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Educação Alimentar e Nutricional

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Educação Alimentar e Nutricional
Profa. Juliana Ripoli
1
 o é de extrema importância o DIAGNÓSTICO da situação (fase inicial do 
planejamento);
 Finalidades básicas de um Diagnóstico Educativo:
 Levantar a necessidade REAL de um programa educativo específico (estudo 
preliminar da situação);
 Fornecer subsídios para o planejamento do programa;
 Estabelecer uma “linha de base” para a posterior avaliação do programa.
 Para a realização do Diagnóstico Educativo, talvez seja necessário:
 Metodologia própria: entrevistas e discussões em grupo com pessoas que têm 
conhecimento de causa, líderes de organizações, inquérito sócio-econômico, 
etc.
 Avaliação Nutricional (inquérito alimentar, antropometria, etc);
 Pesquisa motivacional, observação direta e levantamento de conhecimentos 
sobre nutrição.
 É necessário considerar o maior número de perspectivas relevantes e integrar as 
pessoas-alvo no processo de desenvolvimento da hierarquia dos problemas.
 Importante  identificar os recursos institucionais, financeiros, humanos e 
materiais.
 O Diagnóstico Educativo consiste em descobrir:
 Qual é o problema do grupo-alvo;
 Quais os componentes cognitivos (conhecimento sobre nutrição), afetivos 
(sentimentos, opiniões e valores com relação à prática da alimentação) e 
situacionais (poder aquisitivo, recursos, alimentos) do comportamento 
alimentar envolvidos;
 Quais os recursos disponíveis (humanos e materiais).
 A metodologia para levantar esses dados varia conforme o público-alvo. Ex: 
tratamento individual  anamnese alimentar; se for um grupo, faz-se o diagnóstico 
através de entrevistas individuais, discussão em grupo, aplicação de formulários ou 
questionários, etc.
 Bom diagnóstico  condição indispensável para a eficácia de programas educativos.
2. DETERMINAÇÃO DE OBJETIVOS
Educação Alimentar e Nutricional
Profa. Juliana Ripoli
2
 Antes de iniciar qualquer trabalho é preciso definir claramente o que se espera 
conseguir com ele e qual a HIERARQUIA dos problemas.
 O “para que” do programa educativo é expresso através do seu OBJETIVO GERAL.
 A finalidade do programa educativo é sempre o bem-estar físico, mental e social e 
desenvolvimento de atitudes que conduzem à saúde.
 O êxito do programa educativo depende, em última instância, da mudança de 
comportamento do educando  é preciso que ele deseje isso.
 Os objetivos devem expressar as mudanças pretendidas nos indivíduos, mediante um 
conjunto de experiências que lhe serão proporcionadas (o que deve ser mudado?)  
OBJETIVOS ESPECÍFICOS.
 A determinação de objetivos inclui três fases:
 SELEÇÃO  a seleção adequada dos objetivos exige um conhecimento o mais 
profundo possível do público-alvo. Deve estar de acordo com os seguintes 
critérios:
 Interesses do público-alvo;
 Características socioeconômico-culturais da população;
 Recursos materiais e humanos disponíveis;
 Embasamento científico dos comportamentos esperados;
 Possibilidade de avaliação posterior desses objetivos.
 REDAÇÃO DE OBJETIVOS  deve indicar claramente o comportamento 
esperado numa determinada situação, de maneira que qualquer pessoa possa 
identificar se o comportamento pretendido foi adquirido ou não. Para tanto, 
deve:
 Incluir sempre um comportamento expresso por um verbo. Ex: citar, 
ingerir, explicar;
 Referir-se a algum objeto ou conteúdo. Ex: citar.....o quê? Ingerir.....o 
quê?  “as gestantes deverão ingerir fígado pelo menos uma vez na 
semana" – Comportamento: ingerir / Objeto: fígado.
 Ser redigido em termos de público-alvo e não em termos de quem 
pretende a mudança. Ex: “As gestantes deverão......” e não “Fazer com 
que as gestantes.....”.
