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Sistema Cardiovascular DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS Por Rafaela Fontana de Souza Sumário Introdução Circulação Sistema Circulatório Coração -átrios e ventrículos -valvas -estrutura da parede cárdiaca -pericárdio Sangue Artérias da circulação pulmonar Artérias dacirculação sistêmica Veias Histologia dos vasos sanguíneos Sistema linfático Débito Cardíaco Resistência vascular Volume e pressão Ciclo cardíaco Condução cardíaca Inervação do coração Marca passo Sons cardíacos Exercícios Introdução O sistema circulatório compreende o coração, os vasos sanguíneos e os vasos linfáticos. O coração é a bomba muscular do sistema circulatório. Os vasos sanguíneos, que consistem em artérias, capilares e veias, formam um sistema contínuo, no qual o sangue circula pelo corpo. O sangue transporta oxigênio e outras moléculas necessárias para o metabolismo celular normal para os tecidos e na volta, transporta os produtos celulares dos tecidos para o fígado, os rins e o pulmão, para o seu metabolismo e excreção. Os vasos sanguíneos e as câmaras do coração formam uma única cavidade, através da qual o sangue circula continuamente, devido à ação bombeadora do coração. Nos mamíferos domésticos, com exceção do gato, o volume sanguíneo é aproximadamente 6 a 8% do peso corporal; no gato, ele representa apenas 4% do peso do corpo. O tempo de circulação, ou seja, o tempo que leva para uma célula sanguínea ser transportada de uma veia jugular ao redor do corpo, depende não só do tamanho do animal, mas também de fatores mediados pelo sistema neuroendócrino. Em animais de grande porte, o tempo aproximado é de 30 segundos, tempo que é de apenas 7 segundos no gato; Os vasos sanguíneos incluem as artérias, que transportam o sangue a partir do coração, enquanto as veias o conduzem de volta. Quando as artérias se ramificam e se dividem, elas formam arteríolas, de diâmetro menor, que levam aos capilares, os quais apresentam o menor diâmetro entre todos os vasos sanguíneos e permitem a passagem de células e nutrientes para os tecidos. Os capilares desembocam nas vênulas, que, por sua vez, se tornam veias e retornam o sangue para o coração. Os vasos sanguíneos estão dispostos como dois circuitos de fluxo sanguíneo, seguindo um padrão semelhante ao número “8”, com o coração no centro. A circulação sistêmica é maior, a qual conduz sangue oxigenado do coração para todos os órgãos do corpo e transporta o sangue desoxigenado de volta para o coração. A circulação pulmonar é menor e transporta o sangue desoxigenado do coração para o tecido de troca dos pulmões, onde ele é oxigenado antes de ser devolvido ao coração. Circulação circulação pulmonar ou pequena circulação: circulação sistêmica ou grande circulação: A circulação sanguínea pode ser dividida em dois grandes circuitos: um leva sangue aos pulmões, para oxigená-lo, e outro leva sangue oxigenado a todas as células do corpo > circulação dupla. ventrículo direito > artéria pulmonar > pulmões > veias pulmonares > átrio esquerdo. ventrículo esquerdo >artéria aorta > sistemas corporais > veias cavas > átrio direito. Sistema Circulatório Com início no átrio esquerdo, o sangue oxigenado passa tanto passivamente quanto por meio de contração atrial para o ventrículo esquerdo. A contração muscular do ventrículo esquerdo envia o sangue para a aorta. Da aorta, emergem artérias que se ramificam em arteríolas e, finalmente, correm para os leitos capilares dos diferentes órgãos pelos quais circula o sangue. A partir dos leitos capilares, o sangue desoxigenado é coletado por vênulas menores, que se tornam veias e, por fim, veias principais, que conduzem o sangue até o átrio direito do coração. As veias dos membros pélvicos e da parte caudal do tronco desembocam na veia cava caudal; já as veias da cabeça, dos membros torácicos e da metade cranial do tronco são coletadas pela veia cava cranial. O sangue venoso dos órgãos ímpares no interior do abdome passa pela veia porta e pelo fígado antes de alcançar o átrio direito com a veia cava caudal. A partir do átrio direito, o sangue passa