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2/7/20 1 NUTRIÇÃO CLÍNICA CUIDADO NUTRICIONAL Laura Fantazzini Grandisoli Material de estudo • SILVA, S. M. C. S. Tratado de alimentação, nutrição e dietoterapia. 3. ed. São Paulo: Payá, 2016. ▫ Capítulo 25: Aspectos nutricionais e técnicos na área clínica. • MAHAN, L.K.; ESCOTT-STUMP, S. Krause alimentos, nutrição e dietoterapia. 14. ed. São Paulo: Roca, 2016. ▫ Capítulo 10: Visão Geral do Diagnóstico e Intervenção Nutricionais – o processo de cuidados nutricionais. • CARULSO, L. et al. Dietas hospitalares: uma abordagem na prática clínica. Rio de Janeiro: Atheneu, 2005. NUTRIÇÃO • Conjunto de funções harmônicas entre si que tem por objetivo manter a integridade normal da matéria, assegurando-lhe a VIDA. • ALIMENTOS x NUTRIENTES? CIÊNCIA QUE ESTUDA TODOS OS PROCESSOS POR MEIO DOS QUAIS O ORGANISMO RECEBE, UTILIZA E ELIMINA OS NUTRIENTES INGERIDOS. NUTRIÇÃO • Alimentos: substâncias naturais que têm características sensoriais e encerram uma infinidade de nutrientes. • Nutrientes: substâncias químicas que, introduzidas no organismo, desempenharão uma função de nutrição, garantindo o crescimento e sobrevivência dos seres vivos. NUTRIÇÃO CLÍNICA • Por meio da alimentação.... ▫ Prevenir o aparecimento de doenças ▫ Tratar enfermidades ▫ Controlar doenças crônicas CUIDADO NUTRICIONAL • Ocorrem em diferentes contextos e populações (indivíduos saudáveis e enfermos). • Envolvem membros da equipe multidisciplinar. • Paciente/cliente e familiares fazem parte do processo e devem ser incluídos nas decisões principais. Grupo organizado de atividades que permitem a identificação das necessidades nutricionais e a prestação de cuidados, a fim de satisfazer essas necessidades. (MAHAN e RAYMOND, 2018) 2/7/20 2 CUIDADO NUTRICIONAL CUIDADO NUTRICIONAL CONDUTAS IMPORTANTES: • RELACIONAMENTO ESTREITO E COM CONFIANÇA • AVALIAR PENSAMENTOS E SENTIMENTOS, OUVIR O CLIENTE/ PACIENTE. • MANTER CONTATO E SER POSITIVO, CALOR HUMANO E SINCERIDADE. • SOBRECARGA DE INFORMAÇÕES, ESTABELECER METAS E PRIORIDADES. • ENTREGAR MATERIAL ESCRITO, COM DEFINIÇÕES SIMPLES E ALMEJÁVEIS. • NÃO JULGAR DECISÕES ESTILO DE VIDA, COMPORTAMENTOS FAMILIARES. • FORNECER APOIO PSICOLÓGICO SE NECESSÁRIO INDICAR PROFISSIONAIS. • Avaliação nutricional de rotina. • Educação nutricional e reeducação de hábitos alimentares. Indivíduo saudável • Adequação dos alimentos em quantidade e qualidade em relação à patologia. • Aconselhamento nutricional. Indivíduo enfermo / hospitalizado AVALIAÇÃO NUTRICIONAL • Medidas antropométricas RELAÇÃO PESO-ALTURA: ÍNDICE DE MASSA CORPORAL/IMC IMC = PESO (KG)/ALTURA (M)² PESO RELATIVO = PA/PH X 100 % PERDA PONDERAL (PPP)= PH - PA/PH X100 RELAÇÃO CINTURA-QUADRIL: PERÍMETRO CINTURA/PERÍMETRO QUADRIL H: RCQ <1 E M: RCQ<0.85 CIRCUNFERÊNCIA DA CINTURA : H <94cm e M <80cm AVALIAÇÃO NUTRICIONAL • Diagnóstico nutricional ANTROPOMETRIA PORCENTAGEM DE PERDA PONDERAL: (PH – PA) / PH x 100 > 1-2% EM 7 DIAS > 7,5% EM 3 MESES >5% EM 1 MÊS > 10% EM 6 MESES OU MAIS RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS • DRIs (Dietary Reference Intakes) ou IDR (Ingestão Dietética de Referência): ▫ 4 valores de referência de ingestão de nutrientes que substituíram as RDAs (Recommended Dietary Allowances) ▫ Academia Nacional de Ciências dos EUA (desde 1941) Uma dieta adequada e balanceada satisfaz todas as necessidades nutricionais de um indivíduo para manutenção, reparo, crescimento e desenvolvimento do organismo. Inclui a energia e todos os nutrientes nas quantidades e proporção corretas para atender às demandas do organismo em todos os processos da vida e nos estados de doença. REFERÊNCIAS ATUAIS DE INGESTÃO DE ALIMENTOS – DRIs • EAR (Estimated Average Requirement) Necessidade Média Estimada. • RDA (Recommended Dietary Allowances) Ingestão Dietética Recomendada. • AI (Adequate Intake) Ingestão Adequada • UL (Tolerable Upper Intake Level) Limite Superior Tolerável de Ingestão RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS 2/7/20 3 • GET ( GASTO ENERGÉTICO TOTAL) • GET= TMB X F ATIVIDADE X F TÉRMICO X F INJÚRIA • F ATIVIDADE ( 1,2 OU 1,25 OU 1,3) • F TÉRMICO( 1,0 + 0,1 para cada grau acima de 37º ) • F INJÚRIA ( 1,1- 2,0), conforme estado nutricional e patologia • Taxa Metabólica Basal (Harris-Benedict) ▫ TMB= 66,5+13,8 X P(KG) +5 X A (CM) – 6,8 X I (ANOS) (M) ▫ TMB= 665,1+ 9,5 X P(KG) + 1,8X A(CM) – 4,7 X I (ANOS) (F) ESTIMATIVA DAS NECESSIDADES NUTRICIONAIS NUTRIÇÃO CLÍNICA: DIETOTERAPIA • DIETA – Conjunto sistematizado de normas de alimentação de um indivíduo, seja ele saudável ou enfermo. É o padrão alimentar do indivíduo. • CARDÁPIO – tradução culinária da dieta (preparações e forma de apresentação). • ALIMENTAÇÃO NORMAL / ALIMENTAÇÃO ESPECIAL DIETOTERAPIA • Em situações hospitalares, a dieta deve: ▫ Ser adequada ao estado clínico dos pacientes. ▫ Proporcionar melhoria na sua qualidade de vida. ▫ Diferir o mínimo possível de sua dieta habitual, tentando sempre respeitar seus hábitos e preferências alimentares. (Brylinsky, 2005) • HOSPITAL – instalações adequadas para a preparação de dietas normais e especiais (laboratório dietoterápico): ▫ COZINHA GERAL – destinada à preparação de dietas normais ▫ COZINHA DIETÉTICA – destinada ao preparo de dietas especiais (cozinheiros especializados com treinamento e supervisão de nutricionistas). • ESTADO GERAL DO PACIENTE; • PATOLOGIA E HISTÓRIA CLÍNICA; • HÁBITOS ALIMENTARES (ANAMNESE ALIMENTAR); • CONDIÇÕES DO TRATO DIGESTÓRIO E PRESENÇA DE SINTOMAS GASTROINTESTINAIS ASSOCIADOS À PATOLOGIA (NÁUSEAS, VÔMITOS, DORES ABDOMINAIS, DISTENSÃO); • PRESENÇA DE COMORBIDADES (DIABETES, DISLIPIDEMIAS...). • AVALIAÇÃO NUTRICIONAL: detectar as deficiências por meio de avaliação clínica, antropométrica, bioquímica e imunológica, correlacionando com o grau de estresse fisiológico associado à patologia e com a história alimentar recente. ! CÁLCULOS NUTRICIONAIS: estimativa das necessidades calóricas ideais e composição de macro e micronutrientes. PRINCÍPIOS DA PRESCRIÇÃO DIETÉTCA • ALIMENTOS DISTRIBUÍDOS EM REFEIÇÕES, COM HORÁRIOS DEFINIDOS ▫ DESJEJUM / COLAÇÃO / ALMOÇO / LANCHE/ JANTAR/ CEIA • QUANTIDADES EM GRAMAS E MEDIDAS CASEIRAS • CONSISTÊNCIA DA DIETA ▫ NORMAL, BRANDA, PASTOSA, LEVE, LÍQUIDA. • VIA DE ADMISTRAÇÃO ▫ ORAL, SONDAS OU OSTOMIAS • REAVALIAÇÃO PERIÓDICA E EVOLUÇÃO DA CONDUTA DIETOTERÁPICA ▫ CONDIÇÕES CLÍNICAS, EXMES LABORATORIAIS, ESTADO NUTRICIONAL, COMPLICAÇÕES. ▫ REVER CÁLCULOS E CARACTERÍSTICAS DA DIETA (CONSISTÊNCIA, COMPOSIÇÃO, VIA DE ADMNISTRAÇÃO, ETC.) PRINCÍPIOS DA PRESCRIÇÃO DIETÉTCA PRESCRIÇÃO MÉDICA x PRESCRIÇÃO DIETÉTICA xxxxxxxxxxx 2/7/20 4 1- DIETA ALIMENTAR E LÍQUIDOS (VIA ORAL À VONTADE OU RESTRIÇÃO HÍDRICA OU CONFORME DIURESE) ! PRESCRIÇÃO DIETÉTICA • Objetivos ▫ Manutenção ou recuperação do estado nutricional ▫ Repouso de determinados órgãos (ex. Cirurgias) ▫ Terapêutico: adaptação às necessidades orgânicas resultantes da patologia. PRESCRIÇÃO MÉDICA x PRESCRIÇÃO DIETÉTICA Adequação da prescrição médica: • às condições de mastigação e deglutição; • às condições físicas e emocionais; • às preferências alimentares; • às necessidades nutricionais segundo idade, sexo, doença, estado nutricional; • à via de administração da alimentação; • às patologias apresentadas. PRESCRIÇÃO DIETÉTICA • MANUAL DE DIETAS HOSPITALARES ▫ Organiza os planos dietoterápicos tanto de dietas normais quanto de especiais, padronizando condutas e facilitando a comunicação ente os membros da equipe de saúde. PRESCRIÇÃO MÉDICA x PRESCRIÇÃO DIETÉTICA Dietas hospitalares • Modificações quanto a: ▫ Consistência dos alimentos; ▫ Aumento ou diminuiçãono valor energético; ▫ Aumento ou diminuição no teor de determinado nutriente; ▫ Exclusão ou redução da quantidade de alimentos específicos; ▫ Aumento da frequência das refeições. • Dietas de rotina e dietas especiais. Brylinsky, 2005 Dietas de rotina • Nutricionalmente equilibradas • Pacientes que não necessitam de restrições ou modificações na composição nutricional • Modificações na consistência ▫ Adaptação a condições de mastigação e deglutição; ▫ Adaptação em períodos de maior dificuldade na aceitação alimentar; ▫ Fases de transição relativamente curtas, adaptando-se às condições do paciente. Maculevicius; Dias, 2000 Caruso et al, 2005 Dietas de rotina - Dieta Geral / Normal • Inclui maior variedade de alimentos, ou seja, todos os alimentos que compõem uma alimentação saudável de acordo com as leis da nutrição. • Indicação: pacientes que não necessitam de restrições especificas, funções gastrointestinais e de mastigação preservadas. Consistência Composição Normal Normoglicídica, normoproteica, normolipídica 2/7/20 5 Dietas de rotina -Dieta Branda • Dieta de transição, composta de alimentos abrandados pela cocção, que proporcionam melhor mastigação, digestão e menor formação de gases. • Indicação: Pacientes com problemas mecânicos de mastigação e/ou digestão, pós-operatórios e após procedimentos invasivos. Consistência Composição Tecido conectivo e celulose abrandados por cocção ou ação mecânica Normoglicídica, normoproteica, normolipídica Dietas de rotina –Dieta Pastosa • Pacientes que apresentam dificuldades de mastigação e/ou deglutição, facilitando o