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2023 USP EACH FUNCAO SOCIAL DO TRIBUTO GASTOS SOCIAIS

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“Política Fiscal e Coesão Social” 
USP-EACH-2023
JULHO/2023
FUNÇÃO SOCIAL DO TRIBUTO
JULHO/2023
SILAS FERRAZ
- Julgador Tributário e Gestor de Capacitação do Tribunal de Impostos e Taxas do Estado de
São Paulo – TIT
- Advogado – Presidente da Comissão de Direito Tributário da OAB-SP-OSASCO
- Contador e Gestor Público
- Representante Regional de Educação Fiscal da Delegacia Regional Tributária de Osasco e
Região
- Professor Palestrante Convidado da Disciplina Educação Fiscal e Coesão Social - ACH3798
- USP LESTE
- Professor Palestrante Convidado de Educação e Cidadania Fiscal em Instituições, Escolas
e Universidades Públicas e Privadas (UNIFESP – FIPECAFI - CIEE – SEBRAE)
- Especialista em Direito Tributário pela FAZESP - ESCOLA FAZENDÁRIA DO ESTADO DE SÃO
PAULO e Especialista em Direito Tributário pelo IBET - INSTITUTO BRASILEIRO DE
ESTUDOS TRIBUTÁRIOS
FUNÇÃO SOCIAL DO TRIBUTO
A Constituição Federal do Brasil no preâmbulo
assegura os direitos sociais e individuais fundados
na harmonia social e comprometida sob a proteção
de Deus.
FUNÇÃO SOCIAL DO TRIBUTO
“Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia
Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático,
destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a
liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade
e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna,
pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e
comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução
pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a
seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.”
FUNÇÃO SOCIAL DO TRIBUTO
Entre os objetivos fundamentais da República
Federativa do Brasil preconizado no Art. 3º, III da
CF/88, está a erradicação da pobreza,
marginalização e reduzir as desigualdades sociais e
regionais.
FUNÇÃO SOCIAL DO TRIBUTO
CF - Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República
Federativa do Brasil:
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades
sociais e regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça,
sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
FUNÇÃO SOCIAL DO TRIBUTO
O Estado tem a finalidade de normatizar como os tributos serão
cobrados, desta forma, garantir a arrecadação de recursos para que
sejam usados na economia e para a função social para desempenhar
o dever de satisfazer os interesses da sociedade, buscando o
equilíbrio e justiça social preconizado no artigo 170 da Carta Magna,
que também está relacionado com a função social na busca pela
redução das desigualdades sociais e regionais no inciso VII.
FUNÇÃO SOCIAL DO TRIBUTO
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho
humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência
digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes
princípios:
VII - redução das desigualdades regionais e sociais;
A percepção popular sobre o sistema atual
“No Brasil, é consenso que o sistema tributário é
injusto, qualquer que seja o parâmetro adotado
para avaliá-lo”
(Maria Helena Zockum, Carta Maior, 2004).
Injustiça tributária sob uma nova perspectiva
Para se debater sobre o atendimento do tributo à
sua função social, deve-se apresentar os seguintes
pontos: A evolução histórica do tributo, o seu papel
segundo a CF e o real funcionamento do sistema
atual.
BREVE HISTÓRICO – ORIGEM X EVOLUÇÃO
➢ Primeiras manifestações: Voluntárias
➢ Idade antiga: Vencidos na guerra pagavam aos vencedores. Voluntárias.
➢ Idade média: Camponeses entregavam parte de suas colheitas. Compulsório.
➢ Idade Moderna: Tributo pago em moedas, exigidos pelo rei. Nobreza e clero
eram isentos. O Estado era sustentado pelos comerciantes e trabalhadores.
➢ Idade contemporânea: Movimentos pelos direitos sociais. Cobrança de
tributos passa a ser “universal”.
BREVE HISTÓRICO – ORIGEM X EVOLUÇÃO
HOJE, POR QUE PAGAMOS TRIBUTOS?
JUSTIFICATIVA SOCIAL
O PRINCIPAL OBJETIVO DA TRIBUTAÇÃO
O tributo pode modificar uma sociedade. Para
muitos, é considerado como parte significativa do
núcleo do Estado Democrático de Direito.
O TRIBUTO E O CUMPRIMENTO DE SUA FUNÇÃO 
SOCIAL
Aplicação de recursos
Função Social
Arrecadação (Justiça Fiscal)
O SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL 
“CTN, art. 3º - Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em
moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de
ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa
plenamente vinculada”.