para o ventrículo direito, de onde segue para o tronco pulmonar e para as artérias pulmonares, as quais conduzem o sangue desoxigenado para os alvéolos pulmonares, onde ocorre a troca gasosa. As veias pulmonares transportam o sangue oxigenado de volta para o átrio esquerdo; Coração O coração é o órgão central do sistema circulatório e é composto principalmente pelo músculo cardíaco, ou miocárdio, o qual forma uma bolsa dividida em quatro câmaras: átrio direito, átrio esquerdo, ventrículo direito e ventrículo esquerdo. O coração é envolto pelo pericárdio e forma parte do mediastino, a divisão que separa as duas cavidades pleurais. O coração se situa no mediastino, sendo que a parte maior (60%) se posiciona à esquerda do plano mediano. Ele se prolonga entre a 3a e a 6a costelas (7a no gato e no cão). A base do coração se localiza aproximadamente no plano horizontal de uma linha que corta o meio do tórax. Grande parte da superfície do coração é coberta pelo pulmão, mas ele pode ser facilmente auscultado e sentido pela parede torácica (batimento do ápice); A incisura cardíaca dos pulmões permite que o coração fique em contato próximo com a parede torácica lateral, separado dela apenas pelo pericárdio, pelo mediastino e pela pleura. A face cranial do coração é adjacente ao timo. Caudalmente, o coração se projeta até o diafragma. Variações quanto à posição e ao tamanho ocorrem entre espécies, raças e indivíduos conforme a idade, a condição e a presença de enfermidade. Em geral, o coração corresponde a cerca de 0,75% do peso corporal. Em radiografias, o tamanho do coração pode ser comparado aos espaços intercostais ou à extensão vertebral. Ele é dividido internamente por um septo interventricular longitudinal em lados esquerdo e direito; Por sua vez, cada lado é dividido incompletamente por um septo transverso em átrios, que recebem sangue, e ventrículos, que bombeiam sangue; Átrio direito O átrio direito forma a parte direita, dorsocranial, da base do coração. Ele recebe sangue das veias cavas cranial e caudal o qual coleta o sangue venoso que retorna da maior parte do coração. Ele se separa do átrio esquerdo por um septo interatrial Átrio esquerdo O átrio esquerdo forma a parte esquerda dorsocaudal da base do coração e recebe o sangue oxigenado das veias pulmonares. Ele se assemelha ao átrio direito quanto à sua forma e estrutura. O átrio esquerdo se abre para o ventrículo esquerdo através do óstio atrioventricular esquerdo. Ventrículo direito O ventrículo direito tem formato de meia-lua em secção transversal e molda-se à superfície do ventrículo esquerdo cônico. Ele não se prolonga até o ápice do coração, que normalmente é formado apenas pelo ventrículo esquerdo; Ele recebe o sangue desoxigenado do átrio direito e o bombeia para o tronco pulmonar o qual transporta o sangue para o pulmão. Ventrículo Esquerdo O ventrículo esquerdo é cônico, e seu ápice forma o ápice do coração. Ele recebe o sangue oxigenado dos pulmões através das veias pulmonares e do átrio esquerdo e bombeia o sangue para a maior parte do corpo através da aorta, as paredes do ventrículo esquerdo são mais espessas que as do ventrículo direito; no entanto, o volume dos dois ventrículos é o mesmo. Valva tricúspide No óstio atrioventricular direito, encontra-se a valva atrioventricular direita, também denominada valva tricúspide que contém três válvulas que se fixam perifericamente aos anéis fibrosos do esqueleto cardíaco, que circunda o óstio atrioventricular. As válvulas são fusionadas em sua fixação, porém se voltam para o centro da abertura. Cada válvula é reforçada por fios fibrosos, as cordas tendíneas. Valva Mitral O óstio atrioventricular esquerdo é ocupado pela valva atrioventricular esquerda também chamada de valva mitral ou bicúspide, cuja estrutura é semelhante à da valva atrioventricular direitaquanto à forma, porém é composta por duas válvulas; Valvas seminulares Válvulas tricúspide e mitral > impede que o sangue presente nos ventrículos retorne aos átrios. Válvula semilunares > impedem que o sangue que saiu do coração retorne para ele. Aórtica e pulmonares Estrutura da parede cardíaca