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Apostila - Ensino Religioso - Material de apoio pedagogico para Aprendizagem - 9ano

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8 
 
 
 
 
Governador do Estado de Minas Gerais 
Romeu Zema Neto 
 
Secretário de Estado de Educação 
Igor de Alvarenga Oliveira Icassatti Rojas 
 
Secretária Adjunta 
Geniana Guimarães Faria 
 
Subsecretaria de Desenvolvimento da Educação Básica 
Kellen Silva Senra 
 
Superintendente da Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de 
Educadores 
Weynner Lopes Rodrigues 
 
Diretora da Coordenadoria de Ensino da EFE 
Janeth Cilene Betônico da Silva 
 
Produção de Conteúdo 
Professores Formadores da Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de 
Educadores 
 
Revisão 
Equipe Pedagógica e Professores Formadores da Escola de Formação e Desenvolvimento 
Profissional de Educadores 
Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores 
Av. Amazonas, 5855 - Gameleira, Belo Horizonte - MG 
30510-000 
2 
9 
 
 
 
 
10 
Prezado(a) Professor(a), 
No intuito de contribuir com o seu trabalho em sala de aula, preparamos este caderno com muito 
carinho. Por meio dele, você terá a oportunidade de ampliar o trabalho já previsto em seu 
planejamento. O presente caderno foi construído tendo por base os Planos de Curso 2024, que 
foram elaborados a partir das competências e habilidades estabelecidas na BNCC e no CRMG a 
serem desenvolvidas e trabalhadas por todas as unidades escolares da rede pública de Minas 
Gerais. Aborda os diversos componentes curriculares e para facilitar a leitura e manuseio foi 
organizado de forma linear. Contudo, ao implementá-lo em sala de aula, você poderá recorrer 
aos planejamentos de forma não sequencial, atendendo às necessidades pedagógicas dos 
estudantes. É preciso atentar-se, apenas, para os conhecimentos que são pré-requisitos, ou seja, 
aqueles que foram trabalhados nos planejamentos anteriores e que precisam ser retomados com 
os estudantes para a construção do novo conhecimento em questão. 
Como o principal objetivo deste material é o trabalho com o desenvolvimento de habilidades, este 
caderno vem com o propósito de dialogar com sua prática e com o seu planejamento dentro das 
habilidades básicas - aquelas que devemos assegurar que todos os nossos estudantes aprendam. 
Destacamos ainda, que o livro didático continua sendo um instrumento eficiente e necessário, 
principalmente por não anular o papel do professor de mediador insubstituível dentro dos 
processos de ensino e de aprendizagem. Coracini[1] (1999) nos diz que “o livro didático já se 
encontra internalizado no professor (...) o professor continua no controle do conteúdo e da forma 
(...)”, reafirmando que, o que torna o livro didático e o que torna os Cadernos MAPA eficientes, 
é justamente a maneira como o professor utiliza-os junto aos estudantes. 
 
Desejamos a você, professor(a), um bom trabalho! 
 
Equipe da Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores 
 
1. CORACINI, Maria José. (Org.) Interpretação, autoria e legitimação do livro didático. São Paulo: Pontes, 1999. 
4 
11 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
ENSINO RELIGIOSO ......................................................................................... 7 
TEMA DE ESTUDO: O que é a vida? ............................................................. 7 
REFERÊNCIAS ............................................................................................ 21 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
12 
 
