Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
P1/UC1 – UNIT – ALAGOAS ANATOMIA – AULA 4 SISTEMA MUSC ULAR – MIOLOGIA O sistema muscular é formado por todos os músculos do corpo. Os músculos esqueléticos voluntários constituem a grande maioria dos músculos. Todos os músculos esqueléticos são formados por um tipo específico de tecido muscular. No entanto, outros tipos de tecido muscular formam alguns músculos e importantes componentes dos órgãos e outros sistemas. MAS O QUE É UM MÚSCULO? É um feixe de tecido elástico com capacidade de contração e produção de movimento ou manutenção de uma parte do corpo. DI VI SÃO Por tipo de fibra: • Estriado • Não estriado (liso) Por controle neural: • Voluntário • Involuntário Por localização: • Somático: na parede do corpo • Visceral: nos membros ou formação de órgãos ocos das cavidades do copo ou de vasos sanguíneos. FU NÇ ÕES DOS MÚSC UL OS ➢ PR ODU Ç ÃO DOS MOVI MEN T OS C OR POR AIS: movimentos globais do corpo, como andar e correr. ➢ EST ABIL IZ AÇ ÃO DAS POSI Ç ÕES C OR POR AI S: a contração dos músculos esqueléticos estabiliza as articulações e participam da manutenção das posições corporais, como a de ficar em pé ou sentar. ➢ R EGUL AÇ ÃO DO VOLU ME DOS ÓR GÃOS: a contração sustentada das faixas anelares dos músculos lisos (esfíncteres) pode impedir a saída do conteúdo de um órgão oco. ➢ MOVI MEN T O DE SUB ST ÂN CI AS DENTR O DO C OR PO: as contrações dos músculos lisos das paredes vasos sanguíneos regulam a intensidade do fluxo. Esse tipo de músculo também pode mover alimentos, urina e gametas do sistema reprodutivo. Os músculos esqueléticos promovem o fluxo de linfa e o retorno do sangue para o coração. ➢ PR ODU Ç ÃO DE C AL OR : Quando o tecido muscular se contrai ele produz calor e grande parte desse calor liberado pelo músculo é usado na manutenção da temperatura corporal. T I POS DE MÚ SCUL OS ➢ MÚSCULO ESTRIADO ESQUELÉTICO – é o músculo somático voluntário que forma os músculos esqueléticos que compõem o sistema muscular, movendo ou estabilizando ossos e outras estruturas. ➢ MÚSCULO ESTRIADO CARDÍACO – músculo visceral involuntário que forma a maior parte das paredes do coração e partes adjacentes dos grandes vasos, como a aorta, e bombeia o sangue. ➢ MÚSCULO LISO – músculo visceral involuntário que forma parte das paredes da maioria dos vasos sanguíneos e órgãos ocos (vísceras), deslocando substâncias através deles por meio de contrações sequenciais coordenadas (pulsações ou contrações peristálticas). MÚSC ULO ESTRIADO ESQUELÉTIC O Todos os músculos esqueléticos têm porções carnosas, avermelhadas e contráteis. Alguns são carnosos em toda a sua extensão, mas a maioria também tem porções brancas não contráteis (tendões), compostas principalmente de feixes colágenos organizados, que garantem um meio de inserção. P1/UC1 – UNIT – ALAGOAS C OMPON EN T ES DOS MÚ SC UL OS ESQ U EL ÉTI C OS ➢ FIBRAS MUSCULARES: consiste em células contráteis especializadas que são agrupadas e disposta de forma altamente organizada. ➢ FEIXES MUSCULARES: agrupamentos de fibras. ➢ VENTRE MUSCULAR: é a porção contrátil do músculo, constituída por fibras musculares que se contraem. Constitui o corpo do músculo (porção carnosa). ➢ TENDÃO: é um elemento de tecido conjuntivo, rico em fibras colágenas e que serve para a fixação do ventre, em ossos, no tecido subcutâneo e em capsulas articulares. ➢ ORIGEM: extremidade do músculo presa à peça óssea que não se desloca (ponto fixo, parte proximal) ➢ INSERÇÃO: extremidade do músculo presa à peça óssea que se desloca (ponto móvel, parte distal) C L ASSI FI C AÇ ÕES Q U AN T O À DI SPOSI Ç ÃO DAS FIBR AS ➢ RETO: Paralelo à linha média. Ex: reto abdominal. ➢ TRANSVERSO: Perpendicular à linha média. Ex: transverso abdominal. ➢ OBLÍQUO: Diagonal à linha média. Ex: oblíquo externo. Q U AN T O À ORI GEM ➢ BÍCEPS: possui dois ventres (origens/ceps) e uma inserção comum (Ex.: bíceps braquial ou femural) ➢ TRÍCEPS: possui três origens e uma inserção (Ex.: tríceps braquial ou tríceps sural) ➢ QUADRÍCEPS: possui quatro origens e uma inserção. (Ex.: apenas o quadríceps coxo femural) Q U AN T O AO VEN TR E ➢ DIGÁSTRICO: quando o músculo apresenta dois ventres. ➢ POLIGÁSTRICO: apresenta três ou mais ventres P1/UC1 – UNIT – ALAGOAS Q U AN