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Cw4 - Psicologia Aplicada À Saúde

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03/04/2024, 14:48 wlldd_222_u4_psi_apl_sau
https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=leticiamazurmaia%40gmail.com&usuarioNome=LETICIA+DE+ARAUJO+MAZUR+MAIA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3931442&ativid… 1/17
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INTRODUÇÃO
Olá, estudante! Na aula de hoje, veremos questões da personalidade, sua estrutura e dinâmica.
Para isso, falaremos de conceitos psicanalíticos e das fases do desenvolvimento psicossexual. Trataremos da
formação da personalidade, quais estruturas ela envolve e como funciona a questão psicodinâmica nesse
processo. 
Finalmente, mas não menos importante, focaremos nos mecanismos de defesa dentro da perspectiva
psicanalítica e como podemos usar essas ferramentas para compreender melhor os pacientes que
cuidaremos ao longo da nossa pro�ssão.
Vamos lá?
CONCEITOS DE PSICANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE PERSONALIDADE 
Estudante, hoje, abordaremos conceitos psicanalíticos para compreenderemos a base do desenvolvimento do
homem.
Quando falamos em desenvolvimento, estamos tratando dos processos da construção da personalidade, que
constituirão a subjetividade do sujeito.
Lembra-se de que subjetividade tem a ver com as especi�cidades de cada um e o modo como nos
expressamos e vemos o mundo? Pois então, isso tem ligação direta com a nossa personalidade. Pensar nas
subjetividades e na personalidade é muito importante quando pensamos em como cada indivíduo "funciona"
do ponto de vista psíquico e como isso pode interferir nas interações que nós, pro�ssionais de saúde, teremos
com cada um deles.
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
Aula 1
ESTRUTURA E DINÂMICA DE PERSONALIDADE
Conceitos psicanalíticos e das fases do desenvolvimento psicossexual.
30 minutos
PSICOLOGIA E DESENVOLVIMENTO
 Aula 1 - Estrutura e dinâmica de personalidade
 Aula 2 - Aspectos fundamentais para o estudo do comportamento
 Aula 3 - Senescência
 Aula 4 - Aspectos relacionados à �nitude da vida
 Referências
132 minutos
03/04/2024, 14:48 wlldd_222_u4_psi_apl_sau
https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=leticiamazurmaia%40gmail.com&usuarioNome=LETICIA+DE+ARAUJO+MAZUR+MAIA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3931442&ativid… 2/17
Para compreender o todo, precisamos explicar as fases do desenvolvimento. Para isso, abordaremos alguns
conceitos de psicanálise que você já deve ter ouvido falar por aí. Comentamos sobre Freud, o idealizador da
psicanálise, que é um dos pioneiros a falar de aspectos de desenvolvimento humano que iam além da
questão biológica. Ele tratava do desenvolvimento a partir de uma perspectiva psicológica, levando em
consideração experiências prévias, traumas, desejos, emoções, pensamentos etc. 
Observe o quadro a seguir e entenda que nossa personalidade é constituída por aspectos conscientes e
inconscientes. Relembre também os seus componentes: Id, Ego e Superego, que já tratamos nas aulas iniciais.
Outro conceito importante para compreendermos em psicanálise é o da pulsão.
Segundo Freud, pulsão é o desejo, ou seja, é o processo dinâmico que faz o organismo se orientar para uma
meta, que suprimirá um possível estado de tensão ou excitação corporal que seria a fonte desse processo
(FREUD, 2004a).
A partir daí teremos dois conceitos de pulsão que designarão movimentos naturais para o limiar da existência:
• Pulsão de vida: preservação da existência.
• Pulsão de morte: erradicação da existência (LAPLANCHE; PONTALIS, 2001).
A partir desses conceitos, seguimos resumidamente para as fases do desenvolvimento psicossexual. Segundo
Freud, a teoria do desenvolvimento psicossexual ocorre desde o início da infância através de cinco estágios:
oral, anal, fálico, latência e genital (FREUD, 2006).
1. Fase oral (0 – 1 ano): primeira fase de desenvolvimento de uma criança, concentra-se na região oral →
representada pela boca, que seria uma zona erógena (de prazer).
• Após o nascimento, esta é uma área que recebe muita atenção do bebê. O ato da sucção e de se alimentar
traz prazer para essa criança. Por conta disso, busca constantemente a estimulação oral, com isso o bebê
também descobre nela os sentimentos de conforto e proteção.
2. II – A fase anal (1 – 3 anos): a estimulação passa da boca para o ato de controlar as necessidades �siológicas
nessa fase → controle da urina e das fezes → sentimentos desenvolvidos são de independência, uma vez que
a criança vai se tornando capaz de obter controle sobre aspectos corporais que não tinha antes.
Conceitos psicanalíticos:
Inconsciente 
A mente inconsciente inclui tudo aquilo que está fora da nossas consciência. Sendo assim, pode incluir
dos mais secretos desejos até as primeiras memórias da infância. Nesse sentido, trata-se de uma
reservatório de pensamentos, impuldos e sentimentos.
Consciente 
A mente consciente contém todos os pensamentos, memórias, sentimentos e desejos dos quais estamos
conscientes a qualquer momento. Dessa forma, trata-se de uma aspecto do nosso processamento
mental sobre o qual podemos pensar e conversar racionalmente.
ID 
A parte impulsiva (e inconsciente) da nossa mente responde direta e imediatamente a impulsos,
necessidades e desejos básicos. Primitivo, ilógico, irracional e orientado à fantasia.
EGO 
Está relacionado às demandas da realidade. Está preocupado em atender às percepções do mundo real,
além de estar associada a questões de razão e sanidade.
SUPEREGO 
Último aspecto da personalidade presente. Contém nossos ideais, valores e crenças que aprendemos
desde pequenos. Serve para reforçar o sentido de agir de acordo com a moral.
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• Essa habilidade deve ser estimulada pelos pais, que precisam ter cuidado para não reprimir eventuais erros
e, dessa forma, criar problemas retentivos nessa criança. Assim, deve-se sempre focar nos acertos, nas vezes
em que a criança se saiu bem. Essa é uma maneira positiva de reforçar a experiência e garantir uma vida
adulta com menos di�culdades na questão do controle.
3. III – A fase fálica (3 – 5 anos): percepção das diferenças entre homem (pênis) e mulher (vagina) → Nessa
fase, observa-se um outro aspecto da famosa teoria freudiana: o Complexo de Édipo → o menino começa a
ter uma rivalidade com o pai nesta idade, desejando (simbolicamente) substituí-lo na relação com a mãe, ao
mesmo tempo que teme ser punido por isso pelo pai. No caso das meninas, ocorre a inveja do pênis, segundo
Freud, com isso elas �cariam ressentidas por não ter um pênis, sentindo-se “castradas” e ansiosas por não
terem nascido como um homem.
