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Conflitos de Jurisdição na Justiça do Trabalho

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a) pelos Juízes e Tribunais do Trabalho; 
 b) pelo procurador-geral e pelos procuradores regionais da Justiça do Trabalho; 
 c) pela parte interessada, ou o seu representante. 
 
Art. 806 - É vedado à parte interessada suscitar conflitos de jurisdição quando já houver oposto na causa exceção de 
incompetência. 
 
Art. 807 - No ato de suscitar o conflito deverá a parte interessada produzir a prova de existência dele. 
 
 Art. 808 - Os conflitos de jurisdição de que trata o art. 803 serão resolvidos: 
a) pelos Tribunais Regionais, os suscitados entre Juntas e entre Juízos de Direito, ou entre uma e outras, nas respectivas 
regiões; 
b) pela Câmara de Justiça do Trabalho, os suscitados entre Tribunais Regionais, ou entre Juntas e Juízos de Direito 
sujeitos à jurisdição de Tribunais Regionais diferentes; 
c) pelo Conselho Pleno, os suscitados entre as Câmaras de Justiça do Trabalho e de Previdência Social; -- NÃO EXISTE 
MAIS, letra morta 
d) pelo Supremo Tribunal Federal, os suscitados entre as autoridades da Justiça do Trabalho e as da Justiça Ordinária. 
 
Art. 809 - Nos conflitos de jurisdição entre as Juntas e os Juízos de Direito observar-se-á o seguinte: 
I - o juiz ou presidente mandará extrair dos autos as provas do conflito e, com a sua informação, remeterá o processo 
assim formado, no mais breve prazo possível, ao Presidente do Tribunal Regional competente; 
II - no Tribunal Regional, logo que der entrada o processo, o presidente determinará a distribuição do feito, podendo o 
relator ordenar imediatamente às Juntas e aos Juízos, nos casos de conflito positivo, que sobrestejam o andamento dos 
respectivos processos, e solicitar, ao mesmo tempo, quaisquer informações que julgue convenientes. Seguidamente, 
será ouvida a Procuradoria, após o que o relator submeterá o feito a julgamento na primeira sessão; 
III - proferida a decisão, será a mesma comunicada, imediatamente, às autoridades em conflito, prosseguindo no foro 
julgado competente. 
 
Art. 810 - Aos conflitos de jurisdição entre os Tribunais Regionais aplicar-se-ão as normas estabelecidas no artigo 
anterior. 
 
Art. 811 - Nos conflitos suscitados na Justiça do Trabalho entre as autoridades desta e os órgãos da Justiça Ordinária, 
o processo do conflito, formado de acordo com o inciso I do art. 809, será remetido diretamente ao presidente do Supremo 
Tribunal Federal. 
 Como regra, esse conflito pode ser arguido pela parte interessada ou até pelo terceiro juridicamente interessado. Além 
dessas figuras, há o MP do Trabalho e o próprio juiz. 
 Quando é feito pela parte interessada e pelo MP do Trabalho é através de petição escrita onde se exporá as razões de 
fato e de direito que justifica a ideia de que ali aquele juiz não seria competente para julgar a causa, e sim outro juízo. 
 Só é possível haver conflito de competência de juízes de tribunais diferentes. Não é possível existir conflito de 
competência entre vara do trabalho e TRT da mesma região, somente de regiões diversas, porque de mesma região não 
há conflito, uma vez que há HIERARQUIA entre eles 
a. Vara do trabalho SLZ x Vara do trabalho Balsas = TRT 16 
b. Vara do trabalho SLZ x Vara do trabalho FOR = TST 
c. TRT 16 x Vara do trabalho de Teresina PI = TST 
d. TRT 7 x TRF 5ª região = STJ 
e. Vara do Trabalho SLZ x Justiça Federal = STJ 
f. TRT x STJ = STF 
g. TST x STJ = STF 
h. Vara do trabalho SLZ x TRT 16 = NÃO HÁ CONFLITO, UMA VEZ QUE HÁ HIERARQUIA. 
 Deve-se observar se o conflito for de órgãos da mesma região, ele só pode existir entre uma vara do trabalho e uma vara 
da justiça comum investida de jurisdição trabalhista. Quando isso ocorrer quem vai resolver o conflito é o órgão 
imediatamente superior, logo, seria o TRT 
 Se tenho conflito entre órgãos da Justiça do trabalho de regiões diversas, quem resolve é o TST. Não interessa se é 
entre varas e TRT ou entre varas e varas, quem resolve é o TST. 
 Se eu tiver conflito que envolva tribunal superior quem vai resolver é o STF. 
 Quando forem órgãos de justiças diversas, se não envolver tribunal superior, é o STJ. 
 Súmula 420, TST: Não se configura conflito de competência entre Tribunal Regional do Trabalho e Vara do Trabalho a 
ele vinculada. (ex-OJ nº 115 da SBDI-2 - DJ 11.08.2003) 
 Há uma hierarquia. 
 
