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A PREPARAÇÃO PROFISSIONAL NA ÁREA DE PEDAGOGIA O curso de Pedagogia, mesmo realizado à distância, na concepção de Sousa, Granjeiro e Araújo (2013), mantém a preocupação com articulação de objetivos, conteúdos e com todo o processo pedagógico. Com isso, a importância da EaD para a Pedagogia não pode ser resumida a um material instrucional com uma sequência de conteúdos onde o estudante pode assimilá- los, mas abrange uma formação completa que, por meio da tecnologia, prepara os alunos adequadamente para o mercado de trabalho. A formação acadêmica do pedagogo passa inicialmente pelo curso de Pedagogia, compreendendo que, atualmente, existem muitas exigências para essa formação, principalmente para aqueles que já atuam na profissão. A inovação tem se tornado uma ferramenta bastante eficiente, atendendo a procura pela formação através da flexibilidade de horários, onde o aluno pode conciliar suas atividades profissionais de forma mais tranquila. Contudo, Sousa, Granjeiro e Araújo (2013) apontam que, no Brasil, há uma escassez de educadores que possuam a capacidade de conversar com as novas tecnologias da informação e comunicação, utilizando a internet de outras ferramentas de inovação. Mesmo com os dilemas enfrentados pelos cursos de formação de profissionais do ensino, torna-se necessário reconhecer que a EaD atua como um instrumento de inclusão profissional. Considerar a história do curso de Pedagogia implica revisitar as diversas identidades dos pedagogos e sua formação. Ao longo do tempo, o curso passou por várias transformações em seus programas, objetivos, propostas pedagógicas e estruturas curriculares, influenciando diretamente a preparação profissional dos pedagogos. O curso de Pedagogia foi estabelecido em 1939, por meio do decreto-lei nº 1190 de 04 de abril. No entanto, essa estrutura inicial não se mostrou eficaz, pois o curso não estava alinhado com as demandas do mercado profissional, resultando na formação de pedagogos que enfrentavam dificuldades em encontrar oportunidades de atuação em suas áreas de expertise. O enfoque do curso de Pedagogia deve ser dirigido à preparação de profissionais capazes de atuar em diversos campos educativos, tanto formais quanto informais. Essa preparação não se limita à gestão administrativa e pedagógica, mas também inclui a capacidade de propor e analisar criticamente políticas educacionais em diversos contextos. Além disso, os profissionais de Pedagogia têm a possibilidade de contribuir em áreas como programas sociais, serviços para a terceira idade, lazer, animação cultural, editoria e requalificação profissional. Desde sua origem, a Pedagogia passou por adaptações e ampliou as áreas de atuação de seus profissionais, o que gerou desafios na construção da identidade do pedagogo, tanto por parte dos próprios profissionais quanto de seus colegas de trabalho. Apesar dessas dificuldades, houve uma extensa discussão sobre a identidade do profissional de Pedagogia, conduzida por associações e por meio de legislações pertinentes. A importância da formação continuada O processo educacional, o acompanhamento dos alunos e a avaliação nas escolas apresentam desafios que destacam a importância de um trabalho consciente, contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa. É essencial contar com profissionais comprometidos em analisar a realidade, criando situações de ensino que transformem o conhecimento do senso comum em abordagens científicas. O papel do professor vai além da mera transmissão de conteúdo; é crucial investir em formação continuada, considerando a complexidade da ação profissional de maneira constante e prática. Conforme Saldanha e Fraga (2020) destacam, os desafios associados à formação de profissionais encontram soluções quando se compreende que formação e profissionalização estão intricadamente ligadas. Essa interligação permeia a escolha da profissão, o ingresso no campo de atuação, o acolhimento no ambiente de trabalho, as formas de organização e produção do trabalho, o nível de satisfação profissional, bem como as perspectivas de crescimento e desenvolvimento profissional. “O conhecimento não se limita aos livros; encontramo-lo nos diálogos e nas trocas de experiência, exigindo reflexão constante. A formação continuada tem sido objeto de discussão, propondo abandonar a