trânsito do alimento e a digestibilidade. • Algumas situações de pós-operatório, ou como dieta de transição. • Pacientes com dificuldade respiratória. Consistência Composição Alimentos preparados na forma semilíquida a pastosa, e quando necessário, os líquidos são espessados. Normoglicídica, normoproteica, normolipídica Dietas de rotina –Dieta Leve • Sopa com pedaços de legumes, carnes (normalmente moídas), arroz ou macarrão (“massinha”). • Pacientes em pré ou pós-operatório, com afecções do trato gastrointestinal, dificuldade de mastigação e/ou deglutição, dificuldade respiratória. • Geralmente dieta de transição. Consistência Composição Semi-sólida Variações: leve batida Normoglicídica, normoproteica, normolipídica Dietas de rotina –Dieta Líquida • Pacientes que apresentam alterações na mastigação e/ou deglutição. • Pré ou pós-operatório, ou no preparo de exames do trato digestório. • Geralmente é utilizada como dieta de transição. • Baixo valor nutricional ! complementação nutricional para evitar desnutrição se utilizada por muitos dias. Consistência Líquidos coados de rápida digestão ou que se liquefazem na boca. Dietas de rotina –Dieta Líquida restrita (deita de líquidos claros) • Pós-operatório, ou no preparo de exames do trato digestório. • Geralmente é utilizada como dieta de transição. • Água, chá e gelatina. Consistência Líquidos coados de rápida digestão ou que se liquefazem na boca. DIETAS DE ROTINA Geral ou normal Pacientes cuja condição clínica não exige modificação em nutrientes e consistência da dieta. Sem nenhuma restrição, deve preencher todos os requisitos de uma dieta equilibrada. Branda Pacientes com problemas mecânicos de ingestão e digestão que impeçam a utilização da dieta geral. É usada como transição para a dieta geral. É restrita em frituras e alimentos crus, exceto os de textura macia. O tecido conectivo e a celulose estão abrandados por cocção ou ação mecânica, facilitando a mastigação e a digestão. Pastosa Pacientes com dificuldade de mastigação e deglutição, em alguns pós-operatórios, casos neurológicos, insuficiência respiratória. Os alimentos devem estar em forma de purê, mingau, batidos ou triturados, exigindo pouca mastigação e facilitando a deglutição. Leve Pacientes com dificuldade de mastigação e deglutição, em casos de afecções do trato digestório, em determinados preparos de exames, em pré e pós-operatórios. Utiliza preparações líquidas e pastosas associadas, de fácil digestão, mastigação e deglutição. Líquida Pacientes com dificuldade de mastigação e deglutição, em casos de afecções do trato digestório, em determinados preparos de exames, em pré e pós-operatórios. Utiliza alimentos de consistência líquida na temperatura ambiente, que produzem poucos resíduos e são de fácil digestão. 