Endocárdio; Miocárdio; Epicárdio; A parede cardíaca é composta por três camadas: A espessura e a estrutura das paredes cardíacas espelham a carga a que cada parte do coração está sujeita. Em virtude de terem a função de compartimentos receptores de sangue com pouca função contrátil, as paredes dos átrios são finas. Por constituírem a câmara de bombeamento principal, as paredes dos ventrículos são espessas, e a parede do ventrículo direito (circulação pulmonar) é mais delgada que a do ventrículo esquerdo (circulação sistêmica). O músculo cardíaco pode hipertrofiar- se e/ou dilatar-se após doenças como estenose valvular ou insuficiência valvar e miocardiopatia dilatada. Pode-se visualizar o aumento ventricular por meio de radiografia ou ultrassonografia. Pericárdio pleura pericárdica; pericárdio fibroso; pericárdio seroso; O pericárdio é a cobertura fibrosserosa do coração. Trata-se essencialmente de um saco com invaginação profunda, cujo lúmen, a cavidade pericárdica reduz-se a uma fenda capilar. Essa fenda contém uma pequena quantidade de fluido seroso, o líquido pericárdico, o qual facilita o movimento do coração contra o pericárdio. O pericárdio fibroso é superficial, constituído de um tecido conjuntivo irregular, resistente e inelástico, tendo como finalidade evitar o estiramento excessivo do coração, além de fornecer a proteção e ancorar o coração no mediastino.u Já o pericárdio seroso é mais profundo e possui uma membrana mais delicada e fina, que forma uma camada dupla em torno do coração, constituindo a lâmina parietal e a lâmina visceral. O ligamento esternopericárdico fixa o pericárdio fibroso ao esterno. Já o ligamento frenopericárdico está presente apenas no cão e une o pericárdio fibroso ao diafragma; O pericárdio consegue acomodar apenas um pequeno grau de distensão durante a pulsação rítmica do ciclo cardíaco. A rápida acumulação de líquido na cavidade pericárdica exerce pressão sobre o coração e prejudica o funcionamento cardíaco. Alterações de longo prazo no tamanho do coração, conforme observado por treinamento ou doença, ou o lento acúmulo de efusão na cavidade pericárdica são mais tolerados e podem resultar em aumento do pericárdio. A inflamação do pericárdio resulta em aumento do líquido pericárdico e da espessura do saco. Nesses casos, o líquido pericárdico pode ser visualizado por ultrassom como uma região anecoica. Sangue O sangue é aproximadamente três vezes mais viscoso que a água, fluindo mais lentamente. A temperatura do sangue é, em média, de 38oC, com um pH que varia de 7,35 a 7,45, possui cerca de 8% do peso corporal total e um volume total de 5 a 8 litros de sangue. O sangue é composto por plasma sanguíneo e células, que são os glóbulos sanguíneos, sendo em média 45% de glóbulos sanguíneos e 55% de plasma sanguíneo, é composto aproximadamente por 91,5% de água e 8,5% de solutos, sendo a maioria proteínas plasmáticas, nutrientes, hormônios, entre outros. Função Eritrócitos Hemácias, glóbulos vermelhos Células sanguíneas Transporte de gases no sangue Hemoglobina Leucócitos Células brancas Glóbulos brancos Imunidade Plaquetas Componente celular do sangue responsável pela coagulação sanguínea; Artérias da circulação pulmonar O sangue desoxigenado é transportado do ventrículo direito para o pulmão pelas artérias da circulação pulmonar, que compreendem o tronco pulmonar e as artérias pulmonares direita e esquerda; O tronco pulmonar emerge do ventrículo direito, do qual ele é separado pelas válvulas semilunares da valva do tronco pulmonar; Ventralmente à bifurcação da traqueia, o tronco pulmonar se divide nas artérias pulmonares direita e esquerda. Cada artéria passa para o pulmão correspondente, onde os seus ramos seguem os brônquios até a sua terminação em forma de cesto nos leitos capilares que circundam os alvéolos. A partir desses leitos, emergem as veias pulmonares, as quais conduzem o sangue oxigenado para o átrio esquerdo. As artérias pulmonares são as únicas artérias no corpo que conduzem sangue desoxigenado. Artérias da circulação sistêmica As artérias da circulação sistêmica compreendem as artérias que transportam o