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Semiologia 3 - Profª Nathália Gasparotto Laíse Marques - Aula 5 SÍNDROME ICTÉRICA Icterícia: coloração amarelada/alaranjada da pele, mucosas e de outros tecidos, causadas pelo acúmulo anormal de pigmento biliar. Metabolismo de bilirrubina: degradação da hemoglobina: globina e grupos heme. Heme é fagocitado pelo sistema reticuloendotelial (principalmente no fígado e baço) → porfirina (substrato para a formação da bilirrubina) → reduzida a biliverdina → bilirrubina (pigmento amarelado). Bilirrubina (insolúvel) liga-se a albumina para ser transportada até os hepatócitos → é conjugada com o ácido glicurônico. A bilirrubina conjugada sai dos hepatócitos para os canalículos biliares → pequena parte é transportada ao plasma, onde é excretada via renal. 95% da bilirrubina plasmática encontra-se na forma não conjugada, ligada a albumina. Essa ligação é reversível, mas passa direto pelo glomérulos, não sendo filtrada pelos rins, ao contrário da bilirrubina conjugada. 98% do pigmento biliar é composto por bilirrubina conjugada. Pequena quantidade de bilirrubina não conjugada é reabsorvida no epitélio intestinal (e retorna através da circulação entero-hepática). No íleo terminal e no cólon, por meio de ação bacteriana, a bilirrubina conjugada transforma-se em urobilinógeno (incolor) → parte será oxidada a urobilina e estercobilina, que darão a coloração as fezes. 20% do urobilinogênio é reabsorvido no epitélio intestinal e retorna ao fígado. A maior parte será reexcretada pela via hepática, e uma pequena parte será filtrada e excretada via renal. Icterícia - bilirrubina direta e indireta Bilirrubina Indireta: resultado da subtração da bilirrubina direta (em sua maior parte conjugada) da concentração de bilirrubina total, referindo-se, portanto, a bilirrubina não conjugada. Caracterização Tanto a bilirrubina conjugada quanto a não conjugada podem se depositar em todos os tecidos, principalmente no conjuntivo. Acumula-se onde há maior quantidade de Albumina. Pesquisamos icterícia nas escleras e na mucosa oral (frênulo lingual e palato duro), mas também pode ser notada nos lábios, regiões ungueais, pele, mãos. O exame deve ser realizado sob iluminação natural. Afrodescendentes: foto escurecimento da esclera pode ser confundido com sinal de icterícia, por isso se deve avaliar a região da esclera sob a pálpebra inferior, onde não há exposição à luz solar. Alta ingestão de alimentos contendo betacaroteno (cenoura, beterraba) podem apresentar tonalidade ligeiramente amarelo-alaranjada e ser confundidos com pacientes ictéricos. A beta carotenemia altera a cor da pele, particularmente das mãos, mas não provoca alterações nas escleras ou na mucosa oral. A concentração sérica normal de bilirrubina em crianças e adultos fica abaixo de 1mg/dL. A icterícia clínica geralmente é detectada em aumentos cerca de 2 a 3 vezes acima do limite superior (maior que 2-3 mg/dL). Grau de icterícia: 1. Qualitativamente (leve, moderada e grave) 2. Quantitativamente, com base em escala de uma a quatro cruzes (+, ++, +++, ++++, em que + siginifica leve alteração da coloração normal, enquanto ++++ indica coloração intensa). Em recém-nascidos, vários mecanismos levam a um aumento de bilirrubina não conjugada. 1. Avaliação da icterícia no neonato é importante para identificar aqueles que precisarão de fototerapia. 