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03/04/2024, 14:48 wlldd_222_u4_psi_apl_sau https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=leticiamazurmaia%40gmail.com&usuarioNome=LETICIA+DE+ARAUJO+MAZUR+MAIA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3931442&ativid… 1/17 Imprimir INTRODUÇÃO Olá, estudante! Na aula de hoje, veremos questões da personalidade, sua estrutura e dinâmica. Para isso, falaremos de conceitos psicanalíticos e das fases do desenvolvimento psicossexual. Trataremos da formação da personalidade, quais estruturas ela envolve e como funciona a questão psicodinâmica nesse processo. Finalmente, mas não menos importante, focaremos nos mecanismos de defesa dentro da perspectiva psicanalítica e como podemos usar essas ferramentas para compreender melhor os pacientes que cuidaremos ao longo da nossa pro�ssão. Vamos lá? CONCEITOS DE PSICANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE PERSONALIDADE Estudante, hoje, abordaremos conceitos psicanalíticos para compreenderemos a base do desenvolvimento do homem. Quando falamos em desenvolvimento, estamos tratando dos processos da construção da personalidade, que constituirão a subjetividade do sujeito. Lembra-se de que subjetividade tem a ver com as especi�cidades de cada um e o modo como nos expressamos e vemos o mundo? Pois então, isso tem ligação direta com a nossa personalidade. Pensar nas subjetividades e na personalidade é muito importante quando pensamos em como cada indivíduo "funciona" do ponto de vista psíquico e como isso pode interferir nas interações que nós, pro�ssionais de saúde, teremos com cada um deles. Para visualizar o objeto, acesse seu material digital. Aula 1 ESTRUTURA E DINÂMICA DE PERSONALIDADE Conceitos psicanalíticos e das fases do desenvolvimento psicossexual. 30 minutos PSICOLOGIA E DESENVOLVIMENTO Aula 1 - Estrutura e dinâmica de personalidade Aula 2 - Aspectos fundamentais para o estudo do comportamento Aula 3 - Senescência Aula 4 - Aspectos relacionados à �nitude da vida Referências 132 minutos 03/04/2024, 14:48 wlldd_222_u4_psi_apl_sau https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=leticiamazurmaia%40gmail.com&usuarioNome=LETICIA+DE+ARAUJO+MAZUR+MAIA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3931442&ativid… 2/17 Para compreender o todo, precisamos explicar as fases do desenvolvimento. Para isso, abordaremos alguns conceitos de psicanálise que você já deve ter ouvido falar por aí. Comentamos sobre Freud, o idealizador da psicanálise, que é um dos pioneiros a falar de aspectos de desenvolvimento humano que iam além da questão biológica. Ele tratava do desenvolvimento a partir de uma perspectiva psicológica, levando em consideração experiências prévias, traumas, desejos, emoções, pensamentos etc. Observe o quadro a seguir e entenda que nossa personalidade é constituída por aspectos conscientes e inconscientes. Relembre também os seus componentes: Id, Ego e Superego, que já tratamos nas aulas iniciais. Outro conceito importante para compreendermos em psicanálise é o da pulsão. Segundo Freud, pulsão é o desejo, ou seja, é o processo dinâmico que faz o organismo se orientar para uma meta, que suprimirá um possível estado de tensão ou excitação corporal que seria a fonte desse processo (FREUD, 2004a). A partir daí teremos dois conceitos de pulsão que designarão movimentos naturais para o limiar da existência: • Pulsão de vida: preservação da existência. • Pulsão de morte: erradicação da existência (LAPLANCHE; PONTALIS, 2001). A partir desses conceitos, seguimos resumidamente para as fases do desenvolvimento psicossexual. Segundo Freud, a teoria do desenvolvimento psicossexual ocorre desde o início da infância através de cinco estágios: oral, anal, fálico, latência e genital (FREUD, 2006). 1. Fase oral (0 – 1 ano): primeira fase de desenvolvimento de uma criança, concentra-se na região oral → representada pela boca, que seria uma zona erógena (de prazer). • Após o nascimento, esta é uma área que recebe muita atenção do bebê. O ato da sucção e de se alimentar traz prazer para essa criança. Por conta disso, busca constantemente a estimulação oral, com isso o bebê também descobre nela os sentimentos de conforto e proteção. 2. II – A fase anal (1 – 3 anos): a estimulação passa da boca para o ato de controlar as necessidades �siológicas nessa fase → controle da urina e das fezes → sentimentos desenvolvidos são de independência, uma vez que a criança vai se tornando capaz de obter controle sobre aspectos corporais que não tinha antes. Conceitos psicanalíticos: Inconsciente A mente inconsciente inclui tudo aquilo que está fora da nossas consciência. Sendo assim, pode incluir dos mais secretos desejos até as primeiras memórias da infância. Nesse sentido, trata-se de uma reservatório de pensamentos, impuldos e sentimentos. Consciente A mente consciente contém todos os pensamentos, memórias, sentimentos e desejos dos quais estamos conscientes a qualquer momento. Dessa forma, trata-se de uma aspecto do nosso processamento mental sobre o qual podemos pensar e conversar racionalmente. ID A parte impulsiva (e inconsciente) da nossa mente responde direta e imediatamente a impulsos, necessidades e desejos básicos. Primitivo, ilógico, irracional e orientado à fantasia. EGO Está relacionado às demandas da realidade. Está preocupado em atender às percepções do mundo real, além de estar associada a questões de razão e sanidade. SUPEREGO Último aspecto da personalidade presente. Contém nossos ideais, valores e crenças que aprendemos desde pequenos. Serve para reforçar o sentido de agir de acordo com a moral. 03/04/2024, 14:48 wlldd_222_u4_psi_apl_sau https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=leticiamazurmaia%40gmail.com&usuarioNome=LETICIA+DE+ARAUJO+MAZUR+MAIA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3931442&ativid… 3/17 • Essa habilidade deve ser estimulada pelos pais, que precisam ter cuidado para não reprimir eventuais erros e, dessa forma, criar problemas retentivos nessa criança. Assim, deve-se sempre focar nos acertos, nas vezes em que a criança se saiu bem. Essa é uma maneira positiva de reforçar a experiência e garantir uma vida adulta com menos di�culdades na questão do controle. 3. III – A fase fálica (3 – 5 anos): percepção das diferenças entre homem (pênis) e mulher (vagina) → Nessa fase, observa-se um outro aspecto da famosa teoria freudiana: o Complexo de Édipo → o menino começa a ter uma rivalidade com o pai nesta idade, desejando (simbolicamente) substituí-lo na relação com a mãe, ao mesmo tempo que teme ser punido por isso pelo pai. No caso das meninas, ocorre a inveja do pênis, segundo Freud, com isso elas �cariam ressentidas por não ter um pênis, sentindo-se “castradas” e ansiosas por não terem nascido como um homem. 