 Explicitar, quando possível, a situação e adequação do comportamento 
desejado. Ex: “Após o programa educativo, as gestantes deverão ingerir 
Educação Alimentar e Nutricional
Profa. Juliana Ripoli
3
fígado pelo menos uma vez por semana” – Situação: após o programa 
educativo / Adequação: pelo menos uma vez por semana.
 Utilizar sempre os termos mais precisos, ou seja, que não se prestem a 
várias interpretações:
Termos mais precisos
 Definir
 Relacionar
 Comparar
 Resumir
 Enumerar
 Selecionar
 Ingerir
 Participar
 Identificar
 Explicar
 Citar
 Descrever
 Empregar
 Aplicar
 Formular
 Utilizar
Termos menos precisos
 Aprender
 Conhecer
 Pensar
 Entender
 Saber
 Motivar
 Captar
 Compreender
 Conscientizar
 
 ORDENAÇÃO DOS OBJETIVOS  podem ser classificados em gerais e 
específicos:
 GERAIS  permitem que se tenha visão de uma meta final do 
programa, como um todo. Às vezes podem conter termos menos precisos 
porque são mais amplos – Ex: Contribuir para que as gestantes adotem 
práticas alimentares adequadas.
 Utilizam-se verbos abertos de sentido amplo  adquirir, 
apreciar, aperfeiçoar, capacitar, compreender, conhecer, 
desenvolver, contribuir, etc.
 ESPECÍFICOS  indicam comportamentos mensuráveis que o público-
alvo deve apresentar ao longo do programa educativo. Evidenciam a 
consecução do objetivo geral (estão contidos no objetivo geral). Ex:
 As gestantes deverão citar três razões por que devem ingerir 
hortaliças, frutas, leite e carne diariamente;
 As gestantes deverão formular cardápios diários equilibrados;
 As gestantes deverão ingerir os alimentos sugeridos, nas 
quantidades recomendadas, diariamente.
 Utilizam-se verbos no sentido fechado  anotar, apontar, caracterizar, 
calcular, coletar, determinar, definir, descrever, detectar, enumerar, 
explicar, escolher, elaborar, identificar, planejar, preparar, responder, 
etc.
Educação Alimentar e Nutricional
Profa. Juliana Ripoli
4
 Os objetivos devem: respeitar as características da população, ser consistentes, 
positivos, realistas, realizáveis, ser de interesse da população alvo, estar de acordo 
com as características socioeconômicas e culturais da população, estabelecida a 
partir do conhecimento científico do comportamento esperado, possibilitar avaliação 
posterior.
2ª FASE  PLANEJAMENTO DO PROGRAMA
 Elaboração dos projetos:
* Planejamento organizatório (objetivos/metas, procedimentos e orçamentos)
* Determinação das fases de avaliação
3. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
 Corresponde ao conjunto de temas que devem ser tratados no programa educativo.
 Como o comportamento alimentar envolve conhecimentos, atitudes e ações, os 
conteúdos devem ser definidos de forma ampla e abrangente, atingindo estas 
dimensões do comportamento.
 Para despertar no educando o desejo de participar da atividade educativa  
Apresentação de incentivos  oferecer subsídios para a população sobre sua 
necessidade e direito à alimentação saudável, incentivar organização social para 
obtenção do alimento, promover participação ativa e consciente do indivíduo para 
obtenção e consumo do alimento e desenvolvimento de práticas alimentares 
saudáveis.
 O programa educativo deve apresentar conteúdo informativo onde são ministradas 
noções de nutrição, higiene e eventualmente, também, assuntos diversos para os 
quais se deva chamar outros profissionais.
 A informação mínima, desejável para que as pessoas tenham uma alimentação 
saudável, deve abranger os seguintes temas:
 Importância da alimentação para a saúde total do indivíduo;
 Composição dos alimentos;
 Importância dos nutrientes;
 Necessidades nutricionais do indivíduo ao longo da vida, com ênfase aos 
estados fisiológicos especiais;
 Carências nutricionais;
 Dieta equilibrada;
 Seleção, conservação e preparo de alimentos.