4. IV – O período de latência (5 anos – puberdade): sem foco nas zonas erógenas, e sim no desenvolvimento
social, na criação de laços e na convivência em sociedade → repressão da energia sexual, que continua a
existir, porém deixa de ser um foco.
• Nesse contexto, �car "preso" nessa fase pode fazer com que o adulto não saiba se relacionar de forma
satisfatória com outras pessoas.
5. V – A fase genital (puberdade e vida adulta): nessa fase, o interesse deixa de ser o próprio corpo, e passa a
existir por meio do desejo de querer se relacionar sexualmente com outras pessoas.
• Assim, se o indivíduo passou por todas as fases de forma adequada, chegará à última delas sabendo ter
equilíbrio em diversas áreas da sua vida.
A sexualidade ainda segue como um tema tabu até os dias de hoje, e existem muitas preocupações com
“conteúdos impróprios” para as crianças. Porém, como pro�ssionais de saúde, devemos compreender que a
sexualidade é algo impossível de se desvincular de nossa vida. A energia sexual, chamada de libido (conceito
psicanalítico), é uma força motora para todos os seres humanos. É o que nos move, e vai muito além do ato
sexual (FREUD, 2006).
A personalidade é formada a partir dessas vivências eexperiências da criança. Ela é uma característica do ser
humano que tem a função de organizar os sistemas físicos, �siológicos, psíquicos e morais, de forma que,
interligados, determinam a individualidade de cada ser.
MECANISMOS DE DEFESA
Quando pensamos em personalidade, precisamos compreender os mecanismos de defesa, que, segundo
Freud, são as manifestações do Ego frente às exigências ou "invasões" das outras instâncias psíquicas (Id e
Superego), ou seja, os mecanismos de defesa servem para uma melhor estruturação da nossa personalidade.
Um controle que, quando bem direcionado, tende a ser mais racional e consciente (FREUD, 2007).
Porém, quando ele age de forma mais inconsciente, precisamos compreender melhor as reações menos
racionais e objetivas, e isso ocorre, na psicanálise, por meio do entendimento dos mecanismos de defesa
utilizados com a �nalidade de proteger o Ego de um possível sentimento de ansiedade, medo, culpa, entre
outros (FREUD, 1996).
Os mecanismos acontecem com certo investimento de energia, e eles podem ser classi�cados como
mecanismos de defesa bem-sucedidos ou ine�cazes. Os bem-sucedidos são aqueles que conseguem diminuir
a ansiedade diante de algo que é perigoso. Os ine�cazes são aqueles que não conseguem diminuir a
ansiedade e acabam por constituir um ciclo de repetições. Existem muitos mecanismos de defesa descritos
em psicologia, mas vamos nos ater aos mais básicos: compensação, expiação, fantasia, formação reativa,
identi�cação, isolamento, negação, projeção e regressão (FREUD, 1996).
Quadro 1 - Mecanismo de defesa
Nome Explicação Exemplo
Compensação Tentativa do indivíduo de equilibrar suas
qualidades e de�ciências.
Uma pessoa que não tem boas notas e
se consola pro ser bom em esportes.
Deslocamento Refere-se a uma troca, em que a
representação muda de um lugar para outro.
Alguém que teve um problema com um
psicólogo e passa a rejeitar todos os
psicólogos.
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Nome Explicação Exemplo
Identi�cação Assimilação de características de outros, que
se transformam em modelos.
Alguém que se identi�ca com um artista
e tenta reproduzir isso na sua vida
pessoal.
Negação Negar a dor ou outras sensações de
desprazer.
Alguém que nega sua dor ao perder um
amor.
Projeção É um mecanismo que coloca para fora (no
outro) o que não admitimos em nós mesmos.
Pensar em ser in�el e ter medo de que
seu(sua) namorado(a) o seja.
Regressão Retorno a uma fase anterior do
desenvolvimento, na qual as satisfações eram
mais imediatas.
Alguém que sofre um colapso mental
assume uma posição fetal, balançando e
chorando.
Fonte: elaborada pelos autores.
COMPREENDENDO OS CONCEITOS NA PRÁTICA
Para pensarmos na prática sobre esses conceitos de desenvolvimento da personalidade, imaginaremos um
exemplo prático dentro do ambiente de saúde.
Como podemos reconhecer os comportamentos que aprendemos nessa aula nos casos que lidamos no dia a
dia? Você já parou para se perguntar sobre isso? Diversas são as situações em que precisamos parar para
observar, com certo afastamento, o comportamento do outro que está à nossa frente. Isso serve para não
misturar nossos afetos com os de outras pessoas, e para conseguirmos de fato empatizar e lidar com a dor e
o sofrimento do outro.
Você imagina que este processo é fácil? Claro que não! Primeiro, precisamos ter consciência dos nossos afetos
para fazer isso. Esta consciência pode vir por meio de conversas com outros colegas, supervisão, psicoterapia,
autocompreensão etc. Por esse e outros motivos, o cuidado com os pro�ssionais de saúde é fundamental.
Quanto mais saudável estamos, mais conseguimos cuidar dos outros, não é mesmo?
Partindo desse princípio, como podemos fazer, por exemplo, para perceber se o paciente com o qual estamos
lidando está frente a uma resistência de defesa? Nesse momento, é fundamental lembrarmos do que signi�ca
subjetividade: a individualidade que caracteriza o ser humano e diferencia um indivíduo do outro. Logo, é o
modo particular com que cada sujeito compreende sua existência.
Para pensar mais na prática, imaginaremos que você está estagiando em um posto de saúde com a equipe de
saúde da família. Chega até a sua equipe um jovem, Paulo, de 20 anos, buscando apoio para parar de fumar.
Na triagem, ele conta que já tentou parar de fumar por três vezes, por conta própria, sem sucesso. E cada vez
que voltava, fumava ainda mais. Entretanto, hoje em dia, ele está tendo sintomas físicos de falta de ar e
di�culdade para realizar as atividades cotidianas. Durante a primeira consulta, Paulo relata que até os oito
anos ele usava chupeta para dormir, e na adolescência roía unha por conta de ansiedade (o que piorava na
véspera de provas).  A equipe de saúde da família é composta por psicólogos, assistentes sociais, médicos de
família, enfermeiros e nutricionistas. Por conta da hipótese de que fatores emocionais estão relacionados ao
hábito de fumar, a proposta foi uma avaliação da psicologia. Você, como estagiário, acompanhará esta
avaliação, para depois contar na reunião de equipe quais propostas pensaram para Paulo. Pensando na aula
de hoje, na perspectiva psicanalítica, como podemos investigar o que impede Paulo de parar de fumar?
Na avaliação especí�ca da psicologia, mais dados sobre a questão da oralidade de Paulo vieram à tona,
�cando mais claro que aspectos de sua saúde emocional estão ligados a esta fase do seu desenvolvimento.
Uma das hipóteses pensadas é uma certa �xação na fase oral.
