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“Política Fiscal e Coesão Social” USP-EACH-2023 JULHO/2023 FUNÇÃO SOCIAL DO TRIBUTO JULHO/2023 SILAS FERRAZ - Julgador Tributário e Gestor de Capacitação do Tribunal de Impostos e Taxas do Estado de São Paulo – TIT - Advogado – Presidente da Comissão de Direito Tributário da OAB-SP-OSASCO - Contador e Gestor Público - Representante Regional de Educação Fiscal da Delegacia Regional Tributária de Osasco e Região - Professor Palestrante Convidado da Disciplina Educação Fiscal e Coesão Social - ACH3798 - USP LESTE - Professor Palestrante Convidado de Educação e Cidadania Fiscal em Instituições, Escolas e Universidades Públicas e Privadas (UNIFESP – FIPECAFI - CIEE – SEBRAE) - Especialista em Direito Tributário pela FAZESP - ESCOLA FAZENDÁRIA DO ESTADO DE SÃO PAULO e Especialista em Direito Tributário pelo IBET - INSTITUTO BRASILEIRO DE ESTUDOS TRIBUTÁRIOS FUNÇÃO SOCIAL DO TRIBUTO A Constituição Federal do Brasil no preâmbulo assegura os direitos sociais e individuais fundados na harmonia social e comprometida sob a proteção de Deus. FUNÇÃO SOCIAL DO TRIBUTO “Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.” FUNÇÃO SOCIAL DO TRIBUTO Entre os objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil preconizado no Art. 3º, III da CF/88, está a erradicação da pobreza, marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais. FUNÇÃO SOCIAL DO TRIBUTO CF - Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; II - garantir o desenvolvimento nacional; III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. FUNÇÃO SOCIAL DO TRIBUTO O Estado tem a finalidade de normatizar como os tributos serão cobrados, desta forma, garantir a arrecadação de recursos para que sejam usados na economia e para a função social para desempenhar o dever de satisfazer os interesses da sociedade, buscando o equilíbrio e justiça social preconizado no artigo 170 da Carta Magna, que também está relacionado com a função social na busca pela redução das desigualdades sociais e regionais no inciso VII. FUNÇÃO SOCIAL DO TRIBUTO Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: VII - redução das desigualdades regionais e sociais; A percepção popular sobre o sistema atual “No Brasil, é consenso que o sistema tributário é injusto, qualquer que seja o parâmetro adotado para avaliá-lo” (Maria Helena Zockum, Carta Maior, 2004). Injustiça tributária sob uma nova perspectiva Para se debater sobre o atendimento do tributo à sua função social, deve-se apresentar os seguintes pontos: A evolução histórica do tributo, o seu papel segundo a CF e o real funcionamento do sistema atual. BREVE HISTÓRICO – ORIGEM X EVOLUÇÃO ➢ Primeiras manifestações: Voluntárias ➢ Idade antiga: Vencidos na guerra pagavam aos vencedores. Voluntárias. ➢ Idade média: Camponeses entregavam parte de suas colheitas. Compulsório. ➢ Idade Moderna: Tributo pago em moedas, exigidos pelo rei. Nobreza e clero eram isentos. O Estado era sustentado pelos comerciantes e trabalhadores. ➢ Idade contemporânea: Movimentos pelos direitos sociais. Cobrança de tributos passa a ser “universal”. BREVE HISTÓRICO – ORIGEM X EVOLUÇÃO HOJE, POR QUE PAGAMOS TRIBUTOS? JUSTIFICATIVA SOCIAL O PRINCIPAL OBJETIVO DA TRIBUTAÇÃO O tributo pode modificar uma sociedade. Para muitos, é considerado como parte significativa do núcleo do Estado Democrático de Direito. O TRIBUTO E O CUMPRIMENTO DE SUA FUNÇÃO SOCIAL Aplicação de recursos Função Social Arrecadação (Justiça Fiscal) O SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL “CTN, art. 3º - Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada”. Impostos Taxas Tributo Contribuição de Melhoria Empréstimo Compulsórios Contribuições Especiais TAXAS 1- Serviço Público Prestado diretamente ao cidadão ou colocado à sua disposição (Ex. Coleta de lixo, certidões, passaportes, etc) 2- Fiscalização ou Poder de Polícia Quando o Governo precisa controlar alguma atividade do cidadão ou da empresa (Ex. porte de arma, licença para construir ou reformar, alvará de funcionamento, etc) about:blank about:blank CONTRIBUIÇÕES 1- Contribuições de Melhoria Rateio do custo de uma obra com os cidadãos que foram beneficiados por ela. (Ex. construção de um aeroporto, praça, etc). 