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02 Caderno de Jurisprudência (2)

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CADERNO DE JURISPRUDÊNCIA 
JULGADOS RELEVANTES 
 
 
RETA FINAL – DELEGADO PARANÁ 
 
TURMA 3 - SEMANA 01 
 
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CADERNO DE 
JURISPRUDÊNCIA 
 
SEMANA 05 
 
 
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PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL 
DELEGADO PERNAMBUCO 
CADERNO DE JURISPRUDÊNCIA 
SEMANA 05/18 
 
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COMO UTILIZAR O MATERIAL 
 
O presente material de apoio deve ser lido semanalmente aos sábados. A ideia é que, por 
meio da leitura recorrente, o aluno fixe os principais entendimentos do STF e STJ. Em caso de 
dúvida sobre o teor do julgado, recomendamos que o aluno recorra ao site Dizer o Direito e 
estude o informativo na íntegra. 
 
Sumário 
Sumário ............................................................................................................................. 3 
SEMANA 05 ....................................................................................................................... 4 
3.5 Foro por Prerrogativa de Função ........................................................................................................... 4 
4. PRISÃO E LIBERDADE .................................................................................................... 8 
4.1 Prisão em Flagrante ................................................................................................................................. 8 
4.2 Prisão Preventiva ..................................................................................................................................... 8 
4.3 Prisão Domiciliar do CPP ....................................................................................................................... 14 
4.4 Outros Temas ......................................................................................................................................... 17 
5. PROCEDIMENTO ......................................................................................................... 21 
5.1 Audiência de Custódia ........................................................................................................................... 21 
5.2 Temas Diversos ...................................................................................................................................... 22 
5.3 Procedimento Previsto Na Lei 8.038/90 .............................................................................................. 24 
 
PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL 
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SEMANA 05 
 
3.5 Foro por Prerrogativa de Função 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
A competência penal originária do STF para processar e julgar parlamentares (1) alcança 
os congressistas federais no exercício de mandato em casa parlamentar diversa daquela 
em que consumada a hipotética conduta delitiva, desde que não haja solução de 
continuidade. 
Nota: Mandato cruzado. 
 
STF. Precedente: AP 937 QO Inq 4342 QO/PR, relator Min. Edson Fachin, julgamento virtual finalizado em 1º.4.2022 (Info 1049). 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
A competência para o julgamento de crime praticado por Promotor de Justiça, em 
contexto que não guarda relação com as atribuições do cargo, é do Tribunal de Justiça, 
revelando-se inviável a extensão do entendimento exarado pelo STF na QO na AP 937. 
 
STJ. 5ª Turma. HC 684.254-MG, Rel. Min. Reynaldo Soares Da Fonseca, Quinta Turma, julgado em 23/11/2021, DJe 29/11/2021. 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
É indispensável a existência de prévia autorização judicial para a instauração de inquérito 
ou outro procedimento investigatório em face de autoridade com foro por prerrogativa 
de função em Tribunal de Justiça. 
 
STJ. 6ª Turma. HC 653.515-RJ, Rel. Min. Laurita Vaz, Rel. Acd. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 23/11/2021 (Info 720). 
 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Compete aos tribunais de justiça estaduais processar e julgar os delitos comuns, não 
relacionados com o cargo, em tese praticados por Promotores de Justiça. 
Nota: considerando que a previsão da prerrogativa de foro da Magistratura e do Ministério 
Público encontra-se descrita no mesmo dispositivo constitucional (art. 96, III, da CF/88), seria 
desarrazoado conferir-lhes tratamento diferenciado. 
STJ. 3ª Seção. CC 177.100-CE, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 08/09/2021 (Info 708). 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
É inconstitucional norma de constituição estadual que estende o foro por prerrogativa de 
função a autoridades não contempladas pela Constituição Federal de forma expressa ou 
por simetria. 
STF. Plenário. ADI 6501/PA, ADI 6508/RO, ADI 6515/AM e ADI 6516/AL, Rel. Min. Roberto Barroso, julgados em 20/8/2021 (Info 
1026). 
 
https://scon.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%27202102448354%27.REG.
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NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
A CF/88 não previu foro por prerrogativa de função aos Vereadores e aos Vice-prefeitos. 
STF. Plenário. ADI 558/RJ, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 22/04/2021. 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
É inconstitucional dispositivo da Constituição Estadual que confere foro por prerrogativa 
de função, no Tribunal de Justiça, para o Delegado Geral da Polícia Civil. 
 
Nota: Extrapola a autonomia do estado previsão, em constituição estadual, que confere 
foro privilegiado a Delegado Geral da Polícia Civil. A autonomia dos estados para dispor 
sobre autoridades submetidas a foro privilegiado não é ilimitada, não pode ficar ao arbítrio 
político do constituinte estadual e deve seguir, por simetria, o modelo federal. 
STF. Plenário. ADI 5591/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 20/3/2021. (Info 1010) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
É inconstitucional dispositivo de Constituição Estadual que confere foro por prerrogativa de 
função para Defensores Públicos e Procuradores do Estado. 
 
Nota: Constituição estadual não pode atribuir foro por prerrogativa de função a autoridades 
diversas daquelas arroladas na Constituição Federal. 
STF. Plenário. ADI 6501 Ref-MC/PA, ADI 6508 Ref-MC/RO, ADI 6515 Ref-MC/AM e ADI 6516 RefMC/AL, Rel. Min. Roberto Barroso, 
julgados em 20/11/2020. (Info 1000) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Depois de anos sendo investigado em inquérito que tramitava no STF, o Ministro Relator 
declinou a competência para apurar os crimes porque os fatos ocorreram antes de o 
investigado ser Deputado Federal; logo, aplica-se o entendimento firmado na AP 937 QO. 
 
Nota: O foro por prerrogativa de função aplica-se apenas aos crimes cometidos durante o 
exercício do cargo e relacionados às funções desempenhadas. Após o final da instrução 
processual, com a publicação do despacho de intimação para apresentação de alegações 
finais, a competência para processar e julgar ações penais não será mais afetada em razão de 
o agente público vir a ocupar outro cargo ou deixar o cargo que ocupava, qualquer que seja 
o motivo. STF. Plenário. AP 937 QO/RJ, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 03/05/2018 
(Info 900). 
Pet 7716 AgR/DF, rel. Min. Edson Fachin, julgamento em 18.2.2020. (Pet-7716) – (Info 967-STF) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Senador que pratica corrupção passiva que não está relacionada com seu cargo e que não 
ofende bens, serviços ou interesse da União, deverá ser julgado em 1ª instância pela justiça 
comum estadual. 
STF. 1ª Turma. Inq 4624 AgR, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 8/10/2019. (Info 955). 
 
http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=7716&classe=Pet&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=M
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NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Eventual nulidade decorrente da inobservância da prerrogativade foro não se estende aos 
agentes que não se enquadrem nessa condição. 
A usurpação da competência do STF não contamina os elementos probatórios colhidos no 
que se refere aos investigados que não possuem foro por prerrogativa de função. 
STF. Plenário. Rcl 25537/DF e AC 4297/DF, Rel. Min. Edson Fachin, julgados em 26/6/2019. (Info 945) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
STJ não é competente para julgar crime praticado por Governador no exercício do mandato 
se o agente deixou o cargo e atualmente voltou a ser Governador por força de uma nova 
eleição. 
Nota: o foro de prerrogativa exige contemporaneidade e pertinência temática entre os fatos 
em apuração e exercício da função pública. 
STJ. Corte Especial. QO na APn 874-DF, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 15/05/2019. (Info 649) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
A prorrogação do foro por prerrogativa de função só ocorre se houve reeleição, não se 
aplicando em caso de eleição para um novo mandato após o agente ter ficado sem ocupar 
função pública. 
 
