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Respiratório_230726_160837

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Principais afecções das vias aéreas 
superiores de cães e gatos. 
Trato superior: Naringe, Nasofaringe, 
Laringe e Traqueia. 
Nos cães braquicefálicos tem a presença de 
narinas estenosadas (fechada), cavidade 
nasal reduzida, palato longo e traqueia 
hipoplásica. 
Fisiologia da cavidade nasal 
Serve para passagem de ar. 
Termorregulação (dissipar calor). Cães 
braquicefálicos tem a dificuldade possuem 
dificuldades em dissipar, pois a troca de ar 
é difícil, e em situações de calor piora. 
Olfação, pois cães e gatos tem mais 
receptores para cheiros. 
Proteção: turbinados e sistema mucociliar. 
Bactérias na região do nariz. 
Umidificação e aquecimento (ar em contato 
com a mucosa nasal). 
Exame físico. 
Na avaliação do nariz faz avaliação de: 
》 Teste de fluxo de ar: avalia se as duas 
narinas estão soltando ar, caso não tenha 
ar pode ser uma obstrução uni ou bilateral. 
》Palpação 
》Inspeção: simetria e assimetria. 
》Avaliar se tem secreção, pois é o 
principal sinal clínico de doenças de 
cavidade nasal. 
》Cor da secreção 
》Averiguar se a secreção é uni ou 
bilateral. 
》Ausculta laríngea. 
》Avaliação da cavidade nasal. 
 
 
 
Tipos de secreção. 
Serosa (transparente): fisiológica, alérgica 
e viral. 
Mucopurulento: puxa-puxa, comum nas 
rinites linfoplasmocitária (rinite 
inflamatória). 
Purulenta (pus): associada algum tipo de 
infecção, secreção voa. 
Sanguinolenta (epistaxe): neoplasia, 
fúngica, corpo estranho, hemoparasitose, 
distúrbio de coagulação. 
Sinais clínicos. 
》 Secreção uni e bilateral. 
》 Espirros, coceira (podendo ser rinite). 
》 Dor no focinho. 
》 Descoloração das narinas. 
》 Deformidade facial. 
》 Estridores e estertores. 
》 Sinais sistêmicos. 
》 Sinais neurológicos (raros). 
Ruídos extra-torácicos audível sem 
estetoscópio. 
Estertor (perecido com ronco): vibração de 
tecido flácidos ou obstrução de cavidade 
nasal ou faríngea. Tem alteração no palato 
mole (palato alongado), obstrução de 
nasofaringe. 
Estridor (parecido com assobio): som 
agudo, estreitamento da cavidade nasal ou 
vibração do tecido rígido como a laringe 
(som clássico de paralisia de laringe). 
Exame físico. 
》 Simetria facial (aumento de volume). 
》 Avaliar a cavidade oral (dentes, 
gengiva e palato). 
》Linfonodos ( principalmente 
submandibulares). 
》Olhos ( buftalmia causada por doença 
de cavidade nasal). 
OBS: Buftalmia-> olho pra fora. 
Exames Complementares 
● Imagem. 
1- Radiografias (LL, VD/DV boca aberta; 
tangencial) + sedação 
● Diagnósticos Diferenciais: 
Rinite não destrutiva → Acúmulo de fluido 
→ Obscurecimento do padrão trabecular 
das coanas Ex.: rinite crônica canina 
Rinite destrutiva → Destruição turbinados 
→ Osteomielite→Massa Ex.: aspergilose 
nasal e neoplasia. 
OBS: Rinite é a inflamação da cavidade 
nasal. 
2- Tomografia Computadorizada. 
Avaliação anatômica e de estruturas em 
detalhes (turbinados, septo, palato). 
Mais precisa do que RX. 
 3- Ressonância Magnética. 
Avaliação melhor de estruturas moles. 
Alto custo. 
4- Rinoscopia. 
Avaliação visual da cavidade nasal por 
meio de um endoscópio rígido ou flexível ou 
um cone otoscópico. 
