos vetores No Brasil: Pará, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Goiás e Rio Grande do Sul, Segundo MAPA: aumento do número de focos confirmados para AIE entre os anos de 1999 e 2007 Epidemiologia Infecção iatrogênica : uso de agulhas ou instrumentos cirúrgicos contaminados, transfusões sanguíneas ou ainda por equipamentos impropriamente esterilizados Transmissão vertical P. I.: três semanas Patogenia Células alvo: macrófagos e monócitos Órgãos mais acometidos: fígado, baço, linfonodos, pulmões e rins Os locais de integração do DNA proviral ao genoma da célula hospedeira determinam a extensão e a natureza das alterações celulares As lesões desenvolvidas nos tecidos são resultado de processos imunomediados PATOGENIA Os vírus são liberados à circulação sanguínea por brotamento por meio da membrana da célula infectada podem ser adsorvidos pelos eritrócitos e, quando IgG ou IgM reagem com este complexo, ocorre hemólise, resultando em anemia Medula óssea: Inicialmente altamente responsiva evolui para exaustão inibição da eritropoiese Hemólise + eritrofagocitose + eritropoiese = ANEMIA INTENSA Resposta imune geradas ao redor de 45 dias pós-infecção Persistem durante toda a vida do animal Sinais Clínicos Fase aguda: Hipertermia Anemia hemolítica Icterícia Depressão Perda de peso Fase crônica: Emagrecimento Fraqueza Anemia intensa Diagnóstico Imunodifusão em gel de Agar (IDGA): Teste de Coggins : padrão-ouro. Validade de 60 dias No Brasil: cadastrados no MAPA. No Brasil: animais positivos ao IDGA: o SACRIFICIO Controle e Profilaxia Medidas de controle: limitam a disseminação viral Base: testes sorológicos de rotina remoção dos animais reagentes do plantel restrição ao deslocamento de animais teste dos novos animais controle da população de vetores não compartilhamento de seringas, agulhas e outros utensílios que possam ser veículo de células infectadas. AIE Trânsito interestadual de equídeos: acompanhados da Guia de Trânsito Animal (GTA). Resultado negativo para IDGA, obrigatório: Na emissão da GTA para equídeo com ≥ 6 meses de idade Animais destinados ao comércio, trânsito, participação em competições, feiras e exposições (independentemente da necessidade da movimentação interestadual ou não) Em muitos países, a legislação requer certificação de “Área Livre da AIE” antes da importação de novos animais Programa Nacional de Sanidade dos Equídeos - PNSE Para prevenir, controlar ou erradicar doenças dos equídeos Estratégias: I - educação sanitária; II - estudos epidemiológicos; III - fiscalização e controle do trânsito de equídeos; IV - cadastramento, fiscalização e certificação sanitária de estabelecimentos; V - intervenção imediata quando da suspeita ou ocorrência de doença de notificação obrigatória. Vigilância epidemiológica São fontes de informação do sistema de vigilância epidemiológica para doenças dos equídeos: I - o Serviço Veterinário Oficial (Federal, Estadual ou Municipal); II - a comunidade Vigilância epidemiológica Serviço Veterinário Oficial (Federal, Estadual ou Municipal): a) inspeção em matadouros; b) fiscalização de estabelecimentos; c) fiscalização de eventos pecuários; d) fiscalização do trânsito de animais; e) monitoramentos soroepidemiológicos. Vigilância Epidemiológica Comunidade: a) proprietários de animais ; b) médicos veterinários, transportadores de animais e demais prestadores de serviço agropecuário; c) profissionais que atuam em laboratórios de diagnóstico veterinário, instituições de ensino ou pesquisa agropecuária; d) qualquer outro cidadão. Anemia infecciosa equina (AIE) Essencialmente crônica, embora possa se apresentar em fases hiperaguda, aguda e subaguda. SINAIS–febre de 40 a 41,1°C, hemorragias puntiformes embaixo da língua, anemia, inchaço no abdômen, redução ou perda de apetite, depressão e hemorragia nasal. TRANSMISSÃO: por meio da picada de mutucas e das moscas dos estábulos, materiais contaminados com sangue infectado como agulhas, instrumentos cirúrgicos, groza dentária, sonda esofágica, aparadores