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Art. 678 - Aos Tribunais Regionais, quando divididos em Turmas, compete: I - ao Tribunal Pleno, especialmente: a) processar, conciliar e julgar originàriamente os dissídios coletivos; b) processar e julgar originàriamente: 1) as revisões de sentenças normativas; 2) a extensão das decisões proferidas em dissídios coletivos; 3) os mandados de segurança; 4) as impugnações à investidura de vogais e seus suplentes nas Juntas de Conciliação e Julgamento; c) processar e julgar em última instância: 1) os recursos das multas impostas pelas Turmas; 2) as ações rescisórias das decisões das Juntas de Conciliação e Julgamento, dos juízes de direito investidos na jurisdição trabalhista, das Turmas e de seus próprios acórdãos; 3) os conflitos de jurisdição entre as suas Turmas, os juízes de direito investidos na jurisdição trabalhista, as Juntas de Conciliação e Julgamento, ou entre aquêles e estas; d) julgar em única ou última instâncias: 1) os processos e os recursos de natureza administrativa atinentes aos seus serviços auxiliares e respectivos servidores; 2) as reclamações contra atos administrativos de seu presidente ou de qualquer de seus membros, assim como dos juízes de primeira instância e de seus funcionários. II - às Turmas: a) julgar os recursos ordinários previstos no art. 895, alínea a; b) julgar os agravos de petição e de instrumento, êstes de decisões denegatórias de recursos de sua alçada; c) impor multas e demais penalidades relativas e atos de sua competência jurisdicional, e julgar os recursos interpostos das decisões das Juntas dos juízes de direito que as impuserem. Parágrafo único. Das decisões das Turmas não caberá recurso para o Tribunal Pleno, exceto no caso do item I, alínea "c" , inciso 1, este artigo. Art. 679 - Aos Tribunais Regionais não divididos em Turmas, compete o julgamento das matérias a que se refere o artigo anterior, exceto a de que trata o inciso I da alínea c do Item I, como os conflitos de jurisdição entre Turmas. Com a emenda 45 algumas novidades vieram para o judiciário no modo geral e uma delas foi a chamada Justiça Itinerante que é a justiça disponibilizada por meio de unidades móveis para poder realizar audiências em cidades que não há uma sede física da vara do Trabalho. Em geral, são ônibus que o tribunal envia pro interior. Outra novidade que foi trazida pela emenda 45 para a CLT, foram as câmaras regionais no qual o Tribunal Regional em julgamento de grande repercussão, pode realizar esse julgamento de forma descentralizada. Não necessariamente no tribunal, ele pode marcar em outro local, pode sair da sede do Tribunal (essas duas novidades é para deixar o jurisdicionado mais próximo) Comentário §1º do art. 115: quem faz a audiência é o juiz mesmo, essa é uma disposição que foi aplicada ao TRT, mas ele só vai viabilizar a audiência quem vai fazer é o juiz. Art. 112. A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho. - Quando não tiver vara do trabalho, quem julga é o juiz de direito, mas ele não vai ta funcionando como juiz de direito, vai ta funcionando como juiz do trabalho porque ele vai ta dentro da jurisdição trabalhista. Inclusive, se tiver na localidade 2 varas e for uma criminal e uma cível, quem vai julgar é a cível, pois a questão trabalhista esta relacionada a uma questão cível especial que é o contrato de trabalho. A Justiça do Trabalho no Maranhão ela é intermunicipalizada em que todo o Maranhão tem acesso a JT e por julgamento de juízes do trabalho e não juízes de Direito, porque quando não há a existência física da vara, aquela vara que está próxima tem jurisdição naquele município. Art. 113. A lei disporá sobre a constituição, investidura, jurisdição, competência, garantias e condições de exercício dos órgãos da Justiça do Trabalho. Ver: art. 644 da CLT; art. 668 e 669 da CLT. Art. 644 - São órgãos da Justiça do Trabalho: a) o Tribunal Superior do Trabalho; b) os Tribunais Regionais do Trabalho; c) as Juntas de Conciliação e Julgamento ou os Juízos de Direito. Art. 668 - Nas localidades não compreendidas na jurisdição das Juntas de Conciliação e Julgamento, os Juízos de Direito são os órgãos de administração da Justiça do Trabalho, com a jurisdição que lhes for determinada pela lei de organização judiciária local. Art. 669 - A competência dos Juízos de Direito, quando investidos na administração da Justiça do Trabalho, é a mesma das Juntas de Conciliação e Julgamento, na forma da Seção II do Capítulo II. C) TST: é o Tribunal Superior do Trabalho e tem jurisdição em todo território nacional (art. 92, CF). Ele é a última instancia da JT. Se localiza em Brasília e é composto por 27 ministros togados. O acesso ao TST se dá através de indicação e eles são nomeados pelo Presidente da República após a aprovação da maioria absoluta do Senado Federal. Tem que mais de 35 anos e menos de 65. Esses 27 ministros ocupam os órgãos do TST Órgãos do TST: órgãos