Visualizar e remover corpos estranhos. 
Avaliar macroscopicamente a mucosa 
nasal quanto à presença de inflamação, 
erosão das conchas nasais, lesões de 
massa, placas de fungos e parasitas. 
Auxiliar na coleta de amostras para exame 
e cultura histopatológicos. 
Rinoscópio: Rígido (pega cavidade nasal e 
narina) ou flexível (vai até os pulmões). 
 
 
Exames Laboratoriais 
Hemograma completo (epistaxe-
sangramento). 
Perfil de coagulação (epistaxe) 
Fator de Von Willebrand (epistaxe) 
Exames erliquiose e leishmaniose (epistaxe) 
Suspeitas de doenças sistêmicas com 
manifestações de sangramento em 
cavidade nasal. 
Pólipos Nasal 
Pólipo não é um tumor, mas é um nódulo 
benigno, ou seja, não tem crescimento 
celular. São massas nasais, como se fosse 
carne no nariz. 
Acomete animais Jovens. 
Cão x Gato 
Localização bem precisa. 
 Recidivas – quanto maior pior o 
prognóstico . 
Necessidade de medicação continua. 
● Tratamento Clínico e Cirúrgico (Uso de 
corticosteroides oral, nasal) 
● Diagnóstico 
Tomografia 
Rinoscopia 
Histopatológico (sempre enviar para fazer 
diferencial de tumores). 
Neoplasias Nasais 
1% das neoplasias caninas. 
Carcinomas: 2/3 das neoplasias nasais. 
Animais de meia idade a idosos. 
Linfoma em gatos. 
Cães > Gatos. 
Coinfecção fúngica: 30-40%. 
Secreção Nasal (começo mucopurulenta – 
sanguinolenta). 
Rinites 
Inflamações da cavidade nasal. 
Rinite Fúngica. 
Rinite Inflamatória-> Polipóide 
(hiperplasica), LP, eosinofílica, 
parasitária->faz a biópsia para descobrir 
qual tipo de rinite. 
Rinite Bacterinana. 
Rinite Viral. 
Sinais Clínicos – Rinite 
Espirro. 
Secreção nasal. 
Prurido. 
Tosse. 
Espirro reverso-> espirro pra dentro 
(obstrução nasofarínge). 
Rinite Inflamatória 
Alta incidência. 
Cães e gatos. 
Adultos Jovens e meia idade. 
Secreção nasal Uni ou Bilateral. 
Diagnóstico (Rinoscopia + HistoP). 
Não há CURA. 
● Tratamento: 
Hixizine (Dose 2,2 mg/kg BID). 
É usado em doenças alérgicos das vias 
aéreas, rinites, prurido e outros processos 
alérgicos. 
Alergovet-Clemastina (Dose 0,05-0,5 
mg/kg). 
Controle de alguns tipos de reações 
alérgicas, mediados pela histamina-
prurido, urticária, dermatite alérgica e 
picadas de insetos. 
 Corticoide oral: Prednisolona 
(1mg/kg/SID 5-7d). 
Corticóide Inalatório: eleição -> 
Propionato de fluticasona (1 jato BID 15 
dias e depois SID). 
Exerce atividade antiflamatória potente 
nos pulmões. Reduz sintomas e as 
exacerbações da asma em pacientes 
previamente tratados com 
broncodilatadores isolados ou com outra 
terapia profilática. 
Inalação com soro ou corticoide - 
Acetilcisteína (10mg/kg/SID VO). 
É um expectorante indicado para quando 
se tem dificuldade para expectorar e há 
muita secreção densa e viscosa. 
Clenil HFA Dose: 0,5 flaconete +5mls de 
soro fisiológico ->corticoide)-É destinado 
ao tratamento e prevenção da asma 
brônquica e bronquite, bem como nos 
processos inflamatórios das vias aéreas 
superiores (como nariz, garganta e 
brônquios). 
