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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA Letras: Português Literaturas Ana Beatriz Imenes Nobre de Almeida Inatismo, comportamentalismo e interacionismo: As concepções sobre o desenvolvimento e a aprendizagem 2024 INTRODUÇÃO Este trabalho tem como objetivo apresentar o surgimento da psicologia, apresentando os principais pensadores da época. Além disso, apresentar as principais correntes da psicologia do desenvolvimento: inatismo, comportamentalismo e interacionismo e como essas correntes podem ser aplicadas na vivência pedagógica. O SURGIMENTO DA PSICOLOGIA NA GRÉCIA ANTIGA. A preocupação com a alma e razão humana já estava presente na Grécia Antiga. Os filósofos gregos foram os primeiros a tentar sistematizar um pensamento sobre o espírito humano. O termo Psicologia vem do grego psyché, que significa alma, e logos, que significa razão. A alma era concebida como a parte imaterial do ser humano, abarcando pensamentos, sentimentos, desejos e percepções. Foi com Sócrates que as ideias sobre o mundo psicológico ganharam força. Sua principal preocupação era o limite que separa os seres humanos dos animais, afirmando que a razão é a característica humana mais importante. Platão, por sua vez, localizou a razão na cabeça e afirmou que a alma está conectada ao corpo pela medula. Quando alguém morre, a alma pode ocupar outro corpo. A contribuição de Aristóteles foi inovadora ao postular que alma e corpo não podem ser dissociados. Assim, os gregos já haviam formulado duas teorias sobre a psiché: a platônica, que defendia a imortalidade da alma e sua separação do corpo, e a aristotélica, que afirmava a mortalidade da alma e sua relação com o corpo. PRINCIPAIS CORRENTES TEÓRICAS DO DESENVOLVIMENTO As teorias do desenvolvimento são diferentes e de várias ordens, por isso são classificadas de maneiras diferentes. Entre elas, o inatismo, o comportamentalismo, o interacionismo. O inatismo apresenta a teoria de que as ideias são inatas, ou seja, determinadas por fatores biológicos e hereditários, que não passam pelaexperiência. Desta forma, nesta corrente, as capacidades seriam herdadas de pai para filho com o conhecimento pré-formado. Por isso, desconsidera interações na formação do sujeito. De forma pedaggica, essa abordagem defende também que a criança já se encontra pronta ou no para determinada atividade e que o professor não teria tanta influência. Segundo Rego (1995): Esse paradigma promove uma expectativa significativamente limitada do papel da educação para o desenvolvimento individual, na medida em que considera o desempenho do aluno fruto de suas capacidades inatas. O processo educativo fica, assim, na dependência de seus traços comportamentais ou cognitivos. Desse modo, acaba gerando um certo imobilismo e resignação provocados pela convicção de que as diferenças não serão superáveis pela educação. (p. 87) O comportamentalismo defende que a única fonte de conhecimento é a experiência. Fundamentada no empisismo, essa corrente defende que não há nada na mente que no tenha passado antes pela experiência. Assim, o peso seria exclusivo do ambiente e o ser humano seria um ser de aprendizagem passivo. Nessa linha, se destacam Pavlov e Skinner. Pavlov se destacou pelo seu estudo em cães baseados em estímulos e respostas condicionadas. Segundo cunha (2002, p.5) Esse paradigma promove uma expectativa significativamente limitada do papel da educação para o desenvolvimento individual, na medida em que considera o desempenho do aluno fruto de suas capacidades inatas. O processo educativo fica, assim, na dependência de seus traços comportamentais ou cognitivos. Desse modo, acaba gerando um certo imobilismo e resignação provocados pela convicção de que as diferenças não serão superáveis pela educação. (p. 87) Por fim, o interacionismo defende que há uma interação dos fatores hereditários e dos fatores externos. Nessa linha, o conhecimento passa a ser encarado como fruto da interaço do sujeito com o meio sem desconsiderar os fatores hereditários. Como destaque, é possível citar Vygotsky e Piaget. Vygotsky foi inspirado no materialismo dialtico de Marx e Engels e considera o desenvolvimento como processo de apropriaço da experiência. Segundo ele “[...] um aspecto necessário e universal do processo de desenvolvimento das funções psicológicas culturalmente organizadas e especificamente humanas" (VYGOTSKY aud KOHL, p.56) CONSIDERAÇÕES FINAIS Dessa forma, é possível entender como aplicar a psicologia para a pedagogia e vivência escolar pode ser benéfico para o professor e para o desenvolvimento escolar dos alunos. Ter o embasamento teórico de alguma das teorias citadas pode aumentar a capacidade do professor de garantir a aprendizagem. REFERÊNCIAS CUNHA, M. V. Psicologia da educação. Rio de Janeiro, Lamparina, 2002. PIAGET, J. A construção do real na criança. São Paulo: Ática, 2003. REGO,Teresa Cristina. Vygotsky: uma perspectiva histórico--cultural da educação. Petrópolis, RJ: Vozes, 2003. VYGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1995. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1993
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