de cascos, arreios, esporas e outros materiais, além da placenta, colostro e acasalamento. PREVENÇÃO – O animal infectado deve ser isolado e, posteriormente, sacrificado Raiva Doença aguda do sistema nervoso central que pode acometer todos os mamíferos, inclusive humanos. No Brasil, os morcegos são os principais responsáveis pela manutenção do vírus no ambiente silvestre. SINAIS: Neurlógicos - óbito TRANSMISSÃO –por meio da mordida ou do contato de ferimentos por saliva de animais infectados. PREVENÇÃO – Vacinar o rebanho uma vez ao ano, comunicar a existência de abrigos de morcegos (cavernas, bueiros, ocos de árvore, furnas, casas abandonadas) na propriedade e notificar os casos de morte de animais com suspeita da doença, para coleta de material e exame em laboratório. RAIVA Controlar a população de morcegos hematófagos. Atenção: Pessoas mordidas e/ou arranhadas por morcegos, cães, gatos ou outros animais suspeitos de raiva devem procurar ajuda médica. Não sacrificar o animal com sintomas nervosos. Não colocar a mão na boca do animal que parecer engasgado. Procurar imediatamente o posto médico quando sofrer agressão por animal doente, mas, antes, lavar a ferida com bastante água e sabão. Procurar posto médico para receber orientações sobre a vacinação. A captura só pode ser realizada por pessoas treinadas. A ferida feita pelo morcego forma um cordão de sangue, diferente de outras feridas. Influenza equina Doença viral altamente contagiosa Afeta equídeos , em geral, de 1 a 3 anos, mas pode também ocorrer em qualquer idade. SINAIS: febre, calafrio, respiração acelerada, perda de apetite, lacrimejamento, corrimento nasal e ocular, inflamação da garganta, prisão de ventre seguida de diarréia fétida e tosse. Os garanhões podem apresentar orquite e o vírus se encontra no sêmen muito tempo depois. É frequente o aparecimento de edemas nas partes baixas e a presença de catarros nas vias digestivas e respiratórias. TRANSMISSÃO contato com assecreções nasais, urina e fezes dos animais infectados ou por via indireta, por meio de água, alimentos e objetos contaminados. Mormo doença infectocontagiosa dos equídeos SINAIS: mais comuns são a presença de nódulos nas mucosas nasais, nos pulmões, gânglios linfáticos, catarro e pneumonia. A forma aguda é caracterizada por febre de 42ºC, fraqueza e prostração; pústulas na mucosa nasal que se transformam em úlceras profundas com uma secreção, inicialmente amarelada e depois sanguinolenta; intumescimento ganglionar e dispneia. A forma crônica apresenta-se na pele, fossas nasais, laringe, traqueia, pulmões, porém de evolução mais lenta. Pode apresentar também localização cutânea semelhante à forma aguda, porém mais branda. MORMO TRANSMISSÃO: Acontece pelo contato com material infectante (pus, secreção nasal, urina ou fezes). TRATAMENTO: Animais positivos deverão ser sacrificados imediatamente e o produtor deve comunicar à Secretaria de Defesa Sanitária, do Ministério da Agricultura. Atenção – Devem ser tomadas as seguintes medidas: Notificação imediata à Defesa Sanitária; Isolamento da área da infecção e isolamento dos animais suspeitos; Sacrifício dos animais positivos Diarreias infecciosas Doenças Infecciosas dos Animais Parvovirose - Definição Infecto contagiosa aguda alta letalidade Difícil diagnóstico Cosmopolita Parvovirose - Etiologia DNA vírus: Família Parvoviridae Gênero Parvovirus Mutante Isolamento culturas de células de rim canino Parvovirose - Etiologia necessidade de células de alto metabolismo e elevada taxa de mitose epitélio intestinal medula óssea tecido linfóide células do miocárdio de neonatos Parvovirose - Etiologia Resistência Ambiental Congelamento longos períodos ao abrigo da luz solar direta 6 meses fezes ressecadas em instalações 6 meses 4 a 10 oC (geladeira) 10 meses *** resistentes aos desinfetantes comuns Parvovirose - Etiologia 37 oC 2 semanas 56 oC 24 horas 80 oC 15 minutos Parvovirose - Etiologia sensível aos produtos que liberam cloro sensível ao hipoclorito de sódio a 5% 15 a 30 