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1 PROVA- História do Pensamento Economico II

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ELENITA APARECIDA CLEMENTE GALLIOTTI MATHEUS SOARES DOS SANTOS
WALISON APARECIDO ARANDA DOS SANTOS
ATIVIDADE AVALIATIVA 01
ECO006 – HISTÓRIA DO PENSAMENTO ECONÔMICO II
Londrina 2023
ELENITA APARECIDA CLEMENTE GALLIOTTI MATHEUS SOARES DOS SANTOS
WALISON APARECIDO ARANDA DOS SANTOS
ATIVIDADE AVALIATIVA 01
ECO006 – HISTÓRIA DO PENSAMENTO ECONÔMICO II
Atividade apresentada à Disciplina de História do Pensamento Econômico II do Departamento de Economia da Universidade Estadual de Londrina Aplicada à Ciências Econômicas.
Docente: Prof. Emerson Guzzi Zuan Esteves
Londrina 2023
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	3
PAUL A. SAMUELSON	4
WILLIAM PHILLIPS	4
GARY S. BECKER	5
ROBERT E. LUCAS JR	5
MILTON FRIEDMAN	6
CONCLUSÃO	7
REFERÊNCIAS	8
1. INTRODUÇÃO
O trabalho analisa a reportagem " Da isenção à reoneração integral: veja como foi o vaivém dos impostos sobre combustíveis desde 2021. A reportagem apresenta uma linha do tempo que destaca o movimento de desoneração a partir de março de 2021, a intensificação das medidas em 2022 (ano de eleições presidenciais) e o retorno gradual da incidência dos impostos ao longo de 2023. O governo zerou o PIS/COFINS em março de 2021, resultando em aumento dos preços pela Petrobras. Em março de 2022, os impostos sobre o diesel foram zerados, mas a Petrobras surpreendentemente elevou os preços. Em junho de 2022, ocorreu novo aumento nos preço e alguns impostos foram retomados. Em Março de 2023 marcou a retomada dos impostos sobre o diesel, com resposta da Petrobras em redução de preços. Setembro de 2023 a retomada dos impostos sobre o diesel, seguida por variações intermitentes em outubro. Em dezembro a Petrobras reduziu o preço do diesel duas vezes. No início de 2024, os impostos sobre diesel e biodiesel foram retomados em janeiro, seguidos pelo aumento do ICMS sobre gasolina e diesel em fevereiro. Essa sequência revela a dinâmica e instabilidade nas políticas tributárias do setor durante esse período específico.
O vaivém na tributação dos combustíveis no Brasil nos últimos três anos pode ser explicado por uma série de fatores. Inicialmente, as reduções nos impostos federais foram uma estratégia do governo de Jair Bolsonaro para conter a inflação, que atingiu níveis elevados em 2021 e 2022, sendo consideradas medidas eleitoreiras em meio à proximidade das eleições presidenciais.
Por sua vez, a gestão de Lula, iniciada em 2023, buscou reoneração para compensar as perdas decorrentes das isenções anteriores e aumentar a arrecadação federal. Esse processo ocorreu gradualmente ao longo do ano, uma vez que o aumento de impostos sobre combustíveis é visto como impopular, especialmente devido ao impacto direto nos preços para os consumidores.
A combinação desses elementos resultou em um cenário de flutuações de preços mais intensas do que o usual, gerando um movimento atípico tanto em relação à frequência das mudanças quanto à duração de cada uma delas. 
O objetivo deste trabalho é realizar uma análise da situação descrita na reportagem, utilizando como base a teoria de cinco renomados autores: Paul A. Samuelson, William Phillips, Gary S. Becker, Robert E. Lucas Jr e Milton Friedman. O foco será contextualizar a abordagem teórica de cada autor, examinando como cada um deles analisaria e interpretaria a situação descrita na reportagem. Este estudo busca oferecer uma compreensão mais aprofundada da situação, explorando as perspectivas distintas desses autores e identificando possíveis pontos de convergência e divergência em suas análises."
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2 PAUL A. SAMUELSON 
Paul A. Samuelson, defensor da teoria keynesiana e ganhador do Prêmio Nobel em Economia, provavelmente exploraria a situação dos impostos sobre combustíveis sob diversas perspectivas. Ele poderia analisar a estratégia inicial do governo em reduzir os impostos federais como uma medida para conter a inflação, alinhando-se aos princípios keynesianos de manipulação fiscal para influenciar a demanda agregada. Além disso, Samuelson examinaria as isenções concedidas, sugerindo que tais medidas foram motivadas por interesses eleitoreiros, com o governo utilizando políticas fiscais para ganhos políticos em um período pré-eleitoral.
