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Sistema Cardiovascular_230530_104856

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Sistema Cardiovascular
DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS
Por Rafaela Fontana de Souza 
Sumário 
 Introdução
Circulação
Sistema Circulatório 
Coração -átrios e ventrículos 
 -valvas 
 -estrutura da parede cárdiaca
 -pericárdio 
Sangue
Artérias da circulação pulmonar
Artérias dacirculação sistêmica 
Veias
Histologia dos vasos sanguíneos 
Sistema linfático 
Débito Cardíaco
Resistência vascular 
Volume e pressão
Ciclo cardíaco
Condução cardíaca 
Inervação do coração 
Marca passo
Sons cardíacos
Exercícios
 
Introdução
 O sistema circulatório compreende o coração, os vasos sanguíneos e os
vasos linfáticos. O coração é a bomba muscular do sistema circulatório.
Os vasos sanguíneos, que consistem em artérias, capilares e veias,
formam um sistema contínuo, no qual o sangue circula pelo corpo.
O sangue transporta oxigênio e outras moléculas necessárias para o
metabolismo celular normal para os tecidos e na volta, transporta os
produtos celulares dos tecidos para o fígado, os rins e o pulmão, para o
seu metabolismo e excreção. Os vasos sanguíneos e as câmaras do
coração formam uma única cavidade, através da qual o sangue circula
continuamente, devido à ação bombeadora do coração. Nos mamíferos
domésticos, com exceção do gato, o volume sanguíneo é
aproximadamente 6 a 8% do peso corporal; no gato, ele representa
apenas 4% do peso do corpo.
 O tempo de circulação, ou seja, o tempo que leva para uma célula
sanguínea ser transportada de uma veia jugular ao redor do corpo,
depende não só do tamanho do animal, mas também de fatores mediados
pelo sistema neuroendócrino. Em animais de grande porte, o tempo
aproximado é de 30 segundos, tempo que é de apenas 7 segundos no gato; 
 Os vasos sanguíneos incluem as artérias, que transportam o sangue a
partir do coração, enquanto as veias o conduzem de volta. Quando as
artérias se ramificam e se dividem, elas formam arteríolas, de diâmetro
menor, que levam aos capilares, os quais apresentam o menor diâmetro
entre todos os vasos sanguíneos e permitem a passagem de células e
nutrientes para os tecidos. Os capilares desembocam nas vênulas, que, por
sua vez, se tornam veias e retornam o sangue para o coração.
Os vasos sanguíneos estão dispostos como dois circuitos de fluxo
sanguíneo, seguindo um padrão semelhante ao número “8”, com o coração
no centro. A circulação sistêmica é maior, a qual conduz sangue oxigenado
do coração para todos os órgãos do corpo e transporta o sangue
desoxigenado de volta para o coração. A circulação pulmonar é menor e
transporta o sangue desoxigenado do coração para o tecido de troca dos
pulmões, onde ele é oxigenado antes de ser devolvido ao coração. 
Circulação 
circulação pulmonar ou pequena circulação:
circulação sistêmica ou grande circulação:
 A circulação sanguínea pode ser dividida em dois grandes circuitos: um
leva sangue aos pulmões, para oxigená-lo, e outro leva sangue oxigenado a
todas as células do corpo > circulação dupla.
ventrículo direito > artéria pulmonar > pulmões > veias pulmonares > átrio
esquerdo.
ventrículo esquerdo >artéria aorta > sistemas corporais > veias cavas > átrio
direito.
 Sistema Circulatório 
 Com início no átrio esquerdo, o sangue oxigenado passa tanto
passivamente quanto por meio de contração atrial para o ventrículo
esquerdo. A contração muscular do ventrículo esquerdo envia o sangue
para a aorta. Da aorta, emergem artérias que se ramificam em arteríolas e,
finalmente, correm para os leitos capilares dos diferentes órgãos pelos
quais circula o sangue. 
