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Finanças Publicas

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Finanças Públicas 
Política Fiscal: 
É a atuação do governo no que diz respeito à arrecadação de impostos e dos gastos. 
Funções do governo: 
Função locativa: objetiva assegurar o necessário ajustamento da alocação dos 
recursos na economia, em face das imperfeições inerentes à 
própria lógica do mercado aberto. 
Estabelece o fornecimento de bens públicos a população. 
 
É usado por todos, sem restri-
ções. Não excludente e não 
disputáveis. 
Bens sem públicos  pode ser fornecido pelo setor privado. 
Bens e serviços públicos e sem públicos. 
 
 Função distributiva: redução das desigualdades sociais por meio de redistri-
buição direta de renda através de programas sociais. 
Realiza ajustes na distribuição de renda com o objetivo de 
torná-la mais adequada socialmente. 
 
 Função estabilizadora: aplicação de políticas econômicas com vistas a equili-
brar a economia. 
Procura estabilizar alguns pontos considerados cru-
ciais na economia. 
O Estado utiliza como mecanismo de política de es-
tabilização as monetária e fiscal: 
 Política fiscal: política de receita e despesas do 
governo. 
 Política monetária: controla a liquidez global 
do sistema econômico. 
Instrumentos: 
 Recolhimento compulsório de moeda 
 Assistência financeira de liquidez (juros) 
 Venda e compra de títulos públicos 
Variáveis macroeconômicas, inflação e desemprego. 
Equação de Equilíbrio do Mercado: 
 
 
 
 
 
Y = C + I + G +(X-M) 
 
 
Carga tributária = CT {
taxas
impostos
contribuições
 
Gastos
G
{
consumo
investimentos
subsídios
transferências
 
+ caso a inflação : política fiscal contracionista → cresce a importância do controle / fiscalização 
CT G 
 
+ caso a inflação : política fiscal expansionista → cresce a importância do planejamento. 
CT G 
Renda Nacional 
Y 
Consumo 
C I 
Investimento 
 
Gastos do governo 
G X 
Exportações 
 
Importações 
M 
Orçamento = Receita - Despesa 
 
Política monetária: 
É o controle dos meios de pagamento da economia, com o objetivo de garantir a liquidez 
do sistema monetário. 
Y = C + I + G +(X-M) 
 
Renda Nacional 
Renda agregada 
Instrumentos da política monetária: 
 
 
 
 
 Y: Política monetária expansionista - PME 
 Y: Política monetária contracionista - PMC 
 
 
 
Oferta de Moeda → BACEN 
𝑂𝑀1 → 𝑂𝑀2 → Expansionista 
𝑂𝑀1 → 𝑂𝑀3 → Contracionista 
 
 Open Market: 
Bacen → vende títulos → i →QMo → C → I →  Y ∴ Política monetária contracionista 
Bacen → compra de títulos → i →QMo → C → I → Y ∴ Política monetária expansionista 
 
 Taxa de redesconto: 
↓ 𝑇𝑟𝑒𝑑𝑒𝑠𝑐𝑜𝑛𝑡𝑜→QMo → C → Y ∴ Política monetária expansionista 
↑ 𝑇𝑟𝑒𝑑𝑒𝑠𝑐𝑜𝑛𝑡𝑜→ QMo → C →  Y ∴ Política monetária contracionista 
 
 Taxa de compulsório: 
Compulsório → QMo → C →  Y ∴ Política monetária contracionista 
 Compulsório →QMo → C → Y ∴ Política monetária expansionista 
 Controle seletivo de crédito: 
Crédito →QMo → C → Y ∴ Política monetária expansionista 
 Crédito → QMo → C →  Y ∴ Política monetária contracionista 
ta
xa
 d
e 
ju
ro
s 
(i
)
Quantidade moeda (Q)
Moeda
Emissão de moeda 
Open Market 
Taxa de redesconto 
Taxa de compulsório 
Controle seletivo de crédito 
𝑖3 
𝑖2 
𝑖1 
𝑄3 𝑄1 𝑄2 
𝑫𝑴 
𝑶𝑴𝟑 𝑶𝑴𝟏 𝑶𝑴𝟐 
A política monetária procura estimular ou desestimular as despesas de investimento 
e de consumo influenciando as taxas se juros e a disponibilidade de crédito, enquanto a fiscal 
funciona diretamente sobre as rendas através do dispêndio e da tributação. 
 
Política cambial: 
É o conjunto de ações e orientações ao dispor do Estado destinadas a equilibrar o 
funcionamento da economia através de alterações das taxas de câmbio e do controle das ope-
rações cambiais. 
𝑒1 =
𝑅$
𝑈𝑆$
=
1,00
1,00
 → paridade cambial 
𝑒2 =
𝑅$
𝑈𝑆$
=
0,50
1,00
 → {
moeda nacional valorizada
moeda estrangeira desvalorizada
 ↑M ↓X
 
 
 
𝑒3 =
𝑅$
𝑈𝑆$
=
4,00
1,00
 → {
moeda nacional desvalorizada
moeda estrangeira valorizada
 ↓M ↑X
 
 
 
Compra → pagamento em moeda estrangeira 
Venda → recebimento em moeda estrangeira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Demanda + Oferta - 
Demanda - 
Oferta + 
𝑒2 → 𝑄𝐷2 > 𝑄𝑂2 
↓ Y = C + I + G +(X ↓ - M ↑) 
Política cambial contracionista 
Câmbio fixo 
↓ inflação → ↓ 𝑌 
 