Ao retornar para a discussão em equipe, todos pensam em um acompanhamento medicamentoso para
ajudar Paulo nessa empreitada de parar de fumar e em um processo de psicoterapia. A psicoterapia seria
mais focada nas questões de desenvolvimento da personalidade de Paulo, buscando entender o que o
mantém �xado nessa fase do seu desenvolvimento psicossexual, aumentando seu arsenal de recursos
emocionais para lidar melhor com o ato de deixar de fumar. A equipe propõe adicionalmente mudanças
comportamentais, como atividade física regular, melhor alimentação e manejo de estresse. Esse modelo mais
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completo de intervenção amplia as chances de Paulo conseguir largar de vez o tabagismo. Interessante pensar
assim, não é mesmo? Como a psicoterapia pode ser um recurso adicional para emplacar uma mudança de
hábito e melhorar a saúde dos seus pacientes!
VÍDEO RESUMO
Olá, estudante! No vídeo abordaremos as questões do desenvolvimento da personalidade na perspectiva
psicanalítica. Como esse desenvolvimento pode in�uenciar comportamentos que mantemos em nossa vida e
que nem sempre são saudáveis? Falaremos também da importância dos mecanismos de defesa e como
podemos compreender melhor os pacientes que cuidaremos ao longo da nossa pro�ssão a partir dessa rica
perspectiva. Vamos lá?
 Saiba mais
No saiba mais de hoje, sugeriremos para você o livro O que é psicanálise: para iniciantes ou não..., do
autor Fabio Herrmann, que faz uma introdução ao tema da psicanálise, caso você tenha mais interesse.
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
INTRODUÇÃO
Olá, estudante!
Hoje, falaremos sobre alguns aspectos em relação a como pro�ssionais de saúde podem interpretar alguns
comportamentos percebidos em seus pacientes.
Mas, talvez, o mais importante a pensar seja bem básico: o que é comportamento? E ainda: o que é
considerado comportamento normal e patológico?
Falaremos sobre como esses comportamentos podem interagir com a atenção em saúde mental. Além disso,
introduziremos uma classi�cação mais clássica e muito difundida sobreos comportamentos, no viés da
psicanálise, que deve facilitar o entendimento inicial dessas questões.
Vamos lá?
CONHECIMENTO DE NORMAL E PATOLÓGICO SOBRE DIFERENTES PERSPECTIVAS
Quando tratamos de atenção à saúde mental, o principal elemento que avaliamos é o comportamento do
indivíduo. E mesmo quando pensamos em saúde de uma forma geral, o comportamento do paciente pode ser
um determinante importante para sua avaliação e seu tratamento. Falar sozinho, rir sem motivos, introversão
extrema, ansiedade, roer unhas, tudo isso são comportamentos que podem dar pistas importantes para o
pro�ssional em saúde.
Mas, você sabe qual é a de�nição de comportamento?
Do ponto de vista psicológico, o comportamento pode ser sintetizado como o modo que o ser humano age
perante o seu ambiente. É o conjunto de reações, internas e externas, às interações e renovação propiciadas
pelo contato com si mesmo e com o meio em que está envolvido (incluindo o meio social), que ocorrem de
Aula 2
ASPECTOS FUNDAMENTAIS PARA O ESTUDO DO
COMPORTAMENTO
Hoje, falaremos sobre alguns aspectos em relação a como pro�ssionais de saúde podem interpretar
alguns comportamentos percebidos em seus pacientes.
29 minutos
https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Loader/163868/pdf
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maneira dinâmica, viva (COMPORTAMENTO, 2022).
A partir deste conceito, uma consequência que remete ao pai da psicanálise, Sigmund Freud, é a estrutura dos
nossos funcionamentos. Funcionamentos são padrões de resposta estabelecidos pelos indivíduos.
Geralmente, as pessoas respondem de maneira estereotipada, repetindo alguns padrões usuais.
Ele mesmo, Freud, criou três principais eixos de estrutura psíquica que podem determinar funcionamentos e
comportamentos: neurótica, psicótica e perversa (FREUD, 2016).  O que são eles?
• Neuroses: são funcionamentos em que a pessoa �ca com um con�ito psíquico mantido em segredo, oculto,
inclusive de si mesmo. Por conta disso, o que incomoda �ca recalcado (escondido), e o sofrimento e suas
causas não podem ser claramente identi�cados, ou seja, o indivíduo apenas sente. Por falta da identi�cação
da origem, a pessoa pode passar a apresentar sintomas recorrentes (FREUD, 2016).
• Psicoses: na psicose, a pessoa vê fora de si tudo o que tem di�culdade de lidar como sendo seu, o problema
está sempre externo a ela. É fundamental diferenciar a visão psicanalítica do que a psiquiatria considera um
quadro de psicose, que ocorre quando há uma quebra de contato com a realidade, com alucinações e delírios,
por exemplo (FREUD, 2016).
• Perversões: são formas de obtenção de prazer a partir de relações não comuns, por exemplo, os fetiches.
Frequentemente, vêm associadas à recusa em reconhecer um problema, uma dor (FREUD, 2016).
Para Freud, uma vez estruturados, esses padrões de funcionamento não podem ser modi�cados, apenas
atenuados a partir da busca de ajuda, por exemplo, na psicoterapia.
E sempre �ca uma dúvida: o que é normal ou patológico? O que é um comportamento normal e o que é
sintoma? Para isso, temos que olhar o conceito de patologia, que é a forma com que de�nimos uma ou mais
doenças.
Conforme o modelo médico, patologia ou doença é uma estrutura de sofrimento, com características
similares, evolução ao longo do tempo, que aumenta riscos para situações especí�cas e responde a
tratamentos de diversas maneiras.
Todavia, aqui, usaremos um conceito mais amplo de patologia, que vem da psicologia, que inclui os
adoecimentos psicológicos, os complexos, onde a patologia está associada ao excesso de um padrão de
funcionamento. As pessoas passam a responder de forma quase exclusiva, repetida, e a resposta �ca
enraizada e cristalizada em uma das estruturas que vimos aqui (neurose, psicose e perversão). Esse modelo
de patologia pode ou não estar associado a um adoecimento médico (CANGUILHEM, 2009).
E o que são sintomas? “Na psicologia usamos sintoma para descrever uma forma de expressão de um con�ito
psíquico. Este sintoma não necessariamente aparece no contexto de um adoecimento” (CALAZANS; LUSTOZA,
2012, p. 22).
E o normal?
COMPORTAMENTO NORMAL E PATOLÓGICO
Já traçamos uma linha para discutirmos o conhecimento de normal e patológico sobre diferentes perspectivas
e falamos um pouco sobre funcionamentos e estruturas de comportamento. Mas, você sabe como eles
dialogam entre si?
Nós temos como tendência repetir padrões, mesmo que de forma inconsciente. É aparentemente mais fácil.