2- Contribuições Especiais Sociais (INSS, PIS, COFINS) Existem para garantir aposentadorias, assistências médica e social a todos os cidadãos. IMPOSTO É o tributo mais conhecido porque é o responsável pela maior parte da receita do Governo. É a principal fonte para o Governo pagar as suas despesas e investir em melhorias. Os impostos são a espécie tributária que mais estão ligados ao cumprimento da função social do tributo. about:blank Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. Os impostos são aplicados sobre “indicadores de riqueza” identificados na sociedade, procurando, sempre que possível, observar e respeitar a capacidade contributiva de cada um. Imposto PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS A TRIBUTAÇÃO TEM LIMITES ? PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS As normas jurídicas são orientadas pelos princípios, que são os pilares para fundamentação das demais normas positivas do sistema jurídico. Os princípios tributários podem ser vistos como uma garantia para os cidadãos/contribuintes em relação ao Estado, pois, irá limitar o poder de tributar. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE CF - Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça; PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE CF - Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: III - cobrar tributos: b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou; c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b; PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE CF - Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: III - cobrar tributos: a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado; CTN - Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito: II - tratando-se de ato não definitivamente julgado: c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da sua prática. PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA CF - Art. 151. É vedado à União: I - instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivosfiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões do País; PRINCÍPIO DA IGUALDADE OU ISONOMIA CF - Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos; PRINCÍPIO DA PROIBIÇÃO AO CONFISCO CF - Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: IV - utilizar tributo com efeito de confisco; PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA CF - Art. 145, § 1º - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. PRINCÍPIO DO MÍNIMO EXISTENCIAL O princípio do mínimo existencial é fundamentado pela Constituição Federal do Brasil, com o objetivo de redução das desigualdades sociais e regionais, amparado pelos princípios da igualdade, dignidade da pessoa humana, liberdade e solidariedade. Os fundamentos estão preconizados nos Art. 1º e 5º da CF/1988. Até agora aprendemos ... - O que é a função social do tributos - Noções de tributos - Princípios constitucionais tributários O que acontece quando não se cumpre a função social do tributos prescritos na Constituição Federal? COMPLEXIDADE DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA O CUSTO DA BUROCRACIA PROBLEMAS SOCIAIS A CARGA TRIBUTÁRIA NO MUNDO ONDE ESTÁ O PROBLEMA? O Brasil conta com a maior carga tributária entre os Argentina e Uruguai, porém possui o menor IDH. O problema vai muito além da má aplicação dos