2. Taxas de bilirrubina não conjugada elevadas (>20mg%) gera risco de desenvolver disfunção neurológica relacionada a passagem da bilirrubina através da barreira hematoencefálica (Kernicterus - Encefalopatia Bilirrubínica: retardo do desenvolvimento neuropsicomotor, surdez - mais comum). Fototerapia: exposição a luz ultravioleta → fotopolimerizar a bilirrubina não conjugada na pele em componente solúvel em água → facilita sua excreção e metabolismo sem necessitar das vias normais. # Hiperbilirrubinemia não conjugada ➔ Produção excessiva de bilirrubina Hemólise Alteração da eritropoiese Semiologia 3 - Profª Nathália Gasparotto Laíse Marques - Aula 5 ➔ Defeito de transporte Recém-nascidos Medicamentos (competição) ➔ Defeito de captação Medicamento (competição) Recém-nascidos ➔ Defeito de conjugação Icterícia fisiológica do recém-nascido Síndrome de Gilbert, Crigler-Najjar, Lucey-Driscoll, Icterícia do leite materno. Hiperbilirrubinemia Conjugada ➔ Intra-hepática Hepatocelular a. defeito de excreção (síndromes de Rotor, de Dubin-Johnson). b. adquirida (hepatites, álcool, cirrose etc.) Canalicular a. medicamentos (esteroides, clorpromazina) b. cirrose biliar primária c. atresia de vias biliares d. colangite esclerosante e. colangiocarcinoma ➔ Extra-hepática benigna (colelitíase, coledocolitíase, atresias, ligadura do colédoco) maligna ➔ Intrínseca (neoplasias da papila, colédoco, vesícula) ➔ Extrínseca (neoplasias do pâncreas) Causas de aumento de bilirrubinas ● Aumento da degradação do substrato do heme: as hemácias tem meia-vida em torno de 120 dias. ● 80% da formação de bilirrubina é proveniente do ciclo de senescência de hemácia. ● 20% derivam de outras hemoproteínas e da degradação de hemácias imaturas. ● Ocorre principalmente quando há hemólise (intra e extravascular), degradação anormal das hemácias (hemoglobinopatias ou situações de eritropoese ineficaz) e reabsorção de grandes hematomas. ● Gera acúmulo de bilirrubina não conjugada. ● Na hemólise, a concentração de bilirrubina total não ultrapassa 3-4 mg/dL. *problema na hemácia: bilirrubina não conjugada. Redução da captação e deficiência enzimática: ● Algumas drogas inibem a proteína transportadora (rifamicina). ● Diminuição do fluxo sanguíneo hepático (insuficiência cardíaca congestiva ou shunts porto-sistêmicos). ● O processo de glucoronidação é fundamental para a excreção de certas substâncias endógenas (p. ex., esteroides, hormônios tireoidianos, catecolaminas), de substâncias exógenas (medicamento, toxinas) e da bilirrubina. Deficiência nesse processo → acúmulo de bilirrubina não conjugada, ex. Doença de Gilbert e síndrome de Crigler-Najjar I e II. Doenças relacionadas ao fígado e a excreção da bile: doenças que levam a lesão hepatocelular direta (como hepatites virais ou hepatite alcoólica), e também em algumas doenças genéticas, como as síndromes de Rotor e de Dublin-Johnson. Em algumas doenças, a hiperbilirrubinemia é secundária à disfunção hepatocelular global. Doenças que cursam com colestase (difícil diferenciação clínica com a obstrução dos ductos biliares) - doenças infiltrativas (doenças granulomatosas infecciosas ou imunes), lesão dos colangiócitos (cirrose biliar primária, doença enxerto vs, hospedeiro em transplante de celulas hematopoieticas, certas medicações, como eritromicina e fibrose cística). Predomínio de bilirrubina conjugada. Obstrução das vias biliares: acúmulo de bile e mediante transporte reverso, acumula-se no plasma sanguíneo → colúria (pela excreção aumentada e preferencial da bilirrubina via renal) e acolia fecal (pela ausência do pigmento nas fezes). Causas principais: oclusão do lúmen do ducto biliar e distúrbios intrínsecos dos ductos biliares (colangite esclerosante primária) e compressão extrínseca (principalmente tumores). Casos crônicos: pode haver prurido. Coledocolitíase é a principal causa de obstrução biliar. Predomínio de bilirrubina conjugada. Semiologia 3 - Profª Nathália Gasparotto Laíse Marques - Aula 5 Investigação ● História clínica