A partir dos leitos capilares, o sangue desoxigenado é coletado por vênulas
menores, que se tornam veias e, por fim, veias principais, que conduzem o
sangue até o átrio direito do coração. As veias dos membros pélvicos e da
parte caudal do tronco desembocam na veia cava caudal; já as veias da
cabeça, dos membros torácicos e da metade cranial do tronco são coletadas
pela veia cava cranial. O sangue venoso dos órgãos ímpares no interior do
abdome passa pela veia porta e pelo fígado antes de alcançar o átrio direito
com a veia cava caudal.
A partir do átrio direito, o sangue passa para o ventrículo direito, de onde
segue para o tronco pulmonar e para as artérias pulmonares, as quais
conduzem o sangue desoxigenado para os alvéolos pulmonares, onde
ocorre a troca gasosa. As veias pulmonares transportam o sangue
oxigenado de volta para o átrio esquerdo;
Coração 
 O coração é o órgão central do sistema circulatório e é composto
principalmente pelo músculo cardíaco, ou miocárdio, o qual forma uma
bolsa dividida em quatro câmaras: átrio direito, átrio esquerdo,
ventrículo direito e ventrículo esquerdo. O coração é envolto pelo
pericárdio e forma parte do mediastino, a divisão que separa as duas
cavidades pleurais. 
O coração se situa no mediastino, sendo que a parte maior (60%) se
posiciona à esquerda do plano mediano. Ele se prolonga entre a 3a e a 6a
costelas (7a no gato e no cão). A base do coração se localiza
aproximadamente no plano horizontal de uma linha que corta o meio do
tórax. Grande parte da superfície do coração é coberta pelo pulmão, mas
ele pode ser facilmente auscultado e sentido pela parede torácica
(batimento do ápice);
A incisura cardíaca dos pulmões permite que o coração fique em contato
próximo com a parede torácica lateral, separado dela apenas pelo
pericárdio, pelo mediastino e pela pleura. A face cranial do coração é
adjacente ao timo. Caudalmente, o coração se projeta até o diafragma.
 Variações quanto à posição e ao tamanho ocorrem entre espécies, raças
e indivíduos conforme a idade, a condição e a presença de enfermidade.
Em geral, o coração corresponde a cerca de 0,75% do peso corporal. Em
radiografias, o tamanho do coração pode ser comparado aos espaços
intercostais ou à extensão vertebral. 
 Ele é dividido internamente por um septo interventricular
longitudinal em lados esquerdo e direito; Por sua vez, cada lado é
dividido incompletamente por um septo transverso em átrios, que
recebem sangue, e ventrículos, que bombeiam sangue;
Átrio direito
 O átrio direito forma a parte direita, dorsocranial, da base do coração.
Ele recebe sangue das veias cavas cranial e caudal o qual coleta o sangue
venoso que retorna da maior parte do coração. Ele se separa do átrio
esquerdo por um septo interatrial
Átrio esquerdo 
 O átrio esquerdo forma a parte esquerda dorsocaudal da base do coração
e recebe o sangue oxigenado das veias pulmonares. Ele se assemelha ao
átrio direito quanto à sua forma e estrutura. O átrio esquerdo se abre
para o ventrículo esquerdo através do óstio atrioventricular esquerdo. 
Ventrículo direito 
 O ventrículo direito tem formato de meia-lua em secção transversal e
molda-se à superfície do ventrículo esquerdo cônico. Ele não se prolonga até
o ápice do coração, que normalmente é formado apenas pelo ventrículo
esquerdo;
Ele recebe o sangue desoxigenado do átrio direito e o bombeia para o tronco
pulmonar o qual transporta o sangue para o pulmão.
Ventrículo Esquerdo 
 O ventrículo esquerdo é cônico, e seu ápice forma o ápice do coração. Ele
recebe o sangue oxigenado dos pulmões através das veias pulmonares e do
átrio esquerdo e bombeia o sangue para a maior parte do corpo através da
aorta, as paredes do ventrículo esquerdo são mais espessas que as do
ventrículo direito; no entanto, o volume dos dois ventrículos é o mesmo.
