Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Sandy Vanessa Med 08 - UFPE-CAA Introdução O dorso é formado pela parte posterior do tronco, estando inferior ao pescoço e superiormente à região glútea. Inclui: ● Pele e subcutâneo ● Músculos ○ Camada superficial = posicionamento e movimento dos membros superiores ○ Camadas profundas = movimento e manutenção do esqueleto axial/postura ● Coluna vertebral ○ Vértebras ○ Discos intervertebrais ○ Ligamentos ○ Função: Protege a medula espinal, sustenta o peso corporal e o distribui para a pelve e os membros inferiores, + fixação da cabeça, do pescoço e dos membros. ● Costelas ● Medula espinhal e meninges ● Nervos e vasos segmentares Coluna Vertebral É uma estrutura complexa com ligação curva de vértebras, constituindo o esqueleto axial sobre o qual ocorrem os movimentos do tronco. Características ● 60 cm nas mulheres e 70 cm nos homens. ● Morfologia influenciada por fatores mecânicos, ambientais, genéticos, metabólicos e hormonais = afetam a capacidade de reação às forças dinâmicas, como compressão, tração, cisalhamento, torção e tensão. ● 33 vértebras e discos vertebrais, indo do crânio ao ápice do cóccix. ○ 7 cervicais ○ 12 torácicas ○ 5 lombares ○ 5 sacrais = fundem-se formando e sacro ○ 4 coccígeas = fundem-se formando o cóccix ● As vértebras tornam-se maiores gradualmente, à medida que a coluna vertebral desce até o sacro e, a partir daí, tornam-se progressivamente menores em direção ao ápice do cóccix. = Suportam cada vez mais peso corporal, à medida que se desce a coluna vertebral. = Atingem o tamanho máximo imediatamente acima do sacro, que transfere o peso para o cíngulo do membro inferior nas articulações sacroilíacas. ● Os discos intervertebrais permitem a transmissão da carga de um corpo vertebral a outro, amortecendo cargas e pressões ao longo da coluna, contribuindo para a característica semiflexível e semimóvel. 1 Sandy Vanessa Med 08 - UFPE-CAA Funções ● Sustentação do peso acima da pelve, amortecendo as forças dinâmicas/axiais. ● Proteção da medula e da origem dos nervos espinais ● Permite a mobilidade do tronco ● Local de intensa atividade hematopoiética Partes da vértebra ● Corpo (anterior) + arco ● O arco possui 7 processos e delimita o forame vertebral, junto da face posterior do corpo. ○ 2 pedículos = conectados ao corpo ○ 2 lâminas = posteriores = unem-se no plano mediano, formando o processo espinhoso. ○ 2 processos transversos = união dos pedículos e lâminas ○ Processos articulares superiores e inferiores ○ Os processos transversos e espinhosos são locais de fixação de músculos e ligamentos intrínsecos da CV. Região cervical ● 7 vértebras = atlas, áxis, cervicais típicas de C3-C6 e C7 (vértebra proeminente). ● Discos intervertebrais ausentes entre o atlas e base do crânio e entre atlas e áxis; ● Vértebras típicas: ○ Forames transversários = passagem dos vasos vertebrais; ○ Processos transversos com tubérculos anterior e posterior (os tubérculos anteriores de C6 são maiores e denominados tubérculos caróticos); = Espinhoso e articular ○ Presença do unco do corpo (processo uncinado); ○ Processo espinhoso curto e bífido ○ Corpo vertebral pequeno; ○ Forames vertebrais triangulares (intumescência cervical da medula espinhal). ○ Arco vertebral ○ Lâminas = porções ósseas laminares que limitam o canal raquidiano em sua face posterior. Assim como o corpo vertebral, variam de forma e tamanho, conforme a vértebra que constituem. ○ Pedículos = expansões ósseas conectadas ao corpo na sua porção anterior e a lâmina óssea vertebral na sua porção posterior. Constituem a face lateral das vértebras e têm na sua porção posterior os processos articulares. O pedículo limita o canal raquidiano em ambos os lados e, por meio de seu processo articular, conecta-se com as vértebras adjacentes. ○ Processo articular = 2 superiores e 2 inferiores. Articulação das vértebras entre si ● Atlas (C1) ○ Ausência do corpo e do processo espinhoso. ○ Presença de duas massas laterais/arcos (vértebra mais larga) = um anterior e um posterior. ○ Faces articulares superiores côncavas e riniformes; ○ Arcos anterior e posterior possuem um tubérculo externo cada um; ○ O arco posterior possui o sulco da artéria vertebral; ○ O arco anterior possui a fóvea do dente do áxis na sua face posterior. ○ Pode estar parcial ou totalmente assimilado ou fundido ao occipício (região posterior da cabeça). ● Áxis (C2) ○ Vértebra cervical mais resistente. ○ Gira sobre o áxis na articulação atlantoaxial. 2 Sandy Vanessa Med 08 - UFPE-CAA ○ Possui duas faces articulares superiores planas ou ligeiramente convexas. ○ Possui um dente ou processo odontóide (1,5cm no adulto) que se articula junto à face posterior do arco anterior de C1 (ligamento transverso do atlas). = Permite movimentos de rotação da cabeça. ○ Nessa vértebra tem origem alguns músculos como parte do m. levantador da escápula, escaleno médio, longo do pescoço e esplênio do pescoço. ○ Contém o bulbo e o início da estrutura medular. ● C7 ○ Possui forames transversários menores, assimétricos ou podem estar ausentes, permitindo a passagem apenas das artérias vertebrais. ○ Seu processo espinhoso é longo e retilíneo (transição) e o corpo vertebral é pouco maior que os corpos dessa região. = Transição regional! Região torácica ● 