Educação Alimentar e Nutricional
Profa. Juliana Ripoli
5
 Transferência de conhecimentos teóricos para a prática  requer reflexão do 
educando sobre o assunto  necessário elaborar conteúdo reflexivo (onde aluno 
possa discutir, avaliar possibilidades e limites para aplicação dos conhecimentos).
 Cuidado com a transmissão excessiva de conhecimentos !!! – pode ser importante 
parao nutricionista, mas inacessível ao receptor  principal causa de insucesso nos 
programas.
DETERMINAÇÃO DO CONTEÚDO PROGRAMÁTICO – Sugestão de Roteiro
1. Identificar quais comportamentos devem ser realmente mudados (analisar os 
objetivos comportamentais definidos);
2. Relacionar informações técnicas consideradas indispensáveis para as mudanças 
comportamentais pretendidas;
LEMBRE-SE: Ninguém precisa ser um especialista em nutrição para selecionar 
adequadamente sua alimentação !!!
3. Definir o conteúdo que será desenvolvido com finalidade predominantemente 
motivacional. Ex: “Importância do aleitamento materno para a prevenção de doenças 
infantis”, ou “Benefícios da alimentação correta para a estética”;
4. Distribuir os temas selecionados por unidades do programa (dos mais simples aos 
mais complexos, analisando o tempo disponível);
5. Elaborar esquema do conteúdo de cada tema, tendo em vista:
 Conhecimento técnico-científico atual sobre o tema  considerar os que 
realmente são indispensáveis para a compreensão do assunto e mudança 
pretendida;
 Estratégia motivacional estabelecida para o tema;
 Características do público-alvo;
 Vocabulário adequado ao público (não utilizar palavras no diminutivo ou linguagem 
infantil  as palavras e expressões devem fazer parte do universo cognitivo do 
público)
6. Após seleção da metodologia, desenvolver o conteúdo programático, de modo a 
possibilitar a transferência da aprendizagem (da situação de ensino para a vida 
prática do educando).
 Para favorecer a transferência de aprendizagem, o educador deve:
OBJETIVO COMO? EXEMPLO
Criar no aluno atitude Mostrando ao aluno em que Aos ensinar “grupos de alimentos”, 
Educação Alimentar e Nutricional
Profa. Juliana Ripoli
6
positiva em relação à 
possibilidade de 
transferência desse assunto 
para a vida prática.
situações da vida prática 
aqueles conhecimentos 
serão aplicados.
dizer aos alunos que eles devem utilizar 
este conceito todas as vezes que 
forem planejar um cardápio ou pedir 
um lanche na lanchonete, etc.
Criar situações no ambiente 
formal de ensino, que 
ofereçam ao aluno a 
oportunidade de descobrir 
por si a possibilidade de 
transferência.
Usando técnicas de fixação 
que permitam a aplicação 
dos conhecimentos em 
situações novas.
Propor problemas tipo “formule um 
cardápio equilibrado” ou faça um 
cardápio de um dia para um 
adolescente, que contenha um litro de 
leite;
Num treinamento de pessoal, solicitar 
que façam uma demonstração de 
tarefas específicas no momento da 
aula.
OBJETIVO COMO? EXEMPLO
Desenvolver o conteúdo 
segundo os objetivos, 
intenções e experiências do 
aluno.
Conhecendo de antemão em 
que situação o aluno vai 
desenvolver aquele 
conteúdo e para quê ele 
deseja recebe-lo.
Se o trabalho for feito com donas-de-
casa, o conteúdo deve envolver 
receitas e preparações culinárias; se o 
trabalho for feito com jovens, se deve 
discutir com eles como promover as 
mudanças alimentares, considerando o 
ambiente familiar ou escolar;
Dar exemplos e exercícios extraídos 
da realidade do aluno.
Estar consciente de que a 
transferência é proporcional 
à inteligência do aluno, e que 
os menos inteligentes 
precisam ser mais 
trabalhados.
Enfatizando mais, para 
estes, as medidas 
propostas nos itens 
anteriores.
Dar exemplos, tarefas e exercícios 
suplementares para os que apresentam 
maior dificuldade.
