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REDES E TECNOLOGIAS PARA DISTRIBUIÇÃO DA INFORMAÇÃO

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1 
 
 
REDES E TECNOLOGIAS PARA 
DISTRIBUIÇÃO DA INFORMAÇÃO 
 
 
 
 
2 
 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empre-
sários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação 
e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade ofere-
cendo serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a partici-
pação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação 
contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos 
e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber atra-
vés do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
Sumário 
REDES E TECNOLOGIAS PARA DISTRIBUIÇÃO DA INFORMAÇÃO ............ 1 
NOSSA HISTÓRIA ......................................................................................................... 2 
REDES E TECNOLOGIAS PARA DISTRIBUIÇÃO DA INFORMAÇÃO ............ 4 
Introdução ......................................................................................................................... 4 
Globalização ..................................................................................................................... 5 
A INFORMAÇÃO ........................................................................................................... 7 
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (TI) ...................................................................... 8 
FLUXO DE INFORMAÇÃO ......................................................................................... 13 
FLUXOS DE INFORMAÇÃO EM ORGANIZAÇÕES ............................................... 14 
MAPEAR FLUXOS DE INFORMAÇÃO ..................................................................... 15 
GESTÃO DA INFORMAÇÃO ...................................................................................... 16 
TI .................................................................................................................................... 19 
Tecnologias de informação na logística integrada ......................................................... 20 
Integração das tecnologias .............................................................................................. 21 
Estudo de casos múltiplos .............................................................................................. 26 
Referências ..................................................................................................................... 35 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
file:///C:/Users/Sabrina/Desktop/MODELO%20NOVO%20-%20APOSTILA.docx%23_Toc61812544
 
 
 
4 
REDES E TECNOLOGIAS PARA DISTRIBUIÇÃO DA INFORMAÇÃO 
 
Introdução 
Vivemos em um tempo de explosão informacional e, paradoxalmente, o 
mundo parece dominado pela alienação e o consumismo que dificultam a forma-
ção do pensamento crítico. 
A oferta e demanda de produtos e serviços, como aconteceu no século 
XX no pós II Guerra ultrapassou fronteiras, fato que favoreceu o desenvolvi-
mento de meios para que a comunicação entre diferentes pontos do mundo, para 
que os negócios acontecessem em menor tempo entre empresas, governos e 
demais instituições. 
A união da telecomunicação com a informática propiciaram rápido avanço 
nas áreas de pesquisa e principalmente nos negócios, com a abertura da Internet 
ao público civil, que pode acessar de forma rápida fatos e demais notícias, dis-
poníveis em grandes bases de dados para consulta e da demanda geradas em 
virtude dessa oferta. 
No turbilhão de conteúdos informativos, as organizações descobriram que 
não adianta somente "estocar" informação, se não reunir esforços para utilizá-la 
de forma correta, como insumo – recurso – para gerar vantagem e competitivi-
dade no mercado. 
Nas organizações torna-se cada vez mais necessário obter informação 
organizada e estruturada para o desenvolvimento de atividades específicas no 
trabalho. 
Muitos profissionais não estão capacitados e nem possuem orientação 
adequada para perceber a informação como um objeto e recurso de trabalho, e 
muito menos lidar com ela de modo adequado utilizando-se procedimentos cor-
retos que otimizem e melhorem o desempenho na execução das tarefas, e en-
tendam em que momento do processo informativo esteja atuando. 
 
 
 
 
 
5 
Globalização 
Muitos historiadores afirmam que a globalização teve início nos séculos 
XV e XVI com as navegações e descobertas marítimas, aonde o homem europeu 
entrou em contato com povos de outros continentes, estabelecendo relações co-
merciais e culturais. 
Porém, a globalização efetivou-se no final do século XX, logo após a 
queda do socialismo. 
O neoliberalismo, que ganhou força na década de 1970, impulsionou o 
processo de globalização econômica. 
É como se o mundo refizesse uma sociedade melhor, onde as concep-
ções capitalistas afirmam que os malefícios que este processo causou são sa-
crifícios que a sociedade teve que enfrentar para o seu próprio desenvolvimento. 
Fica cada vez mais evidente que esta liberalização intensificou os relaci-
onamentos e fez com que o capitalismo ultrapassasse fronteiras e que reorgani-
zou a sociedade através do trabalho e da busca incessante de produzir capital 
em grandes proporções. 
É evidente que os países em desenvolvimento estão agora oferecendo 
espaços para a lucrativa manufatura de produtos industriais destinados ao mer-
cado mundial em escala crescente. (IANNI, 2000, p. 18). 
Com os mercados internos saturados, muitas empresas multinacionais 
buscaram conquistar novos mercados consumidores, principalmente dos países 
recém saídos do socialismo. 
A concorrência fez com que as empresas utilizassem cada vez mais re-
cursos tecnológicos para baratear os preços e também para estabelecerem con-
tatos comerciais e financeiros de forma rápida e eficiente, foi neste momento que 
entra a utilização da Internet, das redes de computadores, dos meios de comu-
nicação via satélite etc. 
Para Lorenzetti (2000, p. 51) Essa nova facilidade que as empresas pos-
suem de agir além fronteiras cria por outro lado novos desafios para os governos 
e atores sociais. 
Enquanto as companhias transnacionais agem dentro de sua rede atra-
vés dos países, não há uma estrutura entre os governos com uma coordenação 
que controle a ação das transnacionais de modo a salvaguardar o interesse es-
sencial econômico e social de seus países. 
 
 
 
6 
Ao lado de redes avançadas de comunicações, as empresas são capazes 
de operar em um ambiente internacional, tornando todas as fronteiras invisíveis. 
De forma similar, a transferência de mercadorias de um meio de trans-
porte para outro requer facilidades intermodais que operem de forma eficiente, 
segura e previsível, podendo ajustar-se expandir à medida que cresce e diversi-
fica-se a demanda aplicada sobre eles. 
As próximas duas décadas exigirão progresso tecnológico em sistemas 
de transportes para reduzir custos, aumentar a confiabilidade e a segurança e 
aumentar a compatibilidade ambiental. 
Uma característica importante da globalização é a busca pelo baratea-
mento do processo produtivo pelas indústrias. Muitas delas produzem suas mer-
cadorias em vários países com o objetivo de reduzir os custos e optam por paí-
ses onde a mão-de-obra, a matéria-prima e a energia são mais baratas.O que é globalização: 
* processo na qual a organização busca o foco em suas competências, 
utilizando conhecimento e recursos espalhados pelo globo; 
* A globalização permite o desenvolvimento de soluções locais; 
* Globalização significa transitar pelas diferentes culturas, entendendo e 
respeitando suas crenças, aspectos econômicos, historia e idioma; 
* Globalização não significa entender a todos os clientes e segmentos de 
mercado, vendendo todos os produtos; 
 * Globalização não significa redução de empregos. 
Os impactos da globalização no Brasil não foram bons, pois enquanto o 
mundo abria as fronteiras e integrava as respectivas economias em blocos 
econômicos, o Brasil matinha as suas fechadas, impondo uma política de prote-
cionismo à produção nacional, com fortes restrições ao transportes e as impor-
tações. 
Mas o Brasil começou-se a desenvolver e esse processo atual de globa-
lização nada mais é do que a mais recente fase da expansão capitalista, onde 
visa aumentar os mercados e, portanto, os lucros, que é o que de fato move os 
capitais, produtivos ou especulativos, na arena do mercado. 
Para Ianni (1997, p. 17) “a globalização desafia radicalmente os quadros 
de referência da política, como pratica e teoria” as nações e as organizações 
 
 
 
7 
internacionais serão obrigadas a desenvolverem políticas que preservem a se-
gurança, a proteção, o trabalho e o meio ambiente como um todo. 
 