12 vértebras que possuem algumas características nas suas vértebras típicas (T2 a T8), como: ○ Presença de fóveas costais dos processos transversos (presente apenas entre T1 a T10 para se articular com o tubérculo da costela) e fóveas costais superiores e inferiores do seu corpo (para a articulação com a cabeça da costela); ○ Processo espinhoso com inclinação inferior e longo; ○ Corpo de tamanho médio; ○ Forame vertebral com diâmetro pequeno e de forma circular; ○ Canal vertebral com pouco acesso ○ Faces articulares dos seus processos articulares superiores e inferiores de forma coronal. ● As vértebras torácicas inferiores possuem características de transição com a região lombar apresentando, por exemplo, suas fóveas costais superiores maiores e se articulando unicamente com a respectiva costela, processos espinhosos mais curtos e retilíneos, processos transversos (nos casos de T11 e T12) sem a presença de fóveas costais e corpos vertebrais mais volumosos. Região Lombar ● 5 vértebras que possuem algumas características nas suas vértebras típicas: ○ Processos articulares verticais e orientação sagital, passando a ser levemente coronal mais inferiormente e entre L5-S1 é coronal; ○ Forame vertebral amplo e triangular; ○ Corpo amplo e riniforme; ○ Processos espinhosos altos e retilíneos; = Quadrangular ○ Presença do processo acessório no processo transverso ou costal, para a fixação dos músculos intertransversários; ○ Presença de processo mamilar na superfície dos processos articulares superiores que permitem a fixação dos músculos rotadores, multífidos e intertransversários do dorso; ○ A orientação das faces articulares dos processos articulares superiores é sagital e depois gradualmente se torna coronal, sendo totalmente coronal em L5. ● A vértebra L5 é a maior e a mais forte das vértebras móveis. Sustenta todo o peso corpóreo e transmite para a base do sacro. Seu corpo é mais alto anteriormente; portanto, é o principal responsável 3 Sandy Vanessa Med 08 - UFPE-CAA pelo ângulo lombossacral entre o eixo longitudinal da região lombar da coluna vertebral e o do sacro. Região sacral ● Possui forma de cunha, formado por 5 vértebras sacrais fundidas. ● Forma a parede póstero-superior da metade posterior da cavidade pélvica. ● Articula-se lateralmente com a pelve por meio das articulações sacro-ilíacas. ● A metade inferior do sacro não sustenta peso e, portanto; seu volume é bem menor. ● Garante resistência e estabilidade à pelve e transmite o peso corpóreo ao cíngulo do membro inferior ● O seu canal sacral contém e protege a cauda equina. ● Possui 4 pares de forames sacraisanteriores ou pélvicos que são maiores que os posteriores, permitindo a passagem das raízes nervosas. ● A base do sacro corresponde à superfície superior de S1 e sua margem anterior projetada do seu corpo anteriormente, é denominada promontório sacral (do L= pico da montanha). ● Os processos articulares de S1 são quase coronais, evitando que L5 deslize ou se desloque anteriormente. Já a base do sacro está em um plano inclinado. ● O ápice do sacro articula-se com o cóccix. ● O sacro é inclinado e articula-se com L5 no ângulo lombosacral. ● É mais largo do que em comprimento nas mulheres, mas o corpo de S1 é maior nos homens. Nos homens, o sacro é mais longo e estreito e com concavidade suave. ● A vértebra S5 não possui processo espinhoso. As linhas transversas correspondem na visão anterior desse osso, aos locais de fusão das vértebras. ● Na infância, as vértebras estão separadas por cartilagem hialina e por DIs. ● A fusão das vértebras inicia-se aproximadamente aos 20 anos e se funde totalmente entre 25-35 anos; contudo, a maioria dos DIs permanece não ossificados até a metade da vida ou mais tempo. ● A face dorsal do sacro possui cristas longitudinais: ○ Crista sacral mediana: que corresponde aos processos espinhosos rudimentares, com ausência de processo espinhoso em S5; ○ Cristas sacrais mediais: são os processos articulares fundidos ○ Cristas sacrais laterais: são as extremidades dos processos transversos ● Cada face sacropélvica do sacro possui: ○ Uma face auricular (recoberta por cartilagem hialina e local da articulação sinovial plana) ○ Tuberosidade ilíaca (preenchida pelo ligamento sacroilíaco interósseo que suporta o peso transferido da coluna lombar à articulação sacroilíaca, portanto; local da articulação fibrosa sindesmose). Região coccígea ● Constituído por quatro vértebras rudimentares fundidas, podendo apresentar três ou cinco vértebras. ● Sua superfície dorsal possui processos articulares rudimentares e a superfície ventral é lisa. ● A vértebra Co1 é a mais longa, com processos transversos curtos e seus processos articulares formam os cornos coccígeos que se articulam com os cornos sacrais. ● As três vértebras mais inferiores se fundem geralmente na metade da vida e mais tardiamente Co1 à S5. ● O cóccix não participa na sustentação do peso corporal em pé, mas sentado ele pode sofrer alguma flexão anterior, como sinal de estar recebendo algum peso. ● Esse osso permite fixação de partes dos músculos glúteo máximo e coccígeo e do ligamento anococcígeo (faixa fibrosa mediana dos músculos pubococcígeos). 