Valva tricúspide 
 No óstio atrioventricular direito, encontra-se a valva atrioventricular
direita, também denominada valva tricúspide que contém três válvulas
que se fixam perifericamente aos anéis fibrosos do esqueleto cardíaco,
que circunda o óstio atrioventricular. As válvulas são fusionadas em
sua fixação, porém se voltam para o centro da abertura. Cada válvula é
reforçada por fios fibrosos, as cordas tendíneas.
Valva Mitral 
 O óstio atrioventricular
esquerdo é ocupado pela valva
atrioventricular esquerda
também chamada de valva
mitral ou bicúspide, cuja
estrutura é semelhante à da
valva atrioventricular direitaquanto à forma, porém é
composta por duas válvulas; 
Valvas seminulares 
 Válvulas tricúspide e mitral > impede que o sangue presente nos
ventrículos retorne aos átrios. 
 Válvula semilunares > impedem que o sangue que saiu do coração
retorne para ele. 
Aórtica e pulmonares 
Estrutura da parede cardíaca 
Endocárdio;
Miocárdio;
Epicárdio;
 A parede cardíaca é composta por três camadas:
A espessura e a estrutura das paredes cardíacas espelham a carga
a que cada parte do coração está sujeita. Em virtude de terem a
função de compartimentos receptores de sangue com pouca
função contrátil, as paredes dos átrios são finas. Por constituírem
a câmara de bombeamento principal, as paredes dos ventrículos
são espessas, e a parede do ventrículo direito (circulação
pulmonar) é mais delgada que a do ventrículo esquerdo
(circulação sistêmica). O músculo cardíaco pode hipertrofiar- se
e/ou dilatar-se após doenças como estenose valvular ou
insuficiência valvar e miocardiopatia dilatada. Pode-se visualizar
o aumento ventricular por meio de radiografia ou
ultrassonografia.
Pericárdio 
 pleura pericárdica; 
pericárdio fibroso;
pericárdio seroso; 
O pericárdio é a cobertura fibrosserosa do coração. Trata-se
essencialmente de um saco com invaginação profunda, cujo lúmen, a
cavidade pericárdica reduz-se a uma fenda capilar. Essa fenda contém
uma pequena quantidade de fluido seroso, o líquido pericárdico, o qual
facilita o movimento do coração contra o pericárdio.
O pericárdio fibroso é superficial, constituído de um tecido conjuntivo
irregular, resistente e inelástico, tendo como finalidade evitar o
estiramento excessivo do coração, além de fornecer a proteção e ancorar
o coração no mediastino.u Já o pericárdio seroso é mais profundo e
possui uma membrana mais delicada e fina, que forma uma camada
dupla em torno do coração, constituindo a lâmina parietal e a lâmina
visceral.
 O ligamento esternopericárdico fixa o pericárdio fibroso ao esterno. Já o
ligamento frenopericárdico está presente apenas no cão e une o
pericárdio fibroso ao diafragma;
O pericárdio consegue acomodar apenas um pequeno grau de distensão
durante a pulsação rítmica do ciclo cardíaco. A rápida acumulação de
líquido na cavidade pericárdica exerce pressão sobre o coração e
prejudica o funcionamento cardíaco. Alterações de longo prazo no
tamanho do coração, conforme observado por treinamento ou doença, ou
o lento acúmulo de efusão na cavidade pericárdica são mais tolerados e
podem resultar em aumento do pericárdio.
A inflamação do pericárdio resulta em aumento do líquido pericárdico e
da espessura do saco. Nesses casos, o líquido pericárdico pode ser
visualizado por ultrassom como uma região anecoica. 
Sangue
 O sangue é aproximadamente três vezes mais viscoso que a água, fluindo
mais lentamente.