T O À IN SER Ç ÃO ➢ BICAUDADOS: duas inserções (Ex.: músculos flexores radial do carpo e tibial anterior) ➢ POLICAUDADOS: várias inserções (Ex.: músculos flexores superficial e profundo dos dedos) Q U AN T O À FOR MA ➢ LONGOS: quando é fino e comprido (Ex.: bíceps braquial) ➢ LARGOS: comprimento e largura proporcionais (Ex.: diafragma) ➢ CURTOS: pequenos (Ex.: músculos da mão) ➢ PENIFORMES: semelhantes a penas na organização de seus fascículos Q U AN T O À AÇ ÃO ➢ FLEXÃO: curvatura ou diminuição do ângulo entre os ossos ou partes do corpo. ➢ EXTENSÃO: endireitar ou aumentar o ângulo entre os ossos ou partes do corpo. ➢ ADUÇÃO: movimento na direção do plano mediano em um plano coronal ➢ ABDUÇÃO: afastar-se do plano mediano no plano coronal. ➢ SUPINAÇÃO: movimento do antebraço e mão que gira o rádio lateralmente em torno de seu eixo longitudinal de modo que a palma da mão olha anteriormente. ➢ PRONAÇÃO: movimento do antebraço e mão que gira o rádio medialmente em torno de seu eixo longitudinal de modo que a palma da mão olha posteriormente. ➢ ROTAÇÃO INTERNA: movimento no qual a parte anterior do braço se volta para o lado de dentro do corpo. ➢ ROTAÇÃO EXTERNA: movimento no qual a parte anterior do braço se volta para o lado de fora do corpo. Q U AN T O À FUN Ç ÃO DOS MÚ SC UL OS ➢ AGONISTAS: são os músculos principais que ativam um movimento específico do corpo, eles se contraem ativamente para produzir um movimento desejado. Ex: realizar uma flexão de cotovelo, o agonista é o bíceps braquial. ➢ ANTAGONISTAS: músculos que se opõem à ação dos agonistas. Quando o agonista se contrai, a antagonista relaxa progressivamente produzindo um movimento suave. Ex: no exemplo anterior, o antagonista é o tríceps braquial. ➢ SINERGISTAS: são aqueles que participam auxiliando a movimentação principal ou estabilizando as articulações para que não ocorram movimentos indesejáveis durante a ação principal. Ex: no mesmo exemplo, os flexores e extensores do punho contraem- se mantendo estáveis as articulações do punho e cotovelo. ➢ FIXADORES: estabilizam a origem do agonista de modo que ele possa agir mais eficientemente. Estabilizam a parte proximal do membro quando se move a parte distal. AN EX OS M USC UL AR ES ➢ FÁSCIA MUSCULAR: tecido conjuntivo que envolve músculos, vasos sanguíneos e nervos. É constituído por fibras de colágeno produzidas no interior da própria fáscia através dos fibroblastos. As fáscias têm algumas funções como servir de bainha elástica de contenção para exercer tração durante a contração, permitir fácil deslizamento muscular entre si e separar grupos em compartimentos musculares, através de sua espessura e seu prolongamento que termina se fixando em ossos, chamados de septos intermusculares. P1/UC1 – UNIT – ALAGOAS ➢ BAINHA SINOVIAL: Tem a função de revestir o tendão para protegê-lo do atrito. ➢ BAINHA FIBROSA DOS TENDÕES: Tem a função de conter o tendão para delimitar seu movimento, porém permite seu deslizamento. ➢ BOLSA SINOVIAL: Tem a função de diminuir o atrito entre duas estruturas (óssea, muscular, epitelial). ➢ APONEUROSE: formada por tecido conjuntivo, é uma membrana achatada de constituição semelhante à dos tendões, podemos encontra-las prendendo os músculos do tórax aos ossos da caixa torácica, têm uma função de suporte, não só protegendo os músculos, como também delimitando locas. Sua falha ocasiona hérnias. I RRI GAÇ ÃO MU SCU L AR A cor avermelhada da musculaturaé resultado da grande concentração de sangue dentro das fibras musculares que estão ali para nutrir e para retirar todos os substratos energéticos durante o exercício. “O músculo transforma energia química em energia mecânica." Os vasos sanguíneos que irrigam o músculo esquelético, correm pelas membranas de tecido conjuntivo e se ramificam para formar uma abundante rede capilar em torno de cada uma das fibras musculares. Os capilares são suficientemente tortuosos para se adaptarem às alterações de comprimento das fibras, estirando-se durante o alongamento muscular e tornando-se tortuosos durante a contração. FI BR A MU SCUL AR E SEU S EN VOLT ÓR I OS O diâmetro dessas fibras pode variar entre 10 e 100μm (ou até mais). Durante a nossa fase de crescimento, podemos perceber um aumento gradual do diâmetro nas fibras