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Anatomia e Fisiologia Vegetal Aula 6: Anatomia e �siologia do desenvolvimento da raiz Apresentação Nesta aula, conheceremos as tendências pedagógicas tradicional, nova, tecnicista e crítica relacionadas ao processo de ensino e aprendizagem, bem como entenderemos seus contextos históricos. Ser nutricionista implica em misturar o conhecimento técnico com educação para que os conceitos de saúde, alimentação e nutrição sejam disseminados para todos. Neste contexto, avaliaremos o papel deste profissional na construção do conhecimento, analisando os principais problemas ou limitações encontrados nas teorias de ensino. Objetivo Identificar as características das tendências pedagógicas tradicional, nova, tecnicista e crítica; Analisar os principais problemas ou limitações encontrados nas teorias de ensino. Ensino e aprendizagem O método de ensino e aprendizagem engloba uma visão de desenvolvimento humano em um mundo de valores e em uma maneira de conceber o objeto de educação. Este é conduzido visando metas imediatas, principalmente com relação às necessidades socioeconômicas do momento, de acordo com alguns autores. Já para outros, a pedagogia é um empreendimento que tem como objetivo formar o ser humano através das exigências de dignidade, liberdade autônoma, respeito e responsabilidade, tornando-se um meio e não um fim. (BRU, 2008) A aprendizagem é o resultado do condicionamento utilizado, sendo produzida através de reforços. Desta forma, mediante reforços positivos ou negativos, pode-se provocar a aprendizagem de comportamentos que devem ser adotados ou evitados. Entretanto, para as concepções construtivistas, a aprendizagem não pode ser reduzida a um treinamento associado ao estímulo e resposta, ou mesmo a uma simples transmissão de novo conhecimento. (GALISA et al., 2014) Ensinar, segundo as concepções construtivistas, não é a simples repetição de um modelo até que se aprenda o que ele quer dizer, e, sim, compartilhar as dificuldades do aprendiz e analisá-las, entendendo-as e sugerindo soluções. Mulher ensinando criança (Fonte: Shutterstock). Teorias de aprendizagem Para as propostas pedagógicas, os métodos são constituídos com foco nas teorias de aprendizagem, as quais podem ser agrupadas em duas categorias: Clique nos botões para ver as informações. Define a aprendizagem pelas suas consequências comportamentais, dando ênfase às condições ambientais como motivadoras da aprendizagem; Teoria do condicionamento Definem a aprendizagem como um processo de relação do sujeito com o mundo externo, com consequências no plano da organização interna do conhecimento. Teorias cognitivistas Crianças brincando com letras (Fonte: Shutterstock). A inteligência do ser humano é sistema cognitivo do qual se retira, dos meios social e físico, muitas informações, sendo capaz de organizá-las, relacionando-as com conhecimentos já adquiridos. Assim, o conhecimento pode ser construído pelo sujeito na interação com o meio e a atividade do sujeito cognoscente. (PIAGET, 1982) A interação com o meio ocorre desde o nascimento da pessoa, através do convívio familiar e depois da escola, para, a partir daí, inserir-se no seu grupo, produzindo a cultura no seu cotidiano. A Segundo Vygotsky (1991), a utilização de instrumentos e os signos são elementos mediadores dessa relação, do processo a ser apreendido, o qual, inicialmente, é experimentado externamente nas vivências da criança com os meios físico e social e, posteriormente, internalizado em uma atividade de reconstrução. Este aspecto é de fundamental importância, visto que explica a aquisição do conhecimento, em que toda nova informação deve ser submetida às estruturas de desenvolvimento que o sujeito traz consigo, o que implica transformações constantes e recriações contínuas, em oposição a uma concepção uniforme e condicionante de aprendizagem sem subjetividade. Todavia, um objeto na mão da criança pode agregar novos atributos por meio da mediação, em que novas ações são realizadas. A mediação ocorre durante toda a vida do ser humano, podendo existir situações em que se aprende sozinho e, em outros casos, em que se precisa do colega, do educador e da família. E, em outras circunstâncias, incorporam-se, ainda, novos conceitos, provenientes da própria rede midiática massificada, sem nenhuma construção. Ainda de acordo com Vygotsky (1991), o processo de mediação na aquisição do novo conhecimento, por meio do conceito de zona de desenvolvimento proximal, também se destaca, relacionando-se com o processo que ocorre entre aquilo que já está aprendido em uma área (denominada zona de desenvolvimento real) e aquilo que pode vir a ser aprendido/desempenhado com a ajuda de outra criança ou de um adulto (denominada zona de desenvolvimento potencial). Neste intervalo entre as duas zonas, emerge a zona proximal, na qual novas funções estão potencialmente se desenvolvendo e criando novas aprendizagens. A relação entre o ato de brincar e o desenvolvimento é um ponto fundamental em que o brinquedo atua como criador de uma zona de desenvolvimento proximal, na medida em que torna possível, por meio do suporte imaginário, que a criança aja de maneira além do comportamento habitual da idade. No brinquedo, é como se ela fosse maior do que é na realidade. Como no foco de uma lente de aumento, o brinquedo contém todas as tendências do desenvolvimento de modo condensado, sendo, ele mesmo, uma grande fonte de desenvolvimento. (VYGOTSKY,1991) Mulher com três crianças estudando (Fonte: Shutterstock). Esta relação entre o desenvolvimento, o brincar e a mediação é primordial para a construção de novas aprendizagens e da consciência, e o educador faz parte desse processo. Ele é o outro com quem o educando interage ativa e diretamente, constituindo-se em um mediador no processo de construção do conhecimento. Mesmo a pedagogia possuindo uma série de diferentes tipos de tendências pedagógicas, trabalharemos nesta aula quatro delas: tendência tradicional, tendência nova, tendência tecnicista e tendência crítica. Tendências pedagógicas da educação De acordo com Santos (2012), o conhecimento das tendências pedagógicas é essencial para que o aprendizado seja mais significativo. Quando se busca significado para que o conteúdo possa alcançar as pessoas, o educador passa a ter um norte e a perceber de forma clara o processo de ensino, pensando em: Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Balões com simbolos de interrogação (Fonte: Shutterstock). O que ensinar? Para quem? Como? Para quê? Por quê? Tendência tradicional A educação tradicional também é denominada de bancária, visto que a ideia central é depositar informações sobre o aluno. O professor, que sabe de tudo, transmite os conteúdos aos alunos, que nada sabiam e que passivamente tinham suas mentes “preenchidas” pelo conhecimento transmitido. Este termo, bancária, vem da comparação com o depósito de dinheiro em uma conta bancária, inicialmente zerada. O conhecimento que o professor transmitia era gradativamente “depositado” na mente do aluno exatamente como o dinheiro é depositado em uma conta de um banco. (OSTERMANN; CAVALCANTI, 2011) Luckesi (1994) relata que os primeiros registros da tendência tradicional são do século XVII. Esta surgiu no contexto da sociedade burguesa tentando se consolidar como uma democracia no final do período feudal. Pensa-se que a educação é a única forma de vencer a ignorância, ou seja, com a educação é possível transformar as pessoas, dando-as liberdade. (SAVIANI, 2003) Assim, a função da escola deve ser de preparar intelectual e moralmente os estudantes para assumir seu papel na sociedade. Os conhecimentos são formados por valores acumulados com o tempo e transmitidos aos alunos como verdades indiscutíveis. Professora ensinando crianças (Fonte: Shutterstock). Na tendência tradicional, as didáticas abordadas em sala de aula eram focadas na explanação e demonstração de forma oral da disciplina. Quando se fala da relaçãoaluno professor, o aluno exigia uma atitude receptiva deste último, visto que o professor é visto como uma autoridade que não pode ser questionada. O processo de ensino e aprendizagem é receptivo e mecânico, não considera a idade nem o contexto social em que o aluno está inserido. (SANTOS, 2012) Comentário Na tendência tradicional, o ensino é muito centrado na autoridade do professor, a forma horizontal em que alunos e professor aprendem juntos, com grande interação, é eficiente. Salienta-se que, quando se fala hierarquia horizontal, não se está eliminando a hierarquia professor-aluno. Esta se estabelece de forma totalmente distinta da tradicional, pressupondo uma participação de forma igualitária do professor e do aluno no processo de aprendizagem. (OSTERMANN; CAVALCANTI, 2011) Tal tendência não foi bem-sucedida e sofreu várias críticas, como permitir que parte da população continuasse marginalizada. Crianças estudando (Fonte: Shutterstock). Tendência nova A tendência nova nasceu como resposta à falha da tendência tradicional. Ao invés de parte da população ser considerada marginal por ignorância, ela estaria nesta condição por ser rejeitada, não aceita pela sociedade. De acordo com Saviani (2003), ficou evidente que Luckesi (1994) relata que os primeiros registros da tendência tradicional são do século XVII. Esta surgiu no contexto da sociedade burguesa tentando se consolidar como uma democracia no final do período feudal. Pensa-se que a educação é a única forma de vencer a ignorância, ou seja, com a educação é possível transformar as pessoas, dando-as liberdade. (SAVIANI, 2003) Assim, a função da escola deve ser de preparar intelectual e moralmente os estudantes para assumir seu papel na sociedade. Os conhecimentos são formados por valores acumulados com o tempo e transmitidos aos alunos como verdades indiscutíveis. "os homens são essencialmente diferentes, ou seja, cada pessoa é única”. Segundo Saviani: “Compreende-se, então, que essa maneira de