𝑒 
Ta
xa
 d
e 
ca
m
b
io
 
O 
DM 
𝑒1 
𝑄𝑀𝐸1
 𝑄𝐷2 𝑄𝑂2 Quant. Moeda estrangeira 
(QME) 
𝑒2 
𝑒3 → 𝑄𝑂3 > 𝑄𝐷3 
↑ Y = C + I + G +(X↑ - M ↓) 
Política cambial expansionista 
Câmbio fixo 
 Ta
xa
 d
e 
ca
m
b
io
 
O 
DM 
𝑒1 
𝑄𝑀𝐸1
 𝑄𝑂3 𝑄𝐷3 QME 
𝑒3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Funções do Governo: 
Objetivo do Governo: bem-estar da população 
Será necessária a ação do Governo quando houver algum tipo de falha de mercado. 
Função alocativa: bens e serviços públicos e semipúblicos 
Função distributiva: renda 
Função estabilizadora: variáveis macroeconômicas (inflação e desemprego) 
 
 Função alocativa: 
Estabelece o fornecimento de bens públicos a sua população. 
Bens públicos: é usado por todos, sem restrições. 
 Não excludentes e não disputáveis. 
Bens semipúblicos: pode ser prestada pelo setor privado. 
 
 Função distributiva: 
Realiza ajustes na distribuição de renda com o objetivo de torná-la mais ade-
quada socialmente. 
 
 Função estabilizadora: 
Procura estabilizar alguns pontos considerados cruciais na economia. 
 
O Estado utiliza como mecanismo de política de estabilização a política monetária e a 
política fiscal. 
Política monetária: controla a liquidez global do sistema econômico. 
Instrumentos de política monetária: 
Recolhimento compulsório de moeda; 
Assistência financeira de liquidez (juros); 
Venda e compra de títulos públicos. 
Política fiscal: política de receitas e despesas do governo. 
 
 
EOME → excesso de oferta de ME 
EDME → excesso de demanda 
Câmbio flutuante 
O próprio mercado se regula. 
 
Busca o equilibrio 
Ta
xa
 d
e 
ca
m
b
io
 
O 
DM 
𝑒1 
𝑄𝑀𝐸1
 𝑄𝑂3 𝑄𝐷3 QME 
𝑒3 
𝑒2 
EOME 
𝑄𝐷2 𝑄𝑂2 
EDME 
Cambio misto (de banda) 
Caso haja excedentes dos limites o po-
der público regula a taxa de funciona-
mento como fixo. 
O 
DM 
Limite máximo 
QME 
𝑒3 
𝑒2 Limite mínimo 
O governo regula 
O governo regula 
O Estado deve: 
Obter receita pública; 
Criar crédito público; 
Despender despesas públicas; 
Planejar e gerenciar o Orçamento Público. 
 
 Receitas públicas: 
Receita orçamentária; 
Receita extraorçamentária. 
 
Receita corrente; 
Receita de capital. 
 
 
 Crédito público: 
É o ingresso proveniente da inserção de títulos públicos ou da contratação de 
empréstimos e financiamentos obtidos junto a entidades estatais e privadas. 
 
Eficiência e distribuição: 
 Equidade 
 Estabilidade 
 Eficiência 
A intervenção do estado visa assegurar a eficiência da economia, garantir uma 
maior equidade econômica e social e promover a estabilidade. 
 
Falhas de mercado: 
Uma falha de mercado ocorre quando um mercado, deixado por si só, é inefici-
ente. 
 Externalidades: são os custos ou benefícios não compensados pecuniariamente, 
isto é, não transferidos pelo preço. 
 Bens públicos: a ineficiência gerada pelos bens públicos é a impossibilidade de se 
cobrar adequadamente por eles. 
 Informações assimétricas: ocorre quando a informação existente é diferente para 
os mais variados agentes. 
 Concorrência imperfeita: monopólio, oligopólio, monopsônio. 
 Desemprego e inflação. 
 
 Orçamento Público: 
 
Planejamento atividade fim do Estado 
 
Receitas Despesas 
Previsão Fixação 
Programas 
 
A. Planejamento: 
Art.174, CF/88: Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá,na forma da lei, as 
funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor público e 
indicativo para o setor privado. 
Art.2º, Lei 12.593/2012: O planejamento governamental é a atividade que, a partir de diagnósticos e estudos prospectivos, orienta as escolhas de políticas públicas. 
(Vigência: 2012-2015) 
 
Orçamento 
Necessidades demandadas 
Daqui para frente 
Programa materializa as políticas públicas 
B.Atividade financeira do Estado: 
A finalidade essencial do Estado é a realização do bem comum por meio da sa-
tisfação das necessidades públicas, tais como, segurança, saúde, educação, justiça, 
habitação, através da: 
 Obtenção de recursos (receitas) 
 Aplicação de recursos (despesas) 
 Gerenciamento de recurso (orçamento) 
 Criação de créditos (empréstimos, financiamentos) 
 
Influência do pensamento econômico na atividade financeira do Estado: 
- Liberalismo: 
Laissez-faire 
Adam Smith 
Estado mínimo – o mercado se regula sozinho 
- Socialismo: 
Karl Marx 
Estado máximo – o Estado regula tudo 
- Socialdemocrata: 
Keynes 
Estado intervencionista – o mercado não tem como regular sozinho. 
 