Clenil® HFA contém um anti-inflamatório 
de ação local (dipropionato de 
beclometasona), que controla a inflamação 
dos brônquios, reduzindo o inchaço e a 
secreção exagerada de fluidos, evitando 
aos poucos o surgimento da falta de ar. 
Administrado por inalação, o dipropionato 
de beclometasona atua exclusivamente 
sobre as estruturas da árvore respiratória. 
Em decorrência deste fato, desde que 
obedecidas as doses indicadas, não 
ocasiona efeitos sistêmicos e não interfere 
nas funções da córtex da glândula 
suprarrenal. Uma melhora significativa 
ocorre, geralmente, em poucos dias de uso 
da medicação, mas pode ser necessário de 
uma ou duas semanas de tratamento para 
que sua ação seja observada. Os efeitos 
terapêuticos desse medicamento não são 
percebidos na hora do uso, portanto não 
deve ser usado como medicamento de alívio 
durante crises de falta de ar. 
O efeito de Clenil® HFA aparece em um 
prazo maior (duas a três semanas) depois 
do início do tratamento, ajudando a 
prevenir e tratar as inflamações das vias 
respiratórias (tais como asma e bronquite). 
OBS: Prednisolona (mais segura) ela já vai 
pronta para ser metabolizada no fígado, 
ou seja, medicação pronta para o 
organismo X Prednisona precisa ser 
transformada em prednisolona para ser 
transformada, e traz mais efeito colateral 
no fígado. 
Resumo Terapias 
● Rinite: 
Corticóide oral. 
Corticóide inalatório. 
Ciclosporina (imunossupressor). 
Remover agentes externos. 
● Neoplasias: 
Corticoide oral. 
AINE. 
Radioterapia. 
Cirurgia. 
Antibiótico. 
● Pólipos: 
Corticoide oral. 
AINE. 
Corticoide inalatório. 
Cirurgia. 
Síndrome das vias aéreas braquicefálicas 
Tem anormalidades anatômicas que 
permitem com que o animal desenvolva 
mais doençasdo que um cão normal. 
As normalidades anatômicas são: narinas 
estenosadas, nasofaringe reduzida (não 
tem espaço para o ar passar), palato 
alongado, traqueia hipoplásica e corneto 
nasal caudal aberrante. 
Tem como consequências: esforço 
inspiratório aumentado, pode levar à 
eversão dos sáculos laríngeos e colapso da 
laringe. 
Tratamento 
Ressecção do palato mole: retira o palato 
alongado. 
Alargamento das narinas. 
Vestibuloplastia. 
Perda de peso. 
Considerações pós-operatório. 
● Aspectos Clínicos: 
Respiração ruidosa . 
Estertores. 
Aumento de esforço inspiratório. 
Cianose e síncope (desmaio rápido por 
conta da falta de oxigênio pontual, 
podendo ser cardiológica ou respiratório). 
São exacerbados com exercício, excitação e 
altas temperaturas ambientais. 
● Complicações possíveis: 
Edema e inflamação secundária da 
mucosa da laringe e faringe. 
Aumento da eversão dos sáculos da laringe 
ou o colapso da laringe. 
Estreitamento maior da glote, exacerbando 
os sinais clínicos. 
Infecção do trato respiratório superior em 
felinos 
● Causas Virais ( >90% dos casos): 
Herpes vírus Felino (HVF) – Vírus da 
rinotraqueíte: É uma doença viral que tem 
sinal clínico para cada animal. Quando se 
fala de rinotraqueite, é importante 
diferenciar qual tipo de vírus, e o herpes 
vírus felino é o causador, porém ele pode 
vim associado com Calicivírus Felino 
(CVF), e também Bordetella 
bronchiseptica, Chlamydophila felis e 
Mycoplasma 
O herpes vírus leva a lesões irreversíveis de 
epitélio nasal e destruição de turbinados, 
recorrência de infecção respiratória e rinite 
crônica. 
- Calicivírus Felino (CVF): tropismo com 
mucosa, como gengivite, estomatite e úlcera 
na mucosa. 
