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CAMILA QUEVEDO Refluxo gastroesofágico (RGE - fisiológico) e doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) DEFINIÇÕES Doença do refluxo: estruturas que deveriam impedir o retorno para o esôfago ou boca estão alteradas. Tabagismo, obesidade, alimentação também interferem. Condição que o esôfago tem de se manter sempre alcalino. Esofagite quando esse meio fica ácido. RGE: passagem do conteúdo gástrico p/ esôfago com ou sem regurgitação. Queixa frequente na pediatria nos primeiros meses de vida, principalmente em lactentes e costuma a se resolver espontaneamente até os 2 anos. - Primeiros 6m de vida –> aleitamento = conteúdo líquido e a criança permanece maioria do tempo deitado + imaturidade da barreira gastroesofágica. - Pode acontecer em qualquer pessoa e não ser patológico, como alimentar-se em abundância e deitar. Fisiológico: sem história de pneumonia aspirativa, sem história de sibilos recorrentes, não é choroso durante as mamadas, dorme bem e NÃO perde peso. Não precisa de exames para investigar. É um distúrbio funcional classificada de acordo com os critérios de ROMA IV Patológico: DRGE Se não melhorar depois de rever a mamada e espessar. Fazer teste terapêutico para APLV – exclusão para mãe nutriz de 2-4 sem. Se melhora investigar APLV. Tratamento conservador - Orientações dietéticas: não deixar totalmente deitado, se for fórmula usar espessada (AR – anti-regurgitação) pra ver se melhora, não dar volume muito grande. - Orientação da postura: para dormir barriga pra cima com cabeceira um pouco elevada (decúbito dorsal com elevação – prevenção da morte súbita). - Pronado (barriga pra baixo) apenas após 4m pois terá sustentação cervical. - 20-30 min manter na vertical após alimentação. DRGE em crianças e adolescentes QC: dor abd epigástrica, queimação, pirose retroesternal, náuseas e vômitos. Na pediatria não há padrão ouro de exame e medicação neste caso, usa-se individual para cada paciente. tratamentos Domperidona – acelera esvaziamento gástrico. Saiu do protocolo pelos efeitos colaterais (alt ECG, no lactente aumento do peristaltismo intestinal = cólica e diarreia, liberação extrapiramidal). Não se usa mais de rotina esse procinético, reservado para casos de dismotilidade. Procineticos: metoclopramida/bromoprida- não usado no tto de DRGE. Alginatos: protetores de barreira mucosa, são mecânicos, podem ser usados mas precisa de dose alta para ser eficiente. É uma medicação que não é absorvida, pode ser usada para diminuir epigastalgia. Antagonista o receptor de H2 de histamina: Ranitidina e cimetidina – não se usa mais. IBP: indicações (DRGE em pctes neuropatas ou doença resp crônica que tem associação com refluxo). - Omeprazol: anvisa libera a partir de 1 mês de vida. - Omeprazol, pantoprazol, etc – liberado a partir de 1 ano de vida pelo FDA. MUPS – comprimido dispersível. Omeprazol adequado para criança e uso em sonda. Losec mups 10mg. Assim não precisa abrir a cápsula e perder parte do efeito pela farmacologia. Exames que podem ser usados: SEED – seriografia: rx contrastado. Não é feito para diagnóstico de DRGE e sim para diagn diferencial (bom para malformações). Cintilografia- não sugerido para pediatria. Não indicado para diagn de DRGE. Endoscopia – ausência de esofagite (complicação da DRGE) não exclui DRGE. pHmetria – mede por 24h as oscilações do pH que pode ser associado com a clínica no momento (pH< 4 é ep de refluxo). Caro. Impedância intraluminal esofágica: mede oscilação de conteúdos líq, sólidos, gas no esôfago. tratamento cirúrgico TTO cirúrgico: raramente feito – usado quando há falha do tratamento clínico, complicações, hernia hiatal ou esôfago de barret, neurológico.
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