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EADirigido_5_DiversidadeVegetal

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Estudo Dirigido (5) para a Disciplina Diversidade Vegetal e Fungos – ACH 4095 
Aluno: _______________________________________________________RA:__________________ 
 
As linhagens que compõem as “Pteridófitas” desenvolveram novidades evolutivas que efetivamente 
permitiram que estas ocupassem o ambiente terrestre. A origem das samambaias e licófitas é muito antiga. Os 
primeiros fósseis de organismos semelhantes a elas datam de 425 milhões de anos, período geológico conhecido como 
Siluriano Médio. A partir do Carbonífero (há cerca de 360 milhões de anos atrás) houve uma ampla diversificação e 
irradiação desse grupo que já foi dominante nos ecossistemas terrestres. Até o período Triássico (cerca de 245 milhões 
de anos atrás), há registros fósseis que evidenciam a existência de verdadeiras florestas com licófitas de até 35 m de 
altura. Que características essas linhagens apresentariam e que teriam permitido esse tamanho desproporcional em 
relação às “Briófitas”? 
Como já dito anteriormente, as “Briófitas” apresentaram também apresentaram novidades evolutivas 
essenciais para a ocupação do ambiente terrestre, mas estas estavam predominantemente presentes na fase 
gametofítica. Uma novidade evolutiva relacionada a fase esporofítica nas “Briófitas” seria a presença de 
Linhagens extintas e Adaptações para a Ocupação do Ambiente Terrestre 
Nesse estudo dirigido vamos nos aprofundar em aspectos morfológicos e anatômicos das novidades 
evolutivas que permitiram a ocupação do ambiente terrestre pelas linhagens que compõem as 
“Pteridófitas”. Vamos utilizar vídeos online disponibilizados pela Univesp, nos capítulos 17 e 23 da 8ª 
edição do Livro Biologia Vegetal. 
Nesse vídeo (https://www.britannica.com/plant/fern) podemos visualizar algumas das novidades 
evolutivas observada nas “Pteridófitas”. Mais vídeos e links são incorporados ao texto para facilitar a 
obtenção das repostas! 
esporoporelina que protege os meiósporos, característica que é conservada em todas as plantas terrestres contra a 
decomposição e a dessecação destes. Nas linhagens das “Pterifófitas” outras novidades evolutivas consolidaram a 
ocupação do ambiente terrestre pelas plantas vasculares. 
A colonização do ambiente terrestre pelas plantas vasculares envolveu mais mudanças morfológicas e 
reprodutivas. Elas estavam relacionadas com: 
• A fixação ao substrato e obtenção de água e nutrientes do solo: ex: rizóides, raízes; 
• Ao transporte dos componentes e produtos da fotossíntese: ex. células condutoras; 
• Proteção contra dessecamento e trocas gasosas: ex. epiderme, poros; 
• Suporte mecânico: ex. caulídio, caule; 
• Aumento da eficiência metabólica (fotossíntese): ex. folhas, parênquima; 
• Especialização reprodutiva: ex: esporófito com mais de um esporângio, megaesporangiado. 
 
Rhynia (Filo Rhyniophyta), uma planta fóssil considerada uma “Pteridófita”, era uma planta sem raízes, sem 
folhas e portadora de esporos organizados em esporângios terminais. Essa planta fóssil foi preservada em um tipo de 
rocha orgânica (silício córneo) encontrado na localidade de Rhynie na Escócia. Outros fósseis observados nesse 
depósito pertencem aos Filos Zosterophyllophyta e Trimerophytophyta, linhagens também extintas (Figura 1), 
consideradas ancestrais das plantas vasculares terrestres. Uma das formas mais comuns observada nesse depósito, 
tinha cerca de 18 cm de altura e possuía células condutoras de água! Essas plantas vasculares primitivas apresentavam 
eixos ramificados dicotomicamente (divididos em duas partes iguais), nos quais faltavam folhas e raízes. 
Posteriormente várias diferenças surgiram no corpo das plantas vasculares, levando a diferenciação de raízes, caule e 
folhas, que constituem os órgãos das plantas vasculares. 
 