A partir do final do século XIX, o Estado abandona a postura de neutralidade 
própria do liberalismo econômico e passa a ser mais intervencionista no sentido de 
corrigir as imperfeições do mercado e promover o crescimento econômico. 
Utilizando os instrumentos de intervenção de que dispõe, o Estado desenvolve 
as seguintes funções consubstanciadas no orçamento: 
Função distributiva: redução das desigualdades sociais por meio da distribuição 
direta de renda, transferência, subsídios, redução de impostos. 
Ex.: Programa Bolsa Família – distribuição direta. 
Função alocativa: relacionada com a aplicação de recursos do orçamento na 
oferta de bens e serviços de consumo coletivo que não podem ser afetados adequada-
mente pelo mercado. 
Ex.: Segurança pública 
Transporte publico 
Saneamento básico 
Função estabilizadora: relacionada com o controle dos juros, inflação, moeda, 
emprego, metas de resultado primário/nominal. 
Ex.: Banco Central 
COPOM 
 
Obs.: se a fase econômica é expansionista, cresce a importância do planejamento, se for contracionista, 
cresce a importância do controle/fiscalização. 
 
 
 
 
 
 
Leis orçamentárias: 
Art. 165, CF/88 - Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: 
I - O plano plurianual; 
II - As diretrizes orçamentárias; 
III - Os orçamentos anuais. 
 
 
 
 
 
 
 
Características: 
I. Cada ente da federação deve possuir suas próprias leis orçamentarias; 
II. São leis ordinárias, apenas no sentido formal: 
Precisam apenas votos simples por maioria do plenário no momento da votação. 
O orçamento é autorizativo 
Não é obrigatório 
Orçamento impositivo: emendas impositivas (obrigatória) 
III. São reguladas por lei complementar: 
Regula tecnicamente a lei constitucional 
Leis complementares em vigência: 
- 4.320/64: 
Surgiu como lei ordinária 
Recepcionada com o status de lei complementar pela CF/88 
Direito financeiro e contabilidade pública 
- LC 101/2000 – Lei de responsabilidade fiscal 
Responsabilidade na gestão fiscal 
Ação planejada e transparente 
Prevenção de riscos 
Correção de desvios 
Metas 
Obs.: As Leis 4.320 e LC 101/2000 tratam de assuntos diferentes, uma não complementa a outra. 
 
Lei 4.320/64 
LRF AFO 
Art.165-169, CF/88 
 
Art.165, §9º, CF/88: 
 - Prazo de vigência: 
Na união estão no ato das disposições constitucionais transitórias (ADCT, art.35) 
§2º, art.35, ADCT, CF/88: 
I - O projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do mandato presidencial subsequente, será 
encaminhado até quatro meses antes do encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da 
sessão legislativa; 
II - O projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro 
e devolvido para sanção até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa; 
III - O projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido 
para sanção até o encerramento da sessão legislativa. 
IV. São leis de iniciativa do poder executivo 
V. São leis especiais: 
Céleres, 
Temporárias, 
Podem possuir emendas. 
Créditos adicionais 
Altera o orçamento 
PPA
Planejamento
4 anos
LDO
Compreende e prioriza 
para o ano seguinte
1,66 anos
LOA
Executa
(Receita/despesa)
1 Ano
 Plano Plurianual: PPA 
4 anos → 2º ano do governo até o 1º ano do próximo governo. 
DOM: Diretrizes 
Objetivos 
Metas 
Encaminhado pelo poder executivo 4 meses antes do final do ano 1 de governo 
(31 de agosto X1). 
Sanção deve ser feita no último dia legislativo (22 de dezembro de X1). 
 
 Lei de Diretrizes Orçamentárias: LDO 
18 meses ± 
Metas e prioridades 
Encaminhado ao legislativo até 15 de abril e devolvido até 17 de julho. 
Art.4º, LRF: LDO 
Art.4º, §1º, LRF: Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias Anexo de Metas Fiscais, em que serão esta-
belecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resul-
tados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e 
para os dois seguintes. 
 
 Lei Orçamentária Anual: LOA 
1 ano 
Operacional 
Encaminhado – 31 de agosto X𝑛 
Sanção – 22 de dezembro de X𝑛 
 
o Orçamento do Estado: 
É o documento que o governo elabora anualmente e onde se faz a previsão das 
receitas e das despesas a serem efetuadas pelo Estado no ano seguinte. 
O orçamento permite: 
 Gestão mais eficiente e racional dos recursos públicos 
 Definição de políticas financeiras, econômicas e sociais. 
Funções do orçamento: 
 Adaptação das receitas às despesas. 
 Limitação das despesas. 
 Exposição do plano financeiro do Estado. 
A Lei Orçamentária Anual compreende: 
 Orçamento Fiscal 
 Orçamento de investimento 
 Orçamento de seguridade social 
 
Receita pública: 
Conceito legal: receita pública são todos os ingressos de numerário (dinheiro) nos cofres públicos, 
não importando sua natureza ou origem. (sentido amplo) 
Conceito doutrinário: receitas publicas são os ingressos financeiros que produzem acréscimos pa-
trimoniais, sem gerar obrigações, reservas ou reivindicações de terceiros. 
São as entradas definitivas de recursos nos cofres públicos. 
É a receita orçamentária. (sentido restrito) 
Quanto a origem: 
Receita originaria: advém da exploração, pelo Estado, da atividade econômica. 
Receita derivada: é caracterizada pelo constrangimento legal para sua arrecadação. 
Ex.: taxa, imposto, contribuição, instituição de tributos. 
 
 
Quanto a natureza: 
Orçamentária: disponibilidades de recursos financeiros que ingressam durante o 
exercício orçamentário e constituem elemento novo para o patrimô-
nio público. 
Devem estar previstas na LOA. 
de capital: são recursos oriundos da constituição de dívidas (operação de cré-
dito interna ou externa); conversão, em espécie, de bens e 
direitos; transferência de capital, superavit do orçamento 
corrente. 
correntes: são as receitas tributárias, de contribuições, patrimonial, agropecu-
ária, industrial, de serviços e outras e, ainda, as provenientes 
de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de di-
reito público ou privado, quando destinadas a atender des-
pesas classificáveis em despesas correntes. 
Ingresso orçamentário: ingressos que podem ser utilizados para a co-
bertura de despesas orçamentárias. Ex.: Impostos, taxas, contribui-
ções. 
 