 
4. METODOLOGIA DA EDUCAÇÃO NUTRICIONAL
 É o conjunto de procedimentos que visam alcançar os objetivos da educação com o 
mínimo de esforço e o máximo de rendimento.
 A educação nutricional tem por objetivo a mudança de comportamento e precisa de 
considerações metodológicas básicas:
 Deve ser integrada aos programas de educação em saúde da comunidade;
 Recrutar educadores da própria comunidade  obtenção de melhores 
resultados do que “especialistas estranhos” (atitudes, valores, vocabulário e 
condutas diferentes);
 Locais ideais  os freqüentados pelo público (residências, igreja, escola, 
centro de saúde, etc.);
 Principal sucesso quando educandos buscam voluntariamente o programa;
Educação Alimentar e Nutricional
Profa. Juliana Ripoli
7
 É indispensável a participação ativa do educando;
 Discussões em grupo, troca de opiniões e experiências são estratégias 
aconselhadas para a obtenção de mudanças de atitudes;
 Preleções  30 min quando o público não tem hábito de situação escolar e até 
50 – 60 min para pessoas habituadas à escola;
 Utilizar métodos e técnicas que permitam ao educando observar, 
experimentar, comparar, discriminar, caracterizar, selecionar, concluir, 
transferir a aprendizagem e finalmente agir.
 Todos os seres humanos podem aprender e mudar suas práticas, independente da 
idade e sexo, ou condições sociais. 
5. MEIOS MULTISSENSORIAIS
 A seleção de métodos e técnicas a serem utilizados tem por finalidade facilitar a 
aprendizagem (aumentar a possibilidade de mudança de comportamento).
 Os métodos ativos são os mais eficazes  o educando não é um mero receptor de 
dados.
 Todo método deve  conduzir o educando a criticar, pesquisar, julgar, concluir, 
sintetizar, REFLETIR.
Métodos de Ensino Dados retidos após 3 h Dados retidos após 3 dias
Somente oral 70% 10%
Somente visual 72% 20%
Oral e visual 85% 65%
Fonte: Socondy-Vacuum Oil Co Studies, citada por Ferreira, OMC e Silva Jr., Recursos audiovisuais para o 
ensino, São Paulo, EPU, 1975. In: Motta, DG; Boog, MCF, 1987.
 A aprendizagem se faz de maneiras distintas pelos cinco sentidos:
 1,0% através do paladar
 1,5% através do tato
 3,5% através do olfato
 11% através da audição
 83% através da visão
RECURSOS AUDIOVISUAIS
 Funções:
 Apresentar o estímulo;
 Dirigir a atividade e a atenção do educando;
 Fornecer o modelo para o comportamento final desejado;
 Orientar a direção do pensamento;
Educação Alimentar e Nutricional
Profa. Juliana Ripoli
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 Induzir à transferência do conhecimento;
 Avaliar o rendimento da aprendizagem;
 Fornecer elementos insinuadores externos.
 Vantagens:
 Proporcionam experiências que facilitam a reflexão e a compreensão;
 Despertam o interesse dos alunos;
 Possibilitam exemplificação mais concreta;
 Permitem uma aprendizagem mais rápida e eficiente;
 Facilitam a explanação;
 Estimulam a participação ativa do educando.
 Em Educação Nutricional os recursos auxiliares mais comumente utilizados são 
alimentos verdadeiros, representações de alimentos no flanelógrafo (fotos, 
desenhos, modelos em plástico, cera, tecido, papel), “cartas de baralho” ou “quebra-
cabeças” com figuras de alimentos, fantoches, máscaras (alimentos ou personagens), 
fantasias (alimentos ou personagens), quadro de escrever, utensílios e equipamentos, 
filmes, etc.
 CUIDADOS: tamanho da letra, espaçamento entre as letras, palavras e linhas, estilo 
e cores utilizadas para as letras.
C A F É (ERRADO) CAFÉ (CERTO)
 CORES: utilizar as opostas, que geram contraste como: laranja e azul, amarelo e 
roxo, verde e vermelho, ou trios harmônicos como: vermelho-amarelo-azul, verde-
lilás-alaranjado que servem para cartazes e murais.