13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TEMA DE ESTUDO: O que é a vida? 
APRESENTAÇÃO 
Olá, professor! 
No primeiro bimestre, o foco de nosso trabalho foi a convivência interpessoal eticamente 
fundamentada. A questão da valorização da vida estava presente, porém do ponto de vista 
da moral e da ética. 
Neste segundo bimestre, continuaremos trabalhando a valorização da vida. Porém, desta 
vez, introduziremos valores relacionados à espiritualidade, em seu sentido religioso e não-
religioso. É importante observar que todas as habilidades exigem que o estudante 
desenvolva sua capacidade de observação e análise. 
PLANEJAMENTO 
MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS - MAPA 
ANO DE ESCOLARIDADE 
9º Ano 
ÁREA DE CONHECIMENTO 
Ciências Humanas 
COMPONENTE CURRICULAR 
Ensino Religioso 
REFERÊNCIA 
Ensino Fundamental 
ANO LETIVO 
2024 
UNIDADE TEMÁTICA 
HABILIDADE(S) 
OBJETO(S) DE 
CONHECIMENTO 
(EF09ER02X) Listar e discutir as diferentes expressões de 
valorização e de desrespeito à vida, por meio da identificação 
e da análise de matérias nas diferentes mídias. 
(EF09ER11MG) Identificar e valorizar ações que promovam a 
cultura de paz e o respeito como condição necessária para a 
vida comunitária. 
(EF09ER01X) Localizar e analisar princípios e orientações para 
o cuidado da vida, a defesa do meio ambiente e a cultura de 
paz nas diversas tradições religiosas e filosofias de vida. 
(EF09ER03X) Identificar sentidos do viver e do morrer em 
diferentes culturas e tradições religiosas, através do estudo 
de mitos fundantes. 
Imanência e 
transcendência. 
Princípios e valores 
éticos. 
Vida e morte. 
Crenças Religiosas e Filosofias de Vida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Produção deTextos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Produção deTextos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
A habilidade EF09ER02X pretende que os estudantes aprendam a identificar expressões de 
valorização e de desrespeito à vida em diferentes mídias. Enfocaremos a música como mídia 
preferencial neste trabalho. 
A habilidade EF09ER11MG pretende que os estudantes identifiquem ações que promovam 
a cultura de paz e o respeito, bem como sua importância para a vida em comunidade. 
A habilidade EF09ER01X pretende que os estudantes aprendam a identificar e analisar, no 
discurso das tradições religiosas e filosofias de vida, princípios e orientações para o cuidado 
da vida, a defesa do meio ambiente e a cultura de paz. 
A habilidade EF09ER03X especifica que os estudantes deverão aprender a identificar, a 
partir do estudo de mitos fundantes, o sentido que as diferentes culturas e tradições 
religiosas atribuem ao viver e ao morrer. 
Espera-se que esse trabalho seja uma introdução adequada às habilidades que serão 
desenvolvidas no terceiro bimestre, cujo foco é a relação entre vida e morte nas diferentes 
culturas e tradições religiosas. 
 
DESENVOLVIMENTO 
1º MOMENTO 
 
 
 
 
Inicie a aula convidando os estudantes à leitura dos quadrinhos “Uma estrelinha chamada 
Mariana”. Você pode imprimir cópias para leitura em pequenos grupos, ou exibir através de 
projetor e convidar à leitura coletiva. Após ler a história, converse com a classe sobre sua 
percepção a respeito da existência humana: o ser humano é apenas material, ou existe algo 
mais que isso? 
 
 
Organização da Turma Pequenos grupos, roda de conversa, duplas. 
 
Recursos e Providências Texto impresso ou projetor, material de escrita. 
15 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
 
 
Fonte: (Chico Bento, 1990). 
 
Após um breve momento de discussão com a classe, apresente a eles, de forma expositiva, 
os conceitos de imanência e transcendência. Ajude-os a perceber que a imanência faz 
referência aos aspectos materiais, enquanto que a transcendência faz referência aos 
aspectos metafísicos. Para sua preparação, indicamos os textos de Porfírio (s.d.) e Samuel 
(2021). 
 
Imanência Transcendência 
Refere a algo que tem em si próprio o seu 
princípio e fim. Está ligada à realidade 
material, apreendida imediatamente pelos 
sentidos do corpo. 
Refere a algo que possui um fim externo e 
superior a si mesmo. Está ligada à realidade 
imaterial, de uma natureza metafísica 
puramente teórica e racional. 
Fonte: (Tudo Sala de Aula, s.d..) 
Após a apresentação dos conceitos, prossiga mais algunsmomentos com a discussão acerca 
do que os estudantes pensam acerca da imanência e transcendência da vida humana. 
Permita que eles expressem suas opiniões acerca da natureza do ser humano: somos 
apenas seres biológicos, ou temos também uma natureza metafísica? 
 
18 
Solicite que eles se reúnam em dupla com alguém que pense da mesma forma que eles 
com relação ao tema e produzam um texto argumentativo de, no mínimo, 20 linhas, 
apresentando ao menos quatro razões pelas quais eles adotam esse posicionamento quanto 
ao tema. 
Organize um momento de apresentação dos textos. Ajude os estudantes a perceberem que 
existem muitas formas de pensar sobre o assunto, e todas elas são verdadeiras para quem 
emite a opinião. 
 
2º MOMENTO 
 
 
 
 
Inicie relembrando a discussão do momento anterior acerca da imanência e da 
transcendência da vida humana. Convide os estudantes a ouvir a música “Admirável chip 
novo”, prestando bastante atenção. Se possível, assista ao clipe, prestando atenção à 
mensagem transmitida pelas imagens (Pitty, 2006). Distribua a letra impressa para que eles 
possam acompanhar. 
 
