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SINTOMAS COMUNS EM PACIENTES PALIATIVOS_ TRATAMENTO

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SINTOMAS COMUNS EM PACIENTES PALIATIVOS: 
TRATAMENTO 
Dispneia: 
A dispneia, caracterizada pela sensação subjetiva de dificuldade para respirar, é 
comum em pacientes com doenças terminais, afetando até 50% deles. O 
tratamento varia de acordo com a causa subjacente, mas em casos terminais, 
os opioides são frequentemente utilizados para aliviar os sintomas. 
 
• Tratamento Específico: 
• Opioides, como morfina de liberação rápida, são comumente 
prescritos para aliviar a dispneia. 
• A morfina de liberação prolongada pode ser eficaz e segura para 
a maioria dos pacientes. 
• A oxigenoterapia suplementar é útil para pacientes hipoxêmicos, 
embora máscaras faciais e cânulas nasais possam não ser bem 
toleradas. 
 
• Outras Intervenções: 
• Ventilação não invasiva e técnicas de relaxamento, como 
meditação, podem oferecer alívio adicional. 
• Benzodiazepínicos podem ajudar a tratar a ansiedade associada 
à dispneia. 
 
Náuseas e Vômitos: 
Náuseas e vômitos são sintomas comuns que podem ser tratados com uma 
variedade de medicamentos e intervenções não farmacológicas. 
 
• Tratamento: 
• Administração regular de medicação pode ser necessária, muitas 
vezes envolvendo múltiplos fármacos. 
• O uso de sonda nasogástrica pode oferecer alívio rápido para 
vômitos associados à constipação intestinal ou obstrução do 
trato gastrointestinal. 
• Corticosteroides em altas doses podem ser usados em casos 
refratários. 
 
• Causas Específicas: 
• Vômitos associados a opioides podem ser tratados com agentes 
procinéticos. 
• Distúrbios vestibulares podem ser tratados com anticolinérgicos 
e anti-histamínicos. 
• Benzodiazepínicos podem ajudar a prevenir náuseas associadas 
à quimioterapia. 
• Maconha ou dronabinol são considerados por alguns pacientes 
para controlar náuseas e vômitos. 
 
Constipação: 
A constipação é um problema comum entre pacientes em estágio terminal, 
muitas vezes relacionado ao uso de opioides. 
 
• Prevenção e Tratamento: 
• Aumento da atividade física, ingestão de fibras e líquidos pode 
ajudar a prevenir a constipação. 
• Laxantes estimulantes podem ser iniciados preventivamente 
com o uso de opioides. 
• A metilnaltrexona pode ser uma opção para constipações graves 
refratárias a outros tratamentos. 
 
Fadiga: 
A fadiga é um sintoma comum e perturbador em pacientes com câncer, muitas 
vezes resultante de várias causas subjacentes, como anemia, hipotireoidismo, 
déficits cognitivos e funcionais, além de desnutrição. Tratar as causas 
específicas é fundamental para aliviar a fadiga. 
 
• Tratamento Específico: 
• Tratar condições subjacentes, como anemia e hipotireoidismo. 
• Gerenciar dor e depressão, que frequentemente coexistem com 
fadiga. 
• Avaliar e corrigir efeitos adversos de medicamentos e 
polifarmácia. 
• Exercícios e reabilitação física podem ser eficazes para fadiga 
inespecífica. 
• Psicoestimulantes em doses baixas, como metilfenidato ou 
modafinila, podem ser prescritos. 
 
Delirium e Agitação: 
O delirium, um distúrbio da consciência com alteração da cognição, é comum 
em pacientes terminais e pode se manifestar de várias maneiras, incluindo 
agitação terminal. 
 
• Tratamento Não Farmacológico: 
• Estratégias como relógios, calendários e ambiente familiar 
podem ajudar a prevenir ou controlar delírios leves. 
• Atenção cuidadosa à segurança do paciente é essencial. 
 
• Tratamento Farmacológico: 
• Neurolépticos como haloperidol ou risperidona podem ser 
usados para tratar delírios mais graves. 
• Benefícios dos neurolépticos devem ser avaliados em relação 
aos possíveis riscos, especialmente em pacientes idosos com 
demência. 
• Sedação para alívio pode ser considerada em casos refratários, 
com o uso de medicamentos como midazolam ou barbitúricos. 
 
 
REFERÊNCIA: CURRENT MEDICINA - 
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO 
 
	Dispneia:
	Náuseas e Vômitos:
	Constipação:
	Fadiga:
	Delirium e Agitação:

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