4. IV – O período de latência (5 anos – puberdade): sem foco nas zonas erógenas, e sim no desenvolvimento social, na criação de laços e na convivência em sociedade → repressão da energia sexual, que continua a existir, porém deixa de ser um foco. • Nesse contexto, �car "preso" nessa fase pode fazer com que o adulto não saiba se relacionar de forma satisfatória com outras pessoas. 5. V – A fase genital (puberdade e vida adulta): nessa fase, o interesse deixa de ser o próprio corpo, e passa a existir por meio do desejo de querer se relacionar sexualmente com outras pessoas. • Assim, se o indivíduo passou por todas as fases de forma adequada, chegará à última delas sabendo ter equilíbrio em diversas áreas da sua vida. A sexualidade ainda segue como um tema tabu até os dias de hoje, e existem muitas preocupações com “conteúdos impróprios” para as crianças. Porém, como pro�ssionais de saúde, devemos compreender que a sexualidade é algo impossível de se desvincular de nossa vida. A energia sexual, chamada de libido (conceito psicanalítico), é uma força motora para todos os seres humanos. É o que nos move, e vai muito além do ato sexual (FREUD, 2006). A personalidade é formada a partir dessas vivências eexperiências da criança. Ela é uma característica do ser humano que tem a função de organizar os sistemas físicos, �siológicos, psíquicos e morais, de forma que, interligados, determinam a individualidade de cada ser. MECANISMOS DE DEFESA Quando pensamos em personalidade, precisamos compreender os mecanismos de defesa, que, segundo Freud, são as manifestações do Ego frente às exigências ou "invasões" das outras instâncias psíquicas (Id e Superego), ou seja, os mecanismos de defesa servem para uma melhor estruturação da nossa personalidade. Um controle que, quando bem direcionado, tende a ser mais racional e consciente (FREUD, 2007). Porém, quando ele age de forma mais inconsciente, precisamos compreender melhor as reações menos racionais e objetivas, e isso ocorre, na psicanálise, por meio do entendimento dos mecanismos de defesa utilizados com a �nalidade de proteger o Ego de um possível sentimento de ansiedade, medo, culpa, entre outros (FREUD, 1996). Os mecanismos acontecem com certo investimento de energia, e eles podem ser classi�cados como mecanismos de defesa bem-sucedidos ou ine�cazes. Os bem-sucedidos são aqueles que conseguem diminuir a ansiedade diante de algo que é perigoso. Os ine�cazes são aqueles que não conseguem diminuir a ansiedade e acabam por constituir um ciclo de repetições. Existem muitos mecanismos de defesa descritos em psicologia, mas vamos nos ater aos mais básicos: compensação, expiação, fantasia, formação reativa, identi�cação, isolamento, negação, projeção e regressão (FREUD, 1996). Quadro 1 - Mecanismo de defesa Nome Explicação Exemplo Compensação Tentativa do indivíduo de equilibrar suas qualidades e de�ciências. Uma pessoa que não tem boas notas e se consola pro ser bom em esportes. Deslocamento Refere-se a uma troca, em que a representação muda de um lugar para outro. Alguém que teve um problema com um psicólogo e passa a rejeitar todos os psicólogos. 03/04/2024, 14:48 wlldd_222_u4_psi_apl_sau https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=leticiamazurmaia%40gmail.com&usuarioNome=LETICIA+DE+ARAUJO+MAZUR+MAIA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3931442&ativid… 4/17 Nome Explicação Exemplo Identi�cação Assimilação de características de outros, que se transformam em modelos. Alguém que se identi�ca com um artista e tenta reproduzir isso na sua vida pessoal. Negação Negar a dor ou outras sensações de desprazer. Alguém que nega sua dor ao perder um amor. Projeção É um mecanismo que coloca para fora (no outro) o que não admitimos em nós mesmos. Pensar em ser in�el e ter medo de que seu(sua) namorado(a) o seja. Regressão Retorno a uma fase anterior do desenvolvimento, na qual as satisfações eram mais imediatas. Alguém que sofre um colapso mental assume uma posição fetal, balançando e chorando. Fonte: elaborada pelos autores. COMPREENDENDO OS CONCEITOS NA PRÁTICA Para pensarmos na prática sobre esses conceitos de desenvolvimento da personalidade, imaginaremos um exemplo prático dentro do ambiente de saúde. Como podemos reconhecer os comportamentos que aprendemos nessa aula nos casos que lidamos no dia a dia? Você já parou para se perguntar sobre isso? Diversas são as situações em que precisamos parar para observar, com certo afastamento, o comportamento do outro que está à nossa frente. Isso serve para não misturar nossos afetos com os de outras pessoas, e para conseguirmos de fato empatizar e lidar com a dor e o sofrimento do outro. Você imagina que este processo é fácil? Claro que não! Primeiro, precisamos ter consciência dos nossos afetos para fazer isso. Esta consciência pode vir por meio de conversas com outros colegas, supervisão, psicoterapia, autocompreensão etc. Por esse e outros motivos, o cuidado com os pro�ssionais de saúde é fundamental. Quanto mais saudável estamos, mais conseguimos cuidar dos outros, não é mesmo? Partindo desse princípio, como podemos fazer, por exemplo, para perceber se o paciente com o qual estamos lidando está frente a uma resistência de defesa? Nesse momento, é fundamental lembrarmos do que signi�ca subjetividade: a individualidade que caracteriza o ser humano e diferencia um indivíduo do outro. Logo, é o modo particular com que cada sujeito compreende sua existência. Para pensar mais na prática, imaginaremos que você está estagiando em um posto de saúde com a equipe de saúde da família. Chega até a sua equipe um jovem, Paulo, de 20 anos, buscando apoio para parar de fumar. Na triagem, ele conta que já tentou parar de fumar por três vezes, por conta própria, sem sucesso. E cada vez que voltava, fumava ainda mais. Entretanto, hoje em dia, ele está tendo sintomas físicos de falta de ar e di�culdade para realizar as atividades cotidianas. Durante a primeira consulta, Paulo relata que até os oito anos ele usava chupeta para dormir, e na adolescência roía unha por conta de ansiedade (o que piorava na véspera de provas). A equipe de saúde da família é composta por psicólogos, assistentes sociais, médicos de família, enfermeiros e nutricionistas. Por conta da hipótese de que fatores emocionais estão relacionados ao hábito de fumar, a proposta foi uma avaliação da psicologia. Você, como estagiário, acompanhará esta avaliação, para depois contar na reunião de equipe quais propostas pensaram para Paulo. Pensando na aula de hoje, na perspectiva psicanalítica, como podemos investigar o que impede Paulo de parar de fumar? Na avaliação especí�ca da psicologia, mais dados sobre a questão da oralidade de Paulo vieram à tona, �cando mais claro que aspectos de sua saúde emocional estão ligados a esta fase do seu desenvolvimento. Uma das hipóteses pensadas é uma certa �xação na fase oral. Ao retornar para a discussão em equipe, todos pensam em um acompanhamento medicamentoso para ajudar Paulo nessa empreitada de parar de fumar e em um processo de psicoterapia. A psicoterapia seria mais focada nas questões de desenvolvimento da personalidade de Paulo, buscando entender o que