Figura 1: Imagem do gênero Rhynia destacando o esporângio terminal e do gênero Zosterophyllum com 
vários esporângios laterais ao longo de um eixo apical dos caules. 
 
Havia, portanto, uma força seletiva a favor da obtenção de luz (crescer em altura) para realizar fotossíntese, 
mas isto provocava a necessidade de se transportar água até os órgãos que a realizassem, pois, a água é a doadora de 
elétrons para que o processo de fotossíntese ocorra. Mas, em contrapartida, esses órgãos teriam que lidar com a 
necessidade de obter, transportar e reter água suficiente para ajudar a prevenir a murcha, o carreamento de minerais 
dissolvidos, como também resfriarem as plantas quando necessário. O desenvolvimento de um sistema para o 
transporte de água e solutos nos órgãos das plantas selecionou aquelas formas que desenvolveram um sistema de 
vascularização. 
Quanto ao desenvolvimento de novas características morfológicas relacionadas ao suporte mecânico, contra o 
dessecamento e para a realização de trocas gasosas, pergunta-se: 
Obs: a vídeo-aula 7 – Univesp – Epiderme - https://www.youtube.com/watch?v=Wrkf-4-bE8M e a leitura da 
introdução do Capítulo 16 podem auxiliar na obtenção dessas respostas. 
1. Que substância adicionada à parede celular vegetal auxilia na sustentação do caule e permitiu o crescimento em 
estatura das plantas vasculares? 
R: _____________________________________________________________________________________________ 
2. Como são denominados os revestimentos que as células epidérmicas secretam para o exterior e a impermeabilizam? 
R: _____________________________________________________________________________________________ 
3. Que estrutura anatômica se desenvolveu no sistema dérmico que permitir efetuar e controlar as trocas gasosas nas 
plantas vasculares? 
R: _____________________________________________________________________________________________ 
Para as plantas vasculares reconhecemos com partes constituintes de uma vegetal o sistema caulinar e o 
sistema radicular. O conjunto de raízes forma o sistema radicular, que fixa a planta e absorve água e sais minerais do 
solo. O caule e folhas juntos formam o sistema caulinar, com os caules originando órgãos fotossintetizantes 
especializados, as folhas, dispostas para a captura da luz solar. 
 Os diferentes tipos de células dos órgãos das plantas estão organizados em tecidos e os tecidos estão 
organizados em sistemas de tecidos. Três sistemas de tecido ocorrem em todos esses órgãos: o dérmico, o vascular e 
o fundamental. O sistema dérmico forma a cobertura externa do corpo da planta. O sistema vascular compreende os 
tecidos condutores, o xilema e o floema, e está imerso no sistema fundamental, que preenche o corpo da planta. 
Assista o vídeo abaixo e responda sobre os tecidos fundamentais que constituem as plantas vasculares e 
relacionadas ao ciclo de vida das “Pteridófitas” visualizado no exercício anterior: 
https://www.youtube.com/watch?v=VBLDovqrJh4 
 