4 Sandy Vanessa Med 08 - UFPE-CAA Articulações ● Todas as vértebras de C2 a S1 se articulam por articulações cartilaginosas secundárias (sínfises) entre seus corpos, por articulações sinoviais entre seus processos articulares e por articulações fibrosas entre suas lâminas, seus processos transversos e espinhosos. ● Articulações dos corpos vertebrais → Sínfises destinadas a sustentação de peso e resistência, possuindo discos intervertebrais. ○ Unidas pelos ligamentos longitudinais anterior e posreior e pelos DIs. ○ Sinartroses cartilaginosas sínfises com função de sustentação de peso e resistência. ○ Os DIs equivalem a cerca de 20 a 25% do comprimento da CV, absorvendo choques pela sua deformidade elástica. ■ O anel fibroso é constituído por lamelas concêntricas de fibrocartilagem. ■ As fibras que formam cada lamela seguem obliquamente alternadas dos fascículos de colágeno de lâminas adjacentes de uma vértebra a outra. Essa organização permite rotação limitada entre as vértebras, mas proporciona forte ligação entre elas. ■ Existe tecido interlamelar. ■ O anel é mais delgado posteriormente e recebe menor vascularização e inervação central. ■ O núcleo pulposo é uma massa central gelatinosa que ao nascimento possui 88% de água e são mais cartilaginosos que fibrosos e sua natureza semilíquida permite flexibilidade e resistência aos DIs. São mais desenvolvidos nas regiões cervical e lombar. ■ Forças axiais deformam os discos que absorvem o choque. Quando comprimidos, tensionados ou distendidos, se tornam mais largos e mais finos (simultâneo quando na flexão, flexão lateral e extensão). Como as faces lateral e posterior do anel fibroso são mais delgadas e menos numerosas nessa região, o núcleo pulposo não está centralizado no disco e sim entre o centro e a face posterior do disco. Ele é avascular e nutrido por difusão pelos vasos sanguíneos do anel fibroso. ■ Ao nascimento, o núcleo pulposo é grande, mole e gelatinoso (mucóide). Contém células multinucleadas da notocorda e é invadido por células e fibras colágenas do anel fibroso. ■ O material mucóide é gradualmente substituído por fibrocartilagem e menos hidratado e mais fibroso, assim como mais passíveis de lesão. ■ Há aumento das ligações cruzadas entre colágeno e proteoglicanas. ■ Não há DI entre C1 e C2 e o mais inferior está entre L5 e S1. ■ Os DIs são mais espessos na parte anterior das regiões C e L e a variação de formato é responsável pelas curvaturas secundárias. ■ O seu diâmetro aumenta conforme a CV mais inferiormente, mas sua espessura relativa aos corpos é maior nas regiões cervical e lombar e mais uniforme na região torácica (DIs delgados em relação aos corpos vertebrais). ■ As articulações uncovertebrais ou incudovertebrais ou fendas de Luschka são articulações entre os processos uncinados de C3 ou C4-C6 e C7 dos corpos vertebrais inferiores e a margem lateral biselada ou chanfrada do corpo superior estão localizadas nas margens laterais e póstero-laterais dos DIs. Estão ausentes ao nascimento, não contém sinóvia e são provavelmente fendas nos DIs. Elas evitam o deslocamento entre as vértebras. São locais frequentes do surgimento de esporões ósseos. ● Articulações dos arcos vertebrais → Articulações sinoviais planas entre os processos articulares superiores e inferiores de vértebras adjacentes. Cada articulação é circundada por uma cápsula articular fina. 5 Sandy Vanessa Med 08 - UFPE-CAA Permitem movimentos de deslizamento entre os processos articulares e o formato e a disposição das faces articulares determinam os tipos de movimento possíveis. Geralmente possuem cápsulas articulares finas e frouxas. Também são denominadas de articulações zigoapofisárias e classificadas como sinoviais planas. Essas articulações permitem flexibilidade, estabilidade e suporte às vértebras. ● Articulações craniovertebrais → Existem dois grupos, as articulações atlantoccipitais e as articulações atlantoaxiais. As articulações craniovertebrais são articulações sinoviais que não têm discos intervertebrais. Sua arquitetura permite uma amplitude de movimento maior do que a do restante da coluna vertebral. As articulações incluem os côndilos occipitais, o atlas e o áxis. Funciona como uma articulação universal que permite movimentos exploratórios horizontais e verticais da cabeça e adaptada para a coordenação cabeça-olhos. ○ Articulação atlantoccipital: classificada como do tipo sinovial condilar ou elipsoide, ocorre entre as faces articulares superiores (côncavas e inclinadas) das massas laterais do atlas e os côndilos occipitais. Permite acenar com a cabeça (flexão e extensão – afirmação). Também permitem inclinação lateral da cabeça e rotação; porém, leves. Membranas atlanto-occipital anterior e posterior + ligamentos laterais (continuações das cápsulas articulares) ○ Articulação atlantoaxiais: são três articulações: duas articulações atlantoaxiais laterais (entre as faces inferiores das massas laterais de C1 e as faces superiores de C2), classificadas como sinoviais planas e uma articulação atlantoaxial mediana (entre o dente do áxis e o arco anterior do atlas), classificada como sinovial trocóide. O movimento das três articulações permite que a cabeça gire de um lado para o outro. Nesse movimento, o crânio e C1 giram sobre C2 como uma unidade, sendo o dente do áxiso eixo ou pivô, que é mantido em uma cavidade ou colar, formado pelo arco anterior do atlas e o ligamento