Admirável chip novo 
Pane no sistema, alguém me desconfigurou 
Aonde estão meus olhos de robô? 
Eu não sabia, eu não tinha percebido 
Eu sempre achei que era vivo 
 
Parafuso e fluido no lugar de articulação 
Até achava que aqui batia um coração 
Nada é orgânico, é tudo programado 
E eu achando que tinha me libertado 
 
Mas lá vem eles novamente 
Eu sei o que fazer 
Reinstalar o sistema 
 
 
 
Pense, fale, compre, beba 
Leia, vote, não se esqueça 
Use, seja, ouça, diga 
Tenha, more, gaste, viva 
 
Pense, fale, compre, beba 
Leia, vote, não se esqueça 
Use, seja, ouça, diga 
 
Não senhor, sim senhor 
Não senhor, sim senhor 
 
Mas lá vem eles novamente 
Eu sei o que fazer 
Reinstalar o sistema 
 Fonte: (Pitty, 2003). 
 
Organização da Turma Roda de conversa. 
Recursos e Providências Texto impresso, projetor multimídia e caixas de som. 
19 
 
 
Inicie uma discussão a respeito do significado da música. Para seu preparo, sugerimos o 
texto do site Letras, Admirável Chip Novo (s.d.). Ajude os estudantes a perceberem que 
essa música fala sobre o quanto o ser humano é controlado, sobretudo pelas mídias, que 
sempre o colocam em posição de aceitar passivamente as imposições. As questões a seguir 
podem guiar essa discussão. 
 
1. Verbos no imperativo indicam ordens. Você consegue identificar ordens na letra 
dessa música? 
2. Quem está dando essas ordens? 
3. Como o eu-lírico da canção se sente perante as ordens que recebe? 
4. Qual é a forma de reação escolhida pelo eu-lírico mediante a situação que está 
vivendo? 
5. Você percebe, no contexto em que vive, a existência de pressões para adotar uma 
forma de vida específica? 
6. A partir de nossa discussão acerca de transcendência e imanência, como essas 
pressões podem afetar a forma como cada pessoa constrói seu sentido de vida? 
7. Qual é a importância de construirmos sentidos de vida coerentes com nossos 
valores? 
8. A partir de nossa discussão acerca de transcendência e imanência, reflita: que tipo 
de visão as pessoas que estão exercendo essa pressão têm sobre aqueles que estão 
sendo dominados? 
 
Espera-se que, através dessa discussão, os estudantes concluam que existem pressões 
externas, sobretudo da sociedade de consumo, que pretendem alienar as pessoas de seus 
reais valores. É necessário que cada ser humano enxergue significado em sua vida a partir 
de sua própria espiritualidade e valores, fortalecendo sua identidade e individualidade em 
um mudo cada vez mais massificante. 
 
3º MOMENTO 
 
 
 
 
Inicie relembrando a discussão da aula passada, a respeito das pressões externas para 
moldar os comportamentos e visões de mundo. Peça que os estudantes se reúnam em trios 
e procedam à leitura do texto a seguir. 
 
Organização da Turma Trios; roda de conversa; apresentação de trabalho. 
 
Recursos e Providências Texto impresso. 
 
20 
Dismorfia do Snapchat 
Em meados de 2011 foi disponibilizado pelo aplicativo Snapchat, uma ferramenta 
que permitia a seus usuários a utilização de filtros para brincadeiras como fantasias em 
tempo real, máscaras assustadoras, orelhas de animais, entre outros. Nessa onda, 
vieram os filtros para “embelezamento” do rosto em que era possível se maquiar e até 
mudar traços do rosto, como nariz e boca. Com a enorme aceitação dessas tecnologias, 
outros aplicativos ainda mais consumidos, como o Instagram, passaram a disponibilizar. 
Infelizmente, essa alternativa levou muitos desses usuários a visualizarem-se sob estas 
lentes de “realidade aumentada” que, por sua vez, são artificiais, e passaram a preferi-
las. Com isso, iniciam um processo obsessivo para torná-las reais, levando esses 
indivíduos a buscar profissionais médicos, para que reproduzam os filtros em seus 
corpos. Então, em 2018, profissionais de psiquiatria que observaram o fenômeno, o 
passaram a chamar de Snapchat Dysmorphia, ou Dismorfia do Snapchat. 
Engrossar lábios e afinar o nariz pelo celular pode começar como algo divertido e 
curioso, entretanto, provocou nos últimos anos uma forte onda de pessoas insatisfeitas 
com sua autoimagem, apresentando o que é chamado de Transtorno Dismórfico 
Corporal, onde a Dismorfia do Snapchat se enquadra. Nesse caso específico, no entanto, 
pessoas que antes se consideravam bonitas, ao se exporem através dos filtros, 
passaram a encontrar defeitos em seus rostos e corpos. Ainda mais preocupante é 
aumento dessa procura pelos jovens. 
Segundo a Academia Americana de Cirurgia Plástica e Reconstrutiva Facial, entre 
2018 e 2019 houve um aumento de 72% na procura por esta modalidade de tratamento. 
Mais alarmante é o aumento entre jovens entre 13 e 18 anos, que chega a 141%, afirma 
a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Na maior parte, são pessoas obcecadas por 
uma beleza artificial e distante da sua realidade, de modo que, muitas dessas vezes, 
nem mesmo a medicina tem o alcance para estas transformações, o que, não raro, leva 
a resultados bizarros. 
Salvo nos casos de tratamentos reparadores, como para orelhas de abano, por 
exemplo, no que se refere a problemas de autoimagem, a terapia ainda segue sendo o 
melhor tratamento e, quando necessário, o tratamento psiquiátrico especializado 
precisa ser procurado. 
Fonte: Ciulla Psiquiatra Porto Alegre, [s.d.]. 
 