1ª Turma. RE 1185838/SP, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em 14/5/2019. (Info 940) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
É inconstitucional dispositivo da Constituição Estadual que confere foro por 
prerrogativa de função, no Tribunal de Justiça, para Procuradores do Estado, 
Procuradores da ALE, Defensores Públicos e Delegados de Polícia. 
ADI 2553/MA, Rel. Min. Gilmar Mendes, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 15/5/2019. (Info 940) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
O STF entende que o recebimento de doação ilegal destinado à campanha de reeleição ao 
cargo de Deputado Federal é um crime relacionado com o mandato parlamentar. Logo, a 
competência é do STF. Além disso, mostra-se desimportante a circunstância de este delito 
ter sido praticado durante o mandato anterior, bastando que a atual diplomação decorra 
de sucessiva e ininterrupta reeleição. 
STF. Plenário. Inq 4435 AgR-quarto/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 13 e 14/3/2019. (Info 933) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Se os fatos criminosos que teriam sido supostamente cometidos pelo Deputado Federal não 
se relacionam ao exercício do mandato, a competência para julgá-los não é do STF. 
Nota: Isso porque o foro por prerrogativa de função aplica-se apenas aos crimes cometidos 
durante o exercício do cargo e relacionado às funções desempenhadas (STF AP QO/RJ, Min. 
Barroso, julgado em 03/05/2018). 
STF. 1ª Turma. Inq 4619 AgR-segundo/DF, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 19/2/2019. (Info 931) 
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NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Com a decisão proferida pelo STF, em 03/05/2018, na AP 937 QO/RJ, todos os inquéritos e 
processos criminais que estavam tramitando no Supremo envolvendo crimes não 
relacionados com o cargo ou com a função desempenhada pela autoridade, foram 
remetidos para serem julgados em 1ª instância. Isso porque o STF definiu, como 1ª tese, 
que “o foro por prerrogativa de função aplica-se apenas aos crimes cometidos durante o 
exercício do cargo e relacionados às funções desempenhadas”. O entendimento acima não 
se aplica caso a instrução já tenha se encerrado. Em outras palavras, se a instrução 
processual já havia terminado, mantém-se a competência do STF para o julgamento de 
detentores de foro por prerrogativa de função, ainda que o processo apure um crime que 
não está relacionado com o cargo ou com a função desempenhada. Isso porque o STF 
definiu, como 2ª tese, que “após o final da instrução processual, com a publicação do 
despacho de intimação para apresentação de alegações finais, a competência para 
processar e julgar ações penais não será mais afetada em razão de o agente público vir a 
ocupar outro cargo ou deixar o cargo que ocupava, qualquer que seja o motivo.” 
STF. 1ª Turma. AP 962/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Roberto Barroso, julgado em 16/10/2018. (Info 920) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
O Superior Tribunal de Justiça é o tribunal competente para o julgamento nas hipóteses em 
que, não fosse a prerrogativa de foro (art. 105, I, da CF/88), o desembargador acusado 
houvesse de responder à ação penal perante juiz de primeiro grau vinculado ao mesmo 
tribunal. Assim, mesmo que o crime cometido pelo Desembargador não esteja relacionado 
com as suas funções, ele será julgado pelo STJ se a remessa para a 1ª instância significar 
que o réu seria julgado por um juiz de primeiro grau vinculado ao mesmo tribunal que o 
Desembargador. A manutenção do julgamento no STJ tem por objetivo preservar a isenção 
(imparcialidade e independência) do órgão julgador. 
STJ. Corte Especial. QO na APn 878-DF, Rel. Min. Benedito Gonçalves, julgado em 21/11/2018. (Info 639) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Se uma pessoa sem foro por prerrogativa está sendo interceptada por decisão do juiz de 1ª 
instância e ela liga para uma autoridade com foro (ex: Promotor de Justiça), a gravação 
desta conversa não é ilícita. Isso porque se trata de encontro fortuito de provas (encontro 
fortuito de crimes), também chamado de serendipidade ou crime achado. Se, após essa 
ligação, o Delegado ainda demora três dias para comunicar o fato às autoridades 
competentes para apurar a conduta do Promotor, este tempo não é considerado excessivo, 
tendo em vista a dinâmica que envolve as interceptações telefônicas. Assim, o STF decidiu 
que a prerrogativa de foro de membro do Ministério Público é preservada quando a possível 
participação deste em conduta criminosa é comunicada com celeridade ao Procurador-
Geral de Justiça. Tais gravações, por serem lícitas, podem servir como fundamento para que 
o CNMP aplique sanção de aposentadoria compulsória a este Promotor. 
STF. 1ª Turma. MS 34751/CE, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 14/8/2018. (Info 911) 
 
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NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
A iminente prescrição do crime praticado por Desembargador excepciona o entendimento 
consolidado na APn 937 - o foro por prerrogativa de função é restrito a crimes cometidos 
ao tempo do exercício do cargo e que tenham relação com o cargo - e prorroga a 
competência do Superior Tribunal de Justiça. 
STJ. Corte Especial. QO na APn 703-GO, Rel. Min. Benedito Gonçalves, julgado em 01/08/2018. (Info 630) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
As hipóteses de foro por prerrogativa de função perante o STJ restringem-se àquelas em 
que o crime for praticado em razão e durante o exercício do cargo ou função. 
STJ AgRg na APn 866-DF, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, por unanimidade, julgado em 20/06/2018, DJe 03/08/2018. 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
As normas da Constituição de 1988 que estabelecem as hipóteses de foro por prerrogativa 
de função devem ser interpretadas restritivamente, aplicando-se apenas aos crimes que 
tenham sido praticados durante o exercício do cargo e em razão dele. Assim, por exemplo, 
se o crime foi praticado antes de o indivíduo ser diplomado como Deputado Federal, não se 
justifica a competência do STF, devendo ele ser julgado pela 1ª instância mesmo ocupando 
o cargo de parlamentar federal. Além disso, mesmo que o crime tenha sido cometido após 
a investidura no mandato, se o delito não apresentar relação direta com as funções 
exercidas, também não haverá foro privilegiado. Foi fixada, portanto, a seguinte tese: O 
FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO APLICA-SE APENAS AOS CRIMES COMETIDOS 
DURANTE O EXERCÍCIO DO CARGO E RELACIONADOS ÀS FUNÇÕES DESEMPENHADAS. APÓS 
O FINAL DA INSTRUÇÃO PROCESSUAL, COM A PUBLICAÇÃO DO DESPACHO DE INTIMAÇÃO 
PARA APRESENTAÇÃO DE ALEGAÇÕES FINAIS, A COMPETÊNCIA PARA PROCESSAR E JULGAR 
AÇÕES PENAISNÃO SERÁ MAIS AFETADA EM RAZÃO DE O AGENTE PÚBLICO VIR A OCUPAR 
OUTRO CARGO OU DEIXAR O CARGO QUE OCUPAVA, QUALQUER QUE SEJA O MOTIVO. 
STF. Plenário. AP 937 QO/RJ, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 03/05/2018. (Info 900) 
 
4. PRISÃO E LIBERDADE 
 
4.1 Prisão em Flagrante 
 
Veja “Audiência de Custódia” 
 
4.2 Prisão Preventiva 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
A necessidade de interrupção do ciclo delitivo de associações e organizações criminosas é 
fundamento idôneo para justificar a custódia cautelar e a garantia da ordem pública. 
STJ. 6ª Turma. HC 730.721-SP, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, Sexta Turma, por unanimidade, julgado em 23/08/2022 (Info 
746). 
 
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http://www.stj.jus.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?origemPesquisa=informativo&tipo=num_pro&valor=APn866
https://processo.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%28HC.clas.+e+%40num%3D%22730721%22%29+ou+%28HC+adj+%22730721%22%29.suce.
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NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
A mera imputação da prática dos crimes previstos na Lei n. 12.850/2013, em decorrência 
de operação envolvendo compra ou venda de criptomoedas, por si só, não justifica a 
imposição automática da custódia prisional. 
STJ. Processo sob segredo judicial, Rel. Min. Jesuíno Rissato (Desembargador convocado do TJDFT), Rel. Acd. Min. João Otávio de 
Noronha, Quinta Turma, por maioria, julgado em 21/06/2022, DJe 29/06/2022. 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
A mera circunstância de o agente ter sido denunciado em razão dos delitos descritos na Lei 
n. 12.850/2013 não justifica a imposição automática da prisão preventiva, devendo-se 
avaliar a presença de elementos concretos, previstos no art. 312 do CPP. 
 