transverso do atlas, esse último que se estende entre os tubérculos nas faces mediais das massas laterais de C1. ■ Medial = ligamento transverso; 2 cavidades sinoviais. ■ Lateral = ligamentos alares, atlantoaxiais anterior e posterior, tranverso ● Articulações costovertebrais →D1 da cabeça da costela com o corpo vertebral: classificada como do (costovertebrais) e do processo transverso da vértebra com o tubérculo da costela classificadas como do tipo sinovial plana (costotransversais). ● Articulações sacroilíacas → são articulações compostas, resistentes e que sustentam o peso corpóreo. São classificadas como sinoviais planas anteriormente (entre as faces auriculares do sacro e do ílio) cobertas por cartilagem articular e por uma articulação sinartrose fibrosa sindesmose posterior (entre as tuberosidades desses ossos), preenchidas pelos ligamentos sacroilíacos interósseos. Possuem mobilidade limitada, leves movimentos de deslizamento e rotação, uma consequência de seu papel na transmissão de peso da maior parte do corpo para os ossos do quadril. Os ligamentos sacroilíacos anterior e posterior são apenas a continuação da cápsula fibrosa da parte sinovial da articulação. ● Articulação sacrococcígea → é uma articulação classificada como sinartrose cartilaginosa do tipo sínfise (secundária), entre o ápice do sacro e a base do cóccix. Ligamentos sacrococcígeos anterior e posterior são filamentos longos que estabilizam essa articulação. É uma articulação que pode desaparecer na idade avançada. ● Articulações intercoccígeas → são classificadas como cartilaginosas sínfises nos jovens e se fundem precocemente nos homens e mais tardiamente nas mulheres. Unidas por um fino disco de fibrocartilagem. Pode ser classificada como sinovial plana ocasionalmente quando o cóccix possui maior mobilidade. ● Articulações facetárias cervicais → articulação das facetas articulares superior e inferior de vértebras adjacentes. Com exceção das articulações atlanto-occipital e atlantoaxial, as demais articulações facetárias cervicais são verdadeiras na medida em que são envolvidas pela sinóvia e possuem uma cápsula articular. Essa cápsula é ricamente inervada e sustenta a noção de que a articulação facetária está sujeita a gerar dor. A articulação facetária é um gerador de dor e está sujeita às alterações artríticas e aos traumatismos causados por lesões de aceleração - desaceleração. Estes danos causam dor secundária à inflamação da articulação sinovial e formação de aderências. Cada articulação facetária recebe inervação de dois níveis espinais. Cada articulação recebe fibras do ramo dorsal no mesmo nível da vértebra, assim como fibras do ramo dorsal da vértebra acima. Em cada nível, o ramo dorsal envia um ramo medial que se curva em torno da 6 Sandy Vanessa Med 08 - UFPE-CAA convexidade do pilar articular da sua vértebra respectiva. Essa localização é constante em relação aos nervos de C4 a C7 e permite uma abordagem simplificada para tratamento da síndrome facetária cervical. Ligamentos ● Ligamento longitudinal anterior: faixa fibrosa larga e resistente que une as faces anterolaterais dos corpos vertebrais e DIs. Se estende inferiormente do sacro até o tubérculo anterior de C1 e o osso occipital (os ligamentos atlantoccipital e atlantoaxial) anteriormente ao forame magno. É o único ligamento que impede ou limita a hiperextensão da CV. Os demais ligamentos limitam em maior ou menor grau, a flexão da CV. ● Ligamento longitudinal posterior: faixa estreita e mais fraca, no interior do canal vertebral, fixo mais nos DIs que nos corpos vertebrais e se estende de C2 ao sacro. Acima de C2 se continua como membrana tectória até o occipital e dura-máter. Resiste pouco à hiperflexão e ajuda a evitar a herniação posterior do núcleo pulposo. Possui fibras nociceptivas. “continuação superior”= membrana tectórica ● Ligamentos amarelos ou interlaminares: são delgados, largos e longos ligamentos que unem as lâminas dos arcos vertebrais entre si (tecido conjuntivo elástico). São espessos na região torácica e principalmente na região lombar e menos resistentes na região cervical. ● Ligamentos interespinhais: são membranáceos, pouco resistentes, mas comparativamente mais espessos na região lombar. Não são característicos na região cervical, sendo representados nessa região pelo septo mediano do ligamento nucal entre os processos espinhosos cervicais. ● Ligamentos supraespinhais: são resistentes e se estendem de C7 (funde-se ao ligamento nucal) até o sacro. ● Ligamentos intertransversários: são fibras dispersas na região cervical mais substituídos pelos músculos intertransversários, mas cordões fibrosos nas regiões torácica e delgados na região lombar. ● Ligamento nucal: tecido fibroelástico com início na protuberância occipital externa até o processo espinhoso de C7. 