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CADERNO Prótese parcial fixa A prótese dental é a ciência e a arte que proporciona substitutos adequados paras as porções coronárias de um ou mais dentes naturais perdidos e também as partes circunvizinhas com a finalidade de restaurar a função mastigatória, forma, estética e consequentemente o conforto e a saúde do paciente. As restaurações indiretas têm aproximação da prótese fixa, podem ser indiretas (mais dentística) parciais, coroas totais ou pontes. O paciente tem que ser ouvido quando a gente propõe um tratamento, explicando custos, prós e contras. Muitas vezes a restauração indireta é o mais adequado, mas se o paciente não tem condições financeiras ou quer uma resolução mais rápida opta por restauração direta. Em alguns casos é recomendado a restauração direta, mas o paciente relata que as restaurações descolam ou não dão certo e tem a preferência por algo mais duradouro, realiza-se então uma indireta. quando temos todos os pontos de contato entre os dentes vizinhos, mantêm esses dentes em posição adequada e em contato oclusal. quando perdemos um elemento, ocorrem migrações (mais comum o antagonista) desses dentes, a falta de suporte leva a isso e gera uma dificuldade mastigatória, toques dentários imprevistos e problemas na oclusão do paciente. existem diferentes tipos de substituições, coroa total com núcleo ou sem núcleo (depende se foi realizado endodontia ou não), quando se perde todo o elemento usa-se implante ou ponte fixa. ponte: é onde se faz a substituição de um dente usando dois dentes vizinhos para segurar; na ponte fixa se prepara dois dentes vizinhos para segurar a prótese. Sempre ouvir as necessidades do paciente. Ter conhecimento de periodontia, oclusão, para conduzir corretamente o tratamento. Conhecimento de endodontia é necessário, sempre prestar atenção na endodontia, se tem sintomas ou não, se tem lesão, para depois não perder todo trabalho já feito. Cuidar sempre as radiografias, para ver se nesses espaços edentados existem lesões ou não. PRÓTESE PARCIAL FIXA PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL: quando se perde muitos dentes parcialmente dentado devolve em um único aparelho diversos dentes composta de resina acrílica e metal. pode ser removida da boca sempre que paciente precisar. suportada por dentes (grampo/metal) e mucosa que é feita em resina rosa para substituir os dentes. PRÓTESE FIXA SOBRE IMPLANTE: pode reabilitar desde uma única coroa até todos os dentes desse paciente. peças protéticas fixadas em implantes de titânio. repõe perdas dentárias unitárias ou múltiplas. PRÓTESE TOTAL: quando perde todos os dentes. aparelho protético suportado pela mucosa. repõe (preenchendo o espaço) perdas dentárias, ósseas e mucosas repõe a arcada toda em uma única peça. feito totalmente em resina acrílica (base e dentes). Prótese parcial fixa/ restaurações indiretas coroa parcial: inlay (não cobre cúspide), onlay cerâmica ou resina composta polimerizada em laboratório coroa total: existe um preparo total do remanescente e a coroa vem recobrindo todo esse elemento. a desvantagem é ter maior remoção da estrutura dentária (63-73%). quando ocorre perda de uma ou duas peças dentárias. 3 elementos no mínimo. são duas restaurações extra coronárias unidas ao dente artificial (pôntico) que fica suspenso por conectores rígidos. o dente que falta fica “pendurado”. prepara os dentes vizinhos semelhante ao preparo para coroa unitária; dentes funcionam como pilares nas extremidades do espaço dentado. precisa de coroas totais para fazer a retenção nos dentes vizinhos. o dente onde cimentamos os retentores chamamos de dentes pilares e devem ser preparados de forma mais adequada com mínimo de desgaste mas máxima fixação. quando se perde quase toda estrutura dental, dente já tem endodontia, indica-se coroa total com retenção de núcleo. pode ser metalo cerâmica ou resina acrílica (provisória), só em metal ou só em cerâmica; pode também ser misto, um dente de metal, outro de cerâmica... na tentativa de manter o dente natural pode-se usar retentores menos destrutivos da coroa dental mas Introdução e diagnóstico em PPF devem ser usadas de forma provisória, pois essas restaurações não têm resistência para serem usadas como retentores de próteses.. em alguns casos onde não há muita destruição de dentes vizinhos, pode-se pensar em fazer uma coroa total sobre implante ao invés de uma ponte fixa. restaurações parciais proporcionam retenção moderada podem ser usadas como retentor de uma prótese parcial fixa de pequena extensão. “Os IRFDPs (Inlay retained fixed dental prostheses) podem ser recomendados como alternativas minimamente invasivas viáveis a curto prazo. Exibiram uma taxa de sobrevida aceitável de 3 anos, mas taxas mais altas de complicações de descolagem e fratura de cobertura. O uso de IRFDPs devem ser estritamente controlado e monitorado.” J. Chen e cols 2017 Ausência de mobilidade, tecidos circundantes saudáveis, tratamento endodôntico bem feito e sem lesão, dente assintomático, qualidade dos dentes pilares. Condições dos dentes pilares relação coroa/raiz; configuração da raiz, área de ligamento periodontal, inclinação dos pilares. dentes pilares devem ser capazes de suportar as forças mastigatórias exercidas no dente artificial (pôntico) para isso deseja-se que esses dentes retentores sejam vitais, com os tecidos circundantes sadios e com ausência de mobilidade. também é possível utilizar como pilar de uma ponte fixa dentes tratados endodonticamente, desde que esse tratamento seja bem vedado e o dente esteja assintomático. coroa: toda parte do dente que está acima da crista óssea. ideal seria uma relação de 2/3, coroa menor que a raiz. é aceito até uma relação de 1/1 se a coroa for muito grande a força de alavanca vai ser maior para essa raiz. se tivermos 3/2, nessa situação só poderia ser usada de pilar de prótese se tivermos na arcada antagonista uma prótese total, fixa ou parcial removível (força mastigatória menor) ou dentes naturais que apresentam mobilidade (mas sem doença periodontal). é preferível mais alongada no sentido V-L quando se trata de implantação dentária. é um pilar preferível. se fosse extrair por exemplo, a exodontia é mais fácil quando a raíz é arredondada. multirradiculares: o mais difícil de extrair é o que tem as raízes bem separadas, ou seja, melhor pilar. quando as raízes estão mais fusionadas é ruim. Conclusão: melhor para extrair, pior pilar; o ideal inverso também ocorre. 2 pilares sustentam até 2 pônticos. Lei de ANTE: a área das raízes dos dentes pilares deve ser igual ou superior a área das raízes dos dentes que serão substituídos. Se perde 1ºPM e 2ºPM e 1ºM, se tivesse que substituir isso por uma ponte fixa, a soma da área desses 3 dentes deveria ser igual ou menor a soma da área do canino e do segundo molar; caso não, não sustenta a carga mastigatória. Ex: C + 2º M: 694 1º PM + 2º PM + 1ºM: 818 ICS ILS CS 1º PMS 2º PMS 1º MS 2º MS ICI ILI CI 1º PMI 2º PMI 1º MI 2º MI o paciente perdeu todos os M e tem só os PM, a soma da área do LP dos PM é 387, e o 1ºM tem 431 de área, não temos a garantia da lei de ante que eles vão conseguir suportar a carga de 1ºM. para que dê certo precisamos mudar a mesa oclusal de um molar para um PM e aí fica semelhante em carga ao 2ºPM e ainda temos que usar o 1ºPM para estabilizar e que ocorra neutralização do movimento. porém explicar ao paciente que as chances de insucesso são grandes. 2 dentes são muito superiores em relação a área do que um pôntico, mas quando comparamos dois pilares e dois pônticos fica dentro ou próximo dolimite de suporte. quando precisa substituir 3 dentes (pônticos) é inaceitável, foge o limite do axiôma da lei de anton. se tiver dentro do axiôma está ok, mais chances de sucesso. Situação ideal: 2 dentes pilares e 1 pôntico. Situação possível: 2 dentes pilares e 2 pônticos na região posterior. Situação possível: 2 dentes pilares e 4 pônticos na região anterior. Situação arriscada: 2 dentes pilares e 3 ou mias pônticos. Prótese em Catilever (prótese de balanço): dente reposto suspenso com apoio em apenas um dos lados. ideal é sempre o mais paralelamente possível na arcada e entre os dentes mesmo em dentes inclinados É impossível preparar os pilares para uma ponte fixa ao longo dos eixos longitudinais dos respectivos dentes (inclinados) e obter uma via de inserção comum. É muito comum o 2º M inclinado para o espaço do 1º M e nessa situação não conseguiria preparar os dois ficando paralelamente, dependendo é claro do grau de inclinação. É sempre o menor dente que dita a inserção da prótese; assim é difícil preparar o M na via de inserção do PM.. Pode ter invasão na região de 3º M, o que pode fazer nesse caso é preparar uma coroa parcial no 2º M, ou usar ortodontia ou ainda plastia da mesial do 3º M ou exodontia. Considerações biomecânicas quando uma ponte fixa for muito extensa, com 3 pônticos, a tendência da prótese é ficar flexível e funciona como uma barra levantando as extremidades. flexão é diretamente proporcional ao cubo do comprimento. flexão aumenta conforme aumento o número de pônticos. cerâmica funciona diferente quebra mais rápido que flexiona ESPESSURA DA PPF: ou altura do pôntico. relação inversa, se tem altura de T vou ter uma flexão X, se tiver T/2 (ou seja, pela metade) vou ter flexão de 8X. Sucesso do tratamento protético manutenção da saúde dos tecidos adjacentes. recuperar estética e função favorecendo