4. Em quem fase do ciclo de vida as “Pteridófitas” se observam as caraterísticas morfológicas que aumentaram o 
sucesso de ocupação do ambiente terrestre? Qual a ploidia das células dessas estruturas nas Pteridófitas? 
R: _____________________________________________________________________________________________ 
5. Nos Musgos são observados os caulídios, filídios e os rizóides. Por que elas são consideradas análogas ao caule, 
folha e raízes dos demais grupos de plantas terrestres? 
R: _____________________________________________________________________________________________ 
6. Visualizando o gamétófito no livro de Biologia Vegetal (Raven) na figura 16.35 na página 328 por que as estruturas 
de fixação são chamadas de rizóides? 
R: _____________________________________________________________________________________________ 
7. Quais os sistemas de tecidos compõem o corpo dos vegetais e quais suas funções? 
R: _____________________________________________________________________________________________ 
R: _____________________________________________________________________________________________ 
R: _____________________________________________________________________________________________ 
8.Cite funções e características do Parênquima. 
R: _____________________________________________________________________________________________ 
_______________________________________________________________________________________________ 
_______________________________________________________________________________________________ 
9. Cite os tipos de Parênquimas e suas adaptações. 
R: _____________________________________________________________________________________________ 
_______________________________________________________________________________________________ 
_______________________________________________________________________________________________ 
_______________________________________________________________________________________________ 
10. Quais são os tecidos de sustentação e como os podemos reconhecer? 
R: _____________________________________________________________________________________________ 
_______________________________________________________________________________________________ 
11. Como podemos distinguir entre os tipos de tecidos de sustentação? 
_______________________________________________________________________________________________ 
_______________________________________________________________________________________________ 
_______________________________________________________________________________________________ 
 
Xilema e Floema 
 
Nas plantas vasculares, o xilema e o floema são os tecidos que transportam água e/ou açúcar e nutrientes 
orgânicos por toda a planta. Nas árvores, o floema e outros tecidos compõem a casca, daí deriva o seu nome, da 
palavra grega para " φλοιός" (phloiós – cortiça - súber), enquanto o nome xilema advém da palavra grega ξύλον que 
significa "madeira". A presença desses tecidos determina chamarmos estruturas vegetais de folhas caules e raiz. 
As células especializadas que conduzem água e sais minerais para cima a partir das raízes, bem como as células 
envolvidas no transporte ou na translocação de substâncias sintetizadas no mesofilo foliar (região entre a superfície 
adaxial – acima - e abaxial – abaixo da folha) e outros tecidos, são agrupadas em faixas ou feixes bem definidos, 
denominadas feixes vasculares. Nas folhas, o sistema vascular pode ser pensando como um sistema de afluentes que 
alimentam um grande rio. O sistema do xilema funcionaria ao contrário, da nervura central de uma folha, para as 
nervuras de menor calibre! Já o floema captaria os materiais advindo dos processos fisiológicos (compostos 
fotoasssimiliados) realizados nas folhas das células a partir de nervuras secundárias e terciárias para as nervuras de 
maior calibre! No vídeo https://www.britannica.com/plant/fern vocês podem visualizar esse sistema de nervuras na 
folha. 
O xilema é um tecido complexo no qual também encontramos células vivas e mortas, enquanto o floema é 
composto de células vivas que transportam a seiva. A seiva do floema é rica em açúcar e é feita em áreas fotossintéticas 
da planta. Os açúcares e outras substâncias são transportados para partes não fotossintéticas da planta, como as 
raízes, ou para estruturas de armazenamento, como tubérculos ou bulbos. 
Em 1930, o fisiologista alemão Ernst Munch propôs a hipótese do fluxo de pressão para explicar o mecanismo 
da translocação do floema (o transporte de alimentos em uma planta pelo floema). Esse processo é realizado por um 
processo chamado carregamento de floema em uma fonte e descarga em um dreno, o que causa um gradiente de 
pressão que leva o conteúdo do floema para cima ou para baixo da fonte para a dreno. Nas folhas, a fonte de açúcar, 
o xilema e o floema estão localizados próximos ao tecido fotossintético, que retira a água do xilema e, através do 
transporte ativo, carrega açúcar (e outros produtos da fotossíntese) no floema que migra em direção ao dreno. À 
medida que os nutrientes orgânicos se acumulam no floema, a água se move para dentro desse tecido por osmose, 
criando pressão que empurra a seiva para baixo ou para cima do tubo. No dreno, a concentração de açúcar livre é 
menor do que no tecido. Esse gradiente de concentração de açúcar faz com que as células transportem ativamente 
solutos dos elementos do floema para o tecido do dreno. A água segue por osmose, mantendo o gradiente. 
O movimento no floema é variável, enquanto no xilema o movimento é unidirecional (para cima). O fluxo a 
granel move a seiva do floema de uma fonte de açúcar para o dissipador de açúcar (dreno) por meio de pressão. Uma 
fonte de açúcar é qualquer parte da planta que produz açúcar por fotossíntese ou libera açúcar quebrando o amido. 
As folhas são a principal fonte de açúcar. Os drenos de açúcar são órgãos de armazenamento que consomem água ou 
açúcar. Desenvolver órgãos que produzem sementes (como frutas) sempre são tipos de dreno. Os órgãos de 
armazenamento, incluindo tubérculos e bulbos, podem ser uma fonte ou um dreno, dependendo da época do ano. 
Durante o período de crescimento da planta, geralmente na primavera, os órgãos de armazenamento fornecem 
açúcares para os drenos nas diversas áreas de crescimento da planta. Após o período de crescimento, os órgãos de 
armazenamento armazenam carboidratos, tornando-se drenos. Devido a esse fluxo multidirecional, juntamente com 
o fato de que a seiva não pode se mover facilmente entre as células adjacentes que o compõe, não é incomum que a 
seiva possa fluir em direções opostas entre os feixes de floema. 
Tanto para o xilema e o floema são compostos por células nas Traqueófitas! Entretanto há diferenças ente os 
tipos de células que os formam dependendo da linhagem de plantas terrestres em consideração. Mas informações 
podem ser obtidas em http://www.anatomiavegetal.ib.ufu.br/Xilema_texto.htm e 
http://www.anatomiavegetal.ib.ufu.br/Floema_texto.htm. 
Na videoaula https://www.youtube.com/watch?v=cBD9hVaNVw4 sobre o Xilema, e na videoaula sobre o 
Floema - https://www.youtube.com/watch?v=d2Cd5yCVgqI – vocês podem obter as respostas das questões que 
focam nas diferenças das células que os compõem entre as linhagens das Pteridófitas, Gimnospermas e Angiospermas! 
 