Extraorçamentária: são os valores que, embora tenham ingressado nos cofres públi-
cos, não pertencem de fato ao ente público, que o detém de forma 
temporária. 
Ingresso extraorçamentário: recursos financeiros de caráter temporá-
rio do qual o Estadoé mero agente depositário. Ex.: deposito em cau-
ção, finanças, antecipação de receita. 
 
* ARO – operação por Antecipação de Receita Orçamentária: 
Deve ser paga até 10 de dezembro do ano no qual foi contratada. 
São empréstimos que os entes públicos podem fazer para resolver uma mo-
mentânea insuficiência de caixa. 
* Receita intraorçamentária: são os ingressos provenientes do pagamento das des-
pesas realizadas na aplicação direta devido a uma 
eventual operação entre órgãos, fundos e entidades 
integrantes dos Orçamentos Fiscais e da seguridade 
social. 
 
Dedução de Receita Orçamentária: (MCASP 9ª Edição, pág.62) 
 
 
 
 
 
 Situações que ocorrem a dedução de receitas: 
a. Recursos que o ente tenha a competência de arrecadar, mas que pertencem a outro 
ente, de acordo com a legislação vigente (transferências constitucionais ou legais); 
b. Restituição de receitas recebidas a maior ou indevidamente; e. 
c. Renúncia de receita orçamentária; Se a receita arrecadada possuir parcelas destinadas 
a outros entes a transferência poderá ser registrada como dedução de recita ou des-
pesa, depende da legislação. 
 
Se a receita arrecadada possuir parcelas destinadas a outros entes a transferência po-
derá ser registrada como dedução de receita ou despesa, depende da legislação. 
 
Parcelas a seres restituídas deve ser tratada como dedução de recita orçamentária, pois 
não pertencem a entidade arrecadadora, portanto não pode ser utilizado. 
A conta redutora de receita é utilizada para evidenciar o fluxo de recursos da receita 
bruta para a liquida. 
Registro da 
receita 
orçamentária
Ingresso de 
disponibilidades
 
Despesa pública: 
Despesa corrente: de custeio 
 Transferências correntes 
Despesa de capital: investimentos 
Inversões financeiras 
Transferências de capital 
 
* Metodologia para a classificação quanto a natureza: 
1º passo: Fato orçamentário ou extraorçamentário 
2º passo: Identificar categoria econômica da despesa orçamentária 
3º passo: Grupo de natureza da despesa corrente e intraorçamentária de capital 
4º passo: Grupo de natureza das despesas orçamentárias de capital e intraorçamentária de capital 
5º passo: Registro de ingresso de terceiros (extraorçamentários). 
6º passo: Identificar conta. 
 
Esquema da execução da despesa pública: 
 
 
 
Financiamento de gastos: 
Estrutura tributária: 
Princípios de tributação: 
Neutralidade: quando os tributos não alterarem os preços relativos, minimizando sua inter-
ferência nas decisões econômicas dos agentes de mercado. 
Um dos objetivos do sistema tributário é não ter impactos negativos sobre a 
eficiência econômica. 
Equidade: distribuição de maneira justa de ônus entre os indivíduos. 
Princípio do benefício: o individuo pagaria o tributo para igualar o preço do serviço recebido 
ao benefício marginal que lhe recebe. Aplicação: Taxas. 
Princípio da capacidade de pagamento: os agentes contribuem de acordo com sua capaci-
dade de pagamento. Ex.: imposto de renda. 
 
Efeito da Política tributária sobre a atividade econômica: 
Impostos: 
Diretos: incidem diretamente sobre a renda das pessoas. 
Indiretos: incidem sobre os preços das mercadorias. 
Específicos: valor fixo, independe do valor do bem. 
Ad valorem: alíquota fixa sobre o valor do bem. 
 
Estrutura tributária: 
Progressiva: alíquota aumenta com o aumento da renda. 
Regressiva: quanto maior a renda, menor a tributação, em proporção à renda. 
Proporcional: todos pagam a mesma alíquota (neutra). 
 
Superavit → arrecadação > gastos públicos 
Déficit → arrecadação < gastos públicos 
 
 
 
PPA LDO LOA
Programação 
financeira
Licitação Empenho Contrato Liquidação Pagamento
Déficit público: 
Déficit nominal ou total: indica o fluxo líquido de novos financiamentos, obtidos ao longo de um 
ano pelo setor público não financeiro em suas várias esferas. 
Déficit primário ou fiscal: é medido excluindo, do déficit total, a correção monetária e os juros 
reais da dívida contraída anteriormente. 
Déficit operacional: é medido pelo déficit primário acrescido dos juros da dívida passada. 
 
Déficit primário = G – T 
 
Receita fiscal corrente 
Gastos públicos correntes 
 
Déficit operacional = (G – T) + juros reais da dívida 
 
Déficit nominal = (G – T) + juros nominais da dívida 
 
Juros reais + correção monetária e cambial da dívida 
Financiamento do déficit 
Medidas de política fiscal: tradicional 
impostos ou gastos 
Emissão de moeda: monetização da dívida 
Banco central cria moeda para financiar o tesouro 
inflação e endividamento público 
Venda de títulos: troca de títulos por moeda 
 inflação e  endividamento público 
 
Operações de créditos: 
Créditos adicionais: 
Art. 40, Lei 4.320/64: São créditos adicionais, as autorizações de despesa não computadas ou insuficientemente dotadas na Lei 
de Orçamento. 
Art. 41, Lei 4.320/64: Os créditos adicionais classificam-se em: 
I - suplementares, os destinados a reforço de dotação orçamentária; 
II - especiais, os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica; 
III - extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, comoção intestina ou calamidade pública. 
 
