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Etapa Ensino Fundamental
Anos Finais
História
O racismo na contemporaneidade
7º ANO
Aula 19 – 4º Bimestre
(EF07HI20*) Relacionar o racismo da contemporaneidade ao processo de escravização das populações africanas e afrodescendentes no período colonial.
Bases ideológicas do racismo;
O racismo na contemporaneidade;
Populações afrodescendentes no Brasil.
Conteúdo
Objetivos
Compreender o conceito de racismo e a sua persistência na sociedade contemporânea;
Analisar as diferentes manifestações do racismo na atualidade, incluindo formas mais sutis e estruturais;
Refletir sobre a importância do combate ao racismo.
(EF07HI20*) Relacionar o racismo da contemporaneidade ao processo de escravização das populações africanas e afrodescendentes no período colonial.
Para começar
1 – Com base em seus conhecimentos, discuta com seu colega a partir das questões abaixo:
O que é racismo?
Como o racismo se manifesta?
Para começar
"Racismo é um sistema de opressão estruturante das sociedades. Por meio da criação de uma hierarquia entre os grupos raciais, são estabelecidos privilégios políticos, econômicos, sociais e simbólicos para um grupo em prejuízo dos demais. Pode também ser definido como um sistema ideológico de hegemonia racial.
Preconceito racial é uma opinião ou julgamento negativo previamente concebido a respeito de um determinado grupo racial, podendo ou não resultar em discriminação.
Discriminação racial é a materialização do racismo e do preconceito racial por meio de ação pessoal ou coletiva, e de ações administrativas ou institucionais."
Educando para Diversidade – Guia sobre racismos – UNESP
https://educadiversidade.unesp.br/guia-de-reconhecimento-orientacao-e-enfrentamento-aos-racismos/ 
Foco no conteúdo
Entendem-se como racismo as discriminações e manifestações contemporâneas de discriminação e de preconceito baseadas na raça ou na etnia. No século XIX, acreditava-se em uma diferenciação entre raças, relacionada à cor da pele e à origem geográfica dos indivíduos. Misturando aspectos físicos e culturais, antropólogos e cientistas sociais estabeleceram uma hierarquia entre essas raças, que reforçava a dominação dos povos brancos europeus em relação às populações de outras etnias não europeias.
Bases ideológicas do racismo
Ilustração do livro “Tipos da Humanidade”, de 1854, escrito pelo darwinista social Josiah Clark Nott. A ilustração mostra a cabeça de um homem negro sendo comparada com uma escultura grega e com um chimpanzé.
Foco no conteúdo
Ela sugeria que os indivíduos mais aptos e bem-sucedidos deveriam prevalecer na sociedade. Isso levou à criação de argumentos que justificavam a desigualdade, a exploração e a discriminação com base na suposta "superioridade" de certos grupos em relação a outros. 
O darwinismo social, teoria elaborada inicialmente por Herbert Spencer, e seguida por outros teóricos, foi uma falsa ciência que tentava explicar fenômenos sociais utilizando critérios pautados na teoria da seleção natural, de Charles Darwin.
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/8b/Races_and_skulls.png 
Foco no conteúdo
No século XIX e no início do século XX, o darwinismo social foi usado para justificar práticas como a discriminação racial, o colonialismo, o imperialismo e a exploração econômica, contribuindo para a perpetuação de estruturas sociais desiguais. ​
Atualmente, o conceito de raça como uma categoria biológica para classificar os seres humanos tem sido amplamente desacreditado e considerado cientificamente equivocado. De acordo com a compreensão científica atual, não existem raças humanas distintas do ponto de vista biológico, mas sim uma diversidade étnica e cultural. ​
Darwinismo social 
“(...) muitos, no entanto, foram os que associaram ambas as noções, interpretando a teoria da evolução de Darwin (...). Foi Herbert Spencer que, em 1857, criou o darwinismo social, teoria progressista que pregava a superioridade de algumas raças humanas sobre outras, que estariam fadadas a fracassar socialmente. Para essa abordagem racista, a evolução era um progresso tanto biológico quanto social (...)”