detalhada e exame clínico ● Para distinguir os dois tipos de hiperbilirrubinemia: espuma obtida após agitar-se a urina coletada em um frasco ou bolsa, somente a bilirrubina conjugada é filtrada pelos rins e aparece na urina conferindo coloração amarelada à espuma. *espuma amarela: excesso de bilirrubina direta Casos que necessitam de intervenção urgente são incomuns: - hemólise maciça (principalmente associados à malária, em especial falciparum ou sepse por infecção por Clostridium perfringens) - insuficiência hepática fulminante (quando há insuficiência hepática aguda com acometimento do sistema nervoso central) e - colangite ● Procedência imediata ouremota: doenças infecciosas endêmicas como a malária. ● Profissão: exposição a toxinas ambientais, exposição a material biológico contaminado (hepatites B e C), condições de saneamento (hepatite A). ● Faixa etária: causas neoplásicas em pacientes idosos - tumores periampulares: geram o aumento da vesícula. Carcinomas de duodeno, da ampola de Vater, do ducto biliar distal e da cabeça do pâncreas → sinal de Courvoisier - Terrier (palpação indolor da vesícula biliar distendida), anemia e perda ponderal, além de icterícia. - tumores da ampola: podem gerar uma icterícia flutuante, quando há descamação e necrose e desaparecimento momento da icterícia ● Coledocolitíase pode provocar icterícia flutuante quando o cálculo biliar está presente no colédoco e, por movimentações intermitentes, promove ora obstrução, ora alívio da drenagem biliar. ● Prurido, que não melhora pela manhã, colúria e acolia fecal (fezes em “massa de vidraceiro”) → Colestase e obstrução das vias biliares. ● Uso de esteroides alquilados: metiltestosterona e etinil estradiol, geralmente dose-dependentes → colestase intra-hepática. ● Icterícia gestacional: colestase intra-hepática da gravidez (terceiro trimestre). ● Doenças hepáticas infiltrativas: icterícia + febre de origem indeterminada, sudorese noturna, perda ponderal, hepatoesplenomegalia, linfadenopatia, pode haver eritema nodoso. Diferenciais: granulomas infecciosos, doenças sistêmicas (sarcoidose, linfomas). ● Colecistite aguda: raramente cursa com elevação de bilirrubina. Quando presente: presença de coledocolitíase, colangite ou até de síndrome de Mirizzi (cálculo impactado no ducto cístico ou infundíbulo da vesícula biliar). ● Coledocolitíase não complicada: dor epigástrica ou no hipocôndrio direito, náuseas/vômitos, icterícia leve (mais associada a mulheres, multípara, e em pacientes com obesidade e sobrepeso). ● # Colangite: febre, dor no hipocôndrio direito e icterícia (tríade de Charcot), calafrio. Em casos mais graves: quadro séptico com hipotensão e alteração mental (confusão) - pêntade de Reynolds. ● Compressão extrínseca: tumores, inflamação de víscera circundante ou, mais raramente, compressão vascular (aneurismas). ● Icterícias agudas + sintomas prodrômicos virais (febre, hiporexia, náuseas/vômitos e mialgias) → hepatites virais, mas podem estar relacionadas com outras infecções, como a leptospirose (contato com água contaminada com urina de ratos de zonas endêmicas + sufusão conjuntival e icterícia em tom alaranjada - icterícia rubínica). ● Síndrome de Gilbert: icterícia leve e assintomática + períodos de jejum prolongado, períodos de estresse, relacionados a exercícios físicos ou doenças gripais simples. Semiologia 3 - Profª Nathália Gasparotto Laíse Marques - Aula 5 ● História de contato sexual desprotegido, uso de drogas injetáveis, acidentes biológicos com materiais perfurocortantes → hepatites virais B, C ou D (transmissão parenteral, sendo que a hepatite D ocorre somente em pacientes previamente infectados ou por coinfecção pelo vírus da hepatite