7 Sandy Vanessa Med 08 - UFPE-CAA ● Ligamento transverso do atlas: resistente (2cm) e colágeno, está localizado entre os tubérculos das massas laterais do atlas, ele divide o canal vertebral em dois compartimentos. O 1/3 anterior é ocupado pelo dente do áxis e o restante pela medula espinhal e seus envoltórios meníngeos. A partir desse ligamento, os fascículos longitudinais superior e inferior verticais, mas fracos, seguem até o osso occipital superiormente e o corpo de C2 inferiormente. O ligamento cruciforme do atlas é a junção dos dois fascículos longitudinais superior e inferior com o ligamento transverso do atlas. Os ligamentos alares são ligamentos espessos e laterais ao dente do áxis que se estendem até a margem lateral do forame magno e fixam o crânio à C1, limitando a rotação excessiva da articulação atlanto-axial. Abaixo dos ligamentos alares pode existir uma faixa conjuntiva que segue do dente do áxis até as massas laterais do atlas á frente do ligamento transverso do atlas. O ligamento do ápide do dente do áxis localiza-se abaixo do fascículo longitudinal superior. A membrana tectória é a forte continuação superior do ligamento longitudinal posterior que se alonga e segue sobre a articulação atlanto-axial mediana e seus ligamentos. Passa sobre o corpo de C2 atravessa o forame magno e se fixa no occipital e dura-máter na fossa crânica posterior. Está separada do ligamento cruciforme por fina camada de tecido areolar frouxo e por uma bolsa sinovial. ● Ligamentos costotransversários: ○ Costotransversários: localizado entre o colo da costela e o processo transverso da vértebra; ○ Costotransversários laterais: localizado entre o tubérculo da costela à extremidade do processo transverso; ○ Costotransversários superiores: localizado entre a crista do colo da costela ao processo transverso superior à ela. ● Ligamentos radiados da cabeça da costela ● Ligamentos sacroilíacos: os ligamentos sacroilíacos posteriores e interósseos (esse último uma articulação fibrosa sindesmose) são fortes, seguem obliquamente e superiormente e externamente. Também existem os ligamentos sacroilíacos anteriores. ● Ligamentos iliolombares: seguem dos processos transversos de L4 e L5 até o ílio. ● Ligamentos sacroespinhal e sacrotuberal: evitam o deslocamento superior e posterior do sacro quando esse recebe o peso. 8 Sandy Vanessa Med 08 - UFPE-CAA Movimentos ● A amplitude de movimento da coluna vertebral varia de acordo com a região e o indivíduo. ● A mobilidade decorre principalmente da compressibilidade e elasticidade dos discos intervertebrais. ● Faz movimentos de flexão, extensão, flexão e extensão laterais, e rotação (torção). ● A amplitude de movimento varia de acordo com a região e o indivíduo, sendo limitada por: ○ Espessura, elasticidade e compressibilidade dos discos intervertebrais ○ Formato e orientação das articulações dos processos articulares ○ Tensão das cápsulas articulares das articulações dos processos articulares○ Resistência dos músculos e ligamentos do dorso (p. ex., os ligamentos amarelos e o ligamento longitudinal posterior) ○ Fixação à caixa torácica ○ Volume de tecido adjacente. ● Não são produzidos exclusivamente pelos músculos do dorso. Eles são auxiliados pela gravidade e pela ação dos músculos anterolaterais do abdome. ● Os movimentos entre vértebras adjacentes ocorrem nos núcleos pulposos resilientes dos discos intervertebrais (que atuam como eixo de movimento) e nas articulações dos processos articulares. ● A orientação das articulações dos processos articulares permite alguns movimentos e restringe outros. Com exceção talvez de C I–C II, nunca há movimento isolado em um único segmento da coluna. ● São mais livres nas regiões cervical e lombar do que nas outras partes. ● A extensão da coluna vertebral é mais acentuada na região lombar e geralmente tem maior amplitude do que a flexão. ● Região cervical: os movimentos de flexão e extensão são livres, sendo a inclinação ou flexão lateral também máxima e a rotação mais limitada. Assim, no pescoço, é maior a amplitude de movimento porque embora mais delgados que em outros segmentos da CV; os DIs são relativamente espessos em relação aos corpos vertebrais cervicais que são mais delgados. Também, os processos articulares são grandes e suas superfícies articulares são quase horizontais; as cápsulas articulares são frouxas e; o volume de tecidos adjacentes é menor no pescoço. ● Região torácica: região em que os movimentos de extensão, flexão e flexão lateral são limitados, pela característica dos seus processos espinhosos longos e inclinados inferiormente; seus processos articulares são verticais com disposição coronal (os processos articulares inferiores permitem apenas flexão e extensão). ● Região lombar: região que possui seus processos articulares que se estendem verticalmente e com orientação sagital, passando levemente à coronal mais inferiormente e entre L5-S1 é totalmente coronal. Isso permite flexão e extensão. Nessa região a flexão lateral também é ampla. Por outro lado, a rotação é mínima pelos seus processos articulares de forma entrelaçada. Curvaturas ● A coluna vertebral em adultos tem quatro curvaturas que ocorrem nas regiões cervical, torácica, lombar e sacral. ● As cifoses torácica e sacral são côncavas anteriormente, enquanto as lordoses cervical e lombar são côncavas posteriormente. ● As cifoses torácica e sacral são curvaturas primárias que se desenvolvem durante o período fetal em relação à posição fetal. Elas são mantidas durante toda a vida em consequência de diferenças na altura entre as partes anterior e posterior das vértebras. ● As lordoses cervical e lombar são curvaturas secundárias que resultam da extensão a partir da posição fetal fletida. Elas começam a aparecer durante