Se funcionou uma vez, seja para nós, seja para alguém que admiramos (como mãe, pai, avô ou tia), a
tendência é que aprenderemos a repetir isso. E usamos o mesmo modelo para diversas situações e áreas
distintas, isso também é parte de nossa cultura, do nosso aprendizado social.
No entanto, quando estamos repetindo algo que pode não fazer bem para nós ou para os outros, devemos
manter o comportamento, simplesmente por fazer parte da nossa cultura ou do modelo aprendido em casa?
Nossa resposta imediata e racional é "não"! Mas, e quando é um processo tão precoce, tão enraizado que não
Epidemiologicamente, baseado na matemática, normal é aquilo que ocorre com maior
frequência. Mas a normalidade para a saúde e a psicologia não é apenas isso, envolve tudo
que não é considerado patológico seja perante o modelo médico, seja perante o que é
considerado patológico para a psicologia.
— (WHO, 1946, p. 983)
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conseguimos nem perceber o que fazemos ou pensar em um comportamento diferente? É… Talvez aí �ca
mais difícil!
Daí surgem as estruturas de funcionamento sugeridas por Freud. Ele, inclusive, fala que elas têm uma origem
precoce, na infância. E a questão não é brigar com a pessoa, não é exigir que ela funcione de maneira correta,
mas fazê-la entender que aquilo faz mal para ela e pode atrapalhar no desenvolvimento de suas
potencialidades. Ela não escolhe funcionar daquela maneira, mas, enquanto pro�ssionais de saúde, será que
podemos ajudá-la a entender e repensar esses padrões? 
Será que temos que ser todos um pouco psicólogos? Será que essas mudanças são fáceis? Não adianta pensar
que qualquer um pode ajudar o outro a resolver seus con�itos em um piscar de olhos, nem que basta falar
que um problema existe para que ele se dissolva no ar. Por isso, é importante conhecer estes aspectos e
dimensões para pensar em como encaminhar e, principalmente, como não cair na armadilha de funcionar
como um modelo complementar.
Complementar? O que signi�ca? Quando falamos de um complementar, falamos de alguém cujo
comportamento sustenta os funcionamentos inadequados de outra pessoa. A parceira que oferece mais
bebida para o dependente de álcool, por exemplo. É um erro achar que a gente pode corrigir o
funcionamento do outro. No entanto, podemos ajudá-lo nesse processo de busca e descobertas.
E aí aparece aquela palavra: normal. A normalidade, entendida como ausência total de sofrimento e de
qualquer sentimento negativo, é algo impossível. Algum grau de sofrimento faz parte da existência humana,
seja pelas perdas que testemunhamos nos últimos anos, seja pelas coisas que já passaram e deixam
saudades. Algum grau de sofrimento faz parte, é considerado normal. Porém, o sofrimento em excesso, que
paralisa e bloqueia possibilidades, esse, sim, merece ser entendido e tratado.
COMO LIDAR NO DIA A DIA?
Já aprendemos que comportamentos são as maneiras como as pessoas reagem ao ambiente. A tendência é
que as pessoas respondem de maneiras estereotipadas, com padrões de funcionamento. E que estes
funcionamentos podem corresponder a estruturas psíquicas quepodem ou não ser consideradas normais.
Agora, podemos pensar em como os pro�ssionais de saúde, de posse dessas informações, podem entender
melhor o atendimento de seus pacientes, seja no SUS ou em outros contextos.
Ter o domínio destes funcionamentos impacta na prática, não apenas na qualidade do cuidado prestado mas
também nas relações humanas dentro dos sistemas de saúde. Se sabemos, por exemplo, que alguém tende a
não se responsabilizar pelos seus problemas, por suas eventuais faltas e falhas, sempre se colocando no lugar
de vítima, ela não está psicótica no sentido psiquiátrico, mas pode apresentar um funcionamento psicótico do
ponto de vista psicanalítico, o que impede que ela desempenhe suas funções ou cuide de sua saúde de forma
adequada.
E como isso impacta a nossa vida? Temos que entender que este é um funcionamento daquela pessoa (não
nosso) e que a questão é fazer que ela perceba o que está fazendo e que pense em possibilidades de mudar
determinados padrões de comportamento que podem ser prejudiciais. Não vai adiantar seguir terceirizando
responsabilidades. Ela tem que se apropriar do que é dela.
Outro exemplo é quando um paciente apresenta uma tendência a não falar claramente de seus sintomas, é
comum que ele seja rotulado como "chato" ou "poliqueixoso". Mas, temos que considerar que, muitas vezes,
são pessoas que têm di�culdades em expressar seus afetos e seus con�itos. A compreensão destas limitações
pode fazer com que consigamos ser mais efetivos no acolhimento e no adequado encaminhamento destes
casos.
E entre aqueles que apresentam comportamentos dentro da esfera das perversões, temos que ter clareza
que, nesses casos, não fazem isso porque são maus, como alguns entendem no signi�cado mais leigo da
palavra. Falar em perversão é falar de diversas maneiras de ter prazer, que podem ser prejudiciais ou não à
sociedade. Um político corrupto que tem prazer em fraudar, por exemplo, pode impactar negativamente seu
grupo.
Um paciente pode apresentar uma perversão que aparece no desrespeito a funcionários na unidade, como
recepcionistas, exercendo alguma fantasia rudimentar de poder, enquanto apresenta atitudes submissas
frente aos médicos. A identi�cação destes potenciais é importante, não apenas para apontar a necessidade de
correção deste comportamento por parte do usuário, mas para poder orientar e dar o suporte necessário
para os funcionários que eventualmente ele fere.
03/04/2024, 14:48 wlldd_222_u4_psi_apl_sau
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Ao mesmo tempo, é importante reconhecer e informar aqueles que não compreendem o fenômeno, seja por
serem vítimas, seja por não perceberem o que pode estar por trás de um padrão de funcionamento. Dessa
maneira, podemos ajudar de forma mais efetiva os usuários dos sistemas de saúde, não os rotulando, mas
compreendendo que eles podem se comportar de uma maneira pouco usual como re�exo de um sofrimento,
de um con�ito próprio deles que eles carregam para todas as suas relações.
VÍDEO RESUMO
No vídeo de hoje, trataremos de conceitos importantes para psicologia como padrões de funcionamento e
comportamentos.
Já imaginou como entender melhor alguns tipos de comportamentos, que parecem difíceis de lidar, mas que
podem ser re�exo de uma dor ou de um sofrimento, pode melhorar o atendimento e as relações humanas?
Importante aprender a reconhecer essas situações para conduzir melhor as relações com pacientes e colegas.
Vamos nessa?
 Saiba mais
Hoje, daremos a dica do livro Atualização em avaliação e tratamento das emoções: as emoções e seu
processamento normal patológico, que fala sobre o conceito que trabalhamos nessa aula, caso você
queira ir mais a fundo nesse tema tão interessante.
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
INTRODUÇÃO
Na aula de hoje, falaremos sobre o processo de envelhecimento e como lidar com as questões que cercam
esse momento da vida.