Após a leitura, proceda ao debate com os estudantes, incentivando que emitam suas 
opiniões acerca de como as redes sociais afetam a autoimagem. 
Solicite que cada trio produza uma apresentação sobre como as redes sociais têm afetado 
a autoimagem das pessoas através da divulgação de padrões irreais ou estereotipados de 
imagem ou forma de vida. Os estudantes deverão apresentar o caso, explicar por que essa 
situação promove uma desvalorização do ser humano, e propor uma solução aplicável. 
https://www.psiquiatraportoalegre.com.br/transtorno-dismorfico-de-imagem/
https://www.psiquiatraportoalegre.com.br/transtorno-dismorfico-de-imagem/
21 
 
 
Escolhemos as redes sociais como objeto de pesquisa por acreditar que fazem parte do 
cotidiano dos adolescentes. Porém, reconhecemos que você, professor, conhece melhor os 
hábitos de seus estudantes. Se necessário, estenda ou redirecione a pesquisa para outras 
mídias: televisão, rádio, cinema, música etc. O importante é que os estudantes percebam 
a existência de mensagens que desrespeitam a vida, e consigam refletir sobre possibilidades 
de enfrentá-las, promovendo valorização da vida. 
Como encerramento da atividade, solicite que cada estudante faça uma resenha do 
momento de apresentação em seu caderno, registrando brevemente os casos apresentados 
e construindo um comentário acerca daquele que mais lhe impressionou. 
 
4º MOMENTO 
 
 
 
 
 
Neste momento, vamos aproveitar a campanha Junho Vermelho como forma de discutir 
sobre a doação de sangue comouma forma de valorização da vida. Caso você queira 
conhecer mais sobre o tema, recomendamos a leitura de Rigel (2021) e de Figueiredo 
(2023). 
Inicie a aula conscientizando os estudantes acerca da campanha Junho Vermelho e da 
importância da doação de sangue para salvar vidas. Caso seja possível, convide o professor 
de Ciências para explicar detalhes técnicos sobre a doação de sangue. Essa participação 
pode ser feita através de uma pequena participação na aula, ou mesmo da construção de 
um trabalho interdisciplinar. 
Após a conscientização da importância da doação de sangue e das questões técnicas 
relativas, apresente aos estudantes as imagens a seguir de campanhas do Junho Vermelho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Organização da Turma À escolha do(a) professor(a). 
Recursos e Providências 
Participação dos docentes de Ciências, Língua Portuguesa 
e Arte; imagens impressas ou exibidas através de recurso 
eletrônico; material de escrita e desenho ou suporte 
tecnológico que o substitua. 
 
22 
Imagem 1 – Dia 14 de junho 
 
Fonte: (Rigel, 2021) 
 
Solicite que os estudantes expliquem sua interpretação da imagem. Espera-se que eles 
reconheçam o coração como um símbolo de amor, e identifiquem que a doação de sangue 
está sendo comparada na imagem a um ato de amor. Ajude-os a refletir sobre as razões 
pelas quais uma pessoa habilitada para doar sangue pode deixar de doar, e as implicações 
morais e éticas que essa atitude pode ter. 
A seguir, apresente as próximas imagens. Solicite que os estudantes expliquem sua 
interpretação de cada uma delas. A partir de suas respostas acerca da imagem anterior, 
discuta sobre a Imagem 2. Convide-os a pensar sobre as implicações emocionais que a 
doação de sangue pode ter para quem doa e quem recebe: quão profundo é o ato de doar 
parte de si para salvar alguém que sequer se conhece? E quem recebe, pode mudar sua 
forma de ver e interpretar a vida devido ao impacto da experiência? 
Prossiga a discussão acerca da Imagem 3. Relembre os estudantes acerca dos conceitos de 
imanência e transcendência. Peça a eles que reflitam e expliquem se a afirmação “Doar 
sangue é doar vida” se refere apenas a aspectos imanentes, ou também a questões 
transcendentes. Ajude os estudantes a pensarem na possibilidade de uma transcendência 
não religiosa nessa questão, marcada pelos valores, como por exemplo o amor, a 
solidariedade, o direito à vida, a empatia etc. 
Após discutir sobre a mensagem das imagens, convide os estudantes a refletir sobre a 
eficácia desse material para conscientizar as pessoas acerca da importância da doação de 
sangue. Se possível, convide o professor de Língua Portuguesa para ajudar na identificação 
das mídias que são mais eficientes, de suas características e especificidades. É importante 
que, nessa fase do trabalho, os estudantes percebam que a comunicação pode ser utilizada 
para transmitir princípios morais relacionados à valorização da vida, especialmente em 
nosso objeto de estudo, que é a campanha Junho Vermelho. 
 