A decisão subsequente da gestão de Lula em buscar a reoneração também seria objeto de análise por Samuelson. Ele poderia interpretar essa medida como uma resposta às perdas financeiras decorrentes das isenções anteriores, percebendo-a como uma tentativa de restabelecer a estabilidade fiscal e aumentar a arrecadação do governo.
Com foco na estabilidade econômica, Samuelson provavelmente consideraria o vaivém na tributação dos combustíveis como um fator contribuinte para a instabilidade e incerteza econômica. Ele exploraria como essas flutuações podem impactar negativamente consumidores e empresas, destacando as implicações desse cenário para a economia como um todo.
3 WILIAM PHILLIPS 
Embora William Phillips seja principalmente reconhecido pela curva de Phillips, que estabelece a relação entre inflação e desemprego, não há uma associação direta com análises específicas sobre política fiscal ou tributação. No entanto, é possível realizar uma análise especulativa, considerando suas contribuições mais amplas para a economia.
Dada a ênfase de Phillips na interação entre inflação e desemprego, ele poderia examinar a situação descrita na reportagem, avaliando os impactos da volatilidade tributária na estabilidade econômica. Flutuações frequentes nos preços dos combustíveis podem afetar tanto a inflação quanto o poder de compra dos consumidores, potencialmente influenciando os níveis de desemprego.
Uma análise de Phillips poderia investigar as relações entre as mudanças na tributação de combustíveis e as políticas monetárias governamentais, especialmente no contexto das tentativas de controle da inflação. Ele poderia considerar a redução e retomada dos impostos como ferramentas de controle econômico, avaliando a eficácia dessas medidas.
Phillips poderia observar a possível correlação entre as alterações nos impostos sobre combustíveis e eventos políticos, como eleições presidenciais. Sua análise poderia abranger se as medidas adotadas são motivadas por considerações políticas e se essas decisões têm impactos significativos na economia.
Explorar como as flutuações nos preços dos combustíveis afetam a curva de Phillips seria uma área de interesse para Phillips. Ele poderia analisar se as mudanças na política tributária têm um impacto direto na relação entre inflação e desemprego, considerando a dinâmica econômica resultante.
4 GARY S. BECKER 
Gary S. Becker, um economista conhecido por sua abordagem da economia como uma ciência do comportamento humano, provavelmente analisaria a situação descrita na reportagem considerando os incentivos individuais e as respostas racionais dos agentes econômicos. Vejamos como ele poderia abordar esse cenário específico:
Becker enfatizava a importância de considerar o comportamento racional dos indivíduos. Ele poderia analisar como as mudanças na tributação influenciam o comportamento dos consumidores, das empresas e do governo, examinando se as ações tomadas são consistentes com a maximização do benefício individual ou coletivo.
Becker poderia investigar como as flutuações nos preços dos combustíveis afetam o comportamento dos consumidores. Ele poderia considerar se os aumentos e reduções nos impostos levam a mudanças nos padrões de consumo, como a escolha de veículos mais eficientes ou a busca por alternativas de transporte.
Becker também examinaria os incentivos para as empresas, como a Petrobras, em resposta às mudanças na tributação. Ele poderia avaliar se as ações da empresa refletem estratégias racionais de maximização de lucros, considerando o ambiente regulatório e fiscal em que operam.
Ao considerar a gestão de Jair Bolsonaro e Lula, Becker poderia analisar as decisões de política fiscal à luz de incentivos políticos. Ele poderia explorar se as reduções e retomadas dos impostos sobre combustíveis são motivadas por estratégiaseleitorais ou se refletem decisões baseadas em considerações econômicas a longo prazo. Considerando a visão de Becker sobre a eficiência econômica, ele poderia avaliar se as flutuações na tributação dos combustíveis resultam em alocação eficiente de recursos. Ele poderia examinar se as mudanças buscam corrigir distorções no mercado e promover uma distribuição mais eficiente dos recursos.