que são competentes pra julgar as causas que chegam lá pra apreciação. Divide-se em: turmas, SDI 1 e 2, a SDC, o órgão especial e o pleno. Turmas: No TST, temos 8 turmas e cada turma é composta por 3 ministros. O papel principal da turma é julgar recursos oriundos das decisões proferidas pelos TRT’s em dissídios individuais, ela não julga questões coletivas. Recuso de revista, agravo de instrumento e embargos de declaração são os recursos que podem atacar. SDI é a sessão de dissídios individuais e ela é um órgão que está acima da turma. Como regra julga os recursos oriundos da turma, o chamado recurso de embargos para o TST. E pode ser utilizado quando tiver divergência entre duas turmas ou quando uma turma divergir de um posicionamento já firmado. Da decisão da SDI só caberia Recurso extraordinário já pro STF. - A SDI 2 julga, exclusivamente, matéria de direito, portanto, eventual mandado de segurança ou ação rescisória que cai no TST e envolva dissídios individuais é ela que vai julgar. Quem julga o recurso de embargos para o TST é a SDI 1. SDC: ela é o órgão que julga, exclusivamente, questões de direito coletivo. Toda e qualquer questão que envolve dissídio coletivo. Além de julgar RO, pode julgar mandado de segurança e eventual ação rescisória. Órgão Especial é um órgão recente, foi criado depois da emenda 45 e substituiu um antigo órgão chamado sessão administrativa. Essa sessão só julgava matéria de servidores em âmbito administrativo. Agora esse órgão passou a ser competente para julgar questões administrativas e judiciais. Pleno: é a composição dos 27 ministros juntos. Ele tem uma função mais voltada a aprovar a revisão de sumulas, a composição no tribunal, a eleição da mesa diretora. O legislador mandou um recado pro TST, ao dizer que o quorum e a forma de aprovação, cancelamento e revisão das súmulas, não é como ele quer e sim como está na lei. Ver: Art. 702, I, “f” e §3º e 4º da CLT (procedimento de estabelecimento ou alteração de súmulas). Art. 702 - Ao Tribunal Pleno compete: I - em única instância: f) estabelecer ou alterar súmulas e outros enunciados de jurisprudência uniforme, pelo voto de pelo menos dois terços de seus membros, caso a mesma matéria já tenha sido decidida de forma idêntica por unanimidade em, no mínimo, dois terços das turmas em pelo menos dez sessões diferentes em cada uma delas, podendo, ainda, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de sua publicação no Diário Oficial; § 3o As sessões de julgamento sobre estabelecimento ou alteração de súmulas e outros enunciados de jurisprudência deverão ser públicas, divulgadas com, no mínimo, trinta dias de antecedência, e deverão possibilitar a sustentação oral peloProcurador-Geral do Trabalho, pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, pelo Advogado-Geral da União e por confederações sindicais ou entidades de classe de âmbito nacional. § 4o O estabelecimento ou a alteração de súmulas e outros enunciados de jurisprudência pelos Tribunais Regionais do Trabalho deverão observar o disposto na alínea f do inciso I e no § 3o deste artigo, com rol equivalente de legitimados para sustentação oral, observada a abrangência de sua circunscrição judiciária. O TST tem sua competência estabelecida em lei, então além do art. 702 da CLT, tem uma lei específica a Lei 7.701/88 (estabelece a cerca da competência). Em relação ao TST tiveram novidades da emenda 45 também. A primeira delas é a ENAMAT (escola nacional de formação e aperfeiçoamento de magistrados). Essa escola é um órgão do TST, funciona dentro dele e serve para atualizar os juízes dos assuntos. E também é importante porque o juiz que é aprovado no concurso, pra ele ficar no cargo, ele tem que fazer um curso na ENAMAT. Outra novidade é o CSJT que é o Conselho Superior da Justiça do Trabalho. Ele é como se fosse um mini CNJ dentro da justiça do Trabalho. É um órgão que fiscaliza questões administrativas, financeiras, patrimoniais da JT de primeiro e segundo grau. Então os atos praticados pelos juízes, desembargadores, a atuação no tribunal de modo geral, quem fiscaliza é CSJT. Qualquer coisa ele que vai punir o magistrado, que vai investigar se o dinheiro ta sendo bem empregado, etc. Art. 111-A, CF: o Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco anos e menos de sessenta e cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal, sendo: I- um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94; II- os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior. 3.4 COMPETÊNCIA TERRITORIAL Fixada de acordo com o local onde o empregado presta o serviço, independentemente de onde ele foi contratado. Se ele prestar serviços em vários locais? Ele vai poder ajuizar em cada um dos locais em que ele prestou serviço? NÃO, ultimo local em que ele prestou serviço. A competência territorial é uma competência de natureza relativa. Qualquer vício que venha existir só pode ser arguido pela parte interessa e esta deve alegar esse vício na primeira oportunidade que tiver de falar em juízo sob pena de preclusão. A forma de alegação desse vicio é pela exceção de incompetência territorial, aqui não adota a regra do CPC/15 de alegar em preliminar de contestação. Deverá ser peça autônoma. Deverá ser arguido na audiência, pois, é o primeiro momento que o reclamado fala no processo. Existe 3 exceções à regra: 1. Empregado agente ou viajante comercial Essa pessoa tem que ajuizar a ação na localidade da agencia ou filial da empresa em que ela estiver vinculada Se nessa localidade não houver vara do trabalho, ela vai ajuizar na localidade do seu domicilio Se não houver vara do trabalho em seu domicilio, ela deverá ajuizar na localidade mais próxima. 