Nota: No que concerne à prisão preventiva, é cediço que a segregação cautelar é medida de 
exceção, devendo estar fundamentada em dados concretos, quando presentes indícios 
suficientes de autoria e provas de materialidade delitiva e quando demonstrada sua 
imprescindibilidade, nos termos do art. 312 do CPP. Dado seu caráter excepcional, deve ainda 
estar evidenciada a insuficiência de outras medidas cautelares, arroladas no art. 319 do CPP. 
Conquanto os tribunais superiores admitam a prisão preventiva para interrupção da atuação 
de integrantes de organização criminosa, a mera circunstância de o agente ter sido 
denunciado pelos delitos descritos na Lei n. 12.850/2013 não justifica a imposição automática 
da custódia prisional. 
STJ. HC 708.148-SP, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, Rel. Acd. Min. João Otávio de Noronha, Quinta Turma, por maioria, julgado em 
05/04/2022. (Info 732). 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Quando o acusado encontrar-se foragido, não há o dever de revisão ex officio da prisão 
preventiva, a cada 90 dias, exigida pelo art. 316, parágrafo único, do Código de Processo 
Penal. 
Nota: Mediante interpretação teleológica de viés objetivo - a qual busca aferir o fim da lei, e 
não a suposta vontade do legislador, visto que aquela pode ser mais sábia do que este -, a 
finalidade da norma que impõe o dever de reexame ex officio buscar evitar o gravíssimo 
constrangimento experimentado por quem, estando preso, sofre efetiva restrição à sua 
liberdade, isto é, passa pelo constrangimento da efetiva prisão, que é muito maior do que 
aquele que advém da simples ameaça de prisão. Não poderia ser diferente, pois somente 
gravíssimo constrangimento, como o sofrido pela efetiva prisão, justifica o elevado custo 
despendido pela máquina pública com a promoção desses numerosos reexames impostos 
pela lei. 
Com efeito, não seria razoável ou proporcional obrigar todos os Juízos criminais do país a 
revisar, de ofício, a cada 90 dias, todas as prisões preventivas decretadas e não cumpridas, 
tendo em vista que, na prática, há réus que permanecem foragidos por anos. 
STJ. RHC 153.528-SP, Rel. Min. Ribeiro Dantas, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 29/03/2022, DJe 01/04/2022. 
(Info 731). 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Não se justifica a prisão preventiva se, considerando o modus operandi dos delitos, a 
imposição da cautelar de proibição do exercício da medicina e de suspensão da inscrição 
médica, e outras que o Juízo de origem entender necessárias, forem suficientes para 
prevenção da reiteração criminosa e preservação da ordem pública. 
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https://processo.stj.jus.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?tipo=num_pro&valor=HC708148
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STJ. 5ª Turma. HC 699.362-PA, Rel. Min. Jesuíno Rissato (Desembargador convocado do TJDFT), Rel. Acd. Min. João Otávio de 
Noronha, julgado em 08/03/2022 (Info 728). 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
O transcurso do prazo previsto no parágrafo único do art. 316 do Código de Processo Penal 
não acarreta, automaticamente, a revogação da prisão preventiva e, consequentemente, a 
concessão de liberdade provisória. 
A exigência da revisão nonagesimal quanto à necessidade e adequação da prisão preventiva 
aplica-se até o final dos processos de conhecimento. 
Nota: O parágrafo único do art. 316 do CPP se aplica para: • o juízo em 1ª instância: SIM • o 
TJ ou TRF: SIM (tanto nos processos de competência originária do TJ/TRF – foro por 
prerrogativa de função – como também durante o tempo em que se aguarda o julgamento 
de eventual recurso interposto contra decisão de 1ª instância). • o STJ/STF: em regra, não. 
Encerrado o julgamento de segunda instância, não se aplica o art. 316, parágrafo único, do 
CPP. Exceção: caso se trate de uma ação penal de competência originária do STJ/STF. Em 
conclusão, o art. 316, parágrafo único, do CPP aplica-se: a) até o final dos processos de 
conhecimento, onde há o encerramento da cognição plena pelo Tribunal de segundo grau; b) 
nos processos onde houver previsão de prerrogativa de foro. Por outro lado, o art. 316, 
parágrafo único, do CPP não se aplica para as prisões cautelares decorrentes de sentença 
condenatória de segunda instância ainda não transitada em julgado. 
O art. 316, parágrafo único, do CPP aplica-se até o final do processo de conhecimento, o 
que se encerra com a cognição plena pelo Tribunal de segundo grau. 
Assim, nos casos em que se aguarda o julgamento da apelação, o TJ ou TRF têm a obrigação 
de revisar periodicamente a prisão, nos termos do art. 316, parágrafo único, do CPP. 
STF. Plenário. ADI 6581/DF e ADI 6582/DF, Rel. Min. Edson Fachin, redator do acórdão Min. 
Alexandre de Moraes, julgados em 8/3/2022 (Info 1046). 
Memorize o que vale atualmente: o parágrafo único do art. 316 do CPP também se aplica 
para os Tribunais de Justiça e Tribunais Regionais Federais. 
STF. Plenário. ADI 6581/DF e ADI 6582/DF, Rel. Min. Edson Fachin, redator do acórdão Min. Alexandre de Moraes, julgados em 
8/3/2022 (Info 1046). 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
A determinação do magistrado pela cautelar máxima, em sentido diverso do requerido 
pelo Ministério Público, pela autoridade policial ou pelo ofendido, não pode ser 
considerada como atuação ex officio. 
Nota: Essa situação envolve três interessantes temas: 
 1) É possível atualmente que o juiz decrete, de ofício, a prisão preventiva? Não. Após o 
advento da Lei nº 13.964/2019 (Pacote Anticrime), não é mais possível a conversão da 
prisão em flagrante em preventiva sem provocação por parte ou da autoridade policial, do 
querelante, do assistente, ou do Ministério Público. 
2) É possível que o juiz decrete, de ofício, a prisão preventiva do indivíduo nos casos de 
violência doméstica com base art. 20 da Lei Maria da Penha? Não. O art. 20 da Lei Maria 
da Penha não é uma exceção à regra acima exposta. A proibição de decretação da prisão 
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preventiva de ofício também se estende para o art. 20 da Lei Maria da Penha. Se você 
reparar o art. 20 da Lei nº 11.340/2006 ele continua dizendo, textualmente, que o juiz pode 
decretar a prisão preventiva de ofício nos casos envolvendo violência doméstica. Ocorre 
que esse art. 20 da Lei nº 11.340/2006 (Lei Maria da Penha) destoa do atual regime jurídico. 
A atuação do juiz de ofício é vedada independentemente do delito praticado ou de sua 
gravidade, ainda que seja de natureza hedionda, e deve repercutir no âmbito da violência 
doméstica e familiar. 
 3) Se o MP pediu a aplicação de medida cautelar diversa da prisão, o juiz está autorizado 
a decretar a prisão? Sim. A decisão que decreta a prisão preventiva, desde que precedida 
da necessária e prévia provocação do Ministério Público, formalmente dirigida ao Poder 
Judiciário, mesmo que o magistrado decida pela cautelar pessoal máxima, por entender 
que apenas medidas alternativas seriam insuficientes para garantia da ordem pública, não 
deve ser considerada como de ofício. Isso porque uma vez provocado pelo órgão 
ministerial a determinar uma medida que restrinja a liberdade do acusado em alguma 
medida, deve o juiz poder agir de acordo com o seu convencimento motivado e analisar 
qual medida cautelar pessoal melhor se adequa ao caso. Impor ou não cautelas pessoais, 
de fato, depende de prévia e indispensável provocação. Entretanto, a escolha de qual delas 
melhor se ajusta ao caso concreto há de ser feita pelo juiz da causa. Entender de forma 
diversa seria vincular a decisão do Poder Judiciário ao pedido formulado pelo Ministério 
Público, de modo a transformar o julgador em mero chancelador de suas manifestações, 
ou de lhe transferir a escolha do teor de uma decisão judicial. 
 
ATENÇÃO: EM SENTIDO CONTRÁRIO -Se o requerimento do Ministério Público limita-se 
à aplicação de medidas cautelares ao preso em flagrante, é vedado ao juiz decretar a 
medida mais gravosa - prisão preventiva -, por configurar uma atuação de ofício. STJ. 5ª 
Turma. AgRg no HC 754.506-MG, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, Quinta Turma, 
por unanimidade, julgado em 16/08/2022, DJe 22/08/2022. 
STJ. 6ª Turma. RHC 145.225-RO, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 15/02/2022 (Info 725). 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
É idônea a fundamentação do decreto prisional assentada na periculosidade do agente, 
evidenciada pelo modus operandi, e na necessidade de interromper atuação de líder de 
organização criminosa voltada para a prática de crimes informáticos. 
STJ. HC 574.573-RJ, Rel. Min. João Otávio de Noronha, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 22/06/2021, DJe 28/06/2021. 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
A complexidade da causa penal e o caráter multitudinário do feito (dezoito réus, no caso), 
justificam uma maior duração do processo, salvo quando eventual retardamento se dê 
em virtude da inércia do Poder Judiciário, fato já afastado no presente caso. 
STF. 2ª Turma. AgRg no HC 199.238, Rel. Min. Nunes Marques, julgado em 14/06/2021. 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
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https://processo.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%28%28AGRHC.clas.+ou+%22AgRg+no+HC%22.clap.%29+e+%40num%3D%22754506%22%29+ou+%28%28AGRHC+ou+%22AgRg+no+HC%22%29+adj+%22754506%22%29.suce.
https://processo.stj.jus.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?tipo=num_pro&valor=HC574573
PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL 
DELEGADO PERNAMBUCO 
CADERNO DE JURISPRUDÊNCIA 
SEMANA 05/18 
 
12 
Não é possível que o juiz, de ofício, decrete a prisão preventiva; vale ressaltar, no 
entanto, que, se logo depois de decretar, a autoridade policial ou o MP requererem a 
prisão, o vício de ilegalidade que maculava a custódia é suprido. 
 