entender a educação, por referência à pedagogia tradicional tenha deslocado o eixo da questão pedagógica do intelecto para o sentimento; do aspecto lógico para o psicológico; dos conteúdos cognitivos para os métodos ou processos pedagógicos; do professor para o aluno; do esforço para o interesse; da disciplina para a espontaneidade; do diretivismo para o não diretivismo; da quantidade para a qualidade; de uma pedagogia de inspiração �losó�ca centrada na ciência da lógica para uma pedagogia de inspiração experimental baseada principalmente nas contribuições da biologia e da psicologia. Resumindo, esta refere-se a uma teoria pedagógica que considera que o importante não é aprender, mas aprender a aprender." - Nome do Autor Todavia, para se aplicar tal teoria, faz-se necessário alterar a organização escolar, uma vez que o papel da escola era de formação de atitudes e os conteúdos tinham como base a busca do conhecimento pelos próprios alunos. Os métodos em sala de aula tinham como fundamento a facilitação da aprendizagem, e a relação do professor com o aluno era centralizada no estudante, sendo de atribuição do professor apenas manter um clima de relacionamento pessoal e autêntico, com respeito. A aprendizagem tinha como objetivo aprender a modificar as percepções da realidade. (SANTOS, 2012) Mas essa tendência também falhou na universalização do conhecimento, principalmente pelo seu alto custo. Esta ficou reduzida a escolas experimentais equipadas e restritas a pequenos grupos de alto poder aquisitivo, agravando ainda mais a questão da marginalidade observada na tendência tradicional. (SAVIANI, 2003) Tendência tecnicista Com as falhas nas tendências tradicional e nova, a tendência tecnicista surge com o “pressuposto da neutralidade científica e com inspiração nos princípios de racionalidade, eficiência e produtividade, essa pedagogia advoga a reordenação do processo educativo de maneira a torná-lo objetivo e operacional”. Ressalta-se que as tendências anteriores não foram totalmente abandonadas, e que estão presentes nos dias de hoje na educação. (SAVIANI, 2003) A função da escola é de moldar o comportamento humano através de técnicas específicas. E os conteúdos são informações organizadas em uma sequência lógica por educadores qualificados. Material escolar | Fonte: Shutterstock As metodologias utilizadas em sala de aula baseavam-se em procedimentos e técnicas para a transmissão e recepção de informações, e a relação do professor com o aluno era objetiva: O professor transmitia informações e o aluno deveria fixá-las. A aprendizagem é baseada no desempenho. (SANTOS, 2012) A Tendência Pedagógica Tecnicista pode ser descrita como um modelo de racionalização com características da produção do sistema de produção capitalista, o qual entra na educação brasileira no século XX, condicionando a educação para preparar as pessoas para o mercado de trabalho, tendo como ponto de partida a lógica de dominação que desconsidera as necessidades sociais. Sala de aula com adultos estudando (Fonte: Freepik). Tal tendência tem influência na concepção comportamentalista do ensino, descrita com base na teoria de Burrhus Frederic Skinner, que destaca o uso de técnicas na Prática Pedagógica que induzem os comportamentos e transmissão dos saberes científicos; ou seja, o ensino é programado e os conteúdos são organizados obedecendo a uma sequência lógica. Assim, o aluno vai se desenvolvendo progressivamente, mas de modo passivo ao dar respostas esperadas, desconsiderando totalmente os aspectos dos sujeitos. (BRITO, 2019) Atenção Não se pode deixar de mencionar que, embora a pedagogia nova também dê importância aos meios, existe, todavia, uma diferença fundamental: Enquanto na pedagogia nova os meios estão à disposição da relação professor-aluno, na pedagogia tecnicista a situação é invertida. Todavia, na pedagogia nova são os professores e alunos que decidem se utilizam ou não determinados meios, além de quando e como o farão; na pedagogia tecnicista é o processo que define o que professores e alunos devem fazer, quando e como o farão. (SAVIANI, 2003) Assim, com a “burocratização” da escola, que passou a seguir protocolos com instruções detalhadas de como deveria proceder, notou-se que o objetivo final, que era a educação, acabou perdendo sua especificidade, visto que houve fragmentação do conhecimento. Os marginalizados agora eram os “improdutivos” e “ineficientes”. (SAVIANI, 2003) Professor com duas crianças estudando (Fonte: Shutterstock). Tendência crítica A tendência crítica é enfatizada na forma de aplicação dos conteúdos escolares em confronto com os problemas da sociedade e no contexto da própria vivência. Assim, nessa concepção, os conteúdos científicos precisam ser contextualizados de modo a relacionar as práticas de vida do aluno, por meio de um processo de apropriação crítica, em que se dá ênfase a uma maior participação nas aulas e nas discussões, ampliando sua visão de mundo. A memorização e imposição não levam ao aprendizado, e o conhecimento só ocorre quando há um processo de compreensão, reflexão e crítica. (LIBÂNEO, 1995) Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Devido às falhas nas tendências anteriores, visto que consideram apenas a ação da educação sobre a sociedade, idealizou-se a tendência crítica, com diversas leituras e representantes. No Brasil, temos a tendência progressista libertadora, que surge durante a década de 1960, proposta por Paulo Freire. Menina estudando (Fonte: Shutterstock). Os idealizadores de tal tendência descrevem que o papel da escola é levar professores e alunos a atingir um nível de consciência da realidade em que vivem na busca por transformações sociais. Os conteúdos são compostos por temas geradores retirados da problematização do cotidiano dos educandos. As metodologias abordadas em sala de aula são os grupos de estudo, e a relação do professor com o aluno é de igual para igual, de forma horizontal. A aprendizagem fundamenta-se na valorizaçãoda experiência vivida como base da relação educativa, bem como da resolução da situação problema. (SANTOS, 2012) Problematizar e refletir acerca da realidade e dos problemas é de suma importância no processo de aprendizagem e mudança. Cada vez mais percebe-se a importância da educação na saúde e da necessidade de nos aproximarmos de importantes teóricos da educação e da sociologia para entendermos melhor todo esse processo; entre eles, Freire, Giroux, Piaget e Bourdieu. A educação crítica em saúde parece ser a melhor denominação para a realização do trabalho em educação alimentar e nutricional, em que a crítica representa a relação de diálogo e de questionamentos, permitindo ou possibilitando que os sujeitos produzam conhecimento através de reflexão e problematização, resultando em mudanças práticas e transformação social. (FREIRE, 2010) Um importante fato a ser mencionado é que os pesquisadores Magalhães, Martins e Castro já falavam em educação nutricional crítica no ano de 2012, evidenciando a importância da atuação de profissionais nutricionistas como educadores (as) em todas as etapas de intervenção alimentar e nutricional. Sala de aula com crianças com o braço levantado (Fonte: Shutterstock). trabalho deveria ser pautado “em teorias pedagógicas norteadoras da educação alimentar e nutricional crítica”, que agregassem, entre outros conceitos, o de educação em saúde, aconselhamento dietético, psicologia em grupo, antropologia da alimentação e segurança alimentar e nutricional. Os mesmos autores destacaram a fragilidade da formação dos profissionais em relação à ausência ou vaga capacitação pedagógica analítica, dinâmica e criativa. A educação alimentar pode possibilitar a “transformação” dos hábitos alimentares, do estado nutricional e da saúde em si, levando-se em consideração que a alimentação inadequada é parte das principais causas de excesso de peso e seus agravantes, como hipertensão, dislipidemias, doenças cardiovasculares, entre outras. Neste sentido, vemos a importância em problematizar os alimentos consumidos, sem deixar de lado o contexto social e econômico das pessoas. Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Atividade 1. A tendência progressivista libertadora, que surge durante a década de 1960 e foi proposta por Paulo Freire, segue os princípios de quais tendências pedagógicas? a) Tendência tradicional. b) Tendência inovadora. c) Tendência tecnicista. d) Tendência crítica. e) Tendência nova. 2. A tendência é enfatizada na forma de aplicação dos conteúdos escolares postos em confronto com os problemas da sociedade e no contexto da própria vivência. Nesta concepção, os conteúdos científicos precisam ser contextualizados de modo a relacionar as práticas de vida do aluno, por meio de um processo de apropriação crítica, em que se dá ênfase a uma maior participação nas aulas e nas discussões, ampliando sua visão de mundo. Tal característica é referente a que tendência pedagógica? a) Tendência tradicional. b) Tendência inovadora. c) Tendência tecnicista. d) Tendência crítica. e) Tendência nova. 3. Os primeiros registros da tendência tradicional são do século XVII. Esta surgiu no contexto da sociedade burguesa, tentando consolidar uma democracia no final do período feudal. Neste contexto, tal tendência também recebeu a denominação de bancária, devido à: a) Relação social do indivíduo com o meio em que está inserido. b) Alusão ao depósito de técnicas. c) Alusão ao depósito de fonte de renda proveniente do conhecimento adquirido. d) Referência ao capitalismo. e) Alusão ao depósito do conhecimento. 