Português como Segunda Língua para Surdos

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Português como 
segunda língua para 
surdos
Para os alunos surdos, o português é considerado uma segunda língua, 
uma vez que a Língua Brasileira de Sinais (Libras) é sua primeira língua 
natural. O aprendizado do português escrito é fundamental para que os 
surdos possam se comunicar com a sociedade ouvinte, ter acesso à 
informação e à educação, e desenvolver plenamente suas capacidades 
cognitivas e comunicativas.
O ensino do português como segunda língua para surdos requer uma 
abordagem diferenciada, focada no desenvolvimento da língua escrita de 
forma contextualizada e significativa. Isso envolve o uso de estratégias 
visuais, a exploração de textos autênticos, a valorização da Libras como 
língua de instrução e mediação, e a adaptação de materiais e práticas 
pedagógicas.
Além disso, é importante considerar as particularidades linguísticas e 
culturais dos alunos surdos, respeitando seu ritmo de aprendizagem e 
suas necessidades específicas. Dessa forma, o ensino do português como 
segunda língua contribui não apenas para a inclusão educacional, mas 
também para o desenvolvimento integral do estudante surdo.
Avaliação de alunos surdos
A avaliação de alunos surdos é um desafio complexo que requer uma abordagem cuidadosa e adaptada 
às suas necessidades específicas. Tradicionalmente, os métodos de avaliação eram concebidos para 
alunos ouvintes, o que criava uma barreira significativa para os estudantes surdos. Felizmente, nos 
últimos anos, houve um esforço crescente para desenvolver e implementar estratégias de avaliação 
mais inclusivas e acessíveis para essa população.
Um dos princípios fundamentais da avaliação de alunos surdos é o uso de Libras (Língua Brasileira de 
Sinais) como língua de instrução e de avaliação. Isso significa que as provas, testes e trabalhos devem 
ser elaborados e aplicados em Libras, de modo a permitir que o aluno surdo demonstre plenamente 
seus conhecimentos e habilidades. Além disso, é importante considerar o nível de proficiência do aluno 
em Libras, pois aqueles com maior domínio dessa língua terão melhores condições de compreender e 
responder às questões.
Outro aspecto relevante é a adaptação dos formatos de avaliação, evitando a dependência excessiva de 
habilidades de leitura e escrita em português. Podem ser utilizados recursos visuais, como gráficos, 
imagens e vídeos em Libras, bem como avaliações orais em Libras realizadas por um intérprete. Essas 
estratégias visam minimizar as barreiras linguísticas e permitir uma avaliação mais justa e precisa dos 
conhecimentos e competências dos alunos surdos.
Além disso, é importante que os professores e profissionais envolvidos na avaliação de alunos surdos 
estejam capacitados em Libras e compreendam as especificidades dessa comunidade. Isso inclui o 
conhecimento dos aspectos culturais e identitários dos surdos, bem como a compreensão de suas 
necessidades educacionais peculiares.