Nota: O que acontece se o juiz decretar a prisão preventiva de ofício (sem requerimento)? 
• Regra: a prisão deverá ser relaxada por se tratar de prisão ilegal. • Exceção: se, após a 
decretação, a autoridade policial ou o Ministério Público requererem a prisão, o vício de 
ilegalidade que maculava a custódia é suprido (convalidado) e a prisão não será relaxada. 
O posterior requerimento da autoridade policial pela segregação cautelar ou manifestação 
do Ministério Público favorável à prisão preventiva suprem o vício da inobservância da 
formalidade de prévio requerimento. 
STJ. 5ª Turma. AgRg RHC 136.708/MS, Rel. Min. Felix Fisher, julgado em 11/03/2021. (Info 691) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Não é possível a decretação “ex officio” de prisão preventiva em qualquer situação (em 
juízo ou no curso de investigação penal), inclusive no contexto de audiência de custódia, 
sem que haja, mesmo na hipótese da conversão a que se refere o art. 310, II, do CPP, prévia, 
necessária e indispensável provocação do Ministério Público ou da autoridade policial. 
Nota: Lei nº 13.964/2019, ao suprimir a expressão “de ofício” que constava do art. 282, § 2º, 
e do art. 311, ambos do CPP, vedou, de forma absoluta, a decretação da prisão preventiva 
sem o prévio ‘requerimento das partes ou, quando no curso da investigação criminal, por 
representação da autoridade policial ou mediante requerimento do Ministério Público’, não 
mais sendo lícito, portanto, com base no ordenamento jurídico vigente, a atuação ‘ex officio’ 
do Juízo processante em tema de privação cautelar da liberdade. A interpretação do art. 310, 
II, do CPP deve ser realizada à luz dos arts. 282, § 2º, e 311, significando que se tornou inviável, 
mesmo no contexto da audiência de custódia, a conversão, de ofício, da prisão em flagrante 
de qualquer pessoa em prisão preventiva, sendo necessária, por isso mesmo, para tal efeito, 
anterior e formal provocação do Ministério Público, da autoridade policial ou, quando for o 
caso, do querelante ou do assistente do MP. 
STJ. 5ª Turma. HC 590039/GO, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 20/10/2020. 
Mesmo sentido: STF. 2ª Turma. HC 188888/MG, Rel. Min. Celso de Mello, julgado em 06/10/2020. STJ. 3ª Seção. RHC 131263, Rel. 
Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 24/02/2021 (Info 686). STF. 2ª Turma. HC 192532 AgR, Rel. Gilmar Mendes, julgado em 
24/02/2021. 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
É cabível prisão preventiva no crime de embriaguez ao volante quando se tratar de réu 
reincidente com risco de reiteração delitiva. 
 
STJ. 6ª Turma. RHC 132.611/GO, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 02/02/2021. 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
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https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/66cf21351023f60e092be950584699cb?categoria=12&subcategoria=128&assunto=298
https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/66cf21351023f60e092be950584699cb?categoria=12&subcategoria=128&assunto=298
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A inobservância do prazo nonagesimal do art. 316 do Código de Processo Penal não implica 
automática revogação da prisão preventiva, devendo o juízo competente ser instado a 
reavaliar a legalidade e a atualidade de seus fundamentos. 
STF. Plenário. SL 1395 MC Ref/SP, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 14 e 15/10/2020 (Info 995) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
O STJ não concede liberdade para o acusado preso preventivamente sob o argumento de 
que, ao final, se condenado, ele receberá regime diverso do fechado. 
Nota: Assim, não há que se falar em ofensa ao princípio da homogeneidade das medidas 
cautelares porque não cabe ao STJ, em um exercício de futurologia, antecipar a provável 
colocação da paciente em regime aberto/semiaberto ou a substituição da sua pena de prisão 
por restritiva de direitos. 
 
STJ. 5ª Turma. AgRg no HC 559.434/SP, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 19/05/2020. 
Mesmo sentido: STJ. 6ª Turma. AgRgno HC 539.502/SP, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 19/05/2020. 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
A manutenção da prisão preventiva exige a demonstração de fatos concretos e atuais que 
a justifiquem. 
HC 179859 AgR/RS, rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 3.3.2020. (HC-179859) (Info 968-STF) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Em regra, deve ser concedida prisão domiciliar para todas as mulheres presas que sejam 
gestantes, puérperas, mães de crianças ou mães de pessoas com deficiência. No entanto, 
nem toda mãe de criança deverá ter direito à prisão domiciliar ou a receber medida 
alternativa à prisão, porque pode haver situações em que o crime é grave e o convívio com 
a mãe pode prejudicar o desenvolvimento do menor. 
 
STF. 1ª Turma. HC 168900/MG, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 24/9/2019. (Info 953). 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
A liberdade de um indivíduo suspeito da prática de infração penal somente pode sofrer 
restrições se houver decisão judicial devidamente fundamentada, amparada em fatos 
concretos, e não apenas em hipóteses ou conjecturas. A prisão cautelar, portanto, constitui 
medida de natureza excepcional e não pode ser utilizada como instrumento de punição 
antecipada do réu. 
HC 152676/PR, rel. Min. Edson Fachin, red. p/ ac. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 9.4.2019 - (Info 937-STF) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Deve ser concedida a liberdade provisória a réu primário preso preventivamente sob a 
imputação de tráfico de drogas por ter sido encontrado com 887,89 gramas de maconha e 
R$ 1.730,00. O STF considerou genéricas as razões da segregação cautelar do réu. Além 
disso, reconheceu como de pouca nocividade a substância entorpecente apreendida 
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https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/1943102704f8f8f3302c2b730728e023?categoria=12&subcategoria=128
https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/1943102704f8f8f3302c2b730728e023?categoria=12&subcategoria=128
http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=179859&classe=HC&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=M
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(maconha). Reputou que a prisão de jovens pelo tráfico de pequena quantidade de 
maconha é mais gravosa do que a eventual permanência em liberdade, pois serão 
fatalmente cooptados ou contaminados por uma criminalidade mais grave ao ingressarem 
no ambiente carcerário. 
STF. 1ª Turma. HC 140379/RJ, Rel. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Roberto Barroso, julgado em 23/10/2018. (Info 921) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
É ilegal a decisão judicial que, ao decretar a prisão preventiva, descreve a conduta do 
paciente de forma genérica e imprecisa. 
STF. 2ª Turma. HC 157.604/RJ, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 4/9/2018. (Info 914) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
A prática de contravenção penal, no âmbito de violência doméstica, não é motivo idôneo 
para justificar a prisão preventiva do réu. 
STJ. 6ª Turma. HC 437.535-SP, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, Rel. Acd. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 
26/06/2018. (Info 632) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Não é cabível a substituição da prisão preventiva pela domiciliar quando o crime é praticado 
na própria residência da agente, onde convive com filhos menores de 12 anos. 
STJ. 6ª Turma. HC 441.781-SC, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 12/06/2018. (Info 629) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
O STF reconheceu a existência de inúmeras mulheres grávidas e mães de crianças que 
estavam cumprindo prisão preventiva em situação degradante, privadas de cuidados 
médicos pré-natais e pós-parto. Além disso, não havia berçários e creches para seus filhos. 
Também se reconheceu a existência, no Poder Judiciário, de uma “cultura do 
encarceramento”, que significa a imposição exagerada e irrazoável de prisões provisórias a 
mulheres pobres e vulneráveis, em decorrência de excessos na interpretação e aplicação da 
lei penal e processual penal, mesmo diante da existência de outras soluções, de caráter 
humanitário, abrigadas no ordenamento jurídico vigente. A Corte admitiu que o Estado 
brasileiro não tem condições de garantir cuidados mínimos relativos à maternidade, até 
mesmo às mulheres que não estão em situação prisional. Diversos documentos 
internacionais preveem que devem ser adotadas alternativas penais ao encarceramento, 
principalmente para as hipóteses em que ainda não haja decisão condenatória transitada 
em julgado. É o caso, por exemplo, das Regras de Bangkok. Os cuidados com a mulher presa 
não se direcionam apenas a ela, mas igualmente aos seus filhos, os quais sofrem 
injustamente as consequências da prisão, em flagrante contrariedade ao art. 227 da 
Constituição, cujo teor determina que se dê prioridade absoluta à concretização dos direitos 
das crianças e adolescentes. 
STF. 2ª Turma. HC 143641/SP. Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 20/2/2018. (Info 891) 
 