fala, contatos com os dentes adjacentes, mantendo espaços na arcada. longevidade satisfação do paciente preparo adequado é indispensável Objetivos é no preparo que realizamos o desgaste necessário para configurar um espaço que vai ser preenchido pelo material restaurador espaço: define a resistência estrutural e a estética (pois o material restaurador são translúcidos e quanto menos, mais natural fica. através do preparo que se tem uma via de inserção para restauração mecânica: retenção e estabilidade preparo é determinante para manutenção da saúde dos tecidos periodontais e pulpar. mais focado em coroas metalocerâmicas, mas podem ser aplicados para qualquer tipo de restaurações (o que muda de cada material é o requisito de espessura). Retenção característica do preparo que o permite resistir (juntamente) com o cimento, às forças de tração que tendem a deslocar a restauração no sentido do longo eixo da coroa. essa resistência se dá principalmente pela retenção friccional contato mínimo mas que deve existir, entre as paredes do dente preparado e da restauração e acontece principalmente no terço cervical. É isso que resiste ao deslocamento, bastante importante para retenção mecânica principalmente para coroas metalocerâmicas, já que o metal não se adere aos cimentos. relacionado com a área de contato do preparo com a restauração dentes com maior volume vão ter mais retenção friccional. se comparar dentes com mesma altura e mesmo grau de conicidade. Quanto maior área de contato, mais pontos de contato e mais fricção/atrito entre preparo e restauração. Os que têm maior circunferência das paredes axiais são os que dão uma retenção maior, que no caso seriam os molares. relacionada com a área de contato em coroas e preparos muito curtos, pode-se estender subgengivalmente o preparo, ganhando cerca 0,5mm, podendo optar também por um para o preparo ter altura adequada e retenção. Os de maior altura apresenta maior retenção. relação de inclinação determina conicidade do preparo. grau de conicidade adequada é aquele que permite remover manualmente as coroas durante as provas e que permite cimentação em que os excessos de cimento possam fluir nas margens permitindo um assentamento adequado. Quanto mais inclinadas as paredes, maior a conicidade ou a expulsividade do preparo menor retenção. preparo muito expulsivo/cônico: na prova em arcada superior fica caindo; provisório cai entre as sessões coroa definitiva com grande chance de descimentar. preparo com paralelismo exagerado (aspecto quadrado): dificulta a remoção e inserção das coroas provisórias e definitivas e também a cimentação. O ideal é um pequeno grau de conicidade, permitindo correta adaptação e remoção das coroas nas etapas clínicas. Obs: brocas tronco cônicas usadas no preparo apresentam um grau de conicidade de 7° que no preparo nos dão uma conicidade ideal cuidar para não inclinar muito essa broca e manter nesse grau de expulsividade suficiente. grau de conicidade ideal é de 16° para uma altura normal. preparos longos: quando aumentamos a altura (retenção aumenta) podemos ter maior conicidade (20°). preparos curtos: precisam ser menos expulsivos, tendendo ao paralelismo para ter adequada retenção 6°). Quanto mais curto o preparo, menos inclinação pode dar pior cenário: preparo curto e cônico. acabamento com brocas de granulação média em baixa rotação (micro-motor a ¼ da velocidade) ou com pontas F em alta rotação. término cervical o mais liso possível. Micro retenções: auxiliam no embricamento do cimento. Não precisa polir excessivamente o preparo para não tirar essas micro retenções. Princípios biomecânicos - dos preparos protéticos - A forma de resistência do preparo deve impedir a movimentação da coroa quando esta e ́ submetida a ̀ ação de forças laterais (seta) que tendem a movimentá-la em torno do fulcro. A ação do cimento interposto entre as superfícies do dente e a coroa do lado oposto, auxiliada pelo paralelismo das paredes no terço mediocervical, evitara ́ a movimentação da coroa. (B) (C) Para impedir o deslocamento da coroa, a largura do dente preparado tem que ser no mínimo igual a ̀ sua altura. Estas figuras mostram o dente preparado com altura menor que o da primeira imagem (A). Entretanto, como a largura e ́ semelhante a ̀ altura, e a inclinação das paredes oferece forma de resistência, a coroa é impedida de se movimentar (C). (D) (E) Dente preparado com coroa curta e inclinação acentuada das paredes. A ausência da área de resistência não impedira ́ a rotação da coroa quando for submetida às forças laterais. (F) Nesses casos, a presença de canaletas compensará as deficiências do preparo, minimizando a tendência de rotação da coroa. Estabilidade característica do preparo que o permite resistir, juntamente com o cimento, às forças oblíquas que tendem a deslocar a restauração durante a mastigação ou movimentos excursivos. movimento de gota: durante os movimentos de lateralidade e protrusão; faz com que a restauração tende a girar em torno de um ponto de fulcro, que fica perto da força aplicada, se deslocando da parede oposta o que impede esse deslocamento é o contato entre a restauração e a parede do preparo. áreas de resistência para impedir o deslocamento zona Z do preparo Zona Z x conicidade: quanto mais cônico, menor, menor retenção, mais fácil de deslocar. se o preparo tem altura adequada e menor convergência das paredes, menor conicidade, quando a restauração tende a girar ela é impedida porque toca nas paredes do preparo e não desloca. Quanto mais alta e mais paralela for a parede com a oposta, maior a estabilidade conferida pelo preparo, mais difícil se deslocar. parede curtaou muito inclinada tem maior risco de descolamento. Resistência estrutural característica do preparo que permite a restauração espessura suficiente para resistir à fratura ou deflexão frente às forças mastigatórias ou parafuncionais espessura conferida pelo preparo; para ter resistência tem que ter espessura. espessura depende do material usado. precisa atenção na espessura para ter resultado estético aceitável, uma vez que se deve mascarar o metal. 3 camadas de materiais: porcelana mais externa que dá o efeito estético, metal mais interna e no meio cerâmica opaca que aplicada sobre o metal fica bem esbranquiçada com objetivo de bloquear a cor do metal. V: desgaste de 1,5mm para que metal e opaco consigam ter 0,3mm e porcelana 1,2mm. Incisal: 0,3 para metal e opaco e 1,5 ou mais de porcelana para que deixe passar a luz de V para L sem interferência do metal isso confere a translucidez dessa face, resultado mais natural. pouca espessura do material restaurador/pouco desgaste: fraturas e prejuízo estético. se a porcelana for fina, a restauração fica muito opaca; além do risco de fraturas (especialmente de porcelana nos sulcos e pontas de cúspides em posteriores). isso ocorre por inclinação de broca durante o preparo. Precisa-se seguir as inclinações dos planos, para conferir resistência ideal. Além disso tem que ter, espessura e espaço para o instrumento de higiene. ombro, chanfro ou chanfrete (ou lâmina de faca). ângulo arredondados entre paredes axiais e término cervical para evitar a concentração de tensões sobre o material restaurador (principalmente se for cerâmica). espessura adequada na região cervical confere resistência estrutural e do dente preparado, estética, escoamento do material de moldagem, espessura ideal., reembasamento, facilita o escoamento do cimento e melhor assentamento da restauração ao preparo. em ombro: apresenta parede cervical mais reta, ângulo interno adequado usa brocas tronco cônica com extremidade plana. (é o que diferencia do chanfro). em chanfro tem um formato de segmento de círculo entre parede axial e cervical. em chanfrete parecido com chanfro, mas com espessura de desgaste menor mais recomendado em metal ou em face lingual de restauração metalocerâmica quando o técnico não usa aplicação de cerâmica até o término da cervical, quando não envolve estética. quando inclinamos a broca cria desgaste excessivo da região cervical do preparo e cria um acinturamento, afinamento, retenção do preparo. Isso pode fraturar o preparo na cimentação ou até mesmo após a cimentação. Usar broca paralela ao longo eixo do dente e essa broca define a angulação das paredes axiais e a ponta da broca definindo o ângulo arredondado do término cervical. Preservação do complexo dentina-polpa importante manter a sensibilidade biológica do dente. Calor gerado durante o preparo, qualidade das turbinas de alta rotação e das pontas diamantadas e qualidade da dentina remanescente e permeabilidade, podem interferir na causa de danos reversíveis e irreversíveis a polpa. quanto mais perto da polpa o preparo chegar, mais risco de causar danos desgaste de 1,5 mm na V e 2mm na incisal. desgaste em dentina expõem túbulos dentinário, quanto mais perto chegar da polpa, maior vai ser o número de túbulos expostos e maior o diâmetro desses túbulos consequentemente maior comunicação dos meios externos com a polpa. Importante preservar para manter a sensibilidade do dente, por exemplo, dentes que perdem vitalidade não vão sentir o agente biológico e quando o dentista percebe uma lesão de cárie a perda já foi tão grande que não existe outra solução a extração dentária. ATITUDES PRINCIPAIS: EVITAR O SUPERAQUECIMENTO DO DENTE DURANTE O PREPARO: refrigeração abundante e brocas de boa qualidade e com boa capacidade de corte. dente vital: sempre broca nova e refrigeração