sangue oxigenado do ventrículo esquerdo do coração para os órgãos e tecidos corporais. A circulação sistêmica se inicia com a aorta, a qual se separa do ventrículo esquerdo pela valva da aorta, da parte inicial da aorta emergem as artérias coronárias. Ramos craniais do arco da aorta O tronco braquiocefálico se origina do arco da aorta e se ramifica cranialmente. Ele irriga os membros torácicos, o pescoço, a cabeça e a parte ventral do tórax, o tronco braquiocefálico dá origem a: • ARTÉRIA SUBCLÁVIA ESQUERDA; • ARTÉRIA SUBCLÁVIA DIREITA; • TRONCO BICAROTÍDEO Veias De modo geral, as veias retornam o sangue da periferia para o coração, ao passo que as artérias o conduzem do coração para os tecidos; As veias têm um leito capilar do qual emergem como pequenas veias (vênulas), que confluem para formar veias maiores, que, por fim, desembocam no átrio direito do coração; A maioria das veias acompanha a artéria correspondente, e acredita-se que elas são satélites para as artérias homônimas. A composição do sangue venoso depende de sua área de origem: o sangue venoso dos intestinos é rico em moléculas nutrientes; o sangue do baço tem uma grande quantidade de leucócitos; o sangue das glândulas endócrinas apresenta um elevado nível hormonal; e o sangue venoso dos rins tem uma baixa concentração de metabólitos; As veias apresentam uma construção semelhante à das artérias, porém com paredes mais finas, principalmente devido ao fato de a sua túnica média ser menos resistente. A túnica interna forma válvulas, as quais garantem o fluxo unidirecional para o coração e impedem o refluxo de sangue quando a circulação fica estagnada. Histologia dos vasos sanguíneos túnica externa túnica média túnica íntimida São constituídos por três camadas A camada mais externa é conhecida como túnica adventícia, e é composta de tecido conjuntivo. A camada interna é a túnica média, que é composta de células musculares lisas e tecido elástico, que delimita a túnica adventícia pela limitante elástica externa. A camada mais interna, que está em contato direto com o fluxo sanguíneo, é a túnica íntima, normalmente chamada de íntima. Essa camada é composta principalmente de células endoteliais e revestida pela limitante elástica interna. Sistema linfático Os sistemas imune e linfático são constituídos por um líquido chamado de linfa, sendo que esses sistemas vão auxiliar a circulação dos líquidos corporais e ajudar a defender o organismo contra os agentes causadores das doenças. O sistema linfático é constituído por uma rede de vasos capilares, semelhantes às veias, chamados de vasos linfáticos. Quando o sangue passa pelos capilares, parte do líquido que o compõe extravasa pela parede celular e se espalha entre as células próximas, nutrindo-as e oxigenando-as. As células também fazem trocas de substâncias com o meio e eliminam gás carbônico e excreções no líquido extravasado, chamado de líquido tissular. Grande parte do líquido tissular é reabsorvida pelos capilares e reincorporada ao sangue. A pequena parte do líquido extravasado não retorna ao sistema circulatório, sendo coletada pelo sistema linfático. Os vasos linfáticos estão distribuídos por todo o corpo, com a função de drenar o excesso de líquido que sai do sangue e banha as células, filtrando-o e encaminhando-o para a circulação sanguínea. O líquido que circula no interior dos vasos linfáticos é chamado de linfa, que é um líquido esbranquiçado, de constituição semelhante à do sangue, diferindo apenas por não conter hemácias. 2/3da composição da linfa deriva do fígado e do intestino. Ela é composta também por leucócitos (glóbulos brancos), sendo que 90% são linfócitos. A linfa transportada pelos vasos linfáticos é filtrada nos linfonodos, também chamados de gânglios linfáticos ou nódulos linfáticos; Os linfonodos são estruturas esponjosas que se localizam em regiões estratégicas do corpo, para realizar a sua principal tarefa: filtrar a linfa. Os linfonodos, por possuírem finos canais com a presença de leucócitos que identificam e destroem substâncias e corpos estranhos, filtram a linfa, eliminando todo e qualquer corpo estranho que ela