4.3 Prisão Domiciliar do CPP 
 
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NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
A concessão de prisão domiciliar às genitoras de menores de até 12 anos incompletos não 
está condicionada à comprovação da imprescindibilidade dos cuidados maternos, que é 
legalmente presumida. 
STJ. 5a Turma. AgRg no HC 731.648-SC, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, Rel. Acd. Min. João Otávio de Noronha, Quinta Turma, por 
maioria, julgado em 07/06/2022, DJe 23/06/2022. (Info 742). 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
A apreensão de grande quantidade e variedade de drogas não impede a concessão da prisão 
domiciliar à mãe de filho menor de 12 anos se não demonstrada situação excepcional de 
prática de delito com violência ou grave ameaça ou contra seus filhos, nos termos do art. 
318-A, I e II, do CPP. 
Nota: Isso porque, o fundamento relacionado à apreensão de grande quantidade e variedade 
de entorpecentes não impede a concessão da prisão domiciliar se não demonstrados outros 
motivos que evidenciam que a conduta praticada representa risco à ordem pública, como 
indícios de comércio ilícito no local em que a agente cria os menores, nos termos da 
jurisprudência desta Corte. 
 
STJ. AgRg no HC 712.258-SP, Rel. Min. Olindo Menezes (Desembargador convocado do TRF 1ª Região), Sexta Turma, por 
unanimidade, julgado em 29/03/2022, DJe 01/04/2022 (Info 733). 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Excepcionalmente, admite-se a concessão da prisão domiciliar às presas dos regimes 
fechado ou semiaberto quando verificado pelo juízo da execução penal, no caso concreto, 
a proporcionalidade, adequação e necessidade da medida, e que a presença da mãe seja 
imprescindível para os cuidados da criança ou pessoa com deficiência, não sendo caso de 
crimes praticados por ela mediante violência ou grave ameaça contra seus 
descendenteshttps://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/
52fc2aee802efbad698503d28ebd3a1f?categoria=12&subcategoria=128&assunto=
299. 
Nota: Mas CUIDADO: É possível aplicar a decisão do STF no HC 143641/SP ou o art. 318-A do 
CPP para os casos de cumprimento definitivo da pena em que a acusada foi condenada aos 
regimes fechado ou semiaberto? A jurisprudência está dividida: • STF: não. Não é possível a 
concessão de prisão domiciliar para condenada gestante ou que seja mãe ou responsável por 
crianças ou pessoas com deficiência se já houver sentença condenatória transitada em 
julgado e ela não preencher os requisitos do art. 117 da LEP. Em caso de execução definitiva 
da pena, a prisão domiciliar deve observar o que dispõe o art. 117 da LEP. Não se aplica o que 
o STF decidiu no HC 143.641/SP nem tampouco o art. 318-A do CPP,que se referem 
exclusivamente a prisão cautelar. STF. 1ª Turma. HC 177164/PA, Rel. Min. Marco Aurélio, 
julgado em 18/2/2020 (Info 967). STF. 1ª Turma. HC 185404 AgR, Rel. Rosa Weber, julgado 
em 23/11/2020. 
 
STJ. 3ª Seção. RHC 145.931-MG, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 09/03/2022 (Info 728). 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Período em que o indivíduo esteve em prisão domiciliar deve ser considerado para fins de 
detração da pena. 
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https://processo.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%28%28AGRHC.clas.+ou+%22AgRg+no+HC%22.clap.%29+e+%40num%3D%22731648%22%29+ou+%28%28AGRHC+ou+%22AgRg+no+HC%22%29+adj+%22731648%22%29.suce.
https://processo.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%28%28AGRHC.clas.+ou+%22AgRg+no+HC%22.clap.%29+e+%40num%3D%22712258%22%29+ou+%28%28AGRHC+ou+%22AgRg+no+HC%22%29+adj+%22712258%22%29.suce.
https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/52fc2aee802efbad698503d28ebd3a1f?categoria=12&subcategoria=128&assunto=299
https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/52fc2aee802efbad698503d28ebd3a1f?categoria=12&subcategoria=128&assunto=299
https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/52fc2aee802efbad698503d28ebd3a1f?categoria=12&subcategoria=128&assunto=299
https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/52fc2aee802efbad698503d28ebd3a1f?categoria=12&subcategoria=128&assunto=299
https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/52fc2aee802efbad698503d28ebd3a1f?categoria=12&subcategoria=128&assunto=299
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STJ. 6ª Turma. AgRg no AgRg nos EDcl no HC 442.538/PR, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 05/03/2020. 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Tem direito à substituição da prisão preventiva pela prisão domiciliar os pais, caso sejam os 
únicos responsáveis pelos cuidados de menor de 12 anos ou de pessoa com deficiência, bem 
como outras pessoas presas, que não sejam a mãe ou o pai, se forem imprescindíveis aos 
cuidados especiais de pessoa menor de 6 anos ou com deficiência desde que observados os 
requisitos do art. 318 do Código de Processo Penal e não praticados crimes mediante 
violência ou grave ameaça ou contra os próprios filhos ou dependentes. 
Nota: Não deve ser autorizada a prisão domiciliar se: 1) a mulher tiver praticado crime 
mediante violência ou grave ameaça; 2) a mulher tiver praticado crime contra seus 
descendentes (filhos e/ou netos); 3) em outras situações excepcionalíssimas, as quais 
deverão ser devidamente fundamentadas pelos juízes que denegarem o benefício. STF. 2ª 
Turma. HC 143641/SP, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 20/2/2018 (Info 891). 
Lei nº 13.769/2018: Art. 318-A. A prisão preventiva imposta à mulher gestante ou que for 
mãe ou responsável por crianças ou pessoas com deficiência será substituída por prisão 
domiciliar, desde que: I - não tenha cometido crime com violência ou grave ameaça a pessoa; 
II - não tenha cometido o crime contra seu filho ou dependente. 
STF. 2ª Turma. HC 165704/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 20/10/2020. (Info 996) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Qualquer prisão processual deve ser detraída da pena final imposta, não importa o local de 
seu cumprimento - cadeia, domicílio ou hospital -, devendo, portanto, a decisão ser mantida 
por seus próprios fundamentos. Assim, mesmo o tempo em que o indivíduo ficou em prisão 
domiciliar também deve ser detraído do tempo total de pena. 
Nota: O cumprimento de prisão domiciliar, por comprometer o status libertatis da pessoa 
humana, deve ser reconhecido como pena efetivamente cumprida para fins de detração da 
pena, em homenagem ao princípio da proporcionalidade e em apreço ao princípio do non bis 
in idem. STJ. 5ª Turma. HC 459.377/RS, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 
04/09/2018. 
STJ. 6ª Turma. AgRg no AgRg nos EDcl no HC 442.538/PR, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 05/03/2020. 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
A prisão domiciliar do art. 318 do CPP só se aplica para os casos de prisão preventiva, não 
podendo ser utilizado quando se tratar de execução definitiva de título condenatório 
(sentença condenatória transitada em julgado). 
Nota: Não é possível a concessão de prisão domiciliar para condenada gestante ou que seja 
mãe ou responsável por crianças ou pessoas com deficiência se já houver sentença 
condenatória transitada em julgado e ela não preencher os requisitos do art. 117 da LEP. 
HC 177164/PA, rel. Min. Marco Aurélio, julgamento em 18.2.2020. (HC-177164) – (Info 967-STF) 
 
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http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=177164&classe=HC&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=M
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NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Em um caso concreto, o STF entendeu que deveria conceder prisão humanitária (art. 318, 
II, do CPP) ao réu tendo em vista o alto risco de saúde, a grande possibilidade de 
desenvolver infecções no cárcere e a impossibilidade de tratamento médico adequado na 
unidade prisional ou em estabelecimento hospitalar — tudo demonstrado 
satisfatoriamente no laudo pericial. Considerou-se que a concessão da medida era 
necessária para preservar a integridade física e moral do paciente, em respeito à dignidade 
da pessoa humana (art. 1º, III, da CF). 
STF. 2ª Turma. HC 153961/DF, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 27/3/2018. (Info 895) 
 
4.4 Outros Temas 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
A escolha pelo Magistrado de medidas cautelares pessoais, em sentido diverso das 
requeridas pelo Ministério Público, pela autoridade policial ou pelo ofendido, não pode ser 
considerada como atuação ex officio. 
 