UNIDADE II 
 
ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO 
 
1. Juiz do trabalho 
 Responsável por apreciar e julgar as causas trabalhistas 
 Acesso: concurso público de provas e títulos, esse concurso era regional, hoje é nacional. Quem faz o concurso é o TST, 
desde a primeira fase até a última fase. No momento em que se passa nesse concurso há a posse, tem que ir para 
ENAMAT passar 20 a 30 dias fazendo curso de formação para poder ter o direito de ser vitalício. Depois desse período, 
passa-se a exercer o cargo de juiz na comarca a qual se foi lotado. Ingressa primeiro como juiz do trabalho substituto, e 
depois, por atividade e merecimento pode-se chegar a ser juiz titular. 
 OBS: para ser desembargador não precisa ser titular, basta ser juiz. 
 Composição das varas é feita por juiz singular (mesmo juiz titular), e pelos juízes substitutos. 
 O juiz do trabalho tem garantias: vitaliciedade, inamovibilidade, irredutibilidade de salário 
 Vedação: não pode advogar depois de 3 anos de aposentado, ser sócio administrador de empresa, não pode ser 
empregado de outro órgão, não pode receber dadivas e presentes. 
2. Vara do Trabalho 
 Instalada nos municípios de acordo com os critérios estabelecidos no TRT. A aprovação do quantitativo de varas é feito 
por Lei Federal, logo, a Lei Federal cria as varas, mas, elas são instaladas no município de acordo com os critérios do 
TRT daquela localidade 
 É composta por juiz singular e os juízes substitutos. A quantidade dos substitutos é de acordo com a quantidade de 
serviço. Pode existir nenhum substituto, a obrigação é haver juiz titular 
 A instalação da vara é pelo TRT, mas o quantitativo de varas é definido pela Lei Federal, a lei que autoriza a criação das 
varas 
 A vara do trabalho é instalada e tem jurisdição num raio de 100 km da sede, desde que hajam vias adequadas de acesso. 
Caso não haja o alcance da vara do trabalho em um município seria uma vara da justiça comum que seria investida da 
jurisdição trabalhista, neste caso, a sentença do juiz de direito é recorrida perante o TRT e não perante o TJ. 
3. TRT 
 Tribunal Regional do Trabalho 
 Não é obrigado haver TRT em cada estado. A lei que vai estabelecer a criação do TRT – art. 112, CF. alguns abarcam 
dois estados e, no estado de SP há dois TRT’s para um estado 
 O TRT é composto por desembargadores. Na CF fala juízes, mas eles possuem autorização legal para serem chamados 
de desembargadores. 
 O acesso é por promoção e o caso do quinto constitucional 
 Quinto constitucional: procuradores do trabalho e membros da advocacia com 10 anos de carreira 
 + 30 anos e – 65 anos de idade, deverão ser nomeados pelo Presidente da República 
 O Tribunal se divide em pleno ou pleno + turmas 
 Competência funcional: art. 678, CLT 
 O tribunal tem competência, em regra, para julgar recursos. O recurso que ele mais julga é o Recurso Ordinário. Julga 
também agravo de instrumento, embargos de declaração, Agravo Regimental. 
 Qual o critério para haver pleno + turmas? Quantitativo de magistrados. Tem que ter no mínimo 7 desembargadores. 
Para haver pleno e turmas deve haver um quantitativo maior 
4. TST 
 Pacificar a jurisprudência trabalhista, tanto é que temos súmulas e OJ’s 
 Temos no TST vários órgãos 
I. Tribunal pleno 
II. SDI – 1 
III. SDI – 2 
IV. SDC 
V. Turmas 
VI. Órgão especial 
VII. CSJT (Conselho Superior da Justiça do Trabalho) 
VIII. ENAMAT (Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados) 
 TST tem sede em Brasília e tem jurisdição em todo território nacional, a jurisdição dele é federal. 
 Composto por 27 ministros oriundos da magistratura de carreira, eleitos pelos seus pares. 
 Acesso: maiores de 35 anose menores de 65 anos. E também há o fato dos membros do quinto constitucional. 
 Membros de advocacia e procuradores do MP do Trabalho com mais de 10 anos na carreira com notável saber jurídico 
e reputação ilibada. Aquele que for indicado deverá ser nomeado pelo Presidente da República após a aprovação da 
maioria absoluta do Senado. 
 