o mantém �xado nessa fase do seu desenvolvimento psicossexual, aumentando seu arsenal de recursos emocionais para lidar melhor com o ato de deixar de fumar. A equipe propõe adicionalmente mudanças comportamentais, como atividade física regular, melhor alimentação e manejo de estresse. Esse modelo mais 03/04/2024, 14:48 wlldd_222_u4_psi_apl_sau https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=leticiamazurmaia%40gmail.com&usuarioNome=LETICIA+DE+ARAUJO+MAZUR+MAIA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3931442&ativid… 5/17 completo de intervenção amplia as chances de Paulo conseguir largar de vez o tabagismo. Interessante pensar assim, não é mesmo? Como a psicoterapia pode ser um recurso adicional para emplacar uma mudança de hábito e melhorar a saúde dos seus pacientes! VÍDEO RESUMO Olá, estudante! No vídeo abordaremos as questões do desenvolvimento da personalidade na perspectiva psicanalítica. Como esse desenvolvimento pode in�uenciar comportamentos que mantemos em nossa vida e que nem sempre são saudáveis? Falaremos também da importância dos mecanismos de defesa e como podemos compreender melhor os pacientes que cuidaremos ao longo da nossa pro�ssão a partir dessa rica perspectiva. Vamos lá? Saiba mais No saiba mais de hoje, sugeriremos para você o livro O que é psicanálise: para iniciantes ou não..., do autor Fabio Herrmann, que faz uma introdução ao tema da psicanálise, caso você tenha mais interesse. Para visualizar o objeto, acesse seu material digital. INTRODUÇÃO Olá, estudante! Hoje, falaremos sobre alguns aspectos em relação a como pro�ssionais de saúde podem interpretar alguns comportamentos percebidos em seus pacientes. Mas, talvez, o mais importante a pensar seja bem básico: o que é comportamento? E ainda: o que é considerado comportamento normal e patológico? Falaremos sobre como esses comportamentos podem interagir com a atenção em saúde mental. Além disso, introduziremos uma classi�cação mais clássica e muito difundida sobreos comportamentos, no viés da psicanálise, que deve facilitar o entendimento inicial dessas questões. Vamos lá? CONHECIMENTO DE NORMAL E PATOLÓGICO SOBRE DIFERENTES PERSPECTIVAS Quando tratamos de atenção à saúde mental, o principal elemento que avaliamos é o comportamento do indivíduo. E mesmo quando pensamos em saúde de uma forma geral, o comportamento do paciente pode ser um determinante importante para sua avaliação e seu tratamento. Falar sozinho, rir sem motivos, introversão extrema, ansiedade, roer unhas, tudo isso são comportamentos que podem dar pistas importantes para o pro�ssional em saúde. Mas, você sabe qual é a de�nição de comportamento? Do ponto de vista psicológico, o comportamento pode ser sintetizado como o modo que o ser humano age perante o seu ambiente. É o conjunto de reações, internas e externas, às interações e renovação propiciadas pelo contato com si mesmo e com o meio em que está envolvido (incluindo o meio social), que ocorrem de Aula 2 ASPECTOS FUNDAMENTAIS PARA O ESTUDO DO COMPORTAMENTO Hoje, falaremos sobre alguns aspectos em relação a como pro�ssionais de saúde podem interpretar alguns comportamentos percebidos em seus pacientes. 29 minutos https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Loader/163868/pdf 03/04/2024, 14:48 wlldd_222_u4_psi_apl_sau https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=leticiamazurmaia%40gmail.com&usuarioNome=LETICIA+DE+ARAUJO+MAZUR+MAIA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3931442&ativid… 6/17 maneira dinâmica, viva (COMPORTAMENTO, 2022). A partir deste conceito, uma consequência que remete ao pai da psicanálise, Sigmund Freud, é a estrutura dos nossos funcionamentos. Funcionamentos são padrões de resposta estabelecidos pelos indivíduos. Geralmente, as pessoas respondem de maneira estereotipada, repetindo alguns padrões usuais. Ele mesmo, Freud, criou três principais eixos de estrutura psíquica que podem determinar funcionamentos e comportamentos: neurótica, psicótica e perversa (FREUD, 2016). O que são eles? • Neuroses: são funcionamentos em que a pessoa �ca com um con�ito psíquico mantido em segredo, oculto, inclusive de si mesmo. Por conta disso, o que incomoda �ca recalcado (escondido), e o sofrimento e suas causas não podem ser claramente identi�cados, ou seja, o indivíduo apenas sente. Por falta da identi�cação da origem, a pessoa pode passar a apresentar sintomas recorrentes (FREUD, 2016). • Psicoses: na psicose, a pessoa vê fora de si tudo o que tem di�culdade de lidar como sendo seu, o problema está sempre externo a ela. É fundamental diferenciar a visão psicanalítica do que a psiquiatria considera um quadro de psicose, que ocorre quando há uma quebra de contato com a realidade, com alucinações e delírios, por exemplo (FREUD, 2016). • Perversões: são formas de obtenção de prazer a partir de relações não comuns, por exemplo, os fetiches. Frequentemente, vêm associadas à recusa em reconhecer um problema, uma dor (FREUD, 2016). Para Freud, uma vez estruturados, esses padrões de funcionamento não podem ser modi�cados, apenas atenuados a partir da busca de ajuda, por exemplo, na psicoterapia. E sempre �ca uma dúvida: o que é normal ou patológico? O que é um comportamento normal e o que é sintoma? Para isso, temos que olhar o conceito de patologia, que é a forma com que de�nimos uma ou mais doenças. Conforme o modelo médico, patologia ou doença é uma estrutura de sofrimento, com características similares, evolução ao longo do tempo, que aumenta riscos para situações especí�cas e responde a tratamentos de diversas maneiras. Todavia, aqui, usaremos um conceito mais amplo de patologia, que vem da psicologia, que inclui os adoecimentos psicológicos, os complexos, onde a patologia está associada ao excesso de um padrão de funcionamento. As pessoas passam a responder de forma quase exclusiva, repetida, e a resposta �ca enraizada e cristalizada em uma das estruturas que vimos aqui (neurose, psicose e perversão). Esse modelo de patologia pode ou não estar associado a um adoecimento médico (CANGUILHEM, 2009). E o que são sintomas? “Na psicologia usamos sintoma para descrever uma forma de expressão de um con�ito psíquico. Este sintoma não necessariamente aparece no contexto de um adoecimento” (CALAZANS; LUSTOZA, 2012, p. 22). E o normal? COMPORTAMENTO NORMAL E PATOLÓGICO Já traçamos uma linha para discutirmos o conhecimento de normal e patológico sobre diferentes perspectivas e falamos um pouco sobre funcionamentos e estruturas de comportamento. Mas, você sabe como eles dialogam entre si? Nós temos como tendência repetir padrões, mesmo que de forma inconsciente. É aparentemente mais fácil. Se funcionou uma vez, seja para nós, seja para alguém que admiramos (como mãe, pai, avô ou tia), a tendência é que aprenderemos a repetir isso. E usamos o mesmo modelo para diversas situações e áreas distintas, isso também é parte de nossa cultura, do nosso aprendizado social. No entanto, quando estamos repetindo algo que pode