abundante. brocas usadas cortam com menor capacidade o que obriga a colocar pressão na dentina para a broca cortar melhor e gera estímulos negativos na polpa e também aumenta o calor. DESGASTAR A MENOR QUANTIDADE POSSÍVEL DE DENTINA: quanto mais perto chegar da polpa maior o prejuízo. Preservação dos tecidos periodontais durante o estabelecimento do término cervical tomar cuidado para não atingir mecanicamente a gengiva marginal livre com a broca usar fios retratores que afastam a gengiva e depois de retirados, fica sub o preparo cuidar para não gerar sobrecontornos que poderiam acumular placa e trazer danos aos tecidos periodontais. SULCO GENGIVAL: mais coronário; não é aderido ao dente revestido por epitélio queratinizado região que suporta bem traumas mecânicos leves produzidos por alimentação e escovação. região que suporta bem a interface restauradora quando precisamos estender um pouco mais o preparo. cerca de 0,7mm para colocar a interface. EPITÉLIO JUNCIONAL: aderido frouxamente ao esmalte pelos desmossomos. tecido de defesa aos microrganismos a partir daqui não pode ser invadido pela interface restauradora, pois acumula placa resultando em inflamação INSERÇÃO CONJUNTIVA: fibras supracristais dá o aspecto de casca de laranja. SUPRAGENGIVAL: melhor controle dos procedimentos, melhor acesso para higienização, menor acúmulo de placa, menores riscos de recidivas de cárie e de inflamação gengival. menos estético tamanho do preparo fica reduzido compromete retenção e estabilidade SUB-GENGIVAL: não ultrapassar 0,5mm dentro do sulco gengival. melhor esteticamente: não aparece a interface dente/restauração. melhora a retenção e estabilidade pelo aumento da altura do preparo. Indicação: quando já tem restaurações, linhas de fratura, lesões de cárie com limite subgengival. tecidos gengivais constantemente inflamados. presença de bolsas periodontais. recessão gengival. Resumindo 4 cuidados principais no preparo espessura de desgaste adequada: utilização de brocas de diâmetro conhecido, evitando sobrecontorno e falta de material. localizar o término em regiões possíveis de higienização e sem invadir os espaços biológicos. boa definição do término cervical, com localização e nitidez. espessura de desgaste adequada, regular, liso, que facilita os procedimentos. proteção dos tecidos periodontais durante o preparo. subgengival quando precisarmos de um resultado estético. extremamente importante para a reprodução adequada do dente natural. espessura suficiente para porcelana recobrir e mascarar o opaco e o metal das metalocerâmicas. nas restaurações metal free também precisam de quantidade mínima de cerâmica para disfarçar a coloração do preparo dentina pode estar escurecida, pode ter núcleo.. quando tem pouco desgaste a porcelana fica reduzida e não bloqueia o opaco ou com excesso de volume da restauração gera danos aos tecidos periodontais. Para o efeito ideal da porcelana que disfarça o opaco, o desgaste tem que ser uniforme em todas as faces e ter a espessura necessária. deve estar sem inflamação e com arquitetura gengival. Prótese fixa: bases para o planejamento em reabilitação oral / Luiz Fernando Pegoraro ... [et al.]. 2. ed. São Paulo: Artes Médicas, 2013. Capitulo 3. Preparo é a etapa que consiste na redução da estrutura coronária por meio de desgaste seletivo do esmalte e da dentina desgaste não é igual em todas as faces. Objetivo é ter capacidade de ter um preparo ideal, com redução seletiva de todas as faces axiais e também na oclusal, para que a coroa reconstruída devolva a mastigação e estética do paciente. Princípios mecânicos dizem respeito a retenção e estabilidade; biológicos sobre a proteçãodo órgão pulpar e do periodonto; estético para término gengival e saúde periodontal... Formato expulsivo permite uma via de inserção adequada; se maior, mais cônico; se menor, mais paralelo. Desgaste excessivo prejudica a retenção (no sentido axial) e a estabilidade (de forças oblíquas). reduz a resistência do remanescente. pode trazer danos irreversíveis à polpa. Desgaste insuficiente deficiência estrutural da restauração (mais fina e frágil). comprometimento estético. sobrecontorno da restauração que ocasiona alterações nos tecidos periodontais (invasão do espaço biológico) na região de papila o desgaste pode ser maior, ou seja, pode ficar mais sub. Dois princípios: racionalizar a sequência e o número de pontas diamantadas usadas. Técnica da silhueta é a que usamos; tem caráter didático. preconiza sempre começar pela face mesial do dente preparar metade deixando a outra metade íntegra para acompanhar a silhueta da parte ainda não desgastada; se fosse por exemplo em molar, não teria referência se não fosse por mesial. o conhecimento do diâmetro e formato da ponta diamantada orienta o desgaste. cervical e vestibular: 1,5 mm 0,3 mm do material opaco, o restante cerâmica incisal: 2mm translucidez lingual 1,2 mm e cíngulo 0,8mm (entre 0,4 e 1mm) região de concavidade palatina não interfere na estética e resistência (a não ser que o paciente oclua ali). esférica e com diâmetro de 1,4mm. função: estabelecer o esboço do término cervical e o limite cervical inicial do preparo. de 0,5-1mm supragengival profundidade do sulco: 0,7mm (metade do diâmetro da ponta) em 45° em relação a face V ou P neste ângulo a haste trava e não permite aprofundar mais, deixando na conformação ideal. baseia-se na linha de contorno gengival: a arquitetura da canaleta acompanha a conformação da gengiva. a parte superior da ponta fica encostada na linha desse sulco para que inicialmente tenhamos 1mm supragengival. faz movimento M-D e caneta apoiada para ter firmeza e a canaleta tenha somente o tamanho da broca 1014 quanto mais conseguir entrar nas proximais melhor. quando possível e o cíngulo tiver altura suficiente faz na palatina, caso contrário vai direto para o segundo passo. Por P o término pode ser um pouco menor que 1mm em relação a margem gengival. Não mexe na concavidade palatina (por isso analisar o cíngulo). cilíndrica com extremidade ogival. faces paralelas entre si e diametro 1,2mm. possuem o mesmo diâmetro e mesmas características, o que muda é o comprimento da ponta ativa. depende do dente e da localização. 2215: mais curta 6mm; usada em dentes posteriores ou pacientes com limitação na abertura bucal. 3216: 8mm; usada mais em anteriores. funções: orientação dos planos de desgaste, realiza sulcos que orientam os planos e depois de fazer o sulco essa Técnica de preparo para coroa ponta une os mesmos. toca só na parte inferior da canaleta cervical, bem no centro da coroa e de modo paralelo PROFUNDIDADE DOS SULCOS: Vestibular: aprofunda todo o diâmetro da ponta (1,2mm); seguindo os dois planos de orientação do dente (um cérvicomedial e outro do terço médio até o incisal). Incisal 1,5 a 2mm: se tem mais características de luz, trabalha com mais desgaste; já se não tem muita translucidez ou tem receio do desgaste, faz menos (1,5mm). sulco incisal é feito com inclinação de 45° porque borda incisal é biselada para palatal profundidade de um diâmetro e meio. Linguocervical: paralelo à vestibular; metade do diâmetro da ponta diamantada (0,6 mm); só toca no cíngulo e um pouco afastado da margem gengival. Na palatina o sulco é bem pequeno, somente com a pontinha da broca, mantendo concavidade palatina e seguindo a vestibular. Se invade há prejuízo de retenção friccional e estabilidade. tronco cônica com extremidade afilada. diâmetro de 1,6mm (na base). função: rompe a convexidade proximal e ajuda a guiar a conicidade da parede para o preparo não ser muito expulsivo ou muito retentivo. é a etapa mais crítica e desafiadora a extremidade é muito afilada e pode fazer sulco profundo em local não desejado. proteção do dente adjacente com tira metálica pois trabalha bem próximo do ponto de contato distância mínima de 1mm entre o término do preparo e o dente vizinho, para ter espaço da acomodação da papila (anatômico). correto posicionamento da ponta para não causar dano na forma paralela ao longo eixo do dente. ponta encosta na margem inferior da canaleta (1 mm supra) e percorre de V até sair na P observar trajetória do desgaste. modificação da técnica original: faz sulco onde tá a linha em vermelha e ao invés de remover tudo de uma vez inicia da incisal e vai subindo até encostar na canaleta. o formato da broca dá leve conicidade. no manequim fica uma estreita faixa de estrutura que pode ser removida com uma sonda exploradora. No dente, essa faixa não fica porque o esmalte é muito friável. ponta diamantada 3216 ou 2215. faz a união da canaleta, de todos os sulcos vestibulares nos dois planos da face proximal e termina no cíngulo palatino. a ponta 3216 tem que poder passar na proximal sem encostar no dente vizinho. começa pela superfície do dente e vai aprofundando até chegar no fundo dos sulcos já feitos, mas ainda mantém a concavidade palatina (mas pode ocorrer um leve desgaste). ao final compara-se a metade desgastada com a íntegra. Depois que conferiu a silhueta mesial faz todos os processos na distal comparando com o lado já preparado; ou ainda, pode ser feita a silhueta palatina e depois prepara a distal. forma de pêra/chama. desgasta a concavidade palatina. impossibilita fazer sulco de orientação pelo seu formato. a referência do desgaste é a oclusão com o antagonista ver a distância entre a incisal do antagonista e a palatina do dente preparado. profundidade do desgaste varia conforme material. metal: 0,6mm; metalocerâmica: 