A temperatura do sangue é, em média, de 38oC, com um pH que varia de
7,35 a 7,45, possui cerca de 8% do peso corporal total e um volume total
de 5 a 8 litros de sangue. 
O sangue é composto por plasma sanguíneo e células, que são os glóbulos
sanguíneos, sendo em média 45% de glóbulos sanguíneos e 55% de
plasma sanguíneo, é composto aproximadamente por 91,5% de água e
8,5% de solutos, sendo a maioria proteínas plasmáticas, nutrientes,
hormônios, entre outros.
Função
Eritrócitos
Hemácias, glóbulos vermelhos
Células sanguíneas
Transporte de gases no sangue
Hemoglobina 
Leucócitos
 Células brancas
 Glóbulos brancos
 Imunidade 
Plaquetas
 Componente celular do sangue responsável pela coagulação sanguínea;
Artérias da circulação pulmonar
 O sangue desoxigenado é transportado do ventrículo direito para o
pulmão pelas artérias da circulação pulmonar, que compreendem o
tronco pulmonar e as artérias pulmonares direita e esquerda; O tronco
pulmonar emerge do ventrículo direito, do qual ele é separado pelas
válvulas semilunares da valva do tronco pulmonar;
Ventralmente à bifurcação da traqueia, o tronco pulmonar se divide nas
artérias pulmonares direita e esquerda. Cada artéria passa para o
pulmão correspondente, onde os seus ramos seguem os brônquios até a
sua terminação em forma de cesto nos leitos capilares que circundam os
alvéolos. A partir desses leitos, emergem as veias pulmonares, as quais
conduzem o sangue oxigenado para o átrio esquerdo. As artérias
pulmonares são as únicas artérias no corpo que conduzem sangue
desoxigenado.
Artérias da circulação sistêmica 
 As artérias da circulação sistêmica compreendem as artérias que
transportam o sangue oxigenado do ventrículo esquerdo do coração
para os órgãos e tecidos corporais. A circulação sistêmica se inicia com
a aorta, a qual se separa do ventrículo esquerdo pela valva da aorta, da
parte inicial da aorta emergem as artérias coronárias.
Ramos craniais do arco da aorta
 O tronco braquiocefálico se origina do arco da aorta e se
ramifica cranialmente. Ele irriga os membros torácicos, o
pescoço, a cabeça e a parte ventral do tórax, o tronco
braquiocefálico dá origem a:
• ARTÉRIA SUBCLÁVIA ESQUERDA;
• ARTÉRIA SUBCLÁVIA DIREITA;
• TRONCO BICAROTÍDEO 
Veias 
 De modo geral, as veias retornam o sangue da periferia para o
coração, ao passo que as artérias o conduzem do coração para os
tecidos;
As veias têm um leito capilar do qual emergem como pequenas
veias (vênulas), que confluem para formar veias maiores, que, por
fim, desembocam no átrio direito do coração;
 A maioria das veias acompanha a artéria correspondente, e
acredita-se que elas são satélites para as artérias homônimas. 
 A composição do sangue venoso depende de sua área de origem: o
sangue venoso dos intestinos é rico em moléculas nutrientes; o
sangue do baço tem uma grande quantidade de leucócitos; o sangue
das glândulas endócrinas apresenta um elevado nível hormonal; e o
sangue venoso dos rins tem uma baixa concentração de metabólitos;
 As veias apresentam uma construção semelhante à das artérias,
porém com paredes mais finas, principalmente devido ao fato de a
sua túnica média ser menos resistente. A túnica interna forma
válvulas, as quais garantem o fluxo unidirecional para o coração e
impedem o refluxo de sangue quando a circulação fica estagnada. 
Histologia dos vasos sanguíneos 
túnica externa
túnica média
túnica íntimida 
São constituídos por três camadas
 A camada mais externa é conhecida como túnica adventícia, e é
composta de tecido conjuntivo.