B). ● Hepatites A e E: ingestão de frutos do mar, água e alimentos crus em locais de saneamento básico duvidoso. ● Infecções crônicas pelo vírus da hepatite (B, C e D) tipicamente não desenvolvem icterícia, a menos que haja cirrose. ● Pacientes cirróticos (independente da etiologia), podem apresentar esplenomegalia e ascite (hipoalbuminemia associada a hipertensão portal) , flapping (asterix) e alterações neurológicas (encefalopatias hepáticas), além de sinais de insuficiência hepática crônica (ginecomastia, spiders/ teleangiectasias). ● Esplenomegalia: nas anemias hemolíticas, hepatopatias agudas, crônicas e neoplasia. ● Hepatomegalia: presente com frequência nas hepatites, cirroses, carcinomas primitivas e metastáticos Lista de medicamentos recentemente utilizados e de uso contínuo ➔ Intoxicação aguda por paracetamol (acetaminofeno): superdosagem (a partir de 7g em única dose) → necrose hepatocelular, com icterícia após alguns dias da exposição. É causa de insuficiência hepática fulminante e morte. ● Possui antídoto específico → deve ser administrado o quanto antes em relação a ingesta. Se já apresentar icterícia, há menor probabilidade de efeito do antídoto (N-acetilcisteína). ● Pacientes etilistas, com doenças hepáticas prévias ou que fazem uso crônico de paracetamol → maior risco de intoxicações, mesmo em doses terapêuticas. Isoniazida (antituberculoso), a metildopa (anti-hipertensivo) e o cetoconazol (antifúngico). ➔ Pesquisa de hábitos e vícios: ingesta de álcool (quantificação, frequência, carga prévia e grau de dependência) é importante: 1. risco de cirrose alcoólica, suscetibilidade aumentada de intoxicação por outras drogas hepatotóxicas; 2. avaliar hepatite alcoólica → hepatomegalia dolorosa e febre, mesmo nos “etilistas sociais”. Usualmente, tem relação AST/ALT > 2 e elevações menores que 2-3 vezes o limite superior da normalidade. ● Ascite e hepatomegalia dolorosa de início súbito → possibilidade de trombose da veia hepática (síndrome de Budd-Chiari) ou de síndrome de obstrução sinusoidal (doença veno-oclusiva hepática, associada a medicamentos principalmente em cenário de transplante de medula óssea). ● Anemias + icterícia leve, com história de hemoglobinopatias ou suspeita de anemias hemolíticas, devem ser investigadas. #Síndrome de Budd-Chiari #Anemia e icterícia leve: estudar Alterações laboratoriais e exame complementares Tem icterícia, qual exame pedir? dosagem de bilirrubina. 1. Bilirrubina total e frações a. Nos adultos, os valores de referência normais de bilirrubina são: Bilirrubina total: 0,20 a 1,00 mg/dL; b. Bilirrubina direta: 0,00 a 0,20 mg/dL; c. Bilirrubina indireta: 0,20 a 0,80 mg/dL. - BT > 1.5 → hiperbilirrubinemia - Aumento isolado de bilirrubinas → investigar hemólise ou erro do metabolismo das bilirrubinas 2. Transaminases (ALT/AST) # elevações nas enzimas alanina-aminotransferase (ALT/TGP - citosólica predominante no hepatócito) e aspartato aminotransferase (AST/TGO - de predomínio em células parenquimatosas do fígado, mas também presentes em outros tecidos) → lesão hepatocelular. 3. Enzimas canaliculares (FA e GGT) Semiologia 3 - Profª Nathália Gasparotto Laíse Marques - Aula 5 Elevação de fosfatase alcalina (domínio apical da membrana de hepatócitos e colangiócitos) + elevações de gama glutamil transferase transpeptidase (GGT) → colestase intra-hepática ou obstrução biliar - Se FA elevada isoladamente → liberação de isoenzimas presentes em outros tecidos (extra-hepáticos, como os ossos). 