Fonte: Dicionário de conceitos históricos. SILVA, Kalina Vanderlei e SILVA, Maciel Henrique. 2ª edição. 2ª reimpressão.  São Paulo: Contexto, 2009. página 133.  
A entrada das teorias raciais no Brasil
https://www.youtube.com/watch?v=93f7nkbD7tY 
Na prática
https://www.youtube.com/watch?v=93f7nkbD7tY  
A partir dos seus conhecimentos e da análise da fonte, o Darwinismo Social pode ser definido corretamente como:
a) O estudo da vida biológica em sociedade, como as sociedades das abelhas, das formigas etc.
b) A tentativa de igualar, em nível de organização social, os animais superiores, como os mamíferos, e a sociedade dos homens.
c) Uma transposição equivocada da teoria da evolução das espécies e da seleção natural do terreno da ciência natural para a realidade sociocultural.
d) A tentativa de estabelecer uma relação entre o comportamento animal e o comportamento humano a partir de experimentos psicológicos.
Na prática
A partir dos seus conhecimentos e da análise da fonte, o Darwinismo Social pode ser definido corretamente como:
a) O estudo da vida biológica em sociedade, como as sociedades das abelhas, das formigas etc.
b) A tentativa de igualar, em nível de organização social, os animais superiores, como os mamíferos, e a sociedade dos homens.
c) Uma transposição equivocada da teoria da evolução das espécies e da seleção natural do terreno da ciência natural para a realidade sociocultural.
d) A tentativa de estabelecer uma relação entre o comportamento animal e o comportamento humano a partir de experimentos psicológicos.
Correção
Na prática
Foco no conteúdo
O racismo é uma problemática social complexa que persiste na contemporaneidade, apesar dos avanços na luta pelos direitos civis e da crescente conscientização sobre a importância da igualdade racial. É fundamental entender que o racismo contemporâneo não se manifesta apenas por meio de atitudes óbvias de discriminação, mas muitas vezes é mais sutil e enraizado nas estruturas sociais, políticas e econômicas.
O racismo na contemporaneidade
https://justica.sp.gov.br/wp-content/uploads/2022/02/Cartilha-Sao-Paulo-contra-o-Racismo-1.pdf
Saiba Mais:
Foco no conteúdo
Racismo institucional - Ocorre quando as instituições (públicas ou privadas) têm políticas ou práticas que prejudicam certos grupos étnicos. Pode ser visto a partir das desigualdades de oportunidades de emprego, de educação e de justiça;
Microagressões - São pequenas ações, palavras ou gestos que podem ser ofensivos para pessoas de diferentes etnias. Um exemplo disso é usar estereótipos raciais;
Racismo religioso - É uma forma de discriminação que se baseia na religião ou na crença religiosa de uma pessoa. Pode manifestar-se de várias maneiras, incluindo intolerância religiosa, estigmatização, preconceito e discriminação contra pessoas de uma determinada religião ou crença;
Racismo recreativo - Refere-se a uma abordagem cultural que utiliza o humor como veículo para expressar hostilidade em relação a grupos étnicos minoritários. O humor racista desempenha o papel de ferramenta cultural que perpetua o racismo, ao mesmo tempo que permite que pessoas de origem étnica branca mantenham uma imagem positiva de si mesmas. Isso lhes permite promover a ideia de que o racismo não tem relevância social significativa. É importante lembrar que o humor é uma forma de comunicação que reflete os valores sociais presentes em uma sociedade;
Foco no conteúdo
Discriminação no ambiente de trabalho - No mundo profissional, algumas pessoas enfrentam discriminação racial. Isso pode significar não serem promovidas ou receberem salários menores apenas por causa da sua etnia. Essa discriminação limita as oportunidades de carreira dessas pessoas;
Racismo digital - Com o crescimento da internet, o racismo também se espalhou para o mundo digital. Nas redes sociais e nos fóruns online, pessoas podem sofrer ataques racistase comentários preconceituosos, o que pode ser muito prejudicial para o seu bem-estar emocional.
https://www.facebook.com/SenadoFederal/photos/a.176982505650946/4420190107996810/?type=3 
 Formem grupos pequenos. Cada grupo utilizará uma fonte específica, escolhida pelo professor, para refletir mais a fundo sobre o tema.