recursos públicos O MODELO BRASILEIRO O modelo de tributação regressiva é totalmente contrário ao atendimento da função social do tributo! Números da distorção: ▪ 10% mais pobres contribuem com 32% dos seus rendimentos, enquanto os 10% mais ricos com 21%; ▪ Famílias com até 2 salários mínimos arcam com 48,9% dos tributos. COMPARANDO OS IGUAIS COMPARANDO OS DESIGUAIS ITCMD – O BRASIL E O RESTO DO MUNDO Dentre os principais países do mundo, o Brasil tem uma das menores alíquotas do imposto sobre herança. IMPOSTO DE RENDA Em 1962 o IR brasileiro variava entre 3% e 60%, e contava com 14 faixas. A evolução do nosso IR foi no sentido contrário aos padrões mundiais. DESONERAÇÕES TRIBUTÁRIAS: CRIANDO MAIS DESIGUALDADE “Se nós não pagamos imposto por pensamento ideológico, por informação e por fé, porque vamos pagar pela dor? A falta de saúde produz dor e a dor só se cura com medicamentos”. DESONERAÇÕES TRIBUTÁRIAS: CRIANDO MAIS DESIGUALDADE “... pastores que recebem, por exemplo, um salário mínimo e, por fora, comissões, a título de ajuda de custo, que chegam na casa dos R$ 100.000,00 ”. IMPOSTO SOBRE GRANDES FORTUNAS “Há como aspecto desencorajador, também, a dificuldade em determinar o conteúdo do termo “grandes fortunas”, que é o ponto de partida para qualquer discussão acerca da viabilidade do IGF ”. Curiosidade: • Einstein formulou a Teoria da Relatividade 5 anos depois de terminar sua graduação • Newton formulou o cálculo diferencial e integral 4 anos depois de iniciar os estudos mais aprofundados em matemática • O Congresso Nacional, composto por 513 deputados e 81 senadores, 35 anos depois (1988 – 2023), ainda não conseguiu definir o que seria uma “grande fortuna”. LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO Exigibilidade do tributo LEGALIDADE ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO ✓SEGURANCA, ✓IGUALDADE, ✓LIBERDADE. Ato Administrativo: LANÇAMENTO Aplicação LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO ➢Previsão normativa (hipótese de incidência) –Propriedade de veículo automotor - Lei 17.473/2021-SP). ➢Ocorrência do Fato gerador – O proprietário de uma Ferrari F50, no dia 01/01/2022, com cadastro e domicílio em São Paulo/SP, no valor estimado de R$2.500.000,00; ➢Lançamento x Obrigação tributária x Crédito tributário ➢Notificação para pagamento – PAGOU (extinção do crédito tributário); ➢Processo Administrativo Tributário (contraditório/ampla defesa ➢Inscrição na Dívida Ativa (expedição da CDA); ➢Execução fiscal. LANÇAMENTO DO TRIBUTO Direito Processual Tributário Lide Tributária Sistema Tributário – Eminentemente Constitucional e Código Tributário Nacional Sistema Processual – Princípios Constitucionais, Código de Processo Civil e Normas de Direito Administrativo PROCEDIMENTO E PROCESSO “Todo poder se exerce mediante um procedimento, caracterizando-se este como processo desde que seja feito em contraditório” (Cândido Dinamarco Rangel) Procedimento: forma de se desenvolver a função administrativa, judicial ou legislativa. É a garantia de legalidade no exercício do poder. Processo: procedimento qualificado pela existência do contraditório, da litigiosidade (no caso do PAF/PAT, com apresentação de Impugnação ou Manifestação de Inconformidade). SEFAZ PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO ESTADUAL CONTRIB PAGA NÃO PAGA Impugnação Sem Defesa DTJ TIT Intimação Extinção do Crédito Decisão 1ª instância Auto de Infração Recurso Ordinário ou Recurso de Ofício Câmara Superior do TIT Recurso Especial ou Pedido de Reforma Recurso de ofício Até – 20.000 Ufesp’s– Del. Trib. Julgamento Acima – 20.000 Ufesp’s – TIT PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO ESTADUAL ➢ Base Legal: ➢ Lei 13.457/2009 ➢ Decreto nº 54.486/2009 - Regulamento ➢ Regimento Interno do TIT (Portaria CAT nº 141, de 22 de julho de 2009 ) ➢ 1ª Instância ➢ Impugnação ➢ Prazo: 30 dias. ➢ Recurso de Ofício: contra decisão da Fazenda Pública em que o débito for até a 20.000 UFESP’s na data da lavratura do Auto. ➢ Órgão julgador: Delegacias Tributárias de Julgamento. ➢ 2ª Instância: Tribunal de Impostos e Taxas ➢ Recurso de Ofício: contra decisão da Fazenda Pública em que o débito for superior a 20.000 UFESP’s na data da lavratura do Auto. ➢Manifestação da Representação Fiscal em 60 dias e contrarrazões do contribuinte em 30 dias. PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO ESTADUAL ➢ 2ª Instância: Tribunal de Impostos e Taxas ➢ Recurso Ordinário: interposto pelo sujeito passivo contra decisão de primeira instância. ➢Prazo: 30 dias da intimação da decisão recorrida. ➢Valor de alçada: 20.000 UFESP’s. ➢ 3ª Instância: Tribunal de Impostos e Taxas ➢ Recurso Especial: interposto tanto pelo autuado como pela Fazenda Pública do Estado, fundado em dissídio entre a interpretação da legislação adotada pelo acórdão recorrido e a adotada em outro acórdão não reformado, proferido por qualquer das Câmaras do Tribunal de Impostos e Taxas. ➢Prazo: 30 dias da intimação da decisão recorrida. ➢Órgão Julgador: Câmara Superior do TIT. PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO ESTADUAL ➢ 3ª Instância: Tribunal de Impostos e Taxas ➢ Pedido de Reforma: contra decisão contrária à Fazenda Pública do Estado, da qual não caiba a interposição de recurso, quando a decisão reformanda: (I) afastar a aplicação da lei por inconstitucionalidade; (II) adotar interpretação da legislação tributária divergente da adotada pela jurisprudência firmada nos tribunais judiciários. ➢Prazo: 60 dias. ➢Apresentado pela Diretoria da Representação Fiscal. ➢ Retificação de Julgado: decisão que contiver erro de fato será passível de retificação, devendo o processo ser submetido à apreciação do respectivo órgão de julgamento. ➢ Prazo de 30 (trinta) dias ➢ Necessária a demonstração precisa do erro de fato apontado, não implicando suspensão ou interrupção de prazo para a interposição dos demais recursos. GASTO PÚBLICO COM POLÍTICAS SOCIAIS A realidade brasileiraA pobreza no Brasil decorre, em grande parte, de um quadro de extrema desigualdade, marcado por profunda concentração de renda. Essa situação coloca o Brasil entre os países de maior concentração de renda no mundo. Números da educação no Brasil 3 milhões de crianças entre 4 e 17 anos não têm acesso à escola 39% dos professores da rede pública dão aula fora de sua área de formação 57% dos alunos chegam ao 3º ano com déficit em matemática 8,3% da população brasileira não sabe ler e escrever 27% da população brasileira não consegue compreender um texto simples No ranking do PISA (Programa Internacional de Avaliação de Alunos), o Brasil ocupa a 53ª posição, dos 65 países participantes. Números da saúde no Brasil Apenas 28% da população brasileira possui algum plano de saúde particular Dos 28% citados acima, cerca de 15% (mais da metade) utiliza também o SUS 47% dos usuários do SUS esperam cerca de 6 meses por uma consulta Apenas 21,9% dos usuários conseguiram o medicamento receitado no Programa Farmácia Popular 64% dos hospitais públicos estão sempre com superlotação. Do total de hospitais apenas 6% nunca estão cheios Dos 191 países participantes do ranking da OMS, o Brasil é o 125º, atrás de países como Cabo Verde, Senegal e Argélia. Tamanho do Estado Orçamento Federal Orçamento com Políticas Sociais Comparativo - Gastos com saúde País População (milhões) Gastos em Saúde Total (% do PIB) Público (% do PIB) Per Capta (em dólares) EUA 326,8 16,4 7,9 8.414 Alemanha 79,7 11,0 8,3 4.819 Dinamarca 5,6 10,4 8,8 4.553 Japão 126,1 10,2 8,5 3.173 Chile 18,1 7,3 3,4 1.606 Brasil 208,1 8,0 