A INFORMAÇÃO 
O termo informação origina-se do latim informare – dar forma, criar, re-
presentar, apresentar uma idéia ordenada de modo lógico (ARAÚJO, E. A., 
2001). 
O conceito de informação – estudado de forma científica – se tornou co-
mum a partir da década de 1950, referindo-se a mensagens, notícias, novidades, 
dados, conhecimento, literatura, símbolos, sinais e tudo que descreva um 
evento, um fato ou momento registrado e tratado para determinado fim (ARA-
ÚJO, 1995). 
A Ciência da Informação caracteriza-se em estudar a informação, suas 
características, seu meio e as relações inseridas no contexto de outras áreas do 
conhecimento, onde recebe valor agregado devido ao que se faz compreender, 
ao ser transmitida em um processo para a tomada de decisão (GALVÃO; BOR-
GES, 2000). DRUCKER (1996, p. 67-70) apresenta a informação como o con-
junto de dados transformados, organizados para determinada tarefa e desempe-
nho específico aplicada para a decisão. 
A informação é apresentada como um instrumento modificador da cons-
ciência do homem e de seu grupo social. 
Mantém uma relação com o conhecimento, que só é realizada quando a 
informação é percebida, entendida e aceita pelo usuário (BARRETO, 1999). 
A informação é como um bem abstrato e intangível, um recurso vital para 
a organização com a competência de gerar conhecimento no indivíduo (MO-
RESI, 2000, p. 16). 
Em sua obra WURMAN (1995, p. 43) apresenta a informação, devida-
mente tratada, organizada e entendida como "aquilo que leva à compreensão" 
do que é transmitido. BUCKLAND (1991) em seus estudos caracteriza a ambi-
güidade da informação. Discorre sobre a variedade de significados encontrados 
para informação, de acordo com a perspectiva do estudo feito. 
Ele apresenta três usos fundamentais e distintos para a informação: 
 
 
 
8 
a) informação como processo: o ato de informar, ação de comunicar um 
fato ou evento; 
b) informação como conhecimento: o resultado desencadeado da "infor-
mação como processo", quando o sujeito capta, discerne e aprende com a infor-
mação transmitida para diminuir ou, em certos casos, aumentar as incertezas 
sobre determinado assunto; 
c) informação como objeto: atribuído para objetos com natureza informa-
tiva e instrutiva, como arquivos e documentos. 
 
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (TI) 
Antes da década de 80 as informações eram passadas manualmente, uti-
lizando papéis, nessa época a informação não era percebida como um elemento 
importante para a cadeia logística, mas o avanço da tecnologia tem agilizado 
esses processos, eliminando o excesso de papéis, melhorando a comunicação 
entre empresa, consumidor e transportador trazendo maior segurança ao deslo-
camento de cargas, indicando sua posição de deslocamento, controle de veícu-
los por satélites, controle de rotas podendo traçar rotas mais econômicas, che-
cagem de carga podendo ser efetuada por leitura ótica, informação imediata e 
visibilidade da frota por meio de sistemas de gerenciamento de veículos. 
É preciso inovar; conectar os diferentes elos que permeiam o seu negócio 
à internet, dispor de soluções que trafeguem em plataformas abertas e com um 
custo de propriedade cada vez menor, contar com uma infra-estrutura de Tec-
nologia de Informação sempre disponível e facilitar cada vez mais o acesso de 
parceiros e clientes à tecnologia, em função das mudanças que ela pode agregar 
à vida das pessoas. (BERTAGLIA, 2003, p. 182). 
Percebe-se que há alguns fatores que influenciam na importância da Tec-
nologia como agradar e satisfazer o cliente, a informação vital para níveis com-
petitivos e o fluxo de informações que tem um papel importante no planejamento 
estratégico e nas distribuições. 
Os sistemas de informações podem ser classificados em: 
• SPT: Sistemas de Processamento de Transações: permite realizar ne-
gociações armazenando e gerando dados sobre a negociação. Inclui banco de 
dados, telecomunicações pessoal, equipamentos, programas e procedimentos 
 
 
 
9 
para processar essas transações. Coleta de dados de entrega, realiza cálculos, 
armazena dados e produz relatórios. 
• SIG: Sistema de Informação Gerencial: Interpreta os resultados dos 
SPT, gerando relatórios resumidos. (Stair, p. 208) 
• SSD: Sistema de Suporte à Decisão Conjunto: Conjunto organizado de 
pessoas, procedimentos, equipamentos, programas e dispositivos utilizados 
para dar suporte á tomadas de decisões especificas de um problema. 
• SE: Sistema Especialista: aquele que age como um ser humano em um 
campo ou área determinada (cálculos de estruturas, transporte e similar). 
• IA: Inteligência Artificial: Conjunto organizado por pessoas, procedimen-
tos, equipamentos, programas e dispositivos utilizados para desenvolver solu-
ções computacionais que demonstram características de inteligência. 
Os investimentos em tecnologia chegam a mais da metade dos gastos 
anuais em diversas empresas, pois é uma solução organizacional, administrativa 
e logística imposto pelo ambiente, tendo o poder de fornecer soluções para de-
safios e problemas no ambiente logístico. 
Mas para que todos esses processos estejam corretamente tem que ha-
ver um planejamento, execução, comunicação, controle e concepção para as 
soluções da TI serem aplicada logística. 
No planejamento são consideradas as soluções de: 
• Previsão de vendas que asseguram com maior acurácia a previsão de 
demanda da cadeia de abastecimento. 
• CRM (Customer Relationship Management) sistemas especializados no 
atendimento personalizado do cliente; 
• SRM ( Supplier Relationship Management) sistemas especializados no 
relacionamento dos fornecedores; 
• Sistemas de gestão empresarial integrada, soluções e segurança para 
que as informações sejam rápidas e precisas. Gerenciam informações de um 
sistema integrado. 
• Material de Requerimento e planejamento, o planejamento das necessi-
dades dos materiais e recursos manufaturados, este é responsável pelos mate-
riais e produção. 
 