A camada interna é a túnica média, que é composta de células
musculares lisas e tecido elástico, que delimita a túnica adventícia pela
limitante elástica externa.
 A camada mais interna, que está em contato direto com o fluxo
sanguíneo, é a túnica íntima, normalmente chamada de íntima. Essa
camada é composta principalmente de células endoteliais e revestida
pela limitante elástica interna. 
Sistema linfático 
Os sistemas imune e linfático são constituídos por um líquido
chamado de linfa, sendo que esses sistemas vão auxiliar a
circulação dos líquidos corporais e ajudar a defender o organismo
contra os agentes causadores das doenças. 
 O sistema linfático é constituído por uma rede de vasos capilares,
semelhantes às veias, chamados de vasos linfáticos. Quando o
sangue passa pelos capilares, parte do líquido que o compõe
extravasa pela parede celular e se espalha entre as células próximas,
nutrindo-as e oxigenando-as. As células também fazem trocas de
substâncias com o meio e eliminam gás carbônico e excreções no
líquido extravasado, chamado de líquido tissular. Grande parte do
líquido tissular é reabsorvida pelos capilares e reincorporada ao
sangue. A pequena parte do líquido extravasado não retorna ao
sistema circulatório, sendo coletada pelo sistema linfático. Os vasos
linfáticos estão distribuídos por todo o corpo, com a função de
drenar o excesso de líquido que sai do sangue e banha as células,
filtrando-o e encaminhando-o para a circulação sanguínea.
O líquido que circula no interior dos vasos linfáticos é chamado de
linfa, que é um líquido esbranquiçado, de constituição semelhante
à do sangue, diferindo apenas por não conter hemácias. 2/3da
composição da linfa deriva do fígado e do intestino. Ela é composta
também por leucócitos (glóbulos brancos), sendo que 90% são
linfócitos. A linfa transportada pelos vasos linfáticos é filtrada nos
linfonodos, também chamados de gânglios linfáticos ou nódulos
linfáticos;
Os linfonodos são estruturas esponjosas que se localizam em
regiões estratégicas do corpo, para realizar a sua principal tarefa:
filtrar a linfa. Os linfonodos, por possuírem finos canais com a
presença de leucócitos que identificam e destroem substâncias e
corpos estranhos, filtram a linfa, eliminando todo e qualquer corpo
estranho que ela possa conter, como vírus e bactérias. Quando o
organismo é invadido por microrganismos, os leucócitos presentes
nos linfonodos que estão próximos à área afetada identificam o
invasor e começam a se multiplicar para combatê-lo. Com isso, os
linfonodos aumentam de tamanho, formando inchaços chamados
de ínguas.
 A maioria dos componentes do plasma sanguíneo vão se infiltrar nas
paredes dos capilares sanguíneos para formar o líquido intersticial,
durante a passagem do líquido intersticial para os vasos linfáticos passa
então a ser chamado de linfa.
 A principal função do sistema imune e linfático é: drenagem do excesso
de líquido intersticial, temos por exemplo o Edema. 
Órgãos do sistema linfático 
Timo
Baço 
Linfonodos
Débito cardíaco 
 A quantidade de sangue bombeado pelo ventrículo direito e esquerdo é
denominado débito cardíaco, é medido em litro por segundo. 
Resistência vascular 
O sistema arterial é o sistema de alta resistência e baixa complacência,
que distribui o sangue a partir do ventrículo esquerdo;
O sistema venoso é o sistema de baixa pressão e alta capacitância
(complacência vascular), que armazena e faz o sangue retornar aos
átrios;
Pré e pós carga 
 A pré-carga para o ventrículo direito (volume de sangue no ventrículo
antes da contração) é o sangue que retorna ao coração proveniente do
sistema venoso de alta capacitância e baixa pressão.
A pós-carga (carga no ventrículo durante a contração, habitualmente
considerada como a pressão na aorta) para o ventrículo esquerdo é
criada pelo sistema arterial de alta resistência e baixa capacitância ou,
em outras palavras, pelo compartimento arterial de alta pressão.