23 
 
 
Imagem 2 – Junho Vermelho Imagem 3 – Seja solidário 
 
Fonte: (Rigel, 2021). Fonte: (Rigel, 2021). 
 
Após o término do trabalho com as imagens, proponha aos estudantes que construam seu 
próprio material de divulgação e conscientização acerca de princípios morais relacionados à 
valorização da vida. Você pode manter o enfoque em questões relacionadas à saúde, como 
por exemplo a doação de sangue e de órgãos, ou pode estender a discussão para outras 
formas de valorização da vida. 
Caso seja possível, convide o docente de Arte para participar desse processo, orientando 
aspectos estéticos para o material ou estabelecendo um trabalho interdisciplinar. 
Após a confecção do material, promova uma mostra de divulgação. Você pode fazer isso 
afixando os cartazes pela escola e comunidade, ou mesmo utilizando as mídias eletrônicas 
e redes sociais como suporte. 
 
5º MOMENTO 
 
 
 
 
Retome a discussão recordando os resultados do último trabalho e convidando os 
estudantes a refletir acerca do valor da vida humana. Peça que eles citem exemplos de 
atitudes de valorização da vida. 
Prossiga informando que as tradições religiosas também têm uma forma própria de valorizar 
a vida, relacionada à imanência e à transcendência. Recorde a classe do significado dos 
conceitos. 
Organização da Turma À escolha do(a) professor(a). 
Recursos e Providências 
Imagem impressa em cartaz ou exibida através de 
equipamento digital, textos impressos. 
 
24 
Instrua os estudantes sobre os mitos de criação, que são uma forma de unir esses dois 
conceitos, explicando o mundo imanente através de categorias do transcendente. Informe 
os estudantes que os mitos de criação ajudam a construir significados sobre a humanidade, 
o mundo, o sentido e o valor da vida. Você pode exemplificar através do mito de criação 
judaico-cristão, que provavelmente é conhecido pela maioria ou totalidade dos estudantes. 
Mostre aos estudantes a imagem e questione o que eles conhecem sobre o mito a que faz 
referência. Caso eles não consigam fazer o reconto por si próprios, faça o reconto do mito. 
Destaque que o mito judaico-cristão aponta o mundo como um lugar criado especialmente 
para receber o ser humano, que deveria usufruir de tudo, menos do fruto de uma árvore 
específica. De acordo com esse mito, a desobediência a esse princípio trouxe a perda da 
inocência do ser humano e a entrada de muitas coisas ruins no mundo, como por exemplo, 
o sofrimento das mulheres no parto, o trabalho penoso e a morte. Assim, para as pessoas 
que acreditam nesse mito, fica mais fácil compreender e aceitar essas dificuldades da vida. 
 
 
 
Após esse reconto, explique para os estudantes que existem outros mitos da criação, e que 
cada um deles transmite uma interpretação particular sobre o que é o ser humano, coerente 
com a cultura e os valores da sociedade a que se relaciona. Dessa forma, o discurso religioso 
explica, através da transcendência, as coisas que existem no mundo imanente, atribuindo 
sentido ao que, aparentemente, pode não possuir uma explicação lógica. 
Proponha aos estudantes que se dividam em grupos de até seis integrantes. Distribua a 
cada grupo um dos mitos de criação a seguir. Solicite que eles preparem uma apresentação 
desse mito para a turma, que deve conter uma representação do mito (que pode ser feita 
através de reconto, representação visual, teatro ou outro formato a escolha dos 
estudantes), e também uma breve análise acerca das características que esses mitos 
atribuem ao ser humano e do sentido que indicam para a vida e a morte. 
Disponibilize tempo para apresentação dos trabalhos e debate sobre as percepções da 
classe. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IMAGEM E TEXTOS (ícone clicável) 
TEXTOS (ícone clicável) 
25 
 
 
 
 
 
Imagem 4 - Tentação 
 
Fonte: (Pixabay, 2020) 
 