1-1,2mm; cerâmica pura (metal free): 1mm. a concavidade ainda se mantém em partes na palatina e a silhueta se mantém igual à do dente íntegro. preparo ainda é todo supragengival. As cristas marginais e os acidentes anatômicos dos dentes não são reproduzidas no preparo uma vez que deixariam menor espaço para o material restaurador. parte mais crítica do preparo pois trabalha na terminação cervical, a qual confere melhor adaptação à peça. é o mais comum e mais fácil de adaptar a todos os materiais. junção entre o térmico e as paredes axiais (V/PROX/P) é um segmento de círculo chanfro. menor na face L/P. VANTAGENS: a espessura do material restaurador fica adequada. facilidade de adaptação da peça (não tem ângulos). melhor escoamento de materiais de moldagem e do agente cimentante. tronco cônicas com extremidade arredondada. são iguais mas com diâmetros diferentes. também fazem o preparo subgengival. ponta ativa de 11mm diâmetro 1,8mm; mais estreita (pode começar com esta e terminar com a 3139). ponta ativa de 6mm base um pouco menor 1,6mm mias curta, usada em anterior e pacientes com limitação de abertura bucal. tem ponta ativa de 8mm, diâmetro maior de 2,1mm útil em faces livres; confere uma regularidade melhor. O próprio formato dessas pontas finaliza o preparo com adequado grau de expulsividade. A lateral trabalha nas superfícies axiais fazendo o que chamamos de desgaste axial compensatório e termino cervical em chanfro. intrasulcular em anteriores profundidade de 0,5-1mm dentro do sulco. seguindo os conceitos de distâncias biológicas não pode invadir distancia biológica pois conferiria prejuízos biológico, estéticoe inflamação na região. inicia com a ponta 3216. término cervical é mais amplo na V. sulco gengival tem 0,2-0,8mm; epitélio juncional 0,9-1,5mm e inserção conjuntiva 0,9-1,5mm; assim trabalhamos apenas dentro do sulco. uma maneira segura é colocar fios retratores que afasta o sulco; se a broca encostar não tem problema, mas com fio é mais fácil ver o tamanho do preparo. Sempre que se desgasta um plano na V, trabalha em outra, sempre nos dois planos vestibulares. Por palatina pode ficar um pouco supra pois é melhor para a higiene do paciente. com as pontas de granulação mais finas F. 4138 F: trono cônica com extremidade arredondada 3139 F: cônica com extremidade inativa arredonda ângulos vivos e elimina áreas de esmalte sem suporte ou irregularidades que possam ter permanecido na região do término cervical. verifica-se com sonda exploradora se esses objetivos foram atingidos. Técnica no Canino Confecção da canaleta cervical Confecção dos sulcos de orientação: no meio da face V em direção à incisal; como a ponta da cúspide do canino é deslocada para a mesial, corrige esta inclincação deslocando o sulco para a distal sulco bem no meio, só na ponta que é deslocado segunda inclinação é mais acentuada que nos outros dentes. sulco incisal: 2mm; 30º em direção ao palato entra 1,5 ponta. não faz a canaleta cervical do cíngulo, só um sulco, sem invadir a área de concavidade palatina metade do diâmetro da broca (paralela ao sulco vestibular da região cervical). Rompe a convexidade proximal: desgasta de incisal para cervical. Na cavidade oral a visão direta não é tão clara e bastante dificultada em região posterior. a limitação da abertura bucal do paciente impede a orientação correta da broca. bochechas, saliva e língua dificultam a visualização total do preparo, além de que essas estruturas tem que ser protegidas durante o preparo. desgaste demais problemas pulpares. término cervical prejudica periodonto. Quantidade de desgaste Conforme a coroa que vai ser colocada, para metalo cerâmica: face V: 1,2 a 1,5mm face P: 1,2 a 1,5mm e 0,7 na região cervical. face O: 2mm Técnica da silhueta significa perfil, contorno ou vista lateral. em caráter eminentemente, se propõe a orientar o aluno a preparar dentes com finalidade protética de forma a preencher satisfatoriamente os princípios biomecânicos envolvidos, ajudando o mesmo a executar e entender a necessidade das diferentes inclinações pois é possível a visualização antecipada do preparo. objetivos: racionalizar a sequência de preparo e das brocas utilizados assim se obtém a simplificação dos procedimentos de preparo. vê a metade do dente desgastada em comparação com a não desgastada. propiciar NOÇÃO REAL da quantidade de dente desgastado, pois ao comparar o desgaste da metade mesial do dente preservando a outra metade para avaliação. controle da espessura e forma do preparo, através do conhecimento do diâmetro e forma específica das pontas diamantadas 63-73% da estrutura do dente deve ser removida. Dente 16 2 cúspides vestibulares com tamanho igual MV mais longa que a DV devido a curva de Spee. 2 cúspides linguais sendo a MP>DP Tubérculo de Carabelli (MP) unindo as cúspides MP e DV tem uma ponte de esmalte nos 1º MS precisa antes de tudo remover o Tubérculo de Carabelli; pode ser com uma 3216 deixa a face palatal lisa. com uma 1014 (diâmetro de 1,4mm). seguindo o contorno gengival (1mm supra), faz a canaleta pela vestibular acompanhando o início das proximais, depois faz na lingual/palatina em posteriores a face é ampla, permitindo fazer essa canaleta. broca inclinada em 45° da haste em relação a face vestibular essa inclinação é o que limita o aprofundamento da broca (0,7mm), evitando um desgaste excessivo; a haste toca o dente limitando o aprofundamento. nos 1º PMI se tem uma cúspide mais afilada, assim geralmente não se faz essa canaleta por lingual. EXISTE OUTRA TÉCNICA QUE TAMBÉM DÁ CERTO, SEM A BROCA 1014: marca com grafite no local que faria a canaleta cervical e com a 2316 ou 2215, marca o primeiro sulco de orientação vestibular/oclusal e lingual. Com a 3216 ou 2215 1,2 mm profundidade do sulco é todo diâmetro da broca. entre as duas cúspides. na linha inferior da canaleta cervical a ponta entra todo o diâmetro seguindo as duas inclinações (terço médio cervical e terço médio oclusal). na técnica sem a canaleta cervical não realiza dois sulcos de orientação na V. 0,6mm (metade do diâmetro da ponta diamantada) mais conservador porque tem menos exigências estéticas. na face palatina o sulco que divide as cúspides é bem demarcado, assim faz o sulco de orientação bem no meio da MP, também demarcando o bordo inferior da canaleta. faz uma marcação do trajeto na face vestibular, lingual e oclusal, numa linha paralela ao sulco central da mesial se atentar que ao contrário dos dentes anteriores, a porção vestíbulo palatino é mais larga e maior para oclusal 3195: ponta diamantada cônica com extremidade afilada. importante usar matriz metálica nos dentes vizinhos. com a 3195 faz um leve aprofundamento em cima da linha vestibular, de modo que a broca esteja vertical e paralela ao sulco de orientação; faz o caminho de vestibular oara palatina trabalha mais com a ponta da broca e sempre de modo paralelo. quando a broca fez todo trajeto totalmente, criando uma fatia entre o preparo e o vizinho, com uma sonda exploradora força essa fatia para ela fraturar e ser eliminada. a finalidade deste passo é criar espaço para realização do desgaste definitivo com a 3216. Resultado: desgastes proximais paralelos entre si, paralelo aos sulcos de orientação vestibular e lingual e 1mm do término cervical do dente vizinho (a fim de acomodar a papila interproximal). ponta diamantada 3216 ou 2215. referência de profundidade é a canaleta cervical. faz a união da canaleta, de todos os sulcos vestibulares e palatinos, seguindo os planos e inclinações das faces. a ponta 3216 tem que poder passar na proximal sem encostar no dente vizinho, arredondando os ângulos. ao final compara-se a metade desgastada com a íntegra. espelha oque fez na mesial, na distal. distal é um pouco mais curta no sentido cérvico-oclusal devido a Curva de Spee. segue as vertentes das cúspides. usa a 3216 ou 2215. 1,5-2mm: usa toda profundidade de diâmetro das brocas, mas cuidar a inclinação desgaste tem que seguir inclinação das cúspides, se fizer reto falta espaço para o material restaurador na região do sulco principal. em dentes curtos pode-se desgastar menos para evitar perder mais a retenção, assim pode-se trabalhar em 1,5mm ou faz ACC (quando indicado). Vertentes triturantes convergem para o sulco central assim precisa ser bem demarcado e inclinado esses sulcos e vertentes. fica com duas cúspides vestibulares livres e 1 palatina funcional na palatina ocorrerá união das cúspides DP e MP. com a broca paralela à vertente, faz sulcos de orientação das arestas longitudinais das três cúspides em cada cúspide vestibular (inclinados) e um palatino (mais plano); com profundidade de 1,5 broca, seguindo a inclinação e convergência normal depois faz a marcação no sulco central passa bem perpendicular de proximal a proximal aprofundando esse sulco. Resultado: face vestibular fica com aspecto de letra “m”, com cada cúspide ficando com uma vertente mesial e outra distal. A face palatina fica com apenas uma vertente mesial e outra distal (mais ampla pois engloba a cúspide DP) desgasta cada vertente de cada cúspide seguindo o desenhode cada face, e depois retoca a segunda inclinação da face vestibular e palatina. aumenta a segunda inclinação da V e P para não ocluir errado direciona a oclusão para o sulco central, não para a ponta da cúspide. cuidar pois as proximais do sulco central não podem ser retas, sendo necessário aprofundar a crista marginal proximal uma vez que a oclusão é entre 1 dente contra 2. pelo sulco central rompe a proximal de forma sutil. Fica com duas cúspides vestibulares funcionais e 2 palatinas livres. se faz um sulco na aresta de cada cúspide: DV, DL, MV e ML. em chanfrado ou chanfro: a junção das paredes axiais com a gengival em forma de segmento de círculo. com 4138, 2136 ou 3139. por ser tronco cônica também faz o desgaste compensatório (de 2 a 5° pela forma da ponta diamantada das paredes axiais em direção a oclusal) enquanto a ponta trabalha o término cervical. no momento que muda o desgaste do plano mais cervical volta ao segundo plano na segunda inclinação e faz desgaste, para que o desgaste do preparo fique harmônico. bisel: transforma uma linha em área na transição entre oclusal e palatal. recorte em 45° na ponta da cúspide funcional (cúspide de contenção cêntrica): participa ativamente no ciclo mastigatório cúspides V inferiores e P superiores. pontas diamantadas: 3139 F e 4138 F. seguir a anatomia das cúspides. Aumenta a resistência estrutural pela maior espessura de material restaurador nesta cúspide funcional. brocas F: possuem pequenos grânulos de diamante e proporcionam alisamento de superfície. 