Educação Alimentar e Nutricional
Profa. Juliana Ripoli
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Cores complementares  aquelas que estão opostas no Círculo das Cores. São 
contrastantes entre si. O vermelho é complementar ao verde. O azul é complementar 
ao laranja. O amarelo é complementar ao roxo.
Cores análogas  aquelas que estão vizinhas no Círculo das Cores. São próximas 
entre si. Por exemplo:
- Amarelo / Amarelo-esverdeado / Verde
- Azul / Azul-arroxeado / Roxo
- Vermelho / Vermelho-alaranjado / Laranja
- Azul / Azul-esverdeado / Verde
Observação: uma composição com cores complementares (contrastantes) sempre 
possibilita maior destaque que uma composição com cores análogas.
Cores quentes  predominam os tons de vermelho, amarelo e laranja. 
Caracterizam-se como cores vibrantes, alegres, agressivas, sensuaisetc., dando, 
inclusive, a sensação de calor. São cores associadas à época do verão.
Educação Alimentar e Nutricional
Profa. Juliana Ripoli
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Cores frias  onde predominam os tons de azul, verde e roxo. Caracterizam-se 
como cores melancólicas, tristes, que proporcionam a sensação de calma e 
recolhimento (aconchego) - portanto não são vibrantes. São cores associadas à época 
do inverno.
Cores neutras  não há predomínio de tonalidades quentes ou frias. São cores 
neutras os tons de preto, branco, cinza, marrom e bege.
 O que considerar para a escolha dos recursos:
 Características do público  nível de instrução, capacidade de abstração, 
características culturais, condições socioeconômicas.
 Objetivos e conteúdo programático.
 Evitar excesso de recursos para não desviar atenção (dispersão).
 Recursos disponíveis  o local possui energia elétrica para projetores, 
água, quadro de escrever, álbum seriado, projetores ou vídeo?
 A comunicação é um processo complexo, contínuo e dinâmico. Para fins didáticos 
podemos esquematizar:
 Quem? ...................................... você – planeja o programa educativo
 Diz o quê? ............................... sua mensagem, conteúdo, estilo
 Por qual canal? ....................... rádio, TV, jornais, revistas, cartazes, aula
 A quem? .................................. seu público
 Com que resultado? .............. mudanças de conhecimento, atitudes, práticas
 Funções:
 Apresentar o estímulo;
 Dirigir a atividade e a atenção do educando.
3ª FASE  DESENVOLVIMENTO DO PROGRAMA
 Execução (realização e controle atual/do sucessor)
Educação Alimentar e Nutricional
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 Avaliação (atividades, resultados, custos – possibilidade de ampliação ou 
reformulação)
6. AVALIAÇÃO DE PROGRAMAS EDUCATIVOS
AVALIAR É MEDIR, COMPARAR E CONCLUIR.
 É o processo para determinar o valor ou volume do êxito na consecução dos objetivos 
pré-estabelecidos.
 A avaliação não deve ser realizada apenas no final do programa educacional. Ela 
deverá ser um processo contínuo que se inicia com o planejamento de medidas e 
continua além da fase programa-projeto, sob a forma de pós-avaliação.
 O que avaliar no início do programa? (Avaliação diagnóstica):
 Conhecimentos, atitudes, práticas alimentares, tabus e crenças, práticas de 
seleção, conservação, preparo e consumo de alimentos, prática de aleitamento 
materno, etc.
 Características do público: grupo etário, escolaridade, ocupação, renda, 
interesses, motivações, necessidades sentidas, canais de comunicação.
 Avaliação Formativa (durante o programa):
 Aceitação do programa pelo público (ex: frequência às atividades 
programadas);
 Cumprimento das atividades previstas;
 Consecução dos objetivos específicos no decorrer do programa (testes 
escritos, perguntas orais, demonstrações técnicas, após o desenvolvimento de 
cada atividade do programa);
 Repercussão e efeitos imprevistos, positivos ou negativos, do programa.