possa conter, como vírus e bactérias. Quando o organismo é invadido por microrganismos, os leucócitos presentes nos linfonodos que estão próximos à área afetada identificam o invasor e começam a se multiplicar para combatê-lo. Com isso, os linfonodos aumentam de tamanho, formando inchaços chamados de ínguas. A maioria dos componentes do plasma sanguíneo vão se infiltrar nas paredes dos capilares sanguíneos para formar o líquido intersticial, durante a passagem do líquido intersticial para os vasos linfáticos passa então a ser chamado de linfa. A principal função do sistema imune e linfático é: drenagem do excesso de líquido intersticial, temos por exemplo o Edema. Órgãos do sistema linfático Timo Baço Linfonodos Débito cardíaco A quantidade de sangue bombeado pelo ventrículo direito e esquerdo é denominado débito cardíaco, é medido em litro por segundo. Resistência vascular O sistema arterial é o sistema de alta resistência e baixa complacência, que distribui o sangue a partir do ventrículo esquerdo; O sistema venoso é o sistema de baixa pressão e alta capacitância (complacência vascular), que armazena e faz o sangue retornar aos átrios; Pré e pós carga A pré-carga para o ventrículo direito (volume de sangue no ventrículo antes da contração) é o sangue que retorna ao coração proveniente do sistema venoso de alta capacitância e baixa pressão. A pós-carga (carga no ventrículo durante a contração, habitualmente considerada como a pressão na aorta) para o ventrículo esquerdo é criada pelo sistema arterial de alta resistência e baixa capacitância ou, em outras palavras, pelo compartimento arterial de alta pressão. Volume e pressão O equilíbrio hídrico e nutricional do organismo como um todo depende da manutenção dos sistemas de distribuição, perfusão e coleta em equilíbrio (pressão e volume) a todo momento. A distribuição equilibrada do fluxo sanguíneo, diâmetro apropriado dos vasos e capilares teciduais funcionais; Volume x peso corporal Nos mamíferos, existe uma relação entre o peso do coração e volume sanguíneo e o peso corporal; O peso do coração e o volume sanguíneo representam aproximadamente 0,6 e 8,0% do peso corporal, respectivamente. A estrutura molecular do sistema arterial resiste à expansão e, portanto, contém uma pequena porcentagem do volume total de sangue em qualquer momento. essa condição fisiológica possibilita o desenvolvimento de uma pressão elevada. como a expansão das artérias deve-se principalmente ao estiramento das fibras colágenas e de elastina, não há necessidade de nenhuma energia para que o diâmetro do vaso retorne a seu estado normal (fase diastólica); Complacência dos vasos A complacência do sistema vascular varia de modo considerável. o sistema arterial, que, em nível estrutural, contém principalmente colágeno e elastina, tem pouca complacência. os vasos não irão se expandir com facilidade e, portanto, irão resistir ao fluxo de sangue, produzindo a pressão arterial sistêmica necessária para a perfusão tecidual; Todavia, o sistema venoso é estruturalmente diferente, visto que as paredes dos vasos contêm menos colágeno e menos elastina do que as artérias. o sistema venoso é capaz de se expandir com facilidade e manter maiores volumes de sangue. por conseguinte, o sistema arterial foi definido como o sistema de resistência, e o sistema venoso como o sistema de complacência do sistema vascular. se as paredes dos vasos forem mais complacentes, elas podem manter maior quantidade de sangue por incremento da pressão de distensão; Ciclo cardíaco Pressão arterial A pressão arterial média irá variar ligeiramente, dependendo dos efeitos da gravidade sobre os leitos vasculares. um bom exemplo disso é a pressão arterial aórtica média da girafa (média de 190 mmhg) ou de outros animais de pescoço longo. nesse exemplo, a pressão vascular no nível do coração precisa ser aumentada para superar a pressão hidrostática criada pela coluna de sangue proveniente da cabeça da girafa até o nível do coração, a fim de perfundir adequadamente o cérebro; Comparaçào da pressão em diferentes espécies É definido como o início de um batimento cardíaco até o início