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ERISIPELA SUINA

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ERISIPELA SUINA 
Definição 
- A erisipela ou ruiva, é uma enfermidade 
do tipo hemorrágico apresentando lesões 
cutâneas articulares, cardíacas ou 
septicemia em suínos, bem como aborto 
em porcas em gestação. 
 
- Pode ocorrer de forma aguda ou 
crônica. 
 
- Em ovelhas e cordeiros: poliartrites. 
 
- Em humanos: lesões descamativas, 
endocardites e mais raramente 
septicemias graves. 
 
Etiologia 
- Bactéria: E. rhusiopathiae. 
 
- Bacilo gram positivo, anaeróbicos, 
imóveis e incapazes de formar esporos. 
 
- Antigenicidade aumentada por 
peptideoglicanos de parede. 
 
- pH ideal: 7,4 a 7,8. 
 
- O agente sobrevive em água por 4 a 5 
dias e vários dias no solo. Nas fezes 
persiste entre um a seis meses em 
temperaturas inferiores a 12°C. 
 
- Não resiste aos desinfetantes comuns e 
ao calor (10 minutos a 56°C). 
 
- Recentemente o microrganismo foi 
subdividido pela composição do DNA 
em duas espécies: Erysipelothrix 
rhusiopathiae e Erysipelothrix 
tonsilarum (+/- 16 sorotipos). 
 
 
 
Epidemiologia 
- Suíno doméstico é o maior reservatório. 
 
- Fazem parte da microbiota dos órgãos 
linfáticos. São, portanto, oportunistas. 
 
- Disseminação: fecal e oro-nasal. 
 
- Em meio orgânico pode sobreviver por 
anos. 
 
Patogenia 
- Infecção natural se processa 
frequentemente pela ingestão de 
alimentos e água contaminadas. 
 
- Penetração do organismo ocorre 
através das amígdalas ou tecido linfóide 
ao longo do Trato digestivo. 
 
- A enfermidade também pode ocorrer 
através de ferimentos de pele. 
 
- A infecção é caracterizada por 
septicemia, lesões cutâneas e poliartrite. 
 
- Porcas em gestação podem abortar. 
 
- Machos infectados, podem ocorrer 
alterações no tecido espermiogênico. 
 
- Pode ocorrer também lesões nas 
válvulas cardíacas. 
 
 
 
 
Sinais Clínicos 
- Agudos: 
• Febre alta, prostração, anorexia, 
conjuntivite e andar cambaleante. 
• Podem ocorrer mortes nos lotes 
infectados. 
• Sinal patognomônico: lesões cutâneas 
na forma de losangos, de cor púrpura 
escura, típica de lesão vascular, visíveis 
após 2º dia de infecção. 
• Podem desaparecer por volta de 4 a 7 
dias ou dar origem a áreas de necrose que 
podem durar por várias semanas, devido 
a infecção secundária. 
• Na necropsia observa-se 
esplenomegalia, hemorragias petequiais 
no epicárdio e córtex renal e enterite 
catarral ou hemorrágica. 
• Eles ficam deitados e relutam em 
levantar. 
• Se forçados a se levantar eles ficam 
com suas pernas encolhidas sob seu 
corpo. 
• Frequentemente aparecem entre 2 a 3 
dias e animais que desenvolvem lesões 
severas na pele geralmente morrem. 
 
- Crônicos: 
• Caracteriza-se por sinais de artrite e 
insuficiência cardíaca. 
• Engrossamento das articulações dos 
membros locomotores, com escasso 
conteúdo líquido sanguinolento turvo no 
interior da cápsula articular, podendo 
evoluir para fibrose. 
• A proliferação de tecido granular nas 
válvulas cardíacas causa endocardite 
vegetativa, com insuficiência cardíaca. 
• As lesões valvulares iniciam com 
inflamação vascular e infartos do 
miocárdio, resultante por obstrução pelas 
bactérias. 
 
- Fatores predisponentes ao 
aparecimento dos sintomas: 
• Estresse térmico. 
• Mudança brusca de alimentação. 
• Ingestão de micotoxinas. 
• Introdução de outras enfermidades no 
rebanho. 
 
Diagnóstico 
- Diagnóstico diferencial para: 
• Salmonelose; 
• Streptococose; 
• Peste suína clássica; 
 
- Em laboratório o isolamento é feito a 
partir de cultura de tec. das amígdalas e 
baço. 
 
- O teste sorológico de ELISA, bem 
como a fixação de complemento são 
provas laboratoriais utilizadas, mas 
podem ocorrer confusão com títulos 
vacinais. 
 
- O teste de imunodifusão em gel é 
utilizado para sorotipagem de 
Erysipelothrix spp. 
 
- O antígeno é obtido a partir de colônias 
isoladas em ágar sangue. 
 
Controle 
- Erradicação praticamente impossível. 
 
- Utilização de penicilina por 3 a 5 dias, 
para formas agudas. 
 
- Casos de artrite e endocardite não 
respondem bem ao tratamento. 
 
- Paralelamente adotam-se medidas de 
desinfecção das instalações. 
 
- Desinfetantes mais indicados: cresóis e 
fenóis, pelo maior poder residual e maior 
atividade em matéria orgânica. 
 
- Deve-se cumprir esquemas de 
vacinação em granjas onde o problema é 
endêmico. 
• Vacinas inativadas: vacinar os animais 
ao desmame. 
• Reforço após 30 dias. 
• Revacinação anual. 
• Porcas: 30 dias antes da reprodução. 
• Machos: 6 em 6 meses. 
 
- Material a ser remetido ao Laboratório: 
baço, rim, fígado, amigdalas, lesões 
cutâneas e articulações. 
*Órgão de eleição: baço e amígdalas. 
*Mais importante: rim e fígado.

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