Volume e pressão 
O equilíbrio hídrico e nutricional do organismo como um todo depende
da manutenção dos sistemas de distribuição, perfusão e coleta em
equilíbrio (pressão e volume) a todo momento. A distribuição
equilibrada do fluxo sanguíneo, diâmetro apropriado dos vasos e
capilares teciduais funcionais;
Volume x peso corporal 
 Nos mamíferos, existe uma relação entre o peso do coração e volume
sanguíneo e o peso corporal;
O peso do coração e o volume sanguíneo representam aproximadamente
0,6 e 8,0% do peso corporal, respectivamente.
A estrutura molecular do sistema arterial resiste à expansão e, portanto,
contém uma pequena porcentagem do volume total de sangue em
qualquer momento. essa condição fisiológica possibilita o
desenvolvimento de uma pressão elevada. como a expansão das artérias
deve-se principalmente ao estiramento das fibras colágenas e de elastina,
não há necessidade de nenhuma energia para que o diâmetro do vaso
retorne a seu estado normal (fase diastólica); 
Complacência dos vasos 
A complacência do sistema vascular varia de modo considerável. o
sistema arterial, que, em nível estrutural, contém principalmente
colágeno e elastina, tem pouca complacência. os vasos não irão se
expandir com facilidade e, portanto, irão resistir ao fluxo de sangue,
produzindo a pressão arterial sistêmica necessária para a perfusão
tecidual;
Todavia, o sistema venoso é estruturalmente diferente, visto que as
paredes dos vasos contêm menos colágeno e menos elastina do que as
artérias. o sistema venoso é capaz de se expandir com facilidade e manter
maiores volumes de sangue. por conseguinte, o sistema arterial foi
definido como o sistema de resistência, e o sistema venoso como o
sistema de complacência do sistema vascular. se as paredes dos vasos
forem mais complacentes, elas podem manter maior quantidade de
sangue por incremento da pressão de distensão; 
Ciclo cardíaco 
Pressão arterial 
A pressão arterial média irá variar ligeiramente, dependendo dos
efeitos da gravidade sobre os leitos vasculares. um bom exemplo disso
é a pressão arterial aórtica média da girafa (média de 190 mmhg) ou de
outros animais de pescoço longo. nesse exemplo, a pressão vascular no
nível do coração precisa ser aumentada para superar a pressão
hidrostática criada pela coluna de sangue proveniente da cabeça da
girafa até o nível do coração, a fim de perfundir adequadamente o
cérebro; 
Comparaçào da pressão em diferentes espécies 
É definido como o início de um batimento cardíaco até o início do
batimento cardíaco seguinte, sendo originado através de uma geração
espontânea de um potencial de ação no nodo sinusal, propagando-se esse
estímulo para o restante do coração. o ciclo cardíaco é dividido em dois
períodos: um período de relaxamento, chamado de diástole. quando
ocorre o enchimento de sangue no coração, e um período de contração,
chamado de sístole, neste momento, ocorre o esvaziamento de sangue
dentro do coração. durante todo o ciclo cardíaco, ocorrem alterações de
pressão e volume. 
Condução cardíaca
O sistema especializado de excitação e condução cardíaca controla todas
as contrações cardíacas, sendo constituído pelo nodo sinusal ou nodo
sinoatrial, vias internodais, nodo atrioventricular, feixe de his e fibras de
purkinje, todo esse sistema possui uma propriedade especial, que é ser
estimulado e conseguir propagar este estímulo para outras regiões do
coração. 
 Ciclo cardíaco: ciclo completo de contração (sístole) e
relaxamento (diástole) das câmaras cardíacas.
Frequência cardíaca: quantidade de ciclos ou batimentos
por minuto.
Débito cardíaco: volume de sangue bombeado pelo
coração por minuto .
