Urolitíase em cães e gatos _230405_151748

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Urolitíase em cães e gatos
Prof. Rafaela Pisani
ESTÁCIO DE SÁ – CLÍNICA DE CÃES E GATOS 1 
INTRODUÇÃO
• Os sinais clínicos da urolitíase são variáveis, dependendo da localização do 
urólito
• Polaciúria, estrangúria, disúria e hematúria – sinais comuns
• A obstrução por uretrólitos é mais comum em cães machos devido à sua 
uretra mais longa e estreita
• Urólitos mais comuns em cães e gatos: oxalato de cálcio (CaOx) e estruvita
Cão: Cálculos de 
Oxalato de Cálcio
(CaOx)
• Fatores que contribuem para sua
formação: hipercalcemia, uso de 
substâncias calciuréticas: furosemide e 
glicocorticóides
• Dietas com baixo sódio, alta umidade e 
alta [] proteica.
• Comum em cães machos, idosos e 
castrados 
• As raças pequenas como Bichon Frise, 
Schnauzer Miniatura, Lulu da-
pomerânia, Cairn Terrier e Maltês -
maior risco
Cão: Cálculos de Estruvita
• Formados por Mg, Amônia e fosfato
• Maior incidência em fêmeas
• Formam em urina alcalina
• São maiores do que os de cálcio e tem
formato liso
• 2 tipos: Estéril e induzida por infecção: 
geralmente por Staphylococcus intermedius
ou, menos comumente, por Proteus
• Bactérias possuem a habilidade de hidrolisar 
a ureia em amônia e dióxido de carbono
• Essa reação aumenta o pH da urina e torna o 
amônio disponível para a formação de 
cristais de fosfato de amônio magnésio
Cálculos de urato
de Amônio
• Se formal devido a maior quantidade
de ácido úrico na urina ou quando
não há conversão de ácido úrico em
alontoína
• Pode ser resultado de hepatopatias
• Comum na raça Dalmata ( Possuem
deficiência no transporte hepático
de ácido úrico e baixa reabsorção
tubular de ácido úrico)
• Dieta com restrição proteíca
Nos gatos:
• Raças Himalaia e Persa foram descritos 
mais frequentemente por apresentarem 
um maior risco relativo para cálculos que 
contém componentes de estruvita e CaOx
• Gatos machos aparentam ser mais 
predispostos a cálculos de CaOx
• Gatos com urólitos de estruvita 
geralmente são mais jovens do que 
aqueles com cálculos de CaOx
• A bexiga é a localização mais comum em 
ambos os tipos de urólitos
Manejo Terapêutico - Urolitíases
Estruvita, urato ou cistina, pode-se tentar a dissolução (pacientes estáveis)
Não há protocolo de dissolução para cálculos de CaOx
Uso de amitriptilina (antidepressivo tricíclico) -> facilitar a passagem de plugues uretrais em 
gatos
Amitriptilina inibe as contrações da musculatura lisa facilitando sua eliminação
Quando houver azotemia ou pielonefrite, a cirurgia ou técnicas minimamente invasivas (p. ex., 
stents ureterais) devem ser consideradas para a restauração do fluxo urinário.
Diretrizes
para manejo
de urólitos -
ACVIM
• Urólitos de estruvita devem ser dissolvidos
com medicamento
• Urólitos associados à sinais clinicos devem
ser removidos (procedimentos
minimamente invasivos)
• Urólitos não associados à sinais clínicos, 
grandes ou irregulares para passar na uretra
devem ser monitorados. Caso tenha sinais
clínicos realizar a retirada
• Não é indicada realizar cirurgia uretral. Os
urólitos devem ser reposicionados na bexiga
Intervenção precoce com procedimentos 
cirúrgicos ou minimamente invasivos é 
provavelmente indicada para manter um rim 
funcional
Varia de acordo com: O número de urólitos, o 
grau de obstrução, a experiência do cirurgião e 
a disponibilidade de equipamento adequado
Ureterotomia com colocação de stent para 
reduzir tecido de cicatrização e reobstrução
Manejo Cirúrgico -
Urolitíases
O stent foi colocado de modo que as bobinas do stent estão 
localizadas na pelve renal e na bexiga urinária.
Manejo Calculos de 
Oxalato de Cálcio
1. Remover de todos os cálculos e realizar 
radiografias para ter certeza de que todos os 
cálculos foram removidos
2. Enviar todos os urólitos para análise 
cristalográfica quantitativa.
3. Avaliar a concentração de cálcio sérico
4. Avaliar outras comorbidades (que impeçam 
o uso da ração)
5. Escolher uma dieta ( Urynary, ossalati) 
6. Reavaliar após 1 mês de tratamento –
Urinálise e Rx
Aumentar
ingesta de água
do Paciente
• Dietas enlatadas contêm 
aproximadamente 85% de umidade 
(pp gatos)
• Caso isso não seja prático, iniciar 
adicionando água à dieta seca
• Iniciar com 1 xícara de água/1 xícara 
de ração seca
• Uso de fontes, colocação de mais 
potes de água 
• Ajustar a ingestão hídrica ou 
considerar a adição de sal, caso 
necessário 
• Avaliar a DU e sedimentos (EAS)
Uso medicamentos – Oxalato de 
Cálcio
• Hidroclorotiazida (2 mg/kg [VO] 
BID cães; 1 mg/kg VO BID gatos)
Diminuir a excreção de cálcio pela 
urina
• A concentração sérica de cálcio 
deve ser avaliada logo após o início 
desse fármaco, para garantir que 
não ocorrerá hipercalcemia
• Citrato de potássio (50-75 mg/kg 
VO a BID para cães e gatos)
O citrato pode se complexar ao 
cálcio, diminuindo assim a 
concentração urinária de oxalato de 
cálcio
	Slide 1: Urolitíase em cães e gatos
	Slide 2: INTRODUÇÃO
	Slide 3: Cão: Cálculos de Oxalato de Cálcio (CaOx)
	Slide 4: Cão: Cálculos de Estruvita 
	Slide 5: Cálculos de urato de Amônio
	Slide 6: Nos gatos:
	Slide 7: Manejo Terapêutico - Urolitíases
	Slide 8: Diretrizes para manejo de urólitos - ACVIM
	Slide 9: Manejo Cirúrgico - Urolitíases
	Slide 10: Manejo Calculos de Oxalato de Cálcio
	Slide 11: Aumentar ingesta de água do Paciente
	Slide 12: Uso medicamentos – Oxalato de Cálcio