 
 
10 
• Distribuição de recursos de planejamento, softwares que apóiam cada 
vez mais o planejamento dos recursos necessários à distribuição da demanda 
num determinado período. 
Na execução, o gerenciamento da execução das atividades logísticas po-
dem ser apoiados por soluções automatizadas, tais como: 
• Sistemas de Gerenciamento de Armazéns que agregam inteligência aos 
processos de armazéns, que consideram as operações de recebimento, esto-
cam, controle, separação,expedição, transferências, inventario entre outras. 
• Sistemas de Gerenciamento de Transporte, que engloba o gerencia-
mento de frotas, gerenciamento de fretes, roteirização, rastreamento de veículos 
e etc. 
Na comunicação, a transmissão de informações, integrando os sistemas, 
empresas e pessoas, pode ser feita através de várias tecnologias como: 
• Terminais fixos e portáteis, os terminais fixos podem ser reconhecidos 
como terminais de mesa, os terminais portáteis podem ser usados como exem-
plo terminais instalados em empilhadeiras que possibilitam acesso dos usuários 
para a comunicação. 
• Comunicação eletrônica, que proporciona a informação em tempo real e 
integrada agilizando a tomada de decisões. 
Atualmente esse é um grande canal para o intercambio eletrônico de da-
dos esta sendo a internet. 
• Códigos de barras é um método de dados codificado por leitura rápida 
e acurada que podem ser representados por letras e/ou números. 
• Leitores a laser, é um sistema que utiliza laser para copiar, ler e inter-
pretar códigos de barras. 
• Radiofreqüência, assegura a transmissão de informação em tempo real 
da operação, através de sinais de rádio, para o sistema de gerenciamento. 
Estes sistemas citados acima são os mais importantes na comunicação 
entre fornecedor e cliente, além desses também há sistema controlados pela 
voz, sistemas controlados pela luz e o sistema de “palperless” que elimina a ne-
cessidade de papéis. 
No controle, a gestão logística é através de indicadores de desempenho, 
que fazem o acompanhamento do negócio, através do monitoramento de sues 
princípios sinais vitais, tais como: 
 
 
 
11 
• Informação de execução do sistema assegura a visualização dos indica-
dores estratégicos do negocio para que a alta cúpula possa tomar decisões de 
acordo com a realidade dos dados. 
• Sistema de suporte de decisão, fornece a informação com detalhes ade-
quado a gerencia e supervisão para que a mesma possa tomar decisões ade-
quadas. Mas para que todos dêem certo é preciso a concepção e implantação, 
pois o sucesso de uma boa logística esta no softwares que desenvolvem os si-
muladores de processos de negócios, simuladores de malha logística, analise 
de riscos e tomadas de decisões onde esses influenciam diretamente na logís-
tica. 
Todos os sistemas mencionados acima são importantes para as soluções 
de TI aplicadas a logística, esses são alguns sistemas que facilitam e aprimoram 
a logística num todo, também pode-se observar as inúmeras oportunidades de 
negócios que se faz através desses sistemas eficientes e seguros, que transmi-
tem a tranqüilidade e facilidade para o produtos e consumidor. 
O surgimento de economias de informação, o crescimento da Internet e 
de outras redes integradas de comunicações globais reformaram o papel dos 
sistemas de informação nos negócios e no comércio em geral, a fim de vencer 
barreiras e inovar o processo de transformação de dados em informações que 
são utilizadas na estrutura decisória da empresa, bem como proporcionam a 
sustentação administrativa para aperfeiçoar os resultados esperados. 
Os sistemas logísticos passaram a ser cada vez mais estratégicos, mo-
dernizando processos e provocando uma maior integração entre empresas, pro-
vocando muitas vezes, mudanças nas relações de negócios e no escopo orga-
nizacional. (LEOPOLDINO VIEIRA NETO, 2006). 
Os avanços tecnológicos e informatizados influenciam em muitos setores 
do transporte logístico, empresas e vários outros setores, pois o aumento na 
qualidade de informações do consumidor e vendedor são bem maiores, podendo 
assim satisfazer as partes. 
Vários aspectos devem ser avaliados, o principal é a composição dos flu-
xos de informação entre os agentes não podendo haver erros, para não criar 
uma ruptura na cadeia de valor, com impactos diretos sobre o nível de serviço 
prestado ao cliente. 
 
 
 
12 
A tecnologia torna-se necessária para viabilizar a maior eficiência dos pro-
cessos logísticos e o melhor desenvolvimento na gestão de processos. 
A aplicação mundial da TI no setor transportes tem proporcionado econo-
mia de tempo e de custos, aumentado a qualidade do serviço prestado aos usu-
ários, mas há alguns fatores que dificultam a utilização dos sistemas de roteiri-
zarão são: 
• Inexistência de sistemas adaptados às necessidades das empresas; 
• Mapas digitalizados com grau de detalhamento insuficiente e período de 
atualização longo. 
As empresas de transportes de cargas, obedecendo a lógica competitiva 
foram ocupando seu papel dentro da cadeia e passaram a incorporar inovações 
tecnológicas como meio para se diferenciar dos concorrentes, a partir de um 
melhor atendimento aos clientes. 
Segundo SCHUMPETER (1976), em seus trabalhos conduzidos durante 
a década de 1940, o qual considerava que a incorporação de inovações tecno-
lógicas é um fenômeno endógeno ao sistema capitalista. 
A capacidade de uma empresa em crescer num ambiente de concorrência 
acirrada depende de sua habilidade em criar algum diferencial. 
Esse diferencial diz respeito ao desenvolvimento e à incorporação de ino-
vações para melhor atender ao cliente, para criar novos produtos ou para obter 
melhores processos. 
Como resultado da estratégia, a empresa deve ser capaz de diferenciar-
se de seus concorrentes, obtendo o lucro que uma dada situação permita. 
A capacidade de diferenciar-se dos concorrentes em alguma variável im-
portante seja no valor gerado para os clientes, seja em elementos do sistema 
produtor dos bens ou serviços, consiste em uma vantagem competitiva e é a 
condição básica para o crescimento empresarial. As empresas incapazes de en-
contrar bases de diferenciação (no valor gerado ou na capacidade de operar com 
custos mais baixos) acabarão transformando seus produtos em commodities, 
onde os lucros são baixos e o potencial de acumulação de riqueza e de cresci-
mento é reduzido (BACIC, 1998). 
O setor de transportes encontra, por meio da aplicação das Tecnologias 
de Informação e de Comunicação, caminhos para procurar a diferenciação nos 
processos e no atendimento aos clientes. 
 
 
 
13 
Estas tecnologias permitem a otimização da distribuição de produtos. A 
tecnologia está no nosso dia-a-dia, para usufruirmos desse meio que nos traz 
imensos benefícios, porém o mercado está precisando de profissionais capaci-
tados na área de tecnologia para desempenhar as diversas funções nessa área 
e assim competir com outros países. 
Enfim, a TI é o maior beneficio que podemos encontrar no mercado atual, 
com essa tecnologia é possível ter uma maior tranqüilidade e agilidade nos pro-
cessos logísticos e no transporte rodoviário. 
Saber beneficiar-se dessa tecnologia só irá trazer múltiplas formas de in-
tegração na logística, e de segurança ao cliente. 
Como também não há como negar a importância e as transformações 
ocorridas depois que essa tecnologia passou a fazer parte do cotidiano das em-
presas e dos transportes. 
 