Para isso, é fundamental entendermos o que acontece com nosso comportamento diante da realidade do �m
do ciclo vital, que modi�cações acontecem no aparelho psíquico e quais cuidados devemos tomar enquanto
pro�ssionais de saúde.
Investigaremos também como endereçar o processo de envelhecimento dentro do programa de atenção
integral à saúde do idoso, quais as possíveis evoluções e como �ca a busca pela autonomia desses pacientes,
além de entender as limitações e a possibilidade da promoção do envelhecimento ativo e saudável.
SENESCÊNCIA VERSUS SENILIDADE
Hoje, falaremos de senescência. Já ouviu esse termo antes? Sabe o que é?
A palavra senescência pode ser utilizada como sinônimo de envelhecimento saudável, ou seja, a senescência
abrangerá todas as alterações naturais que ocorrem no organismo humano decorrentes da passagem do
tempo, sem o aparecimento de doenças. São, portanto, as mudanças decorrentes de processos �siológicos do
envelhecimento. Segundo o dicionário, é um processo natural que torna alguém mais velho ou enfrentado por
quem está se tornando mais velho; envelhecendo (SENESCÊNCIA, 2022).
Aula 3
SENESCÊNCIA
Na aula de hoje, falaremos sobre o processo de envelhecimento e como lidar com as questões que
cercam esse momento da vida.
32 minutos
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É importante diferenciar senescência e senilidade. A senescência é re�exo de um envelhecimento normal,
como um processo progressivo de diminuição funcional. Já a senilidade tem a ver com o desenvolvimento de
uma condição patológica ocasionada por estresse emocional, acidentes ou doenças genéticas e/ou adquiridas.
Nessa fase da vida, um dos pontos que merece atenção é a possibilidade da morte. Existe um tabu na nossa
sociedade sobre esse assunto e, ao envelhecermos, esse é um tema que passa a ser mais recorrente. Em
alguns casos em que existe muito sofrimento em função dessa perspectiva, existe a necessidade de cuidado
intensivo e acolhimento.
Quando pensamos em morte, precisamos pensar em apego, desapego e luto.
Você já ouviu falar da teoria do apego, um modelo psicológico desenvolvido pelo psicanalista John Bowlby
(1907-1990)? Ele diz que o apego é inato ao ser humano, todos nascem com esta capacidade. De uma forma
geral, nos aproximamos das pessoas de modo instintivo, com a �nalidade de criar vínculos necessários para
nossa vida e para a vida dos outros. A ideia central da teoria do apego é descrever a dinâmica das relações
interpessoais de longo e curto prazo entre os seres humanos. Quando falamos de adultos, podemos pensar
em quatro possibilidades para descrever as formas desse apego (MENDES; ROCHA, 2016). São elas:
•  Apego seguro: boa autoestima, relações afetivas com os demais, buscam apoio social.
•  Apego evitativo: pouca emoção nos relacionamentos românticos, di�culdade em compartilhar sentimentos
e emoções com os demais, problemas de intimidade.
•  Apego ambivalente: dependência dos relacionamentos, alta demanda por intimidade, insegurança e baixa
autoestima.
•  Apego desorganizado: di�culdade de relações e afetos signi�cativos, di�culdade em enxergar os outros sem
distorções de percepção, comportamentos contraditórios.
Já o desapego se refere a uma condição psicológica em que se limita o envolvimento emocional com outras
pessoas. Em alguns casos, o desapego emocional pode ser percebido como algo positivo, por gerar uma
sensação de proteção em situações e relações geradoras de ansiedade ou estresse indesejados. Sob este
ponto de vista, envelhecer bem teria uma relação direta com se desapegar das coisas ao seu redor. Por contadisso, sente-se uma maior liberdade, sem o senso de urgência. E quando esse processo acontece com o luto,
o idoso tem maior facilidade para encarar com maior naturalidade o �nal do ciclo de vida.
O luto, como a maioria deve conhecer, refere-se ao processo emocional gerado pela perda de algo ou alguém.
Luto é um sentimento profundo de tristeza e pesar pela morte de alguém (LUTO, 2022).
Na senescência, devemos nos atentar ao processo de memória e suas alterações. A perda da memória no
idoso saudável pode acontecer, por exemplo, quando ele passa a se esquecer de fatos mais recentes e
lembrar-se dos antigos. Esse quadro pode ser frequente com o avançar da idade para todos os idosos, por
isso, é parte da senescência. No entanto, é necessária uma avaliação especí�ca para veri�car se as mudanças
na memória podem sinalizar um dé�cit cognitivo importante e progressivo, como nos casos de Alzheimer, o
que se enquadraria em um conceito distinto, o de senilidade. 
PROCESSO DE ENVELHECIMENTO
Depois de compreendermos o que diferencia senescência e senilidade, é importante pensarmos no processo
de envelhecimento e saber quais são as evoluções e modi�cações do aparelho psíquico.
Já vimos a questão de apego e desapego e o quanto esse processo é importante na vida toda. No
envelhecimento, não é diferente.
Para compreendermos que o envelhecimento é uma questão de saúde pública no Brasil e que precisa de
atenção, é bom lembrar que, em 1980, a população com mais de 60 anos correspondia a cerca de 7 milhões
de pessoas. Em 1991, esse número passou para 11 milhões, e as projeções para o ano de 2025 apontam,
aproximadamente, 34 milhões de indivíduos nessa faixa etária, o que colocará o país na sexta posição entre
os países com maior número de pessoas idosas (SCHOUERI; RAMOS; PAPALÉO NETO, 2000).
Para aprofundarmos um pouco mais no tema, dividiremos o processo de envelhecimento em alguns tópicos:
1.  Morfologia – aparecimento de rugas e cabelos brancos.
2.  Fisiologia – acarretam alterações das funções orgânicas.
3.  Bioquímica – transformações das reações químicas que se processam no organismo.
4.  Psicologia – adaptação às situações do novo cotidiano.
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5.  Sociais - diminuição da produtividade (poder físico e econômico).
Figura 1 | Senescência
Fonte: acervo dos autores.
Devido a tantas mudanças em seu corpo, o idoso precisa se adaptar às suas novas funcionalidades, por isso,
precisa de muito acolhimento, conhecimento e troca de saberes com outros idosos para observar que suas
mudanças também estão presentes nos outros, o que facilita a aceitação e a compreensão dessas novas
condições.
Um outro ponto a ser considerado é que o envelhecimento da população está ligado diretamente ao aumento
da demanda por serviços de saúde e sociais. Sabemos que a possibilidade de envelhecimento mais saudável
está intimamente relacionada ao acesso a condições dignas de vida e renda, fator determinante da sua
qualidade de vida ao envelhecer (LIMA-COSTA; BARRETO, 2003).