UNIDADE IV - MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO 
 
 É vinculado ao Ministério Público da União 
 Esse órgão, juntamente com o Ministério Público em geral, sempre teve sua autonomia controvertida, uma vez que antes 
da CF 88 ora ele era um órgão da esfera administrativa e ora era um órgão vinculado ao Poder Judiciário. A CF 88 definiu 
de forma bem clara que o MP é uma função essencial a justiça, não é vinculado nem ao poder executivo nem ao poder 
judiciário. 
 OBS: os dispositivos da CLT referentes ao MP do Trabalho foram revogados, uma vez que se refere a ele como órgão 
do Poder Executivo 
 Quem regulamenta o MP do Trabalho é a Constituição, nos artigos 127e seguintes, e a Lei Complementar 75/1992 (Lei 
que regulamenta do MP da União) 
 Assim como os membros do poder judiciário, os membros do MP possuem garantias e vedações. Vitaliciedade, 
inamovibilidade... 
 Vedações: exercício de qualquer outro cargo ou função pública, receber dádivas, não ser sócio administrador de 
empresas, não pode atuar no mesmo órgão que se aposentou durante 3 anos 
 Órgãos do MP do Trabalho 
a. Procuradoria Geral do Trabalho – órgão máximo 
b. Subprocuradores Gerais do Trabalho – aqueles membros do MP do Trabalho que atuam perante o TST 
c. Procuradores Regionais do Trabalho – atuam perante o TRT 
d. Procurador do Trabalho – Varas do Trabalho 
 Apesar de ter esse organograma, nada impede que um procurador do trabalho atue no TRT. Se houver autorização do 
procurador regional ele poderá atuar. Da mesma forma, nada impede que um procurador regional atue perante o TST se 
houver autorização da Subprocuradoria regional do trabalho. 
 Acesso: concurso público de provas e títulos. É um concurso que é nacional. 
 O organograma do MP é igual ao da Justiça do Trabalho, nós temos também 24 procuradorias regionais do trabalho 
 Nós temos a subprocuradoria geral que se localiza em Brasília 
 Nas procuradorias regionais tem os procuradores do trabalho e procurador regional. 
 A carreira de MP você já entra desde a posse como titular. 
 Competência 
 Art. 83, Lei Complementar 75/93 
 Atuar como arte ou como fiscal da lei. Quando ele atua como parte ele ajuíza ações, ele recorre. 
 Quais ações que ele pode ajuizar? Ação civil pública e ação civil coletiva. Há outras, tais como, ação de dissidio coletivo 
de greve. Se ele constatar irregularidades em uma convenção ou acordo coletivo poderá ajuizar ação anulatória. Pode 
ajuizar ação rescisória. Mandado de prisão. 
 Age como fiscal da lei ao emitir parecer. Geralmente ocorre em sede de TRT e TST. 
 Pode atuar na esfera extrajudicial 
 Através do Inquérito Civil público, onde vai investigar, por exemplo: 
 Trabalho escravo 
 Trabalho infantil 
 Assédio coletivo 
 O inquérito civil pode ser instaurado por denuncia ou de oficio. 
 Promover audiências públicas para informar a população sobre a atuação do MP ou sobre trabalho escravo, por exemplo. 
 Firmar o TAC – termo de ajustamento de conduta. 
 Art. 84, LC 75/93

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