2. Brasileiro contratado no Brasil para trabalhar no exterior Não é qualquer empregado, deve ser empregado BRASILEIRO. Esse empregado tem a opção de ajuizar a ação no país estrangeiro onde ele prestou serviço, como também pode retornar ao Brasil e ajuizar a ação na justiça do trabalho brasileira, contanto que não haja uma norma internacional proibindo essa possibilidade Qual o local em que ele vai ajuizar a ação no Brasil? Pode ser o local em que ele foi contratado, pode ser o local em que a empresa tenha agencia/sede/filial, 3. Empregado de empresa que contrata em um local para desenvolver em outro Pode ajuizar a ação no local em que ele foi contratado ou no local onde ele prestou o serviço. Exemplo: circo, empresas de transporte rodoviário de passageiros, construtoras Art. 651, CLT - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro. (REGRA) § 1º Quando for parte no dissídio agente ou viajante, é competente a Junta da localidade onde o empregador tiver o seu domicílio, salvo se o empregado estiver imediatamente subordinado à agência, ou filial, caso em que será competente a Junta em cuja jurisdição estiver situada a mesma agência ou filial. § 1º - Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da Junta da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a Junta da localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima. § 2º - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento, estabelecida neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em contrário. § 3º - Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços. E o trabalhador que está em condições análogas à de escravo e conseguiu fugir? Ele deverá ajuizar a ação no local onde prestou o serviço ou no local do seu domicilio? Como regra, no local onde prestou o serviço. No entanto, ao obrigar o trabalhador a voltar ao local onde prestou o serviço eu estaria resguardando o acesso à justiça? Coloca-se em cheque a imperatividade da norma, que possui ordem pública, e, do outro lado, a garantia do acesso à justiça. Há decisões do TST que defendem a relativização dessa regra geral quando for o caso de trabalho escravo, bem como, empresas de grande porte, onde o trabalhador pode ajuizar a ação em seu próprio domicilio. No entanto, trata-se de uma corrente minoritária Majoritariamente o TST defende a tese que deve ser observar a regra do art. 651 da CLT. No entanto, a professora acha que isso tem que ser mudado, uma vez que não se está garantindo aos trabalhadores o efetivo acesso à justiça. Foro de Eleição: situação em que eu firmo um contrato de trabalho com o empregador e nós temos a liberdade de eleger o local onde queremos dirimir nossos conflitos. A norma do art. 651 é imperativa? Não pode. Como regra, não é aplicado foro de eleição, uma vez que a norma do art. 651 é imperativa, de ordem pública, por isso, não é possível que as partes flexibilizem os seus dispositivos. Temos o entendimento que os direitos trabalhistas são indisponíveis, não posso dispor dos meus direitos como regra. Então eu não posso dispor do local onde pode ser ajuizada a ação. Art. 63, CPC - As partes podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro onde será proposta ação oriunda de direitos e obrigações. Não cabe no contrato de trabalho. 4 CONFLITO DE COMPETENCIA *Quando dois juízos se entendem competentes para julgarem aquela causa (conflito positivo) ou, quando dois juízos se entendem incompetentes para julgar aquela causa (conflito negativo) Art. 114, V, CF - Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: V os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o; Art. 803 à 811, CLT Art. 803 - Os conflitos de jurisdição podem ocorrer entre: a) Juntas de Conciliação e Julgamento e Juízes de Direito investidos na administração da Justiça do Trabalho; b) Tribunais Regionais doTrabalho; c) Juízos e Tribunais do Trabalho e órgãos da Justiça Ordinária; d) Câmaras do Tribunal Superior do Trabalho. Art. 804 - Dar-se-á conflito de jurisdição: a) quando ambas as autoridades se considerarem competentes; b) quando ambas as autoridades se considerarem incompetentes. Art. 805 - Os conflitos de jurisdição podem ser suscitados:
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