Em 1990, o Ministério da Saúde criou o Programa Saúde da Família (PSF), buscando a mudança de um sistema
mais assistencial para um sistema integrativo de promoção e prevenção em saúde, com foco no modelo
biopsicossocial. Com isso, a família ganha um papel fundamental no processo e o domicílio passa a ser,
também, um cenário de assistência, promoção à saúde e prevenção de doenças (SOUZA, 2000).
As unidades de PSF contam com equipes multipro�ssionais, compostas, no mínimo, por médico, enfermeiro,
auxiliar de enfermagem e agentes comunitários de saúde, e fazem parte do primeiro contato da população
com os serviços de saúde, com o intuito de estabelecer uma relação de referência e contrarreferência com
outros níveis de assistência (BRASIL, 2001).
Como sabemos que di�culdades físicas, psíquicas e sociais podem levar à perda de autonomia do idoso, o PSF
é uma estratégia que pode auxiliar na promoção do envelhecimento mais saudável, visando à atenção integral
à saúde do idoso.
ENVELHECIMENTO ATIVO E SAUDÁVEL
Após compreendermos o processo de envelhecimento natural, precisamos falar sobre o processo de
autonomia e as possíveis limitações enfrentadas, além de pensar em como garantir uma promoção do
envelhecimento mais ativo e saudável, como recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
A ideia de um envelhecimento ativo se aplica tanto a grupos populacionais quanto a indivíduos, visando
permitir que as pessoas percebam o seu potencial para o bem-estar físico, social e mental ao longo do curso
da vida e possibilitando que elas participem da sociedade de acordo com suas necessidades, desejos e
capacidades (OMS, 2005). O conceito é bem semelhante à recomendação de saúde e qualidade de vida da
OMS, percebe?
Na questão especí�ca do envelhecimento ativo, a ideia é ter participação contínua em questões sociais,
econômicas, culturais, espirituais e civis, e não se restringe à capacidade física de estar ativo ou de fazer parte
da força de trabalho.
Assim, o objetivo do envelhecimento ativo é aumentar a expectativa de uma vida saudável e a qualidade de
vida para todas as pessoas que estão envelhecendo, inclusive as que são frágeis, �sicamente incapacitadas e
que requerem cuidados.
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Por isso, a questão da autonomia e independência durante o processo de envelhecimento é fundamental. O
processo de autonomia permite a habilidade de controlar, lidar e tomar decisões pessoais sobre como se
deve viver diariamente, de acordo com suas próprias regras e preferências. O processo de independência tem
relação com a habilidade de executar funções relacionadas à vida diária, isto é, a capacidade de viver
independente na comunidade, com alguma ou nenhuma ajuda de outros, sempre respeitando os limites e a
realidade de cada um.
Sabemos que, à medida que um indivíduo envelhece, sua qualidade de vida é in�uenciada e fortemente
determinada por sua habilidade de manter sua autonomia e independência, não é mesmo? Por conta disso,
pensar em uma abordagem do envelhecimento ativo irá se basear no reconhecimento dos direitos humanos
das pessoas mais velhas e nos princípios de independência, participação, dignidade, assistência e
autorrealização estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Com isso, o planejamento estratégico deve deixar de ter um enfoque baseado nas necessidades dos idosos,
que considera as pessoas mais velhas como alvos passivos, e passa a ter uma abordagem baseada em
direitos. Dessa forma, permitirá o reconhecimento das pessoas mais velhas, principalmente em relação à
igualdade de oportunidades e ao tratamento em todos os aspectos da vida. 
A ideia dessa abordagem é amparar a responsabilidade dos mais velhos no exercício de sua participação nos
processos políticos e em outros aspectos da vida em comunidade, em sua cidadania.
Pensando de forma mais ampla, o apoio ao envelhecimento ativo afeta toda a sociedade que se encontra em
envelhecimento etário, como é o caso do Brasil.
Você já pensou que um idoso ativo gera menos despesas para si e para os cofres públicos? Por exemplo, ele
gerará:
• Menos gastos com tratamentos médicos e serviços de assistência médica.
• Menos mortes prematuras em estágios da vida altamente produtivos.
• Menos de�ciências associadas às doenças crônicas na terceira idade.
• Mais pessoas com melhor qualidade de vida à medida que envelhecem.
Logo, programas e políticas de envelhecimento ativo reconhecem a necessidade de incentivar e equilibrar
responsabilidade pessoal (cuidados consigo mesmo), ambientes amistosospara a faixa etária e solidariedade
entre gerações.
Sabemos que as famílias e os indivíduos precisam se planejar e se preparar para o momento em que chega a
velhice e, para isso, precisam se esforçar pessoalmente para adotar uma postura de práticas saudáveis em
todas as fases da vida. Você já pensou nessas questões em relação à sua própria vida (sim, você envelhecerá
também), de seus familiares e da sua comunidade? Se não, nunca é tarde para começar.
Em resumo, sabemos que a hora de se preocupar com o envelhecimento saudável da população é agora. E
nós, como pro�ssionais de saúde, devemos ser parte ativa nesse processo. Pense nisso!
VÍDEO RESUMO
No vídeo de hoje, falaremos sobre senescência, tema tão importante em um país que está envelhecendo.
Você já ouviu falar sobre isso? Venha conosco pensar em como podemos, de forma pro�ssional, lidar melhor
com essa etapa da vida tão importante e na qual todos chegaremos um dia. Vamos lá?
 Saiba mais
Para o saiba mais dessa aula, pensamos em deixar uma cartilha do Ministério da Saúde que trata
diretamente da questão do envelhecimento ativo, com críticas, ideias e sugestões sobre como promover
esse tipo de realidade em saúde.
Leia também o artigo Re�exões sobre a promoção do envelhecimento ativo.
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/envelhecimento_ativo.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/envelhecimento_ativo.pdf
https://revistas.pucsp.br/kairos/article/view/18506
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INTRODUÇÃO
Estudante, bem-vindo à nossa última aula dessa disciplina! Tem sido uma jornada e tanto, não?
Hoje, falaremos sobre um tema envolto em tabus: a morte. Como ela é percebida por quem está partindo
(quando há tempo para isso) e por aqueles que se relacionam com essa pessoa querida. Este é um tema (a
morte, as perdas, o luto) que todos teremos que lidar e que, com certeza, esteve mais próximo de todos nós
durante a recente pandemia de Covid-19. 
Falaremos de situações dolorosas para diversas pessoas, que podem funcionar como gatilhos para o
sofrimento emocional para muita gente. Se isso ocorrer com você, procure ajuda, fale com alguém próximo ou
busque um pro�ssional. Este assunto, apesar de importante, pode ser difícil e temos que nos cuidar. Em
especial, nós, que trabalhamos em saúde, temos que estar de olho em nós mesmos (e nos outros) o tempo
todo.
O que temos para fazer e como lidar com isso? Veremos e pensaremos juntos nesse nosso último tema!