4. A Tendência Pedagógica Tecnicista pode ser descrita como um modelo de racionalização com características da produção do sistema de produção capitalista, o qual entra na educação brasileira no século XX, condicionando a educação para preparar as pessoas para o mercado de trabalho. São pressupostos da tendência tecnicista, exceto: a) Princípios de eficiência. b) Princípios de racionalidade. c) Neutralidade científica. d) Princípios de produtividade. e) Princípio da imparcialidade. Notas Tecnologia do DNA recombinante (rDNA) 1 O DNA recombinante (rDNA) é uma forma de DNA que não existe naturalmente. É criado pela combinação de sequências de DNA que normalmente não ocorreriam juntos. Modal – clonagem reprodutiva 2 A clonagem reprodutiva é uma prática proibida em vários países, inclusive no Brasil. Ga-Sur 2 Cientistas acreditam que a localidade que recebia este nome no passado é atualmente o Iraque. quem faz o mapa 3 O profissional que elabora as cartas geográficas é chamado de “cartógrafo”. Na época dos Descobrimentos era denominado "cosmógrafo" e considerado muito importante. Idade Média 4 Período da história da Europa entre os séculos V e XV. Antiguidade Clássica 5 Período da história da Europa que se estende aproximadamente do século VIII a.C. e vai até a queda do Império Romano do Ocidente no século V d.C. Referências BRITO, M.S.C. As Tendências Pedagógicas que norteiam as práticas dos professores nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Cajazeiras, 2019. BRU, M. Métodos de pedagogia. São Paulo: Ática; 2008. FREIRE, P. Pedagogia da autonomia. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2010. LIBÂNEO, J.C. Democratização da Escola Pública: A pedagogia Crítico-Social dos Conteúdos. 13.ed. São Paulo: Loyola, 1995. LUCKESI, C.C. Filosofia da Educação. São Paulo: Cortez, 1994. OSTERMANN, F.; CAVALCANTI, C.J.H.C. Educação alimentar e nutricional: da teoria à prática. 1.ed. São Paulo: Roca, 2014. PIAGET, J. O nascimento da inteligência na criança. 4. ed. São Paulo: Zahar; 1982. SANTOS, R. Tendências pedagógicas: o que são e para que servem. Educação Pública. CECIERJ, 2012. SAVIANI, D. Escola e Democracia. 36.ed. São Paulo: Autores Associados, 2003. VYGOTSKY L.S. A formação social da mente. 4.ed. São Paulo: Martins Fontes; 1991. Próxima aula Próxima aula Planejamento de ações educativas. Explore mais Pesquise na internet, sites, vídeos e artigos relacionados ao conteúdo visto.��Em caso de dúvidas, converse com seu professor online por meio dos recursos disponíveis no ambiente de aprendizagem. Leia o texto: As Tendências Pedagógicas que norteiam as práticas dos professores nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental Pesquise: Acesse o site Educação Alimentar e Nutricional - FNDE javascript:void(0); javascript:void(0); Educação alimentar e nutricional Aula 7: Planejamento de ações educativas Apresentação Não existe educação alimentar e nutricional (EAN) sem ação, sendo imprescindível que o nutricionista se mova, intencionalmente ou não, para que o conhecimento sobre alimentação e saúde atinja a população. Nesta aula, compreenderemos as etapas necessárias para o efetivo planejamento de ações educativas, tais como diagnóstico, objetivo, conteúdo, estratégia/intervenção, avaliação e registro de atividades. Objetivos Identificar as etapas do planejamento de uma ação educativa e programas de EAN; Planejar atividades educativas com base nas necessidades identificadas no diagnóstico e interesse de um público alvo. Conceitos envolvidos no planejamento de ações de educação alimentar e nutricional (EAN) Para iniciarmos o assunto, precisamos compreender alguns conceitos envolvidos no planejamento de ações de educação alimentar e nutricional (EAN), tais como (ESPERANÇA; GALISA, 2008): Clique nos botões para ver as informações. “Ação com intuito de transmitir conceitos e outras informações. Convém que a informação seja clara, objetiva e sucinta para facilitar a assimilação, porém sem o compromisso de modificar o comportamento”. Informar “Envolve a transmissão de conceitos e outras informações, de maneira direcionada, com o objetivo de provocar mudanças de comportamento cognitivo, o que pode levar ao amadurecimento das habilidades e influenciar mudanças de atitudes. Geralmente, a orientação é realizada em curto espaço de tempo. Deve ser clara, objetiva e sucinta quanto à utilização de técnicas e recursos criativos, para melhorassimilação e maior memorização do conteúdo”. Orientar “Processo contínuo, complexo, dinâmico e a longo prazo. Tem o compromisso de mudar o comportamento cognitivo, melhorar a atitude e adequar a prática. Visa capacitar o indivíduo a agir conscientemente diante de situações novas da vida com aproveitamento da experiência anterior, tendo em vista a integração, a continuidade e o progresso social, conforme a realidade de cada um”. Educar Processo de aprendizagem pelo qual passa o aluno de cursos da área da saúde que envolvem a ciência da nutrição. Portanto, a educação nutricional é atividade privativa do nutricionista, segundo a Lei no 8.234/91, artigo 3, incisos IV e V: “Ensino das matérias profissionais dos cursos de graduação em nutrição” e “Ensino das disciplinas de nutrição e alimentação nos cursos de graduação da área da saúde e outros afins”. Educação nutricional “Pode ser definida como o conjunto de atividades de comunicação destinado a aperfeiçoar o conhecimento da população-alvo sobre a ciência da nutrição. Esse conhecimento destina-se a melhorar as práticas alimentares da população, mediante mudança voluntária de conduta. Nesse contexto, a educação alimentar visa à melhoria da saúde pela promoção de hábitos alimentares adequados, pela eliminação de práticas dietéticas insatisfatórias, pela introdução de melhores práticas de higiene e pelo uso de modo mais eficiente dos recursos destinado à alimentação”. Educação alimentar “Quando o conteúdo abordado refere-se a conceitos de nutrição, como, por exemplo, composição centesimal de nutriente relacionada com as necessidades diárias”. Orientação em nutrição “Quando o conteúdo abordado se relaciona com processos de escolha, preparação e consumo de alimentos, termos esses destacados nos conceitos de alimentação, e não de nutrição”. Exemplos: “compre sempre produtos da época”; “verifique a integridade da casca das frutas antes de comprá-las”. Qualquer profissional da área da saúde pode fazer orientação alimentar quando ela estiver direcionada a indivíduos ou coletividades sadios. Quando for direcionada a coletividades enfermas, a elaboração dessas orientações deve ser, única e exclusivamente, de responsabilidade do nutricionista. Orientação alimentar Estrutura de programas de educação alimentar e nutricional Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online O programa de educação alimentar e nutricional é composto por etapas de ensino, treinamento e facilitação, ajudando o público alvo a escolher e praticar comportamentos desejáveis relacionados à alimentação e estilo de vida. O nutricionista deve estar capacitado e habilitado para interpretar os avanços na ciência a fim de transformá-los em práticas alimentares que melhorem a alimentação dos indivíduos. O programa educativo só será efetivo se o educador conscientizar o público alvo sobre os benefícios da adoção de novas práticas alimentares. Para isso, é imprescindível que o nutricionista seja altamente qualificado, sabendo utilizar as técnicas de comunicação e conhecendo as bases de um planejamento de programa de intervenção que envolva aprendizagem. (Fonte: 089photoshootings/ Pixabay). Planejamento O programa de educação alimentar e nutricional deve ser planejado sistematicamente, levando em consideração a situação- problema de cada público-alvo, visando sempre mudanças de práticas alimentares conducentes à saúde. Planejar significa decidir, racionalmente, as atividades que devem ser desenvolvidas, com a finalidade de se obter os objetivos desejados. O planejamento de um programa de educação alimentar e nutricional deve responder às questões do Quadro 1, que servem como eixo norteador para o desenvolvimento de programas. Questões Etapas do programa Qual é o problema? Diagnóstico educativo O que deve ser mudado? Objetivos O que fazer para que as mudanças esperadas sejam realizadas? Conteúdo programático Como fazer para que o conteúdo seja assimilado? Como comunicar? Estratégia Motivação Métodos e técnicas de ensino Recursos humanos e materiais O que e como analisar para determinar se os objetivos estão sendo alcançados? Avaliação Quadro 1. Questões do planejamento de um programa de educação alimentar e nutricional. (Fonte: Adaptado de ESPERANÇA; SÁ, 2008). Diagnóstico educativo Primeira etapa para o planejamento de um programa que inclua aprendizagem, na qual deverá ser identificado o problema e suas possíveis causas, bem como formulação de hipóteses, determinação de objetivos e prioridades, reconhecimento e análise dos recursos disponíveis e definição de parâmetros para posterior avaliação do programa. As principais informações que devem ser coletadas e analisadas são: Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Clique nos botões para ver as informações. Características pessoais e estilo de vida do público que influenciem as escolhas alimentares (família, emprego, educação). Meio social (sociais) Descrições de elementos fisiológicos da história de saúde da coletividade ou indivíduo. Exemplos: história médica (quando individual), parâmetros bioquímicos e antropométricos (avaliação nutricional) e determinação de fatores de risco. Biológicos (avaliação do estado nutricional) Preferências, alergias, recomendações e disponibilidades de alimentos. Contemplar, também, as condições de pobreza, preparo e armazenamento inadequados, além da inabilidade de ir às compras ou preparar alimentos. Consumo alimentar (comportamento alimentar) Componentes cognitivos, afetivos e situacionais do comportamento alimentar. Componente cognitivo: O que a população sabe sobre o objeto de mudança; conhecimentos básicos de alimentação e nutrição, incluindo crenças, mitos e tabus. Componente afetivo: O que a população sente com relação à prática em questão; sentimentos, opiniões e valores. Componente situacional: Barreiras existentes no meio em que vive; poder aquisitivo, alimentos, recursos, coerção social. Recursos disponíveis para o desenvolvimento do programa: institucionais, financeiros, humanos e materiais. Comportamentais Durante o diagnóstico educativo, o levantamento das informações pode ser realizado por meio de três parâmetros: Indivíduo Anamnese alimentar. Grupo Entrevistas individuais, discussão em grupo ou aplicação de formulários e ou questionários. Público em geral Pesquisas utilizando ou não amostragem. A participação ativa do público-alvo durante o diagnóstico é indispensável, pois os programas devem ser elaborados partindo das necessidades e dos interesses de todos. Um bom diagnóstico é condição fundamental para a eficácia de um programa que envolva aprendizagem. Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Objetivos A definição dos objetivos determina para que o programa está sendo realizado e quais as modificações pretendidas, mediante um conjunto de experiências que será proporcionado ao público-alvo e que não devem oferecer dúvidas de interpretação: Sua formulação deverá ser clara, simples e precisa. No programa de educação alimentar e nutricional, a seleção do conteúdo programático e da estratégia de ensino até os processos de avaliação deverão ser orientados pela elaboração dos objetivos. Os objetivos são classificados em objetivo geral e objetivos específicos: Objetivo geral: Indica o propósito do programa de forma ampla. Para formulá-lo, usam-se verbos abertos, tais como apreciar, adquirir, aperfeiçoar, capacitar, compreender, conhecer, desenvolver, dominar, motivar, entender, saber etc. É complexo, alcançável a longo prazo e possibilita uma visão da meta final do programa. Exemplo: Incentivar, por meio de programa de educação, as nutrizes a adotarem práticas de amamentação exclusiva adequadamente. Objetivos específicos: Indicam o propósito de forma mais específica, determinando os comportamentos mensuráveis que o público-alvo deve apresentar ao longo do programa educativo, evidenciando assim a consecução do objetivo geral. Os objetivos específicos estãocomprimidos no geral e devem ser escritos de modo a indicar claramente o comportamento destinado, de forma que qualquer indivíduo identifique se o comportamento desejado foi ou não adquirido. (CERVATO-MANCUSO, 2011) (Fonte: Engin_Akyurt/ Pixabay). Formulação dos objetivos específicos Clique no botão acima. Formulação dos objetivos especí�cos Na formulação dos objetivos específicos, convém: Incluir sempre um comportamento expresso por um verbo preciso (citar, ingerir, listar, explicar, enumerar, elaborar, preparar, indicar, anotar, diferenciar, dizer, relacionar, exemplificar etc.). Referir-se a algum objeto ou conteúdo (citar… “o quê?” Ingerir… “o quê?”). Ser redigido em termos do público-alvo e não em termos de quem pretende a mudança (“as gestantes deverão…”). Explicitar, quando possível, a situação e a adequação do comportamento desejado (“após a aplicação da primeira unidade do programa de educação, as gestantes deverão citar pelo menos três alimentos fontes de ferro”). Elaborar pelo menos um objetivo específico para cada nível de mudança do comportamento: Cognitivo, habilidade e atitude, indo do mais simples ao mais complexo. Exemplo: “as gestantes, após a primeira palestra, deverão citar três alimentos fontes de ferro (cognitivo); elas podem elaborar cartazes com receitas culinárias utilizando os alimentos fontes de ferro (habilidade); as gestantes deverão, após o término do curso, ingerir diariamente alimentos fontes de ferro durante a gravidez (atitude).” (ESPERANÇA; GALISA, 2006) A escolha adequada dos objetivos de um programa é essencial para seu sucesso, exigindo conhecimento prévio do contexto em que vive a população, bem como suas atitudes e práticas relativas ao problema a ser solucionado. Os objetivos devem (ESPERANÇA; GALISA, 2006): Respeitar as características da população. Ser consistentes, positivos, realistas e realizáveis. Ser do interesse do público-alvo. Estar de acordo com as características socioeconômicas e culturais do público-alvo e dos recursos materiais e humanos disponíveis. Ser estabelecidos a partir do conhecimento científico do comportamento esperado. Possibilitar avaliação posterior. Conteúdo programático Conjunto de temas que serão abordados durante o programa de educação alimentar e nutricional para a efetiva consecução dos objetivos propostos, possibilitando que o aluno desenvolva suas capacidades, mostrando-lhe suas relações com os outros e o meio em que vive. A escolha do conteúdo programático deverá ser realizada em função dos objetivos propostos, nível de conhecimentos, interesses e necessidades do público-alvo, temas abordados (relevantes e motivacionais) e conhecimento do educador. (BRASIL, 2008a; 2010) Uma das principais causas de insucesso nos programas de educação nutricional é o excesso de conteúdo transmitido aos educandos, pois, apesar de serem considerados importantes para o nutricionista, podem ser inacessíveis ao aluno. Para melhorar a organização do conteúdo programático, pode-se utilizar um roteiro bastante funcional: 1 Identifique os componentes que devem ser modificados. 2 Relacione os conteúdos técnicos essenciais para as mudanças comportamentais pretendidas. 3 Defina o conteúdo com finalidade predominantemente motivacional e relevante. 4 Distribua os temas por unidades, de acordo com natureza do tema, grau de complexidade e tempo disponível. 5 Elabore um esquema do conteúdo para cada tema, levando em consideração os conhecimentos técnico científicos atualizados indispensáveis para a compreensão do assunto e mudanças pretendidas; estratégia motivacional estabelecida; características do público-alvo e vocabulário adequado. 6 Desenvolva o conteúdo programático a fim de possibilitar a transformação da situação. Programe exercícios e atividades de fixação para facilitar a aprendizagem do tema. Estratégia Conjunto de procedimentos, métodos e técnicas com finalidade de envolver o educando em situações capazes de estimular a aprendizagem; ou seja, é a etapa em que acontece, de fato, a dinâmica do processo de comunicação. Agora vamos conhecer os procedimentos envolvidos neste processo, tais como motivação, métodos de ensino, recursos humanos e materiais. Motivação Motivo que leva à ação. É imprescindível a identificação e a utilização do motivo para despertar no indivíduo a vontade de agir em direção à mudança do seu comportamento. Nos programas de educação nutricional, o objetivo é a mudança de práticas alimentares, a fim de promover a saúde e qualidade de vida; portanto, é necessário conhecer a motivação dos educandos nesses campos para agir com eficiência. Muitas pessoas, apesar de terem o conhecimento necessário, não praticam o que é recomendado, pois é preciso despertar a motivação, o interesse e criar uma necessidade de ação. Coação Pode ser negativa ou positiva. O público-alvo é levado a certos comportamentos pela coerção, sendo induzido pela necessidade. Exemplos de coação negativa: “Um hipertenso não pode ingerir sódio em excesso, pois pode morrer”; “o aluno, se faltar à palestra, não receberá o certificado”. Exemplos de coação positiva: “Crianças que participarem das atividades de orientação alimentar ganharão uma garrafinha de água de presente”; “em grupo de acompanhamento de diabéticos, quem tiver o maior controle da glicemia ganhará uma cesta básica”. (Fonte: Sunny studio/ Shutterstock). Apelo ao raciocínio Quando o público-alvo é levado a considerar conhecimentos previamente adquiridos, fazendo associações tendo em vista o significado da ação para sua vida. Neste caso, o profissional nutricionista deverá proporcionar situações que levem o educando a um esforço propositado, a uma atividade que vise resultados desejados e compreendidos. Exemplo: Um hipertenso, para preparar suas refeições, escolhe temperos naturais e não os industrializados. Isso porque, por meio das informações obtidas, compreendeu os malefícios que o excesso de sódio pode fazer à sua saúde. (Fonte: 4 PM production/ Shutterstock). Participação do indivíduo no processo Participação do indivíduo no processo: O nutricionista orienta o público-alvo a buscar soluções em grupo, construindo o conhecimento de forma contributiva por meio de debates e participação ativa de todos no processo. Neste caso, o nutricionista apoiaria o educando a realizar suas próprias análises e escolhas. Exemplo: Grupo de apoio a obesos, em que o próprio participante dá seu depoimento e mostra como está solucionando seu problema. (Fonte: DisobeyArt/ Shutterstock). Métodos e técnicas de ensino Método é o caminho, e a técnica é a maneira como percorrê-lo, sendo ambos utilizados para induzir o aluno a seguir um plano para aprendizagem efetiva. Existe, porém, a necessidade de ajustar a metodologia conforme as características próprias de cada público-alvo. Dentre os tipos de métodos e técnicas de ensino, podemos apresentar: Método expositivo A figura central é o professor. Exige grande competência técnica, como voz audível com modulação adequada, boa dicção e facilidade para expor as ideias, entre outras características. Exemplo: Aula preletiva (expositiva), painel, simpósio e palestras. (Fonte: Rawpixel.com / Shutterstock). Método de laboratório Processo centralizado no aluno, que participa diretamente. Exemplo: Phillips 6.6, estudo de caso, seminário, dramatização, demonstração e brainstorming. (Fonte: Chaay_Tee / Shutterstock). Recursos humanos e materiais Elementos utilizados no processo de aprendizagem que servem para estimular o educando, classificados em: 1) Recursos humanos 1 Professor Considerado a principal fonte de estímulo para o aluno. São qualidades essenciais a um professor: Personalidade firme, conhecimento do assunto, habilidade para ensinar, sociabilidade e liderança. 2 Alunos Muitas atividades exigem trabalho de grupo em que há ajuda mútua, ou intervenção direta dos alunos. 3 Comunidade Pais, profissionais, autoridades. São elementos que podem auxiliar o professorno seu trabalho. 2) Recursos materiais 1 Naturais Natureza, como frutas, verduras e legumes. 