Inervação do coração 
O coração é inervado pelo sistema nervoso autônomo. 
as fibras simpáticas são fornecidas pelos nervos cardíacos cervicais
e pelos nervos torácicos caudais (também denominados nn.
aceleradores, de acordo com a sua função), os quais se originam do
gânglio estrelado (cervicotorácico) e do gânglio cervical médio;
A quantidade de nervos varia entre as espécies e até mesmo entre
indivíduos.
As fibras parassimpáticas emergem como ramos do nervo vago
diretamente ou através do nervo laríngeo recorrente. essas fibras
nervosas são agrupadas sob a denominação nervo depressor.
Nodo sinoatrial 
 O nodo sinoatrial está localizado na parede superior lateral do átrio
direito, próximo à veia cava superior, essa região é chamada de marca-
passo cardíaco, pois é o local, em condições normais, onde o impulso
cardíaco é gerado. 
Vias internodais 
 Apos a geração do impulso no nodo sinusal, ele é conduzido através das
vias internodais que transmitem o impulso do nodo sinusal para o nodo
atrioventricular, passando por ambos os átrios (direito e esquerdo).
Nodo atrioventricular 
 Esse local é considerado como o ponto de transição entre o átrio e o
ventrículo, ou seja, todo estímulo que percorreu o coração até chegar a
esse ponto foi realizado somente no átrio e todo estímulo que chegar após
este local vai corresponder apenas ao ventrículo. Quando o estímulo
chega ao nodo atrioventricular, ocorre um retardo na condução do
impulso antes de passar para os ventrículos. esse retardo na condução do
estímulo permite que o átrio contraia-se antes do ventrículo, fornecendo
então um enchimento adicional de sangue no momento da
contraçãoventricular.
 Feixe de his e fibras de purkinje 
 Entrando no ventrículo, o estímulo passa para o feixe de his e depois para
as fibras de purkinje, ramificando-se em duas partes que são chamadas de
ramo direito e esquerdo;
Marca passo 
O marca-passo cardíaco é um dispositivo que é implantado no paciente
com a finalidade de emitir estímulos elétricos até o coração para garantir
uma frequência cardíaca mínima. neste caso, elevai substituir a função
do nodo sinoatrial, esse aparelho é recomendado para animais com
frequência cardíaca lenta (bradicardia), tendo como causa o desgaste do
sistema elétrico do coração, normalmente em função do envelhecimento
ou ainda por alguma doença cardíaca.
Os sintomas são decorrentes da diminuição do fluxo sanguíneo para o
cérebro, sendo os principais: fraqueza,tontura e desmaios.
Sons cardíacos 
A oclusão das valvas cardíacas produz sons característicos, as bulhas,
que são audíveis com um estetoscópio. há quatro bulhas cardíacas,
chamadas de b4 (bulha atrial), b1, b2 e b3. em geral, é possível escutar
todas as quatro bulhas apenas em alguns equinos, ao passo que b1 e b2
devem ser audíveis em todos os animais domésticos.
 
 A primeira bulha cardíaca (b1) é produzida pelo fechamento simultâneo
das valvas atrioventriculares no início da sístole. a segunda bulha
cardíaca (b2) é produzida pelo fechamento simultâneo das valvas aórtica
e pulmonar, marcando o início da diástole. a terceira bulha cardíaca (b3),
por sua vez, é produzida pelo preenchimento ventricular passivo. por fim,
a quarta bulha, ou bulha atrial (b4), é produzida pela contração atrial. 
Regulação da pressão arterial 
 Mecanismos de controle da pressão arterial é dado por barroreceptores
ou pelo sistema renina angiotensina aldosterona.
O a curto prazo (barrorceptores) estão relacionados aos mecanismo de
retroalimentação do sistema nervoso autônomo, os barroreceptores tem
a função regulatória, eles captam a pressão dos vasos sanguíneos
mandando a informação para o sistema nervos, estão localizados no arco
aórtico e seio carotído e fazem com que O sengue enviado pelo coração
seja menos, sendo assim diminui a pressão. 