Mito judaico-cristão 
 
E foi assim que o céu e a terra foram criados. Quando o Senhor Deus fez o céu e a 
terra, não haviam brotado nem capim nem plantas, pois o Senhor ainda não tinha 
mandado chuvas, e não havia ninguém para cultivar a terra. Mas da terra saía uma 
corrente de água que regava o chão. 
Então, do pó da terra, o Senhor formou o ser humano . O Senhor soprou no nariz 
dele uma respiração de vida, e assim ele se tornou um ser vivo. Depois o Senhor Deus 
plantou um jardim na região do Éden, no Leste, e ali pôs o ser humano que ele havia 
formado. O Senhor fez com que ali crescessem árvores lindas de todos os tipos, que 
davam frutas boas de se comer. No meio do jardim ficava a árvore que dá vida e também 
a árvore que dá o conhecimento do bem e do mal. (...) 
Então o Senhor Deus pôs o homem no jardim do Éden, para cuidar dele e nele fazer 
plantações. E o Senhor deu ao homem a seguinte ordem: 
REFERÊNCIAS 
IMAGEM E TEXTOS 
 
26 
 — Você pode comer as frutas de qualquer árvore do jardim, menos da árvore que 
dá o conhecimento do beme do mal. Não coma a fruta dessa árvore; pois, no dia em 
que você a comer, certamente morrerá. 
Depois o Senhor disse: 
 — Não é bom que o homem viva sozinho. Vou fazer para ele alguém que o ajude 
como se fosse a sua outra metade. (...) 
Então o Senhor Deus fez com que o homem caísse num sono profundo. Enquanto 
ele dormia, Deus tirou uma das suas costelas e fechou a carne naquele lugar. Dessa 
costela o Senhor formou uma mulher e a levou ao homem. (...) 
Tanto o homem como a sua mulher estavam nus, mas não sentiam vergonha. 
A cobra era o animal mais esperto que o Senhor Deus havia feito. Ela perguntou à 
mulher: 
— É verdade que Deus mandou que vocês não comessem as frutas de nenhuma 
árvore do jardim? 
A mulher respondeu: 
— Podemos comer as frutas de qualquer árvore, menos a fruta da árvore que fica no 
meio do jardim. Deus nos disse que não devemos comer dessa fruta, nem tocar nela. Se 
fizermos isso, morreremos. 
Mas a cobra afirmou: 
— Vocês não morrerão coisa nenhuma! Deus disse isso porque sabe que, quando 
vocês comerem a fruta dessa árvore, os seus olhos se abrirão, e vocês serão como Deus, 
conhecendo o bem e o mal. 
A mulher viu que a árvore era bonita e que as suas frutas eram boas de se comer. E 
ela pensou como seria bom ter entendimento. Aí apanhou uma fruta e comeu; e deu ao 
seu marido, e ele também comeu. Nesse momento os olhos dos dois se abriram, e eles 
perceberam que estavam nus. Então costuraram umas folhas de figueira para usar como 
tangas. 
Naquele dia, quando soprava o vento suave da tarde, o homem e a sua mulher 
ouviram a voz do Senhor Deus, que estava passeando pelo jardim. Então se esconderam 
dele, no meio das árvores. Mas o Senhor Deus chamou o homem e perguntou: 
— Onde é que você está? 
O homem respondeu: 
 — Eu ouvi a tua voz, quando estavas passeando pelo jardim, e fiquei com medo 
porque estava nu. Por isso me escondi. 
Aí Deus perguntou: 
27 
 
 
 — E quem foi que lhe disse que você estava nu? Por acaso você comeu a fruta da 
árvore que eu o proibi de comer? 
O homem disse: 
— A mulher que me deste para ser a minha companheira me deu a fruta, e eu comi. 
Então o Senhor Deus perguntou à mulher: 
— Por que você fez isso? 
A mulher respondeu: 
— A cobra me enganou, e eu comi. 
Então o Senhor Deus disse à cobra: 
— Por causa do que você fez você será castigada. Entre todos os animais só você 
receberá esta maldição: de hoje em diante você vai andar se arrastando pelo chão e vai 
comer o pó da terra. 
Eu farei com que você e a mulher sejam inimigas uma da outra, e assim também 
serão inimigas a sua descendência e a descendência dela. Esta esmagará a sua cabeça, 
e você picará o calcanhar da descendência dela. 
Para a mulher Deus disse: 
— Vou aumentar o seu sofrimento na gravidez, e com muita dor você dará à luz 
filhos. Apesar disso, você terá desejo de estar com o seu marido, e ele a dominará. 
E para Adão Deus disse o seguinte: 
— Você fez o que a sua mulher disse e comeu a fruta da árvore que eu o proibi de 
comer. Por causa do que você fez, a terra será maldita. Você terá de trabalhar duramente 
a vida inteira a fim de que a terra produza alimento suficiente para você. Ela lhe dará 
mato e espinhos, e você terá de comer ervas do campo. Terá de trabalhar no pesado e 
suar para fazer com que a terra produza algum alimento; isso até que você volte para a 
terra, pois dela você foi formado. Você foi feito de terra e vai virar terra outra vez. 
Fonte: (Bíblia. Gênesis capítulos 2 e 3. Nova Tradução na Linguagem de Hoje). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
 