Nota: In casu, na audiência de custódia, o Ministério Público manifestou-se pela concessão 
de liberdade provisória mediante o pagamento de fiança. O Juízo singular acolheu o pleito e 
fixou, também, a medida de recolhimento domiciliar em período noturno e nos dias de folga. 
A determinação do magistrado, em sentido diverso do requerido pelo Ministério Público, pela 
autoridade policial ou pelo ofendido, não pode ser considerada como atuação ex officio, uma 
vez que lhe é permitido operar conforme os ditames legais, desde que previamente 
provocado, no exercício de sua jurisdição. 
Não há que se falar em ofensa ao princípio acusatório ou ao da correlação, porquanto, depois 
de devidamente provocado é o juízo que tem a responsabilidade de analisar a suficiência das 
medidas cautelares à luz do caso concreto, sempre com vistas à garantia da ordem pública, 
da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação 
da lei penal, como prescreve o art. 312, caput, do CPP. 
 
STJ. AgRg no HC 626.529-MS, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, Sexta Turma, por unanimidade, julgado em 26/04/2022, DJe 
03/05/2022. (Info 735) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Pendente de julgamento no STF o Tema n. 1.068, em que se discute a constitucionalidade 
do art. 492, I, do CPP, deve ser reafirmado o entendimento do STJ de impossibilidade de 
execução provisória da pena mesmo em caso de condenação pelo tribunal do júri com 
reprimenda igual ou superior a 15 anos de reclusão. 
Nota: Discute-se a legalidade da execução provisória da pena na forma do art. 492, I, e, parte 
final, do Código de Processo Penal, diante de condenação pelo Tribunal do Júri, que resultou 
em reprimenda superior a 15 anos de reclusão. 
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https://processo.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%28%28AGRHC.clas.+ou+%22AgRg+no+HC%22.clap.%29+e+%40num%3D%22626529%22%29+ou+%28%28AGRHC+ou+%22AgRg+no+HC%22%29+adj+%22626529%22%29.suce.
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SEMANA 05/18 
 
18 
No entanto, o entendimento desta Corte, firmado em consonância com a jurisprudência do 
STF fixada no julgamento das ADCs n. 43, 44 e 54, é no sentido de ilegalidade da execução 
provisória da pena quando ausentes elementos de cautelaridade, previstos no art. 312 do 
CPP. 
A constitucionalidade do art. 492 do CPP, aliás, é objeto de repercussão geral no STF, Tema n. 
1.068 (RE 1.235.340/SC), já tendo o Ministro Gilmar Mendes votado no sentido da 
inconstitucionalidade do dispositivo legal. De fato, no sistema constitucional brasileiro, em 
harmonia como a jurisprudência dos tribunais superiores, não há espaço para execução 
provisória da pena. 
Assim, estando pendente de julgamento no STF o Tema n. 1.068, em que se discute a 
constitucionalidade do art. 492, I, do CPP, deve ser reafirmado o entendimento do STJ de 
impossibilidade de execução provisória da pena mesmo em caso de condenação pelo tribunal 
do júri com reprimenda igual ou superior a 15 anos de reclusão. 
 
AgRg no HC 714.884-SP, Rel. Min. Jesuíno Rissato (Desembargador convocado do TJDFT), Rel. Acd. Min. João Otávio de Noronha, 
Quinta Turma, por maioria, julgado em 15/03/2022, DJe 24/03/2022. (Info 730) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
A decretação de prisão temporária somente é cabível quando: (i) for imprescindível para as 
investigações do inquérito policial; (ii) houver fundadas razões de autoria ou participação do indiciado; 
(iii) for justificada em fatos novos ou contemporâneos; (iv) for adequada à gravidade concreta do crime, 
às circunstâncias do fato e às condições pessoais do indiciado; e (v) não for suficiente a imposição de 
medidas cautelares diversas. 
 
STF. Plenário. ADI 3360/DF e ADI 4109/DF, Rel. Min. Carmen Lúcia, redator para o acórdão Min. Edson Fachin, julgados em 
11/2/2022 (Info 1043). 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Em razão da pandemia de covid-19, concede-se a ordem para a soltura de todos os presos a quem foi 
deferida liberdade provisória condicionada ao pagamento de fiança e que ainda se encontram 
submetidos à privação cautelar em razão do não pagamento do valor. Não se mostra proporcional, neste 
período de pandemia, a manutenção dos réus na prisão, tão somente em razão do não pagamento da 
fiança, visto que os casos - notoriamente de menor gravidade – não revelam a excepcionalidade 
imprescindível para o decreto preventivo. 
 
STJ. 3ª Seção. HC 568693-ES, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 14/10/2020 (Info 681). 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Não se conhece de habeas corpus impetrado contra decisão monocrática de Ministro do STJ que nega 
liminar mantendo decisão do TJ que determinou a execução provisória da pena em caso de condenação 
pelo Tribunal do Júri. 
Nota: aplica-se o raciocínio da Súmula 691- STF. O caso concreto envolve uma condenação pelo Tribunal 
do Júri. Alguns Ministros do STF que entendem que seria possível a execução provisória da pena nas 
condenações do Tribunal do Júri. Isso porque, em razão da soberania dos vereditos, o Tribunal não pode 
reexaminar os fatos decididos pelos jurados. 
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https://processo.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%28%28AGRHC.clas.+ou+%22AgRg+no+HC%22.clap.%29+e+%40num%3D%22714884%22%29+ou+%28%28AGRHC+ou+%22AgRg+no+HC%22%29+adj+%22714884%22%29.suce.
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MAS VEJA: Pendente de julgamento no STF o Tema n. 1.068, em que se discute a constitucionalidade do 
art. 492, I, do CPP, deve ser reafirmado o entendimento do STJ de impossibilidade de execução provisória 
da pena mesmo em caso de condenação pelo tribunal do júri com reprimenda igual ou superior a 15 anos 
de reclusão. STJ AgRg no HC 714.884-SP, Rel. Min. Jesuíno Rissato (Desembargador convocado do TJDFT), 
Rel. Acd. Min. João Otávio de Noronha, Quinta Turma, por maioria, julgado em 15/03/2022, DJe 
24/03/2022. 
 
STF. 1ª Turma. HC 175808/SP, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 17/12/2019. 
(Info 964) 
Mesmo sentido: STF. Plenário. HC 170263, Rel. Edson Fachin, julgado em 22/06/2020 (Info 985) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Se o Tribunal de 2ª instância determinou a execução provisória da pena, mas o juiz já havia 
negado o direito do condenado de recorrer em liberdade, não cabe a soltura do réu com 
base no novo entendimento do STF de que é proibida a execução provisória da pena. 
Nota: a manutenção da prisão não foi apenas por conta da execução provisória da pena. 
 
STF. 1ª Turma. HC 176723/MG, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 17/12/2019. 
(Info 964) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
1ª Turma do STF aplica entendimento do Plenário no sentido da impossibilidade de 
execução provisória da pena. 
Nota: Em dezembro de 2019, foi inserido no ordenamento jurídico o “Pacote Anticrime” com 
a seguinte redação: “Art. 492. .................................................................................................. 
I - .............................................................................................................. 
.................................................................................................................. 
e) mandará o acusado recolher-se ou recomendá-lo-á à prisão em que se encontra, se 
presentes os requisitos da prisão preventiva, ou, no caso de condenação a uma pena igual ou 
superior a 15 (quinze) anos de reclusão, DETERMINARÁ A EXECUÇÃO PROVISÓRIA DAS PENAS, 
com expedição do mandado de prisão, se for o caso, sem prejuízo do conhecimento de 
recursos que vierem a ser interpostos; 
................................................................................................................. 
§ 3º O presidente poderá, excepcionalmente, DEIXAR DE AUTORIZAR A EXECUÇÃO 
PROVISÓRIA DAS PENAS de que trata a alínea e do inciso I do caput deste artigo, se houver 
questão substancial cuja resolução pelo tribunal ao qual competir o julgamento possa 
plausivelmente levar à revisão da condenação.” 
Assim, deve-se ficar atento aos próximos entendimentos dos Tribunais acerca do tema. 
STF. 1ª Turma. ARE 1066359 AgR/AL, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 26/11/2019 (Info 961). 
Mesmo sentido: STF. Plenário. ADC 43/DF, ADC 44/DF e ADC 54/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgados em 7/11/2019 (Info 958). 
STF. 2ª Turma. HC 163814 ED/MG, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 19/11/2019 (Info 960). 
STF. 2ª Turma. HC 136223, Rel. Min. Dias Toffoli, Segunda Turma, julgado em 25/04/2017 STJ. 5ª Turma. HC 438.088, Rel. Min. 
Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 24/05/2018. STJ. Presidente Min. Laurita Vaz, em decisão monocrática no HC 458.249, 
julgado em 12/07/2018. 
 