Espécie de créditos: 
Suplementares: 
Finalidade: reforço de dotação orçamentária existente na LOA. 
Autorização: previa, podendo ser incluída na própria LOA ou em lei especial. 
Forma de abertura: decreto do PE, após autorização do legislativo, até o limite 
estabelecido em lei. 
Recursos: indicação obrigatória. 
Valor/limite: obrigatório, indicado na lei de autorização e no decreto de abertura. 
Vigência: sempre no exercício financeiro em que foi aberto. 
Prorrogação: não permitida. 
 
Especiais: 
Finalidade: atender a categoria de programação não contemplada na LOA. 
Autorização: prévia, em lei especial. 
Decreto do PE, após autorização do legislativo, até o limite estabe-
lecido em lei. 
Recursos: indicação obrigatória. 
Valor/limite: obrigatório, indicado na lei de autorização e no decreto de abertura. 
Vigência: em princípio no exercício financeiro em que foi aberto. 
Prorrogação: só para o exercício seguinte, se autorizado em um doas quatro últi-
mos meses do exercício. 
 
Extraordinárias: 
Finalidade: atender a despesas imprevisíveis e urgentes. 
Autorização: sem necessidade prévia. 
Forma de abertura: por meio de medida provisória (união) ou decreto (Estado ou 
Município). 
Recursos: independe de indicação. 
Valor/limite: obrigatório, indicado na medida provisória (união) ou decreto (Es-
tado ou Município). 
Vigência: em princípio no exercício em que foi aberto. 
Prorrogação: só para o exercício seguinte se autorizado em um dos quatro últimos 
meses do exercício. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Planejamento → PPA, PS, PAS, LDO 
Orçamento → LOA compatível com o planejamento 
Execução Orçamentária → cumprimento das metas e ações do PPA/LDO 
Acompanhamento → controle interno, prestação de contas TCE 
Controle público → conselhos e sociedade 
Avaliação → relatório de gestão 
 
Federalismo fiscal: 
Características dos entes federados: 
Auto – Organização 
Legislação 
Governo 
Administração 
Autonomia (todos os entes federados)  Soberania (República Federativa do Brasil) 
 
Competências: 
Federalismo cooperativo: 
Art. 23., CF/88 – Incisos I ao XII 
Art.23, Parágrafo único, CF - Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os Estados, o 
Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do 
bem-estar em âmbito nacional. 
 
Planejamento
Orçamento
Execução 
orçamentária
Acompanhamento
Controle 
Público
Avaliação
Repartição das competências tributárias: 
Competência comum aos entes: 
Taxas e contribuições de melhoria. 
Competência da união: 
Contribuições especiais 
Empréstimos compulsórios 
Impostos: II, IE, IR, IPI, IOF, ITR, IGF 
Residuais e extraordináriosCompetência dos estados: 
Contribuição da seguridade social do próprio estado 
Impostos: ICMS, IPVA, ITCMD 
Competência dos municípios: 
Contribuição da seguridade social do próprio município 
Impostos: IPTU, ITBI, ISS 
Competência do DF: Estados + Municípios 
 
Repasse da União para os estados: 
100% do IRRF (imposto de renda retido em fonte) 
25% impostos residuais 
10% do IPI 
29% CIDE combustível 
30% IOF sobre o ouro financeiro 
Repasse da união aos municípios: 
100% do IRRF 
50% ITR 
7,25% CIDE combustível 
70% IOF 
Repasse dos estados aos municípios: 
50% IPVA 
25% ICMS 
2,5% IPI 
Fundos de participação: 
Fundos de participação dos Estados/DF: 
21,5% do IPI e IR: 
85% Estados da região N, NE e CO 
15% Estados da região S e SE 
 
Fundos de participação dos municípios: 
22,5% + 1% do IPI e IR 
 
Fundos constitucionais de financiamento do Norte, Nordeste e Centro-oeste: 
3% do total do IPI e do IR 
0,6% para FNorte 
0,6% para FCOeste 
1,8% para FNordeste: 
50% para o Semi-árido. 
 
Fundo de compensação das importações (exportações): 
10% do total de IPI, distribuído proporcionalmente ao valor das exportações 
de produtos industrializados de cada estado e DF, limitada a participação de 20% 
do total. 
 
 
Lei de responsabilidade fiscal: 
Lei complementar n. º101/2000: 
Atividade financeira do Estado: 
Responsabilidades e obrigações do Estado: 
 Manter a ordem. 
 Solucionar litígios. 
 Serviços públicos. 
Art.1, § 1º, LRF/2000 - A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e transparente, em que 
se previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas, 
 
Princípios da LRF: 
 Limitação da dívida a nível prudente; 
 Transparência; 
 Prevenção de déficits imoderados e reiterados; 
 Adoção de política tributária previsível e estável; 
 Prevenção do patrimônio público; 
 Equilíbrio entre aspirações da sociedade e os recursos colocados a dispo-
sição do governo. 
 
A LRF é um conjunto de normas para que a União, estados e municípios administrem com 
prudência suas receitas e despesas, e evitem desequilíbrios orçamentários e endividamento 
excessivo. 
 