Menos Comum: Bordetella bronchiseptica e 
Chlamydophila felis e Mycoplasma 
Formas de contaminação: direto com o 
doente e fômites contaminados • Gatos 
jovens e imunossuprimidos (FIV/FELV) 
mais predispostos. 
Sinais Clínicos 
Agudo (+comum). 
Crônico Persistente (Contínuo). 
Crônico Intermitente (Intercalado). 
As alterações são: febre, espirros, secreções 
nasais mucopurulentas, conjuntivite, 
anorexia, desidratação e hipersalivação. 
Sinais clínicas dos vírus. 
● HVF (herpes vírus felino). 
Ceratite ulcerativa-> machucados oro 
nasal, afeta o olho (animal não consegue 
abrir). 
Aborto e morte neonatal. 
Sinais dermatológicos. 
● CVF (calcivírus felino) 
Estomatite ulcerativa. 
Pneumonia branda. 
Poliartrite. 
● Chlamydophila (clamídia) 
São comumente associadas à conjuntivite. 
 
 
Diagnóstico da rinotraqueite. 
1. Histórico 
2. Exame Físico 
3. Testes Específicos: ajuda entender casos 
pontuais como, PCR (Swab da orofaringe, 
conjuntiva, secreção nasal). 
 - Pacientes Vacinados ( até 90 dias pode 
dar falso positivo). 
 - Falsos negativos – pouco conteúdo da 
coleta. 
4. Radiografia. 
5. Tomografia (descartar outras causas: 
pólipo, neoplasia). 
Tratamento para rinotraqueite. 
1. Suporte nos casos agudos 
(Expectorante: acetilcisteína 5-
10mg/kg/BID oral Não usar 
inalatório por conta da 
broncoconstricção). 
2. Reidratação e nutrição. 
3. Limpeza das narinas com soro 
fisiológico (jatos com seringa 3,4x 
ao dia). 
4. Uso de antiviral caso HVF -1: 
Fanciclovir (90mg/Kg/BID) 
Penvir®. 
5. Antibióticos: Amoxicilina 
(22mg/kg/TID ou BID) e na 
suspeita de infecção concomitante 
de Bordetella, Chlamydophila, 
Mycoplasma spp., a Doxiciclina (5-
10 mg/kg/BID) dados por via oral 
e seguidos de um bolus de água, 
pois pode causar esofagite. 
6. Lisina (500 mg/gato BID)-Inibe a 
replicação viral – Pouco efeito 
comprovado. 
7. Interferon-ômega recombinante 
felino ou de interferon α-2b 
humano recombinante. 
Tratamento conjunto 
1. A infecção por Chlamydophila deve ser 
suspeitada em gatos com conjuntivite 
primária e em gatos de gatis nos quais a 
doença é endêmica. 
2. Antibióticos por via oral são 
administrados por um mínimo de 42 dias. 
3. Indica-se a aplicação de pomada 
oftálmica com cloranfenicol ou tetraciclina 
ao menos três vezes ao dia por um período 
mínimo de 14 dias após a regressão dos 
sinais. 
4. Atropina tópica é utilizada para 
midríase conforme necessário para o 
controle da dor. 
5. Inalação com Solução fisiológica/ 
Umidificadores. 
Prevenção 
Minimização da exposição aos agentes 
infecciosos 
Reforçar a imunidade contra infecções 
● Vacinação: 
 Vírus atenuado. 
Tríplice ou quádrupla felina. 
Não usar gestantes. 
Filhotes: 1º dose: 6 semanas – Repetir cada 
4 semanas até 16 semanas – Primeiro 
reforço: 6 meses a 1 ano – Reforço a cada 3 
anos (anual em alto risco) 
Adultos: 2 doses com 1 mês intervalo –> 
Reforços idem anterior. 
IMPORTANTE: Não se deve vacinar gato 
no dorso (pescoço), deve-se fazer nos 
membros. 