não fazer bem para nós ou para os outros, devemos manter o comportamento, simplesmente por fazer parte da nossa cultura ou do modelo aprendido em casa? Nossa resposta imediata e racional é "não"! Mas, e quando é um processo tão precoce, tão enraizado que não Epidemiologicamente, baseado na matemática, normal é aquilo que ocorre com maior frequência. Mas a normalidade para a saúde e a psicologia não é apenas isso, envolve tudo que não é considerado patológico seja perante o modelo médico, seja perante o que é considerado patológico para a psicologia. — (WHO, 1946, p. 983) 03/04/2024, 14:48 wlldd_222_u4_psi_apl_sau https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=leticiamazurmaia%40gmail.com&usuarioNome=LETICIA+DE+ARAUJO+MAZUR+MAIA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3931442&ativid… 7/17 conseguimos nem perceber o que fazemos ou pensar em um comportamento diferente? É… Talvez aí �ca mais difícil! Daí surgem as estruturas de funcionamento sugeridas por Freud. Ele, inclusive, fala que elas têm uma origem precoce, na infância. E a questão não é brigar com a pessoa, não é exigir que ela funcione de maneira correta, mas fazê-la entender que aquilo faz mal para ela e pode atrapalhar no desenvolvimento de suas potencialidades. Ela não escolhe funcionar daquela maneira, mas, enquanto pro�ssionais de saúde, será que podemos ajudá-la a entender e repensar esses padrões? Será que temos que ser todos um pouco psicólogos? Será que essas mudanças são fáceis? Não adianta pensar que qualquer um pode ajudar o outro a resolver seus con�itos em um piscar de olhos, nem que basta falar que um problema existe para que ele se dissolva no ar. Por isso, é importante conhecer estes aspectos e dimensões para pensar em como encaminhar e, principalmente, como não cair na armadilha de funcionar como um modelo complementar. Complementar? O que signi�ca? Quando falamos de um complementar, falamos de alguém cujo comportamento sustenta os funcionamentos inadequados de outra pessoa. A parceira que oferece mais bebida para o dependente de álcool, por exemplo. É um erro achar que a gente pode corrigir o funcionamento do outro. No entanto, podemos ajudá-lo nesse processo de busca e descobertas. E aí aparece aquela palavra: normal. A normalidade, entendida como ausência total de sofrimento e de qualquer sentimento negativo, é algo impossível. Algum grau de sofrimento faz parte da existência humana, seja pelas perdas que testemunhamos nos últimos anos, seja pelas coisas que já passaram e deixam saudades. Algum grau de sofrimento faz parte, é considerado normal. Porém, o sofrimento em excesso, que paralisa e bloqueia possibilidades, esse, sim, merece ser entendido e tratado. COMO LIDAR NO DIA A DIA? Já aprendemos que comportamentos são as maneiras como as pessoas reagem ao ambiente. A tendência é que as pessoas respondem de maneiras estereotipadas, com padrões de funcionamento. E que estes funcionamentos podem corresponder a estruturas psíquicas quepodem ou não ser consideradas normais. Agora, podemos pensar em como os pro�ssionais de saúde, de posse dessas informações, podem entender melhor o atendimento de seus pacientes, seja no SUS ou em outros contextos. Ter o domínio destes funcionamentos impacta na prática, não apenas na qualidade do cuidado prestado mas também nas relações humanas dentro dos sistemas de saúde. Se sabemos, por exemplo, que alguém tende a não se responsabilizar pelos seus problemas, por suas eventuais faltas e falhas, sempre se colocando no lugar de vítima, ela não está psicótica no sentido psiquiátrico, mas pode apresentar um funcionamento psicótico do ponto de vista psicanalítico, o que impede que ela desempenhe suas funções ou cuide de sua saúde de forma adequada. E como isso impacta a nossa vida? Temos que entender que este é um funcionamento daquela pessoa (não nosso) e que a questão é fazer que ela perceba o que está fazendo e que pense em possibilidades de mudar determinados padrões de comportamento que podem ser prejudiciais. Não vai adiantar seguir terceirizando responsabilidades. Ela tem que se apropriar do que é dela. Outro exemplo é quando um paciente apresenta uma tendência a não falar claramente de seus sintomas, é comum que ele seja rotulado como "chato" ou "poliqueixoso". Mas, temos que considerar que, muitas vezes, são pessoas que têm di�culdades em expressar seus afetos e seus con�itos. A compreensão destas limitações pode fazer com que consigamos ser mais efetivos no acolhimento e no adequado encaminhamento destes casos. E entre aqueles que apresentam comportamentos dentro da esfera das perversões, temos que ter clareza que, nesses casos, não fazem isso porque são maus, como alguns entendem no signi�cado mais leigo da palavra. Falar em perversão é falar de diversas maneiras de ter prazer, que podem ser prejudiciais ou não à sociedade. Um político corrupto que tem prazer em fraudar, por exemplo, pode impactar negativamente seu grupo. Um paciente pode apresentar uma perversão que aparece no desrespeito a funcionários na unidade, como recepcionistas, exercendo alguma fantasia rudimentar de poder, enquanto apresenta atitudes submissas frente aos médicos. A identi�cação destes potenciais é importante, não apenas para apontar a necessidade de correção deste comportamento por parte do usuário, mas para poder orientar e dar o suporte necessário para os funcionários que eventualmente ele fere. 03/04/2024, 14:48 wlldd_222_u4_psi_apl_sau https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=leticiamazurmaia%40gmail.com&usuarioNome=LETICIA+DE+ARAUJO+MAZUR+MAIA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3931442&ativid… 8/17 Ao mesmo tempo, é importante reconhecer e informar aqueles que não compreendem o fenômeno, seja por serem vítimas, seja por não perceberem o que pode estar por trás de um padrão de funcionamento. Dessa maneira, podemos ajudar de forma mais efetiva os usuários dos sistemas de saúde, não os rotulando, mas compreendendo que eles podem se comportar de uma maneira pouco usual como re�exo de um sofrimento, de um con�ito próprio deles que eles carregam para todas as suas relações. VÍDEO RESUMO No vídeo de hoje, trataremos de conceitos importantes para psicologia como padrões de funcionamento e comportamentos. Já imaginou como entender melhor alguns tipos de comportamentos, que parecem difíceis de lidar, mas que podem ser re�exo de uma dor ou de um sofrimento, pode melhorar o atendimento e as relações humanas? Importante aprender a reconhecer essas situações para conduzir melhor as relações com pacientes e colegas. Vamos nessa? Saiba mais Hoje, daremos a dica do livro Atualização em avaliação e tratamento das emoções: as emoções e seu processamento normal patológico, que fala sobre o conceito que trabalhamos nessa aula, caso você queira ir mais a fundo nesse tema tão interessante. Para visualizar o objeto, acesse seu material digital. INTRODUÇÃO Na aula de hoje, falaremos sobre o processo de envelhecimento e como lidar