FLUXO DE INFORMAÇÃO 
O estudo inicial, no final da década de 1950, feitos por SHANNON e WE-
AVER (1975) sobre a informação, foi o de reproduzir de um determinado ponto 
a outro uma mensagem enviada para definir seu custo de transmissão. 
O conteúdo da mensagem deve ser exatamente o mesmo, ou suficiente-
mente aproximado, para entendimento das partes envolvidas. 
Nesse processo informativo linear, os autores apresentaram os seguintes 
componentes (Figura 1): 
a) a fonte de informação que gera o conteúdo informativo da mensagem; 
b) o codificador ou emissor, responsável em transformar a mensagem em 
sinais para tornar possível a transmissão; 
c) o canal, o meio utilizado para transmitir os sinais; 
d) o decodificador ou receptor reconstrói a mensagem a partir dos sinais 
recebidos; 
e) a destinação, ou seja, o indivíduo, capaz de assimilar e compreender o 
conteúdo informativo da mensagem transmitida.14 
 
FLUXOS DE INFORMAÇÃO EM ORGANIZAÇÕES 
A informação trafega pelos setores, de acordo com as necessidades pro-
fissionais de seus usuários, independente da área, adquirindo diferentes valores 
e funções para seu uso no decorrer do processo. 
O fluxo de informação surge da relação entre o conjunto de tarefas co-
nectadas de forma lógica pelos usuários (MCGEE; PRUSAK, 1994, p . 107-127). 
Em uma organização, MORESI (2000, p. 23) apresenta o fluxo de infor-
mação como um processo que agrega valor, em uma cadeia de valor dentro de 
Fonte: SHANNON e WEAVER (1975). 
Fonte de Informação Codificador ou Emissor Destinatário final Decodifi-
cador ou Receptor Canal um sistema de informação, por este ser o ambiente 
para a geração e a transferência da informação. 
DAVENPORT (1994, p. 98) alerta sobre a importância da definição das 
necessidades informacionais antes mesmo de iniciar sua coleta. 
Os dados e informações podem ser coletados nas fontes de informação, 
externas ou internas, processados – filtrados e organizados mesmo originários 
de fontes diferentes – de tal forma que se tornem úteis, atendendo os diferentes 
interesses das áreas da organização (MCGEE; PRUSAK, 1994, p. 116-117). 
Antes de difundir a informação, deve-se saber para quem o conteúdo in-
formativo interessa para ser disseminado no momento certo, no modo e formato 
adequados para a tomada de decisão e uso pelas pessoas corretas (MORESI, 
2000, p. 23). 
Em seus estudos, CRUZ (1998) identifica que o principal problema para 
se trabalhar com informação em uma organização é que estas, muitas vezes, 
estão estruturadas em trabalhar em suas funções departamentais e não em pro-
cessos organizacionais. 
 
 
 
15 
Os fluxos de informação, em uma organização, devem ser construídos 
para atender às necessidades dos diversos processos de trabalho da organiza-
ção (TACHIZAWA; ANDRADE, 2002). 
 
MAPEAR FLUXOS DE INFORMAÇÃO 
Antes de gerir os fluxos informacionais, VALENTIM (2002) salienta que é 
necessário realizar ações integradas: prospectar, selecionar, filtrar, tratar e dis-
seminar o ativo informacional e intelectual da organização, desde documentos, 
bancos de dados produzidos internamente e externamente à organização até o 
conhecimento individual dos diferentes elementos existentes na organização. 
Desenvolver um guia ao mapear a localização das fontes de informação 
e seu modo de acesso é válido, para indicar quem são os responsáveis, qual a 
finalidade do uso, a quem se destina, quando e quanto é acessado e o modo e 
formato como está disponível (DAVENPORT, 1998, p. 209-210). Para HIBBERD 
e EVATT (2004), a importância de mapear o processo de fluxo de informação 
auxilia na compreensão de como e por quem a informação é usada, para desen-
volver produtos e serviços de informação, além de propiciar a analise de como a 
informação é transferida de um ponto ao outro, e identificar o objetivo de cada 
fluxo de informação, na organização. 
De acordo com DAVENPORT, apenas delinear o caminho para a infor-
mação fluir em um sistema não é suficiente, deve-se também trabalhar com as 
pessoas para que tenha consciência da necessidade e importância, para o de-
vido compartilhamento de Informações pertinentes às atividades. 
O mapeamento não é uma atividade única, pois as necessidades de In-
formações mudam de acordo com as alterações que ocorrem no meio ambiente. 
HIBBERD e EVATT (2004) apresentam cinco etapas para o mapear o fluxo de 
informação no ambiente organizacional: 
a) descrever a situação atual e os objetivos da organização, identificando 
as áreas, as políticas internas, os processos de trabalho e o modo como as pes-
soas negociam e trocam informação; 
b) descrever o público potencial, identificando o perfil, a função e a neces-
sidade e informação de cada área na organização; 
 
 
 
16 
c) mapear os clientes potenciais e identificar as áreas que adquirem e 
utilizam Informações das mesmas fontes ou de fontes especificas e desenvolver 
produtos e serviços de informação para otimizar as tarefas; 
d) ordenar soluções por prioridades, classificando as atividades em: 
baixo, médio e alto nível de atendimento para suprir as necessidades de infor-
mação de acordo com os objetivos dos processos; 
e) criar um mapa do fluxo de informação de cada área e pessoa, com as 
necessidades e modo de acesso à informação interna e externa. 
Mapear o fluxo de informação pode apresentar diagnósticos como escas-
sez ou redundância na troca de informações na organização, além dos locais 
onde encontrá-la. 
Para isso, deve ser revisado com certa freqüência, pois novas necessida-
des de informação surgem entre as áreas (DAVENPORT, 1998, p. 209- 218). 
 
GESTÃO DA INFORMAÇÃO 
SHAPIRO e VARIAN (1999, p. 19) comentam que atualmente não é o 
acesso à informação o maior problema para as pessoas e para as organizações, 
mas sim sua sobrecarga. O verdadeiro valor produzido ao fornecer informações 
está em localizar, filtrar e comunicar o que é pertinente em tempo hábil para a 
tomada de decisão. 
Em virtude disso, a Gestão da Informação atende os problemas de infor-
mação pessoas e organizações, o diagnóstico pode envolver em identificar e 
avaliar fontes e fluxos de informação, aplicação adequada de tecnologias, em 
parceria com profissionais da área, e avaliação dos resultados parciais e totais 
(MARCHIORI, 2002, p. 95). 
Ao tratar sobre gerenciamento, DRUCKER (2001) refere-se em adminis-
trar, comandar e orientar situações em que envolvam recursos – bens e serviços 
– e pessoas envolvidas em atividades supervisionadas, voltadas para atingir de-
terminado objetivo de acordo com as políticas da organização. 
As atividades para gerenciar a informação devem ser tratadas de forma 
participativa e integradas entre as áreas, é necessário adequar tanto as políticas 
de informação como o modo de trabalho, o relacionamento entre as pessoas e 
o modo de acesso aos recursos, para que se possa mapear as fontes e fluxos 
 
 
 
17 
de informação, o grau de acesso e a qualidade para seu uso (MCGEE; PRUSAK, 
1994, p. 164-172). 
De acordo com CHOO (1998), para a informação tornar-se estratégica 
deve ser transformada em conhecimento para guiar a ação dos usuários. Esta 
transfiguração é o objetivo da Gestão da Informação, freqüentemente equipa-
rado ao gerenciamento de: tecnologia da informação, de recursos de informação 
e de políticas de informação. 
Cada uma destas funções, citadas acima por CHOO (1998), torna-se mais 
importante se unificada com as demais, em torno de processos baseados em 
Informação que agreguem valor para o usuário, como apresentado na Figura 2: 
 