Cuidados de manejo (gatis e abrigos) 
Separação de indivíduos doentes. 
Quarentena. 
Manejo ordenado. 
Filhotes → adulto saudável → quarentena 
→ isolamento. 
Limpeza e desinfecção. 
Ventilação Ambiental. 
Imunização geral e específica. 
Principais afecções das vias aéreas 
Inferiores nos cães e gatos. 
Doenças de traqueia, brônquios, 
bronquíolos, alvéolos, interstício e 
vasculatura dos pulmões. 
Bronquite é a inflamação dos brônquios, e 
essa inflamação faz ter exsudato. 
Deficiência na oxigenação sanguínea: 
dificuldade respiratória, intolerância ao 
exercício, fraqueza, cianose ou síncope. 
Principal Sinal Clínico associado: TOSSE. 
Tosse importante reflexo protetor das vias 
aéreas inferiores. 
● Tipos de tosse: 
Produtiva: com presença de secreção, 
muco, exsudato, sangue. 
Improdutiva: tosse seca proveniente, a 
maior parte das vezes, das bronquites e 
das tosses cardíacas. 
Tosse seca relacionada: alteração 
inflamatória nas vias respiratórias 
superiores, como na faringite e na 
laringite, podendo ocorrer também nas 
traqueítes. 
Tosse úmida ou produtiva relacionada: 
Aumento de exsudato broncopulmonar, 
como nas broncopneumonias, pois o 
líquido inflamatório se movimenta nas 
vias respiratórias com a respiração, 
estimulando a tosse. 
Tosse cardíaca: seca; frequente no exercício 
e no repouso; tosse a noite (maior agitação, 
presença dos tutores); aumento do átrio 
esquerdo (degeneração mixomatosa da 
valva que comprime o brônquio); 
insuficiência ventricular esquerda e 
dirofilariose. 
Tosse respiratória: ruidosa; infrequente 
(frequente só em exercício); irritação ou 
colapso traqueal; doença inflamatória ou 
infecciosa; presença de espirros e descarga 
nasal. 
 
 
Exame Clínico 
Inspeção: Reflexo da tosse ( Beliscamento 
do anel traqueal, obliteração do ar 
inalado) e Verificar o tipo respiratório 
(toracoabdominal) 
Palpação: -Tórax ( dois lados) :Avaliar 
presença de depressões, fraturas, aumento 
de volume 
Percussão: Nos seios paranasais e no tórax. 
Auscultação: Frequência respiratória em 1 
min (2040mpm). 
Colapso de traquéia 
Estreitamento do lúmen traqueal resultante 
do enfraquecimento dos anéis 
cartilaginosos, do excesso da membrana 
traqueal dorsal, ou de ambos. 
Causa: predisposição congênita que pode 
ser exacerbada por uma doença 
inflamatória posterior ou outro fator 
exacerbante ou consequência de 
inflamação crônica de vias aéreas. 
● Apresentação clínica: 
Tosse crônica. 
Dispneia. 
Ronqueira (som extra-tórax). 
Assintomáticos ou agudização de um 
evento crônico. 
● Diagnóstico: 
 RX de tórax (múltiplas projeções)-> não 
confirma a doença, pois depende se o 
animal esta espirando ou aspirando. Se no 
raio-x der negativo, não se deve descartar 
a doença. 
Broncoscopia. 
Exame negativo não descarta a doença. 
Tratamento clínico. 
Glicocorticóides (prednisona, 0,5-1mg/kg 
BID, 3-5 Dias, então diminuir e 
descontinuar dentro de 3 a 4 semanas). 
Broncodilatadores (bronquite crônica 
associada) 
Antitussígenos (Codeína 1-2mg/kg/dia 
SID, BID; Butorfanol 0,5mg/kg/bid). 
Medicações que melhoram a morfologia. 
Condições agravantes/ comorbidades. 
Cuidados: Coleiras devem ser substituídas 
por peitorais e os proprietários devemser 
aconselhados a evitar que seus cães 
passem calor. 