Impostos
Taxas
Tributo Contribuição de Melhoria
Empréstimo Compulsórios
Contribuições Especiais
TAXAS
1- Serviço Público
Prestado diretamente ao cidadão ou colocado à sua disposição (Ex. 
Coleta de lixo, certidões, passaportes, etc)
2- Fiscalização ou Poder de Polícia 
Quando o Governo precisa controlar alguma atividade do cidadão ou da 
empresa (Ex. porte de arma, licença para construir ou reformar, alvará de 
funcionamento, etc)
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CONTRIBUIÇÕES
1- Contribuições de Melhoria
Rateio do custo de uma obra com os cidadãos que foram beneficiados por
ela. (Ex. construção de um aeroporto, praça, etc).
2- Contribuições Especiais Sociais (INSS, PIS, COFINS)
Existem para garantir aposentadorias, assistências médica e social
a todos os cidadãos.
IMPOSTO
É o tributo mais conhecido porque é o responsável pela maior parte da receita do Governo.
É a principal fonte para o Governo pagar as suas despesas e investir em melhorias.
Os impostos são a espécie tributária que mais estão ligados ao cumprimento da função social do tributo.
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Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador
uma situação independente de qualquer atividade estatal
específica, relativa ao contribuinte.
Os impostos são aplicados sobre “indicadores de riqueza”
identificados na sociedade, procurando, sempre que
possível, observar e respeitar a capacidade contributiva
de cada um.
Imposto
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS
A TRIBUTAÇÃO TEM LIMITES ?
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS
As normas jurídicas são orientadas pelos princípios, que são os pilares
para fundamentação das demais normas positivas do sistema jurídico. Os
princípios tributários podem ser vistos como uma garantia para os
cidadãos/contribuintes em relação ao Estado, pois, irá limitar o poder de
tributar.
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
CF - Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias
asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE
CF - Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios:
III - cobrar tributos:
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os
instituiu ou aumentou;
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a
lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b;
PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE
CF - Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios:
III - cobrar tributos:
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da
lei que os houver instituído ou aumentado;
CTN - Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito:
II - tratando-se de ato não definitivamente julgado:
c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei
vigente ao tempo da sua prática.
PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA
CF - Art. 151. É vedado à União:
I - instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou
que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito
Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de
incentivosfiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento
sócio-econômico entre as diferentes regiões do País;
PRINCÍPIO DA IGUALDADE OU ISONOMIA
CF - Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios:
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em
situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação
profissional ou função por eles exercida, independentemente da
denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;
PRINCÍPIO DA PROIBIÇÃO AO CONFISCO
CF - Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios:
IV - utilizar tributo com efeito de confisco;
PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA
CF - Art. 145, § 1º - Sempre que possível, os impostos terão caráter
pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do
contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para
conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos
individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as
atividades econômicas do contribuinte.
PRINCÍPIO DO MÍNIMO EXISTENCIAL
O princípio do mínimo existencial é fundamentado pela Constituição
Federal do Brasil, com o objetivo de redução das desigualdades sociais e
regionais, amparado pelos princípios da igualdade, dignidade da pessoa
humana, liberdade e solidariedade. Os fundamentos estão preconizados
nos Art. 1º e 5º da CF/1988.
Até agora aprendemos ...
- O que é a função social do tributos
- Noções de tributos
- Princípios constitucionais tributários 
O que acontece quando não se cumpre a função social do 
tributos prescritos na Constituição Federal? 
COMPLEXIDADE DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
O CUSTO DA BUROCRACIA
PROBLEMAS SOCIAIS
A CARGA TRIBUTÁRIA NO MUNDO
ONDE ESTÁ O PROBLEMA?
O Brasil conta com a maior carga tributária entre
os Argentina e Uruguai, porém possui o menor
IDH. O problema vai muito além da má
aplicação dos recursos públicos
O MODELO BRASILEIRO
O modelo de tributação regressiva é totalmente
contrário ao atendimento da função social do
tributo!
Números da distorção:
▪ 10% mais pobres contribuem com 32% dos seus
rendimentos, enquanto os 10% mais ricos com 21%;
▪ Famílias com até 2 salários mínimos arcam com 48,9%
dos tributos.
COMPARANDO OS IGUAIS
COMPARANDO OS DESIGUAIS
ITCMD – O BRASIL E O RESTO DO MUNDO
Dentre os principais países do mundo, o Brasil tem
uma das menores alíquotas do imposto sobre
herança.