o período fetal, mas só se tornam evidentes na lactância (aproximadamente, o 1 o ano). As curvaturas secundárias são mantidas basicamente por diferenças de espessura entre as partes anterior e posterior dos discos intervertebrais. ● Proporcionam flexibilidade adicional (resiliência com absorção de choque), aumentando ainda mais a flexibilidade proporcionada pelos discos. ● Quando a carga sustentada pela coluna vertebral é muito, há compressão dos discos e das curvaturas flexíveis (ou seja, as curvaturas tendem a aumentar). ● A flexibilidade proporcionada pelos discos é passiva e limitada principalmente pelas articulações dos processos articulares e ligamentos longitudinais, ao passo que a flexibilidade proporcionada pelas curvaturas sofre a resistência ativa (dinâmica) da contração de grupos musculares antagonistas ao movimento. 9 Sandy Vanessa Med 08 - UFPE-CAA ● A sustentação de peso adicional anterior ao eixo gravitacional normal do corpo também tende a aumentar essas curvaturas. Muitas vezes os músculos que oferecem resistência ao aumento da curvatura doem quando a pessoa sustenta peso por longos períodos. ● Quando uma pessoa está sentada, principalmente se não houver sustentação das costas por longos períodos, geralmente ocorre revezamento entre a flexão (curvatura) e a extensão (postura ereta) para minimizar a rigidez e a fadiga. Isso permite a alternância entre a sustentação ativa oferecida pelos músculos extensores do dorso e a resistência passiva à flexão propiciada pelos ligamentos. Artérias ● As vértebras são irrigadas por ramos periosteais e equatoriais das principais artérias cervicais e segmentares e por seus ramos espinais. ● As artérias que dão origem aos ramos periosteais, equatoriais e espinais ocorrem em todos os níveis da coluna vertebral, em íntima associação a ela, e incluem as seguintes artérias: ○ Artérias vertebrais e cervicais ascendentes no pescoço. ○ Principais artérias segmentares: ■ Artérias intercostais posteriores na região torácica. ■ Artérias subcostais e lombares no abdome. ■ Artérias iliolombar e sacrais lateral e mediana na pelve. ○ Ramos periosteais e equatoriais ○ Ramos espinais ○ Ramos anteriores e posteriores do canal vertebral → originam os ramos ascendentes e descendentes que se anastomosam com os ramos do canal vertebral de níveis adjacentes. ○ Os ramos maiores dos ramos espinais continuam como artérias medulares radiculares ou segmentares terminais. Veias ● Veias espinais formam plexos venosos ao longo da coluna vertebral dentro e fora do canal vertebral. à Plexos venosos vertebrais internos (plexos venosos peridurais) e plexos venosos vertebrais externos. ● Esses plexos comunicam-se através dos forames intervertebrais. Ambos os plexos são mais densos nas porções anterior e posterior, e são relativamente esparsos lateralmente. ● Veias basivertebrais à emergem dos forames nas superfícies dos corpos vertebrais (principalmente na face posterior) e drenam para os plexos venosos vertebrais externos anteriores e principalmente para os plexos venosos vertebrais internos anteriores, que podem formar grandes seios longitudinais. ● As veias intervertebrais recebem veias da medula espinal e dos plexos venosos vertebrais enquanto acompanham os nervos espinais através dos forames intervertebrais para drenar nas veias vertebrais do pescoço e veias segmentares (intercostais, lombares e sacrais) do tronco. 10 Sandy Vanessa Med 08 - UFPE-CAA Nervos ● As articulações dos processos articulares são inervadas por ramos articulares dos ramos mediais dos ramos posteriores. ● A coluna vertebral é inervada por ramos recorrentes meníngeos dos nervos espinais. Esses ramos são os únicos oriundos do nervo espinal misto, originando-se imediatamente após sua formação e antes de sua divisão em ramos anterior e posterior, ou do ramo anterior logo após sua formação. ● Perto de sua origem, os ramos meníngeos recebem ramos comunicantes dos ramos comunicantes cinzentos próximos. Quando os nervos espinais saem dos forames intervertebrais, a maioria dos ramos meníngeos retorna através dos forames para o canal vertebral (ramos recorrentes meníngeos). ● Alguns ramos permanecem fora do canal e são distribuídos para a face anterolateral dos corpos vertebrais e discos intervertebrais. Eles também inervam o periósteo e principalmente os anéis fibrosos e o ligamento longitudinal anterior. ● No interior do canal vertebral, ramos transversos, ascendentes e descendentes distribuem fibras nervosas para: ○ Periósteo ○ Ligamentos amarelos ○ Anéis fibrosos da face posterior e posterolateral dos discos intervertebrais ○ Ligamento longitudinal posterior Dura-máter espinal ○ Vasos sanguíneos no canal vertebral ● As fibras nervosas para o periósteo, anéis fibrosos e ligamentos proveem receptores de dor. ● As fibras para os anéis fibrosos e ligamentos também suprem os receptores de propriocepção (sensibilidade sobre a própria posição). ● As fibras simpáticas para os vasos sanguíneos estimulam a vasoconstrição. Músculos Muitos músculos fortes fixados aos processos espinhosos e transversos sãonecessários para sustentar e movimentar a coluna vertebral. Há dois grupos principais de músculos no dorso. Os músculos extrínsecos incluem músculos superficiais e intermediários, que produzem e controlam os movimentos