com as questões que cercam esse momento da vida. Para isso, é fundamental entendermos o que acontece com nosso comportamento diante da realidade do �m do ciclo vital, que modi�cações acontecem no aparelho psíquico e quais cuidados devemos tomar enquanto pro�ssionais de saúde. Investigaremos também como endereçar o processo de envelhecimento dentro do programa de atenção integral à saúde do idoso, quais as possíveis evoluções e como �ca a busca pela autonomia desses pacientes, além de entender as limitações e a possibilidade da promoção do envelhecimento ativo e saudável. SENESCÊNCIA VERSUS SENILIDADE Hoje, falaremos de senescência. Já ouviu esse termo antes? Sabe o que é? A palavra senescência pode ser utilizada como sinônimo de envelhecimento saudável, ou seja, a senescência abrangerá todas as alterações naturais que ocorrem no organismo humano decorrentes da passagem do tempo, sem o aparecimento de doenças. São, portanto, as mudanças decorrentes de processos �siológicos do envelhecimento. Segundo o dicionário, é um processo natural que torna alguém mais velho ou enfrentado por quem está se tornando mais velho; envelhecendo (SENESCÊNCIA, 2022). Aula 3 SENESCÊNCIA Na aula de hoje, falaremos sobre o processo de envelhecimento e como lidar com as questões que cercam esse momento da vida. 32 minutos https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Loader/189664/epub https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Loader/189664/epub 03/04/2024, 14:48 wlldd_222_u4_psi_apl_sau https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=leticiamazurmaia%40gmail.com&usuarioNome=LETICIA+DE+ARAUJO+MAZUR+MAIA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3931442&ativid… 9/17 É importante diferenciar senescência e senilidade. A senescência é re�exo de um envelhecimento normal, como um processo progressivo de diminuição funcional. Já a senilidade tem a ver com o desenvolvimento de uma condição patológica ocasionada por estresse emocional, acidentes ou doenças genéticas e/ou adquiridas. Nessa fase da vida, um dos pontos que merece atenção é a possibilidade da morte. Existe um tabu na nossa sociedade sobre esse assunto e, ao envelhecermos, esse é um tema que passa a ser mais recorrente. Em alguns casos em que existe muito sofrimento em função dessa perspectiva, existe a necessidade de cuidado intensivo e acolhimento. Quando pensamos em morte, precisamos pensar em apego, desapego e luto. Você já ouviu falar da teoria do apego, um modelo psicológico desenvolvido pelo psicanalista John Bowlby (1907-1990)? Ele diz que o apego é inato ao ser humano, todos nascem com esta capacidade. De uma forma geral, nos aproximamos das pessoas de modo instintivo, com a �nalidade de criar vínculos necessários para nossa vida e para a vida dos outros. A ideia central da teoria do apego é descrever a dinâmica das relações interpessoais de longo e curto prazo entre os seres humanos. Quando falamos de adultos, podemos pensar em quatro possibilidades para descrever as formas desse apego (MENDES; ROCHA, 2016). São elas: • Apego seguro: boa autoestima, relações afetivas com os demais, buscam apoio social. • Apego evitativo: pouca emoção nos relacionamentos românticos, di�culdade em compartilhar sentimentos e emoções com os demais, problemas de intimidade. • Apego ambivalente: dependência dos relacionamentos, alta demanda por intimidade, insegurança e baixa autoestima. • Apego desorganizado: di�culdade de relações e afetos signi�cativos, di�culdade em enxergar os outros sem distorções de percepção, comportamentos contraditórios. Já o desapego se refere a uma condição psicológica em que se limita o envolvimento emocional com outras pessoas. Em alguns casos, o desapego emocional pode ser percebido como algo positivo, por gerar uma sensação de proteção em situações e relações geradoras de ansiedade ou estresse indesejados. Sob este ponto de vista, envelhecer bem teria uma relação direta com se desapegar das coisas ao seu redor. Por contadisso, sente-se uma maior liberdade, sem o senso de urgência. E quando esse processo acontece com o luto, o idoso tem maior facilidade para encarar com maior naturalidade o �nal do ciclo de vida. O luto, como a maioria deve conhecer, refere-se ao processo emocional gerado pela perda de algo ou alguém. Luto é um sentimento profundo de tristeza e pesar pela morte de alguém (LUTO, 2022). Na senescência, devemos nos atentar ao processo de memória e suas alterações. A perda da memória no idoso saudável pode acontecer, por exemplo, quando ele passa a se esquecer de fatos mais recentes e lembrar-se dos antigos. Esse quadro pode ser frequente com o avançar da idade para todos os idosos, por isso, é parte da senescência. No entanto, é necessária uma avaliação especí�ca para veri�car se as mudanças na memória podem sinalizar um dé�cit cognitivo importante e progressivo, como nos casos de Alzheimer, o que se enquadraria em um conceito distinto, o de senilidade. PROCESSO DE ENVELHECIMENTO Depois de compreendermos o que diferencia senescência e senilidade, é importante pensarmos no processo de envelhecimento e saber quais são as evoluções e modi�cações do aparelho psíquico. Já vimos a questão de apego e desapego e o quanto esse processo é importante na vida toda. No envelhecimento, não é diferente. Para compreendermos que o envelhecimento é uma questão de saúde pública no Brasil e que precisa de atenção, é bom lembrar que, em 1980, a população com mais de 60 anos correspondia a cerca de 7 milhões de pessoas. Em 1991, esse número passou para 11 milhões, e as projeções para o ano de 2025 apontam, aproximadamente, 34 milhões de indivíduos nessa faixa etária, o que colocará o país na sexta posição entre os países com maior número de pessoas idosas (SCHOUERI; RAMOS; PAPALÉO NETO, 2000). Para aprofundarmos um pouco mais no tema, dividiremos o processo de envelhecimento em alguns tópicos: 1. Morfologia – aparecimento de rugas e cabelos brancos. 2. Fisiologia – acarretam alterações das funções orgânicas. 3. Bioquímica – transformações das reações químicas que se processam no organismo. 4. Psicologia – adaptação às situações do novo cotidiano. 