12. Por que o xilema é considerado um tecido complexo? 
R: _____________________________________________________________________________________________ 
_______________________________________________________________________________________________ 
13. Que tipos de compostos são observados na seiva do xilema? 
R: _____________________________________________________________________________________________ 
_______________________________________________________________________________________________ 
14. Na parede secundária que composto químico adicional é observado e auxilia na sustentação do vegetal? 
R: _____________________________________________________________________________________________ 
15. Quais são os dois tipos de células condutoras ou elementos traqueais do xilema? Eles são vivos? 
R: _____________________________________________________________________________________________ 
16. Como podemos diferenciar os tipos de células condutoras do xilema? 
R: _____________________________________________________________________________________________ 
_______________________________________________________________________________________________ 
17. Qual a ocorrência dos dois tipos de elementos condutores entre as linhagens de plantas vasculares considerando 
suas homologias? 
R: _____________________________________________________________________________________________ 
_______________________________________________________________________________________________ 
18. Como é denominada a célula condutora da seiva do floema presente em todas as plantas vasculares? 
R: _____________________________________________________________________________________________ 
19. Como está composta a seiva do floema? 
R: _____________________________________________________________________________________________20. Quais as diferenças básicas entre as células do floema das Gimnospermas e das Angiospermas? 
R: _____________________________________________________________________________________________ 
_______________________________________________________________________________________________ 
_______________________________________________________________________________________________ 
 
Referência Bibliográfica Adicional 
Zuqui, G. et al. 2008. Guia de Samambaias e Licófitas da Rebio Uatumã – Amazônia Central. INPA. Manaus. 316p. 
Cutler, D.F. et al. 2011. Anatomia Vegetal: uma abordagem aplicada. Porto Alegre: Artmed. 304p.

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