musculares. No entanto, esse aumento pode ainda ser estimulado por solicitação muscular intensa, fenômeno designado por hipertrofia de uso. O contrário também pode acontecer, as fibras podem diminuir e se tornarem músculos imobilizados, o que, cientificamente, a gente chama de atrofia por desuso. A maior parte do interior da fibra muscular está ocupada por miofibrilas de 1 a 2μm de diâmetro. Cada fibra pode conter, desde várias centenas, até muitos milhares de miofibrilas. Por sua vez, cada miofibrila apresenta cerca de 1500 filamentos de miosina e 3000 de actina, dispostos lado a lado. Em cortes longitudinais pode ser observada a estriação transversal tão característica das miofibrilas. Esta estriação é devida à presença dos sarcômeros que contém os filamentos de actina e de miosina, que são as duas principais proteínas responsáveis pela contração do músculo. Cada fibra muscular isolada, cada fascículo e cada músculo no seu conjunto, estão revestidos por tecido conjuntivo (fáscia muscular – esqueleto conectival). ➢ EN DOMÍ SI O : é um fino revestimento de tecido conjuntivo que penetra no interior de cada fascículo e separa as fibras musculares individuais de seus vizinhos. ➢ PER I MÍSI O : circunda grupos de 10 a 100 ou mais fibras musculares individuais, separando-as em feixes chamados fascículos. Os fascículos podem ser vistos a olho nu. ➢ EPI MÍ SI O : é a camada mais externa de tecido conjuntivo, circunda todo o músculo. Esses envoltórios servem para reunir as unidades contráteis, os grupos de unidades, para integrar a sua ação e permitir, ainda, um certo grau de liberdade de movimentos entre elas. Deste modo, ainda que as fibras se encontrem extremamente compactadas, cada uma é relativamente independente das restantes e cada fascículo pode movimentar-se independentemente dos vizinhos. P1/UC1 – UNIT – ALAGOAS MEC ÂN IC A MUSC UL AR A contração do ventre muscular vai produzir um trabalho mecânico, em geral representado pelo deslocamento de um segmento do corpo. Ao contrair-se o ventre muscular, há um encurtamento do comprimento do músculo e consequente deslocamento da peça esquelética. ➢ CONTRAÇÃO CONCÊNTRICA: o músculo se encurta e traciona outra estrutura, como um tendão, reduzindo o ângulo de uma articulação. Ex: ao realizar extensão do quadril pela contração do músculo quadríceps femoral. ➢ CONTRAÇÃO EXCÊNTRICA: quando aumenta o comprimento total do músculo durante a contração. Ex: no mesmo exemplo, é o retorno da contração do quadríceps até o estado de relaxamento, onde este músculo contrai-se lentamente para segurar a volta do movimento. ➢ CONTRAÇÃO ISOMÉTRICA: serve para estabilizar as articulações enquanto outras são movidas, ou para sustentar um objeto em uma determinada posição no ar. Gera tensão muscular sem realizar movimentos. É responsável pela postura e sustentação de objetos em posição fixa. Ex: se na contração do primeiro exemplo, o indivíduo parar no meio do movimento, sustentando o peso. N UT RI Ç ÃO E IN ER VAÇ ÃO ➢ Os músculos tipo I possuem pedículo vascular único que supre o ventre muscular. Tensor da fáscia lata. ➢ Os músculos tipos II são servidos por pedículo vascular dominante único e vários pedículos menores, e podem ser sustentados com um pedículo secundário, bem como o dominante. Grácil. ➢ Os músculos tipo III são supridos por dois pedículos dominantes separados, cada um de uma artéria fonte diferente. Glúteo máximo. ➢ Os músculos tipo IV possuem múltiplos pequenos pedículos, os quais, isoladamente, não são capazes de suportar o músculo inteiro. Sartório. ➢ Os músculos tipo V têm pedículo vascular dominante e múltiplos pedículos segmentares. Latíssimo do dorso. O recrutamento de fibras musculares acontece da seguinte forma: 1° As fibras musculares lentas são as primeiras a serem recrutadas, independente da intensidade requerida pela atividade física; 2° Se houver necessidade de fornecimento rápido de energia e grande potência de contração, as fibras rápidas (IIa e IIb) entram em ação; 3° Se o movimento continuar, as fibras de contração rápida entram logo em fadiga (acabam os estoques de fosfocreatina e acumula ácido lático). As de contração lenta então é que ficam responsáveis por fornecer energia para manter a atividade muscular. P1/UC1 – UNIT – ALAGOAS
Compartilhar