2/7/20 6 Dietas especiais ou modificadas • Dietas de rotina com o acréscimo ou diminuição de algum componente para atender pacientes com patologias específicas (hipertensão, diabetes, cardiopatias, hepatopatias, nefropatias,etc.) • Modificações mais comuns: ▫ Sal ▫ Gordura ▫ Fibras alimentares Maculevicius; Dias, 2000 Caruso et al, 2005 Dietas modificadas - Hipossódica • Pacientes que necessitam controlar o consumo de sódio (hipertensão arterial e pulmonar, cardiopatias congênitas, litíase renal, ascite, edema, insuficiência cardíaca, insuficiência renal, insuficiência hepática, etc.) Dietas modificadas - Hipossódica • A palatabilidade é fator de baixa aceitação alimentar. • Molhos à base de frutas, ervas aromáticas e o incremento com temperos caseiros são instrumentos importantes na elaboração das refeições. Consistência Composição As mesmas das dietas de rotina. Normoglicídica, normoproteica, normolipídica Dietas modificadas - Hipogordurosa • Teor de lipídios reduzido em relação às dietas de rotina, excluindo-se frituras e alimentos com alto teor de gorduras. • Indicação: distúrbios pancreáticos e biliares, esteatorreia, síndrome do intestino curto, dislipidemias e outras. Consistência Composição As mesmas das dietas de rotina. Normoglicídica, normoproteica, hipolipídica Dietas modificadas Pobre em fibras insolúveis ou obstipante • Excluídas hortaliças cruas e cozidas, grãos de leguminosas, frutas (exceto frutas cozidas), leite e seus derivados (baixa digestibilidade). ▫ Hortaliças permitidas: cenoura, chuchu, abóbora sem casca • Indicação: diarreia e pós-operatório de cirurgias intestinais. Consistência Composição As mesmas das dietas de rotina, exceto a Geral Normoglicídica, normoproteica, normolipídica Dietas modificadas - Sem resíduos • Alimentos que deixam o mínimo de resíduos no cólon. Indicação: cirurgias intestinais e preparo para exames de colonoscopia. Consistência Composição As mesmas das dietas de rotina, exceto a Geral Hipocalóricas e hipoproteicas, necessitando de complementos alimentares caso o paciente a receba por mais de 2 dias. 2/7/20 7 Dietas modificadas - Sem resíduos Dietas modificadas – Para DM • Fornecem calorias e macronutrientes adequados às necessidades do paciente e usualmente são isentas de açúcar livre. • Indicação: diabetes mellitus (tipos 1 e 2, gestacional), ou pré-diabetes. • Normalmente é definida a quantidade de calorias diárias (ex. 1500kcal, 1800kcal, 2000kcal, etc.) Consistência Composição As mesmas das dietas de rotina. Normoglicídica, normoproteica, normolipídica Dietas modificadas – Hipoproteica • Teor de proteínas reduzido em relação às dietas de rotina. • Indicação: IRC nos estágios III a V, quando ainda não é utilizada a terapia de substituição renal (Hemodiálise ou Diálise Peritoneal), IRA sem diálise. • Define-se a quantidade diária de proteínas, em gramas (ex. 30g, 40g, 50g, 60g de proteínas, etc.). Consistência Composição As mesmas das dietas de rotina. Normoglicídica, hipoproteica, normolipídica Dietas modificadas – pobre em K • Restrita em frutas, hortaliças e leguminosas cruas. • Cocção dos vegetais em água abundante: redução ~ 60% do K • Alimentos com teor reduzido de potássio (< 5mEq/porção) podem ser permitidos em sua forma natural. Consistência ComposiçãoAs mesmas das dietas de rotina, exceto Geral Normoglicídica, hipoproteica, normolipídica ! MUITAS VEZES O REGIME