03/04/2024, 14:48 wlldd_222_u4_psi_apl_sau https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=leticiamazurmaia%40gmail.com&usuarioNome=LETICIA+DE+ARAUJO+MAZUR+MAIA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3931442&ativi… 10/17 5. Sociais - diminuição da produtividade (poder físico e econômico). Figura 1 | Senescência Fonte: acervo dos autores. Devido a tantas mudanças em seu corpo, o idoso precisa se adaptar às suas novas funcionalidades, por isso, precisa de muito acolhimento, conhecimento e troca de saberes com outros idosos para observar que suas mudanças também estão presentes nos outros, o que facilita a aceitação e a compreensão dessas novas condições. Um outro ponto a ser considerado é que o envelhecimento da população está ligado diretamente ao aumento da demanda por serviços de saúde e sociais. Sabemos que a possibilidade de envelhecimento mais saudável está intimamente relacionada ao acesso a condições dignas de vida e renda, fator determinante da sua qualidade de vida ao envelhecer (LIMA-COSTA; BARRETO, 2003). Em 1990, o Ministério da Saúde criou o Programa Saúde da Família (PSF), buscando a mudança de um sistema mais assistencial para um sistema integrativo de promoção e prevenção em saúde, com foco no modelo biopsicossocial. Com isso, a família ganha um papel fundamental no processo e o domicílio passa a ser, também, um cenário de assistência, promoção à saúde e prevenção de doenças (SOUZA, 2000). As unidades de PSF contam com equipes multipro�ssionais, compostas, no mínimo, por médico, enfermeiro, auxiliar de enfermagem e agentes comunitários de saúde, e fazem parte do primeiro contato da população com os serviços de saúde, com o intuito de estabelecer uma relação de referência e contrarreferência com outros níveis de assistência (BRASIL, 2001). Como sabemos que di�culdades físicas, psíquicas e sociais podem levar à perda de autonomia do idoso, o PSF é uma estratégia que pode auxiliar na promoção do envelhecimento mais saudável, visando à atenção integral à saúde do idoso. ENVELHECIMENTO ATIVO E SAUDÁVEL Após compreendermos o processo de envelhecimento natural, precisamos falar sobre o processo de autonomia e as possíveis limitações enfrentadas, além de pensar em como garantir uma promoção do envelhecimento mais ativo e saudável, como recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A ideia de um envelhecimento ativo se aplica tanto a grupos populacionais quanto a indivíduos, visando permitir que as pessoas percebam o seu potencial para o bem-estar físico, social e mental ao longo do curso da vida e possibilitando que elas participem da sociedade de acordo com suas necessidades, desejos e capacidades (OMS, 2005). O conceito é bem semelhante à recomendação de saúde e qualidade de vida da OMS, percebe? Na questão especí�ca do envelhecimento ativo, a ideia é ter participação contínua em questões sociais, econômicas, culturais, espirituais e civis, e não se restringe à capacidade física de estar ativo ou de fazer parte da força de trabalho. Assim, o objetivo do envelhecimento ativo é aumentar a expectativa de uma vida saudável e a qualidade de vida para todas as pessoas que estão envelhecendo, inclusive as que são frágeis, �sicamente incapacitadas e que requerem cuidados. 03/04/2024, 14:48 wlldd_222_u4_psi_apl_sau https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=leticiamazurmaia%40gmail.com&usuarioNome=LETICIA+DE+ARAUJO+MAZUR+MAIA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3931442&ativid… 11/17 Por isso, a questão da autonomia e independência durante o processo de envelhecimento é fundamental. O processo de autonomia permite a habilidade de controlar, lidar e tomar decisões pessoais sobre como se deve viver diariamente, de acordo com suas próprias regras e preferências. O processo de independência tem relação com a habilidade de executar funções relacionadas à vida diária, isto é, a capacidade de viver independente na comunidade, com alguma ou nenhuma ajuda de outros, sempre respeitando os limites e a realidade de cada um. Sabemos que, à medida que um indivíduo envelhece, sua qualidade de vida é in�uenciada e fortemente determinada por sua habilidade de manter sua autonomia e independência, não é mesmo? Por conta disso, pensar em uma abordagem do envelhecimento ativo irá se basear no reconhecimento dos direitos humanos das pessoas mais velhas e nos princípios de independência, participação, dignidade, assistência e autorrealização estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU). Com isso, o planejamento estratégico deve deixar de ter um enfoque baseado nas necessidades dos idosos, que considera as pessoas mais velhas como alvos passivos, e passa a ter uma abordagem baseada em direitos. Dessa forma, permitirá o reconhecimento das pessoas mais velhas, principalmente em relação à igualdade de oportunidades e ao tratamento em todos os aspectos da vida. A ideia dessa abordagem é amparar a responsabilidade dos mais velhos no exercício de sua participação nos processos políticos e em outros aspectos da vida em comunidade, em sua cidadania. Pensando de forma mais ampla, o apoio ao envelhecimento ativo afeta toda a sociedade que se encontra em envelhecimento etário, como é o caso do Brasil. Você já pensou que um idoso ativo gera menos despesas para si e para os cofres públicos? Por exemplo, ele gerará: • Menos gastos com tratamentos médicos e serviços de assistência médica. • Menos mortes prematuras em estágios da vida altamente produtivos. • Menos de�ciências associadas às doenças crônicas na terceira idade. • Mais pessoas com melhor qualidade de vida à medida que envelhecem. Logo, programas e políticas de envelhecimento ativo reconhecem a necessidade de incentivar e equilibrar responsabilidade pessoal (cuidados consigo mesmo), ambientes amistosospara a faixa etária e solidariedade entre gerações. Sabemos que as famílias e os indivíduos precisam se planejar e se preparar para o momento em que chega a velhice e, para isso, precisam se esforçar pessoalmente para adotar uma postura de práticas saudáveis em todas as fases da vida. Você já pensou nessas questões em relação à sua própria vida (sim, você envelhecerá também), de seus familiares e da sua comunidade? Se não, nunca é tarde para começar. Em resumo, sabemos que a hora de se preocupar com o envelhecimento saudável da população é agora. E nós, como pro�ssionais de saúde, devemos ser parte ativa nesse processo. Pense nisso! VÍDEO RESUMO No vídeo de hoje, falaremos sobre senescência, tema tão importante em um país que está envelhecendo. Você já ouviu falar sobre isso? Venha conosco pensar em como podemos, de forma pro�ssional, lidar melhor com essa etapa da vida tão importante e na qual todos chegaremos um dia. Vamos lá? Saiba mais Para o saiba mais dessa aula, pensamos em deixar uma cartilha do Ministério da Saúde que trata diretamente da questão do envelhecimento ativo, com críticas, ideias e sugestões sobre como promover esse tipo de realidade em saúde. Leia também o artigo Re�exões sobre a promoção do envelhecimento ativo. Para visualizar o objeto, acesse seu material digital. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/envelhecimento_ativo.pdf https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/envelhecimento_ativo.pdf https://revistas.pucsp.br/kairos/article/view/18506 https://revistas.pucsp.br/kairos/article/view/18506 03/04/2024, 14:48 wlldd_222_u4_psi_apl_sau https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=leticiamazurmaia%40gmail.com&usuarioNome=LETICIA+DE+ARAUJO+MAZUR+MAIA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3931442&ativi… 12/17 INTRODUÇÃO Estudante, bem-vindo à nossa última aula dessa disciplina! Tem sido uma jornada e tanto, não? Hoje, falaremos sobre um tema envolto em tabus: a morte. Como ela é percebida por quem está partindo (quando há tempo para isso) e por aqueles que se relacionam com essa pessoa querida. Este é um tema (a morte, as perdas, o luto) que todos teremos que lidar e que, com certeza, esteve mais próximo de todos nós durante a recente pandemia de Covid-19. Falaremos de situações dolorosas para diversas pessoas, que podem funcionar como gatilhos para o sofrimento emocional para muita gente. Se isso ocorrer com você, procure ajuda, fale com alguém próximo ou busque um pro�ssional. Este assunto, apesar de importante, pode ser difícil e temos que nos cuidar. Em especial, nós, que trabalhamos em saúde, temos que estar de olho em nós mesmos (e nos outros) o tempo todo. O que temos para fazer e como lidar com isso? Veremos e pensaremos juntos nesse nosso último tema! LUTO Quando falamos de morte, é importante começar alinhando um fato importante: não vamos discutir a morte dentro dos princípios da tanatologia (que é a ciência que estuda a morte e os processos �siológicos envolvidos), mas, sim, dialogaremos sobre como as pessoas lidam com ela. Trataremos do luto. “A de�nição do luto (do latim lucto) remete ao sentimento de tristeza, de pesar pela morte de alguém, a lamentação da morte.” (LUTO, 2022, [s. p.]). O luto é uma reação que enfrentamos após um processo de perda ou de morte de uma pessoa querida, e a imagem a que ele geralmente nos remete é a de pessoas velando ou sentindo dor pela partida de alguém. Mas, o luto pode começar antes mesmo do evento morte, no momento que a proximidade dela é anunciada. Aí as reações que podem se seguir foram descritas por diversos autores, porém, talvez, a mais disseminada seja a formulação de uma psiquiatra suíça que posteriormente se radicou nos Estados Unidos, Elisabeth Kübler-Ross. Ela postulou, inicialmente, quatro e, posteriormente, cinco fases de como nós lidamos com a morte: negação, raiva, barganha, depressão e aceitação (KÜBLER-ROSS, 1995) Segundo Kübler-Ross (1995), na negação, a pessoa apresenta di�culdades em aceitar e lidar com a morte ou sua perspectiva, e como defesa ela nega que aquele evento ocorreu ou pode vir a ocorrer. Durante a raiva, as pessoas experimentam uma tendência a externalizar suas frustrações. Este sentimento pode ser direcionado a doenças, a aqueles que cuidam ou cuidaram do enfermo ou a diversas outras pessoas ou situações. As pessoas, durante a barganha, apresentam uma tendência a tentar negociar (com Deus, com os pro�ssionais de saúde, com �guras religiosas, por exemplo) para que aquela situação seja revertida. Durante a fase da depressão, descrita por muitos também como tristeza, as pessoas passam a experimentar este sentimento entrando em contato com seu sofrimento relacionado à perda (ou sua perspectiva) de maneira mais direta e franca. O último estágio é a aceitação, em que a pessoa entra em contato com o fato e passa a lidar com ele como algo de�nido, com dor, mas de maneira mais próxima à realidade. Figura 1 | Fases do luto Aula 4 ASPECTOS RELACIONADOS À FINITUDE DA VIDA Falaremos de situações dolorosas para diversas pessoas, que podem funcionar como gatilhos para o sofrimento emocional para muita gente. 26 minutos 03/04/2024, 14:48 wlldd_222_u4_psi_apl_sau https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=leticiamazurmaia%40gmail.com&usuarioNome=LETICIA+DE+ARAUJO+MAZUR+MAIA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3931442&ativi… 13/17 Fonte: elaborada pelos autores. Apesar de outros autores terem proposto esquemas alternativos, as fases do luto (ou do morrer) de Kübler- Ross seguem uma referência nesse tema. No entanto, os distintos momentos são experimentados e podem ser explicados de maneiras diferentes, dependendo de cada pessoa. Para entender as diferenças, temos que levar em conta as histórias pessoais, os valores e as maneiras como cada um lida com a morte em si. Estas questões estão também diretamente associadas a como cada um lida com sua espiritualidade. Estes fatores in�uenciarão as necessidades individuais para passar por estas fases e conseguir elaborá-las de maneira positiva, evitando o adoecimento (por exemplo, um quadro depressivo) e a não resolução do luto. A VIVÊNCIA DO LUTO Quais tipos de fatores impactam na experiência do luto? O primeiro é a proximidade da pessoa que está passando ou passou pelo processo de morte. Se é a pessoa mais próxima que temos na vida ou nós mesmos, a reação será diferente de saber que quem morrerá é apenas um conhecido. Além disso, como falamos, existe uma questão de perspectiva: se estamos falando da morte de um �lho, a reação será completamente distinta da reação da perda de um pai ou de uma mãe. Em geral, existe uma expectativa de que as gerações nasçam e morram em uma determinada ordem (MORENO, 1975). Entretanto, as pessoas podem experimentar a morte de maneira diferente, baseadas em como elas lidam com a questão da vida, o que passa por relações com a própria existência e com sua espiritualidade. Se determinadas crenças consideram que a vida se encerra no momento que a pessoa morre, outras, como espiritismo e budismo, acreditam em preceitos, como reencarnação e possibilidades de novos encontros. Assim, a maneira que a morte é percebida envolve diversos fatores. Uma mesma pessoa pode lidar de uma maneira com a morte de um pai ou uma avó, mas não lidar da mesma forma com a perda de uma grande amiga. Mesmo o tempo que cada um passará em processo de luto varia. Algumas religiões determinam, inclusive, períodos que devem ser dedicados exclusivamente às lembranças e elaborações acerca de quem partiu, como islamismo e judaísmo (PARKERS, 2001). A partir da compreensão desse sofrimento podemos pensar em como podemos auxiliar quem está em luto. Na tradição cristã, mais comum no Brasil, as diferentes denominações realizam o velório. O papel social do velório envolve a possibilidade de encontrar pessoas, falar sobre as dores, as saudades que virão e, de maneira geral, celebrar a vida da pessoa. Em Nova Orleans, nos EUA, uma tradiçãocatólica local determina que as pessoas sejam cortejadas até o cemitério sob o som de músicas tristes e, a partir da saída do cemitério, o jazz em um tom mais festivo seja privilegiado. Essa variedade de situações se relaciona com a forma com a qual as pessoas lidarão com a notícia de uma doença potencialmente fatal e da morte. Alguns encararão de maneira mais tranquila, e as fases do luto se encaminharão rapidamente para a aceitação. Outras encararão as fases de maneira não linear, indo e voltando entre elas (que não são obrigatórias ou sequenciais), mas o mais preocupante é a possibilidade de a pessoa �car cristalizada (retida) em uma fase especí�ca. As cristalizações ocorrem por diversos fatores, em 03/04/2024, 14:48 wlldd_222_u4_psi_apl_sau https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=leticiamazurmaia%40gmail.com&usuarioNome=LETICIA+DE+ARAUJO+MAZUR+MAIA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3931442&ativi… 14/17 especial, por uma di�culdade em lidar com o processo