Planejamento: capitulo 2 da lei. 
LDO: art.4º 
LOA: art.5º 
Anexos: 
Demonstrativo da compatibilidade da programação dos orçamentos 
com os objetivos e metas dos anexos fiscais da LDO. 
Planos e programas nacionais, regionais e setoriais em conformidade 
com o PPA, e as medidas de compensação à renuncias de receitas e ao 
aumento de despesas obrigatórias de caráter continuado. 
Reversa de Contingência. 
Estará na LOA: 
Todas as despesas relativas à dívida pública, mobiliária ou contratual e 
suas respectivas receitas. 
 
* O refinanciamento da dívida pública estará separado na LOA e nos créditos adicionais. 
 
Atualização monetária do prin-
cipal da dívida mobiliária refi-
nanciada. 
≤ 
Índice de preços previstos na LDO ou 
lei especifica. 
Crédito com finalidade impre-
cisa ou com dotação limitada  Não pode na LOA 
Orçamento publicado  
30 dias 
O poder executivo estabelecerá a pro-
gramação financeira e o cronograma 
de execução mensal de desembolso. 
Meses de maio, setembro e fe-
vereiro  
Poder executivo demostrará e avaliará 
o cumprimento das metas fiscais de 
cada quadrimestre. 
90 dias após o encerramento 
do bimestre  
Banco Central apresentará avaliação 
do cumprimento dos objetivos e metas 
das políticas monetárias ao Congresso 
Nacional. 
 
Receita pública: capitulo 3 da lei. 
Art. 11.LC 101/2000 (LRF) - Constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal a insti-
tuição, previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos da competência 
constitucional do ente da Federação. 
Reestimativa de receita pelo legislativo  
Apenas se houver erro ou omissão de ordem técnica ou le-
gal 
Receita de operação de crédito ≤ Despesas de capital constante da PLOA 
Renúncia de receita  
Compreende: anistia, remissão, credito presumido, conces-
são de isenção em caráter não geral, alteração de alíquota 
ou modificação de base de cálculo que implique redução 
discriminada de tributos ou contribuições, e outros benefí-
cios que correspondam a tratamento diferenciado. 
 
Receita corrente liquida = 
Somatório das receitas tributárias, de contribuição, patri-
moniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferên-
cias correntes. 
(Menos) – valores transferidos aos estados e municípios, 
(Menos) – contribuição dos servidores para o custeio dos 
sistemas de previdência e assistência social e as receitas 
provenientes da compensação financeira. 
 
CESPE – MPU/2010: A vinculação de receitas tributarias diretamente arrecadadas por um estado 
pode ser legalmente oferecida como contra garantia à união. (Correto – 
base legal: LC 101/2000 – art.40, § 1º, II) 
 
 
Dívida e Endividamento: capitulo 7 da lei 
Dívida pública consolidada ou fundada: montante total apurado sem duplicidade, 
das obrigações financeiras do ente da federação, assumidas em virtude de leis, con-
tratos, convênios ou tratados e da realização de operações de crédito, para amorti-
zação em prazo superior a 12 meses. 
Dívida pública mobiliária: dívida pública representada por títulos emitidos pela 
União, inclusive os do Banco Central do Brasil, estados e municípios. 
Operações de créditos: compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, 
abertura de crédito, emissão e aceite de valores provenientes da venda a termo de 
bens e serviços, arrendamento mercantil e outras operações assemelhadas, inclusive 
com o uso de derivativos financeiros. 
Concessão de garantia: compromisso de adimplência de obrigação financeira ou 
contratual assumida por ente da federação ou entidade a ela vinculada. 
Refinanciamento da dívida mobiliária: emissão de títulos para pagamento do prin-
cipal acrescido da atualização monetária. 
 Operação e crédito  assunção, reconhecimento, confissão de divida pelo 
ente, que não desobedeça os requisitos da geração 
da despesa (art.15 e 16, LC 101/2000) 
 Dívida pública consolidada  + dívida relativa à emissão de títulos de res-
ponsabilidade do banco central. 
+ operação de credito de prazo menor que 
12 meses e cujas receitas estejam no orça-
mento. 
 
 
Equipara-se 
≡ 
 
 
 
 
 
 
Art.167, III, CF/88: É vedado a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autori-
zadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por mai-
oria absoluta. 
 
Banco central  não emite títulos da dívida pública. 
É proibido operação de credito entre instituição financeira estatal e quem a controla. 
Instituição financeira pode comprar títulos da dívida. 
 
 Operações de credito por antecipação de receita orçamentária: 
Destina-se a atender insuficiência de caixa durante o exercício financeiro. 
Vigência: 
------------ ----------------- 
 10º dia 10/12/XX 
 do exercício 
 
Encargos: 
Taxa de juros da operação prefixada ou indexada à taxa básica financeira ou 
equivalente. 
 
Só pode haver 1 
Não pode ser usada no último mandato 
Banco Central: Sistema de acompanhamento e controle do saldo de credito 
aberto, caso o entre exceda o limite o BACEN aplicará as 
sanções cabíveis. 
 
 Operações com o Banco central: 
Art.35 e 39 da LC 101/2000. 
Tesouro Nacional só pode comprar títulos da dívida pública federal existentes na 
carteira do Banco Central para reduzir a dívida mobiliária. 
 
 Restos a pagar: 
O titular do poder ou MP, PGR etc. não pode contrair obrigações de despesas a partir dos 
dois últimos quadrimestres do seu mandato que não possam ser pagos até o final do mandato 
ou não haja suficiente disponibilidade de caixa para fazê-lo no seguinte. 
 
