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ESPECIALIDADES_CIRRGICAS_-_PROCTOLOGIA_

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ESPECIALIDADES CIRÚRGICAS - PROCTOLOGIA 1
ESPECIALIDADES CIRÚRGICAS 
- PROCTOLOGIA 
Created by Jéssica Carpaneda
ANATOMIA ANORRETAL:
Linha pectínea: divisão de epitélios, a vascularização venosa também é 
diferenciada conforme a localização. 
Acima: 
Mucosa. 
Plexo hemorroidário interno.
Glândulas de Chiari (criptas anais): ficam bem na divisão territorial. Elas 
produzem muco/sebo para lubrificar o canal anal. O centro de produção de 
muco é na região esfincteriana e desemboca na mucosa anal na altura da 
linha pectínea. Elas ficam em toda circunferência anal. 
Abaixo: 
Pele (tem queratina, inervação sensorial). 
Plexo hemorroidário externo.
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HEMORROIDAS:
Definição: 
Doença de vasos → estase venosa do plexo hemorroidário → tendência a 
dilatar → varizes na região perianal.
Causas:
Constipação (grande fator de risco)
Hipertensão porta. 
Clínica:
Interna: sangramento indolor + prolapso.
Externa: dor perianal (trombose).
Diagnóstico:
Clínica + anuscopia.
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Tratamento:
Interna:
💡 A dieta não cura a hemorroida só faz com que ajuda a impedir a 
progressão da doença. 
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💡 Aberta: tira o plexo hemorroidário e deixa cicatrizar por segunda 
intenção (deixa aberta pois é extremamente contaminada → alto risco de 
infecção). Cursa com mais secreção no pós-operatório (”ânus úmido”) do 
que na técnica fechada.
Fechada: fecha com sutura simples. 
Ambas as técnicas têm resultados clínicos semelhantes. 
Externa:
Clínica iniciou:
< 72h: excisão do trombo.
 > 72h: trombo fica muito friável, não da para retirar → banho de 
assento. 
FISSURA ANAL:
Definição:
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Úlcera na região anal. 
Aumento da atividade do músculo esfíncter anal interno (hipertonia). 
Comum em jovens/adultos. 
Principal localização:
Linha mediana porção mais posterior. 
💡 Qualquer fissura que fuja da linha mediana → pensar em DC. 
Aguda:
Laceração na região anal.
Dor ao evacuar. 
Sangramento (normalmente quando faz higiene) → sangue “no papel“.
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Avermelhada.
< 6 semanas.
Tratamento para impedir o ciclo vicioso e cronificação:
Dieta com fibras.
Medicamentos tópicos (pomadas):
Melhoram a lesão na região anal, diminuírem a hipertonia e a dor. 
Nitratos: são vasodilatadores que ajudam a chegada de sangue na 
região perianal.
Crônica:
Constipação crônica.
Plicoma anal.
Papilite hipertrófica.
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Dor ao evacuar (principalmente quando se cronificação).
Úlcera mais esbranquiçada (fibrose - cronificação do processo).
Tríade: fissura + plicoma anal sentinela + papilite hipertrófica.
 > 6 semanas.
Tratamento:
Cirurgia:
Esfincterotomia lateral interna → diminui a hipertonia → aumenta a 
chegada de sangue e relaxa o esfíncter anal → cicatrização. 
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ABSCESSO ANORRETAL:
Definição:
Obstrução e infecção das glândulas de chiari → abscesso anorretal. 
Doença orificial.
Todos os abscessos surgem na região interesficteriana → mas eles não 
necessariamente ficam ali. Por ficarmos muito em pé eles podem sair → 
abscesso perianal (é possivel ver e palpar).
O abscesso perianal é o mais comum de todos. 
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Abcesso perianal x hemorroida externa trombosada:
Hemorroida externa trombosada: paciente tem abaulamento mais arroxeado 
(parece trombo).
Abscesso perianal: abaulamento flutuante ou não, sem aspecto de vaso ou 
trombo. Aspecto de pele.
Clínica:
Dor perianal + abaulamento.
Classificação:
Supraelevador:
Em geral é um abscesso pélvico. Pode ser inclusive uma complicação de 
uma diverticulite Hinchey II. Não precisa ser anorretal.
Isquiorretal:
Dor nas nadegas, mas longe do esfíncter anal.
Interesfincteriano:
Origem de todos.
Perianal:
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Mais comum.
Diagnóstico:
Clínico +/- RM com contraste(consegue ver bem tecidos moles, necessária em 
abscessos mais profundos → isquiorretal e supraelevador). 
Tratamento:
Drenagem imediata!
Não fazer compressa → MESMO SE NÃO HOUVER FLUTUAÇÃO. 
Se demorar a drenar → gangrena de fornier (infecção que se alastra pela 
região perineal, podendo pegar bolsa escrotal, reto, testículo, pênis.
Região perineal é frouxa → infecção alastra rapidamente e facilmente. 
ATB:
Se sinais de sepse.
Sem melhora na drenagem.
Complicação.
Pacientes imunossuprimidos.
Complicação:
Todo abscesso que é drenado cria uma FÍSTULA.
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FÍSTULA ANORRETAL:
Definição:
Cronificação do abscesso anorretal.
Se não tratar o abscesso anorretal ou até tratar. 
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Clínica:
Dor + secreção purulenta.
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Tratamento:
Simples:
Drenagem e destruição do túnel.
Fistulotomia/Ectomia.
Pega o trajeto e corta ao meio ou destrói o trajeto (pois o trajeto é 
pequeno).
Depois deixa aberto → cicatrização por segunda intenção.
Complexa:
Drenagem e destruição do túnel.
Fístulas com trajeto maior → não pode simplesmente fazer uma 
fistulotomia (cortar) porque se não corta o esfíncter interno e externo juntos 
→ incontinência fecal.
Técnica do sedenho.
CA DO CANAL ANAL:
Definição:
Câncer epidermoide, pois nasceu na pele (no epitélio pavimentoso).
Clínica:
Prurido. 
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Fatores de risco:
Tabagismo.
Etilismo.
HPV → mais importante de todos. 
Imunodeficiência.
Estadiamento:
Avaliação dos linfonodos inguinais:
Se forem palpáveis → doença avançada.
Buscar metástases à distância:
Pode evoluir direto para metástase pulmonar antes de metástase hepática 
(drenagem direto para o sistema caval → transpassa o sistema portal).
TC de abdome e TC de tórax:
Investigar metástase no pulmão e fígado.
RM pelve:
Para saber quais estruturas da pelve estão sendo acometidas pelo tumor. 
Tratamento:
Não opera → se não tira o ânus→ colostomia pro resto da vida.
Responde muito bem a RT/QT.
Esquema nigro:
RT/QT exclusivo sem intenção cirúrgica depois.
70% ou mais ficam curados.
Falha?
Cirurgia de Milles (amputação abdominoperineal → retira todo canal 
anal + 4 - 6 cm para cima para ter margem cirúrgica → deixando o 
ânus fechado + colostomia definitiva).

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