 O sistema renina-angiotensina-aldosterona trata-se de uma série de
reações concebidas para ajudar a regular a pressão arterial.
Quando a pressão arterial cai (no caso da pressão sistólica, para 100 mm
Hg ou menos), os rins liberam a enzima renina na corrente sanguínea.
A renina se divide o angiotensinogênio, uma grande proteína que circula
na corrente sanguínea, em partes. Uma parte é a angiotensina I.
A angiotensina I, que se mantém relativamente inativa, é dividida em
partes pela enzima de conversão da angiotensina (ECA). Uma parte é a
angiotensina II, um hormônio que é muito ativo.
 
 
A angiotensina II faz com que as paredes musculares das pequenas
artérias (arteríolas) se contraiam, aumentando a pressão arterial. A
angiotensina II também provoca a liberação do hormônio aldosterona
pelas glândulas adrenais e da vasopressina (hormônio antidiurético)
pela hipófise.
A aldosterona e a vasopressina fazem com que os rins retenham sódio
(sal). A aldosterona também faz com que os rins excretem potássio. O
aumento de sódio faz com que a água seja retida, aumentando, assim, o
volume de sangue e a pressão arterial.
 
 
Referências:
Livro - Anatomia dos Animais Domésticos: Texto e Atlas Colorido (7°
edição)
 
Exercicíos 
1- Diferencie o sangue oxigenado e desoxigenado:
2-Qual a função do coração?
3-Cite a importância das válvulas cardíacas;
4- O que é débito cardíaco?
5- Diferencie a complacência vascular das artérias e veias:
6- O que é ciclo cardíaco e diferencie sístole e diástole:
7- Qual a função do sangue?
8-Diferencie artérias de veias:
9-Quasis os mecanismos de regulação da PA a curto e longo prazo?
10- Quais os órgãos envolvidos na regulação da PA a longo prazo? 
Gabarito: 
 1- O sangue oxigenado leva o2 para todo o corpo, o desoxigenado é o sangue
que sai do pulmão e volta parar o coração.
2-Ele é responsável por bombear o sangue para todo o corpo, graças a ele
que estamos vivos. 
3- São responsáveis por controlar o sangue que entra e sai do coração. Tri e
bicúspide impedem que o sangue doventrículo retorne ao atrio , pulmonar e
aórtico impedem que o sangue volte para o coração. 
4- É a quantidade de sangue que o coração bombeia, é medido em litros por
segundo. 
5-O sistema arterial é menos complacente pelo fluxo sanguíneo ser mais
rápido, ja o sistem venoso é mais complacente, o sangue é distribuído os
poucos.
6-O ciclo cardíaco e o início de um batimento at o outro, sístole é quando o
corac enche e diástole é quando esvazia. 
7- O sangue transposta nutrientesz, traz equilíbrio térmico para o corpo,
possui células de defesa para o organizmo, faz xeroca gastos e entre outros.
8- As artérias sao mais grossas e possuem pulsaçã, as veias s mai finas,
possuem válvulas e tem menos fluxo sanguíneo.
9- A curo prazo esta envolvido o mecanismo de retroalinhamento do sistema
nervoso. A longo prazo os mecanismos estão relacionados co rim, fígado e
pulmão, o a curto prazo mais rápido porem menos eficiente, a longo prazo é
mais demorado mas mais eficiente. 
10-Rim, fígado e pulmão.
Referências: 
Reece, William O. Anatomia funcional e fisiologia dos animais domésticos / 
William O. Reece, Eric W. Rowe ; tradução José Jurandir Fagliari, Fabiana 
Buassaly Leistner. - 5. ed. - Rio de Janeiro : Roca, 2020.
 
Livro - Anatomia dos Animais Domésticos: Texto e Atlas Colorido/ 7° edição

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