IMPOSTO DE RENDA
Em 1962 o IR brasileiro variava entre 3% e 60%, e
contava com 14 faixas. A evolução do nosso IR foi no
sentido contrário aos padrões mundiais.
DESONERAÇÕES TRIBUTÁRIAS: CRIANDO MAIS DESIGUALDADE
“Se nós não pagamos imposto por pensamento ideológico, por
informação e por fé, porque vamos pagar pela dor? A falta de
saúde produz dor e a dor só se cura com medicamentos”.
DESONERAÇÕES TRIBUTÁRIAS: CRIANDO MAIS DESIGUALDADE
“... pastores que recebem, por exemplo, um salário mínimo e,
por fora, comissões, a título de ajuda de custo, que chegam na
casa dos R$ 100.000,00 ”.
IMPOSTO SOBRE GRANDES FORTUNAS
“Há como aspecto desencorajador, também, a dificuldade em
determinar o conteúdo do termo “grandes fortunas”, que é o ponto
de partida para qualquer discussão acerca da viabilidade do IGF ”.
Curiosidade: 
• Einstein formulou a Teoria da Relatividade 5 anos depois de terminar sua graduação
• Newton formulou o cálculo diferencial e integral 4 anos depois de iniciar os estudos 
mais aprofundados em matemática
• O Congresso Nacional, composto por 513 deputados e 81 senadores, 35 anos depois 
(1988 – 2023), ainda não conseguiu definir o que seria uma “grande fortuna”.
LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO
Exigibilidade do tributo
LEGALIDADE
ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO
✓SEGURANCA,
✓IGUALDADE,
✓LIBERDADE.
Ato Administrativo: LANÇAMENTO
Aplicação
LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO
LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO
➢Previsão normativa (hipótese de incidência) –Propriedade de
veículo automotor - Lei 17.473/2021-SP).
➢Ocorrência do Fato gerador – O proprietário de uma Ferrari
F50, no dia 01/01/2022, com cadastro e domicílio em São
Paulo/SP, no valor estimado de R$2.500.000,00;
➢Lançamento x Obrigação tributária x Crédito tributário
➢Notificação para pagamento – PAGOU (extinção do crédito
tributário);
➢Processo Administrativo Tributário (contraditório/ampla
defesa
➢Inscrição na Dívida Ativa (expedição da CDA);
➢Execução fiscal.
LANÇAMENTO DO TRIBUTO
Direito Processual Tributário
Lide Tributária
Sistema Tributário –
Eminentemente Constitucional 
e Código Tributário Nacional
Sistema Processual –
Princípios Constitucionais, 
Código de Processo Civil 
e Normas de Direito Administrativo
PROCEDIMENTO E PROCESSO
“Todo poder se exerce mediante um procedimento, 
caracterizando-se este como processo desde que seja feito em 
contraditório” (Cândido Dinamarco Rangel)
Procedimento: forma de se desenvolver a função
administrativa, judicial ou legislativa. É a garantia de legalidade
no exercício do poder.
Processo: procedimento qualificado pela existência do
contraditório, da litigiosidade (no caso do PAF/PAT, com
apresentação de Impugnação ou Manifestação de
Inconformidade).
SEFAZ
PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO ESTADUAL
CONTRIB
PAGA
NÃO PAGA
Impugnação
Sem Defesa
DTJ
TIT
Intimação
Extinção do Crédito
Decisão
1ª instância
Auto de 
Infração
Recurso Ordinário ou 
Recurso de Ofício
Câmara Superior
do TIT
Recurso Especial ou
Pedido de Reforma
Recurso de ofício
Até – 20.000 Ufesp’s– Del. Trib. Julgamento
Acima – 20.000 Ufesp’s – TIT
PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO ESTADUAL
➢ Base Legal:
➢ Lei 13.457/2009
➢ Decreto nº 54.486/2009 - Regulamento
➢ Regimento Interno do TIT (Portaria CAT nº 141, de 22 de julho de 2009 )
➢ 1ª Instância
➢ Impugnação
➢ Prazo: 30 dias.
➢ Recurso de Ofício: contra decisão da Fazenda Pública em que o débito for até a 20.000 UFESP’s na
data da lavratura do Auto.
➢ Órgão julgador: Delegacias Tributárias de Julgamento.
➢ 2ª Instância: Tribunal de Impostos e Taxas 
➢ Recurso de Ofício: contra decisão da Fazenda Pública em que o débito for superior a 20.000 UFESP’s
na data da lavratura do Auto.