minutos (desinfetante de eleição) sensível a luz ultra violeta canis – enfermarias Parvovirose - Epidemiologia Hospedeiros cão doméstico, cão selvagem, coiote, raposa, lobo Influência do sexo, estação do ano e clima Idade primórdios da enfermidade atualidade Parvovirose - Epidemiologia Raça Rottweiler – Doberman Morbidade primórdios da enfermidade atualidade alta incidência do desmame até 6 meses Letalidade primórdios da enfermidade atualidade relação inversa entre idade e letalidade Parvovirose - Epidemiologia VE fezes início da eliminação 3 dias pós-infecção antes dos sinais clínicos decréscimo da eliminação cessa 14 a 17 dias após a manifestação clínica VT direta e indireta PE Mucosas digestivas Fisiopatologia da parvovirose (“Estratégia Viral”) Exposição ao parvovírus Replicação viral primária Linfonodos - timo VIREMIA Medula Óssea Necrose das células precursoras mielóides e eritróides (“steem cells”) Severa leucopenia Tecido linfóide Linfocitólise Ação de outros vírus - cinomose Desestruturação da defesa imunológica Ação de outros vírus - cinomose Pneumonia Septcemia Fisiopatologia da parvovirose (“Estratégia Viral”) VIREMIA Linfonodos mesentéricos Perda da mucosa Denudação completa da lâmina própria Franca diarréia sanguinolenta Enterite catarral Perda da capacidade de absorção Diarréia líquida Início do processo Hipovolemia Desidratação SEPTICEMIA Choque séptico TOXEMIA Epitélio intestinal Necrose do epitélio germinativo Choque Choque toxêmico MORTE AGRAVANTES DA ENFERMIDADE estado imune do hospedeiro dose infectante do agente patogenicidade da cepa Enterite associada Parvovirose - Fisiopatologia Parvovirose - Sinais clínicos Apatia Anorexia ânsia - Emese: varia em coloração e intensidade nunca em freqüência Diarréia: suave até hemorrágica Parvovirose - Intestinos http://www.springerimages.com/Images/RSS/1-10.1007_s00580-008-0758-7-5 http://www.springerimages.com/Images/RSS/1-10.1007_s00580-008-0758-7-5 http://www.springerimages.com/Images/RSS/1-10.1007_s00580-008-0758-7-5 http://www.springerimages.com/Images/RSS/1-10.1007_s00580-008-0758-7-5 http://www.springerimages.com/Images/RSS/1-10.1007_s00580-008-0758-7-5 http://www.springerimages.com/Images/RSS/1-10.1007_s00580-008-0758-7-5 http://www.springerimages.com/Images/RSS/1-10.1007_s00580-008-0758-7-5 http://www.springerimages.com/Images/RSS/1-10.1007_s00580-008-0758-7-5 http://www.springerimages.com/Images/RSS/1-10.1007_s00580-008-0758-7-5 http://www.springerimages.com/Images/RSS/1-10.1007_s00580-008-0758-7-5 http://www.springerimages.com/Images/RSS/1-10.1007_s00580-008-0758-7-5 http://www.springerimages.com/Images/RSS/1-10.1007_s00580-008-0758-7-5 Parvovirose - Sinais clínicos Parvovirose - Diagnóstico Clínico: inseguro PATOLOGIA CLÍNICA: suporte diagnóstico imprescindível Leucopenia Linfopenia absoluta Hematimetria : pode estar inalterada Parvovirose - Diagnóstico anátomo-patológico: nem sempre possível inibição da hemoaglutinação: IH isolamento viral: células renais de cães sorologia: “boom” em clínicas particulares http://dc424.4shared.com/doc/kDpGBBMQ/preview.html http://dc424.4shared.com/doc/kDpGBBMQ/preview.html http://dc424.4shared.com/doc/kDpGBBMQ/preview.html http://dc424.4shared.com/doc/kDpGBBMQ/preview.html Parvovirose - Prognóstico fatores determinantes: tempo de atendimento procedimento terapêutico correto estado imunitário (vacinações) doenças intercorrentes raça Parvovirose - Terapêutica jejum absoluto fluidoterapia adequada Hepatoprotetores anti-eméticos: ranitidina, metoclopramida, cimetidina, Parvovirose - Terapêutica uso correto de antibióticos: Evite drogas inadequadas: ATB de espectro limitado Atitude com o paciente chocado (séptico ou hipovolêmico) Parvovirose - Profilaxia vacinação antígeno vacinal esquema correto de vacinação excreção viral pós vacinal vacinação das matrizes Parvovirose - Profilaxia Vermifugação correta Alimentação correta Melhor aproveitamento da consulta: Pré - natal Avaliação geral do filhote
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