LUTO 
Quando falamos de morte, é importante começar alinhando um fato importante: não vamos discutir a morte
dentro dos princípios da tanatologia (que é a ciência que estuda a morte e os processos �siológicos
envolvidos), mas, sim, dialogaremos sobre como as pessoas lidam com ela. Trataremos do luto. “A de�nição
do luto (do latim lucto) remete ao sentimento de tristeza, de pesar pela morte de alguém, a lamentação da
morte.” (LUTO, 2022, [s. p.]).
O luto é uma reação que enfrentamos após um processo de perda ou de morte de uma pessoa querida, e a
imagem a que ele geralmente nos remete é a de pessoas velando ou sentindo dor pela partida de alguém.
Mas, o luto pode começar antes mesmo do evento morte, no momento que a proximidade dela é anunciada.
Aí as reações que podem se seguir foram descritas por diversos autores, porém, talvez, a mais disseminada
seja a formulação de uma psiquiatra suíça que posteriormente se radicou nos Estados Unidos, Elisabeth
Kübler-Ross. Ela postulou, inicialmente, quatro e, posteriormente, cinco fases de como nós lidamos com a
morte: negação, raiva, barganha, depressão e aceitação (KÜBLER-ROSS, 1995)
Segundo Kübler-Ross (1995), na negação, a pessoa apresenta di�culdades em aceitar e lidar com a morte ou
sua perspectiva, e como defesa ela nega que aquele evento ocorreu ou pode vir a ocorrer.
Durante a raiva, as pessoas experimentam uma tendência a externalizar suas frustrações. Este sentimento
pode ser direcionado a doenças, a aqueles que cuidam ou cuidaram do enfermo ou a diversas outras pessoas
ou situações.
As pessoas, durante a barganha, apresentam uma tendência a tentar negociar (com Deus, com os
pro�ssionais de saúde, com �guras religiosas, por exemplo) para que aquela situação seja revertida.
Durante a fase da depressão, descrita por muitos também como tristeza, as pessoas passam a experimentar
este sentimento entrando em contato com seu sofrimento relacionado à perda (ou sua perspectiva) de
maneira mais direta e franca.
O último estágio é a aceitação, em que a pessoa entra em contato com o fato e passa a lidar com ele como
algo de�nido, com dor, mas de maneira mais próxima à realidade.
Figura 1 | Fases do luto
Aula 4
ASPECTOS RELACIONADOS À FINITUDE DA VIDA
Falaremos de situações dolorosas para diversas pessoas, que podem funcionar como gatilhos para o
sofrimento emocional para muita gente.
26 minutos
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Fonte: elaborada pelos autores.
Apesar de outros autores terem proposto esquemas alternativos, as fases do luto (ou do morrer) de Kübler-
Ross seguem uma referência nesse tema.
No entanto, os distintos momentos são experimentados e podem ser explicados de maneiras diferentes,
dependendo de cada pessoa. Para entender as diferenças, temos que levar em conta as histórias pessoais, os
valores e as maneiras como cada um lida com a morte em si. Estas questões estão também diretamente
associadas a como cada um lida com sua espiritualidade. Estes fatores in�uenciarão as necessidades
individuais para passar por estas fases e conseguir elaborá-las de maneira positiva, evitando o adoecimento
(por exemplo, um quadro depressivo) e a não resolução do luto.
A VIVÊNCIA DO LUTO
Quais tipos de fatores impactam na experiência do luto?
O primeiro é a proximidade da pessoa que está passando ou passou pelo processo de morte. Se é a pessoa
mais próxima que temos na vida ou nós mesmos, a reação será diferente de saber que quem morrerá é
apenas um conhecido. Além disso, como falamos, existe uma questão de perspectiva: se estamos falando da
morte de um �lho, a reação será completamente distinta da reação da perda de um pai ou de uma mãe. Em
geral, existe uma expectativa de que as gerações nasçam e morram em uma determinada ordem (MORENO,
1975).
Entretanto, as pessoas podem experimentar a morte de maneira diferente, baseadas em como elas lidam
com a questão da vida, o que passa por relações com a própria existência e com sua espiritualidade. Se
determinadas crenças consideram que a vida se encerra no momento que a pessoa morre, outras, como
espiritismo e budismo, acreditam em preceitos, como reencarnação e possibilidades de novos encontros.
Assim, a maneira que a morte é percebida envolve diversos fatores. Uma mesma pessoa pode lidar de uma
maneira com a morte de um pai ou uma avó, mas não lidar da mesma forma com a perda de uma grande
amiga. Mesmo o tempo que cada um passará em processo de luto varia. Algumas religiões determinam,
inclusive, períodos que devem ser dedicados exclusivamente às lembranças e elaborações acerca de quem
partiu, como islamismo e judaísmo (PARKERS, 2001).
A partir da compreensão desse sofrimento podemos pensar em como podemos auxiliar quem está em luto.
Na tradição cristã, mais comum no Brasil, as diferentes denominações realizam o velório. O papel social do
velório envolve a possibilidade de encontrar pessoas, falar sobre as dores, as saudades que virão e, de
maneira geral, celebrar a vida da pessoa. Em Nova Orleans, nos EUA, uma tradiçãocatólica local determina
que as pessoas sejam cortejadas até o cemitério sob o som de músicas tristes e, a partir da saída do cemitério,
o jazz em um tom mais festivo seja privilegiado.
Essa variedade de situações se relaciona com a forma com a qual as pessoas lidarão com a notícia de uma
doença potencialmente fatal e da morte. Alguns encararão de maneira mais tranquila, e as fases do luto se
encaminharão rapidamente para a aceitação. Outras encararão as fases de maneira não linear, indo e
voltando entre elas (que não são obrigatórias ou sequenciais), mas o mais preocupante é a possibilidade de a
pessoa �car cristalizada (retida) em uma fase especí�ca. As cristalizações ocorrem por diversos fatores, em
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especial, por uma di�culdade em lidar com o processo de morte, seja por não se permitir sentir a dor (ter que
ser forte, não sentir a própria dor, por exemplo) ou por adoecimentos psíquicos que podem ocorrer no
período (MORENO, 1975).
PROFISSIONAIS DA SAÚDE E O LUTO
Já falamos sobre o luto e suas fases e como aspectos individuais e culturais impactam as vivências da morte.
Agora, o próximo passo é pensar como essas situações podem moldar a rotina e o contato dos pro�ssionais
da saúde com os usuários do sistema.
Frente a um paciente que sabemos estar enfrentando uma vivência de luto, é essencial mapear qual a
situação envolvida, quem é a pessoa, quais as expectativas e os impactos que ela vem sentindo. Entender o
contexto em que esta pessoa está inserida, seja como indivíduo ou como parte de uma comunidade, também
auxilia nossa avaliação, pois �ca mais fácil pensar em quem poderá ser acionado como parte de uma rede de
apoio durante o processo.
Ah, mas isso não fará parte da minha função também? Sim, claro! Isso fará parte do trabalho de qualquer
pessoa que lidará com o processo de luto de um paciente. Aliás, esse é um cuidado que faz parte da vida de
todos nós, tanto em nossa vida pessoal quanto pro�ssional.