3139F ou 4138F usadas em baixa rotação ou aperta menos o pedal. arredonda todas as arestas formadas e eliminando áreas de esmalte sem suporte ou irregularidades que possam ter permanecido na região cervical. facilita as demais etapas para a restauração definitiva. Sempre nos dois planos da vestibular e da palatina, além do bisel nas cúspides funcionais. Prótese fixa: bases para o planejamento em reabilitação oral / Luiz Fernando Pegoraro ... [et al.]. 2. ed. São Paulo: Artes Médicas, 2013. Capitulo 3. Conceito Durante o período entre a realização do preparo dentário e a cimentação da restauração definitiva, o dente deve ser protegido por uma restauração provisória, a qual é muito importante para sucesso e longevidade da definitiva. Vantagens tempo clínico: é relativamente longo entre o preparo e a cimentação. higiene oral do paciente. elemento de diagnóstico: forma e contorno; oclusão e dimensão vertical; fonética, estética e autoestima (principalmente); quantidade e qualidade do periodonto de inserção; motivação para promover longevidade para essa restauração; número e posicionamento dos dentes pilares. Muitas vezes parece ser tão desfavorável que o pilar pode parecer não ser aproveitado e deve fazer a exo, mas quando instalamos a provisória com tudo correto, preenchendo os requisitos, podemos mudar o planejamento e apostar nesses pilares que até então eram desfavoráveis. Desvantagens principalmente pelo longo tempo em boca, como em casos mais complexos (ex: necessidade de cirurgia periodontal). fraturas ao longo do período: pelas sucessivas remoções e inserções dessa restauração durante as provas podem ocorrer fraturas nos bordos, áreas de conexão. principalmente em pacientes com hábitos parafuncionais. resposta periodontal desfavorável: pelas características do material (a resina acrílica fotopolimerizável apresenta superfície porosa que facilita acúmulo de biofilme). mudança na cor. custo adicional no tratamento. Relação profissional paciente Tratamento provisório exige confiança mútua entre profissional e paciente, com uma relação de respeito, objetivando desenvolver a segurança do paciente na escolha do profissional. DESLOCAMENTO E/OU QUEDAS CONSTANTES DO PROVISÓRIO: para evitar deve-se equilibrar oclusão cuidar a relação da restauração com comprimento da coroa evitar deixar o preparo muito cônico (expulsivo)... SENSIBILIDADE DENTINÁRIA.: fratura na margem da restauração: algum desajuste pode solubilizar o agente cimentante provisória e o paciente passa a ter sensibilidade. cuidar o calor gerado no ato de preparo e deixar as margens bem adaptadas. CONTATO PROXIMAL INSUFICIENTE OU INADEQUADO: contato proximal evita impactação alimentar. deve ser mais para incisal e vestibular. atentar-se a higiene local. INFLAMAÇÃO GENGIVAL E SANGRAMENTO: a própria característica da resina acrílica já acumula biofilme, mas com bom acabamento e polimento é facilmente contornável. educar o paciente no hábito de higiene, escovação e higiene adequada. ESTÉTICA: forma anatômica deficiente cor incompatível.: existe limitação do material, sem muita variação de cor da resina acrílica. biológicos: proteção do órgão pulpar e dos tecidos periodontais. mecânicos: retenção e estabilidade no período de uso. estéticos: conhecer estética natural de dente e tecidos. psicológicos: autoestima e qualidade de vida dos pacientes. Todas as características que vamos colocar na definitiva tem que ter na provisória, o que muda é somente o material. Oque determina: localização, número de dentes envolvidos, tipo de biótipo periodontal, expectativa do paciente, grau de exigência do paciente. Princípios biológicos antigamente achava-se que todos os dentes que iriam ser preparados deveriam ter tratamento de canal, hoje sabe-se que manter a polpa serve como alerta para cárie, sensibilidade.. restauração provisória + agente cimentante provisório: promovem a recuperação do órgão pulpar. o agente cimentante sedativo e protetor do órgão pulpar e a restauração com margem adaptada (preparo adequado), minimizam a infiltração marginal e a sensibilidade. atentar-se a solubilização do cimento. Hidróxido de cálcio: agente cimentante de restaurações provisória, preconizado em dentes vitais. Óxido de zinco e eugenol (interfere na adaptação, e evita- se nos túbulos para ter boa adesão). Preservar a saúde do tecido gengival, sem interferência, assim, auxiliando no tratamento e recuperação do tecido alterado. Característica que promovem proteção periodontal: Princípios das restaurações provisórias ADAPTAÇÃO CERVICAL: para proteção pulpar e periodontal. a restauração fica em íntimo contato com os tecidos periodontais, qualquer desajuste cervical ou falta de adaptação às margens do preparo tem influência direta na gengiva marginal livre, principalmente considerado que muitas vezes o preparo é intrasulcular. Deve-se ter margem bem adaptada para não acumular placa e causar injúria. Além de que, não se pode ter perfil convexo na restauração. CONTORNO DA RESTAURAÇÃO: perfil de emergência, forma e extensão das ameias interproximais. avaliar esse contorno que tem relação com integridade periodontal é fundamental. Inflamação gengival decorrente da falta de espaço na ameia gengival ESPAÇO PARA AS PAPILAS: espaço para as papilas se acomodarem e os instrumentos de higiene consigam acessar para manter área livre de placa. não pode comprimir as papilas interproximais. CONTATO PROXIMAL: manter a relação de contato proximal entre os dentes, não só pelo equilíbrio mesiodistal dos dentes no arco, mas também pela impacção alimentar interfere na papila pelo trauma da impacção, principalmente nos posteriores. LISURA SUPERFICIAL: relacionado ao polimento. a restauração em resina acrílica vai ter textura, mas tem que ter acabamento e polimento que favoreçam a higiene, por mais que esse material já seja poroso. PERFIL DE EMERGÊNCIA (CONTORNO): é a forma que a restauração vai emergir/sair do sulco gengival. não pode ser muito convexo (sobrecontorno) favorece retenção debiofilme bem próximo a gengiva marginal. Perfil correto é aquele que a restauração segue contorno mais liso e plano seguindo o perfil de emergência da raiz,. e côncavo nas proximais. Subcontorno: não é tão negativo, mesmo faltando volume; prejudica mais a estética e não os tecidos periodontais. papilas estranguladas deixam um reflexo direto no tecido periodontal aspecto totalmente alterado desses tecidos. a resposta do tecido gengival é sempre proporcional às restaurações “o que elas estão afetando os tecidos?”. avalia nessa fase a colaboração do paciente, estética e fonética. as restaurações provisórias também orientam os procedimentos cirúrgicos. correto posicionamento do retalho na região cervical para cirurgias periodontais: estabelecimento da margem gengival na melhor posição estética graças a restauração provisória. necessidade de enxerto conjuntivo em áreas edêntulas: para melhorar a relação pontico e rebordo. aumento do espaço interproximal (quando tem proximidade radicular): se tem muita proximidade entre raízes, papila interproximal fica estrangulada, comprimida, assim precisa aumentar o espaço interproximal e durante a cirurgia o provisório é fundamental nesse procedimento todo. aumento de coroa clínica para melhor retenção: quando se tem coroas clinicas curtas; provisórios restabelecem padrão oclusal correto. (A) (B) Vistas mostrando desnivelamento gengival acentuado entre os dentes 13 e 21 e perda de estrutura óssea na área desdentada no sentido vestibulopalatino. (C) Vistas após a cicatrização do enxerto de conjuntivo. (D) Condicionamento do tecido gengival para melhorar a relação de contato entre os pônticos e o tecido gengival. (E) Vista após a cimentação. (F) Vista dois anos após a cimentação. RELAÇÃO CÊNTRICA independe do dentes é um posição condilar. pode ser usada para fins de diagnóstico através da montagem dos modelos no articulador. gera a restauração provisória. usa quando: envolve anterior e tem muitos elementos envolvidos; deseja-se fazer um enceramento de diagnóstico; montar em relação cêntrica e pelas características da face é usada como posição de trabalho quando não tem estabilidade oclusal entre os arcos pela ausência de vários dentes; onde tem múltiplos elementos preparados e não consigo intercuspidar esses elementos ou em segmento posterior