 Avaliação Somativa (final da programação ou programa):
 Mudanças obtidas nos conhecimentos, atitudes e práticas relativas à nutrição 
(situação final das atitudes e práticas alimentares comparadas à inicial);
 Grau de mudança (% do público que adquiriu novos hábitos);
 Recursos humanos envolvidos;
 Custo total do programa;
 Número de atividades realizadas (aulas, reuniões, etc);
 Recursos materiais utilizados.
Educação Alimentar e Nutricional
Profa. Juliana Ripoli
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 Avaliação  processo contínuo, presente em todas as fases do programa educativo;
 Mudança de comportamento  não costuma ocorrer em curto prazo e nem sempre 
perduram;
 Em educação nutricional  avaliação deve ser realizada logo após o programa (para 
medir aquisição de conhecimentos), em médio prazo (mudanças de atitudes e 
práticas retidas até aquele momento) e em longo prazo (mudanças permanentes).
Educação Alimentar e Nutricional
Profa. Juliana Ripoli
13
7. MODELO PARA PLANEJAMENTO DE UM PEAN
Público-sujeito: (1) Período: (4)
Local: (2) Horário: (5)
Carga Horária: (3) Objetivo 
Geral: (6)
Datas 
(7)
Objetivos 
Específicos (8)
Conteúdo 
Programático (9)
Estratégia (10) Avaliação (13) Responsáve
is (16)Método
s (11)
Recursos 
Audiovisuais (12)
Instrument
os (14)
Critério
s (15)
1. Público-sujeito: clientela, público, beneficiários do programa, grupo de indivíduos com os quais se vai desenvolver o 
programa.
2. Local: onde as atividades educativas serão realizadas.
3. Carga horária: duração total, em horas, das atividades que serão desenvolvidas.
4. Período: quando o programa será desenvolvido.
5. Horário: dias da semana e horário das atividades.
6. Objetivo Geral: meta final do programa, o que se espera atingir com o programa, mudanças pretendidas.
7. Datas: de cada unidade do programa.
8. Objetivos específicos: comportamentos mensuráveis que o público-sujeito deverá apresentar ao longo do programa.
9. Conteúdo programático: informações técnico-científicas que deverão ser transmitidas em cada uma das unidades do 
programa, traduzidas para a linguagem do público; temas; assuntos.
10. Estratégia: forma pela qual o conteúdo programático de cada unidade será transmitido; métodos e recursos que serão 
utilizados para que as informações transmitidas se traduzam em mudanças comportamentais.
11. Métodos: individuais (entrevistas), de grupo (palestra, painel, simpósio, etc) ou de público (rádio, TV, jornais, etc.). 
“Modo de fazer” do processo educativo.
12. Recursos audiovisuais: materiais auxiliares, recursos instrucionais (quadro de giz, transparências, filmes, 
flanelógrafo, etc.).
13. Avaliação: processo para verificar até que ponto os objetivos foram atingidos.
14. Instrumentos de avaliação: recursos utilizados para a coleta e registro dos dados a serem avaliados. Fichas de 
observação, roteiros para exercícios orais ou escritos, questionários, formulários, testes objetivos.
15. Critérios: normas pré-fixadas para indicar em que nível a mudança obtida será considerada
Educação Alimentar e Nutricional
Profa. Juliana Ripoli
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16. satisfatória. Ex: 30% de acertos ou mudança de práticas em pelo menos 70% dos participantes.
16. Responsáveis: elementos que desenvolverão cada uma das unidades do programa. Nome e qualificação profissional.
EXEMPLO: PROGRAMA DO CURSO “ALIMENTAÇÃO E SAÚDE”
Clientela: Mães de pré-escolares Período: cinco semanas (de abril a maio, 2020)
Local: escola “Y”, da periferia de São Paulo Horário: às 2ªs feiras, das 8 às 10 horas
Carga Horária: dez horas Objetivo Geral: Promover a saúde dos pré-escolares por intermédio do incentivo
a práticas alimentares adequadas.
Datas Objetivos Específicos
As mães deverão:
Conteúdo Programático Estratégias Avaliação Responsáveis
Métodos Recursos 
Audiovisuais
Instrumentos Critérios
04/05
Unidade 
1
 Demonstrar consciência do 
direito do ser humano a 
alimentação adequada;
 Explicar a importância da 
alimentação saudável, completa, 
variada e agradável para a 
saúde física, mental e social do 
ser humano.