dos membros e respiratórios, respectivamente. Os mm. próprios (intrínsecos e profundos) atuam sobre a coluna vertebral, produzindo seus movimentos e mantendo a postura. São inervados pelos ramos posteriores dos nervos espinais. Estendem-se da pelve até o crânio, sendo revestidos pela fáscia muscular que se fixa medialmente ao ligamento nucal, às extremidades dos processos espinhosos das vértebras, ao ligamento supraespinal e à crista mediana do sacro. A fáscia fixa-se lateralmente aos processos transversos cervicais e lombares e aos ângulos das costelas. As partes torácica e lombar da fáscia muscular constituem a aponeurose toracolombar. Ela se estende lateralmente a partir dos processos espinhosos e forma um revestimento fino para os músculos intrínsecos da região torácica e um revestimento espesso forte para os músculos na região lombar. Os músculos extrínsecos superficiais do dorso (trapézio, latíssimo do dorso, levantador da escápula e romboides) são toracoapendiculares, que unem o esqueleto axial ao esqueleto apendicular superior e produzem e controlam os movimentos dos membros. Maioria inervada pelos ramos anteriores dos nervos cervicais e atua no membro superior. O trapézio recebe suas fibras motoras de um nervo craniano, o nervo acessório (NC XI). 11 Sandy Vanessa Med 08 - UFPE-CAA Os músculos extrínsecos intermediários do dorso (serrátil posterior) são finos, comumente designados músculos respiratórios superficiais, porém são mais proprioceptivos do que motores. Os dois músculos serráteis são supridos pelos nervos intercostais, o superior pelos quatro primeiros intercostais e o inferior pelos últimos quatro. Camada superficial dos músculos profundos Músculos esplênios ● Espessos e planos. ● Situam-se nas faces lateral e posterior do pescoço, cobrindo os músculos verticais como uma bandagem. ● Originam-se na linha mediana e estendem-se superolateralmente até as vértebras cervicais (músculo esplênio do pescoço) e crânio (músculo esplênio da cabeça). ● Revestem e mantêm os músculos profundos do pescoço em posição. ● Inervados pelos ramos posteriores dos nervos espinais. ● Agindo unilateralmente: fletem lateralmente o pescoço e giram a cabeça para o lado dos músculos ativos ● Agindo bilateralmente: estendem a cabeça e o pescoço Camada intermediária Os fortes músculos eretores da espinha situam-se em um “sulco” de cada lado da coluna vertebral entre os processos espinhosos centralmente e os ângulos das costelas lateralmente. Eretor da espinha ● Principal extensor da coluna vertebral ● Dividido em três colunas: o músculo iliocostal forma a coluna lateral, o músculo longuíssimo forma a coluna intermediária e o músculo espinal, a coluna medial. ● Cada coluna é dividida regionalmente em três partes, de acordo com as fixações superiores. ● A origem comum das três colunas do eretor da espinha se faz por um tendão largo que se fixa inferiormente à parte posterior da crista ilíaca, à face posterior do sacro, aos ligamentos sacroilíacos e aos processos espinhosos sacrais e lombares inferiores. ● São denominados “músculos longos” do dorso. ● Agindo bilateralmente: estendem a coluna vertebral e a cabeça; quando o dorso é fletido, controlam o movimento via contração excêntrica ● Agindo unilateralmente: fletem lateralmente a coluna vertebral Camada profunda Grupo de músculos transversoespinais, que compreende os músculos semiespinais, multífidos e rotadores. Esses músculos originam-se dos processos transversos das vértebras e seguem até os processos espinhosos de vértebras superiores. Ocupam o “sulco” entre os processos transversos e espinhosos e estão fixados a esses processos, às lâminas entre eles e aos ligamentos que os unem. Músculo semiespinal ● Membro superficial do grupo. ● Origina-se aproximadamente na metade da coluna vertebral. ● É dividido em três partes, de acordo com as fixações superiores: músculos semiespinal da cabeça, semiespinal do tórax e semiespinal do pescoço. ● O músculo semiespinal da cabeça forma a saliência longitudinal na região cervical posterior perto do plano mediano. Ele estende a cabeça e as regiões torácica e cervical da coluna vertebral e gira-as para o outro lado. 12 Sandy Vanessa Med 08 - UFPE-CAA O músculo multífido forma a camada média e consiste em feixes musculares curtos e triangulares que são mais espessos na região lombar. Ele estabiliza as vértebras durante movimentos locais da coluna vertebral. Insere-se 2 a 4 segmentos acima de sua orige. Os músculos rotadores são os mais profundos das três camadas de músculos transversoespinais e são mais desenvolvidos na região torácica. Eles estabilizam as vértebras e ajudam na extensão local e nos movimentos de rotação da coluna vertebral; podem funcionar como órgãos de propriocepção. Podem ser rotadores curtos ou longos. ● Curtos = inserção imediata após a origem ● Longos = inserção duas vértebras acima da sua origem. Os músculos interespinais, intertransversários e levantadores das costelas são pequenos músculos profundos do dorso, relativamente exíguos na região torácica. Os músculos interespinais e intertransversários unem os processos espinhosos e transversos, respectivamente. A função dos interespinais consiste em ajudar na extensão e na rotação da coluna vertebral, enquanto os intertransversários ajudam na flexão lateral da coluna vertebral e, agindo bilateralmente, estabilizam a coluna vertebral. Os levantadores das costelas representam os músculos intertransversários posteriores do pescoço. Elevam as costelas, auxiliando na respiração; ajudam na flexão lateral da coluna vertebral. Os mm. interespinais são inervados pelos ramos posteriores dos nervos espinais. Os intertransversários pelos ramos posteriores e anteriores. Os levantadores das costelas pelos ramos posteriores dos nervos espinais (C8 a T11). 