➢Manifestação da Representação Fiscal em 60 dias e contrarrazões do contribuinte em 30 dias.
PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO ESTADUAL
➢ 2ª Instância: Tribunal de Impostos e Taxas 
➢ Recurso Ordinário: interposto pelo sujeito passivo contra decisão de primeira instância.
➢Prazo: 30 dias da intimação da decisão recorrida.
➢Valor de alçada: 20.000 UFESP’s.
➢ 3ª Instância: Tribunal de Impostos e Taxas 
➢ Recurso Especial: interposto tanto pelo autuado como pela Fazenda Pública do Estado,
fundado em dissídio entre a interpretação da legislação adotada pelo acórdão recorrido e a
adotada em outro acórdão não reformado, proferido por qualquer das Câmaras do Tribunal
de Impostos e Taxas.
➢Prazo: 30 dias da intimação da decisão recorrida.
➢Órgão Julgador: Câmara Superior do TIT.
PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO ESTADUAL
➢ 3ª Instância: Tribunal de Impostos e Taxas 
➢ Pedido de Reforma: contra decisão contrária à Fazenda Pública do Estado, da qual
não caiba a interposição de recurso, quando a decisão reformanda: (I) afastar a
aplicação da lei por inconstitucionalidade; (II) adotar interpretação da legislação
tributária divergente da adotada pela jurisprudência firmada nos tribunais
judiciários.
➢Prazo: 60 dias.
➢Apresentado pela Diretoria da Representação Fiscal.
➢ Retificação de Julgado: decisão que contiver erro de fato será passível de retificação, 
devendo o processo ser submetido à apreciação do respectivo órgão de julgamento. 
➢ Prazo de 30 (trinta) dias 
➢ Necessária a demonstração precisa do erro de fato apontado, não implicando 
suspensão ou interrupção de prazo para a interposição dos demais recursos. 
GASTO PÚBLICO COM POLÍTICAS SOCIAIS
A realidade brasileiraA pobreza no Brasil decorre, em grande
parte, de um quadro de extrema
desigualdade, marcado por profunda
concentração de renda. Essa situação
coloca o Brasil entre os países de maior
concentração de renda no mundo.
Números da educação no Brasil
3 milhões de crianças entre 4 e 17 anos não têm acesso à escola
39% dos professores da rede pública dão aula fora de sua área de formação
57% dos alunos chegam ao 3º ano com déficit em matemática
8,3% da população brasileira não sabe ler e escrever
27% da população brasileira não consegue compreender um texto simples
No ranking do PISA (Programa Internacional de Avaliação de Alunos), o Brasil ocupa 
a 53ª posição, dos 65 países participantes. 
Números da saúde no Brasil
Apenas 28% da população brasileira possui algum plano de saúde particular
Dos 28% citados acima, cerca de 15% (mais da metade) utiliza também o SUS
47% dos usuários do SUS esperam cerca de 6 meses por uma consulta
Apenas 21,9% dos usuários conseguiram o medicamento receitado no Programa Farmácia 
Popular
64% dos hospitais públicos estão sempre com superlotação. Do total de hospitais apenas 6% 
nunca estão cheios
Dos 191 países participantes do ranking da OMS, o Brasil é o 125º, atrás de países como 
Cabo Verde, Senegal e Argélia.
Tamanho do Estado
Orçamento Federal
Orçamento com Políticas Sociais
Comparativo - Gastos com saúde
País População
(milhões)
Gastos em Saúde
Total 
(% do PIB)
Público 
(% do PIB)
Per Capta 
(em dólares)
EUA 326,8 16,4 7,9 8.414
Alemanha 79,7 11,0 8,3 4.819
Dinamarca 5,6 10,4 8,8 4.553
Japão 126,1 10,2 8,5 3.173
Chile 18,1 7,3 3,4 1.606
Brasil 208,1 8,0 3,6 970
Turquia 77,8 5,1 4,0 941
Comparativo - Gastos com educação
País População
(milhões)
Gastos com Educação
Posição no PISA
% do PIB Por aluno
(em dólares)
EUA 326,8 5,5 15.345 17º
Alemanha 79,7 5,1 10.904 20º
Austrália 23,1 5,0 10.711 9º
Japão 126,1 3,8 10.646 7º
Chile 18,1 4,5 5.522 51º
Brasil 208,1 5,7 3.066 53º
Turquia 77,8 2,9 3.240 44º
Crescimento dos gastos com a Previdência 
O que está acontecendo?