ROWLEY (1988 apud BUTCHER; ROWLEY, 1998) inclui como habilida-
des da Gestão da Informação o planejamento da política de informação, o de-
senvolvimento e a manutenção de sistemas e de serviços integrados, a otimiza-
ção de fluxos de informação e aproveitamento de tecnologias principais de 
acordo com as exigências funcionais dos usuários finais. BURK e HORTON 
(1988 apud CHIAVEGATTO, 2000, p. 220) tratam a Gestão da Informação como 
elemento de integração, pois aborda o relacionamento e sinergia entre as fontes 
de informação, serviços, sistemas – internos e externos – utilizados nas organi-
zações, pois é uma abordagem que busca: 
a) identificar o processo para o gerenciamento de informação, o fluxo e a 
necessidade de informação para alcançar os objetivos da organização; 
b) verificar o ciclo de vida do processo de gerenciamento da informação; 
c) integrar o conhecimento e a habilidade das pessoas na organização; 
 
 
 
18 
d) promover o efetivo e eficiente uso dos recursos informacionais da or-
ganização e seu planejamento e desenvolvimento estratégico. BORGES (1995, 
p. 28-43) refere-se à Gestão da Informação como conjunto de atividades relaci-
onadas para coordenar e integrar os diversos meios disponíveis (pessoas, fontes 
de informação etecnologias) em uma organização para apoio à gestão estraté-
gica empresarial. 
De acordo com VALENTIM (2002), Gestão da Informação atua nos pro-
cessos para a otimização do uso dos recursos de informação pelas áreas envol-
vidas na organização. 
Utilizada de modo estratégico, a Gestão da Informação auxilia o acesso e 
exploração dos elementos de informação para o desenvolvimento das ativida-
des, identificando os responsáveis, os meios e os modos, desde a aquisição da 
informação até seu uso, como descritos abaixo (SKYRME, 2000): 
a) compreender o papel da informação: para poder adicionar valor aos 
produtos e serviços, a importância em melhorar os fluxos de informação nos pro-
cessos favorece melhor qualidade para a tomada de decisão; 
b) atribuir responsabilidade para gerenciar os recursos de informação: de-
senvolver valor aos recursos de informação, freqüentemente, é uma responsa-
bilidade entre diferentes setores de uma organização, que possuem diferentes 
interesses e necessidades; 
c) desenvolver políticas claras: para determinar necessidade de informa-
ção, aquisição e gerenciamento. Determinar particular atenção à propriedade, 
integridade e compartilhamento da informação. Desenvolver implantar políticas 
consistentes de acordo com o modo de trabalho com a informação na organiza-
ção; 
d) desenvolver um inventário de informação: identificar os responsáveis 
pelos recursos de informação, seus usuários, modo de uso e importância para o 
trabalho. Identificar a origem dos recursos, seus custos e valores. Classificar a 
informação por seus atributos chaves. Desenvolver mapas de informação. Iden-
tificar como a informação atrai interesse e atenção; 
e) conectar os processos: certificar-se de que a decisão chave e os pro-
cessos de negócios são suportados com informação segura, e as pessoas têm 
acesso para cada processo de acordo com a necessidade de informação; 
 
 
 
19 
f) analisar o negócio de modo sistêmico: incluir aspectos legais, regulado-
res, políticos, sociais e tecnológicos – para o desenvolvimento da organização, 
acompanhando o comportamento do mercado – fornecedores, consumidores e 
concorrência; 
g) combinar hardware e software: para possibilitar o relacionamento de 
arquivos de origem externa ou interna aos processos e interesses de informação 
da organização; 
h) otimizar a aquisição de informação: identificando e associando-se às 
melhores e mais confiáveis fontes de informação para atender às diversas áreas; 
i) aperfeiçoar os processos: o adequado gerenciamento de informação 
envolve a aquisição e a melhor organização de informações para uso e tomada 
de decisão. Utiliza-se tecnologia da informação para facilitar e operacionalizar 
determinadas etapas ou partes destas, como no formato adequado de armaze-
namento e no modo de acesso para consulta; 
 j) desenvolver sistema de informação apropriado: o avanço contínuo da 
tecnologia facilita a avaliação das oportunidades para competir no mercado atra-
vés do efetivo gerenciamento de informações, como o uso de Intranets e base 
de dados, em ambientes que favoreçam o compartilhamento de informações en-
tre as pessoas; 
k) encorajar o costume de partilhar informações: informações novas ou 
aparentemente fora de contexto necessitam de interpretação, para isso, devem 
ser analisadas por diferentes perspectivas e discutidas entre pessoas entendidas 
em assuntos específicos para que as informações adquiram valor e sejam utili-
zadas de forma inteligente para o desenvolvimento organizacional. 
 
TI 
Por TI entendem-se as várias tecnologias convergentes e vinculadas que 
processam as informações que as empresas criam e utilizam (LAURINDO, 
2008). 
A evolução da TI resulta em diminuição no custo dos equipamentos, maior 
capacidade de processamento e softwares cada vez mais sofisticados, potenci-
alizados pelo desenvolvimento das telecomunicações. 
 
 
 
20 
Tal desenvolvimento permitiu que as informações processadas e armaze-
nadas pudessem ser transmitidas entre as empresas por meio de redes (LAU-
DON; LAUDON, 2007). 
Branski et al. O desenvolvimento tecnológico possibilitou a gestão da lo-
gística como um processo, integrando e coordenando as diversas atividades 
operacionais e priorizando a eficiência da cadeia como um todo. Um paradigma 
fundamental da gestão integrada da logística ressalta que o desempenho inte-
grado produz melhores resultados que funções gerenciadas individualmente, 
sem coordenação entre si. 
A TI constitui, portanto, um forte pilar da gestão integrada da logística. No 
entanto, a integração é um processo complexo e que deve ser implantado de 
forma gradativa. 
Tem início dentro das organizações para, depois, se estender além dos 
limites da empresa, incorporando outras organizações. Os níveis mais elevados 
de integração pressupõem a passagem pelos estágios inferiores (VENKATRA-
MAN, 1994). 
Nesse contexto, o objetivo do presente trabalho é propor um modelo para 
a classificação das fases de integração externa entre operadores e os demais 
agentes da rede logística a partir da identificação e análise das tecnologias de 
informação adotadas. 
 
Tecnologias de informação na logística integrada 
Conforme mencionado, a TI constitui uma das bases da gestão integrada 
da logística, oferecendo infraestrutura de apoio e os diversos aplicativos que 
possibilitam a integração e coordenação dos agentes da cadeia, permitindo que 
as diferentes empresas possam operar como uma única organização. 
O Quadro 1 descreve as principais tecnologias e suas aplicações na lo-
gística integrada. 
• Transporte ou tecnologia embarcada: oferecem suporte para as ativida-
des envolvidas no transporte dos produtos, como roteirização, rastreamento etc. 
O uso destas tecnologias contribui para a racionalização das tarefas e 
sincronização das atividades, resultando em maior eficiência. Seu emprego, por 
 
 
 
21 
si só, não constitui fator de diferenciação, pois as tecnologias estão disponíveis 
e podem ser utilizadas por qualquer empresa. 
Assim, além de uma gestão eficiente dos fluxos e estoques, os operado-
res devem buscar um posicionamento estratégico que permita inovar em suas 
operações logísticas. 
 
