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PSICOMETRIA E AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA A IMPORTÂNCIA DA ESTATÍSTICA PARA A PSICOLOGIA ➢Reconhecimento enquanto ciência ➢Verificabilidade de hipóteses ➢Amostras representativas ➢Análises Fatoriais POPULAÇÃO E AMOSTRA Ao conjunto de entes portadores de, no mínimo, uma característica em comum denominamos população estatística ou universo estatístico. Exemplo: Estudantes. Deve existir um critério de constituição da população, válido para qualquer pessoa, no tempo ou no espaço. Por isso, quando pretendemos fazer uma pesquisa entre alunos de escolas do 2º grau, por exemplo, devemos definir quais são os alunos que formam esse universo: Os que atualmente ocupam as cadeiras da instituição, ou também aqueles que já passaram pela mesma escola? A solução deste problema vai depender de cada caso de pesquisa. Por conta da impossibilidade, inviabilidade econômica ou temporal, limitamos as observações referentes a uma determinada pesquisa a apenas uma parte da população. Essa parte proveniente da população de estudo é chamada de Amostra. CARACTERÍSTICAS DA AMOSTRA Para que a Amostra escolhida seja mais Representativa possível, há alguns critérios a serem seguidos: 1 – Ter uma quantidade de pessoas suficiente 2 – Ter características próprias que a diferenciam do “normal” da população 3 – Ser escolhida de maneira mais aleatória possível, de forma que o pesquisador não possa selecionar os que mais lhe interessam de forma enviesada. MEDIDAS DE TENDÊNCIA CENTRAL Média Aritmética Soma de todos os valores dividido pelo número das variáveis. Moda O valor que aparece mais vezes Mediana O valor situado exatamente ao meio, dividindo a distribuição de frequências em duas partes iguais. QUANDO USAR CADA TIPO DE MEDIDA DE TENDÊNCIA CENTRAL? Média: a) Quando desejamos obter a medida de posição que possui maior estabilidade. Moda: a) Quando desejamos obter uma medida rápida e aproximada de posição; b) Quando uma variável tiver um nível categórico. c) Quando tiver um valor que cuja frequência é bem superior todos os outros. Mediana: a) Quando desejamos obter o ponto que divide distribuição em partes iguais; b) Quando há valores extremos que afetam de uma maneira acentuada a média; c) Quando a variável em estudo é salário. CURVA NORMAL SIMÉTRICA MEDIDAS DE VARIABILIDADE As medidas de tendência central devem sempre vir acompanhadas das medidas de variabilidade. São elas: Amplitude Diferença entre a pontuação mais alta e mais baixa da amostra. Variância Cálculo a partir da razão entre as somas dos desvios em relação à média elevados ao quadrado e o n de amostras – 1. Desvio padrão A raiz quadrada do valor da Variância. DIFERENÇAS ENTRE GRUPOS As mulheres são mais ciumentas que os homens? Estudantes de Psicologia são mais estressados que outros? DIFERENÇAS ENTRE GRUPOS Pesquisa de Lopes et al. (2006): - Buscaram identificar diferenças entre homens e mulheres, a fim de saber qual dos grupos apresentava maior Neofobia Alimentar. - 206 participantes = 109 homens e 157 mulheres - Aplicação do Teste de avaliação de neofobia e posteriormente do teste T de Student. - Verificaram que havia uma tendência de as mulheres serem mais neofóbicas que os homens. - Mas como saber se isso é significativo e reflete uma realidade de população a partir da amostra? NÍVEL DE SIGNIFICÂNCIA p < 0,05 Primeiro precisamos saber o valor de t, ou seja, a medida de variância entre os grupos dividido pela variância dentro dos grupos. Quanto maior a variância entre grupos em relação à variância intragrupos, maior é o valor de t. Ou seja: Para se obter uma maior probabilidade de o teste ser significativo, a diferença de média entre grupos deve ser alta, mas o desvios padrão dentro dos grupos devem ser baixos. Depois devemos calcular a probabilidade de a diferença encontrada ser devido ao acaso ou real. A comunidade científica segue o seguinte critério: Para os resultados encontrados nas pesquisas serem considerados significativos do ponto de vista estatístico, deve garantir-se que aquele dado será encontrado novamente em pelo menos 95% dos casos. Assim, a dúvida se o dado será ou não encontrado novamente não deve passar de 5% (ou 0,05). Chama-se esse cálculo de índice de significância (representado pela letra p) NÍVEL DE SIGNIFICÂNCIA p < 0,05 CORRELAÇÃO É a relação entre duas variáveis, onde uma influencia diretamente a outra em determinado nível. Pode ser medida de -1 à 1, passando pelo 0. Uma correlação = 0 significa que não há relação entre as variáveis. Uma correlação perfeita é +1 ou -1: + 1 = O aumento de uma variável se relaciona perfeitamente com o aumento da outra (Correlação positiva) - 1 = O aumento de uma variável se relaciona perfeitamente com a diminuição da outra. (Correlação negativa) COMO INTERPRETAR VALORES INTERMEDIÁRIOS ENTRE -1 E 1? ANÁLISE FATORIAL Quando precisamos relacionar mais de 2 variáveis, essa correlação é feita a partir do que chamamos de Análise Fatorial, que busca descobrir como se relacionam todas as variáveis contidas no estudo. Para isso se analisa estatisticamente cada carga fatorial que corresponde a relação item-fator. Por exemplo: Preferências por eventos culturais e esportivos 1 = Correlação Perfeita + = Correlações positivas 0 = Correlação inexistente Mas como descobrir os fatores e que itens representam eles? Na ciência, uma carga fatorial de ± 0,30 indica que há uma relação entre item e fator. A IMPORTÂNCIA DO ALFA DE CRONBACH (α) A Precisão de um instrumento é medida através da relação entre seus itens: Se todos os itens estiverem medindo a mesma coisa de maneira semelhante, então esse instrumento é preciso. A forma de descobrir isso é através de correlações, nesse caso específico, o Alfa de Cronbach (a) é o mais utilizado pois indica em um número as relações entre todos os itens. Esse indicador vai de 0 à 1 e, normalmente, convencionou-se que o valor aceitável de precisão é de 0,80 ou mais, embora alfas maiores que 0,70 possam ser considerados aceitáveis. CHEGA! QUE ASSUNTO CHATO! REFERÊNCIAS AMBIEL, R. A. M. et al. Avaliação psicológica: guia de consulta para estudantes e profissionais de psicologia. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2011. Capítulo 3