Mito chinês 
 
Todas as culturas possuem sua própria versão sobre a criação do mundo. De acordo com 
a mitologia chinesa, no início de tudo havia apenas um grande vazio conhecido como 
Caos Primordial. Ele possuía um formato oval e desenvolveu em seu interior o primeiro 
ser vivo, Pan Ku. Ao acordar depois de 18 mil anos, o gigante partiu o ovo com um golpe 
de machado provocando o big bang. 
As duas metades do ovo formaram então o céu e a terra: a metade escura e pesada (Yin) 
caiu, enquanto a parte leve e iluminada (Yang) ascendeu. Para mantê-los separados, Pan 
Ku se manteve de pé segurando o céu acima de sua cabeça. A lenda conta que o gigante, 
céu e terra cresceram 27 metros por dia durante 18 mil anos. 
Quando as metades se fixaram em seus lugares e já não havia perigo de voltarem a 
formar o Caos, Pan Ku falece. Ao descansar da tarefa de criar o mundo, seus olhos 
viraram o sol e a lua, sua respiração se tornou o vento, seu corpo formou montanhas, 
rios e florestas, e os pequenos seres que nele habitavam se transformaram nos primeiros 
seres humanos e animais. 
Acredita-se que esta lenda sobre a criação do mundo surgiu com monges taoístas e 
seguidores do filósofo Lao Zi. Por isso o princípio do Yin Yang se faz tão presente. O 
conceito fala de duas forças opostas: Yin é a energia fraca e escura, e o Yang é intenso 
e iluminado. O primeiro autor taoísta a fazer referência a esta história foi Xu Zeng no 
século I d.C. 
Fonte: (Ibrachina, 2019). 
 
Mito nórdico 
 
A mitologia nórdica é aquela originada nos países chamados escandinavos que 
abrangem a Suécia, a Dinamarca, a Noruega e a Islândia. As narrativas da Mitologia 
nórdica estão contidas em duas coleções chamadas as Edas, sendo a mais antiga, uma 
poesia datada de 1056 e a mais moderna, uma prosa, de 1640. 
A narrativa das Edas conta que, no princípio, não havia nem céu nem terra, apenas uma 
enorme abismo sem fundo e um mundo de vapor, no qual flutuava uma fonte. Dessa 
fonte surgiram doze rios que, após longa viagem, congelaram-se e com o acúmulo das 
camadas de gelo umas sobre as outras, o abismo se encheu. 
Ao sul desse mundo de vapor, havia um mundo de luz, que soprando vapores quentes, 
derreteu o gelo que havia se formado. Esses vapores, ao elevarem-se no ar, formaram 
TEXTOS 
29 
 
 
nuvens e destas surgiu Ymir, o gelo gigante e sua geração. Surgiu, também, a vaca 
Audumbla, que alimentou o gigante com seu leite e alimentava-se da água e sal contidos 
no gelo. Certo dia, quando a vaca lambia o gelo, surgiu o cabelo de um homem; no 
segundo dia, a cabeça e no terceiro, todo o corpo, com grande beleza, força e agilidade. 
O novo ser era um deus e dele e de sua esposa surgiram Odin, Vili e Ve, que mataram o 
gigante Ymir. Com o corpo do gigante morto, fizeram a terra, com o sangue, os mares, 
com os ossos ergueram as montanhas, dos cabelos fizeram as árvores, com o crânio 
fizeram o céu e o cérebro tornou-se as nuvens carregadas de neve e granizo. A moradia 
dos homens foi formada pela testa de Ymir e ficou conhecida como Midgard ou terra 
média. 
Odin criou os períodos do dia e da noite e as estações, colocando o Sol e a Lua no céu e 
definindo seus cursos. Tão logo o Sol lançou seus raios sobre a Terra, fez-lhe nascerem 
os vegetais. Logo após a criação do mundo, os deuses passearam junto ao mar, 
satisfeitos pela obra realizada, mas que ainda faltavam os seres humanos. Assim, 
pegaram um freixo (grande árvore) e criaram o homem, chamando-o de Aske e de um 
amieiro (árvore ornamental) fizeram a mulher e lhe chamaram de Embla. Odin deu-lhes 
a vida e a alma, Vili, a razão e o movimento e Ve, os sentidos, a fisionomia expressiva e 
o dom da palavra. A Midgard foi dada a eles e assim, se tornaram os progenitores da 
raça humana. 
Asgard é a morada dos deuses e, para se chegar lá, é necessário atravessar a ponte 
Bifrost (arco-íris). O lugar consiste de palácios de ouro e prata, moradia dos deuses, mas 
o mais belo de todos é o Valhala, moradia de Odin, de onde ele avista todo o céu e toda 
a Terra. Sobre seus ombros ficam os corvos Hugin e Munin que voam sobre a Terra 
durante todo o dia e, à noite contam a ele tudo que viram e ouviram. Odin foi o criador 
dos caracteres rúnicos, com os quais as Norns gravam os destinos. 
Odin, frequentemente chamado de Alfadur (todo pai) era tido, muitas vezes, pelosescandinavos, como filho de uma divindade superior a ele, não criada e eterna. 
Fonte: (Machado, 2024). 
Mito do povo Ewe (africanos) 
 