Súmula 643-STJ: A execução da pena restritiva de direitos depende do trânsito em julgado da condenação. STJ. 3ª Seção. 
Aprovada em 10/02/2021. 
 
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https://processo.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%28%28AGRHC.clas.+ou+%22AgRg+no+HC%22.clap.%29+e+%40num%3D%22714884%22%29+ou+%28%28AGRHC+ou+%22AgRg+no+HC%22%29+adj+%22714884%22%29.suce.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del3689.htm#art492ie.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del3689.htm#art492%C2%A73
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NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Não é possível a execução provisória da pena mesmo em caso de condenações pelo 
Tribunal do Júri. 
Nota: Em dezembro de 2019, foi inserido no ordenamento jurídico o “Pacote Anticrime” com 
a seguinte redação: “Art. 492. .................................................................................................. 
I - ................................................................................................................................................................................................................................ 
e) mandará o acusado recolher-se ou recomendá-lo-á à prisão em que se encontra, se 
presentes os requisitos da prisão preventiva, ou, no caso de condenação a uma pena igual 
ou superior a 15 (quinze) anos de reclusão, DETERMINARÁ A EXECUÇÃO PROVISÓRIA DAS 
PENAS, com expedição do mandado de prisão, se for o caso, sem prejuízo do conhecimento 
de recursos que vierem a ser interpostos; 
................................................................................................................. 
§ 3º O presidente poderá, excepcionalmente, DEIXAR DE AUTORIZAR A EXECUÇÃO 
PROVISÓRIA DAS PENAS de que trata a alínea e do inciso I do caput deste artigo, se houver 
questão substancial cuja resolução pelo tribunal ao qual competir o julgamento possa 
plausivelmente levar à revisão da condenação.” 
Assim, deve-se ficar atento aos próximos entendimentos dos Tribunais acerca do tema. 
STF. 2ª Turma. HC 163814 ED/MG, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 19/11/2019 (Info 960). 
Mesmo sentido: STF. 1ª Turma. ARE 1066359 AgR/AL, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 26/11/2019 (Info 961). 
STF. 2ª Turma. HC 136223, Rel. Min. Dias Toffoli, Segunda Turma, julgado em 25/04/2017 STJ. 5ª Turma. HC 438.088, Rel. Min. 
Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 24/05/2018. STJ. Presidente Min. Laurita Vaz, em decisão monocrática no HC 458.249, 
julgado em 12/07/2018. 
E MAIS RECENTE: Pendente de julgamento no STF o Tema n. 1.068, em que se discute a constitucionalidade do art. 492, I, do 
CPP, deve ser reafirmado o entendimento do STJ de impossibilidade de execução provisória da pena mesmo em caso de 
condenação pelo tribunal do júri com reprimenda igual ou superior a 15 anos de reclusão. 
AgRg no HC 714.884-SP, Rel. Min. Jesuíno Rissato (Desembargador convocado do TJDFT), Rel. Acd. Min. João Otávio de Noronha, 
Quinta Turma, por maioria, julgado em 15/03/2022, DJe 24/03/2022. 
 
Obs: existe decisão da 1ª Turma em sentido contrário, ou seja, afirmando que “a prisão de réu condenado por decisão do Tribunal 
do Júri, ainda que sujeita a recurso, não viola o princípio constitucional da presunção de inocência ou não-culpabilidade.” (STF. 1ª 
Turma. HC 118770, Relator p/ Acórdão Min. Roberto Barroso, julgado em 07/03/2017). 
Há ainda, STF. 1ª Turma. HC 140449/RJ, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Roberto Barroso, julgado em 6/11/2018 
(Info 922), também no sentido: É possível a execução da condenação pelo Juiz Presidente do Tribunal do Júri, independentemente 
do julgamento da apelação ou de qualquer outro recurso, em face do princípio da soberania dos veredictos. Assim, nas 
condenações pelo Tribunal do Júri não é necessário aguardar julgamento de recurso em segundo grau de jurisdição para a execução 
da pena. 
 
 Vale ressaltar, contudo, que as decisões foram tomada antes do resultado das ADC 43/DF, ADC 44/DF e ADC 54/DF, julgadas em 
7/11/2019. Além disso, verifique a nota abaixo. 
 
Súmula 643-STJ: A execução da pena restritiva de direitos depende do trânsito em julgado da condenação. STJ. 3ª Seção. Aprovada 
em 10/02/2021. 
 
 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
O art. 283 do CPP, que exige o trânsito em julgado da condenação para que se inicie o 
cumprimento da pena, é constitucional, sendo compatível com o princípio da presunção de 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del3689.htm#art492ie.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del3689.htm#art492%C2%A73
https://processo.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%28%28AGRHC.clas.+ou+%22AgRg+no+HC%22.clap.%29+e+%40num%3D%22714884%22%29+ou+%28%28AGRHC+ou+%22AgRg+no+HC%22%29+adj+%22714884%22%29.suce.
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inocência, previsto no art. 5º, LVII, da CF/88. Assim, é proibida a chamada “execução 
provisória da pena”. 
Nota: Súmula 643-STJ: A execução da pena restritiva de direitos depende do trânsito em 
julgado da condenação. STJ. 3ª Seção. Aprovada em 10/02/2021. 
STF. Plenário. ADC 43/DF, ADC 44/DF e ADC 54/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgados em 7/11/2019. (Info 958) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
A SV 56 destina-se com exclusividade aos casos de cumprimento de pena, ou seja, aplica-se 
tão somente ao preso definitivo ou àquele em execução provisória da condenação. Não se 
pode estender a citada súmula vinculante ao preso provisório (prisão preventiva). 
 
Nota: Súmula vinculante 56-STF- A falta de estabelecimento penal adequado não autoriza a 
manutenção do condenado em regime prisional mais gravoso, devendo-se observar, nesta 
hipótese, os parâmetros fixados no Recurso Extraordinário (RE) 641320. 
STJ. 5ª Turma. RHC 99.006/PA, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado em 07/02/2019. (Info 642) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Não fere o contraditório e o devido processo decisão que, sem ouvida prévia da defesa, 
determine transferência ou permanência de custodiado em estabelecimento penitenciário 
federal. 
STJ. Terceira Seção, julgado em 27/11/2018, DJe 5/12/2018. (Info 660) 
Súmula 639, STJ 
 
5. PROCEDIMENTO 
 
5.1 Audiência de Custódia 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
A superveniência da realização da audiência de instrução e julgamento não torna superada 
a alegação de ausência de audiência de custódia. 
 
 
STF. 2ª Turma. HC 202579 AgR/ES e HC 202700 AgR/SP, Rel. Min. Nunes Marques, redator do acórdão Min. Gilmar Mendes, 
julgados em 26/10/2021 (Info 1036). 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
A ausência de realização de audiência de custódia não implica a nulidade do decreto de 
prisão preventiva. 
 
Veja também: A falta de audiência de custódia constitui irregularidade, não afastando a prisão 
preventiva, uma vez atendidos os requisitos do artigo 312 do Código de Processo Penal e 
observados direitos e garantias versados na Constituição Federal STF. 1ª Turma. HC 198.784, 
Rel. Min. Marco Aurélio , Dje em 16/06/2021. 
TF. 2ª Turma. HC 201506 AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 22/08/2021. 
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NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
A audiência de custódia (ou de apresentação) constitui direito público subjetivo, de caráter 
fundamental, assegurado por convenções internacionais de direitos humanos a que o 
Estado brasileiro aderiu, já incorporadas ao direito positivo interno (Convenção Americana 
de Direitos Humanos e Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos). Traduz 
prerrogativa não suprimível assegurada a qualquer pessoa. Sua imprescindibilidade tem o 
beneplácito do magistério jurisprudencial (ADPF 347 MC) e do ordenamento positivo 
doméstico (Lei nº 13.964/2019 e Resolução 213/2015 do CNJ). 
 
