Buscar

SÍNDROME DE PANDORA E DISFUNÇÕES UROLÓGICAS DO GATO 4

Prévia do material em texto

FLUIDOTERAPIA 
-Correção da desidratação, acidose, 
azotemia pós-renal, hipercalemia e 
hiperfosfatemia; 
-Acesso venoso para aplicação de fármacos. 
 
ANESTESIA 
A anestesia deve ser feita 
preferencialmente após a estabilização do 
paciente. 
Além disso a anestesia deverá será racional 
e decidida caso a caso. 
OBS: nunca deve-se manipular o gato a 
força, pois o animal pode parar por conta do 
estresse excessivo. 
 
Geral 
-Dexmedetomidina (4µg/Kg IM); 
-Propofol (5 mg/Kg dose-efeito); 
 
Bloqueio local 
-Bloqueio de nervo pudendo: Lidocaína 2% 
com vasoconstritor (0,25mL/Kg). 
 
Inalatória 
-Alguns autores indicam para evitar a o 
stress da contenção. 
 
RESTABELECIMENTO DA PERMEABILIDADE 
URETRAL 
CAMINHO 1 
Em casos de animal com pouca dor e plug 
na posição mais distal na uretra pode ser 
feita a ordenha manual, posteriormente 
sondando o animal para fazer a lavagem da 
bexiga. 
Se não der certo a massagem peniana, 
animal encontra-se com muita dor ou plug 
mais cranial, realiza-se incialmente a 
cistocentese de alivio. 
Após fazer uma boa anestesia do animal, 
inicia-se a cateterização incompleta (só até 
o local da obstrução) e realiza o flush. 
O flush deve ser feito injetando solução 
fisiológica em alta pressão pela sonda, já 
posicionada na uretra do gato, o ideal é usar 
a seringa de 3 ml para esse procedimento. 
OBS: O que desobstrui o gato é o líquido em 
alta pressão (flush) e não a sonda. 
Após a desobstrução (plug voltou para 
vesícula urinária) realiza-se a cateterização 
completa para realizar a lavagem da 
vesícula urinária (até sair líquido límpido). 
 
 
 
CAMINHO 2 (IDEAL) 
 
 
EXPOSIÇÃO CUIDADOSA DO PÊNIS 
Para expor com os dedos em forma de 
pinça, deve-se pegar o prepúcio com as 
pontas dos dedos. Esse prepúcio deve ser 
empurrado perpendicularmente a coluna. 
 Posteriormente, deve-se rebater o pênis 
caudalmente para facilitar a passagem da 
sonda. 
 
MATERIAS NECESSÁRIOS PARA 
CISTOCENTESE DE ALÍVIO 
-Equipamentos para tricotomia; 
-Materiais para antissepsia; 
-Luvas estéreis; 
-Panos de campo/compressas; 
-Scalp 21 ou agulha hipodérmica 30 x 0,7; 
-Extensor pequeno; 
-Torneira de 3 vias; 
-Equipo macrogotas. 
É o ideal. 
 
MATERIAIS NECESSÁRIOS PARA A 
DESOBSTRUÇÃO 
-Equipamentos para tricotomia; 
-Materiais para antissepsia; 
-Luvas estéreis; 
-Lubrificante/anestésico local estéril; 
-Sonda tomcat com guia, sonda uretral no 4 
ou sonda de espera do tipo Sovereign; 
-Extensor pequeno; 
-Torneira de 3 vias; 
-Seringas de 3, 5 e 10 mL; 
-Equipo Macrogotas; 
-Bolsa de coleta de urina ou frasco de soro 
vazio; 
-Fios de sutura; 
-Compressas esterilizadas. 
 
TRATAMENTO APÓS A DESOBSTRUÇÃO 
(INTERNAÇÃO) 
HIPERCALEMIA 
-Bicarbonato de sódio; 
-Se há risco de morte iminente: glicose + 
insulina; 
-Gluconato de cálcio 10% - cardioprotetor 
(se nada funcionar). 
 
CORREÇÃO DA ACIDOSE METABÓLICA 
Peso do gato X 0,3 X déficit de bicarbonato 
(mEq/L) = dose de bicarbonato necessária 
(em mEq/L) 
 
HIPOCALEMIA 
Pode ocorrer posterior a desobstrução por 
intensa diurese. 
-Administrar KCl IV => taxa máxima 0,5 
mEq/Kg/h. 
 
HIPOTENSÃO 
-Dobutamina: 2,5 a 10 mg/kg/min; 
-Norepinefrina: 0,1 mcg/kg/min. 
 
DIETA 
Não pode trocar dieta na internação, pois o 
animal vai ficar com ranço da dieta (associar 
o sabor da dieta com a internação). Na 
internação o animal come o que ele ama. 
Para uma nutrição adequada também deve-
se oferecer ao animal dietas hipercalóricas, 
pois em déficit energético o gato faz 
lipidose hepática.

Continue navegando