● Cirúrgico: 
Colocação de stent/prótese traqueal deve 
ser considerada para cães com colapso que 
não respondem mais ao tratamento 
médico, usualmente em decorrência da 
dificuldade respiratória. 
Os stents autoexpansivos e feitos de ligas de 
níqueltitânio. 
Intra-luminal. 
Bronquite Crônica 
É um processo inflamatório bronquial, e 
tem como reflexo a tosse. 
Tosse Crônica ( mais de 2 meses) 
consecutivos em 1 ano, na ausência de 
outra doença ativa. 
Etiologia obscura pois não se conhece a 
origem da bronquite. A bronquite vem 
devido a algum dano que o animal teve 
inicialmente, como por exemplo, uma 
pessoa com rinite tende desenvolver a 
bronquite alérgica e se desenvolver a 
bronquite crônica. 
Alterações histopatológicas: Fibrose; 
hiperplasia epitelial; hipertrofia 
glandular; infiltrado inflamatório. 
● Fisiopatogenia: 
Dano à mucosa → hipersecreção de muco, e 
obstrução de vias aéreas → impedem o 
transporte normal do muco ciliar, e 
mediadores inflamatórios aumentam a 
resposta às substâncias irritantes e aos 
organismos. 
Para a bronquite acontecer precisa ter um 
dano, e esse primeiro dano acontece os 
processos inflamatórios que levam a 
bronquite crônica. 
Aspectos Clínicos 
Cães de pequeno porte. 
Tosse cronicamente progressiva. 
Ausência de sinais sistêmicos. bronquite 
não causa febre, apatia, prostração. Se o 
animal apresentar esses sintomas, pensar 
em pneumonia. A pneumonia é um termo 
agravante da bronquite, o animal pode ter 
a bronquite e ter pneumonias recorrentes. 
Creptações e Sibilos. 
Insuficiência respiratória. 
Complicações importantes: Bronquiectasia; 
Exacerbações bacterianas. 
Diagnóstico. 
● RX de Tórax: 
→Sensibilidade Limitada →Padrão 
Bronquial é a imagem circular = Dunuts 
(brônquio transversal) →Úteis para excluir 
outra doença ativa e para identificar 
doenças concomitantes ou secundárias. 
Bronquiectasia (muco no interior do lúmem 
traqueal levando à dilatação permanente). 
Fazer uma broncoscopia feito com 
rinoscópio pegando no brônquio para ver 
para avaliar a qualidade do muco. 
Indicação: diagnóstico incerto 
Coletar antes da terapêutica. 
Hiperemia e muco excessivo. 
Inflamação neutrofílica que vai vim na 
histopatológica (Diagnóstico definitivo). 
● Terapêutica: 
 1. Tratamento individualizado. 
2. Terapia glicocorticoide → Prednisona 
1mg/kg BID e redução. 
 
→ Terapia por aerossol 
(Respirar por 20segundos 2x, Clenil 50 (até 
5kg, ou 250 >5kg ) BID. 
3. Terapia broncodilatadora → 
Aminofilina 11mg/kg TID. 
Salbutamol (bombinha-aerolim) ou 
Terbutalina (agonista beta 2 adrenérgico) 
Xarope: pode dar agitação. 
4. Terapia antitussígena → Codeína 0,5 a 
2mg/kg TID. 
Não é indicada por ser um mecanismo de 
proteção. Indicado em cães com perda de 
qualidade de vida. 
Caso trate a bronquite crônica e o animal 
continua apresentando falta de ar, apatia, 
febre, piora da tosse, padrão alveolar, 
exacerbação bacteriana e leucocitose com 
desvio e neutrófilos tóxicos pensar em 
pneumonia pois na bronquite não tem 
febre. 
Pensa-se mais na pneumonia em animais 
imunodeprimidos como fiv/felv positivo, 
neoplasia. 
->Exacerbação bacteriana: pneumonia. 
