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Aluna: Catarina Oliveira ( 12098534)
São Paulo, 26 de novembro de 2020
EHLERS, E. M. “Desdobramentos no Brasil”. O 
que se entende por agricultura sustentável. 
Dissertação de Mestrado, 1994.
2.5.A ASCENSÃO DOS “ALTERNATIVOS” 
❖ Catástrofe ambiental nos EUA nos anos 1930 incentivaram o desenvolvimento de pesquisas sobre a conservação de solos, em especial
sobre mecanismos de formação e degradação dos solos.
❖ Em 1938 U.S.D.A. lança um relatório no qual reconhece a importância a importância da conservação dos solos.
❖ Ainda assim, o pensamento que prevalecia era o defendido pela Segunda Revolução Agrícola – agricultura convencional/clássica
❖ Somente nos anos 1960 isso começou a mudar, quando os impactos ambientais da agricultura aumentam (contaminação dos solos, rios,
alimentos e pessoas)
❖ Legislação foi progressivamente ficando mais restritiva ao limites permitidos de agroquímicos.
2.5.A ASCENSÃO DOS “ALTERNATIVOS” 
❖ No final dos anos 1960, início dos anos 1970, foram escritos os clássicos “Tragédia dos Comuns”, de Hardin (crescimento populacional X
capacidade de produção de alimentos), Relatório Meadows, que trata da capacidade de carga da Terra (The limits to growth) e o livro
“Primavera Silenciosa” de Rachel Carson (denúncia dos impactos ambientais causados pelo uso de agroquímicos)
❖ A opinião pública passa a se sensibilizar pela causa, tanto na Europa quanto nos EUA → movimento que atingiu o ápice nos anos 1970:
contra-cultura
❖ Passam então a surgir estudos sobre modelos alternativos de sociedade → E. Schumacker (“Small is Beautiful”), que propõe a criação de
um estilo de vida que possa ser aplicado permanentemente.
❖ Schumacker introduziu o conceito de tecnologia apropriada que se torno bastante útil para as propostas alternativas de agricultura:
A tecnologia apropriada é um movimento que engloba a escolha e a aplicação tecnológicas que são de pequena escala, descentralizadas,
intensivas em mão-de-obra, energeticamente eficientes, ambientalmente corretas e localmente autônomas.
2.5.A ASCENSÃO DOS “ALTERNATIVOS” 
❖ Warren Belasco (1989): contra-culinária → autor defende que a construção de uma hegemonia política e cultural vem historicamente
acoplada a uma hegemonia alimentar que difunde hábitos ocidentais centrados no consumo da carne, e reconstrói associações entre o
racismo, o sexismo e o classismo estruturais a partir da questão da alimentação.
❖ É nesse contexto que ganham força os movimento de agricultura alternativa:
• Agricultura regenerativa:
É um método que propõe recuperar ecossistemas. O termo foi cunhado pelo americano Robert Rodale, que utilizou teorias
de hierarquia ecológica para estudar os processos de regeneração nos sistemas agrícolas ao longo do tempo (“Kiss the
Ground”)
• Agroecologia:
Entende a agricultura desde uma perspectiva ecológica. Tem como unidades básicas de análise os ecossistemas agrícolas,
abordando os processos agrícolas de maneira ampla, não só visando maximizar a produção mas também otimizar o agro
ecossistema total —incluindo seus componentes socioculturais, econômicos, técnicos e ecológicos.
▪ Expansão da literatura agroecológica→ impacto significativo nos estudos sobre os nutrientes
nos solos, nas plantas e suas interações com ataques de pestes e doenças
▪ ciclos de nutrientes
▪ adubos verdes
▪ controle biológico de pragas
▪ MIP
2.5.A ASCENSÃO DOS “ALTERNATIVOS” 
❖ Aos 1970-1980:
Aumento das pesquisas sobre ecossistemas tropicais e impactos ecológicos provocados pela extensão das monoculturas;
Aumentos das pesquisas de sistemas de produção tradicionais (indígenas , com destaque para América Latina)
❖ Agroecologia ganha força e se junta ao movimento de busca pela sustentabilidade principalmente na América Latina e na Califórnia
❖ Definição acadêmica de Agricultura Alternativa, juntando práticas agrícolas que buscam uma agricultura ecologicamente equilibrada,
socialmente justa e economicamente viável.
❖ Outro pontos em comum:
1. Revalorização da adubação orgânica;
2. Rotação de culturas;
3. Controle biológico de pragas.
❖ Esse movimento enfrentou resistência, principalmente dos defensores da chamada Revolução Verde
2.5.A ASCENSÃO DOS “ALTERNATIVOS” 
❖ Nas décadas seguintes, a agricultura tradicional ganhou cada vez mais força, principalmente no Terceiro Mundo → maior degradação
ambiental.
❖ E a agricultura alternativa continua tímida, em especial no cenário agropecuário. Longe de atender a demanda mundial de alimentos.
❖ Ainda assim, a agricultura alternativa alcança impactos positivos e crescendo
“O alternativo de hoje será o convencional de amanhã” (NRC, 1989:25)