3,6 970 Turquia 77,8 5,1 4,0 941 Comparativo - Gastos com educação País População (milhões) Gastos com Educação Posição no PISA % do PIB Por aluno (em dólares) EUA 326,8 5,5 15.345 17º Alemanha 79,7 5,1 10.904 20º Austrália 23,1 5,0 10.711 9º Japão 126,1 3,8 10.646 7º Chile 18,1 4,5 5.522 51º Brasil 208,1 5,7 3.066 53º Turquia 77,8 2,9 3.240 44º Crescimento dos gastos com a Previdência O que está acontecendo? Rombo da Previdência De um lado o governo promoveu a reforma da previdência alegando um rombo apresentado de 167 bilhões de reais. Do outro, alguns questionam os 170 bilhões de desonerações tributárias concedidas pelo governo em 2015, bem como os 350 bilhões devidos por grandes empresas, que não são efetivamente cobrados. Reforma da Previdência Dentre as principais mudanças, estão a fixação da idade mínima em 65 anos para homens e 62 para mulheres, acabando com a aposentadoria por tempo de contribuição; e o cálculo do benefício a ser recebido (70% da média salarial, mais uma porcentagem que aumenta progressivamente primeiro 1,5% depois 2% e 2,5%, de forma que são necessários 40 anos (Antes 30 anos) de contribuição ao INSS para se aposentar ganhando o total da média salarial). Noite: https://docs.google.com/forms/d/12gws8CYslVcVhR7 BfBK72Xhb2n4jkwEvFJkPIbn6hTo/edit Obrigado!!! sferraz@fazenda.sp.gov.br 2023 realização: Slide 1: “Política Fiscal e Coesão Social” USP-EACH-2023 Slide 2: FUNÇÃO SOCIAL DO TRIBUTO Slide 3: SILAS FERRAZ Slide 4: FUNÇÃO SOCIAL DO TRIBUTO Slide 5: FUNÇÃO SOCIAL DO TRIBUTO Slide 6: FUNÇÃO SOCIAL DO TRIBUTO Slide 7: FUNÇÃO SOCIAL DO TRIBUTO Slide 8: FUNÇÃO SOCIAL DO TRIBUTO Slide 9: FUNÇÃO SOCIAL DO TRIBUTO Slide 10: A percepção popular sobre o sistema atual Slide 11: Injustiça tributária sob uma nova perspectiva Slide 12: BREVE HISTÓRICO – ORIGEM X EVOLUÇÃO Slide 13: BREVE HISTÓRICO – ORIGEM X EVOLUÇÃO Slide 14: HOJE, POR QUE PAGAMOS TRIBUTOS? Slide 15: JUSTIFICATIVA SOCIAL Slide 16: O PRINCIPAL OBJETIVO DA TRIBUTAÇÃO Slide 17: O TRIBUTO E O CUMPRIMENTO DE SUA FUNÇÃO SOCIAL Slide 18: O SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24: PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS Slide 25: PRINCÍPIO DA LEGALIDADE Slide 26: PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE Slide 27: PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE Slide 28: PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA Slide 29: PRINCÍPIO DA IGUALDADE OU ISONOMIA Slide 30: PRINCÍPIO DA PROIBIÇÃO AO CONFISCO Slide 31: PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA Slide 32: PRINCÍPIO DO MÍNIMO EXISTENCIAL Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36: A CARGA TRIBUTÁRIA NO MUNDO Slide 37: ONDE ESTÁ O PROBLEMA? Slide 38: O MODELO BRASILEIRO Slide 39: COMPARANDO OS IGUAIS Slide 40: COMPARANDO OS DESIGUAIS Slide 41: ITCMD – O BRASIL E O RESTO DO MUNDO Slide 42: IMPOSTO DE RENDA Slide 43: DESONERAÇÕES TRIBUTÁRIAS: CRIANDO MAIS DESIGUALDADE Slide 44: DESONERAÇÕES TRIBUTÁRIAS: CRIANDO MAIS DESIGUALDADE Slide 45: IMPOSTO SOBRE GRANDES FORTUNAS Slide 46 Slide 47 Slide 48: LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO Slide 49: LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO Slide 50 Slide 51: Direito Processual Tributário Slide 52 Slide 53: PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO ESTADUAL Slide 54: PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO ESTADUAL Slide 55: PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO ESTADUAL Slide 56: PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO ESTADUAL Slide 57: GASTO PÚBLICO COM POLÍTICAS SOCIAIS Slide 58 Slide 59 Slide 60 Slide 61 Slide 62 Slide 63 Slide 64 Slide 65 Slide 66 Slide 67 Slide 68 Slide 69 Slide 70 Slide 71 Slide 72
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