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Alice Cunha Darzé – Medicina UNIFACS NEFROPED Infecção do Trato Urinário: A ITU diz que existe a proliferação de um microorganismo patogênico causando inflamação em uma região do trato urinário habitualmente mantida estéril. Na infancia essas são infecções muito frequentes e também recorrentes, predispondo ao risco de sequelas (na criança mais comummente a pielonerite evolui com fibrose de parênquima renal), aumentando risco de HAS e doença renal crônica. Essas infecções se estabelecem por via ascendente (hematogênica no RN). FATORES DE RISCO: Ausência de circuncisão, sexo feminino, Válvula de Uretra Posterior (so meninos), disfunção miccional, constipação intestinal PISCOS DE INCIDÊNCIA: 1º ano de vida ocorre mais em meninos (anomalias). O 2º pico coincide com o controle esfincteriano (meninas). 3º pico no inicio da atividade sexual (meninas). NOTE: Incontinencia em uma criança que já tinha controle esfincteriano pode ser uma doença subjascente (ITU, violência, diabetes..). ETIOLOGIA: E. Coli é a principal bactéria disparadamente (cerca de 80% de todos os casos de infecção urinária), que como todas as enterobactérias, é gram negativa Outra bactéria comum é o Proteus, que é mais importante no sexo masculino (mas ainda assim a E.Coli é mais comum). A infecção por proteus leva a uma alcalinização urinária, favorecendo calculo estruvita. Já no sexo feminino a segunda causa mais comum é a Klebisiela. Crianças que tiveram manipulação do trato urinário, precisa de um esquema que cubra pseudomonas. Em adolescentes sexualmente ativas, a segunda mais comum é Staphylo Saprophyticus. Não é comum ter ITU por vírus, mas lembrar que o adenovírus pode causar cistite hemorrágica na vigência de uma urocultura negativa. NOTE: Criança com ITU + Febre você vai afirmar que se trata de pielonefrite DIAGNÓSTICO: O diagnóstico é laboratorial, não clinico! (1) SUMÁRIO: - Avaliação bioquímica: Pode ser feita com kit de fitas. O que importa para bactérias é a esterase leucocitária (surge da degradação de leucócitos – marcador de inflamação, sensível para ITU, porem pouco especifico) e o nitrito (marcador de bactérias gram negativas, especifico para ITU mas pouco sensivel). - Sedimento urinário: Olhar lamina no microscópico vendo elementos por campo. Para ITU o mais importante é a Leucocitúria = 5 ou mais leucócitos por campo ou >10 mil por ml! Refluxo Vesicoureteral: Refluxo da urina de dentro da bexiga, retrogradamente para dentro do ureter. Primário: Problema na junção uretero-vesical, ou seja, a bexiga quando contrai não consegue colabar o ureter pois existe alguma falha na implantação do ureter na bexiga. A forma mais comum é o refluxo vesicoureteral primário idiopático, se resolve espontaneamente de modo geral. Secundário: A implantação do ureter é normal, mas a pressão intravesical é muuuito aumentada, e nem a implantação obliqua capaz de evitar o refluxo é capaz de vencer essa pressão, é o que ocorre na VUP. QUANDO SUSPEITAR? No período neonatal: Hidronefrose bilateral + distensão vesical. Após o nascimento suspeita-se diante de Globo vesical palpável + jato urinário fracem o
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