A�nal de contas, não cabe apenas aos pro�ssionais de saúde mental falar sobre isso, já que a vivência de
morte e luto é enfrentada pelos seres humanos desde o início dos tempos. Você já pensou em como poderia
ter aplicado esse conhecimento diante das situações de perda de entes queridos que já testemunharam?
E, agora, pense em você, como gostaria de ser cuidado se estivesse neste momento?
Em geral, as pessoas preferem ser abordadas de uma maneira aberta e franca, mas, muitas vezes, têm medo
e di�culdade de perguntar sobre o tema. Imagine como deve ser difícil receber a notícia que você está diante
de uma doença terminal, ou que um parente pode morrer a qualquer instante diante de um estado crítico de
saúde. Escutar, acolher, ser empático e afetivo e procurar responder ao que está sendo perguntado talvez seja
uma boa rota de conduta. Temos que entender e respeitar o momento do nosso interlocutor.
Enquanto pro�ssional, é bom lembrar que, para quem está em um momento de luto e sofrimento, ter a
sensação de não estar só, sentir-se amparado e saber que há um espaço para fala e para a troca é essencial.
O que cada um vai querer nesse momento é muito variável, e a melhor resposta só a própria pessoa pode
dar. Alguns querem saber os detalhes, outros preferem desabafar e dizer como a situação parece frustrante e
injusta. O medo, a solidão, o abandono e a dor podem ser os focos da conversa. E, às vezes, tudo o que a
pessoa quer é o silêncio e uma oração.
Devemos sempre ter cuidado para não invalidar a experiência do outro e participar dentro dos nossos limites,
evitando forçar ou mesmo falar de nossos referenciais pessoais. A pessoa quer acolhimento e não receber
uma lição sobre como ela deveria lidar com a �nitude da vida.
Por �m, nos despedimos aqui fazendo o mesmo alerta do começo dessa unidade: nós, pro�ssionais de saúde,
entramos em contato com situações potencialmente dolorosas para nós, e para algumas pessoas essas
vivências podem funcionar como gatilhos para angústias e sofrimentos. Se isso ocorrer, procure ajuda, fale
com alguém querido ou um pro�ssional e busque sempre se cuidar. A gente tem que estar bem para poder
cuidar dos outros. Boa sorte e sucesso nessa caminhada!
VÍDEO RESUMO
No vídeo de hoje, falaremos sobre morte e luto e como essas experiências afetam nossa vida pessoal e
pro�ssional. Conheceremos as fases do luto e compreenderemos quais são as melhores possibilidades para
lidar com uma experiência. Um tema difícil, mas essencial para todos nós. Vem conosco?
 Saiba mais
Estudante, hoje, trouxemos para você a indicação do livro Vida, Morte e Luto, da autora Karina Okajima
Fukumitsu, uma leitura muito interessante sobre as possibilidades e os principais cuidados para o
manejo em situações-limite de adoecimento, suicídio e processo de luto. Toda vez que falamos sobre a
morte, precisamos também falar sobre a vida.
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
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Leia também os capítulos X e XI do livro Morte e existência humana: caminhos de cuidados e
possibilidades de intervenção, que se encontra na biblioteca virtual.
Aula 1
FREUD, S. O ego e os mecanismos de defesa. Porto Alegre, RS: Artmed, 2006.
FREUD, S. Neuropsicoses de defesa. In: FREUD, S. Obras psicológicas completas de Sigmund Freud: edição
standard brasileira. Rio de Janeiro, RJ: Imago, 1996. p. 53-77.
FREUD, S. Alguns comentários sobre o conceito de inconsciente em psicanálise. In: FREUD, S. Escritos sobre a
psicologia do inconsciente. v. 1. Rio de Janeiro, RJ: Imago, 2004. p. 79-93.
FREUD, S. O inconsciente. In: FREUD, S. Escritos sobre a psicologia do inconsciente. v. 2. Rio de Janeiro, RJ:
Imago, 2006. p. 13-74.
FREUD, S. O recalque. In: FREUD, S. Escritos sobre a psicologia do inconsciente. v. 1. Rio de Janeiro, RJ:
Imago, 2004. p. 175-193.
FREUD, S. Além do princípio do prazer. In: FREUD, S. Escritos sobre a psicologia do inconsciente. v. 2. Rio de
Janeiro, RJ: Imago, 2006. p. 121-198.
FREUD, S. O eu e o id. In: FREUD, S. Escritos sobre a psicologia do inconsciente. v. 3. Rio de Janeiro, RJ:
Imago, 2007. p. 13-92.
FREUD, S. A cisão do eu no processo de defesa. In: FREUD, S. Escritos sobre a psicologia do inconsciente. v.
3. Rio de Janeiro, RJ: Imago, 2007. p. 171-179.
HERRMANN, F. O que é psicanálise: para iniciantes ou não... 14. ed. São Paulo, SP: Blucher, 2015. Disponível
em:  https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788521209324/pageid/4. Acesso em: 14 set.
2022.
LAPLANCHE, J.; PONTALIS, J. B. Vocabulário da psicanálise. São Paulo, SP: Martins Fontes, 2001.
Aula 2
CALAZANS, R.; LUSTOZA, R. Z. Sintoma psíquico e medicina baseada em evidências. Arq. bras. psicol., Rio de
Janeiro, v. 64, n. 1, p. 18-30, abr. 2012. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S1809-52672012000100003&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 22 ago. 2022.
CANGUILHEM, G. O Normal e o Patológico. Trad. Maria Thereza Redig de Carvalho Barrocas. 6. ed. Rio de
Janeiro, RJ: Forense Universitária, 2009.
COMPORTAMENTO. DICIO, 2022. Disponível em: https://www.dicio.com.br/comportamento/. Acesso em: 22
ago. 2022.
FREUD, S. Explicações, aplicações e orientações. In: FREUD, S. Edição standard brasileira das obras
psicológicas completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro, RJ: Imago, 1996. p. 167-191.
FREUD, S. Neurose, psicose, perversão. In: FREUD, S. Obras incompletas de Sigmund Freud. Trad. Maria Rita
Salzano Moraes. Belo Horizonte, MG: Autêntica Editora, 2016.
MIGUEL, F. K. et al.Atualização em avaliação e tratamento das emoções: as emoções e seu processamento
normal patológico. São Paulo, SP: Vetor, 2016. Disponível em:
https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Loader/189664/epub. Acesso em: 14 set. 2022.
WORLD HEALTH ORGANIZATION. Constitution of the World Health Organization. Bulletin of the World
Health Organization, v. 80, n. 12, p. 983-984, 1946. Disponível em:
https://apps.who.int/gb/bd/PDF/bd47/EN/constitution-en.pdf?ua=1. Acesso em: 22 ago. 2022.
REFERÊNCIAS
15 minutos
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