Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
i. Constituição Federal: há normas de cunho processual/versam o exercício da jurisdição; ii. Lei ordinária federal: Novo Código de Processo Civil. Códigos se originam da Constituição Federal. “É de competência privativa* da União legislar sobre Direito Processual” (v. Art. 22, I, CF; Lei n. 5.869/73; Lei n. 13.105/15) *Só a união pode Legislar iii. Lei estadual (v. Art. 24, XI, CF) *Concorrente (federação, estadual e distrito federal). Há um conflito. Como se interpreta: União legisla as normas processuais propriamente ditas. Ex.: CPC 2015. O Estado e o Distrito Federal podem legislar sobre as competências do processo, ou seja, custas processuais, publicação no diário oficial etc. (vão legislar sobre procedimentos em matéria, de acordo com a realidade local – apoio ao processo). AULA - 24.08.15 Continuação Fontes do Direito Processual Civil... iv. Tratados internacionais: o tratado entra como legislação infraconstitucional. Sempre que um país for signatário (basta que seja signatário), isso ocorrerá, exceto em tratados que versem sobre Direitos Humanos (são internalizados como emendas constitucionais – norma em patamar constitucional, passando por um controle constitucional). Ex.: garantia da razoável duração do Processo – quando o Brasil assinou o Pacto San Jose, com a Costa Rica, EC/45. (Art. 13, CPC 2015) v. Regimentos Internos dos Tribunais: versa sobre composição, organização e funcionamento dos tribunais. Ex.: Tribunal de Justiça/MA – desembargadores – câmaras (I, II e III Criminal, I, II e III Cível). Desembargador relator, revisor e vogal. I Vara Cível = recorro da decisão do juiz = TJ = vai para alguma Câmara Cível (sorteio) = sorteia o relator, revisor e vogal – dispõe organização, composição e funcionamento do Tribunal e Justiça estadual (regulamenta a função jurisdicional) – se adequa a realidade, ao número de desembargadores, de demanda. Todos esses são fontes formais: fontes regulantes, indistintamente. Fontes materiais do Direito: princípios gerais, costumes, doutrinas, analogia e jurisdição. o Princípios gerais do Direito – normas não escritas que estão presentes no ordenamento jurídico. Consigo extrair diretrizes do ordenamento jurídico, decorrendo da própria lógica. Ex.: O alegado não provado é o mesmo que não alegado - Alegar e não mostrar provas, é o mesmo que não alegar. Aquilo que está nos altos, não está no mundo - o juiz não pode fundamentar algo que não foi levado ao Processo. o Doutrina – a literatura jurídica, os ensinamentos dos juristas, jurisconsultos e especialistas acerca do Direito, auxiliando na compreensão das fontes formais do Direito. Tratados Internacionais; Leis; Há divergência enquanto fonte do Direito; o Jurisprudência – é o resultado da interpretação dos tribunais acerca de uma determinada legislação (conjunto de decisões sobre determinada matéria) Deve derivar de um órgão colegiado (realiza um julgamento com vários juízes) – decisões reiteradas, é um conjunto de decisões; Juiz singular não cria jurisprudência (só é um precedente); Se copia a ementa do julgado, e refere a jurisprudência; Elaboração de enunciados de súmula, para facilitar a referenciação (citação, no tribunal) com a jurisprudência – conjunto de julgamentos, resumos. Ex.: Súmula do STJ, em enunciados (resumem o posicionamento do tribunal perante determinada matéria). Súmulas vinculantes: vinculado pelo STF para todos os tribunais e órgãos de administração pública, direta e indireta. Obriga. Ex.: proibição do nepotismo. Versam sobre matéria constitucional. *Cabe reclamação para o STF Súmulas persuasivas: elaborada pelos demais tribunais (órgãos colegiados). Servem para indicar o posicionamento do tribunal. “Distinguish”: alego matéria, sumulada; para deixar de aplicar a súmula, devo demonstrar que a súmula não se aplica ao caso. Podem ser canceladas. o Costumes – é uma conduta repetitiva, reiterada, frequente. Criam sensação de obrigatoriedade ou serve para revelar algo na legislação Contra legem: viola a Lei – não pode ser fonte material; Secundum legem: reforça a disposição legal; Praeter legem: se antecipa a disposição legal, prévio a lei – nasce no vácuo legislativo, para beneficiar a Lei (prática reiterada que acaba como sendo visto como obrigação). Ex.: CPC, Art. 282 – as formas como se pretende provar e alegar – geralmente deixa em aberto para que se pode utilizar de todas as formatações legais de Direito. a. Interpretação da Lei Processual Fixar alcance e significado de determinada preposição legislativa (às normas jurídicas). Situações em que tal Lei será aplicada. o Literal/gramatical: i. Fixa-se o alcance e o significado das normas jurídicas a partir da literalidade da Lei (leitura/texto/verbo); ii. Basta ler a lei para saber o que o legislador quis dizer iii. Ex.: CPC, Art. 513. “Da sentença cabe apelação” = na decisão cabe recurso. iv. Nem sempre é suficiente para extrair alcance e significado. o Método lógico-sistemático: i. Insere-se a norma jurídica em um determinado ordenamento (jurídico) que não admite contradições ou paradoxos; ii. Não pode haver antinomia e nem anomia. iii. Art. 155, CPC 1. Todo processo é público, exceto os que correm em segredo de justiça (interesse público e intimidade das partes); 2. Todo processo é público – só quem consulta o processo são as partes e os procuradores (encerra a contradição com a interpretação lógica sistemática, dita acima); AULA 31.08.15 4.3 Integração da LP Quando precisamos preencher alguma lacuna do ordenamento jurídico; Métodos (Art. 4º, Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro) o Proibição do Non Liquet (não pode alegar obscuridade ou lacunas): Costumes; Analogia; Princípios gerais do Direito; Analogia: o Se utiliza, para um caso em questão, uma determinada norma jurídica que é aplicável a um caso similar; Citação: é o ato por meio do qual se chama o réu ao processo para que ele possa se defender – ato inaugural para o réu (vai saber que está sendo citado); Citação por hora certa: suspeita de ocultação, marca uma hora para retornar, se não estiver no local, já é considerada citada; Intimação: é como dou o conhecimento às partes do processo sobre os atos processuais – convocado para saber sobre o que está ocorrendo no processo; Aplicar, por Analogia, a Intimação por hora certa: omissão legislativa que sana através dessa forma de interpretação. Ex.: Art. 126, CPC/73; 4.4 Aplicação da LP LP no espaço o Para que o Estado possa manter a ordem no seu interior, precisa concretizar/aplicar suas próprias Leis – precisa de um órgão jurisdicional; o A Lei Processual Civil se aplica a todo território brasileiro; inclusive para estrangeiros (o importante é estar no território, Estado que está vinculada);
Compartilhar