do batimento cardíaco seguinte, sendo originado através de uma geração espontânea de um potencial de ação no nodo sinusal, propagando-se esse estímulo para o restante do coração. o ciclo cardíaco é dividido em dois períodos: um período de relaxamento, chamado de diástole. quando ocorre o enchimento de sangue no coração, e um período de contração, chamado de sístole, neste momento, ocorre o esvaziamento de sangue dentro do coração. durante todo o ciclo cardíaco, ocorrem alterações de pressão e volume. Condução cardíaca O sistema especializado de excitação e condução cardíaca controla todas as contrações cardíacas, sendo constituído pelo nodo sinusal ou nodo sinoatrial, vias internodais, nodo atrioventricular, feixe de his e fibras de purkinje, todo esse sistema possui uma propriedade especial, que é ser estimulado e conseguir propagar este estímulo para outras regiões do coração. Ciclo cardíaco: ciclo completo de contração (sístole) e relaxamento (diástole) das câmaras cardíacas. Frequência cardíaca: quantidade de ciclos ou batimentos por minuto. Débito cardíaco: volume de sangue bombeado pelo coração por minuto . Inervação do coração O coração é inervado pelo sistema nervoso autônomo. as fibras simpáticas são fornecidas pelos nervos cardíacos cervicais e pelos nervos torácicos caudais (também denominados nn. aceleradores, de acordo com a sua função), os quais se originam do gânglio estrelado (cervicotorácico) e do gânglio cervical médio; A quantidade de nervos varia entre as espécies e até mesmo entre indivíduos. As fibras parassimpáticas emergem como ramos do nervo vago diretamente ou através do nervo laríngeo recorrente. essas fibras nervosas são agrupadas sob a denominação nervo depressor. Nodo sinoatrial O nodo sinoatrial está localizado na parede superior lateral do átrio direito, próximo à veia cava superior, essa região é chamada de marca- passo cardíaco, pois é o local, em condições normais, onde o impulso cardíaco é gerado. Vias internodais Apos a geração do impulso no nodo sinusal, ele é conduzido através das vias internodais que transmitem o impulso do nodo sinusal para o nodo atrioventricular, passando por ambos os átrios (direito e esquerdo). Nodo atrioventricular Esse local é considerado como o ponto de transição entre o átrio e o ventrículo, ou seja, todo estímulo que percorreu o coração até chegar a esse ponto foi realizado somente no átrio e todo estímulo que chegar após este local vai corresponder apenas ao ventrículo. Quando o estímulo chega ao nodo atrioventricular, ocorre um retardo na condução do impulso antes de passar para os ventrículos. esse retardo na condução do estímulo permite que o átrio contraia-se antes do ventrículo, fornecendo então um enchimento adicional de sangue no momento da contraçãoventricular. Feixe de his e fibras de purkinje Entrando no ventrículo, o estímulo passa para o feixe de his e depois para as fibras de purkinje, ramificando-se em duas partes que são chamadas de ramo direito e esquerdo; Marca passo O marca-passo cardíaco é um dispositivo que é implantado no paciente com a finalidade de emitir estímulos elétricos até o coração para garantir uma frequência cardíaca mínima. neste caso, elevai substituir a função do nodo sinoatrial, esse aparelho é recomendado para animais com frequência cardíaca lenta (bradicardia), tendo como causa o desgaste do sistema elétrico do coração, normalmente em função do envelhecimento ou ainda por alguma doença cardíaca. Os sintomas são decorrentes da diminuição do fluxo sanguíneo para o cérebro, sendo os principais: fraqueza,tontura e desmaios. Sons cardíacos A oclusão das valvas cardíacas produz sons característicos, as bulhas, que são audíveis com um estetoscópio. há quatro bulhas cardíacas, chamadas de b4 (bulha atrial), b1, b2 e b3. em geral, é possível escutar todas as quatro bulhas apenas em alguns equinos, ao passo que b1 e b2 devem ser audíveis em todos os animais domésticos. A primeira bulha cardíaca (b1) é produzida pelo fechamento simultâneo das valvas atrioventriculares no início da sístole. a segunda bulha cardíaca (b2) é produzida pelo fechamento simultâneo das