Integração das tecnologias 
No passado, as empresas possuíam vários aplicativos construídos para 
atender a diferentes funções, níveis da organização e processos de negócios. 
Estes aplicativos não eram capazes de trocar informações entre si e, portanto, 
não ofereciam uma visão abrangente dos processos. 
A fragmentação dos dados em sistemas isolados não contribuía para o 
desempenho das empresas (LAUDON; LAUDON, 2007). Com os avanços da 
informática e das telecomunicações, as tecnologias vêm evoluindo para uma in-
tegração maior. 
Atualmente, por meio da TI, é possível integrar e coordenar os processos 
internos das empresas, como também com os de outras organizações, possibi-
litando assim o estabelecimento das redes (BOURLAKIS; BOURLAKIS, 2006; 
BOVET; MARTHA, 2001; CHENG, 2011). 
Neste contexto, a TI pode proporcionar vantagens competitivas para as 
empresas que a aplicarem de forma adequada nos seus processos (LIN, 2009). 
Para Jhingran, Mattos e Pirahesh (2002), a TI apoia a integração por meio da: 
• Integração da informação: ocorre quando todos os dados da organiza-
ção são mantidos juntos, em um único banco de dados. 
Um exemplo típico, seriam os dados utilizados pelas aplicações ERP 
(LAURINDO; MESQUITA, 2000; XU; MA, 2008; WANGA et al., 2007); 
• Integração das aplicações: aplicações com função similar ou comple-
mentar trocam dados entre si. Por exemplo, pedidos dos clientes, notificações 
de expedição e outras informações fluem entre o ERP, o WMS e o TMS da em-
presa (GUNASEKARAN; LAI; CHENG, 2008; SWAFFORD; GHOSH; MURTHY, 
2008); 
• Integração dos processos de negócios: coordena processos entre apli-
cações além dos limites da organização. Exemplos: aplicaçõescomo Supply 
 
 
 
22 
Chain Management (SCM) trocam informações com fornecedores, clientes e ou-
tros parceiros externos das empresas, utilizando a internet ou outras redes 
(NGAI; LAI; CHENG, 2008; VIJAYASARATHY, 2010); e 
• Integração por meio de portais: reúne, em um único ponto de entrada, 
aplicações que operam separadamente, usualmente utilizando intranets e extra-
nets. Em geral, estes serviços estão centralizados em portais que oferecem, em 
um único lugar e com interface web, as informações da empresa (LAUDON; 
LAUDON, 2007). 
A Figura 1 ilustra um mapa genérico das diversas tecnologias utilizadas 
na logística e como podem estar integradas. 
No ambiente interno, estão indicadas as tecnologias utilizadas para o de-
senvolvimento da atividades do operador, enquanto que, no ambiente externo, 
são mostradas aquelas empregadas por seus parceiros ou prestadores de ser-
viços. 
 
 
Venkatraman (1994) identifica cinco estágios necessários para a obten-
ção da integração plena e o papel da TI em cada um deles: 
 
 
 
23 
• Exploração localizada: melhoria das funcionalidades de TI focadas em 
áreas da operação dos negócios com valor elevado. As aplicações são padroni-
zadas e não exigem mudanças no processo de negócio; 
• Integração interna: melhoria da capacidade da TI para criar um processo 
organizacional consistente, refletindo a 
(i) interconectividade técnica, operação de diferentes sistemas 
e aplicações por meio de uma plataforma comum de TI; e 
(ii) interdependência organizacional, operação conjunta dos 
papéis e responsabilidades da organização; 
• Redesenho do processo de negócio: redesenho dos processos-chave 
para adequação à implantação das ferramentas de TI; 
• Redesenho da rede de negócios: exploração das funcionalidades da TI 
para ampliação da rede; coordenação e controle. Articulação entre os agentes 
na rede para produzir produtos e serviços superiores; e 
• Redefinição do escopo do negócio: funcionalidades da TI permitem e 
facilitam a redefinição do escopo das organizações (por exemplo, o que é feito 
dentro da empresa, e o que é obtido por meio de parceiros especiais, acordos 
etc.). 
Os três primeiros níveis tratam do papel da TI para transformação dos 
negócios dentro da organização (este aspecto foi enfatizado por Swafford, 
Ghosh e Murthy, 2008); enquanto os dois últimos estendem-se além dos limites 
da empresa, incorporando outras organizações (BAILEY; FRANCIS, 2008). 
Exploração localizada e integração interna são níveis evolucionários por-
que exigem mudanças mínimas nos processos de negócios, mas são fundamen-
tais para a exploração do potencial estratégico dos outros três níveis – redese-
nho do processo, redesenho da rede e redefinição do escopo do negócio – estes 
sim revolucionários, já que exigem alterações nas próprias organizações. 
 As etapas desenvolvidas no trabalho estão representadas na Figura 2: 
 
 
 
24 
 
A primeira etapa foi a definição do objetivo da pesquisa. Em seguida, foi 
realizada revisão bibliográfica que permitiu estabelecer os fundamentos da pes-
quisa e os elementos a serem investigados (BRANSKI; AURELLANO; LIMA JU-
NIOR, 2010; YIN, 2010). 
Partindo da premissa de que: para compreender como as tecnologias são 
utilizadas no processo logístico é preciso mapear os fluxos de materiais, produ-
tos e informação entre os agentes da cadeia e identificar as tecnologias utiliza-
das nas diversas atividades, o estudo mapeou o processo logístico dos opera-
dores e identificou as tecnologias utilizadas em suas atividades. 
Em seguida, a pesquisa investigou as seguintes proposições: 
Proposição 1 (P1): As tecnologias de informação estão na base da gestão 
integrada da logística. 
Gestão integrada da logística pressupõe integração e coordenação dos 
fluxos e estoques de materiais, produtos e informação e o estabelecimento de 
parcerias entre diferentes agentes. 
Proposição 2 (P2): A gestão integrada da logística está na base do esta-
belecimento das redes de valor. 
Para que a gestão integrada da logística possa constituir uma rede de 
valor, os fluxos e estoques de materiais, produtos, serviços e informação devem 
ser administrados como um processo contínuo entre as empresas, ou seja, os 
agentes operam de forma colaborativa e ocorre o compartilhamento total das 
informações. 
Parcerias fortes e uso intensivo de tecnologia fornecem a base para o 
estabelecimento destas redes. 
A Figura 3, a seguir, indica as proposições e as respectivas referências 
analisadas para a consolidação da estrutura de análise. 
 