2 Do ambiente escolar Visuais, auditivos e audiovisuais. 3 Comunidade Biblioteca, exposições etc. É importante salientar que a adequação da estratégia de ensino deverá considerar o diagnóstico ou a situação-problema, bem como as características dos sujeitos, os objetivos e os recursos disponíveis. A elaboração do cronograma de execução das estratégias é essencial para a execução do programa, devendo ser priorizadas as ações a longo prazo, já que a modificação do comportamento alimentar não é realizada somente com ações pontuais. (BRASIL, 2008) Avaliação Avaliar é medir, comparar e concluir, sendo um processo contínuo durante toda a implementação das estratégias de intervenção previstas no programa. A avaliação verifica se os objetivos foram alcançados, além de ser instrumento para planejamento de programas e fornecer dados para eventual replanejamento. (BOOG; MOTTA, 1987) A avaliação pode ser aplicada em diferentes fases, inclusive após a finalização, dependendo, em grande parte, dos objetivos, do tempo de duração (curto, médio e longo prazos) e do tipo de programa (educação, orientação ou informação). Os principais tipos de avaliação são: Clique nos botões para ver as informações. Realizada no início do programa, fornece informações para sua elaboração. Determina a situação-problema, os componentes do comportamento alimentar (cognitivo, afetivo, situacional) e as características do público-alvo e do local. Avaliação diagnóstica Análise da validade, eficiência e efetividade das atividades e dos resultados, realizada em intervalos previamente determinados durante a implementação do programa. Esse tipo de avaliação auxilia na identificação das dificuldades operacionais, ajudando o nutricionista a realizar reajustes nos objetivos, no conteúdo programático, nas estratégias ou em outros quesitos, viabilizando as ações propostas no planejamento. (TADDEI et al., 2011) Avaliação em curso ou formativa Realiza-se na finalização ou um pouco antes do término do programa, proporcionando subsídios para decidir sobre estratégias futuras, como expansão da experiência para outras áreas ou a necessidade de realizar uma segunda etapa para o programa. Avaliação terminal ou somativa Realizada algum tempo após o término do programa, quando se espera contar com o desenvolvimento total dos benefícios pretendidos, podendo analisar o impacto do projeto sobre o público-alvo. Avaliação a posteriori Deve-se avaliar os investimentos necessários ao programa (humanos, materiais, tempo), tendo em conta o efeito sobre o público-alvo. Avaliação de custo-efetividade Segundo Esperança e Galisa (2006), as razões para avaliar um projeto são: 1 Possibilitar a mensuração do realizado e verificar se os esforços foram efetivos, mostrar os fracassos e debilidades e como resolvê-los. 2 Obter informações que possibilitem orientar a tomada futura de decisões para tornar o trabalho mais efetivo. 3 Analisar o custo das atividades com relação aos resultados que estão sendo alcançados. 4 Informar aos envolvidos no programa sobre as metas alcançadas e compartilhar experiências. 5 Comparar a efetividade e o programa com outros programas semelhantes. 6 Realizar uma crítica do trabalho produzido, ajudando os envolvidos a analisar a amplitude do contexto e as implicações de seu próprio desempenho. O processo avaliativo deve comparar a situação final com a inicial, sendo necessária a utilização de instrumentos (questionários, roteiros de exercícios escritos e orais, jogos etc.) e critérios que auxiliarão a concluir se as mudanças obtidas foram satisfatórias. Ressalta-se que esses instrumentos e critérios de avaliação devem ser estabelecidos tendo por base as características do público-alvo e os objetivos do programa. Atividade 1. O programa de educação alimentar e nutricional é composto por etapas de ensino, treinamento e facilitação, ajudando o público alvo a escolher e praticar comportamentos desejáveis relacionados à alimentação e estilo de vida. O nutricionista deve estar capacitado e habilitado para interpretar os avanços na ciência a fim de transformá-los em práticas alimentares melhores. Neste contexto, as etapas de um programa de educação nutricional vêm na seguinte ordem: a) Objetivos, Estratégias, Diagnóstico, Conteúdo programático e Avaliação. b) Diagnóstico, Conteúdo programático, Avaliação, Objetivos e Estratégias. c) Diagnóstico, Objetivos, Conteúdo programático, Estratégias e Avaliação. d) Conteúdo programático, Diagnóstico, Avaliação, Objetivos e Estratégias. e) Diagnóstico, Estratégia, Avaliação, Objetivos e Conteúdo programático. 2. Avaliar é medir, comparar e concluir, sendo um processo contínuo durante toda a implementação das estratégias de intervenção previstas no programa. A avaliação tem como objetivo verificar se os objetivos foram alcançados, além de ser instrumento para planejamento de programas e fornecer dados para eventual replanejamento. (BOOG; MOTTA, 1987) Dentre os tipos de avaliação, é correto afirmar que: a) A avaliação diagnóstica é realizada em intervalos previamente determinados durante a implementação do programa. b) A avaliação em curso ou formativa determina a situação-problema, os componentes do comportamento alimentar (cognitivo, afetivo, situacional) e as características do público-alvo e do local. c) Avaliação terminal ou somativa é realizada para avaliar os investimentos necessários ao programa (humanos, materiais, tempo), tendo em conta o efeito sobre o público-alvo. d) A avaliação a posteriori é realizada algum tempo após o término do programa, quando se espera contar com o desenvolvimento total dos benefícios pretendidos, podendo analisar o impacto do projeto sobre o público-alvo. e) A avaliação de custo-efetividade auxilia na identificação das dificuldades operacionais, ajudando o nutricionista a realizar reajustes nos objetivos, no conteúdo programático, nas estratégias ou em outros quesitos, viabilizando as ações propostas no planejamento. 3. O diagnóstico educativo é a primeira etapa para o planejamento de um programa que inclua aprendizagem. Nesta fase, deverá ser identificado o problema e suas possíveis causas, com formulação de hipóteses, determinação de objetivos e prioridades, reconhecimento e análise dos recursos disponíveis e definição de parâmetros para posterior avaliação do programa. Nesta etapa, as principais informações do público-alvo que devem ser coletadas e analisadas são: a) Recursos humanos, Meio social, Características biológicas, Consumo alimentar. b) Local, Recursos didáticos, Características de consumo alimentar, Comportamentais. c) Meio social, Estrutura física, Consumo alimentar, Características biológicas. d) Comportamentais, Hábitos alimentares, Meio social, Recursos audiovisuais. e) Meio social, Características biológicas, Consumo alimentar, Comportamentais. 4. A escolha adequada dos objetivos de um programa é essencial para seu sucesso, exigindo o conhecimento prévio do contexto em que vive a população, suas atitudes e práticas relativas ao problema a ser solucionado. Segundo Esperança e Galisa (2006), os objetivos devem, exceto: a) Respeitar as características da população. b) Ser consistentes, positivos, realistas e realizáveis. c) Ser de interesse do nutricionista e possibilitar avaliação posterior. d) Estar de acordo com as características socioeconômicas e culturais do público-alvo e dos recursos materiais e humanos disponíveis. e) Ser estabelecidos a partir do conhecimento científico do comportamento esperado. Notas Título modal 1 Lorem Ipsum é simplesmente uma simulação de texto da indústria tipográfica e de impressos. Lorem Ipsum é simplesmente uma simulação de texto da indústria tipográfica e de impressos. Lorem Ipsum é simplesmente uma simulação de texto da indústria tipográfica e de impressos. Título modal 1 Lorem Ipsum é simplesmente uma simulação de texto da indústria tipográfica e de impressos.Lorem Ipsum é simplesmente uma simulação de texto da indústria tipográfica e de impressos. Lorem Ipsum é simplesmente uma simulação de texto da indústria tipográfica e de impressos. Referências BOOG, M.C.F.; MOTTA, D.G. Educação nutricional. 2.ed. São Paulo: Ibrasa; 1987. CERVATO-MANCUSO, A.M. Elaboração de Programa de Educação Nutricional. In: DIEZ-GARCIA, R.W.; CERVATO-MANCUSO, A.M. Mudanças alimentares e educação nutricional. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2011. ESPERANÇA, L.M.B.; GALISA, M.S. Programa de Comunicação e Reeducação Alimentar (PCRA). In: FAGIOLI, D.; NASSER, L.A. (Org.). Educação nutricional na infância e na adolescência: planejamento, intervenção, avaliação e dinâmicas. São Paulo: RCN; 2006. ESPERANÇA, L.M.B.; SÁ, N.G. Educação alimentar. In: GALISA, M.S.; ESPERANÇA, L.M.B.; SÁ, N.G. Nutrição, conceitos e aplicações. São Paulo: MBooks do Brasil; 2008. ESPERANÇA, L.M.B.; GALISA, M.S.; SÁ, N.G. Nutrição e dietética | Os nutrientes. In: GALISA, M.S.; ESPERANÇA, L.M.B.; SÁ, N.G. Nutrição, conceitos e aplicações. São Paulo: MBooks do Brasil; 2008. GALISA, M.S. Educação alimentar e nutricional: da teoria à prática. 