Nota: A ausência da realização da audiência de custódia qualifica-se como causa geradora da 
ilegalidade da própria prisão em flagrante, com o consequente relaxamento da privação 
cautelar da liberdade. Se o magistrado deixar de realizar a audiência de custódia e não 
apresentar uma motivação idônea para essa conduta, ele estará sujeito à tríplice 
responsabilidade, nos termos do art. 310, § 3º do CPP. 
Obs1: STJ possui julgados em sentido contrário: A não realização de audiência de custódia 
não induz a ilegalidade do decreto preventivo, cujos fundamentos e requisitos de validade 
não incluem a prévia realização daquele ato, vinculados, por força de lei, ao que dispõem os 
arts. 312 e 313 do CPP. STJ. 6ª Turma. HC 598.525/BA, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado 
em 20/10/2020. Obs2: a audiência de custódia deve ser realizada em todas as modalidades 
de prisão, inclusive as temporárias, preventivas e definitivas (STF RCL 29303). 
STF. HC 188888/MG, Rel. Min. Celso deMello, julgado em 6/10/2020. (Info 994) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
A decisão que, na audiência de custódia, determina o relaxamento da prisão em flagrante 
sob o argumento de que a conduta praticada é atípica não faz coisa julgada. Assim, esta 
decisão não vincula o titular da ação penal, que poderá oferecer acusação contra o 
indivíduo narrando os mesmos fatos e o juiz poderá receber essa denúncia. 
STF. 1ª Turma. HC 157306/SP, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 25/9/2018. (Info 917) 
 
5.2 Temas Diversos 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
A gravação ambiental em que advogados participam do ato, na presença do inquirido e dos 
representantes do Ministério Público, inclusive se manifestando oralmente durante a sua 
realização, ainda que clandestina ou inadvertida, realizada por um dos interlocutores, não 
configura crime, escuta ambiental, muito menos interceptação telefônica. 
Nota: Embora não se afigure ética e moralmente louvável a realização de gravação 
clandestina, contrária às diretrizes preconizadas pela autoridade incumbida para o ato, a 
realidade é que, naquela conjuntura, não se revelou ilegal, muito menos criminosa. 
 
STJ. 5ª Turma. HC 662.690-RJ, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 17/05/2022. 
 
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https://scon.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%27202101265761%27.REG.
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NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
O art. 366 do CPP estabelece que se o acusado for citado por edital e não comparecer ao 
processo nem constituir advogado o processo e o curso da prescrição ficarão suspensos. 
Enquanto o réu não for localizado, o curso processual não pode ser retomado. 
 
STJ. 6ª Turma. RHC 135970/RS, Rel. Min. Sebastião Reis Junior, julgado em 20/04/2021 (Info 693). 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
No caso do art. 366 do CPP, o prazo prescricional ficará suspenso pelo tempo de prescrição 
da pena máxima em abstrato cominada ao crime. 
 
Nota: No mesmo sentido: Súmula 415-STJ: O período de suspensão do prazo prescricional é 
regulado pelo máximo da pena cominada. 
Veja, ainda: Art. 366. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir 
advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, podendo o juiz 
determinar a produção antecipada das provas consideradas urgentes e, se for o caso, decretar 
prisão preventiva, nos termos do disposto no art. 312. 
STF. Plenário. STF. Plenário. RE 600851, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 04/12/2020 (Repercussão Geral – Tema 438) (Info 
1001) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
A ação controlada prevista no § 1º do art. 8º da Lei nº 12.850/2013 independe de 
autorização, bastando sua comunicação prévia à autoridade judicial. 
 
Nota: A ação controlada é também denominada de “flagrante prorrogado, retardado ou 
diferido”. 
STJ. 6ª Turma. HC 512.290-RJ, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 18/08/2020. (Info 677) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Não haverá infiltração policial se o agente apenas representa a vítima nas negociações de 
extorsão. 
 
Nota: Quando agente lotado em agência de inteligência, sob identidade falsa, apenas 
representa o ofendido nas negociações da extorsão, sem se introduzir ou se infiltrar na 
organização criminosa não há infiltração policial. 
A infiltração de agentes é uma técnica especial de investigação por meio da qual um policial, 
escondendo sua real identidade, finge ser também um criminoso a fim de ingressar na 
organização criminosa e, com isso, poder coletar elementos informativos a respeito dos 
delitos que são praticados pelo grupo, identificando os seus integrantes, sua forma de 
atuação, os locais onde moram e atuam, o produto dos delitos e qualquer outra prova que 
sirva para o desmantelamento da organização e para ser utilizado no processo penal. 
Essa técnica de investigação está prevista, atualmente, em quatro diplomas normativos: • art. 
53, I, da Lei nº 11.343/2006 (Lei de Drogas); • art. 10 da Lei nº 12.850/2013 (Lei do Crime 
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PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL 
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24 
Organizado); • arts. 190-A a 190-E do ECA, inseridos pela Lei nº 13.441/2017; • art. 1º, § 6º 
da Lei nº 9.613/98 (Lei de Lavagem de Dinheiro), inserido pela Lei nº 13.964/2019. 
STJ. 6ª Turma. HC 512.290-RJ, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 18/08/2020. (Info 677) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
A decisão que, na audiência de custódia, determina o relaxamento da prisão em flagrante 
sob o argumento de que a conduta praticada é atípica não faz coisa julgada. Assim, esta 
decisão não vincula o titular da ação penal, que poderá oferecer acusação contra o 
indivíduo narrando os mesmos fatos e o juiz poderá receber essa denúncia. 
STF. 1ª Turma. HC 157.306/SP, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 25/9/2018. (Info 917) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
O STF declarou que a expressão “para o interrogatório” prevista no art. 260 do CPP não foi 
recepcionada pela Constituição Federal. Assim, não se pode fazer a condução coercitiva do 
investigado ou réu com o objetivo de submetê-lo ao interrogatório sobre os fatos. 
STF. Plenário. ADPF 395/DF e ADPF 444/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgados em 13 e 14/6/2018. (Info 906) 
 
5.3 Procedimento Previsto Na Lei 8.038/90 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Promotor de Justiça condenado criminalmente pelo Tribunal de Justiça impetrou habeas 
corpus alegando que o julgamento seria nulo por não ter observado o art. 400 do CPP, já 
que o interrogatório do acusado não foi o último ato da instrução. O Min. Relator Marco 
Aurélio indeferiu a ordem manifestando sua posição no sentido de que não se deve aplicar 
a regra geral do art. 400 do CPP (interrogatório como último ato) considerando que, por se 
tratar de Promotor de Justiça, julgado perante o Tribunal de Justiça, a norma aplicável seria 
a do art. 7º da Lei nº 8.038/90, segundo a qual a audição do acusado é o primeiro ato do 
procedimento. O Min. Alexandre de Moraes votou por indeferir a ordem com base em outro 
fundamento, alegando que a defesa não demonstrou prejuízo, afirmando, portanto, que 
não haverá declaração de nulidade quando não demonstrado o efetivo prejuízo causado à 
parte (pas de nullité sans grief). 
Nota: independente do julgado acima, acredita-se que o STF continue com o entendimento 
de que o interrogatório deve ser o último ato da instrução, mesmo nos processos regidos pela 
Lei nº 8.038/90. 
STF. 1ª Turma. HC 178252/ES, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 2/6/2020. (Info 980) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
No rito especial da Lei nº 8.038/90, a rejeição da denúncia é balizada pelo art. 395 do CPP e 
a improcedência da acusação é pautada pelo disposto no art. 397 do CPP (que trata sobre 
a absolvição sumária). 
STJ. Corte Especial. APn 923-DF, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 23/09/2019. (Info 657) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
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PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL 
DELEGADO PERNAMBUCO 
CADERNO DE JURISPRUDÊNCIA 
SEMANA 05/18 
 
25 
Nos processos criminais que tramitam perante o STF e o STJ, cujo procedimento é regido 
pela Lei nº 8.038/90, o interrogatório também é o último ato de instrução. Apesar de não 
ter havido uma alteração específica do art. 7º da Lei 8.038/90, com base no CPP, entende-
se que o interrogatório é um ato de defesa, mais bem exercido depois de toda a instrução, 
porque há possibilidade do contraditório mais amplo. Assim, primeiro devem ser ouvidas 
todas as testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa para, só então, ser realizado o 
interrogatório. 
STF. 1ª Turma. AP 1027/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, red. p/o ac. Min. Luís Roberto Barroso, julgado em 2/10/2018. (Info 918) 
 
 
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