4. TAP/INR Função hepática: síntese de algumas proteínas e de metabolização de substâncias (inativação ou excreção pela via das glucuronidases). Tempo de protrombina e sua razão normatizada internacional (TP/INR): medidas de atividade plasmática dos fatores de coagulação I, II, V, VII e X sintetizados pelos hepatócitos e pode estar aumentado/alargado na deficiência desses fatores. O prolongamento do TP pode estar relacionado também à deficiência de vitamina K. *** A administração exógena de vitamina K não normaliza o tempo de protrombina prolongado em pacientes com doença por lesão hepatocelular. - A dosagem da albumina sérica reflete a capacidade sintética do fígado. - A dosagem da bilirrubina reflete a capacidade de metabolização de toxinas do fígado. 5. Alterações urinárias: a bilirrubina não conjugada não é encontrada na urina, pois está ligada a albumina, que impede sua filtração pelos rins. ● A presença de bilirrubina na urina (bilirrubiniuria) é sempre conjugada → doenças hepabiliares. ● Detecção de urobilinogênio urinário → diminuída nas síndromes obstrutivas. ● Hemoglobinúria e hemossiderina urinária + aumento de bilirrubina não conjugada → hemólise. **** Avaliação de hemólise: predomínio de bilirrubina não conjugada + aumento na desidrogenase lática (DHL) e redução na haptoglobina (principalmente nas hemólise intravascular). Estudos de Imagem Ultrassonografia de abdome: 1. Exame não invasivo → calibre da árvore biliar extra-hepática,pode revelar lesões maciças intra ou extra-hepáticas (com maior sensibilidade se maiores que 1 cm). 2. Primeiro exame a ser realizado na síndrome ictérica e para avaliação de obstrução biliar e coledocolitíase. 3. Operador dependente, de fácil acesso e portabilidade. 4. Limitações técnicas: em obesos ou com grau de distensão abdominal gasosa. Tomografia de abdome: 1. Exame não invasivo → detecta lesões intra-hepáticas muito pequenas, diferenciar alguns tipos de tumores benignos e malignos, avalia parênquima hepático e alterações vasculares. 2. Auxilia no diagnóstico de icterícias obstrutivas (dilatações intra e extra-hepáticas) → não é o exame mais preciso no diagnóstico. Colangiopancreatografia por ressonância magnética (CPRM): 1. Exame não invasivo, delineação rápida e bem definida da árvore biliar, detecta obstrução do trato biliar (inclusive visualização de microcálculos). 2. Avaliação de massa hepatobiliar ou pancreática. Colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE): 1. Exame invasivo → visualização direta da árvore biliar. 2. É diagnóstico e terapêutico para coledocolitíase com icterícia, dilatação do ducto biliar comum, pancreatite aguda e colangite. Semiologia 3 - Profª Nathália Gasparotto Laíse Marques - Aula 5 3. Biópsia de tumores ampulares. Ultrassonografia endoscópica: 1. Exame invasivo. 2. Neoplasia ampular e compressão extrínseca por tumores → visualização de estruturas adjacentes e a realização de biópsia. Cintilografia da árvore biliar: 1. Exame não invasivo → contraste nuclear (HIDA ou DISIDA marcados com tecnécio), visualização da vesícula biliar → diagnóstico de colecistite, com limitações para o paciente com icterícia. Resumo ● Reconhecer sinais e sintomas específicos de cada grupo de doenças para facilitar a investigação diagnóstica. ● Incluir na anamnese: medicações de uso contínuo, uso esporádico de formulações manipuladas, suplementos e vitaminas em uso; uso de chás e outras medicações naturais. ● Nos idosos: mais comum é icterícia obstrutiva, que pode ser calculosa ou de origem neoplásica. Importante investigação detalhada, com exames de imagem. ● Doenças do metabolismo das bilirrubinas apresentam comportamento benigno, com exceção da Criggler-Najjar tipo I, que pode cursar com óbito ainda na infância. ● Hemólise maciça, insuficiência hepática fulminante e colangite ascendente necessitam de rápida intervenção.
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