Sugestão de fontes – Cinco propagandas antigas https://www.propagandashistoricas.com.br/2015/01/cinco-propagandas-antigas-racistas.html
 Os grupos deverão discutir e identificar exemplos concretos de como as ideias de "embranquecimento" foram utilizadas para sustentar atitudes discriminatórias na fonte analisada.
 Também deverão pensar sobre como essas ideias podem ter afetado a autoimagem dessas pessoas.
 Cada grupo compartilhará as suas descobertas e exemplos com a turma.
Na prática
Aplicando
A partir do que estudamos nesta aula, os estudantes deverão elaborar, em grupos com quatro integrantes, um panfleto sobre a importância do combate ao racismo.
O panfleto poderá ser elaborado com o uso de ferramentas digitais; 
Os panfletos poderão ser expostos na escola, em lugares em que há grande circulação de pessoas. Outra ideia é fazer cópias destes panfletos e solicitar à turma que os distribua na escola, e que faça uma campanha de conscientização sobre o que ela aprendeu nesta aula.
O que aprendemos hoje?
Nesta aula, foi possível compreender o conceito de racismo e a sua persistência na sociedade contemporânea. Analisamos as diferentes manifestações do racismo na atualidade, incluindo formas mais sutis e estruturais. Ao final, refletimos sobre a importância do combate ao racismo.
Tarefa SP
Localizador: 102984
Professor, para visualizar a tarefa da aula, acesse com seu login: tarefas.cmsp.educacao.sp.gov.br
Clique em “Atividades” e, em seguida, em “Modelos”.
Em “Buscar por”, selecione a opção “Localizador”.
Copie o localizador acima e cole-o no campo de busca.
Clique em “Procurar”. 
Videotutorial: http://tarefasp.educacao.sp.gov.br/
18
BOLSANELLO, M. A.. Darwinismo social, eugenia e racismo "científico": sua repercussão na sociedade e na educação brasileira. Educar em Revista, n. 12, p. 153–165, jan. 1996. 
LEMOV, Doug. Aula nota 10: 49 técnicas para ser um professor campeão  de audiência. Trad. Leda Beck; consultoria  e revisão técnica Guiomar N. de Mello e Paula Louzano. São Paulo: Da Boa Prosa/Fund. Lemann, 2011.
LIMA, M. E. O.; VALA, J. As novas formas de expressão do preconceito e do racismo. Estudos de Psicologia (Natal), v. 9, n. 3, p. 401–411, set. 2004. 
MOREIRA, Adilson. Racismo recreativo. São Paulo: Sueli Carneiro; Pólen, 2019.
Referências
SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Currículo Paulista: Etapas Educação Infantil e Ensino Fundamental./Secretaria da Educação – São Paulo: SEE, 2019.
SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Coordenadoria Pedagógica – COPED, 2023. Currículo em Ação – 7º ano, Volume 2, São Paulo, 2022.
SCHWARCZ, Lilia Moritz e GOMES, Flávio (orgs.). Dicionário da escravidão e liberdade. São Paulo: Companhia das Letras, 2018.
SILVA, Kalina Vanderlei e SILVA, Maciel Henrique. Dicionário de conceitos históricos. 2ª edição. 2ª reimpressão.  São Paulo: Contexto, 2009. 
Slide 4 – https://educadiversidade.unesp.br/guia-de-reconhecimento-orientacao-e-enfrentamento-aos-racismos/  
Referências
Lista de imagens e vídeos
Slides 3 e 10 – Gifs e imagens ilustrativas elaboradas especialmente para este material a partir do Canvas. Disponível em: https://www.canva.com/pt_br/. Acesso em: 10 ago. 2023.
Slide 6 – https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/8b/Races_and_skulls.png
Slide 8 – https://www.youtube.com/watch?v=93f7nkbD7tY  
Slide 11 – https://justica.sp.gov.br/wp-content/uploads/2022/02/Cartilha-Sao-Paulo-contra-o-Racismo-1.pdf 
Slide 14 – https://www.facebook.com/SenadoFederal/photos/a.176982505650946/4420190107996810/?type=3
Referências
Material 
Digital
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