Mais um mito de criação envolvendo barro. Só que desta vez o que está em jogo é a 
qualidade da argila utilizada, que irá definir a índole das pessoas criadas. 
Para as tribos que falam o idioma ewe, pertencentes ao Togo, Gana e Benim, diz a 
tradição que, no início de tudo, para habitar a Terra Deus criou o homem e, mais tarde, 
a mulher. Ambos vieram do barro. Até aí, bem parecido com outros mitos de criação. 
A diferença deste mito em relação aos outros é que, no momento em que homem e 
mulher encontraram-se lado a lado, puseram-se a rir. Gargalharam muito. E depois disso 
saíram pelo mundo. 
 
30 
Mas Deus não parou por aí. Ele continua usando o barro para dar vida a novas pessoas. 
A pessoa boa é feita com argila boa. A má, com argila ruim. É de se perguntar se 
tradicionalmente os povos ewes acreditam em nuances (pessoas nem tão boas, nem tão 
más) ou na possibilidade de transformação ao longo da vida. 
Em relação à morte, os ewes têm um mito muito interessante. Como outros mitos que 
tratam da condição humana, nota-se a ocorrência de um acontecimento infeliz que selou 
desde a origem o destino dos seres humanos. 
Neste caso, a desgraça tem a ver com animais. Vejamos o que aconteceu. 
Certa vez, os homens enviaram um cachorro a Deus para lhe pedir uma coisa que 
desejavam muito: queriam poder retornar à vida após a morte. 
O cachorro foi. Mas no caminho sentiu fome e entrou numa casa onde um homem 
cozinhava. 
Enquanto isso, uma rã foi a Deus com uma mensagem oposta: disse a ele que os homens 
lhe tinham dito que não desejavam voltar à vida depois da morte. 
Quando o cachorro finalmente chegou a Deus, era tarde demais. Deus disse estar confuso 
com aquelas duas mensagens e, como a da rã tinha sido a primeira, decidiu não dar aos 
seres humanos a possibilidade de reencarnação. 
Fonte: (Hipercultura, s.d.). 
Mito guarani: o sopro de Tupã 
 
No princípio o deus Tupã morava no vazio, numa escuridão sem fim. Primeiro, Tupã criou 
o céu e as estrelas, onde fez sua morada e abaixo criou as águas. Depois, Tupã desceu 
lá de cima, em grande redemoinho. Logo que Tupã tocou as águas, o sol surgiu no arco 
do céu. Quando o sol chegou ao ponto mais alto, seu calor rachou a pele de Tupã. E 
finalmente, quando o sol desapareceu do outro lado do céu, a pele de Tupã caiu do corpo 
dele, se estendeu sobre as águas e formou as terras. No dia seguinte, o sol apareceu no 
céu e percebeu a mudança. O sol chegou novamente ao ponto mais alto e Tupã pegou 
um pouco de barro, amassou e moldou o primeiro Homem. Soprou-lhe o nariz e lhe deu 
vida. O Homem cresceu e ficou grande como Tupã, mas não falava. O grande deus 
soprou em sua boca e começou a falar. Então, Tupã soprou na orelha esquerda a 
inteligência e na orelha direita a sabedoria. Na cabeça do Homem, Tupã desenhou os 
raios e trovões sagrados que são os de pensamentos. No corpo do Homem, Tupã colocou 
as águas das emoções e dos desejos que se movimentam para criar ou para destruir. 
Por fim, Tupã deu ao Homem o poder de escolher entre criar e destruir. Terminada a 
criação, Tupã voltou para o céu montado em seu redemoinho. 
Fonte: (Claro, 2014, p. 4). 
 
 
31 
 
 
 
ADMIRÁVEL CHIP NOVO. [Compositora e intérprete]: Pitty. Rio de Janeiro: DeckDisk, 
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32 
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PIXABAY. Tentação. Pixabay, [s.l.], 27 jun. 2020. Disponível em: 
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SIGNIFICADOS. Deuses nórdicos. Significados, [s.l., s.d.]. Disponível em: 
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