bilateralmente. Portanto, a RC deve ser sempre usada quando existe algum tipo de patologia oclusal e/ou a MIH não apresenta estabilidade dentária suficiente para a reabilitação do paciente. MÁXIMA INTERCUSPIDAÇÃO HABITUAL (MIH) usa quando tem estabilidade oclusal, quando trabalha em um único dente, ou em poucos dentes, ou dentes do quadrante 2 e outro do 3. trabalhar nessa posição porque tenho todos os outros dentes dando estabilidade oclusal tem referência. A MIH deve sempre ser preservada nos tratamentos protéticos, desde que os dentes propiciem estabilidade oclusal e não apresentem sinais e sintomas de trauma oclusal. importante para o provisório. restauração se tocam simultaneamente. contatos oclusais tem que ser equilibrados e mantidos. vai ser responsável pela desoclusão nos movimentos laterais pelo canino ou em grupo parcial ou total e também responsável pelo movimento protrusivo. impede que os dentes posteriores entrem em contato, isso ocorrerá no final do ciclo, ou seja, durante a deglutição. princípio em que os anteriores protegem os posteriores nos movimentos excursivos e o posteriores protegem anteriores nos movimentos cêntricos é chamada de Oclusão Mutuamente Protegida. é importante desde a restauração provisória em relação com os dentes naturais. se não ajustar em guia anterior essa restauração pode cair facilmente na mastigação ainda mais com hábito parafuncional. pode ser alterada por hábitos parafuncionais ou restaurações antigas deficientes paciente pode perder altura do terço inferior da face. a diminuição da DV só ́ ocorre quando a oclusão dos dentes posteriores entra em colapso por causa de extrações, migrações e desgaste excessivo, com consequências graves aos dentes anteriores, como desgaste incisal/palatino e/ou migração para vestibular. Alterações na fonética, na tonicidade muscular, na estética e umedecimento acentuado nos ângulos da boca (queilite angular) são outros sinais sugestivos de perda da DV. se o paciente tem bruxismo, faz placa de bruxismo. é importante para a longevidade da restauração. Vistas de caso clínico com perda de DV decorrente de ausência de alguns dentes posteriores e desgaste dentário acentuado. (D) Determinação da DVR e da DVO. Observe que foi empregada uma espátula de madeira, em vez de um compasso de Willis, para registrar as marcações feitas na ponta do nariz e no mento, a fim de orientar a determinação da DVR e da DVO. A diferença encontrada entre a DVR e a DVO foi de aproximadamente 4 mm, que corresponde ao espaço funcional livre (EFL). se uma oclusão é estável e os desgastes superficiais dos dentes são compatíveis com a idade do paciente, certamente não houve perda de DV. Prótese fixa: bases para o planejamento em reabilitação oral / Luiz Fernando Pegoraro ... [et al.]. 2. ed. São Paulo: Artes Médicas, 2013. Capitulo 6. Reconstrução coronária: existem diversas situações clínicas em que nos deparamos de grandes perdas de estrutura coronária, resultantes de cáries, fraturas, restaurações prévias, tratamentos endodônticos ou a combinação de fatores. RESTAURAÇÃO DIRETA: quando houver remanescente dentário para reter restauração; em RC ou AMG. RESTAURAÇÃO INDIRETA: preparo expulsivo, arredondado; quando houver perdas dentárias que envolve uma cúspide; em metal, resina composta polimerizada fora da boca ou cerâmica pura.. Podem ser divididas em parciais ou totais (todas as cúspides). NÚCLEOS: são a reposição da estrutura coronária perdida com materiais dentários, permitindo a retenção da restauração final. Quando vamos fazer uma coroa total e não tem onde ela ficar retida, tem muito pouco remanescente (não tem um preparo adequado para receber coroa), fizemos uma ancoragem no canal radicular com pino e reconstroí o formato de uma coroa preparada. Pela literatura: 3 faces e câmara retentiva não precisa de pino. Os núcleos intrarradiculares ou de preenchimento são indicados para dentes com coroas total ou parcialmente destruídas e que necessitam de tratamento com prótese. Analise clínica e radiográfica Considerar: comprimento, forma e inclinação das raízes; forma e espessura das paredes do conduto; nível de inserção ósseas; reabsorção radicular; lesão e região de furca.. precisa-se ter conhecimento sobre a anatomia e a tendência dos canais radiculares, umas vez que as informações clínicas sobre anatomia radicular provem de radiografias periapicais, as quais sofrem distorções. ausência de lesão periapical: se tiver 5 anos sem mudança no tamanho podemos não refazer o tratamento endodôntico.. existência de canais não tratados: fazer o tratamento. DENTES TRATADOS ENDODONTICAMENTE: sempre tem perda de estrutura sadia do dente, devido ao acesso endodôntico, remoção da polpa e o preparo dos canais. a dentina pode sofrer diminuição na umidade após o tratamento endodôntico, tornando-se friável. tem maior tendência à fratura. a perda da umidade enfraquece a dentina e além disso se perde resistência pela perda de estrutura dental. abertura endodôntica: enfraquece o remanescente em 5%. restauração MOD enfraquece o remanescente em 60%. A colocação do retentor intracoronário proporciona reforço à estrutura dentária? Não, o pino só serve para promover retenção e resistência do núcleo ao preparo protético da porção coronária. Os dentes apresentam maior resistência à fratura quanto mais estrutura dentária for preservada, independentementedo sistema de pinos utilizados. quando cimentados funcionam como viga fixada em uma de suas extremidades (dentro do canal) e livre na outra parte (coronária), como se fosse uma estrutura rígida em cantilever. é fundamental para integridade do sistema .seu comportamento resistência a flexão, modulo de elasticidade, deflexão. deve apresentar rigidez estrutural suficiente para suportar a coroa protética e resistir às diferentes cargas oclusais e simultaneamente não ser rígido em demasia que favoreça a fratura radicular quando sobre tensões. deve proporcionar ao conjunto raiz/cimento/pino uma estrutura semelhante a um monobloco, isto é uma unidade única. Retentor ideal: dentina, cemento, pino semelhante a um monobloco ou seja, uma única pesa. PARA QUE ISSO OCORRA: o cimento deve aderir tanto à dentina como ao pino. o módulo de elasticidade das três estruturas (raiz/cimento/pino) devem ser iguais ou semelhantes ao da dentina (20 Gpa). assim proporcionará melhor distribuição das tensões na raiz com menor risco de fratura quando ocorrerem as ações das forças mastigatórias, mantendo o pino em posição sem fratura na estrutura dentária. o módulo de elasticidade corresponde a rigidez ou a resistência do material a deformação elástica. Quanto maior o módulo elástico, mais rígido é o material ou menor será a deformação elástica para uma mesma carga aplicada. Desenho esquemático mostrando a incidência de forças oblíquas na raiz de um dente sem remanescente coronal. A presença de uma pequena caixa no interior da raiz direciona a força mais próxima do longo eixo da raiz. Retentores muito rígidos apresentam alta resistência mecânica Núcleo intrarradiculares intrínseca, mas podem induzir a fratura radicular em cargas oblíquas. É uma das desvantagens. Quantidade de estrutura dentária remanescente o preparo do remanescente coronal vai determinar a indicação do tipo de núcleo. deve-se realizar o preparo seguindo os princípios preconizados para o tipo de restauração que será colocada: quantidade de desgaste, inclinações das paredes e tipo de término cervical. com frequência o remanescente apresenta pouca estrutura após o preparo e tem espessura muito fina na estrutura dentária em sua porção mais coronal. esse aspecto associado à forma cônica do canal radicular e as forças que atuam sobre os dentes, podem causar fratura da raiz. fica uma cunha dentro da raiz. para que isso não aconteça realizamos redução da estrutura dentinária como forma de batente, dessa forma aumenta a espessura da dentina e o núcleo realizado nessa situação não vai mais transmitir força de forma oblíqua e sim sobre esse batente. (A) Após o preparo para coroa metalocera ̂mica e a remoção do cimento da câmara pulpar, a parede vestibular ficou muito fina (B), precisando ser desgastada ate ́ a obtenção de uma estrutura dentinária com espessura suficiente para servir como base de sustentação para a porção coronal do núcleo. A extensão do pino dentro do conduto deve ser determinada somente nesta fase. efeito protetor de abraçamento que proporciona a absorção das forças oclusais pelo remanescente dentinário, minimizando sua ação no restante da raiz quantidade de dentina sadia ao redor de todo conduto sem falha em nenhuma face, isso é a férula. para deixar com esse efeito pode-se ter diferentes alturas desse remanescente entre o batente e o término cervical, nos indica o tipo de núcleo que vamos usar. altura menor de 2mm, indica núcleo metálico fundido. altura maior de 2mm os núcleos pré fabricados. entre 1 – 2mm é melhor. Estética Ppara alguns pacientes a estética é o mais importante e muitas vezes pensamos em pré-fabricados devido a exigência estética do paciente. Grupo de dentes a ser restaurado considerar a localização do dente a ser restaurado bem como a incidência de forças oclusais. dentes posteriores estão sujeitos a carga de maior intensidade que na região anterior. maior percentual de fracassos é na região maxilar anterior, isso se deve a maior incidência de forças obliquas nesses dentes. Valor estratégico do dente Dentes que serão pilares de pontes fixas e PPR terão que obedecer