ideia de que é apenas um processo de atualização baseado na aquisição de informações científicas e didáticas. Em vez disso, sugere-se um conceito de formação que envolve a construção ativa de conhecimentos e teorias a partir da reflexão crítica sobre a prática”. (SALDANHA; FRAGA, 2020 p. 04). No entanto, para que o educador possa adotar o princípio da reflexão, é necessário que ele esteja disposto a explorar novas abordagens em sua prática profissional, adaptando a maneira como aborda seus conhecimentos. Isso ocorre porque a prática deve ser um estímulo para a reflexão, proporcionando uma análise crítica de sua atuação como educador. Nesse cenário, a formação contínua do educador deve ser delineada por meio de reflexão, pesquisa, ação, descoberta, organização, fundamentação, revisão e construção teórica. Ela não deve ser encarada apenas como uma oportunidade de aprender novas técnicas, atualizar-se em novas abordagens pedagógicas ou assimilar as últimas inovações tecnológicas. De acordo com essa perspectiva, a formação contínua tem início com a reflexão crítica sobre a prática. O futuro da educação: aplicando a tecnologia em benefício do ensino A tecnologia é um resultado da ciência e engenharia, compreendendo um conjunto de instrumentos, métodos e técnicas destinadas à resolução de problemas. Na educação, o termo tecnologia educacional refere-se à utilização de recursos tecnológicos como ferramenta para aprimorar o ensino, visando promover o desenvolvimento socioeducativo e facilitar o acesso à informação. Entre esses recursos, destaca-se o computador, um aparato que proporciona inúmeros benefícios sociais e educacionais. O emprego da tecnologia favorece a interação entre os alunos. A realização de atividades em pares ou grupos, com o auxílio da internet, possibilita que todos compartilhem conhecimentos e expressem suas opiniões, destacando suas experiências prévias. Isso motiva os alunos, pois os faz sentir- se ativos e essenciais no processo de aprendizagem. Além disso, a abordagem do ensino híbrido, que combina métodos tradicionais e tecnologia para personalizar a educação, permite conciliar o uso de ferramentas digitais com a atenção dedicada às aulas presenciais, incluindo o uso de materiais didáticos físicos, como livros. Nos últimos anos, testemunhamos um notável avanço tecnológico, caracterizado pela sua dimensão, velocidade e eficácia. A tecnologia surge como uma aliada em diversos setores, incluindo negócios, estudos, pesquisas e, sem dúvida, na sociedade em geral. O ambiente educacional não fica à margem desse progresso, pois a tecnologia se mostra disponível e benéfica em salas de aula ao redor do mundo. Seja em cursos de ensino superior ou em escolas primárias, a integração da tecnologia contribui para enriquecer a experiência de aprendizado dos alunos, proporcionando opções mais amplas e diversificadas. Investimentos em equipamentos para apoiar os professores e o uso ativo pelos alunos resultam em um ambiente de aprendizado dinâmico e na disseminação eficaz de conteúdo. É crucial compreender o papel real da tecnologia na educação e os limites de sua interferência. Com o avanço dos anos e o surgimento de uma nova geração, é comum observar uma significativa parcela de alunos nas escolas que não se identificam com métodos tradicionais de ensino, nos quais os professores simplesmente explicam a matéria com o auxílio da lousa. É incontestável que a adaptação desses alunos às novas tecnologias é rápida, um fato que deve ser exploradode forma proveitosa. No cenário contemporâneo, a dinamicidade tornou-se essencial para promover a aprendizagem. Nesse contexto, a adaptação não é apenas uma necessidade dos alunos, mas também dos professores. É fundamental que estes compreendam, sobretudo, que os jovens da geração atual não se interessam por aprender simplesmente por aprender ou porque o conteúdo está no currículo escolar. A geração criada sob a influência das novas tecnologias demanda um propósito, ou seja, precisa entender como um determinado conteúdo pode ser útil em sua vida profissional ou pessoal. A utilização de dispositivos como computadores conectados à internet e diversas ferramentas, como textos, vídeos e imagens, todos acessíveis em um único local, mostra-se uma excelente estratégia para captar a atenção dos alunos.
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