13 Sandy Vanessa Med 08 - UFPE-CAA Múscilos que movimentam as articulações intervertebrais 14 Sandy Vanessa Med 08 - UFPE-CAA músculos suboccipitais A região suboccipital é um “compartimento” muscular situado profundamente à parte superior da região cervical posterior, sob os músculos trapézio, esternocleidomastóideo, esplênio e semiespinal. É um espaço piramidal inferior à proeminência occipital externa da cabeça que inclui as faces posteriores das vértebras C I e C II. Os quatro pequenos músculos da região suboccipital situam-se profundamente (anteriormente) aos músculos semiespinais da cabeça e são formados por dois músculos retos posteriores da cabeça (maior e menor) e dois músculos oblíquos. Os quatro músculos são inervados pelo ramo posterior de C I, o nervo suboccipital. O nervo emerge quando a artéria vertebral segue profundamente entre o occipital e o atlas (vértebra C I) no trígono suboccipital. O músculo oblíquo inferior da cabeça é o único músculo “da cabeça” que não tem fixação ao crânio. Esses músculos são principalmente posturais. Os músculos suboccipitais agem na cabeça direta ou indiretamente, estendendo-a sobre a vértebra C I e girando-a sobre as vértebras C I e C II, além de atuarem na propriocepção. músculos toracoapendiculares posteriores e escapuloumerais Fixam o esqueleto apendicular superior ao esqueleto axial (no tronco). São divididos em três grupos: ● Músculos toracoapendiculares posteriores superficiais (extrínsecos do ombro): trapézio e latíssimo do dorso ● Músculos toracoapendiculares posteriores profundos (extrínsecos do ombro): levantador da escápula e romboides ● Músculos escapuloumerais (intrínsecos do ombro): deltoide, redondo maior e os quatro músculos do manguito rotador (supraespinal, infraespinal, redondo menor e subescapular). 15 Sandy Vanessa Med 08 - UFPE-CAA O músculo trapézio propiciauma inserção direta do cíngulo do membro superior ao tronco. Ele recobre a face posterior do pescoço e a metade superior do tronco, fixando o cíngulo do membro superior ao crânio e à coluna vertebral e ajuda a sustentar o membro superior. As fibras do músculo trapézio são divididas em três partes, que têm ações diferentes na articulação escapulotorácica fisiológica existente entre a escápula e a parede torácica: ● As fibras descendentes (superiores) elevam a escápula (p. ex., ao aprumar os ombros) ● As fibras médias (transversas) retraem a escápula (puxam-na posteriormente) ● As fibras ascendentes (inferiores) deprimem a escápula e abaixam o ombro. ● As fibras descendentes e ascendentes do músculo trapézio atuam juntas na rotação da escápula sobre a parede torácica em diferentes direções, girando-a. ● Também fixa os ombros, puxando as escápulas posterior e superiormente, fixando-as sobre a parede torácica mediante contração tônica; consequentemente, a fraqueza desse músculo causa queda dos ombros. ● Inervado pelo nervo acessório e n. espinais. O músculo latíssimo do dorso tem ação direta sobre a articulação do ombro e ação indireta sobre o cíngulo do membro superior (articulação escapulotorácica). Ele estende, retrai e roda o úmero medialmente. Junto com o músculo peitoral maior, o músculo latíssimo do dorso é um poderoso adutor do úmero, sendo importante na rotação da escápula para baixo em associação com esse movimento. Ele também eleva o tronco até o braço, o que ocorre ao realizar exercícios na barra. Inervado pelo n. toracodorsal (C6-C8) Os músculos toracoapendiculares posteriores profundos são o levantador da escápula e os romboides. Esses músculos permitem inserção direta do esqueleto apendicular ao esqueleto axial. O terço superior do músculo levantador da escápula, que é longo e estreito, situa-se profundamente ao músculo esternocleidomastóideo; o terço inferior situa-se profundamente ao músculo trapézio. A ação bilateral (também com o músculo trapézio) dos músculos levantadores estende o pescoço; a ação unilateral pode contribuir para a flexão lateral do pescoço (em direção ao lado do músculo ativo). Nervos dorsal da escapula e cervical. Os músculos romboides (maior e menor) formam um paralelogramo equilátero oblíquo, situando-se profundamente ao músculo trapézio e formando faixas paralelas largas que seguem inferolateralmente, das vértebras até a margem medial da escápula. O músculo romboide maior, fino e plano, é cerca de duas vezes mais largo do que o músculo romboide menor, mais espesso e situado superiormente a este. Eles retraem e giram a escápula, deprimindo sua cavidade glenoidal. Também ajudam o músculo serrátil anterior a manter a escápula contra a parede torácica e a fixar a escápula durante movimentos do membro superior. Os músculos romboides são usados ao forçar o abaixamento dos membros superiores elevados. N. dorsal da escápula. 16
Compartilhar