 
 
25 
De acordo com o constructo adotado, a análise do papel das tecnologias 
na integração logística deve estar baseada em três parâmetros: integração e 
coordenação dos fluxos de materiais, produtos e informação; e o estabeleci-
mento de parcerias. 
A etapa seguinte foi a definição das unidades de análise. Foram selecio-
nados, de forma intencional, quatro operadores com diferentes características: 
dois operadores têm alcance mundial e os demais atuam exclusivamente no Bra-
sil, operam em diversos setores podendo ser classificados desde especialistas 
a generalistas e, em conjunto, permitem uma visão geral da cadeia de suprimen-
tos. 
Antes da coleta de dados, foi feito um estudo piloto com um dos operado-
res logísticos, selecionado pela facilidade de acesso ao seu diretor operacional. 
O estudo piloto permitiu uma primeira aproximação com o objeto a ser 
estudado a fim de testar os procedimentos de pesquisa e efetuar os ajustes ne-
cessários para melhor condução dos demais casos. 
Posteriormente, os dados foram coletados por meio de entrevistas semi-
estruturadas, além de consulta ao site da empresa na internet e a outras publi-
cações especializadas. 
Foi elaborado, para cada estudo de caso, relatórios com estruturas seme-
lhantes. 
As evidências foram apresentadas de forma neutra, apenas descrevendo 
o que foi coletado nas entrevistas. Algumas dúvidas, ou mesmo novos questio-
namentos, emergentes no momento da elaboração do relatório, foram solucio-
nados contatando, por telefone ou e-mail, os executivos entrevistados. 
Os relatórios foram enviados para os entrevistados para revisão, para cor-
roborar as evidências e os fatos apresentados e assim aumentar a validade do 
estudo. 
No caso da pesquisa, não houve discordância dos entrevistados quanto 
ao conteúdo dos relatórios e alguns novos elementos foram acrescentados, pos-
sibilitando a análise individual de cada caso. Por fim, foi realizada uma análise 
comparativa entre os casos (análise cruzada) 
 
 
 
26 
Estudo de casos múltiplos 
A pesquisa foi realizada com quatro operadores logísticos com atuação 
no mercado brasileiro 
 
• Operador logístico 1 (OL 1): presta serviço completo na terceirização 
logística dos processos de importação e exportação; 
• Operador logístico 2 (OL 2): presta serviço em distribuição e operações 
logísticas exclusivamente para uma rede fast-food; 
• Operador logístico 3 (OL 3): atua na armazenagem e na gestão do trans-
porte e da cadeia de suprimentos especialmente nos setores automotivo, eletro-
eletrônico e de consumo; e 
• Operador logístico 4 (OL 4): atua na armazenagem e na gestão do trans-
porte e da cadeia de suprimentos em empresas de todos os tamanhos e de se-
tores variados. 
OL 1 atua na logística internacional. OL 2, por atender a um único cliente, 
é bastante especializado. 
Os operadores logísticos 3 e 4 têm perfis semelhantes, mas enquanto OL 
3 está focado em poucos setores, OL 4 é mais generalista. 
Os quatro operadores estudados possibilitaram uma visão ampla já que 
atendem diferentes setores, apresentam diferentes características, desenvolvem 
diferentes atividades com diferentes posicionamentos estratégicos. 
O Quadro 2 mostra as características de cada uma das empresas anali-
sadas. Todas as entrevistas foram realizadas com profissionais especializadosda área de TI e com longo tempo de atuação no mercado. Três deles atuam em 
cargos de direção (OL 1, OL 2 e OL 3). 
 
 
 
27 
Com exceção do OL 4, todos os demais entrevistados já trabalham há um 
tempo significativo nas empresas e, portanto, foram capazes de recontar suas 
histórias e o desenvolvimento da TI. 
Com relação aos operadores: • Quanto à origem, uma empresa é nacional 
(OL 1) e as demais são multinacionais americanas (OL 2, OL 3 e OL 4). 
No caso de OL 4, foi adquirida posteriormente por um importante operador 
logístico alemão, que manteve a marca para os serviços logísticos; 
• Quanto ao escopo geográfico e o tempo de atuação, todos atuam no 
mercado brasileiro e dois deles (OL 1 e OL 4) têm atuação global. 
OL 2 é o operador que atua há mais tempo no Brasil (cerca de 30 anos), 
seguido de OL 1 (23 anos). 
• Quanto ao número de funcionários, OL 1 e OL 2 mantêm cerca de 450 
empregados. 
Os outros três operadores apresentam um número significativamente su-
perior: respectivamente, 1600, 2000 e 2700; • OL 4 é o que apresenta o maior 
número de funcionários atuando na área de tecnologia de informação (50 pes-
soas). Este número é significativamente maior que dos outros operadores, 
mesmo quando comparado ao total de empregados; 
 A TI ocupa uma posição de destaque na hierarquia de todas as empre-
sas. Em três delas (OL 2, OL 3 e OL 4), está subordinada diretamente à presi-
dência e, nas outras duas (OL 1 e OL 5), à diretoria; 
• Quanto às atividades de origem, os operadores pesquisados são bas-
tante diversificados. 
OL 1 iniciou suas atividades como despachante aduaneiro, OL 2 como 
atacadista no setor de papel para restaurantes, OL 3 como prestador de serviços 
logísticos, e OL 4 como correio expresso aéreo. Finalmente, quanto à infraestru-
tura de rede dos operadores: 
• OL 1 não dispõe de armazéns para o desenvolvimento de suas ativida-
des. Já os armazéns e centros de apoio de OL 2 foram planejados para atender 
seu único cliente, a rede fast-food. 
Os demais operadores possuem diversos CDs localizados de forma a 
atender às necessidades de seus negócios; e 
• Com relação à frota terrestre, somente OL 1 e OL 2 possuem caminhões 
próprios, sendo que, no caso de OL 2, foram especialmente fabricados para 
 
 
 
28 
atender seu cliente. Os outros dois operadores (OL 3 e OL 4) utilizam frota de 
terceiros. 
OL 3 mantém uma relação bastante próxima com estes prestadores de 
serviço, inclusive disponibilizando as tecnologias embarcadas nos caminhões. O 
Quadro 3 mapeia os agentes das redes logísticas: os operadores estabelecem 
os elos entre os clientes, fornecedores, prestadores de serviço etc. • Quanto aos 
clientes, OL 2 possui um único cliente, sendo, portanto, bastante especializado. 
OL 3 opera em poucos setores. Os outros dois operadores, OL 1 e OL 4, 
são mais diversificados atendendo clientes de vários segmentos; • Quanto aos 
fornecedores, OL 1 utiliza os serviços dos armadores, companhias aéreas, trans-
portadoras, armazéns e, eventualmente, outros operadores logísticos. OL 2 não 
tem fornecedores próprios. 
Seu trabalho é estabelecer a ligação entre os diversos fornecedores da 
rede fast food e os pontos de venda. Os fornecedores de OL 3 e OL 4 são as 
empresas transportadoras. 
Finalmente, quanto aos parceiros, OL 1 mantém forte vínculo com um 
grande operador logístico com atuação global “A”; OL 2, com seu cliente, a rede 
fast-food; OL 3, com as empresas de transporte; e OL 4 não mantém parcerias. 
A pesquisa identificou as tecnologias adotadas pelos operadores no pro-
cesso logístico, sintetizadas no Quadro 4. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
Quadro 2. Caracterização dos operadores logísticos 
 