valvas aórtica e pulmonar, marcando o início da diástole. a terceira bulha cardíaca (b3), por sua vez, é produzida pelo preenchimento ventricular passivo. por fim, a quarta bulha, ou bulha atrial (b4), é produzida pela contração atrial. Regulação da pressão arterial Mecanismos de controle da pressão arterial é dado por barroreceptores ou pelo sistema renina angiotensina aldosterona. O a curto prazo (barrorceptores) estão relacionados aos mecanismo de retroalimentação do sistema nervoso autônomo, os barroreceptores tem a função regulatória, eles captam a pressão dos vasos sanguíneos mandando a informação para o sistema nervos, estão localizados no arco aórtico e seio carotído e fazem com que O sengue enviado pelo coração seja menos, sendo assim diminui a pressão. O sistema renina-angiotensina-aldosterona trata-se de uma série de reações concebidas para ajudar a regular a pressão arterial. Quando a pressão arterial cai (no caso da pressão sistólica, para 100 mm Hg ou menos), os rins liberam a enzima renina na corrente sanguínea. A renina se divide o angiotensinogênio, uma grande proteína que circula na corrente sanguínea, em partes. Uma parte é a angiotensina I. A angiotensina I, que se mantém relativamente inativa, é dividida em partes pela enzima de conversão da angiotensina (ECA). Uma parte é a angiotensina II, um hormônio que é muito ativo. A angiotensina II faz com que as paredes musculares das pequenas artérias (arteríolas) se contraiam, aumentando a pressão arterial. A angiotensina II também provoca a liberação do hormônio aldosterona pelas glândulas adrenais e da vasopressina (hormônio antidiurético) pela hipófise. A aldosterona e a vasopressina fazem com que os rins retenham sódio (sal). A aldosterona também faz com que os rins excretem potássio. O aumento de sódio faz com que a água seja retida, aumentando, assim, o volume de sangue e a pressão arterial. Referências: Livro - Anatomia dos Animais Domésticos: Texto e Atlas Colorido (7° edição) Exercicíos 1- Diferencie o sangue oxigenado e desoxigenado: 2-Qual a função do coração? 3-Cite a importância das válvulas cardíacas; 4- O que é débito cardíaco? 5- Diferencie a complacência vascular das artérias e veias: 6- O que é ciclo cardíaco e diferencie sístole e diástole: 7- Qual a função do sangue? 8-Diferencie artérias de veias: 9-Quasis os mecanismos de regulação da PA a curto e longo prazo? 10- Quais os órgãos envolvidos na regulação da PA a longo prazo? Gabarito: 1- O sangue oxigenado leva o2 para todo o corpo, o desoxigenado é o sangue que sai do pulmão e volta parar o coração. 2-Ele é responsável por bombear o sangue para todo o corpo, graças a ele que estamos vivos. 3- São responsáveis por controlar o sangue que entra e sai do coração. Tri e bicúspide impedem que o sangue doventrículo retorne ao atrio , pulmonar e aórtico impedem que o sangue volte para o coração. 4- É a quantidade de sangue que o coração bombeia, é medido em litros por segundo. 5-O sistema arterial é menos complacente pelo fluxo sanguíneo ser mais rápido, ja o sistem venoso é mais complacente, o sangue é distribuído os poucos. 6-O ciclo cardíaco e o início de um batimento at o outro, sístole é quando o corac enche e diástole é quando esvazia. 7- O sangue transposta nutrientesz, traz equilíbrio térmico para o corpo, possui células de defesa para o organizmo, faz xeroca gastos e entre outros. 8- As artérias sao mais grossas e possuem pulsaçã, as veias s mai finas, possuem válvulas e tem menos fluxo sanguíneo. 9- A curo prazo esta envolvido o mecanismo de retroalinhamento do sistema nervoso. A longo prazo os mecanismos estão relacionados co rim, fígado e pulmão, o a curto prazo mais rápido porem menos eficiente, a longo prazo é mais demorado mas mais eficiente. 10-Rim, fígado e pulmão. Referências: Reece, William O. Anatomia funcional e fisiologia dos animais domésticos / William O. Reece, Eric W. Rowe ; tradução José Jurandir Fagliari, Fabiana Buassaly Leistner. - 5. ed. - Rio de Janeiro : Roca, 2020. Livro - Anatomia dos Animais Domésticos: Texto e Atlas Colorido/ 7° edição
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