DIETOTERÁPICO ENVOLVE RESTRIÇÕES DRÁSTICAS E MUDANÇAS DE HÁBITOS ALIMENTARES . O NUTRICIONISTA DEVE ESCLARECER AO PACIENTE E FAMILIARES AS SUAS CONDIÇÕES PATOLÓGICAS E NUTRICIONAIS E AS INTERAÇÕES DESTAS COM O TRATAMENTO DIETÉTICO QUE ESTÁ RECEBENDO. COMUNICAÇÃO EQUIPE MULTIDISCIPLINAR PRINCÍPIOS DA PRESCRIÇÃO DIETÉTCA CUIDADO NUTRICIONAL 2/7/20 8 PRONTUÁRIO MÉDICO Forma de comunicação oficial entre os profissionais da equipe multidisciplinar, permitindo a continuidade dos cuidados prestados ao indivíduo, e servindo de referência para questões administrativas, legais e financeiras. DOCUMENTO LEGAL E SIGILOSO PRONTUÁRIO MÉDICO • Padronizado, contém os dados do paciente: ▫ NOME ▫ ENDEREÇO ▫ SEXO ▫ IDADE ▫ MÉDICO RESPONSÁVEL ▫ ANAMNESE ▫ DIAGNÓSTICO ▫ EXAMES REALIZADOS ▫ PROCEDIMENTOS TERAPÊUTICOS EFETUADOS • Evolução clínica/médica ▫ Preenchida pelo médico. ▫ Anamnese ▫ Exame físico ▫ Hipóteses diagnósticas ou diagnósticos definitivos ▫ Tratamento efetuado. • Evolução dos demais membros da equipe multidisciplinar ▫ Enfermagem ▫ Nutrição ▫ Fisioterapia ▫ Fonoaudiologia ▫ Farmácia ▫ Psicologia, e outros. PRONTUÁRIO MÉDICO • Anotações no prontuário: ▫ LETRA LEGÍVEL ▫ ESCRITA NA 3ª PESSOA ▫ RESUMIDAS ▫ FIEIS À REALIDADE, SEM OPINIÃO PESSOAL E JULGAMENTO. AS ANOTAÇÕES DO NUTRICIONISTA SERVEM COMO UM MEIO DE COMUNICAÇÃO ENTRE OS MEMBROS DA EQUIPE DE SAÚDE E MANTÊM O NUTRICIONISTA EM DIA COM A EVOLUÇÃO DO PACIENTE. PRONTUÁRIO MÉDICO • EVOLUÇÃO DO NUTRICIONISTA ▫ ANAMNESE NUTRICIONAL ▫ AVALIAÇÃO E DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL ▫ CÁLCULOS NUTRICIONAIS ▫ PRESCRIÇÃO DIETÉTICA ▫ ACEITAÇÃO/TOLERÂNCIA DA DIETA ▫ PLANOS DIETÉTICOS PREVISTOS ▫ PROGRESSOS E PARECERES PRONTUÁRIO MÉDICO • AP: Antecedentes Pessoais ▫ Histórico de comorbidades, eventos de saúde prévios e hábitos de vida. • Classificação do estado geral do paciente ▫ BEG: Bom Estado Geral ▫ REG: Regular Estado Geral • HD: Hipótese Diagnóstica ▫ Suspeita diagnóstica, baseada dos sinais, sintomas e exames, ainda a ser confirmada. Ex. IAM prévio, tabagismo, etilismo, HAS. SIGLAS E TERMOS TÉCNICOS 2/7/20 9 Exemplos: • Via de administração de dieta e medicamentos ▫ VO: via oral ▫ SNG: sonda nasogástrica ▫ SNE: sonda nasoenteral ▫ SOG: sonda orogástrica ▫ SOE: sonda oroenteral ▫ GTM: gastrostomia ▫ IV: via intravenosa ▫ IM: via intramuscular ▫ SL: via sublingual SIGLAS E TERMOS TÉCNICOS • Patologias ▫ AVC/AVE: Acidente Vascular Cerebral/Encefálico ▫ DLP: Dislipidemia ▫ DM: Diabetes Mellitus ▫ DPOC: Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica ▫ IAM: Infarto Agudo do Miocárdio ▫ IVAS: Infecção de Vias Aéreas Superiores ▫ ICC: Insuficiência Cardíaca Congestiva ▫ ICO: Insuficiência Coronariana ▫ IRA: Insuficiência Renal Agura ▫ IRC: Insuficiência Renal Crônica ▫ HAS: Hipertensão Arterial Sistêmica SIGLAS E TERMOS TÉCNICOS • Termos cirúrgicos ▫ PO: Pós Operatório ▫ POI: Pós Operatório Imediato ▫ POT: Pós Operatório Tardio ▫ FO: Ferida Operatória ▫ RHA: Ruídos Hidro Aéreos SIGLAS E TERMOS TÉCNICOS
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