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10 Pré-cálculo A×B = {(1, 2), (1, 3), (1, 4), (1, 6), (2, 2), (2, 3), (2, 4), (2, 6), (3, 2), (3, 3), (3, 4), (3, 6), (4, 2), (4, 3), (4, 4), (4, 6), (5, 2), (5, 3), (5, 4), (5, 6)} Figura 1.1: Produto cartesiano dos conjuntos A e B. 1.2 Cardinalidade de conjuntos A cardinalidade de um conjunto A qualquer é o número de elementos deste conjunto, e pode ser denotada por n(A), |A| ou #A. Note que: n(∅) = #∅ = 0. É importante observar que, dados quaisquer conjuntos A e B: A cardinalidade da união de A e B é dada por: #(A ∪B) = #A+ #B −#(A ∩B). (1.4) Esta fórmula irá nos ajudar a resolver muitos problemas de teoria de conjuntos. 1.3 Conjunto das partes Dado um conjunto A, o conjunto das partes de A, denotado por P(A), é o conjunto de todos os subconjuntos de A, ou seja, P(A) = {X | X é um subconjunto de A} . (1.5) Dado um conjunto A qualquer, precisamos �car atentos a duas coisas: Licença CC BY-SA-4.0. Contato: reamat@ufrgs.br https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0/ reamat@ufrgs.br 1.3. CONJUNTO DAS PARTES 11 � O conjunto ∅ sempre está no conjunto das partes de A, pois ∅ ⊂ A; � O conjunto A sempre está no conjunto das partes de A, pois A ⊂ A. Portanto, ∅ ∈P(A) e A ∈P(A). Exemplo 1.3.1. Se considerarmos o conjunto A = {a, b, c}, teremos pela de�nição acima que o conjuntos das partes de A é: P(A) = {∅, {a}, {b}, {c}, {a, b}, {a, c}, {b, c}, {a, b, c}} . (1.6) E como sabemos se este conjunto acima contém, de fato, todos os subconjun- tos do conjunto A? Podemos veri�car isso utilizando a seguinte propriedade do conjunto das partes: Proposição 1.3.1. Se o conjunto A tem n elementos, então P(A) tem 2n ele- mentos. Ou seja: #A = n ⇒ #P(A) = 2n . (1.7) Demonstração: Nesta demonstração utilizaremos o princípio fundamental da contagem para contar quantos subconjuntos um conjunto A com n elementos tem. Para começar, considere um subconjunto B qualquer de A. Observe que para cada um dos n elementos de A, só existem duas possibilidades: � Ou o elemento pertence ao subconjunto B; � Ou o elemento não pertence ao subconjunto B. Logo, pelo princípio fundamental da contagem, nós podemos montar o conjunto B de 2 · 2 · 2 · · · 2︸ ︷︷ ︸ nvezes = 2n (1.8) maneiras diferentes. Portanto, há 2n subconjuntos de A em P(A). No Exemplo 1.3.1, temos que #A = 3. Logo, aplicando esta propriedade, obtemos que #P(A) = 23 = 8, que é exatamente a quantidade de elementos que listamos no conjunto P(A). Podemos com isso concluir que estes são todos os subconjuntos do conjunto A que existem, isto é, o conjunto P(A) está completo. Licença CC BY-SA-4.0. Contato: reamat@ufrgs.br https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0/ reamat@ufrgs.br 12 Pré-cálculo 1.4 Propriedades das operações entre conjuntos Dada uma família A de conjuntos, ou seja, dado um conjunto A de conjuntos, temos: � União de todos os conjuntos que são elementos de A :⋃ A∈A A = {x | x ∈ A para algum A ∈ A } (1.9) � Interseção de todos os conjuntos que são elementos de A :⋂ A∈A A = {x | x ∈ A para todo A ∈ A } (1.10) Proposição 1.4.1. Sejam A, B e C conjunto arbitrários, temos que: � ∅ ⊂ A � A ∪ ∅ = A e A ∩ ∅ = ∅ � A ∩ (B ∪ C) = (A ∩B) ∪ (A ∩ C) � A ∪ (B ∩ C) = (A ∪ C) ∩ (A ∪ C) � A− (B ∪ C) = (A−B) ∩ (A− C) (lei de De Morgan) � A− (B ∩ C) = (A−B) ∪ (A− C) (lei de De Morgan) � ⋂ α∈J(Aα ∩B) = ( ⋂ α∈J Aα) ∩B (A1 ∩B) ∩ · · · ∩ (An ∩B) = (A1 ∩ · · · ∩ An) ∩B (1.11) � ⋃ α∈J(Aα ∩B) = ( ⋃ α∈J Aα) ∩B (A1 ∩B) ∪ · · · ∪ (An ∩B) = (A1 ∪ · · · ∪ An) ∩B (1.12) � (U × V ) ∩ (A×B) = (U ∩ A)× (V ∩B) � X − ⋂ α∈J Aα = ⋃ α∈J(X − Aα) � X − ⋃n i=1Ai = ⋂n i=1(X − Ai) Licença CC BY-SA-4.0. Contato: reamat@ufrgs.br https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0/ reamat@ufrgs.br I Aritmética Básica Teoria de conjuntos Cardinalidade de conjuntos Conjunto das partes Propriedades das operações entre conjuntos
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