ao máximo todos os requisitos de retenção do pino e resistência as forças mastigatórias. CRITÉRIOS PARA PROPORCIONAR RETENÇÃO E RESISTÊNCIA NOS NÚCLEOS: comprimento, diâmetro, cônico não existe consenso. curto: deslocamento (fibra), fratura (metálico) (concentração de tensões) Ideal: 2/3 do comprimento da raiz ou pelo menos a metade da raiz inserida. alguns autores indicam que seja no mínimo igual ao comprimento da coroa clinica; outros indicam que que tenha 4mm. diâmetro do retentor: para alguns autores tem que ter entre 1mm e não ser maior que 1/3 do diâmetro da raiz. limitar o preparo do canal somente para a remoção do material obturador, porque quanto maior o desgaste da raiz mais enfraquecida ela fica. Para pinos pré-fabricados usamos broca especifica que de a forma do núcleo conforme o que formos utilizar. Um núcleo curto favorece a concentraç̧ão de estresse em determinadas áreas, causando a fratura da raiz. (D) Vista oclusal do preparo concluído. A forma ovalada do conduto é importante na estabilidade do núcleo. CILÍNDRICO OU PARALELO: maior retenção, maior desgaste. acaba não sendo o ideal e dificulta preservação da estrutura dental. quando se adapta ao término da raiz não se adapta bem a região cervical. o fulcro do pino quando ocorrem forças mastigatórias obliquas é na região cervical e precisamos que essa região tenha maior diâmetro possível do pino para garantir reforço estrutural. Para cumprir esse requisito teríamos que selecionar um pino mais volumoso, com isso não vai se adaptar ao termino; teríamos que desgastar mais essa região para se adaptar e isso poderia causar a fratura na região final da raiz. para melhorar a situação, surgiram os pinos com dupla conicidade: um cone apical, um cone intermediário e uma porção cilíndrica (na região cervical tem o maior diâmetro e vai menos cimento, melhorando a resistência da porção coronal). CÔNICO: menor retenção e menor desgaste. preferível pelo menor desgaste apresenta a porção coronária e radicular fundida em uma peça única, é muito versátil e especifico para cada caso o conduto radicular é moldado. apresenta a forma especifica do conduto e a parte coronária é preparada em continuidade do conduto seguindo princípios de preparo para receber uma coroa. INDICAÇÕES: dentes com pouco remanescente dentinário, especialmente com altura menor de 2mm. CONTRA INDICAÇÕES: pacientes com alta exigência estética, que receberão coroas sem metal. em canais excessivamente amplos com paredes dentinárias delgadas a rigidez do núcleo vai induzir a fratura dessas raízes. após o preparo do remanescente dentário, ele é moldado em resina acrílica diretamente em boca ou em modelo de gesso, depois é fundido o núcleo e cimentado em boca. tem tendência maior a fratura do remanescente dentário. (A) Vista incisal do canino preparado para receber um núcleo estojado. Observe a presença das caixas no conduto e o término cervical biselado. (B) Vista do modelo de trabalho mostrando as caixas nas faces vestibular e lingual que têm como função evitar a rotação do núcleo e possibilitar a transmissão da força no sentido do longo eixo da raiz. Observe o término cervical biselado. (C) Vista do núcleo após moldagem do conduto em resina e enceramento das margens. (D) Núcleo cimentado. o ideal seria as nobres ou semi nobres, mas elas não são tão empregadas por ter alto custo; hoje são mais usadas a de cobre e alumínio que tem um bom desempenho e menor custo. importante liga ter resistência suficiente para não se deformar com as forças mastigatórias. módulo de elasticidade:ligas nobres 100GPa; ligas alternativas 200GPa.; cerâmica 200Gpa melhor adaptação a anatomia da raiz e menor película de cimento devido a moldagem do interior do conduto e na fundição se adapta perfeitamente ao conduto. núcleo radiopaco alta rigidez estrutural do retentor pelo menos duas sessões clinicas e o intervalo entre uma sessão e outra tem que usar provisório com retenção. nesse período pode ocorrer contaminação bacteriana custo laboratorial envolvimento de outras pessoas. alto modulo de elasticidade muito maior que da dentina. que pode induzir a fratura radicular. incompatibilidade dos sistemas adesivos simplificados com cimentos resinosos de polimerização química e dual. são cimentados no canal e reconstitui-se parte perdida da coroa e depois realiza preparo para coroa. está mais sujeito a fratura ou descolagem. fibra de vidro 40GPa; fibra de quartzo 20GPa; fibra de carbono 20GPa. mas deve-se analisar outros pontos além do módulo de elasticidade. são compostos de polímeros (resina epóxica, BIS-GMA, dimetacrilatos) reforçados por fibras. as fibras devem ser sinalizadas industrialmente a fim de melhorar a adesão do polímero, o qual preenche os espaços entre as fibras. o de carbono é escuro e dificulta a estética e o de quartzo é muito radiopaco, o que é a vantagem dele, mas dificulta que a polimerização aconteça por luz. os de fibra de vidro são mais versáteis e tem uma gama grande na indústria, com dupla conicidade por exemplo. resina epóxica, que envolve as fibras de vidro. pode-se ter entre 35 a 65% de fibra de vidro e quanto maior a quantidade maior a resistência desse pino, mais rígido ele é. isso depende do fabricante. as fibras disponíveis em diversas composições químicas, com base de sílica e contendo óxidos de cálcio, de boro e de alumínio. por isso não se faz as retenções é constituído pela cimentação de um pino pre fabricado dentro da porção radicular do dente e pela reconstrução da porção cornaria em resina composta. após fotopolimerizar o cimento faz a reconstrução da porção coronária de acordo com os princípios para receber a coroa. corta o pino e da forma que se pretende ao núcleo. corta por último, pois gera menos tensões se tem o pino. conduto radicular circular remanescente de dentina coronária de pelo menos 2mm. substrato dentinario sadio. modulo de elasticidade semelhante ao da dentina.: isso evita a formação de tensões localizadas na interface dentina- cimento-pino e isso minimiza o potencial de fratura da raiz. boa união com cimentos resinosos. estética favorável. confecção do núcleo em uma única sessão clínica: reduz tempo de cadeira do paciente e vita contaminação entre uma sessão e outra. resistência a corrosão. necessidade de cimentos resinosos os quais acarretam várias das desvantagens. distância da luz do fotopolimerizador a extremidade do conduto: pode gerar falta de polimerização Iieal é ter polimerização química ou dual. contração de polimerização do cimento: gera alto nível de estresse na interface adesiva. quanto maior a espessura de cimento, maior a contração. incompatibilidade dos sistemas adesivos simplificados com cimentos resinosos de polimerização química e dual. a maioria das falhas são devido a descolagem dos pinos. A cimentação promoverá a retenção da restauração, a distribuição das tensões ao longo do dente, o selamento ao longo do canal. controle de umidade (isolamento absoluto). quantidade de adesivo. distância da porção mais apical do pino a luz fotopolimerizável a parte mais apical fica muito distante. espessura de cimento: alta contração de polimerização, causando falhas da união do pino com a dentina. tamanho dos túbulos dentinários intrarradiculares dificulta união. Como não é individualizado, pode ter espaço ou falta onde não deveria. RETENÇÃO MACROSCÓPICA: PINOS SERRILHADOS quando há esforço mastigatório, especialmente a carga obliqua nos antêro-superiores, o pino tende a sofrer flexão, tendo a região cervical do dente como fulcro. nessa região que esses pinos devem ter o maior diâmetro possível para garantir reforço estrutural e estabilização da porção coronária. cuidar para as macrorretenções fiquem somente na porção coronária e não na região cervical da raiz. as retenções reduzem a resistência mecânica do pino, diminui o diâmetro do pino na região cervical. as retenções auxiliam na adesão da resina composta ao pino. Não se faz retenções manualmente, ou vem de fábrica ou não se faz nada. (A) Vista de um pino deslocado com o cimento (Panavia F) aderido. (B) Microscopia eletrônica de varredura mostrando no círculo a presença de bolhas que podem ser atribuídas à agua que migrou através do adesivo e a ̀ polimerização inadequada do cimento (emulsão de polimerização), especialmente nos terços médio e apical. (C) (D) Como o cimento não se polimeriza completamente, gotículas de água são mantidas em seu interior, causando degradação ao longo da interface adesivo/cimento. (A) Vista da face vestibular após preparo para PPF metalocerâmica. Observe a exposição do material obtura- dor (seta). Como a dentina remanescente deve ter espessura mínima de 1 mm para servir como base de sustentação para a porção coronal do núcleo, a coroa foi desgastada até que esse objetivo fosse alcançado. (B) (C) (D) Vistas clínica e radiográfica após o preparo coronal e a abertura do conduto. Após a remoção do material obturador, preferencialmente com ponta Rhein aquecida, faz-se a regularização das paredes do conduto com uma broca compatível com o diâmetro do conduto, sem alargá-lo. A seleção do pino (com superfícies paralelas ou cônicas) é feita de acordo com a anatomia do conduto. O diâmetro do pino é selecionado de acordo com a broca empregada no preparo do conduto. A figura mostra a prova do pino no conduto. E ́ importante que o pino fique bem adaptado às paredes do conduto, para que a espessura da linha do cimento seja reduzida. (A) Após limpeza com álcool 70°, aplica-se