Os TCs alertarãoos Poderes e o MP quando constatarem que o montante das dívi-
das consolidada e mobiliária das operações de crédito e da concessão de garantias 
se encontram acima de 90% dos respectivos limites e que existem fatos que com-
prometam os custos ou os resultados dos programas ou indícios de irregularidades 
na gestão orçamentária. 
Refinanciament
o do principal 
da dívida 
mobiliária 
Montante 
do final do 
exercicio 
anterior 
Op. Credito 
autorizado no 
orçamento e 
realizado
Atualização monetária ≤ 
PR SF ou CN
Solicitação de revisão dos 
limites dos gastos, caso 
houver instabilidade 
econômica ou alterações nas 
politicas monetária ou 
cambial.
 Limites da dívida pública e das operações de crédito: 
Art.52, CF/88: Compete privativamente ao Senado Federal: 
VI - Fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais para o montante da dívida consolidada 
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; 
VII - dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo e interno da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de suas autarquias e demais entidades controladas pelo 
Poder Público federal; 
VIII - dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União em operações de crédito externo 
e interno; 
IX - Estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios; 
 
Art.48, CF/88: 
O presidente submeterá projeto de lei ao Congresso Nacional: 
 que estabeleça o montante da dívida imobiliária federal, bem como 
seus demonstrativos. 
 
o Enquanto perdurar o excesso: 
Não pode: 
Realizar operação de crédito 
Receber transferências voluntárias 
Pode: 
Refinanciar o principal atualizado da dívida mobiliária. 
Sobrará: 
Limitação de empenho. 
 
Ministério da fazenda: divulgará mensalmente os entes que ultrapassaram os imi-
tes e verificará p cumprimento dos limites e condições da 
realização de operação de crédito. 
 
Imposto sobre serviços de qualquer natureza (ISSQN) 
 Lei complementar 116/2003 
 Fato gerador: 
o Prestação de serviço autônomo: 
1.Não são os mesmos serviços do ICMS: transporte interestadual, intermuni-
cipal, comunicação e telecomunicação (estão na Constituição federal) 
2.Serviços citados na lei complementar 116/2003  lista é taxativa (40 gru-
pos de serviços) 
Permite interpretação extensiva (congêneres com os serviços da lista, 
interpretação não integração) 
Não permite interpretação analógica 
3.Não incide o ISSQN: 
Exportações, serviços típicos do ICMS, serviços subordinados (empre-
gos), operações financeiras. 
Competência  município e DF 
No local do estabelecimento prestador ou no local do domicilio do pres-
tador 
Outras hipóteses: art.3º LC 116/2003. Incisos I ao XXV. 
 
 
 
 
o Base de cálculo: 
É o preço do serviço, ad valorem; 
Alíquota mínima: 2% 
Alíquota máxima: 5% 
Art.5º LC 116/2003: Contribuinte é o prestador do serviço. 
Sumula vinculante 31/STF: É inconstitucional a incidência do imposto sobre serviços de qualquer natureza 
- ISS sobre operações de locação de bens móveis (operações). 
Sumula 424/STJ: É legítima a incidência de ISS sobre os serviços bancários congêneres. 
Ex.: abertura de conta, emissão de cheques. 
Serviços bancários ≠ operações financeiras 
Sumula 274/STJ: O ISS incide sobre o valor dos serviços de assistência médica, incluindo-se neles as refei-
ções, os medicamentos e as diárias hospitalares. 
Sumula 138/STJ: O ISS incide na operação de arrendamento (leasing) mercantil de coisas móveis. 
Item 15.09 – anexo da LC 116/2003 
 
Contratos: 
Sustação de atos e contratos: 
 Sustar um contrato: significa retirar-lhe a eficácia, a produção dos efeitos financeiros 
e executivos, realização do objeto. 
Sustar ≠ Rescindir 
Cancelamento, deixar de ter validade, anular. 
É a forma de pôr fim ao contrato em razão de 
lesão contratual. 
Sustação de ato ≠ sustação de contrato 
 
Procedimento para sustação: 
1º passo: Tribunal de Constas constata a ilegalidade. 
2º passo: TC assina prazo para que o órgão ou entidade adote as providencias 
necessárias ao exato cumprimento da lei. 
3º passo: se atendido, encerra o processo. 
Sustação do ato: 
4º passo: se não atendido, o TC susta a 
execução do ato impugnado, 
comunicando a decisão ao Po-
der Legislativo 
Sustação do contrato: 
4º passo: se não atendido, o TC comunica 
os fatos ao Poder Legislativo. 
5º passo: O Poder Legislativo adota diretamente a sustação do contrato e 
solicita, de imediato ao Poder Executivo as medidas cabíveis. 
6º passo: se os poderes legislativo e Executivo no prazo de 90 dias não efeti-
var as medidas previstas no parágrafo anterior, o Tribunal deci-
dirá a respeito da sustentação do contrato. 
 
* As decisões do Tribunal de que resulte imputação de debito ou multa terão eficácia de título 
executivo. 
 
Não compete às Cortes de Contas proceder à execução de suas decisões. 
 
 
 
 
 
 
 
Recursos: 
Art. 31, Lei 8.443/1992 (Lei Orgânica do Tribunal de Contas da União): 
 Em todas as etapas do processo de julgamento de contas será assegurado ao responsável ou interessado 
ampla defesa. 
 
Direito de defesa  Direito de recorrer 
 
Direito prévio Direito posterior 
 
Quando se tratar de recursos tendentes a agravar a situação do responsável será ne-
cessária a instauração do contraditório mediante concessão de oportunidades para ofe-
recimento de contrarrazões recursais. 
 