A pesquisa identificou as tecnologias adotadas pelos operadores no pro-
cesso logístico, sintetizadas no Quadro 4. • OL 2 e OL 3 possuem sistemas Sis-
tema de Gestão Empresarial (ERP), adquiridos no mercado. No caso de OL 2 e 
OL 3, os sistemas foram, ao longo do tempo, customizados para atender às ne-
cessidades das empresas; • Com exceção de OL 1, os operadores possuem 
Sistemas de Gestão de Armazéns (WMS), exceto OL 1. No caso de OL 2, so-
mente parte de um WMS adquirido no mercado é utilizado. 
Já nos OL 3 e OL 4, o WMS foi especialmente desenvolvido por empresas 
de software para atender a suas necessidades, sendo que OL 4 utiliza dois 
WMS: um deles adotado pela empresa em todo o mundo e outro herdado de 
 
 
 
30 
uma das empresas adquiridas pelo grupo; • Somente OL 3 e OL 4 utilizam Sis-
temas de Gestão do Transporte. No caso de OL 3, o sistema foi adquirido no 
mercado. Já o sistema de OL 4 foi desenvolvido internamente para que pudesse 
se adequar ao WMS adotado mundialmente pela matriz; 
 
• Quanto à tecnologia embarcada nos caminhões, no caso de OL 4, como 
opera com transportadoras com níveis variados de desenvolvimento tecnológico, 
nem todas possuem estes sistemas. Mas, nos demais operadores, todos os ca-
minhões são equipados com GPS para rastreamento e roteirização. 
Cada operador adota um tipo de receptor: OL 2 utiliza Palm-top, mas está 
mudando para tecnologia Bluetooth; e OL 3, computador de bordo. 
No caso particular de OL 3, como tem grande preocupação com a segu-
rança, todos os caminhões são equipados com um software para controle e ras-
treamento de suas cargas; 
• Quanto aos aplicativos desenvolvidos internamente, OL 1 utiliza um sis-
tema de apoio à exportação e importação; OL 2, o “Sistema Órbita”, integrado 
ao seu Sistema de Gestão Empresarial (ERP) e que é o diferencial de seu ne-
gócio; e OL 4, o “Sistema Fiscal Logístico”, que executa a parte fiscal e de docu-
mentação substituindo o sistema ERP; 
• Quanto aos aplicativos de Business Intelligence, estes softwares permi-
tem, a partir de um grande volume de dados, extrair informações e transformá-
las em conhecimento. Entre os operadores investigados, somente OL 2 utiliza 
este aplicativo; e 
 
 
 
31 
• Quanto aos sistemas em implantação, OL 2 está desenvolvendo um mó-
dulo VMI com informações para seus fornecedores, OL 3 está implantando um 
software para consolidação de cargas adquirido no mercado, e OL 4 está bus-
cando no mercado um novo TMS. 
 Depois do levantamento das tecnologias adotadas, foram investigados, 
em cada operador, três elementos: 
(i) integração entre o operador logístico e os agentes; 
(ii) coordenação dos fluxos de materiais, produtos e informação 
e o agente coordenador; e 
(iii) existência de parceria. Finalmente, buscou-se mapear as 
redes de valor, compartilhamento de informação e colaboração total 
entre os agentes, tendo como base o uso intensivo da TI e o estabe-
lecimento de parcerias fortes. 
O Quadro 5 resume os principais resultados. • OL 1 está integrado a 
alguns clientes – o sistema utilizado é capaz de trocar informação direta-
mente com o ERP dos clientes – e ao operador logístico “A” – acessa as 
informações diretamente no banco de dados de “A”, assim como “A” acessa 
os seus sistemas, além da troca de documentos por meio de EDI. 
OL 1 não está integrado a seus fornecedores, com exceção dos arma-
dores e da Receita Federal, na qual pode, graças aos sistemas desenvolvi-
dos por estes agentes, disponibilizar e captar informações diretamente nos 
bancos de dados. 
A coordenação é realizada pelo operador logístico “A” que permite a 
OL 1 executar suas atividades em bases mundiais. 
Finalmente, a parceria com “A” está fortemente estabelecida, já que 
cada empresa vê a outra como extensão de seu negócio; 
• O sistema desenvolvido por OL 2 garante integração com seu cliente 
– a rede fast-food –, com os clientes de seu cliente – as lojas da rede – que 
colocam seus pedidos diretamente nos servidores de OL 2, e com os cami-
nhões – as informações são carregadas e descarregadas dos palm-tops dos 
motoristas diretamente no sistema de OL 2. 
 
 
 
32 
A integração comos fornecedores é menor: a troca de informação é 
realizada por e-mail e não há acesso direto dos fornecedores às informações 
de OL 2. 
Com relação à coordenação, OL 2 é responsável pela sincronização 
dos fluxos entre os parceiros, estabelecendo parâmetros e regulamentações 
que devem ser seguidos pelos agentes, tais como codificação de materiais e 
produtos. 
 
 
 
 
 
33 
 
Finalmente, quanto às parcerias, elas estão no fundamento de operação 
desta rede: OL 2, assim como grande parte dos fornecedores, atende exclusiva-
mente à rede fast-food e está intrinsecamente ligada à ela; 
• OL 3 mantém integração com seus clientes e com as transportadoras, 
acessando e permitindo acesso aos bancos de dados e trocando documentos 
via EDI. 
Com relação à coordenação, OL 3 não é responsável pela sincronização 
dos fluxos entre os agentes da cadeia, uma vez que somente recebe o comuni-
cado de venda e realiza a entrega. 
O estabelecimento dos parâmetros e regulamentações que devem ser se-
guidos pelos agentes, tais como codificação de materiais e produtos, é determi-
nado por seus clientes. Finalmente, seus principais parceiros são as empresas 
de transporte, sendo que toda a tecnologia embarcada nos caminhões é dispo-
nibilizada pelo OL 3, obedecendo, portanto, aos seus padrões; e 
• OL 4 tem capacidade para estabelecer integração com clientes e forne-
cedores. O operador é capaz de trocar informações das mais variadas formas: 
por meio de EDI sobre redes privadas (VPN), e-mail, FTP, telefone etc.; mas 
procura adequar-se ao desenvolvimento tecnológico e interesse de cada agente. 
No nível mais elevado, o fluxo de informação é estabelecido entre o ERP 
dos clientes e o sistema de OL 4 e todas as informações ficam disponíveis para 
os clientes no seu portal na internet. 
Finalmente, quanto às redes de valor, elas exigem que os fluxos e esto-
que de bens físicos sejam administrados como um processo contínuo entre as 
empresas, com os agentes operando de forma colaborativa e compartilhando as 
 
 
 
34 
informações. Assim, parcerias fortes e uso intensivo de tecnologia fornecem a 
base para o estabelecimento destas redes. 
Embora as tecnologias sejam necessárias para a melhoria, tanto dos pro-
cessos internos dos operadores como também de suas cadeias de suprimentos, 
o investimento em TI, por si só, não garante um bom desempenho e, tampouco, 
a constituição de redes de valor. 
Os operadores precisam gerenciar de forma efetiva a informação, inte-
grando as várias atividades logísticas para melhorar os fluxos de produtos físicos 
de seus clientes. 
Neste sentido, a partilha de informação é um elemento central, interli-
gando as diferentes partes da sua rede logística e contribuindo para a colabora-
ção entre os parceiros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
Referências 
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