1.ed. São Paulo: Roca, 2014. ORGANIZAÇÕES DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A AGRICULTURA E ALIMENTAÇÃO. Guia metodológico de comunicação social em nutrição. Roma; 1999. ORGANIZAÇÕES DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A AGRICULTURA E ALIMENTAÇÃO. Manejo de projetos comunitários de alimentação e nutrição. Roma; 2000. TADDEI, J.A.; LANG, R.M.F.; LONGO-SILVA, G. Planejamento e avaliação de programas de promoção nutricional. In: TADDEI, J.A. et al. Nutrição em saúde pública. Rio de Janeiro: Rubio; 2011. Próxima aula Produção de materiais de educação nutricional. Explore mais Pesquise na internet, sites, vídeos e artigos relacionados ao conteúdo visto. Em caso de dúvidas, converse com seu professor online por meio dos recursos disponíveis no ambiente de aprendizagem. Leia os textos: Educação alimentar e nutricional como intervenção em hábitos alimentares saudáveis no ambiente escolar Metodologia de trabalho em grupos para ações de alimentação e nutrição na atenção básica Instrumento imagético de educação alimentar e nutricional para promoção da alimentação saudável javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); Instrumento imagético para orientação nutricional javascript:void(0); Educação alimentar e nutricional Aula 8: Produção de materiais de educação nutricional Apresentação O Brasil vem passando por uma transição nutricional, com índices de desnutrição sendo reduzidos a valores cada vez menores, e os de sobrepeso e obesidade atingindo proporções epidêmicas. Neste contexto, a educação nutricional é uma estratégia fundamental na prevenção destes agravos. Para efetividade destas ações deve-se considerar o emprego de metodologias lúdicas, dinâmicas criativas, bem como produção de materiais didáticos de educação alimentar e nutricional. Nesta aula, aplicaremos os conhecimentos práticos para a produção de materiais educativos e recursos audiovisuais que possam ser utilizados na aprendizagem significativa da população. Conheceremos algumas dinâmicas educativas para educação nutricional e alimentar. Objetivos Examinar métodos e técnicas de ensino para educação alimentar e nutricional; Analisar modelos de materiais e estratégias para sua elaboração. Educação alimentar É inegável a importância da educação alimentar e nutricional no contexto atual de transição epidemiológica e dos crescentes índices de doenças crônicas não transmissíveis. Vale salientar também a relevância da tecnologia e da comunicação na garantia do direito ao acesso à informação, mas estas não substituem a educação, que tem no diálogo um dos seus elementos centrais. A tecnologia pode atuar como facilitadora do processo de ensino e aprendizagem e fazer parte de ações educativas no processo de mudança nas práticas alimentares do indivíduo ou de grupos populacionais. A aprendizagem deverá favorecer o desenvolvimento do conhecimento, de habilidades, de atitudes e de valores. Desta forma, destaca-se que as técnicas de ensino e aprendizagem são um conjunto de recursos ou mesmo materiais utilizados na realização do programa educativo. (Fonte: freepik / freepik). Estratégia é um conjunto de meios que o educador utilizará para facilitar a aprendizagem e favorecer o alcance dos objetivos educacionais pelo indivíduo ou pelo grupo populacional. Ela inclui desde a organização do espaço físico até a preparação de materiais a serem utilizados, tais como: recursos audiovisuais, dinâmicas de grupo ou atividades individuais. Assim, estratégia é um conjunto de procedimentos, técnicas e métodos que objetivam envolver o educando em situações que possibilitem estimular a aprendizagem. (MASSETO, 2003; CARDOSO, 2019) O processo ensino-aprendizagem fundamenta-se em vários objetivos, que incluem fatores como: Conhecimento, habilidades e competências afetivas, emocionais e de atitudes ou valores. Para responder aos objetivos traçados e metas, convém não utilizar somente técnicas. (Fonte: freepik / freepik). Cada educando ou grupo de educandos é diferente, e a técnica escolhida pode ser adequada para um e não para o outro. Atenção à necessidade de domínio das técnicas ou mesmo das estratégias que podem atender aos mesmos objetivos propostos. Ressalta-se que durante as ações continuadas de educação nutricional deve-se, além de adequar a técnica ao grupo alvo, variar nas estratégias, visto que estas são responsáveis pela motivação dos educandos. A variação das técnicas favorece não apenas atender às diferenças existentes entre os educandos, mas desenvolver suas diversas habilidades e capacidades de forma específica e individualizada. Quando se pensa em vantagens para o educador, menciona-se o fato do processo ser mais dinâmico e desafiador, pois será necessária renovação, conhecimento sobre estratégias, flexibilidade e criatividade. (MASSETO, 2003) Quando se vai iniciar o processo de aprendizagem, o educador deve identificar a motivação que despertará o interesse do educando pelo conhecimento e, assim, o desejo de mudar o comportamento. Vamos citar como exemplo a mudança de hábitos alimentares através dos conhecimentos de princípios que tornam o hábito de comer mais saudável; neste caso, é preciso despertar a motivação e o interesse do educando, para assim alcançar o objetivo de forma mais eficiente. Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online (Fonte: timolina / freepik). Métodos e técnicas de ensino Os objetivos do plano educacional devem ser claros para atingir as metas traçadas de ensino e aprendizagem. Assim, faz-se necessário conhecer uma variedade de técnicas ou estratégias, adaptando-as ao perfil de cada indivíduo ou grupo. Também se espera que o educador tenha a habilidade de criar ou mesmo adaptar técnicas de acordo com as necessidades do educando. Os métodos podem ser classificados em expositivos e laboratoriais. Método expositivo No método expositivo, o professor é visto como a figura central do processo de ensino e aprendizagem. Pode-se mencionar como exemplo desse método a preleção, tais como a aula do tipo expositiva, as palestras, os simpósios etc., e o painel. Para facilitar o entendimento descreveremos abaixo os seguintes métodos: Preleção Pode-se conceituar como a técnica na qual o nutricionista realiza a exposição de uma temática de forma oral para um determinado público. Esta deve ser composta por apresentação e desenvolvimento do tema, seguidos por síntese e conclusão. (LINDEN, 2011) (Fonte: New Africa / Shutterstock). Painel Composto por três a cinco especialistas que discutem determinado assunto diante de um público. Cada pessoa tem uma função definida; no caso, o moderador coordena a discussão, analisa e encaminha questionamentos do público e resume o tema. (Fonte: VGstockstudio / Shutterstock). Método laboratorial No método laboratorial, há a possibilidade do educando participar de forma direta do processo de ensino e aprendizagem.Cita-se como exemplos desse método: Aconselhamento nutricional ou dietético: O aconselhamento nutricional, ou orientação nutricional, é dividido em três fases: anamnese, ou entrevista; orientação alimentar e/ou nutricional; e acompanhamento nutricional. Anamnese Na anamnese, pode-se identificar a existência de doenças, os antecedentes familiares, o uso de medicamentos... Continue lendo... Orientação alimentar Na orientação alimentar, a abordagem tem como embasamento a transmissão oral, o diálogo do educando com o nutricionista. Continue lendo... Acompanhamento nutricional O aconselhamento é iniciado com o diálogo entre o nutricionista e o paciente ou cliente, ou seja, o educando. Continue lendo... http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0287/aula8.html http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0287/aula8.html http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0287/aula8.html Quando se fala em aconselhamento, sabe-se que o mesmo não é restrito a um único indivíduo, e que pode também ser realizado com pequenos grupos. Nestes, os participantes compartilham suas dúvidas, sentimentos e conhecimentos, estimulando a participação do indivíduo no processo de aprendizagem. (AQUINO E PHILIPPI, 2009) Atenção Com o aconselhamento, o educando é habilitado a realizar de forma adequada suas escolhas alimentares. Brainstorming Mais conhecido como “tempestade cerebral”, é realizado em pequenos grupos, e cada participante pode se manifestar sobre uma determinada temática. O educador anota em um quadro ou painel as opiniões apresentadas e, ao final, conclui a ideia do grupo. (LINDEN, 2011) (Fonte: pressfoto / freepik). (Fonte: pressfoto / freepik). Dramatização A dramatização também pode ser denominada de desempenho de papéis. Esta é a representação teatral de determinada situação, na qual “atores” encenam papéis orientados pelo nutricionista. Este método é uma ótima estratégia a ser utilizada em educação alimentar e nutricional para crianças, pois pode- se encenar com super-heróis ou outros personagens do imaginário infantil. (TURANO E ALMEIDA, 1999; SILVA; SILVA, 2019) Debate O debate é realizado em grupo, com mediação do nutricionista. O educando tem a possibilidade de apresentar ideias, reflexões, experiências e vivências, ouvir os outros participantes, dialogar, respeitar opiniões divergentes, argumentar e defender seus pontos de vista. O nutricionista como moderador tem a responsabilidade de expor o tema, fixar o tempo do debate e garantir que todos tenham a oportunidade de se manifestar. (TURANO E ALMEIDA, 1999; LINDEN, 2011) Além de tais responsabilidades, o profissional da nutrição deve evitar monopolização e não deixar o grupo perder o foco do debate. Deve-se ainda orientar os participantes para, ao final das explanações de ideias e opiniões, chegar a algumas conclusões, o que somente ocorrerá com a síntese de ideias. (Fonte: rawpixel.com / freepik). I(Fonte: rawpixel.com / freepik). Demonstração Esta estratégia é realizada em grupos, e consiste na explanação pelo nutricionista de um objeto ou processo para que o educando conheça suas características e aprenda a realizar as operações que compõem a tarefa. A demonstração é um modo prático de explicar como realizar uma atividade específica; por exemplo, o preparo de uma receita culinária ou como higienizar de forma correta as mãos e os alimentos. Tal estratégia pode ser utilizada para diversos grupos: Crianças, adolescentes e adultos. (TURANO; ALMEIDA, 1999; ESPERANÇA; GALISA, 2003; LINDEN, 2011) Tarefa dirigida A tarefa dirigida assemelha-se à demonstração, e pode ser caracterizada pela atividade realizada após instruções precisas do nutricionista. Tal estratégia define o passo a passo de uma tarefa, como alunos preparando um lanche saudável por meio de instruções detalhadas explanadas pelo nutricionista. (TURANO; ALMEIDA, 1999; LINDEN, 2011) (Fonte: pressfoto / freepik). Estudo de caso No estudo de caso o educador, no caso o nutricionista, expõe uma situação-problema focada em uma