o silano e aguarda-se 1 minuto para a secagem com ar. (B) Aplicação do adesivo. (C) Condicionamento ácido. (D) Aplicação do adesivo nas paredes do conduto. Todos esses procedimentos devem seguir as orientações dos fabricantes. O excesso dos produtos usados no interior do conduto (agente de limpeza, ácido, água e adesivo) deve ser removido com cones de papel absorvente e jatos de ar. Os procedimentos de cimentação devem seguir as orientações do fabricante do cimento selecionado (proporção e tempo de espatulaça ̃o). (A) Aplicação de uma fina camada de cimento no pino. Quanto maior a quantidade de cimento introduzida no conduto, maior será́ a pressão hidrostática e a possibilidade de desajuste do pino. (B) O pino deve ser introduzido lentamente no interior do conduto, para evitar a formação de bolhas no cimento. (C) A seguir, faz-se a remoção dos excessos do cimento e procede-se à fotoativa- cão. (D) Confecção da porção coronal com resina composta. (E) Preparo concluído. (F) Radiografia após a cimentação Quando o conduto apresenta-se muito alargado ou ovalado, especialmente nos terços médio e cervical, as superfícies do pino não se adaptam a suas paredes. Para evitar espessuras exageradas de cimento em algumas áreas e o consequente aumento da contração volumétrica de polimerização, do estresse na interface cimento/dentina e da presença de bolhas com diminuição da resistência do cimento, faz-se o ré embasamento do pino com resina composta no conduto, Técnica indireta o CD molda a raiz e conduto com materiais de moldagem, reproduz o modelo e envia para o laboratório para o técnico esculpir e fundir o núcleo sobre o modelo de gesso. realiza quando precisa fazer muitos núcleos em uma boca, assim o modelode gesso faz com que ganhemos tempo e reduz o desconforto do paciente esperando que o dentista modele cada um dos dentes. utiliza mais materiais Vistas iniciais de caso clínico de reabilitação oral com grande perda de estrutura dentária e diminuição da dimensão vertical de oclusão. O planejamento consistiu na confecção de duas PPFs na maxila, envolvendo os dentes 16, 15 e 13 e entre os dentes 26 e 23, e de próteses unitárias nos dentes 12, 11, 21, 22. Na mandíbula, foram feitos uma PPF envolvendo os dentes 33 e 23, elementos unitários nos dentes 44, 45 e restaurações em resina composta nos dentes anteriores. Optou-se por manter o lado esquerdo inferior em arco dentário curto. (A) A determinação da dimensão vertical de oclusão foi feita com JIG estético. (B) Montagem dos modelos no articulador na dimensão vertical de oclusão e para realizar o enceramento diagnóstico. (C) Vista das coroas provisórias confeccionadas diretamente na boca na nova dimensão vertical a partir de molde feito do enceramento diagnóstico. (D) Vista dos condutos preparados. Os núcleos dos dentes 13 e 23 foram feitos com pinos de fibra de vidro em razão de o remanescente dentinário ser maior do que 2 mm. Nos demais dentes, foram confeccionados núcleos metálicos fundidos pela técnica indireta. Moldagem dos condutos com silicona de adic ̧a ̃o. Inicialmente foram selecio- nados fios ortodônticos com comprimentos maiores e diâmetros menores que os dos condutos. Para facilitar a remoção dos fios no molde, colocou-se godiva de baixa fusão nas pontas dos fios, que receberam uma camada de adesivo. O material de moldagem de consistência leve e ́ levado aos condutos com broca Lentulo ou seringa, e os pinos sa ̃o introduzidos nos condutos. (A) Modelos montados em articulador. Observe que os modelos foram montados na dimensão vertical de oclusão por meio de casquetes confeccionados em resina que foram registrados em boca, tendo como referência as coroas provisórias. (B) Vista oclusal do modelo de trabalho. (C) Adaptação de pinos de plástico nos condutos. (D) Após o isolamento dos condutos, os pinos são envolvidos com resina Duralay e levados aos condutos. (E) (F) A seguir, acrescenta-se resina e preparam-se as partes coronais com o objetivo de obter forma de resistência, retenção e paralelismo entre os dentes preparados. (A) Núcleos fundidos adaptados no modelo. Observe os casquetes de resina em posição para manter a DVO. (B) (C) (D) Para a adaptação dos núcleos nos condutos, passa-se uma camada de evidenciado de contato em toda a superfície e leva-se o núcleo em posição. As interferências devem ser desgastadas, e repete-se esse procedimento até ́ a obtenção de um assentamento passivo do núcleo. Núcleos muito retentivos causam áreas de tensão na raiz e dificultam seu assentamento durante a cimentação. Por fim, Vistas dos núcleos cimentados. Técnica direta O CD realiza a modelagem do núcleo, com resina acrílica autopolimerizável, diretamente na boca do paciente., e envia núcleo em resina acrílica para técnico realizar a fundição. É mais complexa e exige habilidade do dentista. RADIOGRAFIA DO CASO: medir comprimento da raiz e definir qual a quantidade de material obturador vamos retirar se será 2/3 da raiz, 1/2 da raiz ou deixar 4mm no final. Remove tecido cariado, esmalte sem apoio, alisamento das superfícies remanescentes. REMOÇÃO DO MATERIAL OBTURADOR: Inicia com as pontas Rhein aquecidas até atingir o comprimento pré estabelecido; usa sonda adaptada para endodontia também. REGULARIZAR AS PAREDES DO CONDUTO: alisar e remover alguma retenção que possa ocorrer; usa as pontas de largo que não tem ponta ativa. coloca ponta no conduto com um cursor estabelecendo a medida pré definida; broca entra e sai do conduto acionada, sem muita velocidade com cuidado para não fraturar. INICIO DA MOLDAGEM:. bastões de resina acrílica pré fabricados ou nós mesmos fabricamos e vamos remover o ápice dele até que fique adaptado ao conduto de uma maneira que sobre pino acima da oclusal do preparo, para que possamos manipular e que tenha espaço em torno desse pino para colocarmos resina acrílica para moldar a parte interna do conduto. vaselina o conduto com algodão e lima ou com microbrush cuidar para não ficar preso no conduto. coloca resina duralei bem fluida dentro do conduto e com movimentos de vai e vem introduz o pino no canal. quando a resina perde o brilho vamos dar uma pequena tirada de dentro do conduto sem remover totalmente somente para não aderir no conduto. após termino da polimerização remove tudo e verifica se a moldagem ficou boa. com a técnica do pincel preenchemos a porção cornaria com resina duralei. espera polimerizar e com brocas corta-se a parte excedente do pino e modela-se conforme tipo de restauração indireta selecionada. a parte coronária do núcleo tem que estar preparada conforme os princípios de preparo. (A) (B) Bastão de plástico pré-fabricado. (C) Lubrificação do conduto. (D) Moldagem dos condutos com resina Duralay. (E) (F) Após a moldagem dos condutos, complementa-se a porção coronal com resina. (G) Preparo da parte coronal do núcleo. (H) Núcleos em resina. pino chega do laboratório e testamos sua adaptação a raiz; a maioria das vezes não é assentado totalmente, não devemos pressionar pino tem que ser adaptado de forma passiva. EVIDENCIADOR DE CONTATO: para ver o que está impedindo a adaptação. Aplica com pincel em toda área do pino, espera secar o evidenciador e coloca o pino no conduto novamente. remove o pino novamente onde está dificultando o assentamento vai aparecer marcado. com pontas diamantadas esféricas removemos o contato. passa evidenciador e testa novamente até que não haja nenhum tipo de retenção. Precisamos que o pino fique bem adaptado no conduto. depois de total adaptação, é muito importante fazer uma radiografia para verificar a adaptação. faz jateamento com partículas de oxido de alumínio para aumentar rugosidade da superfície e melhorar retenção do pino com o cimento que vai ser utilizado não se pode mais tocar na região do pino, lava e seca. CIMENTAÇÃO: pode ser com cimento de oxido de zinco ou de ionômero de vidro. Cobre pino com fina camada de cimento. Introduz dentro do conduto lentamente com um tipo de vibração para que ocorra escoamento desse cimento. verifica se está bem assentado no local. atentar-se que existe pouco espaço para película de cimento. dentista fica segurando núcleo no local até completar polimerização. verificamos polimerização de acordo com a bula do mesmo. remove todo excesso de cimento com auxílio de uma sonda. Considerações finais a anatomia radicular e a estrutura remanescente orientam a seleção do tipo de retentor adequado. possíveis insucessos são decorrentes da indicação equivocada de um retentor intrarradicular ou de erros na execução da técnica. os fracassos observados com dentes restaurados com pinos de fibra de vidro estão relacionados a descolagem do conjunto pino-cimento-resina, pela falha na interface mais fraca (cimento-dentina). os fracassos observados com dentes restaurados com pinos metálicos fundidos estão relacionados a fratura radicular. Prótese fixa: bases para o planejamento em reabilitação oral / Luiz Fernando Pegoraro ... [et al.]. 2. ed. São Paulo: Artes Médicas, 2013. Capitulo 5. são utilizados dentes de estoque: formatos variados, opções de cor, boa textura superficial. excelente estética pela diferença de coloração entre os terços cervical, médio e incisal. por já serem prensados de fábrica, vamos ter melhor acabamento e polimento dessas restaurações. diversas marcas: Vipidente, Artiplus, Ivocalr uns com mais textura, outros com mais camadas, diferentes formados, uns com borda incisal bem translucida.
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