de morte, seja por não se permitir sentir a dor (ter que ser forte, não sentir a própria dor, por exemplo) ou por adoecimentos psíquicos que podem ocorrer no período (MORENO, 1975). PROFISSIONAIS DA SAÚDE E O LUTO Já falamos sobre o luto e suas fases e como aspectos individuais e culturais impactam as vivências da morte. Agora, o próximo passo é pensar como essas situações podem moldar a rotina e o contato dos pro�ssionais da saúde com os usuários do sistema. Frente a um paciente que sabemos estar enfrentando uma vivência de luto, é essencial mapear qual a situação envolvida, quem é a pessoa, quais as expectativas e os impactos que ela vem sentindo. Entender o contexto em que esta pessoa está inserida, seja como indivíduo ou como parte de uma comunidade, também auxilia nossa avaliação, pois �ca mais fácil pensar em quem poderá ser acionado como parte de uma rede de apoio durante o processo. Ah, mas isso não fará parte da minha função também? Sim, claro! Isso fará parte do trabalho de qualquer pessoa que lidará com o processo de luto de um paciente. Aliás, esse é um cuidado que faz parte da vida de todos nós, tanto em nossa vida pessoal quanto pro�ssional. A�nal de contas, não cabe apenas aos pro�ssionais de saúde mental falar sobre isso, já que a vivência de morte e luto é enfrentada pelos seres humanos desde o início dos tempos. Você já pensou em como poderia ter aplicado esse conhecimento diante das situações de perda de entes queridos que já testemunharam? E, agora, pense em você, como gostaria de ser cuidado se estivesse neste momento? Em geral, as pessoas preferem ser abordadas de uma maneira aberta e franca, mas, muitas vezes, têm medo e di�culdade de perguntar sobre o tema. Imagine como deve ser difícil receber a notícia que você está diante de uma doença terminal, ou que um parente pode morrer a qualquer instante diante de um estado crítico de saúde. Escutar, acolher, ser empático e afetivo e procurar responder ao que está sendo perguntado talvez seja uma boa rota de conduta. Temos que entender e respeitar o momento do nosso interlocutor. Enquanto pro�ssional, é bom lembrar que, para quem está em um momento de luto e sofrimento, ter a sensação de não estar só, sentir-se amparado e saber que há um espaço para fala e para a troca é essencial. O que cada um vai querer nesse momento é muito variável, e a melhor resposta só a própria pessoa pode dar. Alguns querem saber os detalhes, outros preferem desabafar e dizer como a situação parece frustrante e injusta. O medo, a solidão, o abandono e a dor podem ser os focos da conversa. E, às vezes, tudo o que a pessoa quer é o silêncio e uma oração. Devemos sempre ter cuidado para não invalidar a experiência do outro e participar dentro dos nossos limites, evitando forçar ou mesmo falar de nossos referenciais pessoais. A pessoa quer acolhimento e não receber uma lição sobre como ela deveria lidar com a �nitude da vida. Por �m, nos despedimos aqui fazendo o mesmo alerta do começo dessa unidade: nós, pro�ssionais de saúde, entramos em contato com situações potencialmente dolorosas para nós, e para algumas pessoas essas vivências podem funcionar como gatilhos para angústias e sofrimentos. Se isso ocorrer, procure ajuda, fale com alguém querido ou um pro�ssional e busque sempre se cuidar. A gente tem que estar bem para poder cuidar dos outros. Boa sorte e sucesso nessa caminhada! VÍDEO RESUMO No vídeo de hoje, falaremos sobre morte e luto e como essas experiências afetam nossa vida pessoal e pro�ssional. Conheceremos as fases do luto e compreenderemos quais são as melhores possibilidades para lidar com uma experiência. Um tema difícil, mas essencial para todos nós. Vem conosco? Saiba mais Estudante, hoje, trouxemos para você a indicação do livro Vida, Morte e Luto, da autora Karina Okajima Fukumitsu, uma leitura muito interessante sobre as possibilidades e os principais cuidados para o manejo em situações-limite de adoecimento, suicídio e processo de luto. Toda vez que falamos sobre a morte, precisamos também falar sobre a vida. Para visualizar o objeto, acesse seu material digital. https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Loader/159970/epub/0?keep=True 03/04/2024, 14:48 wlldd_222_u4_psi_apl_sau https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=leticiamazurmaia%40gmail.com&usuarioNome=LETICIA+DE+ARAUJO+MAZUR+MAIA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3931442&ativi… 15/17 Leia também os capítulos X e XI do livro Morte e existência humana: caminhos de cuidados e possibilidades de intervenção, que se encontra na biblioteca virtual. Aula 1 FREUD, S. O ego e os mecanismos de defesa. Porto Alegre, RS: Artmed, 2006. FREUD, S. Neuropsicoses de defesa. In: FREUD, S. Obras psicológicas completas de Sigmund Freud: edição standard brasileira. Rio de Janeiro, RJ: Imago, 1996. p. 53-77. FREUD, S. Alguns comentários sobre o conceito de inconsciente em psicanálise. In: FREUD, S. Escritos sobre a psicologia do inconsciente. v. 1. Rio de Janeiro, RJ: Imago, 2004. p. 79-93. FREUD, S. O inconsciente. In: FREUD, S. Escritos sobre a psicologia do inconsciente. v. 2. Rio de Janeiro, RJ: Imago, 2006. p. 13-74. FREUD, S. O recalque. In: FREUD, S. Escritos sobre a psicologia do inconsciente. v. 1. Rio de Janeiro, RJ: Imago, 2004. p. 175-193. FREUD, S. Além do princípio do prazer. In: FREUD, S. Escritos sobre a psicologia do inconsciente. v. 2. Rio de Janeiro, RJ: Imago, 2006. p. 121-198. FREUD, S. O eu e o id. In: FREUD, S. Escritos sobre a psicologia do inconsciente. v. 3. Rio de Janeiro, RJ: Imago, 2007. p. 13-92. FREUD, S. A cisão do eu no processo de defesa. In: FREUD, S. Escritos sobre a psicologia do inconsciente. v. 3. Rio de Janeiro, RJ: Imago, 2007. p. 171-179. HERRMANN, F. O que é psicanálise: para iniciantes ou não... 14. ed. São Paulo, SP: Blucher, 2015. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788521209324/pageid/4. Acesso em: 14 set. 2022. LAPLANCHE, J.; PONTALIS, J. B. Vocabulário da psicanálise. São Paulo, SP: Martins Fontes, 2001. Aula 2 CALAZANS, R.; LUSTOZA, R. Z. Sintoma psíquico e medicina baseada em evidências. Arq. bras. psicol., Rio de Janeiro, v. 64, n. 1, p. 18-30, abr. 2012. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php? script=sci_arttext&pid=S1809-52672012000100003&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 22 ago. 2022. CANGUILHEM, G. O Normal e o Patológico. Trad. Maria Thereza Redig de Carvalho Barrocas. 6. ed. Rio de Janeiro, RJ: Forense Universitária, 2009. COMPORTAMENTO. DICIO, 2022. Disponível em: https://www.dicio.com.br/comportamento/. Acesso em: 22 ago. 2022. FREUD, S. Explicações, aplicações e orientações. In: FREUD, S. Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro, RJ: Imago, 1996. p. 167-191. FREUD, S. Neurose, psicose, perversão. In: FREUD, S. Obras incompletas de Sigmund Freud. Trad. Maria Rita Salzano Moraes. Belo Horizonte, MG: Autêntica Editora, 2016. MIGUEL, F. 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