5 ROBERT E. LUCAS JR
Robert E. Lucas Jr., um defensor da Escola de Chicago e conhecido por suas contribuições à macroeconomia, enfatizaria aspectos como expectativas racionais, eficiência dos mercados e impactos de políticas econômicas em seu método analítico ao abordar a situação descrita na reportagem. Lucas Jr. poderia destacar a importância das expectativas racionais ao analisar as mudanças na tributação de combustíveis. Ele examinaria como os agentes econômicos antecipam e respondem às políticas governamentais, considerando se as ações são previsíveis e consistentes.
Dado o enfoque de Lucas Jr. na eficiência dos mercados, ele poderia avaliar como as flutuações na tributação afetam a eficiência do setor de combustíveis. Ele poderia explorar se as mudanças buscam corrigir distorções no mercado ou se podem gerar ineficiências e comportamentos subótimos.
Lucas Jr. analisaria como as mudanças na tributação influenciam as decisões econômicas dos agentes, como investimentos, produção e consumo. Ele poderia avaliar se as variações tributárias incentivam ou desestimulam atividades econômicas.
Ao abordar as estratégias do governo de Jair Bolsonaro e Lula, Lucas Jr. poderia investigar se as reduções e retomadas de impostos foram motivadas por considerações eleitoreiras. Ele analisaria se essas medidas foram adotadas visando ganhos políticos de curto prazo em detrimento da eficácia econômica a longo prazo.
6 MILTON FRIEDMAN
Milton Friedman, um proponente do liberalismo econômico e da restrição do papel do governo na economia, abordaria a situação descrita na reportagem com uma perspectiva crítica em relação às intervenções governamentais. Seu exame do vaivém na tributação dos combustíveis no Brasil destacaria vários aspectos.
Friedman salientaria a intervenção governamental nos impostos sobre combustíveis como potencialmente prejudicial. Ele poderia ressaltar como as mudanças nos impostos impactam diretamente os preços dos combustíveis, provocando flutuações nos índices de preços ao consumidor. Friedman questionaria a eficácia dessas mudanças no controle da inflação, sugerindo que manipular os impostos pode ter consequências adversas.
Dado o foco de Friedman na racionalidade econômica dos agentes, ele analisaria como empresas e consumidores reagem a essas mudanças tributárias, explorando se as ações refletem escolhas racionais em um ambiente de incerteza regulatória. Certamente, ele abordaria a influência política nas decisões econômicas, especialmente durante períodos eleitorais. Argumentaria que medidas eleitoreiras, como as reduções nos impostos federais, são motivadas por considerações políticas de curto prazo, em detrimento da estabilidade econômica a longo prazo.
Em resumo, a análise de Friedman provavelmente examinaria o vaivém na tributação dos combustíveis no Brasil com um olhar crítico em relação à intervenção governamental, questionando a eficácia e as consequências a longo prazo dessas mudanças. Ele destacaria a importância da liberdade econômica e a necessidade de evitar manipulações excessivas por parte do governo.
7 CONCLUSÃO
A análise da reportagem sobre o vaivém na tributação dos combustíveis no Brasil revela um cenário complexo, influenciado por fatores econômicos e políticos. O estudo destaca a sequência de mudanças na tributação, incluindo reduções, isenções e reonerações, ressaltando a intensidade das flutuações de preços e sua relação com estratégias governamentais.
A estratégia inicial do governo de Jair Bolsonaro, com reduções nos impostos federais, foi interpretada como uma medida para conter a inflação, mas sugere-se que teve motivações eleitoreiras. A gestão subsequente de Lula buscou reoneração gradual para compensar perdas e aumentar a arrecadação, refletindo a percepção de impopularidade do aumento de impostos sobre combustíveis.
Essa combinação resultou em flutuações de preços intensas, atípicas em frequência e duração. A volatilidade, decorrente de decisões fiscais e eleitorais, contribuiu para um ambiente de instabilidade e incerteza econômica. A análise teórica de renomados economistas, como Samuelson, Phillips, Becker, Lucas Jr. e Friedman, aprofunda a compreensão do cenário. Cada autor, com perspectivas distintas, oferece conhecimento valiosos sobre como interpretar a situação à luz de seus princípios econômicos fundamentais, enriquecendo a compreensão da complexidade envolvida no vaivém da tributação dos combustíveis no Brasil.
8 REFERÊNCIAS
ESTEVES, Emerson. Notas aula: Visão Geral da Evolução da Macroeconomia, 2023.
CATTO, Andre. Da isenção à reoneração integral: veja como foi o vaivém dos impostos sobre combustíveis desde 2021. G1, São Paulo, 01 fevereiro de 2024.
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