Comer bem para viver bem
 O direito à alimentação
 Alimentação e saúde
 Preleção com 
participação 
dirigida
 Flanelógrafo  Roteiro de 
perguntas orais
90% de 
acertos
Nutricionista
s
11/05
Unidade 
2
 Enumerar as funções dos 
alimentos;
 Agrupar os alimentos segundo 
suas funções;
 Citar as características da 
dieta equilibrada;
 Compor um cardápio 
equilibrado.
Planejando a alimentação da 
família
 Funções dos alimentos
 Grupos de alimentos
 Características da dieta 
equilibrada
 Composição de cardápios
 Preleção
 Tarefa 
dirigida
 Flanelógrafo
 Figuras de 
alimentos
 Exercício com 
figuras de 
alimentos
 Composição de 
cardápios com 
figuras de 
alimentos
90% de 
acertos
Nutricionista
s
Educação Alimentar e Nutricional
Profa. Juliana Ripoli
15
18/05
Unidade 
3
 Citar e explicar as necessidades 
alimentares especiais do pré-
escolarCriança que Come bem, Cresce e 
Aparece
 Importância da alimentação 
adequada para o 
crescimento e 
desenvolvimento do pré-
escolar
 Preleção
 Discussão em 
grupo
 Ilustrações
 Flanelógrafo
 Roteiro de 
perguntas orais
90% de 
acertos
Nutricionista
s
Educação Alimentar e Nutricional
Profa. Juliana Ripoli
16
8. PLANEJAMENTO DE AULA
 A aula é o momento em que se efetiva o processo ensino-aprendizagem.
 O plano de aula é:
 Uma PREVISÃO de todas as atividades que deverão acontecer durante a aula;
 Uma REFLEXÃO sobre o que vai ser feito e como vai ser feito.
 Onze etapas para preparar uma aula:
1. Analisar o tema e os objetivos;
2. Selecionar a bibliografia básica;
3. Ler todos os textos e proceder a uma segunda seleção;
4. Selecionar os incentivos motivacionais;
5. Desenvolver o conteúdo;
6. Adaptar o conteúdo ao método;
7. Selecionar os exercícios para fixação e transferência da aprendizagem;
8. Preparar a conclusão da aula;
9. Confeccionar os recursos audiovisuais;
10.Elaborar os instrumentos para avaliação da aprendizagem;
11. Preparar uma ficha da aula (usar durante a aula – “lembrete” com tópicos mais importantes).
ELEMENTOS DO PLANO DE AULA
1. Cabeçalho: local
 data
 horário
 duração
 público-alvo
 tema
 responsável
Educação Alimentar e Nutricional
Profa. Juliana Ripoli
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2. Objetivos
3. Desenvolvimento da aula (incentivos motivacionais, conteúdo, fixação e transferência da aprendizagem)
4. Estratégia (métodos, recursos audiovisuais)
5. Avaliação da Aprendizagem (instrumentos, critérios)
6. Bibliografia
Educação Alimentar e Nutricional
Profa. Juliana Ripoli
18
EXERCÍCIOS
1. Defina os critérios e instrumentos de avaliação de uma aula sobre “Preparo de Hortaliças” para auxiliares de cozinha de um 
serviço de alimentação.
2. Defina os critérios e instrumentos de avaliação de um programa de orientação nutricional para controle de peso.
3. Defina os critérios e instrumentos de avaliação de um programa educativo para incentivo ao aleitamento materno.
4. Elabore planos de aula para os seguintes temas:
a. Planejamento da dieta equilibrada
Público-alvo: mães de alunos de 1º grau de uma escola em sua cidade.
b. Aleitamento materno
Público-alvo: gestantes que freqüentam uma unidade sanitária para o “pré-natal”.
c. Higiene dos alimentos
Público-alvo: manipuladores de alimentos de um serviço de alimentação.
d. Merenda escolar
Público-alvo: merendeiras da rede oficial de ensino.

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