experiência verdadeira, oferecendo ao educando a oportunidade de abordar conceitos em um ambiente real. Neste método, há a possibilidade de se emitir e comparar opiniões, proporcionando a aprendizagem com a realidade. O estudo de caso deve possuir três características bem definidas: Levantamento de questionamentos significativos e relevantes de modo profissional; agregar informações para que o educando possa levantar suas hipóteses e questionamentos, além de sugestões ou soluções ao caso apresentado; e não manifestar as conclusões do caso. (ANDRE, 2013) No estudo de caso, o(a) nutricionista apresentará uma situação-problema para os educandos, os quais podem participar das seguintes formas: Emitindo opiniões, sugestões ou soluções individualmente e, depois, discutindo-as em grupo; ou dividindo o tema em subtemas, distribuídos a grupos. Atenção As conclusões de cada grupo devem ser apresentadas e discutidas por todos os outros. Neste caso, o nutricionista deve evitar ao máximo emitir sua opinião, podendo apenas, quando considerar necessário, complementar e, ao final, apresentar conclusões gerais. (LINDEN, 2011) Entrevista Na entrevista, o educando deve interrogar o nutricionista sobre determinada temática. Nesta técnica vale ressaltar a importância de um roteiro planejado de perguntas fechadas que direcionem o assunto, evitando-se ao máximo a perda de foco. (TURANO; ALMEIDA, 1999; LINDEN, 2011) Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Estratégias para práticas educativas em EAN Não se pode pensar em educação alimentar e nutricional (EAN) sem ação. O nutricionista deve ser ativo, para que consiga construir o conhecimento sobre alimentação saudável. Para ser ativo não se pode esquecer de planejar todas as ações para que assim sejam atingidos os objetivos. Mas como podemos colocar as ideias em prática? Para tal, vamos conhecer algumas estratégias de práticas educativas em EAN. Estas poderão ser aplicadas tanto para indivíduos, quanto para a coletividade, nos mais diversos locais, tais como clínicas, escolas, empresas e outros. A ideia é trazer sugestões e não esgotar todas as possibilidades, deixando o caminho sempre aberto para novas criações. O�cinas e vivências culinárias A culinária é uma prática de cunho social, que permite sair do foco estritamente biológico que marca o discurso sobre alimentação saudável, seja no âmbito técnico-científico, seja nos meios de comunicação. Esta dispõe o foco na comida e em tudo o que ela significa, no lugar de valorizar apenas o valor nutricional dos alimentos. (ROTEMBERG et al., 2017) Com as oficinas e vivências culinárias pode-se realizar debates sobre hábitos alimentares, comportamento alimentar, história da alimentação, desenvolver habilidades culinárias, refletir sobre questões de sustentabilidade, estimular a criatividade e visualizar uma alimentação saudável acessível e prática. (ROTEMBERG et al., 2017) (Fonte: rawpixel.com / freepik). Para o planejamento de oficinas culinárias, devemos levar em conta as seguintes etapas e observações, conforme a Tabela 1: Tabela 1: Etapas e observações para o planejamento de oficinas culinárias Etapas Observações Definição do grupo de interesse. Nesta etapa, devemos questionar para quem será ministrada a educação nutricional e quantas pessoas farão parte do grupo. Possíveis públicos e locais alvos: escolas, rede de saúde, lideranças comunitárias, docentes e estudantes de graduação e pós-graduação, trabalhadores, comunidade em geral, grupos específicos, como por exemplo: portadores de condições como diabetes, hipertensão arterial, alergias alimentares etc. Definição dos objetivos e temas. Nesta etapa deve-se questionar o para quê? Deve-se levar em consideração o perfil do grupo de interesse e suas questões relacionadas aos alimentos. Levantamento dos recursos humanos, financeiros, físicos (local e mobiliário) e materiais (equipamentos, utensílios e de consumo). Na presente etapa, o nutricionista deve realizar um levantamentodos recursos disponíveis para as ações planejadas. Necessário planejar quantas pessoas participarão da organização, e os responsáveis por cada uma das etapas da oficina, ou vivência culinária. Elaboração de listas de gêneros alimentícios, equipamentos, utensílios, materiais de limpeza, e outros materiais necessários. Dica: Preferir alimentos in natura ou minimamente processados, que estejam na safra, quando possível orgânicos, para que as pessoas possam ter mais acesso. Deve-se valorizar o uso de ervas e temperos naturais, bem como os alimentos disponíveis na região. Definição das estratégias pedagógicas, das dinâmicas de grupo, da ambientação e do tempo previsto para cada atividade. Etapa de planejamento das estratégias que serão utilizadas para se alcançar os objetivos propostos. A ideia é que se proponha dinâmicas em grupos. O tempo previsto, o número de preparações por oficina, o número de participantes por oficina e o espaço físico são variáveis intimamente relacionadas. Seleção de receitas, textos, livros, vídeos, músicas, sites e outros materiais de apoio. Deve-se escolher criteriosamente os materiais gráficos que serão utilizados nas atividades de educação alimentar e nutricional. Busque livros de receitas culinária e gastronomia. Pode-se fazer essa busca na internet. Recomenda-se sempre testar a receita antes de levá-la para uma oficina culinária. O educador pode sugerir que os educandos criem receitas. Elaboração de instrumentos de avaliação. Entender se os objetivos propostos foram alcançados, quais os pontos positivos e negativos da atividade, sugestões para próximas oficinas ou vivências culinárias. Sempre que possível, fazer o registro fotográfico das mesmas. (Fonte: Adaptado de ROTEMBERG et al. 2017). Podemos estruturar as oficinas em cinco momentos, de acordo com Rotemberg et al. (2017): Acolhimento, que abrange a ambientação, apresentação dos participantes e a proposta da oficina ou vivência culinária; Preparo para a introdução do tema, sugere-se iniciar com dinâmicas; A produção coletiva; Reflexão e debate sobre a receita proposta; Avaliação da atividade. Deve-se destacar, todavia, que a realização das oficinas culinárias tem que ser flexível e adaptada a cada realidade, visto que nem sempre se pode contar com todos os recursos necessários para seu desenvolvimento. Desta forma, podemos estabelecer vivências culinárias com preparações simples, ou somente com degustação. (ROTEMBERG et al., 2017) As oficinas devem ser um espaço de trocas de ideias, de formação de novos aprendizados, de compreensão das mudanças do padrão alimentar ao longo dos tempos, de que se pode superar barreiras e melhorar a alimentação, sem desrespeitar a cultura. Assim, as oficinas culinárias não devem se restringir a vivências práticas sobre nutrientes e formas de preparo. Quando se incluem as oficinas em projetos de grande abrangência, pode-se elaborar livros de receitas. (BRASIL, 2018) I(Fonte: rawpixel.com / freepik). Dinâmicas de grupos A dinâmica de grupo pode ser descrita como uma técnica da área das ciências sociais (mais precisamente da sociologia, psicologia e antropologia) que utiliza métodos científicos para estudar os fenômenos que ocorrem em grupos, e foi primeiramente utilizada pelo psicólogo Kurt Lewin, na década de 1940. Kurt Lewin e sua equipe desenvolveram a prática de dinâmica de grupo como técnica e método educativo de treinar as capacidades humanas. O principal objetivo era levar as pessoas a novos comportamentos por meio da exposição, discussão e decisão em grupo, um método totalmente diferenciado do ensino tradicionalmente utilizado. (PINHEIRO, 2014) Na atualidade, a técnica de dinâmica de grupo é utilizada de forma ampla em processos de seleção de recursos humanos. Na educação em saúde, deve ser planejada de forma detalhada, pensando nos seguintes aspectos: Para quê? Ela teve ter uma finalidade muito clara. Não precisa constituir a Prática Educativa inteira, pode apenas ter um objetivo pontual, que esclarecemos a seguir. Quem? É importante definir tanto o grupo que irá participar, quanto quem irá coordenar. Onde? O espaço físico é fundamental para pensar o tipo de dinâmica que será realizada: Eu preciso de suporte com mesas e cadeiras? Preciso de materiais de papelaria? Pode ser realizada em um parque ou outro espaço aberto? Quando? Em que momento ela deverá ser aplicada: Início, meio ou fim da oficina? As dinâmicas em grupo se adequam a qualquer faixa etária. São diversas estratégias possíveis, sempre organizadas de forma a estimular a participação do grupo, que não deve ser visto como um aglomerado de pessoas. O grupo é uma entidade com leis e mecanismos próprios, um conjunto de pessoas com interesses mútuos que cumprem tarefas específicas. Os participantes têm direito à fala, opinião, ponto de vista ou ao silêncio. O coordenador do grupo deve moderar a dinâmica e se responsabilizar para que os objetivos sejam atingidos (PINHEIRO, 2014; RH PORTAL, 2015). Há diversas dinâmicas em grupos. Apresentaremos, aqui, apenas algumas, começando por sua classificação por tipos, conforme podemos ver na Tabela 2: Tabela 2: Sugestão e função de dinâmicas em grupos Dinâmica FUNÇÃO “Quebra gelo” Ajudam a quebrar a ansiedade e a tensão. Apresentação Os participantes se apresentam, possibilitando descobrir: quem sou, de onde venho, o que faço, como e onde vivo, o que gosto, sonho, sinto e penso. Aconselha-se que sejam utilizadas dinâmicas rápidas, de curta duração. Integração Permitem analisar o comportamento pessoal e de grupo. Trabalha a interação, comunicação, encontros e desencontros do grupo. Relaxamento Tem como objetivo eliminar as tensões, soltar o corpo, voltar-se para si e dar-se conta da situação em que se encontra, focalizando cansaço, ansiedade, fadigas etc. Facilita o encontro entre pessoas que se conhecem pouco, para quando o clima de grupo for muito frio e impessoal. Capacitação Possibilita a revisão, comunicação e percepção do que fazem os participantes, a realidade que os rodeia. Amplia a capacidade de escutar e observar. Facilita e clareia as atitudes dos animadores para que orientem melhor seu trabalho de grupo, de forma mais clara e livre. Encerramento Ideais para finalizar as dinâmicas em grupo e coletar sua avaliação. (Fonte: PINHEIRO, 2014; RH PORTAL, 2015). A avaliação da dinâmica pode ser realizada de maneira formal, através, por exemplo, do uso de um questionário de satisfação; ou informal, com uma dinâmica de encerramento. Além das questões colocadas pelo grupo, o coordenador também deve fazer sua avaliação sobre seu desempenho de forma coletiva. Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Atividade 1. A tecnologia pode atuar como facilitadora do processo de ensino e aprendizagem e fazer parte de ações educativas no processo de mudança nas práticas alimentares do indivíduo ou de grupos populacionais. A aprendizagem deverá favorecer o desenvolvimento do conhecimento, habilidades, atitudes e valores. Assim, faz-se necessário conhecer técnicas e estratégias de ensino e aprendizagem, cujos pontos relevantes são, exceto: a) Como o educador fará para facilitar a aprendizagem. b) Valor cobrado pelo curso ofertado. c) Procedimentos, técnicas e métodos a serem utilizados. d) Organização do espaço físico. e) Preparação de materiais. 2. Os objetivos do plano educacional devem ser claros para atingir as metas traçadas para o ensino e aprendizagem. Desta forma, é necessário conhecer uma variedade de técnicas ou estratégias, adaptando-as ao perfil de cada indivíduo e grupo. Também se espera que o educador tenha a habilidade de criar, ou mesmo adaptar, técnicas de acordo com as necessidades do educando. Desta forma, temos que os métodos podem ser classificados em expositivos e laboratoriais. São exemplos de métodos expositivos: a) Entrevista e debate. b) Estudo de caso e painel. c) Preleção e painel. d) Oficina culinária e preleção. e) Demonstração e dramatização. 3. A culinária é umaprática de cunho social, que permite sair do foco estritamente biológico que marca o discurso sobre alimentação saudável. seja no âmbito técnico-científico, seja nos meios de comunicação. Esta dispõe o foco na comida e em tudo o que ela significa, no lugar de valorizar apenas o valor nutricional dos alimentos. Desta forma, as oficinas culinárias possibilitam, exceto: a) Realização de debates sobre hábitos alimentares. b) Reflexões sobre o comportamento alimentar. c) Críticas sobre opiniões divergentes. d) Estimular a criatividade. e) Refletir sobre questões de sustentabilidade. 4. A dinâmica de grupo pode ser descrita como uma técnica da área das ciências sociais (mais precisamente da sociologia, psicologia e antropologia) que utiliza métodos científicos para estudar os fenômenos que ocorrem em grupos. Assim, faz parte do planejamento de tais ações: a) Para quê? Ela teve ter uma finalidade muito clara. Não precisa constituir a Prática Educativa inteira, pode apenas ter um objetivo pontual. b) Período do mês? O período do mês deve ser determinado para eventos gratuitos. c) Período de construção do espaço físico? O período de construção do espaço físico é fundamental para pensar o tipo de dinâmica que será realizada: Preciso de suporte com mesas e cadeiras? d) Nome do grupo? É importante definir o nome do grupo que irá participar. e) Mês de nascimento dos participantes? Faz-se necessário conhecer em que mês do ano os integrantes das dinâmicas de grupo nasceram. Notas Anamnese (Continuar lendo…) e/ou drogas e o estilo de vida, além de fatores determinantes do consumo alimentar, como, por exemplo, horários e locais da alimentação, tipo de refeições, preferências, aversões, alergias etc. Orientação alimentar (Continuar lendo…) Neste momento, o profissional da nutrição transmite informações sobre o alimento, como, por exemplo, aproveitá-lo de forma integral. Quando se fala em orientação nutricional, o foco passa a ser mais específico em um ou mais nutrientes, como informações disponíveis nos rótulos de alimentos industrializados. (ANTONIAZZI, 2019) Acompanhamento nutricional (Continuar lendo…)Referências ANDRÉ, M. O que é um estudo de caso qualitativo em educação? Revista da FAEEBA – Educação e Contemporaneidade, Desta forma, o profissional de nutrição transmite seus conhecimentos, os quais contribuirão para que a pessoa busque estratégias para a promoção da sua saúde. (GUIMARÃES et al., 2010; ANTONIAZZI, 2019) q q ç ç p Salvador, v. 22, n. 40, p. 95-103, jul./dez. 2013. ANTONIAZZI, L. Falta de aconselhamento nutricional durante hospitalização. In: Arq Bras Cardiol. 2019; 113(2):270-271. AQUINO, R.; PHILIPPI, S.T. Nutrição clínica: estudos de casos comentados. Barueri (SP): Manole; 2009. BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Princípios e práticas para educação alimentar e nutricional. Brasília, DF: MDS, 2018. CARDOSO, R.A.A.N. Aplicação de tecnologias no processo de ensino e aprendizagem da educação profissional técnica. In: Ensino em Foco, Salvador, v. 2, n. 4, p. 137-147, abr. 2019. ESPERANÇA, L.M.B.; SÁ, N.G. Educação alimentar. In: GALISA, M.S.; ESPERANÇA, L.M.B.; SÁ, N.G. Nutrição – conceitos e aplicação. São Paulo: M. Books do Brasil; 2008. GUIMARÃES, N.G. et al. Adesão a um programa de aconselhamento nutricional para adultos com excesso de peso e comorbidades. In: Revista de Nutrição; 2010, 23(3):323-33. LINDEN, S. Educação nutricional: algumas ferramentas de ensino. 2.ed. São Paulo: Livraria Varela; 2011. PINHEIRO, A.F.S. Técnicas e Dinâmicas de trabalho em grupo. 1.ed. Montes Claros (MG): Instituto Federal do Norte de Minas Gerais, 2014. Disponível em: http://ead.ifnmg.edu.br/uploads/documentos/8rrFdOZMbo.pdf. Acesso em 14 jan. 2020. RH PORTAL. Guia completo das dinâmicas de grupo. Publicado em 02 set. 2015. Disponível em: https://www.rhportal.com.br/artigos-rh/dinmicas-de-grupo/. Acesso em 14 jan. 2020. ROTENBERG, S. et al. Oficinas e Vivências Culinárias como Estratégias de Educação Alimentar e Nutricional. In: DIEZ- GARCIA, R.W; CERVATO-MANCUSO, A.M. Mudanças alimentares e educação alimentar e nutricional. cap. 1, 2. ed., Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. SILVA, I.A.L.; SILVA, M.F.G. A importância da brincadeira de faz de conta na educação infantil: sob o olhar de professoras. In: Revista zero-a-seis. 1980-4512 | v. 21, n. 39 p. 67-80| jan-jun 2019. TURANO, W.; ALMEIDA, C.C.C. Métodos e técnicas de ensino aplicados à educação nutricional. In: GOUVEIA, E.L.C. Nutrição – saúde e comunidade. Revinter; 1999. Próxima aula Desafios da educação nutricional. Explore mais Pesquise na internet, sites, vídeos e artigos relacionados ao conteúdo visto. Em caso de dúvidas, converse com seu professor online por meio dos recursos disponíveis no ambiente de aprendizagem. javascript:void(0); Acesse: Caderno de atividades de educação alimentar e nutricional do Ministério da Saúde Leia o texto: Metodologia de trabalho em grupos para ações de alimentação e nutrição na atenção básica Desmistificando dúvidas sobre alimentação e nutrição: material de apoio para profissionais de saúde javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); Educação alimentar e nutricional Aula 9: Educação alimentar e nutricional e promoção da saúde Apresentação Nesta aula, compreenderemos a importância da Educação Alimentar e Nutricional para promoção da saúde de indivíduos e coletividades, bem como conheceremos sua legitimação nos organismos nacionais, instituída no Marco de Referência de Educação Alimentar e Nutricional para as Políticas Públicas. A educação alimentar e nutricional é uma possibilidade de consolidar os espaços de construção e efetivação do direito humano à alimentação adequada (DHAA) nas comunidades. Para isso, faz-se necessário situar historicamente a prática educativa exercida pelo nutricionista no Brasil. Objetivos Analisar a construção da Educação Alimentar e Nutricional enquanto prática voltada para a consolidação do direito humano ao alimento e à alimentação adequada; Examinar a legitimação e constituição da educação alimentar e nutricional nos organismos nacionais, instituída no Marco de Referência de Educação Alimentar e Nutricional para as Políticas Públicas. Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Histórico nacional da educação alimentar e nutricional Ao longo dos anos, as diversas formas de abordagem da Educação Alimentar e Nutricional (EAN) ditam a sua prática futura, assim como a elaboração de novas definições e estratégias, condizentes com seu histórico, ensejos e desafios. 1930 O início da EAN permeia a década de 1930, com a formação do parque industrial e da organização da classe trabalhadora urbana, tendo as pesquisas de Josué de Castro grande importância na revelação da situação de desigualdade e fome no Brasil. 1940 Com o passar do tempo, a educação nutricional sofreu importantes alterações. Na década de 1940, as estratégias tinham como base o ensino da alimentação saudável, com um olhar meramente biológico, sendo predominante o binômio alimentação-educação. O principal objetivo era a modificação do comportamento alimentar das pessoas menos favorecidas, por meio de ferramentas que ensinassem a se alimentar melhor; entretanto, seguiam princípios descontextualizados e com foco somente nos quesitos biológicos, sendo dirigidas aos trabalhadores e suas famílias. Além disso, as estratégias de educação nutricional orientavam a introdução de alimentos que não faziam parte dos hábitos alimentares dos indivíduos. Com o objetivo de promover a educação nutricional, nessa época eram realizadas visitas domiciliares, surgindo assim a profissional intitulada como visitadora de alimentação; contudo, essa estratégia durou pouco, pois foi considerada invasiva pela população. (BOOG, 1997; GREENWOOD; FONSECA, 2016) 1970 A partir da década de 1970, houve uma modificação nas políticas de alimentação e nutrição: A renda substituiu a educação como o principal obstáculo para uma alimentação saudável.
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