Rombo da Previdência
De um lado o governo promoveu a reforma
da previdência alegando um rombo
apresentado de 167 bilhões de reais. Do
outro, alguns questionam os 170 bilhões
de desonerações tributárias concedidas
pelo governo em 2015, bem como os 350
bilhões devidos por grandes empresas,
que não são efetivamente cobrados.
Reforma da Previdência
Dentre as principais mudanças, estão a fixação
da idade mínima em 65 anos para homens e 62
para mulheres, acabando com a aposentadoria
por tempo de contribuição; e o cálculo do
benefício a ser recebido (70% da média salarial,
mais uma porcentagem que aumenta
progressivamente primeiro 1,5% depois 2% e
2,5%, de forma que são necessários 40 anos
(Antes 30 anos) de contribuição ao INSS para se
aposentar ganhando o total da média salarial).
Noite:
https://docs.google.com/forms/d/12gws8CYslVcVhR7
BfBK72Xhb2n4jkwEvFJkPIbn6hTo/edit 
Obrigado!!!
sferraz@fazenda.sp.gov.br
2023
realização:
	Slide 1: “Política Fiscal e Coesão Social” USP-EACH-2023
	Slide 2: FUNÇÃO SOCIAL DO TRIBUTO
	Slide 3: SILAS FERRAZ
	Slide 4: FUNÇÃO SOCIAL DO TRIBUTO
	Slide 5: FUNÇÃO SOCIAL DO TRIBUTO
	Slide 6: FUNÇÃO SOCIAL DO TRIBUTO
	Slide 7: FUNÇÃO SOCIAL DO TRIBUTO
	Slide 8: FUNÇÃO SOCIAL DO TRIBUTO
	Slide 9: FUNÇÃO SOCIAL DO TRIBUTO
	Slide 10: A percepção popular sobre o sistema atual
	Slide 11: Injustiça tributária sob uma nova perspectiva
	Slide 12: BREVE HISTÓRICO – ORIGEM X EVOLUÇÃO
	Slide 13: BREVE HISTÓRICO – ORIGEM X EVOLUÇÃO
	Slide 14: HOJE, POR QUE PAGAMOS TRIBUTOS?
	Slide 15: JUSTIFICATIVA SOCIAL
	Slide 16: O PRINCIPAL OBJETIVO DA TRIBUTAÇÃO
	Slide 17: O TRIBUTO E O CUMPRIMENTO DE SUA FUNÇÃO SOCIAL
	Slide 18: O SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL 
	Slide 19
	Slide 20
	Slide 21
	Slide 22
	Slide 23
	Slide 24: PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS
	Slide 25: PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
	Slide 26: PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE
	Slide 27: PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE
	Slide 28: PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA
	Slide 29: PRINCÍPIO DA IGUALDADE OU ISONOMIA
	Slide 30: PRINCÍPIO DA PROIBIÇÃO AO CONFISCO
	Slide 31: PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA
	Slide 32: PRINCÍPIO DO MÍNIMO EXISTENCIAL
	Slide 33
	Slide 34
	Slide 35
	Slide 36: A CARGA TRIBUTÁRIA NO MUNDO
	Slide 37: ONDE ESTÁ O PROBLEMA?
	Slide 38: O MODELO BRASILEIRO
	Slide 39: COMPARANDO OS IGUAIS
	Slide 40: COMPARANDO OS DESIGUAIS
	Slide 41: ITCMD – O BRASIL E O RESTO DO MUNDO
	Slide 42: IMPOSTO DE RENDA
	Slide 43: DESONERAÇÕES TRIBUTÁRIAS: CRIANDO MAIS DESIGUALDADE
	Slide 44: DESONERAÇÕES TRIBUTÁRIAS: CRIANDO MAIS DESIGUALDADE
	Slide 45: IMPOSTO SOBRE GRANDES FORTUNAS
	Slide 46
	Slide 47
	Slide 48: LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO
	Slide 49: LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO
	Slide 50
	Slide 51: Direito Processual Tributário
	Slide 52
	Slide 53: PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO ESTADUAL
	Slide 54: PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO ESTADUAL
	Slide 55: PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO ESTADUAL
	Slide 56: PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO ESTADUAL
	Slide 57: GASTO PÚBLICO COM POLÍTICAS SOCIAIS
	Slide 58
	Slide 59
	Slide 60
	Slide 61
	Slide 62
	Slide 63
	Slide 64
	Slide 65
	Slide 66
	Slide 67
	Slide 68
	Slide 69
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	Slide 71
	Slide 72

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