 Funções dos recursos: 
Reincidente (error in procedendo): que pressupõe a ocorrência de grave falha 
na aplicação da lei processual, ensejando a nulidade da decisão atacada. 
Substitutiva (error in judicando): cujo objetivo consiste em uma reapreciação 
do juízo de valor expresso na decisão atacada. 
 
 Efeitos dos recursos: 
Devolutivo: abre a possibilidade de reapreciação de decisão emanada pela 
corte de contas e cuja extensão pode ser total ou parcial. 
Suspensivo: adia a produção dos efeitos da decisão impugnada. 
* Corretivo: quando se detecta omissão, obscuridade ou contradição na deci-
são impugnada, o recurso é interposto visando-se de imediato não a anulação ou 
a reforma do ato impugnado, mas sim sua integração com vistas a torná-lo claro, 
completo e coerente. 
 
Análise dos recursos  exame de admissibilidade  juízo de mérito 
 
Exercício do direito de defesa: 
1ª Audiência: ao se verificar irregularidades o responsável é chamado para esclare-
cer as contas no prazo de 15 dias. 
2ª Citação 
3ª Oitiva: Ouvir as partes. 
Prestar esclarecimentos. 
4ª Revelia: o responsável que não responder a uma audiência ou citação será con-
siderado revel para todos os efeitos dando-se prosseguimento ao processo. 
 
Revelia  Confissão 
 
Procedimentos legais e regimentais de defesa: 
1º - Pedido de vista 
Ou 
Cópia de peça de processo em andamento 
Ou 
Apensado a outro em tramitação mediante solicitação dirigida ao relator. 
2º - Juntada de documentos 
 
Modalidades recursais: 
Não se admitem recursos em processo de consulta 
Portaria TCU n.º 35/2014 
Recursos de reconsideração: 
Processo de tomada ou prestação de contas, tomada de contas especial. 
Características: 
Terá efeito suspensivo 
Será apreciado pelo colegiado que houver proferido a decisão re-
corrida 
Poderá ser formulado por escrito uma só vez, pelo responsável ou 
interessado, ou pelo Ministério Público junto ao Tribunal. 
O prazo para apresentação é de 15 dias, a partir da publicação do 
Diário Oficial da União da decisão recorrida. 
Qualquer pessoa que possa ter 
direito afetado pela decisão. 
 É aplicado a decisões definitivas: 
Julgamentos pela regularidade. 
Regularidade com ressalvas 
Irregularidade de contas 
 
Pedido de reexame: 
Processo relativo a ato sujeito a registro e a fiscalização de atos e contratos; 
Efeito suspensivo; 
Interposto por escrito uma só vez pelo responsável, interessado ou MPTCU no 
prazo de 15 dias da decisão ou acordão no DOU. 
 
Embargode declaração: 
Aplica-se a processos julgados ou apreciados pelo TCU. 
Finalidade: corrigir obscuridades, omissões ou contradições da decisão recorrida. 
Características: 
Deve ser oposto por escrito pelo responsável interessado ou MP. 
Apresentação: 10 dias a partir da publicação no DOU da decisão recorrida 
Efeito suspensivo: 
* O embargo de declaração não se presta a rediscutir questões de 
mérito já devidamente apreciadas em etapa anterior do processo. 
 
Divergência técnica  não cabe embargo de declaração 
 
Recurso de revisão: 
Similar a ação rescisória. 
Aplicação: decisão definitiva em processo de prestação ou tomada de contas. 
Julgamento é exclusivo no Plenário. 
Não possui efeito suspensivo. 
Interposto por escrito, 1 vez, pelo responsável, seus sucessores ou MP junto ao 
Tribunal. 
Prazo: 10 dias, a partir da publicação no DOU da decisão decorrida. 
Fundamenta-se em: 
Erro de cálculo nas contas. 
Facilidade ou insuficiência de documentos para fundamentação de acordão. 
Superveniência de docs. Novos com a eficácia sobre a prova produzida. 
 
Erro de cálculo na conta  não se aplica para contestar a metodologia de incidência 
dos acréscimos monetários legais sobre o débito. 
 
Agravo: 
Aplicação: contra despacho decisório do Presidente do Tribunal, de Presidente de 
Câmara ou relator. 
Prazo: 5 dias, a partir da ciência da parte, registrada em docs. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Relatório resumido da execução orçamentária (RREE) 
Art.165, §3º, CF/88 
Arts.52 e 53, Lei de Responsabilidade Fiscal detalha o relatório 
É obrigatório para todos os entes, poderes e ministério público. 
Deverá ser publicado até 30 dias após o encerramento de cada bimestre. 
Deve conter 
 
 
Acompanha o relatório resumido da execução orçamentária: 
- Demonstrativo da apuração de receita corrente liquida; 
- Demonstrativo de receitas e despesas previdenciárias; 
- Demonstrativo dos resultados nominal e primário; 
- Demonstrativo de restos a pagar por Poder e Órgão. 
 
Último bimestre do exercício – Acrescentar os demonstrativos: 
- De que as operações de crédito não ultrapassem as despesas de capital; 
- Das projeções atuariais dos regimes de previdência social, geral e próprio dos 
servidores públicos 
- Da variação patrimonial, evidenciando a alienação de ativos e a aplicação dos 
recursos dela decorrentes. 
 
Se for o caso, incluir justificativas sobre a limitação de empenho e frustações de receitas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Balanço Orçamentário
Receita
Por categoria econômica
Por fonte de recursos
Despesa
Por categoria economica
por grupo de despesa
Demonstrativo da Execução
Receita
Por categoria econômica
Por fonte de recursos
Despesa
Por categoria economica
por grupo de despesa
Por função e subjunção

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