Uso de: Amoxicilina com CP 20mg/kg BID 
ou TID. 
Cefalexina 30mg/kg BID. 
Sulfametoxazol com trimetoprim 20mg/kg 
BID 
-> Quadro Clínico moderado a grave 
Internação e terapia IV. 
Ceftriaxona 25 – 50mg/kg SID ou BID. 
Meropenem 8mg/kg TID (sepse). 
Cefalotina com fluorquinolona / 
gentamicina. 
Amoxicilina com CP com ou sem 
fluorquinolona. 
 
 
 
Pneumonia Bacteriana 
Bactérias comuns isoladas: Bordetella 
bronchiseptica, Streptococcus spp., 
Staphylococcus spp., Escherichia coli, 
Pasteurella spp., Klebsiella spp., Proteus 
spp. e Pseudomonas spp 
Infecções oportunistas. 
Fatores Primários: investigar sempre! 
Aspiração; Broncopatias; Infecção viral; 
Imunossupressão sistêmica (FIV, FELV). 
● Aspecto Clínico: 
 Tosse. 
 Secreção nasal. 
Intolerância ao exercício. 
Dispneia / taquipneia. 
Sinais sistêmicos (perda de peso, febre, 
falta de apetite). 
● Exames de sangue: 
Neutrofilia com desvio à esquerda. 
Neutrófilos tóxicos. 
Leucocitose. 
● Exames de imagem: 
RX Tórax. 
Padrão alveolar crânio-ventral. 
Consolidação pulmonar. 
● Recomendação Terapêutica: 
->Quadro clínico brando 
Amoxicilina com CP 20mg/kg TID. 
Cefalexina 30mg/kg TID. 
Quadro clínico moderado a grave 
(bacteremia) 
Internação e terapia IV. 
Ceftriaxona 25 – 50mg/kg SID ou BID. 
Meropenem 8mg/kg TID (sepse). 
Cefalotina com 
fluorquinolona/gentamicina. 
Amoxicilina com CP com ou sem 
fluorquinolona. 
Asma Felina 
Vias aéreas mais reativas e tendem a 
apresentar maior broncoconstrição do que 
as dos cães (Broncoespasmo). 
1 a 5% da população. 
Gatos adultos jovens ( média 4-5anos). 
->Crônica: Tosse intermitente, esforço 
expiratório, de longa duração, sinais 
sistêmicos ausentes. 
->Aguda: Esforço expiratório; boca aberta, 
Ortopnéia, Cianose, Creptação e sibilos. 
● Fisiopatogenia: 
Exposição ao antígeno (pólen, poeira, 
fumaça) -> Células dendríticas -> 
Apresentação ao linfócito t1-helper -> 
Ligação em mastócitos e basófilo -> 
Exposição adicional (2° exposição) -> 
Degranulação (histamina e serotonina). 
● Diagnóstico: 
RX de tórax. 
Hiperinsuflação com aplainamento 
diafragma (resultado do aprisionamento 
do ar). 
Atelectasia lobar- padrão de 
broncoconstrição. 
Padrão bronquial. 
Normal (pois os sintomas podem preceder 
as alterações radiográficas e as 
radiografias não detectam alterações 
moderadas em vias aéreas). 
● Tratamento: 
Corticoides Potente ação anti-inflamatória 
1.Paciente estável: 
→ Prednisolona esquema decrescente. 
→Fluticasona 110µg inalação BID 
decrescente (2 “pufs”/ 7-10 mr) (Espaçador 
pediátrico). 
 
2.Broncodilatador (associado) – crise 
aguda. 
→Terbutalina 0,01 mg/kg SC ou IM cada 4 
horas. 
→Salbutamol 100 µg inalação cada 30 a 
60 min (AEROLIM). 
3. Paciente instável: crise 
Dexametasona pois ela é mais potente, tem 
ação específica, duradoura e vai tirar o 
animal da crise na hora. Aumentar a dose 
do prednisolona. 
Oxigenioterapia em situações emergenciais.

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